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Arqueologia Bíblica - José Ribeiro Neto

Diretor Pedagógico do Seminário Teológico Batista Nacional Enéas Tognini.

Pastor da Igreja Batista do Vale, Vale das Virtudes, SP

Doutorando e Mestre em Estudos Judaicos pela Universidade de São Paulo,


Mestre em Teologia Bíblica do Antigo Testamento pelo Seminário Teológico
Batista Nacional Enéas Tognini, Bacharel em Teologia pela FTSA / Seminário
Teológico Batista Nacional Enéas Tognini.

1. Definições e Princípios Gerais da Arqueologia

A arqueologia é uma ciência nova, mais nova ainda é a arqueologia


bíblica, muito questionada pelos arqueólogos seculares que afirmam que uma
arqueologia bíblica não é possível, logo que a Bíblia não é um livro 100%
confiável. Do lado dos estudiosos bíblicos se afirma que os que não querem
aceitar a Bíblia como documento histórico carregam a priori um desprezo para
com o livro sagrado, e não fazem ciência verdadeira, antes têm preconceitos
que os impedem de enxergar a veracidade dos relatos bíblicos.

A palavra arqueologia é formada de duas palavras gregas: a;rcaioj (archaios)=


original, primitivo, velho e logi,a (loguia) = estudo.

No correr do séc. XIX, o mesmo vocábulo assume a significação técnica de


‘estudo científico dos monumentos e remanescentes documentos, lato sensu,
dos períodos pré-históricos’[1].

A partir do séc. XIX, contudo, é que a palavra começa a assumir o sentido


técnico: “Estudo científico dos monumentos e remanescentes documentos”.

A arqueologia é um campo restrito e específico do conhecimento humano e


procura reconstruir o passado histórico do homem, bem como as fases iniciais
da cultura humana. Através de diversos achados e técnicas desenvolvidas ao
longo do progresso dessa ciência, os arqueólogos são capazes de preencher
as lacunas deixadas pelos textos escritos, pois para o estudo arqueológico
cada material encontrado conta algo a respeito daquele povo ou daquele grupo
de pessoas, desde vasos ou pedaços de vasos a dentes e esqueletos podem
falar muito sobre a cultura humana do passado.

Através do estudo arqueológico é possível preencher as lacunas deixadas


pelos textos de modo que a arqueologia e paleografia se completam para
levantar a história de determinada cultura.

Há dificuldades de conceituar e delinear os objetos da arqueologia mesmo


entre os pesquisadores.

Há divergências de opiniões entre os especialistas, quanto ao seu campo


específico de estudo e às suas filiações. Para uma corrente, a Arqueologia
integra-se na antropologia cultural. Clark Wissler, por exemplo, diz que
Antropologia é termo que designa a ciência do estudo do homem, sendo a
Arqueologia uma de suas divisões. Mais recentemente outro autor, James
Deetz, define ainda mais diretamente a Arqueologia como um ramo da
Antropologia.

Outro grupo argumenta que a Arqueologia se ocupa da reconstrução do


passado mais remoto como um todo. Em conseqüência, ela é uma disciplina
histórica. Gordon Childe, por exemplo, a classifica como ‘uma forma de
história’.

Na realidade, a Arqueologia utiliza-se dos métodos desenvolvidos pela


Antropologia Cultural, principalmente no que concerne a certas técnicas de
interpretação utilizadas. No entanto, seus objetivos são basicamente históricos,
pois as reconstituições elaboradas ou insinuadas por ela se relacionam,
sempre, a um grupo humano que ocupou determinado lugar no espaço e
esteve situado no tempo.[2]

Mesmo havendo toda essa dificuldade de definição específica da Arqueologia,


em termos gerais ela é definida como a ciência que busca reconstruir as
imagens da vida através de evidências materiais que restaram do passado.
2. Arqueologia Bíblica, um desafio maior

Temos de ter claro em nossas mentes que a Arqueologia não provará


a Bíblia para nós e nem anulará as Sagradas Escrituras. Tendo em vista que a
nossa confiança na Bíblia está embasada na fé, não podemos esperar que
uma ciência secular a aprove ou desaprove, pois se assim for, a nossa fé
estará embasada não nas Escrituras, mas nas técnicas e percepções do
homem, e ainda, teremos uma fundamentação oscilante, já que a ciência tem
por característica a instabilidade de suas teorias. Nossos irmãos no passado
não conheceram a Arqueologia e nem os achados que hoje conhecemos e
nem por isso deixaram de aceitar como verídicos os relatos bíblicos.

Muitos estudantes, ao ingressarem na vida acadêmica secular, dão ouvido às


primeiras informações de seus mestres, muitas vezes ateus, sobre
determinado fato histórico ou achado arqueológico que supostamente
“desmente” a Bíblia. Fazendo assim, estão dando crédito à percepção histórica
e a cosmovisão ateística de que a Bíblia não é verdadeira. Entretanto, a
história da apologética cristã mostra que a Bíblia sempre venceu os
pressupostos ateus daqueles que procuravam desacredita-la e no final sempre
ficou provada a veracidade e a precisão de seus relatos em detrimento às
afirmações que procuravam contradize-la.

