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São Luís - MA
HUDSON ISRAEL DAS NEVES
JULYETH OLIVEIRA FERREIRA
ROSILENE ROCHA REIS
SOPHIA CAROLINE FAUSTINO
TEREZINHA ROCHA DE CASTRO
São Luís - MA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 7
3. OBJETIVOS .................................................................................................................... 10
3.1 Objetivos Gerais ........................................................................................................ 10
3.2 Objetivos específicos................................................................................................. 11
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 11
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS COM ANÁLISE DOS DADOS DA
ENQUETE E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: ............................................................................ 11
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ........................................................................................ 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17
7. APÊNDICES .................................................................................................................... 19
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1. INTRODUÇÃO
holístico e humanizado aos mesmos. Não cuidar apenas da doença, mas da pessoa que
se encontrava a mercê de cuidados. Nightingale considerava a enfermagem como uma
oportunidade profissional, com um conteúdo específico por investigar. A sua
concepção da enfermagem incidia particularmente na prevenção e no doente,
contrariando as concepções de enfermagem da sua época, que valorizavam, acima de
tudo, a doença e o curar (Silva, 2001)
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
p.29 apud LEITÃO et al 2006 p.896) as relações entre indivíduos são interações
cooperativas, diretas ou indiretas, ou não seria possível a sobrevivência dos sistemas
sociais. A qualidade da relação entre professor e alunos influencia diretamente no grau
de conhecimento, e se reflete diretamente no campo de práticas, tão importante no
curso de Enfermagem, tanto no diálogo entre equipe, quanto com os pacientes.
Sobre isso, GOMES et al. (2017) ainda faz uma reflexão em seu artigo
“Avaliação da ansiedade e autoestima em concluintes do curso de graduação em
enfermagem”. No texto, são apontados os sentimentos predominantemente
experenciados pelos acadêmicos desse curso, no qual podemos citar: níveis
insatisfatórios de autoestima, percepção negativa de si mesmo, vulnerabilidade da
capacidade de enfrentar os desafios da vida, elevados níveis de ansiedade etc. Segundo
o autor, todos esses sentimentos elencados podem, em algum momento, interferir
negativamente no desempenho tanto a nível pessoal quanto acadêmico na vida desses
graduados. Cardozo et al. (2014, p.28, apud ZANELLI et al., 2004 p.209) quando
refere que as emoções estão intimamente relacionadas à percepção da prontidão para a
ação do organismo e são desencadeadas pelas sensações fisiológicas as associam ao
comprometimento de habilidades consideradas essenciais para um Universitário, como
a capacidade de aprendizagem e a cognição.
Um estudo citado por Cardozo et al. (2014) indica que o relacionamento entre
pessoas nas organizações está intimamente associado a questões subjetivas do indivíduo
ligados a aspectos positivos e negativos, tais como: o respeito, o diálogo, liderança
autoritária, diferenças salariais, etc. Tais aspectos podem influenciar na produtividade
de uma organização, nesse sentindo, os fatores positivos melhoram a convivência no
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Dessa forma, é válido destacar a Enfermagem como um saber que deve ser
baseado no cuidado envolvendo tanto o processo de vida como o de morte, sendo que
o cuidar nunca deve ser visto desvinculado das boas relações interpessoais, quer seja
entre pacientes e familiares, alunos da graduação ou mesmo quer entre os próprios
membros da equipe multiprofissional. Por isso é essencial que o enfermeiro / estudante
de enfermagem tenha propriedade sobre o tema, para que assim seja possível o
desenvolvimento de uma assistência humanizada. Na prática de enfermagem
verificamos que toda assistência ao indivíduo se processa por meio das relações
interpessoais (Gattás, 1984). Sabendo disso, é imprescindível a importância da
disciplina, não só no meio Universitário, mas no social como um todo. Aprender a ver
o ser humano de maneira holística, adotar estratégias de comunicação com foco na
escuta qualificada, ser empático e manter uma postura profissional foram conteúdos
exaustivamente abordados durante o período e nos fizeram questionar, reflexo esse
digno de uma boa disciplina. Compreender a dor e a finitude da vida, dilemas do
cotidiano, suas fragilidades e fortalezas são necessárias para que possamos encarar
com resiliência as adversidades da vida, e, de modo geral, nós da equipe podemos
afirmar que a disciplina cumpriu seu propósito.
