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COMUNICADO
Portuguesa e nos artigos 1º e 4º da Lei n.º 93/2017, de 23 de agosto. No caso em apreço, o
comportamento da jornalista é duplamente condenável, porque viola também os mais elementares
deveres deontológicos do exercício da sua profissão, deveres esses que não se aplicam apenas
durante o seu horário de trabalho, mas que devem reger todo o comportamento e acções públicas
da jornalista.
O SOS Racismo repudia veementemente a atitude racista em causa, manifestando toda a sua
solidariedade para com os visados, e irá, naturalmente e como decorre das suas responsabilidades
estatutárias, formalizar as devidas queixas junto das entidades competentes.
O SOS exige ainda que a CMTV e o Correio da Manhã condenem expressamente a posição pública
da sua jornalista, assumindo as responsabilidades inerentes, sob pena de pactuarem com
comportamentos discriminatórios. Entendemos, pois, que estão em causa as condições para
garantir que a jornalista e os referidos meios de comunicação actuem com o rigor jornalístico
devido e sob os princípios basilares da democracia, correndo-se o risco de que estes se possam
servir da visibilidade pública que detêm, para promover e veicular o preconceito e ódio racial. O
jornalismo não pode ser um espaço de promoção de violência, cumprindo-lhe manter-se ao serviço
da procura imparcial da verdade e de uma sociedade justa e democrática.
O SOS Racismo solicita ainda à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, ao Sindicato de
Jornalistas, à ERC e à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, que tomem todas
as diligências necessárias a este respeito, para aplicar a Lei e pôr cobro à violação dos princípios da
igualdade e da não discriminação.
Lisboa, 30 de novembro de 2019
SOS Racismo