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Análise Real I Prova 1 – Números reais

19 de Setembro de 2019
Respostas sem justificativas não serão consideradas!
Proibido o uso de qualquer tipo de consulta.

1. Sejam X e Y conjuntos. Mostre ou dê contra-exemplo:


(a) Se X é finito, então X \ Y é finito. (0.75)
Res.: Veja que X \ Y ⊂ X, sabemos que todo subconjunto de conjunto finito é finito,
logo, X \ Y é finito.
(b) Se X é infinito, então X \ Y é infinito. (0.75)
Res.: Tome X = Y = N, note que X é infinito, por outro lado, X \ Y = ∅, finito.
Logo afirmação é falsa.
2. (a) Use a definição de conjuntos enumeráveis para mostrar que Z é enumerável (explicite
a definição). (2.0)
Res.: Sabemos que um conjunto X é enumerável se, e somente se, X for finito ou
existe bijeção f : X → N.
Como Z é infinito, vamos mostrar que existe tal bijeção.
Defina f : Z → N tal que f (x) = 2x se x > 0 e f (x) = −2x + 1 se x ≤ 0. Vamos
mostrar que f é bijeção.
INJEÇÃO: Sejam x, y ∈ Z tais que f (x) = f (y). Desta igualdade, afirmamos que
f (x) é par se, e somente se, f (y) é par
(i) Se são pares, então f (x) = 2x e f (y) = 2y, logo 2x = 2y e portanto, x = y;
(ii) Se são ı́mpares, então f (x) = −2x + 1 e f (y) = −2y + 2, logo −2x + 1 = −2y + 1
e portanto, x = y;
por (i) e (ii), concluı́mos que f é injeção;
SOBREJEÇÃO: Tome y ∈ N, y pode ser par ou ı́mpar.
(i) Se y é par, existe x ∈ N tal que 2x = y, ou seja, f (x) = y, logo y ∈ f (Z);
(ii) Se y é ı́mpar, existe n ∈ N tal que −(−2(n − 1)) + 1 = 2n − 1 = y, assim,
definindo x = −(n − 1) ≤ 0, temos f (x) = y, logo y ∈ f (Z);
por (i) e (ii) temos que f é sobrejeção.
Como f é bijeção, temos que Z é enumerável.
(b) Use a definição ou propriedades para mostrar que o conjunto dos naturais pares é
enumerável. (explicite a definição e/ou as propriedades utilizadas). (1.0)
Res.: Denotando 2N o conjunto de todos os naturais pares, temos que 2N ⊂ N, como
todo subconjunto de conjunto enumerável é enumerável, temos que 2N é enumerável.
3. (a) Seja n ∈ N, mostre que n é divisı́vel por 3 se, e somente se, n2 é divisı́vel por 3. (1.5)
Res.: Tome n ∈ N, então existe q ∈ Z tal que n = 3q + r tal que r ∈ {0, 1, 2}.

(i) Se r = 0, n = 3q é divisı́vel por 3 e n2 = 3(3q 2 ) também é divisı́vel por 3;


(ii) Se r = 1, n = 3q + 1 não é divisı́vel por 3 e n2 = 3(3q 2 + 2q) + 1 não é divisı́vel
por 3;
(iii) Se r = 2, n = 3q + 2 não é divisı́vel por 3 e n2 = 3(3q 2 + 4q + 1) + 1 não é
divisı́vel por 3.

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Segue que n é divisı́vel por 3 se, e somente se, n2 for divisı́vel por 3.
(b) Mostre que não existe x ∈ Q tal que x > 0 e x2 = 3. (1.5)
Res.: Suponha x ∈ Q, daı́ existem p ∈ Z e q ∈ N, tais que mdc(p, q) = 1 e x = p/q.
Daı́ x2 = p2 /q 2 = 3, isto é, p2 = 3q 2 . Como p2 é divisı́vel por 3, p também é, ou seja,
existe k ∈ Z tal que p = 3k.
Assim, (3k)2 = 3q 2 , donde temos, 3k 2 = q 2 , logo q 2 é divisı́vel por 3, pelo item (a), q
também é.
Assim, 3 > 1 é divisor comum de p e q, absurdo, segue que x ∈ / Q.

4. Sejam x, y números irracionais e a 6= 0 racional. Prove ou dê um contra exemplo:

a) x · y ∈
/ Q. √ (0.5)
Res.: Tome x = y = 3 ∈
/ Q, daı́ xy = 3 ∈ Q. Afirmação é falsa.
b) a · x ∈
/ Q. (0.5)
Res.: Suponha y = ax ∈ Q, como a 6= 0, temos que a−1 ∈ Q, como x = ya−1 , temos
que x ∈ Q, pois Q é fechado pelo produto. Absurdo, logo ax ∈
/ Q.
c) −x ∈/ Q. (0.5)
Suponha −x ∈ Q, veja que −(−x) ∈ Q, por outro lado, −(−x) = x, absurdo, pois
x∈/ Q. Segue que −x ∈
/ Q.

5. Dizemos que uma função f : X → R, em que X ⊂ R, é limitada se f (X) é limitado.


Definimos
sup f = sup f (X) e inf f = inf f (X).

Sejam f : X ⊂ R → R e g : X → R funções limitadas. Mostre que

a) − sup f = inf(−f ); (1.0)


Res.: Primeiro mostraremos que − sup f é cota inferior para −f : da definição de
supremo temos

sup f ≥ f (x) ∀ x ∈ X ⇐⇒ − sup A ≤ −f (x) ∀ x ∈ X

Agora mostraremos que é ı́nfimo: suponha que não seja, logo existe l > − sup f tal
que l ≤ −f (x) ∀ x ∈ X, ou seja, −l ≥ f (x) ∀ x ∈ X, logo −l é cota superior para f ,
mas −l < sup f , ou seja, sup f não é supremo, absurdo, segue que − sup f = inf −f .
b) Se f (x) ≤ g(x) para todo x ∈ X, então sup f (X) ≤ sup g(X). (1.0)
Res.: Da definição de supremos temos que f (x) ≤ g(x) ≤ sup g para todo x ∈ X,
logo sup g é cota superior para f , como sup f é a menor cota superior para f , temos
que sup f ≤ sup g.
c) PONTO EXTRA: Se c > 0, então sup cf = c sup f (1.0)
Res.: Primeiro mostraremos que c sup f é cota superior para cf : da definição de
supremo temos

sup f ≥ f (x) ∀ x ∈ X ⇐⇒ c sup f ≥ cf (x) ∀ x ∈ X

Agora mostraremos que é supremo, suponha que não seja, logo existe s < c sup f tal
que s ≥ cf (x) ∀ x ∈ X, ou seja, s/c ≥ f (x) ∀ x ∈ X, logo s/c é cota superior para f ,
mas s/c < sup f , ou seja, sup f não é supremo, absurdo, segue que c sup f = sup cf .

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