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Direito

Introdução ao Estudo do Direito

O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS - RESENHA CRÍTICA

Autores: Elias Santos Junior; Lucianne Castro; Sidney Fernandes; Silmara


Bentes; Priscilla Pereira; Samantha Nascimento; Samuel Venâncio.
Professor: Paulo Trindade - Esp.

Referências da Obra: FULLER, L. L.: “O Caso dos Exploradores de Cavernas”.


Trad. Bras. de Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre: Fabris, 1976.

1. INTRODUÇÃO/OBJETIVO
A obra “O Caso dos Exploradores de Cavernas” escrita por Lon Fuller, em
1949, consiste em um estudo elaborado da argumentação jurídica, a partir do
caso proposto de ocorrência no ano 4300, onde quatro indivíduos são julgados
pelo assassinato de Roger Whetmore, sendo condenados pelo crime em
primeira instância no Tribunal do Condado de Stownfield. Temos em seguida o
pronunciamento dos cinco juízes (Truepenny, Foster, Tatting, Keen e Handy) da
Suprema Corte de Newgarth, onde os acusados recorreram da decisão. Desta
feita, Fuller com base nos temas das argumentações dos juízes se utiliza das
contraposições das correntes jusnaturalista e positivista, dos métodos
hermenêuticos e dogmáticos de interpretação, da legalidade e da legitimidade
das normas, das atribuições de cada um dos poderes do Estado e algumas
outras questões que proporcionam distintas abordagens ao caso. O objetivo
desta é realizar uma análise crítica da argumentação jurídica do Juiz Foster, para
em seguida discorrer sobre o entendimento e concordância do do mesmo.

2. O QUE DEFENDE O JUIZ EXAMINADO (FOSTER, J.)?


Foster, o segundo juiz da Suprema Corte a se pronunciar, critica o
posicionamento do Presidente do Colegiado, o Juiz Truepenny, que implicaria
não apenas na injusta penalização dos acusados, mas também a condenação
da própria lei pelo senso comum. Em justificativa, de seu veredicto favorável à
absolvição dos réus, Foster põe a salvo a validade dos dispositivos legais
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utilizando-se inicialmente de uma remissão às teorias do jusnaturalismo (Direito
Natural),1 e do contratualismo (Contrato Social)2.
Desse modo, iniciou fazendo uma referência crítica à exposição realizada
pelo Presidente do Colegiado com “esforços dispendiosos para escapar às
dificuldades deste trágico caso", mediante a adoção de “solução
simultaneamente tão sórdida e tão simplista”. Ao contrário do que se poderia
imaginar com essas palavras iniciais, Foster avança em seus argumentos para
defender a tese de que os membros da Sociedade Espeleológica não mereciam
a aplicação da pena. Salientou que não havia, na situação em que eles viveram,
a coercibilidade do direito positivo: “estes homens quando tomaram sua trágica
decisão, estavam tão distantes de nossa ordem jurídica como se estivessem a
mil milhas além de nossas fronteiras”.
No que concerne, Foster não crê que “nossa” lei conduza obrigatoriamente
à monstruosa conclusão de que estes homens são assassinos, ao contrário, ele
acredita que ela os declara inocentes da prática de qualquer crime. Fundamenta
sua a conclusão sobre duas premissas independentes, cada uma das quais é
por si própria suficiente para justificar a absolvição dos acusados. Foster é
favorável à absolvição dos réus. Acredita que os acusados são inocentes, tendo
em vista o trauma que já sofreram na caverna.
Defende a ideia de que, por estarem presos na caverna, estavam fora da
sociedade civil e de uma abrangência territorial e portanto encontravam-se em
um “estado natural”, sendo assim a lei que deveria ser aplicada à eles, dentro
destas circunstâncias, seria a lei natural, devendo portanto serem julgados de
acordo com esta, argumenta ainda que dentro do ambiente em que se
encontravam, foi feito um contrato, o qual servia de lei dentro da caverna,
proposto pela própria vítima e aceito por todos os presentes.
Foster também critica não ser justo que as dez vidas tiradas dos

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Jusnaturalismo é o Direito Natural, ou seja, todos os princípios, normas e direitos que se têm como ideia universal e
imutável de justiça e independente da vontade humana. De acordo com a Teoria do Jusnaturalismo, o direito é algo
natural e anterior ao ser humano, devendo seguir sempre aquilo que condiz aos valores da humanidade (direito à vida,
à liberdade, à dignidade, etc) e ao ideial de justiça. Desta forma, as leis que compõem o jusnaturalismo são tidas como
imutáveis, universais, atemporais e invioláveis, pois estão presentes na natureza do ser humano. Em suma, o Direito
Natural está baseado no bom senso, sendo este pautado nos princípios da moral, ética, equidade entre todos os
indivíduos e liberdade. (https://www.significados.com.br/jusnaturalismo/, acesso em 22/03/2019).

