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Capa
Sumário
Introdução
O Antinomianismo na História
A Doutrina Antinomiana
Os Puritanos e seu Entendimento da Lei Moral
Conclusão
A Lei de Deus: uma perfeita regra de justiça
A Perfeição da Lei Moral
Conclusão
Nossos livro
Mídias
SUMÁRIO
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Introdução
O Antinomianismo na História
A Doutrina Antinomiana
Os Puritanos e seu Entendimento da Lei Moral
Conclusão
A Lei de Deus: uma perfeita regra de justiça
A Perfeição da Lei Moral
Conclusão
Nossos livro
Mídias
INTRODUÇÃO
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim
para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem,
nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele,
pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim
ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele,
porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos
céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. (Mateus 5.17-20)
1 Joel Beeke e Mark Jones afirmam que Richard Baxter foi o mais famoso adversário
teológico de John Owen. Cf. Teologia Puritana. São Paulo: Vida Nova, 2016. p. 713.
2 Richard Baxter. An End of Doctrinal Controversies which have Lately Troubled the
Churches by Reconciling Explication without much Disputing. Londres, 1691. p. 255.
3 Kevin DeYoung. “Antinomianism: It’s Bigger than You Think”. Disponível em:
<https://www.thegospelcoalition.org/blogs/kevin-deyoung/antinomianism-its-bigger-than-
you-think/>.
O ANTINOMIANISMO NA HISTÓRIA
4 Joel R. Beeke e Mark Jones. Teologia Puritana: Doutrina para a Vida. São Paulo: Vida
Nova, 2016. p. 473.
5 Ibid.
6 Mark Jones. Antinomianism: Reformed Theology’s Unwelcome Guest? Phillipsburg, NJ:
Presbyterian and Reformed Publishing, 2013. p. 1.
7 Ibid.
8 O grande lema do semipelagianismo medieval era: “Àquele que faz o seu melhor, Deus
não negará a sua graça”. Tudo começa com o esforço próprio do indivíduo. Deus, então, vê
o esforço e a sinceridade, e recompensa-o.
9 Ernest Kevan. The Grace of Law: A Study in Puritan Theology. Grand Rapids, MI: Soli
Deo Gloria Publications, 2011. p. 23.
10 Ibid.
11 Mark Jones. Antinomianism. p. 4.
12 David Como. Blown by the Spirit: Puritanism and the Emergence of na Antinomian
Underground in Pre-Civil-War England. Stanford: Stanford University Press, 2004. p. 113.
Apud in Mark Jones. Antinomianism. pp. 4-5.
13 Martinho Lutero. Obras Selecionadas: Debates e Controvérsias II. Vol. 4. São Leopoldo,
RS: Comissão Interluterana de Literatura, 1993. p. 402.
14 Ibid.
15 Mark Jones. Antinomianism. p. 5.
16 Apud in Ernest Kevan. The Grace of Law. p. 23.
17 Mark Jones. Antinomianism. p. 7.
18 Ernest Kevan. The Grace of Law. p. 26.
19 Joel Beeke e Mark Jones. Teologia Puritana. p. 473.
20 Ernest Kevan. The Grace of Law. p. 27.
21 Joel Beeke e Mark Jones. Teologia Puritana. p. 475.
22 No prefácio de Sinclair Ferguson. Somente Cristo: Legalismo, Antinomianismo e a
Certeza do Evangelho. São Paulo: Vida Nova, 2019. p. 13.
A DOUTRINA ANTINOMIANA
Sinclair Ferguson, por sua vez, faz uma distinção mais simples
entre as faces do antinomianismo, destacando o que ele chama de
“antinomianismo dogmático” e o “antinomianismo exegético”. De
acordo com ele, na corrente dogmática estão aqueles “que afirmam
que a lei de Deus foi completamente revogada para os que
creem”.31 Nessa corrente estão enquadrados os antigos
antinomianos, como John Eaton, Tobias Crisp e John Saltmarsh.