3. OBJETIVOS
Aplicar uma enquete (disponível em anexo) que trata acerca dos motivos que o
levaram a escolher a Enfermagem como campo de estudo; identificar os desafios
enfrentados nessa área de atuação e entender como a Enfermagem influencia nas
relações interpessoais de cada indivíduo entrevistado;
Comparar e analisar os resultados com os apontamentos de diversos autores
trabalhados através de artigos em sala de aula;
4. METODOLOGIA
atuar no Centro Cirúrgico após a sua formação. Com relação ao motivo que a levou a
escolher a Enfermagem, tem-se: “Sempre tive afinidade pela área da saúde, desde o
ensino médio. Além disso, sempre gostei de cuidar de pessoas. Por essa razão, quando
prestei o ENEM, já sabia em qual área eu queria atuar”. No que diz respeito aos
principais desafios enfrentados pelos estudantes de enfermagem, a aluna A respondeu:
“Acredito que um dos principais desafios é ter que deixar a família e morar sozinha.
Outras dificuldades que posso citar são a convivência com professores e colegas de
turma, que muitas das vezes pode ser tornar um desafio à medida que ocorrem
embates de opiniões e confrontos de personalidade e, além de tudo isso, ainda termos
que dedicar tempo à família e ao trabalho”. Quando perguntada sobre como o curso de
Enfermagem influencia na sua concepção de relações interpessoais a resposta foi: “O
curso discute, desde o início, o trabalho em equipe com um dos pilares da
Enfermagem. No decorrer da graduação é ressaltada a importância de estabelecer boas
relações interpessoais em nossa profissão. Assim, a minha compreensão acerca das
relações interpessoais e a sua relevância no ambiente de trabalho é, em sua maioria,
resultado desse ensino. Várias atividades desempenhadas na graduação foram de
fundamental importância para o meu entendimento das relações interpessoais, tais
como: debates em aula, seminários, prática hospitalar e demais experiências
protagonizadas pelo curso. Mesmo assim, sinto que ainda precisamos evoluir no que
cabe à implementação desse tema, quer seja em sala de aula ou professores e colegas
de outros períodos ou cursos, é preciso colocarmos em prática o que aprendemos nos
livros”.
esperado por parte dos alunos tanto nas aulas práticas quanto no estágio. Cardozo
(2014) destaca que considerando que somos seres emocionais dentro de cada
relacionamento interpessoal há trocas de sentimentos e experiencias sendo necessário
o empenho de ambas as partes para que esse convívio seja harmonioso e de
fundamental importância o interesse de ambas as partes assim como suas habilidades
sociais.
Ficou claro, por parte dos profissionais e acadêmicos de enfermagem, a
percepção de que as relações interpessoais - quando bem trabalhadas - tem um papel
importante no desenvolvimento individual como profissional de enfermagem/ futuras
enfermeiras, sendo a mesma potencializada por meio do trabalho em equipe no
ambiente de trabalho através do processo de ensino-aprendizagem (apresentação de
seminários, estágios, aulas práticas e teóricas...). Segundo Cardozo (2014, p.25 apud.
Carvalho 2009, p. 72), os seres humanos são essencialmente seres sociais,
institivamente motivados por uma necessidade de se relacionar. É nessa interação que
descobrem suas próprias capacidades e as exercitam. As relações interpessoais
‘saudáveis’ possibilitaram que os indivíduos adquirissem conhecimentos científicos,
tanto teórico quanto prático, que os ajudaram/ajudam a resolver vários problemas
relacionados a Enfermagem (ambiente acadêmico e profissional); no entanto, nem
sempre tais relações foram bem trabalhadas, resultando em um efeito negativo no
desenvolvimento profissional e na produtividade de tais indivíduos.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
de debater tais temas tanto no ambiente de trabalho, quanto nas instituições de ensino
superior, com a finalidade de ajudar profissionais e acadêmicos de enfermagem a
alcançar êxito na prestação do cuidado e a saber lidar com situações que envolve as
relações interpessoais no ambiente de ensino, como também no do trabalho. Sendo
assim, é importante ressaltar a necessidade de serem realizadas pesquisas que abordem
a contribuição das relações interpessoais na prestação do cuidado de enfermagem,
visto que a mesma é a base de uma assistência eficiente, e humanizada.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Vitória de Cássia Félix de. Teoria das relações interpessoais de Peplau:
análise fundamentada em Barnaum. Rev Esc Enferm USP, [s. l.], 2004. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n2/11.pdf/. Acesso em: 24 nov. 2019.
