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CURSO DE
FISIOTERAPIA HOSPITALAR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
FISIOTERAPIA HOSPITALAR
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
10.1 INTRODUÇÃO
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Valor abaixo do estipulado denomina-se hipoglobulia e caracteriza uma
anemia que pode ou não estar associada a uma queda na taxa de hemoglobina
(Hb). A hemoglobina é uma proteína conjugada que tem como principal função
transportar O2 e CO2 pelo organismo. É expressa em gramas por 100 ml de sangue
(g/dl). São valores normais: 13 a 16 g/dl para homens, 11,5 a 14 g/dl para
mulheres e 11 a 13 g/dl para crianças.
Hematócrito (Ht):
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Parâmetro de desmame da ventilação mecânica e do O 2. Determina
diferentes condutas ao fisioterapeuta.
Eosinófilos (2 a 4%)
Neutrófilos: Mielócitos (0%)
Metamielócitos (0 a 1%)
Bastões ou bastonetes (2 a 5%)
Segmentados (55 a 65%)
Basófilos (0 a 1%)
Linfócitos (21 a 35%)
Monócitos (4 a 8%)
Plaquetometria:
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É a contagem do número de plaquetas por mm 3 de sangue. São valores de
referência: 200.000 a 400.000/mm3.
Sofrimento medular;
Pneumonias, leucemias, desnutrição grave, meningite, endocardite
crônica;
Distúrbios de coagulação e sob o uso de anticoagulantes.
Importância fisioterapêutica
10.3 GLICOSE
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diagnóstico e monitoramento terapêutico da diabetes melitus.
Valores de referência:
Recém-natos 40 a 80mg/dl
Crianças 60 a 100mg/dl
Adultos 70 a 110 mg/dl
Importância fisioterapêutica
Pacientes diabéticos:
Maior risco de TVP (trombose venosa profunda) e TEP (tromboembolismo
pulmonar);
Maior fadigabilidade devido à alteração de irrigação arterial dos membros
inferiores (claudicação);
Risco de lipotímia na presença de hipoglicemia;
Risco de convulsões.
11 UREIA E CREATININA
Ureia
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Os valores podem estar diminuídos em casos de insuficiência hepática
aguda, dietas hipoproteicas, caquexia, gravidez e doença celíaca 1.
Creatinina
Sódio
É o maior cátion do líquido extracelular e desempenha papel fundamental na
distribuição da água corporal.
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Hipernatremia valores aumentados pode ocorrer por desidratação,
diabetes, acidose diabética e outras.
Hiponatremia baixa ingestão de sódio, uso abusivo de diuréticos,
hipotireoidismo, hipoproteinemia, cirrose, síndrome nefrótica e ICC (insuficiência
cardíaca congestiva)1.
Importância fisioterapêutica
Potássio
Importância fisioterapêutica
Creatinoquinase (CK)
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Enzima de origem essencialmente muscular encontrada nos
musculoesqueléticos, miocárdio e cérebro que cataliza a fosforilação reversível da
creatina por ATP. Começa elevar-se de 4 a 6 horas após episódio agudo, atingindo
o pico em até 36 horas. Retorna ao normal em até cinco dias.
(CKMB)-Creatinoquinase fração MB
Mioglobina
É uma proteína encontrada na musculatura esquelética e miocárdica. É um
marcador não específico encontrado no sangue após IAM (1 a 4 horas), que retorna
aos valores normais dentro de aproximadamente 24 horas.
Troponina I
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É uma proteína muscular cardíaca que se rompe em resposta a danos
miocárdicos e seus componentes são liberados na corrente sanguínea em
aproximadamente 4 a 6 horas após IAM.
Importância fisioterapêutica
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FIGURA 64 - DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS E METABÓLICOS
FONTE: Medcurso “Do internato a residência” – A interpretação da gasometria arterial, capítulo 3 pág
2
38 .
Valores normais:
pH= 7,35 a 7,45
PCO2= 35 a 45 mmHg
PO2= 80 a 100 mmHg
HCO3= 22 a 26 mEq/L
BE= - 5 a +5
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12 FISIOTERAPIA NO PACIENTE CRÍTICO (UTI)
Monitor de
ECG
Bombas para
infusão de
medicamentos
Ventilador
mecânico
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12.1 INTERVENÇÕES
Recomendações:
A prioridade do tratamento deve ser determinar a causa da disfunção e
qual o tratamento apropriado;
A monitorização dos sinais vitais durante a intervenção para que a terapia
seja eficaz e segura ao paciente.
A doença grave é frequentemente associada à permanência prolongada no
leito, e é bem documentado o efeito deletério do imobilismo. Normalmente o
paciente crítico é considerado “doente demais” para tolerar qualquer nível de
atividade física precoce e a imobilização é inevitavelmente prolongada. Toda essa
situação se torna mais um fator complicador ao curso da doença.