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Doutrina da filosofia do Direito, segundo a qual se estabeleceu o Estado por um contrato entre os cidadãos ou entre
estes e o soberano.
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trabalhadores que morreram tentando resgatar os exploradores tenham sido em
vão. Nos autos não contam quem matou Roger e nem o modo que foi morto. A
morte de Roger Whetmore foi uma questão de sobrevivência. Todo direito
positivo tem sua base no direito natural, isto é, a lei tem como “pano de fundo” o
direito à vida. O direito à vida, mesmo que não fosse reconhecido na lei, seria
um direito a ser cumprido e respeitado (Direito Natural).
Em sentido do direito natural, o juiz afirma que o direito positivo só pode
incidir sobre os indivíduos que se encontram em condição de coexistência social,
em casos contrários, como aquele em que se achavam os acusados, onde a
preservação de suas vidas só foi possível em detrimento de outra, o direito
positivado perde o seu significado, pois cessante ratione legis, cessat et ipsa
lex3. Embora de forma obscura, Foster também procura preservar a lei invocando
o princípio da limitação territorial. Assim como não é possível se aplicar uma lei
em casos exclusos dos limites geográficos do Estado, o juiz sugere que a mesma
lógica seja aplicada ao caso dos exploradores, que se encontravam tão distantes
da força coercitiva dos dispositivos legais quanto se estivessem milhas distantes
do território do Estado.
Assim sendo, após a exposição e fundamentações do caso, Foster vota
concluindo que “sob qualquer aspecto que este caso possa ser considerado, os
réus são inocentes do crime de homicídio contra Roger Whetmore”, de maneira
que “a sentença de condenação deve ser reformada”.

3. O GRUPO CONCORDA OU NÃO COM A POSIÇÃO DO JUIZ


EXAMINADO?

Após a análise do parecer do Juiz Truepenny, Juiz Foster e demais Juízes


envolvidos no caso em tela, concluímos, com base em nosso entendimento, que
o Juiz Foster apresenta a melhor argumentação jurídica para o Caso dos
Exploradores de Cavernas, no qual, reforçamos os seguintes pontos abaixo:

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“Cessando a motivação da legislação, cessa a própria norma em questão”
“Cessada a razão da lei, cessada a letra da lei”
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 Foster argumenta que as leis postas, se fundamentam no direito natural,
e que as situações extremas excluem os comportamentos dos réus perante a lei
positiva valendo-se, assim, de uma reflexão a uma possível e parcial ideia de
legitima defesa. Destaca-se que todas as autoridades consultadas fora da
caverna omitiram-se de opinar, o que forçou os exploradores estabelecerem
normas de comportamento, o que nos faz ter a convicção de que os réus agiram
por forte emoção e imbuídos, pelas circunstâncias, de uma necessidade extrema
de luta pela sobrevivência.

 Sob a perspectiva jus naturalista, o direito a vida sobrepõe as leis, tal qual
acontecido perante a decisão estatal, neste caso, da extinção de algumas vidas
em prol o salvamento de outras, sob a primazia do direito a vida, mediante
ponderações e análises de riscos, que vale ressaltar a vontade do estado de
perder o mínimo possível destas, ou nenhuma. De acordo com tal princípio, os
méritos iguais devem ser tratados de modos iguais, e as situações desiguais,
como a última, não deve haver distinção de classe, a lei deveras, em parte ser
posta de lado e sim, dar devida atenção aos pontos primordiais que cercam os
fatos.

 Acreditamos também, que, se, após a morte de Roger, gerada pela


situação extrema, aos quais os exploradores se depararam e foram por extinto
expostos, em tribunal, vierem a ser declarados culpados perante a lei, para nós,
a própria lei seria condenada pelo senso comum.

 Se por um lado, o direito positivo, pressupõe a subsistência e a harmonia


do homem em sociedade, com suas normas e leis coercitivas, neste, se mostra
inaplicável pelas condições já citadas, partindo a operar assim, o direito natural.

Cediço, temos plena convicção, que as condições, mediante todos os fatos


expostos, que ainda reafirma a angústia pelo qual os réus, infelizmente foram
sujeitados e a abstrusa conduta que a contra gosto, tiveram que tomar, os exime
e quaisquer dolo de atos por eles tomados.

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