7. APÊNDICES
ENQUETE COM ALUNOS DE CURSOS DE ENFERMAGEM
II – QUESTÕES
1. O que motivou você a escolher a Enfermagem? Quais os principais desafios
enfrentados pelos estudantes de enfermagem?
Resposta: “Sempre tive afinidade pela área da saúde, desde o ensino médio, e
também sempre gostei de cuidar de pessoas, por isso, quando prestei o ENEM já sabia
em que área gostaria de atuar. Na minha opinião, um dos principais desafios é deixar a
família e ter que morar sozinho. Acredito também que a convivência com os professores
e colegas de turma pode se tornar um desafio a medida que ocorrem embate de
opiniões/personalidade ou outras situações de conflitos. Assim como lidar com as
responsabilidades de manter a família e/ou trabalho sem perder o focos estudos, além de
outras obrigações pessoais”.
II – QUESTÕES
1. O que motivou você a escolher a Enfermagem? Quais os principais
desafios enfrentados pelos estudantes de enfermagem?
Resposta: “Sempre me senti a vontade com a área da Saúde, desde pequena quis
cursar algo que ajudasse e contribuísse com as pessoas, principalmente porquê o meu
avô morreu de CA quando a minha mãe tinha 15 anos – ela sofreu muito e isso refletiu
diretamente na minha vida - aos 13 anos perdi outra pessoa importante, dessa vez uma
amiga muito próxima, e durante o curso (3/4 período) perdi outro amigo, diante dessas
perdas e como acompanhei o tratamento de dois amigos, resolvi que queria contribuir e
cuidar diretamente das pessoas. As principais dificuldades que tive foi vivenciar a
prática, relacionar os conhecimentos aprendidos em sala de aula com a rotina das
práticas/estágios. Além dessas, foi muito difícil lidar com os variados tipos de
clientes,principalmente quando se trata de ser flexível e manter sempre a calma”.
Resposta: “O curso, através das práticas e estágios - tanto dentro quanto fora da
sala de aula influencia diretamente no ato da comunicação, o que ajuda a interagir com a
comunidade ou até mesmo com nossos preceptores e colegas de sala; e graças a tais
interações, sejam elas positivas/não, que conseguimos nos desenvolver como futuros
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II - QUESTÕES:
1. O que motivou você a escolher a Enfermagem? Quais os principais desafios
enfrentados pelos profissionais de Enfermagem?
Resposta: “Eu não fui motivada a cursar Enfermagem. Na realidade, faço parte
daquela famosa estatística dos que desejavam cursar medicina e que, por algum motivo,
não conseguiram. Dessa forma, procurei algo que, a meu ver, estivesse mais próximo do
que eu queria. Foi assim que a enfermagem entrou na minha vida, como forma de
compensar meu desejo. Mas, pra ser sincera, eu errei feio. Enfermagem e Medicina são
duas profissões muito distintas! Inclusive, acredito que um dos maiores desafio para a
minha profissão seja se deixar enxergar, pois somos profissionais que trabalhamos
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exaustivamente mas que, porém, ainda somos pouco ou nada reconhecidos. Muitas das
vezes nós executamos diversas tarefas no dia a dia, mas não registramos na mesma
proporção e nem valorizamos nossa profissão. O fato do técnico de enfermagem checar
a prescrição médica, mas nem olhar a prescrição de enfermagem é só um exemplo do
quanto ainda precisamos avançar enquanto profissionais de saúde”.