A mobilização precoce como vem sido mostrado há 30 anos pode reduzir o
tempo de ventilação mecânica além de ser à base da recuperação funcional. Cada
vez mais a atividade física precoce no doente crítico tem se mostrado segura
quando iniciada após a estabilização hemodinâmica. Na UTI a prescrição de
exercícios é totalmente baseada na clínica do paciente e quando se pesa os riscos e
benefícios da mobilização precoce, não há efeitos deletérios da prática relatada.
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12.2 POSICIONAMENTO
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FIGURA 67 - PACIENTE APÓS REPOSICIONAMENTO COM GANHO NO VOLUME
EXALADO
12.3 MOBILIZAÇÃO
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perfusão central e periférica, circulação, metabolismo muscular e prevenção de
estase venosa e trombose venosa profunda.
A estratégia é conciliar repetição com intensidade incluindo movimentos
ativos e passivos e movimentações no leito, exercícios ativos assistidos e ativos
livre, sentar no leito com as pernas para fora, ortostatismo, transferência da cama
para cadeiras, exercícios com a cadeira e deambulação. Essas atividades são
seguras e de fácil execução para serem aplicadas precocemente.
Para pacientes lesados medular, a utilização de cintas abdominais melhora a
capacidade vital e otimiza os exercícios respiratórios.
A VNI pode ser utilizada durante os exercícios para maior tolerância aos
mesmos. Para pacientes recém-desmamados da VM, os exercícios com membros
superiores aumentam os efeitos da fisioterapia respiratória para endurance e
tolerância a dispneia3.
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Recomendações:
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12.4 CONDIÇÕES RESPIRATÓRIAS
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FIGURA 70 - MÁQUINA DE TOSSE (IN-EXSUFLATOR).
Recomendações:
Posicionamento e mobilização;
Hiperventilação manual com AMBU e aspiração das secreções;
A hiperventilação deve ser utilizada com cautela em pacientes com
risco de barotrauma ou volutrauma, ou que estejam hemodinamicamente instáveis;
Cuidado para não hipoventilar ou hiperventilar demais o paciente;
As pressões de vias aéreas devem ser mantidas em níveis seguros
como determina o consenso de ventilação mecânica;
Prevenir as alterações decorrentes da aspiração sempre pré-
oxigenando o paciente e otimizando sedação;
Avaliar a necessidade de sistema fechado de aspiração para pacientes
graves como a síndrome do desconforto respiratório onde tem que se evitar a
despressurização do sistema.
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Complicações decorrentes de uma intubação orotraqueal e ventilação
mecânica são comuns e o desmame da ventilação pode ser um grande desafio para
equipe de fisioterapia de um hospital, então o fisioterapeuta deve tentar ao máximo
evitar uma intubação. As estratégias vão variar de acordo com o desbalanço entre
trabalho e capacidade muscular. A fisioterapia pode ajudar a reduzir o trabalho
respiratório com a remoção de secreções, reexpansão de áreas colapsadas e
assistência ventilatória não invasiva.
Capacidade muscular:
Fraqueza; Trabalho muscular
Drogas; Elástico –
Alteração parênquima
morfológica. Resistivo – vias
aéreas
Recomendações:
Posicionamento em decúbito elevado deve ser utilizado para otimizar a
ação muscular e a mecânica respiratória em pacientes com insuficiência respiratória;
VNI ou CPAP deve ser utilizado em edema agudo pulmonar cardiogênico
e na agudização de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
VNI pode ser utilizada em pacientes selecionados em casos de
insuficiência respiratória aguda e em complicações musculoesquelético, alterações
da parede torácica e fraqueza muscular.
Uma parte dos pacientes pode falhar no desmame da ventilação mecânica e
quando essa situação acontece o fisioterapeuta passa a ter que solucionar alguns
problemas decorrentes desta falha.
Recomendações:
É fundamental o seguimento de um protocolo de desmame da VM para
o sucesso do mesmo;
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Para pacientes que falham no desmame por fraqueza muscular
respiratória, o treinamento muscular específico deve ser considerado;
VNI pode ser considerada uma estratégia de desmame para um grupo
selecionado de pacientes com retenção de CO2 (Hipercapnia);
Pacientes com risco de falência respiratória pós-extubação, a VNI deve
ser considerada;
A fisioterapia respiratória é fundamental para pacientes recém-
extubados e decanulados.