Ainda de acordo com Sinclair Ferguson, a corrente dogmática
também estava geralmente associada ao hipercalvinismo, afirmando
que os indicativos do evangelho superam completamente os
imperativos divinos, provocando um desequilíbrio bíblico, ou seja, o
que Deus já fez em Cristo torna qualquer dever nosso irrelevante
para a nossa salvação. A habitação do Espírito é suficiente para
reger a nossa vida. A lei é completamente desnecessária.32
Já a corrente exegética, intimamente relacionada à dogmática,
se caracteriza pela vigorosa oposição à tripartição da lei, e ao
entendimento de uma dessas partições — a lei moral — continua
vigente para o cristão.33 Grande parte dos teólogos bíblicos dos
nossos dias rejeita essa tríplice divisão por considerá-la uma
imposição ao texto da Escritura. A lei mosaica, de acordo com eles,
é um todo unificado. A tripartição da lei, portanto, seria uma
imposição exegética, não uma conclusão exegética. A mesma ideia
que encontramos no que J. I. Packer chama de “antinomianismo
dispensacional”.
Uma crítica que precisa ser feita especificamente a essa objeção
da corrente exegética é a ideia, pressuposta, mas não provada — e
impossível de provar — de que essa tripartição não reflete o que
pode ser encontrado nos textos do Antigo Testamento. O grande
problema com esse tipo de pensamento é o tratamento dispensado
ao texto bíblico como se devêssemos tratá-lo como uma espécie de
enciclopédia, que nos oferece já todos os dados devidamente
organizados e categorizados em verbetes, tabelas comparativas, e
assim por diante. É como se não pudéssemos chegar a
determinados entendimentos e a determinadas doutrinas através de
deduções lógicas necessárias, como ensina a nossa Confissão de
Fé de Westminster. É como se a igreja cristã, ao longo dos séculos
não tivesse feito isso com doutrinas fundamentais, como a doutrina
da Trindade, por exemplo. Ninguém nega que as Escrituras falam da
lei mosaica, em diversas passagens, como um todo. Mas também é
verdade que esse todo pode ser dividido em porções que refletem
aspectos cerimoniais, civis e morais. Não importa se a tripartição da
lei não é explicitamente afirmada, ela está lá. E tudo o que fazemos
é extraí-la das Escrituras. Nesse sentido, há uma declaração
excelente de Herman Bavinck: “A Escritura não é dogmática. Ela
contém todo o conhecimento de Deus de que precisamos, mas não
na forma de formulações dogmáticas [...] A Escritura é uma mina de
ouro: é a igreja que extrai o ouro, põe sua estampa sobre ele e o
converte em dinheiro circulante”.34
Em suma, o fundamento comum a todas as correntes
antinomianas é que aqueles que vivem em Cristo estão
completamente separados, livres de todo e qualquer aspecto da
pedagogia da lei.
Uma das grandes preocupações dos puritanos em relação ao
antinomianismo era que ele desembocasse em libertinagem, em
licenciosidade. Thomas Shepard, um ministro na Nova Inglaterra,
afirmou: “Aqueles que negam a utilidade da lei a qualquer um que
esteja em Cristo tornam-se patronos da licenciosidade livre sob a
máscara da graça livre”.35 Em sua epístola, Judas, o irmão do
Senhor Jesus, já advertira os seus leitores a respeito de homens
que estavam no seio da igreja, mas que transformavam “em
libertinagem a graça de nosso Deus” (v. 4). De fato, uma vida
licenciosa e libertina é a consequência da crença no
antinomianismo. Ora, se você crê que não tem mais nenhuma
obrigação em relação à santa lei de Deus, que pode viver agora
com a certeza de que Deus não leva em consideração qualquer
pecado que você venha a cometer, nada impede que você viva
segundo o modo daquelas pessoas que distorcem a doutrina da
perseverança dos santos: “se uma vez salvo, salvo para sempre,
não importa a maneira como eu vivo”.
Nos nossos dias o antinomianismo tem assumido algumas
formas levemente diferentes. Tem se tornado cada vez mais comum
o chamado “evangelho da autoaceitação”, afirmando que “Deus te
aceita da forma como você é. Ele te ama como você é, com todos
os teus defeitos e pecados”. “A lei não será nenhuma barreira entre
você e Deus, pois tudo o que ele deseja é sinceridade, que você
seja verdadeiro, que você seja você mesmo na presença dele”. Daí
nós vemos igrejas, denominações, ecoando esse tipo de pregação e
o resultado é um número crescente de pessoas que dizem: “É assim
que eu sou. Deus é gracioso e me aceita do jeito que eu sou. Posso
continuar sendo assim. Ninguém vai me dizer o que fazer ou como
eu devo viver”.
