Sei sulla pagina 1di 24
Xt Congreso ntecional del CLAD sobre a Reforma dl Estado y del Aaminitaton Pubic, Cartagena, Colombia, 3 oct = 2 nov. 2012 Da enxada ao cajado, as engrenagens e aos chips: 2 sobrevivéncia do "coronelismo"' Paulo Emilio Matos Martins As Raizes do Autoritarismo no Brasil A Bertrand Russel (1938) devemos a ideia de que “a energia é a categoria central da Fisica, assim como © poder € a categoria central das Ciéncias Sociais”. A literatura sobre Administragdo, entretanto, frequentemente parece ignorar o cariter eminentemente social do seu objeto de estudo: o “espago- dinamica organizacional™, 0 que significa dizer, olvidar a natureza politica, historica e simbélica do fendmeno sobre o qual se debruga influenciada pelo sucesso dos trabalhos de seus autores pioneiros, como Taylor (1911), Emerson (1912) e tantos outros, que focalizaram, principalmente, as dimensdes fisica, material e processual desse objeto para, somente décadas apés, se voltarem para suas dimensdes humana e politica e, s6 muito recentemente, para sua dimensto simbélica. Destarte ser, ainda, muito comum no meio académico 0 questionamento a cientificidade das epistemologias e metodologias nfo funcionalistas e ndo positivistas de interpretagiio da ago administrativa, Neste ensaio, focado na perspectiva historica ¢ simbélica da dimensio politica da gestio, reflito sobre a Pertinéncia do emprego do referente “coronelismo” (LEAL, 1997; 1* ed, 1947) como forma autoritéria © muito viva de manifestagao de poder/autoridade no “espago-dindmica organizacional” brasileiro contemporineo. A questio que pretendo aqui responder €: seria o “coronelismo”, hoje, uma Tepresentago anacrénica de poder nesse lécus? Como tese sustento que 0 “coronelismo de enxada” [forma rural de autoritarismo estudada por Leal (1997)] esté praticamente esgotado no Brasil, enquanto que o mandonismo, trago central desse fendmeno,permanece resignificado sob diferente formas na cultura politica brasileira, tais como as dos. . Datafotha, 0S de maio de 2007, 12/07/2008. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto (O municipio ¢ 0 regime representative no Brasil). 3* Ed Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. 1" Ed. (1949). LEAL, Victor Nunes. O Coronelismo e 0 coronelismo de cada um. Dados: Revista de Ciéncias Sociais, Rio de Janeiro: Ed. Campus, v. 23, n. 1, 11-14, 1980. LIMA, Venicio A. de. Concessbes de rédio e tv: as bases do coronelismo eletrénico. Ultimo Segundo, 08 ago. 2005. Disponivel em: _hitp://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp? cod=3411PBOO1 pdf, 24/01/2008, LIMA, Venicio A. de. ¢ LOPES, Cristiano Aguiar. Radios comunitérias: coronelismo eletrénico dé novo tipo (1999-2004). Observatério de Imprensa, junho 2007. Disponivel em: http://observatorio ultimose: is br/download: ielismo_elet vo, id £ 14/04/2008. MACHADO, M. D. C. Politica e religido: a participasio dos evangélicos nas eleigdes, Rio de Janeiro: FGY, 2006, MAIA. E. L. C. Os evangélicos ¢ a politica. Revista Eletrdnica dos Pés-Graduandos em Sociologia Politica da UFSC. Vol. 2 n? 2 (4), agosto-dezembro/2006, p. 91-112. MARTINS, Paulo Emilio Matos. A reinvengdo do sertdo: a estratégia organizacional de Canudos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001 MARTINS, Paulo Emflio Matos. 4 reinvengdo do sertio: organizagto social e poder na comunidade do Belo Monte (Canudos, 1893 ~ 1897), Tese (Doutorado) — Escola de Administragdo de Empresas de So Paulo - EAESP/FGY, Sao Paulo, 1999a. MARTINS, Paulo Emilio Matos. A significagao do espaco organizacional. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIACAO NACIONAL DE PROGRAMAS DE POS-GRADUAGAO EM ADMINISTRAGAO, ENANPAD XXXII, 1999, Foz do Iguagu. Anais... Foz do Iguagu: ANPAD, 1999b. MARTINS, Paulo Emilio Matos. © “Espago-dinamica organizacional” em Perspectiva Historica Jisbalho apresentado a Mesa Meméria da Gestio e Anilise Organizacional, do I Coldquio Internacional sobre o Brasil Holandes, Instituto Ricardo Brennand, Recife, 16 2 19 de novenmbro de 2011. OGDEN, C. Ks RICHARDS, I. A. The meaning of meaning. New York: Harcourt, Brace & World, 1924. ORO, A. P. A politica da Igreja Universal ¢ seus reflexos nos campos religioso e politico brasileiros. Revista Brasileira de Ciéncias Sociais, vol.18 n.53, outubro/2003 PINTO, S. C. 8. Revisitando "velhas" questdes: coronelismo e clientelismo na Primeira Republica, VIIZ Encontro Regional de Histéria. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeito, 1998, v.[. pp. 62-63. (QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. O mandonismo local na vida politica brasileira e outros ensaios, Sto Paulo: Editora Alfa-Omega, 1976. 7 ‘ft Xi Congreso Internacional del CLAD sobre a Reforma del Esta y def Adminsracén Pubic, Cartage, Colombia, 30 oct -2 nv. 2012 RUSSELL, B. Power: a new social analysis. New York: Routledge, 1938, SANTOS, S. E-Sucupira: 0 Coronelismo Eletrénico como heranga do Coronelismo nas comunicagéés brasileiras. E-Compés (Brasilia, v. dez/06, p. 1-27, 2006. SANTOS, Suzy dos. e CAPPARELLI, Sérgio. Coronelismo, radiodifustio e voto: a nova face de um velho conceito. In: BRITTOS, Valério Cruz; BOLANO, César Ricardo Siqueira (Org,). Rede Globo: 40 anos de poder e hegemonia. So Paulo,, v.1, p. 77-101, 2005. Disponivel em: http://www.enecos.org.br/xijicobrecos/arquiva/doc/006,doc, 17/01/2008. SANTOS, Suzy dos. E-sucupira: © coronelismo eletrOnico como heranga do coronelismo nas comunicagdes brasileiras, Revista da Associacdo Nacional de Pés-Graduacao em Comunicagdo, dez. 2006. Disponivel em: _http:/Avww-finde, rquivos/ecompos07_de: suzydossantos.pdf, 17/01/2008. SANTOS, Suzy dos. Os prazos de validade dos coronelismos: a circunscrigo a um momento de transigdo do sistema politico nacional como heranga conceitual do coronelismo ao coronelismo eletronico. Congresso Brasileiro de Ciéneias da Comunicago, 30, 2007. Santos. Disponivel em TTPyAvww.adtevent >r/intercom/2007/resum: 19-2pdf, 17/012008. SEMAN, P. A Igreja Universal do Reino de Deus: um ator ¢ suas costuras da sociedade brasileira contemporénea. Debates do NER. N. 3, PPGAS/UFRGS, set.2001, p. 87-96. STADNIK, Célia. 4 hipétese do fendmeno do coronelismo eletrénico e as ligacdes dos parlamentares federais ¢ governadores com os meios de comunicagdo de massa no Brasil. Monografia (Graduagio) - Faculdade dos Meios de Comunicagao Social da PUCIRS, Porto Alegre, 1991. TAYLOR, F. W. The principles of sciemific management. New York: Harper Bros., 1911. VASCONCELLOS, Jodo Gualberto M. A invencdo do coronel. Vitoria: EDUFES/FCAA, 1995a. VASCONCELLOS, Jo#o Gualberto M. O coronelismo nas organizagbes: a génese da geréncia autoritéria brasileira. In: DAVEL, E. P. B; VASCONCELLOS, Joto Gualberto M. (Org. ‘Recursos’ humanos e subjetividade. Petropolis: Vozes, 1995b. p. 220-231. VILACA, Marcos Vinicius; ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de. Coronel, coronéis. 3%. Ed Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Niteréi: Universidade Federal Fluminense - EDUFF, 1988. VITAL, C. Evangélicos e doutrina no ar: uma investigagio sobre os evangélicos nas Comissbes e Conselhos do Legislative Nacional. Disponivel em:

Potrebbero piacerti anche