13 GASOTERAPIA
13.1 OXIGENOTERAPIA
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FIGURA 71 - EXSUDATO ALVEOLAR E CONGESTÃO TECIDUAL
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FONTE: Claireaux
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FONTE: Claireaux
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FIGURA 73 - MEMBRANA HIALINA FORMADA
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FONTE: Claireaux
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FONTE: Claireaux
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FIGURA 75 - ESPESSAMENTO DO TECIDO COM DEPOSIÇÃO DE COLÁGENO
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FONTE: Claireaux
4
FONTE: Claireaux
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Sistemas de administração de O2
Baixo fluxo: São classificados dessa forma, pois o volume minuto do
paciente pode interferir na concentração de gás ofertada. Os dispositivos que fazem
parte deste grupo são: (Dean Hess).
Cateter nasal: Permite fluxos de até 6l/min de O2 que equivale a uma fração
inspirada máxima (FiO2) de 0,4 ou 40%.
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variação da fração inspirada ofertada pelo volume minuto. Podem ser de reinalação
parcial e de não reinalação e permitem fluxos de até 15l/min.
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FONTE: Disponível em: <www.newmed.com>. Acesso em: 30 de Dezembro 2012.
Alto fluxo: São sistemas onde a FiO2 é fixa, não há interferência do volume
minuto do paciente.
Máscara de Venturi: Sistema de arraste de ar, com peças que permitem FiO2
fixas. Cada cor corresponde a uma concentração diferente de O2. Deve-se utilizar o
fluxo de O2 que está descrito na peça escolhida.
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FIGURA 82 - MÁSCARA DE VENTURI NO PACIENTE
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FIGURA 84 - CAPACETE OU CAPUZ DE O2
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FONTE: Frey .
Formas de armazenamento:
Cilindros
FIGURA 85
Concentradores
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FIGURA 86 FIGURA 87
Oxigênio líquido
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FIGURA 88
FIGURA 89
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13.2 HELIOX
Considerações teóricas:
O gás hélio (He) é inodoro, incolor e biologicamente inerte. Clinicamente o
que pode ser explorado são as propriedades físicas deste gás. O He é menos denso
e mais viscoso do que o ar ambiente, O2 ou nitrogênio. As propriedades físicas deste
gás dependem da proporção presente na mistura.
A inalação de heliox irá influenciar a mecânica e alterar a convecção dos
gases nas vias aéreas. O gás para entrar nos alvéolos depende da alteração da
pressão transpulmonar que permite que ocorra a convecção do ar nas vias aéreas e
a consequente renovação do gás alveolar. A convecção é altamente dependente da
resistência destas vias aéreas. A resistência é resultado da configuração anatômica
e das propriedades físicas do gás inalado. As vias aéreas podem ser comparadas a
encanamentos com vários tipos de padrão de fluxo aéreo, como laminar, turbulento
e transicional. O tipo de fluxo pode ser baseado no número de Reynolds (R). Um
R<2000 sugere um fluxo laminar e acima de 4000 turbulento.
A pressão necessária para gerar um fluxo gasoso no interior das vias aéreas
é diretamente proporcional ao comprimento e inversamente proporcional ao raio a
quarta potência. (Lei de Poiseuille).
Clinicamente a inalação do heliox reduz a resistência inspiratória e
expiratória e consequentemente reduz o trabalho respiratório e a energia gasta para
ventilação, além de otimizar a administração de medicamentos por via inalatória.
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FIGURA 90 - DIFERENÇA DAS DENSIDADES
Indicações
O Heliox pode ser utilizado como uma ponte terapêutica até que o
tratamento definitivo faça efeito. Ainda faltam estudos no assunto para fundamentar
melhor sua indicação.
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potenciais. Atualmente o NO constitui um dos mais importantes mediadores de
processos intra e extracelulares.
O NO apresenta um papel de grande importância na proteção dos vasos
sanguíneos. Constitui um importante mediador citotóxico de células imunes efetoras
ativadas capazes de destruir patógenos e células tumorais. Possui, ainda, um papel
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como mensageiro/modulador em diversos processos biológicos essenciais.
A ação do óxido nítrico se justifica por ser um gás, que na forma inalatória,
se comporta como um vasodilatador pulmonar seletivo. O NO dentro do alvéolo se
difunde rapidamente através da membrana alveolocapilar, provocando o
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relaxamento da musculatura lisa do vaso da circulação pulmonar.
Benefícios:
Vasodilatador seletivo:
– Somente atua sobre os alvéolos ventilados;
Melhoria da oxigenação;
Melhoria do shunt intrapulmonar;
Desmame para retirar o gás.
Indicações:
Hipertensão pulmonar primária (HPP);
Hipertensão pulmonar persistente do Neonato (HPPN);
Hipertensão pulmonar secundária a cardiopatias congênitas e pré-
transplante cardíaco ou pulmonar;
Pós-transplante de coração e pulmão.
Segurança:
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FIGURA 91 - ESQUEMA DE MONTAGEM DO SISTEMA DE NO
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