No campo da Arqueologia Bíblica, então, vale a paciência. Não devemos


vender o nosso direito de primogenitura pela primeira “sopa” de argumentos
supostamente científicos. A certeza de que a Bíblia diz a verdade ainda que
contrarie a História e a Arqueologia profana. O tempo mostrará que a Bíblia
sempre está certa em tudo que afirma.

O estudante pode então perguntar: Se é assim então para que serve a


Arqueologia? Serve para muitos fins e citaremos em seguida alguns que
consideramos importantes:

1.º Para a defesa da fé cristã e de sua veracidade histórica que a diferencia de


todas as outras religiões que se baseiam em mitos e lendas, enquanto que a
Bíblia se fundamenta na história e pode ser verificada à luz das descobertas
arqueológicas sérias e sem pressupostos ateísticos;

2.º Para reconstruir o ambiente histórico bíblico, esclarecendo assim o que o


texto quis dizer com determinada palavra, expressão ou costume dos tempos
bíblicos;

3.º Para a reconstrução da história dos homens e mulheres que são relatados
na Bíblia, isto se torna muito útil para o ensino e a pregação da Palavra de
Deus.

A Arqueologia bíblica é uma divisão da Arqueologia, e é reconhecida até


mesmo nos meios acadêmicos seculares, como podemos verificar:

O estudo das chamadas sociedades ‘históricas’, do ponto de vista


arqueológico, leva freqüentemente à especialização de conhecimentos e, em
conseqüência, a designações específicas, como ‘arqueologia egípcia’,
‘arqueologia bíblica’, etc (…)[3]

A Enciclopédia Mirador, dá ainda a seguinte definição para Arqueologia Bíblica:

Arqueologia Bíblica é a ciência das coisas antigas relacionadas direta ou


indiretamente com a Bíblia, e cujo conhecimento é necessário ou, pelo menos,
útil para a melhor compreensão dos textos sagrados. Concebida nesses
termos, equivale a uma história da civilização dos povos bíblicos, sobretudo o
israelítico-judaico-cristão. Quando Israel entrou no país de Canaã. Já ali
existiam cultura e civilizações de muitos séculos. O Israel bíblico não teve de
criar tudo ab ovo[4]: língua, escrita, costumes, religião já eram antigos nos
sécs. XIII e XII a.C.[5]

Atualmente, a Arqueologia Bíblica tem sofrido ferrenhos ataques, sobretudo em


Israel, onde a briga entre israelitas e palestinos tem feito os palestinos
acusarem Israel de fazer Arqueologia com fins políticos. Ou seja, comprovar os
fatos bíblicos seria argumento do lado de Israel para afirmar seu direito a terra,
logo que se seus antepassados já haviam conquistado a terra em tempos
remotos, o povo de Israel tem direito a terra, pois estava ali primeiro.
Diante deste contexto político em Israel, se faz muito mais necessária a
comprovação arqueológica irrefutável, tarefa que nem sempre é possível, tendo
em vista a distância histórica dos acontecimentos bíblicos. Mesmo sítios
arqueológicos tradicionais como: Ur, Massada, Jericó, etc. têm sido
contestados pela Arqueologia moderna através de teorias diferentes das que já
tinham sido estabelecidas.

Outro fator prejudicial para a Arqueologia Bíblica foi a invasão do Afeganistão


pelos E.U.A., que gerou ódio no mundo árabe pelo ocidente, dificultando a
pesquisa arqueológica em países muçulmanos, onde hoje está a maioria dos
sítios arqueológicos relacionados com a Bíblia.

Também a invasão do Iraque danificou construções e museus que continham


escritos referentes à antiga Babilônia. Embora muito desse material já havia
sido antes publicado, não sabemos ainda os danos decorrentes desses
recentes incidentes para a Arqueologia Bíblica. Sabemos, entretanto, que
museus foram saqueados, material arqueológico foi contrabandeado e outros
matérias foram completamente destruídos.

3. Sítios Arqueológicos

Sítios arqueológicos são locais de escavação de extrema importância


para o arqueólogo, já que o principal trabalho do arqueólogo de campo e sem o
levantamento preciso de informações de campo nem mesmo o arqueólogo de
escritório pode trabalhar, já que sem levantamento preciso nos sítios não há
dados para se trabalhar as teorias.

4. Períodos Arqueológicos

Neolítico Pré-Cerâmico 8000-6000


a.C.

Neolítico Cerâmico 6000-4000


a.C.
Calcolítico (uso de instrumentos de cobre) 4000-3200
a.C.

Primitivo do Bronze 3200-2000


a.C.

Médio do Bronze 2000-1550


a.C.

Posterior do Bronze 1550-1200


a.C.

Ferro I (uso de instrumentos de ferro) 1200-


900 a.C.

Ferro II (Médio do Ferro) 900-


586 a.C.

Ferro III (Posterior do Ferro ou Persa) 586-


330 a.C.

Helênico 330-
63 a.C.

Romano 63 a.C. – 323


d.C.

Bizantino 323-636
d.C.

[1] ENCICLOPÉDIA MIRADOR INTERNACIONAL, pg. 784

[2] MIRADOR, op. cit, pg 784, verbete Arqueologia

[3] Op. Cit., MIRADOR, pg 789

[4] expressão latina que significa: “desde o começo”


[5] Op. Cit., MIRADOR, pg. 793

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