Os puritanos responderiam a esse tipo de raciocínio afirmando
que tais pessoas não apenas estão rejeitando a lei de Deus, mas
também que esta rejeição tem sua origem numa compreensão
completamente equivocada da natureza e da ação da graça de
Deus na vida do indivíduo. Para eles, a graça pressupõe um papel
específico da lei moral na vida do cristão.
36 Jeffrey M. Kahl. “The Antinomian Controversy and the Puritan Vision: A Historical
Perspective on Christian Leadership”. In: Ashland Theological Journal. Nº 35. 2003. p. 59.
37 Edward Fisher. The Marrow of Modern Divinity. p. 35.
38 Apud in Ernest Kevan. The Grace of Law. p. 172.
39 Ibid.
40 David Clarkson. “Justification”. In: Works. Vol. 1. Edinburgh, UK: The Banner of Truth
Trust, 1999. p. 297.
41 Samuel Bolton. The True Bounds of Christian Freedom. Edinburgh, UK: The Banner of
Truth Trust, 1994. p. 61.
42 Ibid.
43 Ibid.
44 Ibid. p. 71.
45 Ibid.
46 Ibid.
CONCLUSÃO
47 Ibid. p. 72.
A LEI DE DEUS: UMA PERFEITA REGRA DE
JUSTIÇA
Aquele que tem o furor da raiva, sendo tão furioso quanto o leão,
entrando no tanque, ficará tão manso quanto um cordeiro.
Aquele que tem a cegueira da intemperança, lavando-se neste
tanque, perceberá a própria loucura. Aquele que tem o mofo da
inveja, a lepra da avareza, a paralisia da concupiscência, terá
meios e medicamentos para sarar dessas doenças.21
10 Charles Spurgeon. Os Tesouros de Davi. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. p. 355.
11 Ibid. p. 359.
12 Matthew Poole. A Commentary on the Holy Bible: Psalms-Malachi. Vol. 2. Peabody, MA:
Hendrickson Publishers, 2010. p. 29.
13 Ibid.
14 Samuel Bolton. The True Bounds of the Christian Freedom. p. 55.
15 Allan Harman. Comentários do Antigo Testamento: Salmos. São Paulo: Cultura Cristã,
2011. p. 122.
16 Ibid.
17 Joel R. Beeke. Lutando Contra Satanás: Conhecendo suas Estratégias, Fraquezas e
Derrota. Campina Grande, PB: Visão Cristã, 2018. p. 118.
18 Apud in Charles Spurgeon. Os Tesouros de Davi. Vol. 1. p. 374.
19 João Calvino. Salmos. Vol. 1. Santa Bárbara d’Oeste, SP: Edições Paracletos, 1999. p.
424.
20 Christopher Ash. Teaching Psalms: From Text to Message. Vol. 2. Scotland, UK:
Christian Focus, 2018. p. 62.
21 Apud in Charles Spurgeon. Os Tesouros de Davi. Vol. 1. pp. 375-376.
22 João Calvino. Salmos. Vol. 1. p. 426.
23 Ibid.
24 Charles Spurgeon. Os Tesouros de Davi. Vol. 1. p. 360.
25 Matthew Henry. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio
de Janeiro: CPAD, 2010. p. 273.
26 João Calvino. Salmos. Vol. 1. p. 427.
27 Sheri L. Kouda. “The Dialectical Interplay of Seeing and Hearing in Psalm 19 and Its
Connection to Wisdom”. In: Bulletin for Biblical Research. 10.2, 2000. p. 188.
28 John Gill. Commentary on Book of Psalms. p. 218.
29 João Calvino. Salmos. Vol. 1. p. 428.
30 Charles Spurgeon. Os Tesouros de Davi. Vol. 1. p. 361.
CONCLUSÃO
• A Confissão de Fé Belga
• O Catecismo de Heidelberg
• Os Cânones de Dort
• Por que Devemos Cantar os Salmos (Joel Beeke; Terry Johnson; Daniel
Hyde)
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