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Esboço do livro do Apocalipse

ESBOÇO DO LIVRO DE APOCALIPSE - José Ribeiro Neto

Pastor da Igreja Batista do Vale, Vale das Virtudes, SP. Diretor Pedagógico do
Seminário Teológico Batista Nacional Enéas Tognini. Doutorando e Mestre em
Estudos Judaicos pela Universidade de São Paulo, Mestre em Teologia Bíblica
do Antigo Testamento pelo Seminário Teológico Batista Nacional Enéas
Tognini.

1.1 O Título do Livro: A palavra apocalipse, no


grego apocalypsis (avpoka,luyij) é de origem grega e significa; “desvendar,
revelar (no sentido de tirar a tampa para permitir visualizar o que há dentro de
algum recipiente)”. O nome do livro é dado de acordo com a própria afirmação
inicial “apocalipse de Jesus Cristo” (Ap. 1.1.), ou seja, o livro é uma revelação
de Jesus à sua Igreja para mostrar os acontecimentos que culminarão no
cumprimento do plano de Deus por meio de seu Filho Jesus, o Messias
prometido nas Escrituras e agora manifesto e revelado.

2. Autoria: Nos primeiros versículos do livro já temos identificado o


autor: “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja
convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos
sete Espíritos que estão diante do seu trono.” (Ap 1.4). Em outras partes
do livro também são dados maiores detalhes sobre sua autoria: “Eu,
João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no
Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos,
por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.” Por
fim, no último capítulo, o autor expõe seu testemunho sobre as coisas
que viu: “E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-
as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o
adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de
teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro.
Adora a Deus.” (Ap 22.8,9).

Por volta do segundo séc. d.C., Justino, mártir, Irineu e outros, identificaram o
autor como o apóstolo João, o discípulo amado, que se reclinava no peito de
Jesus.[1] As evidências a favor de João, o apóstolo, são grandes:

1. Evidência Literária – o estilo do apocalipse, com forte influência semítica


(aramaico) e muitas alusões aos símbolos e figuras do Antigo
Testamento;
2. Evidência da Tradição – como acima citado, vários pais apostólicos e
autores posteriores afirmam ser João o autor de apocalipse;
3. Evidência Histórica – somente João se enquadra historicamente como
autor do apocalipse. Foi o único discípulo que viveu tanto tempo para se
encaixar nos acontecimentos relatados no livro.
4. Data do livro: durante o reinado do imperador romano Domiciano (81-96
d.C)

O livro do apocalipse começa com a visão de Cristo Glorificado – 1.12-17.


Os sete candeeiros são as sete igrejas e as sete estrelas são os pastores das
igrejas.

Há quatro principais escolas de interpretação do apocalipse[2]:


1. Preterista – esta escola diz que o livro do apocalipse é somente uma
exortação aos leitores originais para os quais o livro foi destinado e que
poucas predições descritas na revelação de João restam para ser
cumpridas.
2. Histórica-Contínua – de acordo com este modelo de interpretação o livro
é uma predição dos eventos desde João até o fim dos tempos.
3. Idealista ou Espiritual – esta escola ensina que o apocalipse é uma
descrição figurativa, não histórica da luta contínua entre o bem e o mal.
4. Futurista – de acordo com esta escola as predições do livro de
apocalipse estão todas para se cumprir. [3]

Outra interpretação interessante é dada sobre as sete igrejas do apocalipse,


mas que deve ser analisada com as devidas precauções:

Igreja de Éfeso: representa a Igreja apostólica;

Esmirna: representa a Igreja sofredora da era pós-apostólica que é duramente


perseguida;

Pérgamo: representa a Igreja sob o comando do imperador romano


Constantino, é a igreja que se casa com o estado tornando-se corrompida.

Tiatira: representa a Igreja da Idade Média, obscurecida pela idolatria e


prostituição

Sardes: representa a Igreja nos tempos da reforma, saída da sepultura

Filadélfia: representa a Igreja no tempo das missões, fiel e perseverante

Laodicéia: representa a igreja dos últimos dias, apóstata, morna e sem vida.

5. JESUS NO APOCALIPSE

Muitos intérpretes se emaranham em balaios de gato teológicos para


interpretar o livro de apocalipse e se esquecem de perceber que a mensagem
principal do livro é a exaltação do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
(Messias). O livro mostra um Jesus Ressurreto, vencedor e cumpridor de todas
as expectativas e cumprimentos proféticos das profecias do Antigo Testamento
a respeito do Messias Vindouro.

Quem é Jesus no Apocalipse?:

1.5 – Fiel Testemunha, Primogênito dentre os mortos e Príncipe dos reis da


terra;

1.12, 13 – Sustentador das Igrejas;

1.16 – Sustentador dos pastores;

1.18 – Glorificado e Ressurreto;

Capítulos 2 e 3 – Instrutor das Igrejas;

Capítulo 4 – Senhor dos céus;

Capítulo 5 – Revelador do Futuro;

Capítulo 6-9 – Juiz da Terra;

19.11 – O que em breve voltará;

19.16 – Rei dos Reis e Senhor dos Senhores

Capítulo 20 – Juiz de Satanás

Capítulo 21-22 – O Noivo, O Cordeiro

[1] Na cultura judaica o Mestre ficava em uma das pontas de uma


mesa em forma de “U” e o discípulo mais novo se assentava na outra ponta.
Este fator cultural nos mostra que João era o mais novo e por essa
proximidade foi o discípulo que mais teve intimidade com o mestre, juntamente
com Pedro e Tiago, faziam parte de um grupo mais próximo a Jesus e que teve
grandes experiências.

[2] Para maiores detalhes sobre estas escolas de interpretação vide Bíblia
de Estudo de Genebra. Sociedade Bíblica do Brasil, p. 1529
[3] Devemos tomar cuidado em adotar qualquer escola de interpretação, a
Bíblia não pode ser enfaixada em camisas de força de interpretação; aspectos
de cada uma das interpretações podem ser aproveitados sem ser religioso
demais para adotar preferencialmente qualquer escola em absoluto

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