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Teoria do conhecimento 4

Conceitos-Chave:
1. Filosofia: institucionalização da fundamentação do conhecimento-ação; fundamentação
da objetividade epistemológico-moral; fundamentação objetiva-universal da
normatividade.
2. Objetividade: correção lógica (clareza, simplicidade, não-contradição – um conceito
deve possuir um único significado, referir-se a um único objeto); justificação
intersubjetiva (um conceito, para ser objetivo, precisa poder ser justificado para
diferentes indivíduos e grupos em diferentes contextos; esse conceito precisa ser
universal); correlação entre conceito e objeto material.
3. Objetividade, cientificidade e institucionalização: a objetividade epistemológico-
moral é conseguida por meio da institucionalização da filosofia-teologia-ciência.
4. Filosofia moderna: tentativa de fundamentar a objetividade epistemológico-moral e de
explicar o mundo com base apenas na razão humana, por parte apenas da razão
humana. Já não seria mais necessário apelar a Deus ou a alguma realidade
transcendente à própria humanidade e à física. Razão e física seriam suficientes para a
ciência.
5. Base da objetividade na filosofia moderna: natureza humana como estrutura
cognitiva que é universal, isto é, que faz parte de cada ser humano.
6. Campo de trabalho da filosofia moderna: campo orgânico e inorgânico – física,
química e biologia. Estes seriam os únicos campos passíveis de se construir
conhecimento objetivo. Nesse sentido, a ciência natural moderna (também chamada de
filosofia natural) é constituída pela física, pela química e pela biologia.
7. Filosofia moderna e método: o método científico é a condição da verdade, da
objetividade, da justificação do conhecimento.

DESCARTES, René. O Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes, 2001.


Contexto da obra:
8. Formação escolástica; crítica e contraposição à Escolástica: características da
Escolástica: explicações dos textos sagrados reunidas em compêndio estruturado, feitas
a partir do método dedutivo e da síntese; união e dependência entre fé e razão; procura
dar justificação científico-filosófica às verdades de fé; parte das verdades de fé (p. VIII-
IX).
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9. Influência do Renascimento: pensamento autônomo, o homem como centro da
significação, do universo; crítica de Descartes ao ceticismo de pensadores
renascentistas – a ciência é objetiva e, enquanto tal, fomenta uma postura sábia de vida
(p. XI).
10. Revolução científica entre os séculos XV a XVII, que leva à consolidação da
ciência moderna: centralidade da pesquisa empírica; importância da correlação entre
experiência empírica e matemáticas; criação, por Galileu Galilei, da mecânica moderna;
amplo uso do método experimental; física mecanicista (mundo como uma imensa
máquina) (p. XII-XIII-XIV-XV).
11. Projeto teórico de René Descartes: fundação de uma ciência universal que possa
elevar nosso espírito ao mais alto grau de perfeição (p. XXII).

Idéias centrais do Discurso do Método:


Prefácio:
12. Centralidade do método: “para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas
ciências” (p. 03).

Primeira Parte:
13. Todos têm bom senso; todos são racionais. Mas nem todos possuem método adequado.
Por isso erramos (p. 05).
14. A verdade, a objetividade do conhecimento depende de um método adequado para a
pesquisa (p. 06).
15. O conhecimento deve ser útil à vida: objetivo da ciência; erudição não é condição de
cientificidade; ao conhecimento não bastam palavras pomposas (p. 08).
16. Crítica à autoridade como base da justificação do conhecimento: é necessário que
procuremos outros fundamentos normativos, epistemológicos (p. 08-09).
17. A meta da ciência não é a preocupação teórica com o passado, com sua reprodução; a
ciência diz respeito ao nosso presente e ao nosso futuro. Por conseguinte, estudar os
clássicos como a tábua de salvação, como se eles já tivessem inventado todos os
conceitos e nos dado todas as respostas, não é uma postura científica, mas dogmática
(p. 10).
18. As verdades de fé não são objeto da ciência, mas da teologia. A ciência tem por objeto
a materialidade, a física, a natureza mecanicista (p. 12).

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19. A base da ciência para Descartes: a procura em mim (subjetividade fundante), sujeito
do conhecimento, e no grande livro da natureza, objeto do conhecimento (p. 13).
20. Intersecção entre teoria (distinguir o verdadeiro em relação ao falso) e prática
(caminhar com segurança) (p. 14).
21. O exemplo e o costume não garantem objetividade epistemológico-moral; eles não
são a base de justificação para a ciência (p. 14).

Segunda Parte:
22. A ciência não é apenas reconstrução do passado, dos textos clássicos, mas realização
permanente de experiências para a reconstrução e mesmo para nova formulação do
conhecimento (p. 16).
23. Exemplo e costume obscurecem o uso da razão e, portanto, o exercício da ciência (p.
17).
24. Filosofia moderna: substituir velhos alicerces por novos alicerces (p. 18).
25. O costume naturaliza nossas crenças e nossos princípios, tornando-os irreflexivos.
Por isso erramos muito (p. 19, 21).
26. Quatro regras do método científico: busca por sólidas evidências; simplificação do
problema de pesquisa; método indutivo, do mais simples ao mais complexo, da unidade
às relações; descrição detalhada e revisão dos resultados (p. 22-23).
27. Método científico e descoberta do mundo: nada na natureza está oculto a um método
científico adequado; mecanicismo natural torna a ciência possível (p. 23-24-25).
28. O método científico é racional e implica no – e necessita do – uso da razão como a
condição e o caminho para a construção de conhecimento objetivo (p. 26).

Terceira Parte:
29. Moral provisória: ceticismo, enquanto atitude inicial da ciência, ao colocar em
suspenso momentamente a objetividade de todos os valores, implica em que se formule
uma espécie de moral provisória que impeça o anarquismo epistemológico-moral.
30. Princípios da moral provisória: obedecer às leis e costumes do país em que se vive;
seguir os valores e as práticas mais moderados; autocontrole psicológico; empregar
todas as forças no cultivo da razão (p. 27-28-29-30-31-32).
31. Ciência não conduz ao ceticismo, mas à rocha firme a partir do qual edificamos nossa
vida; o ceticismo é somente uma postura metodológica inicial da ciência (p. 33-34).

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