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Osasco, SP
Novembro/2019
UNIVERSIDADE UNYLEIA
OSASCO – SP
Dez/2019
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RESUMO
INTRODUÇÃO
A Educação assume um novo papel, “não mais em razão de sua função social
e cultural de caráter universal, mas da particularidade das demandas do mercado”
(FRIGOTTO, 2011). Essa lógica educacional mercantil atrelada, sobretudo aos
aspectos econômicos da sociedade, valoriza uma formação alheia aos graves
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“Tudo isso porque, quando deixar de ser Pedrinho para ser Pedro
um trabalhador adulto, terá que estar preparado para ser tratado como
assalariado como votante, como usuário dos transportes públicos, etc.,
antes que como Pedro, fora das relações familiares e de amizade. Se se
converte em garçom será tratado como tal embora seja um grande
conhecedor da filosofia alernã guarde em casa um título de engenheiro; se
ingressa no cárcere, será tratado como recluso embora possua uma alma
sensível; se sobe no ónibus, terá que pagar o preço da passagem embora
por isso já não possa comprar pão” (HENRY, 1955).
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Ora, trabalho e capital são radicalmente opostos, mas este não sobrevive sem
a exploração do primeiro, subordinando-o à sua lógica. Nesse processo de
subordinação do trabalho ao capital, este busca atrelar a si próprio as outras formas
de práxis humana, dentre elas, a educação, que é nosso objeto de estudo. Assim,
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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A crise que estamos vivendo atualmente é uma crise que tem como base o
trabalho explorado. Essa crise rebate na educação e em todos os complexos
sociais, expõe as contradições do sistema do capital, do domínio dos grandes, do
descaso dos governantes, do descaso da justiça. É um erro, pois, querer que a
educação resolva os problemas da humanidade que foram gerados pelo tipo de
organização social que aprofundou o contraste entre pobreza e riqueza. A educação
nunca vai resolvê-los, enquanto o capital continuar como sistema vigente, a
humanidade agonizará. No entanto, pode‐se afirmar que os interesses situam‐se no
âmbito de grupos diferenciados, o que possibilita a resistência à “ordem favorável
aos interesses da propriedade privada dos meios de produção e do capital”
(SANFELICE, 2005).
Aqui há lugar para a esperança, pois ela é movida pela força do desejo
(Bloch, 1977), por inquietações que apelam pelo inconformismo (Bloch, 1993), por
uma vontade de mudança.
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REFERÊNCIAS:
HENI{Y, J. (1955): "Docility, or giving teacher what she wants", Journal of Social Issues,
11, 2,
MARX, K. O dezoito Brumário e cartas a Kugelmann. São Paulo: Paz e Terra. 1997
MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.
FERRETTI,