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APLICAÇÕES PRÁTICAS PARA

PRATICANTES E ATLETAS

Helvio Affonso

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SOBRE MIM

Doutorando em Ciências Farmacêuticas;


Mestre em Ciências Farmacêuticas;
Bacharel em Educação Física;
Licenciado Pleno em Educação Física;
Pós-graduado em Treinamento Desportivo de Alto
Rendimento e em Fisiologia do Exercício;
Formado em Administração Esportiva pelo COI e
COB, via Instituto Olímpico Brasileiro;
Fisiologista contratado pelo COB para atender a
dupla de vôlei de Praia Bruno Schmidt e Alison
Cerutti (medalha de prata nas olimpíadas de
Londres 2012) e ouro olímpico nos Jogos Rio 2016;

OLIMPÍADAS RIO 2016 - VÔLEI CAMPEONADO MUNDIAL 2015 - VÔLEI

OURO OURO

REC. MUNDIAL 2018 - NATAÇÃO SUB 10" 100 M 2019 - ATLETISMO

OURO OURO

CONTATO

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Introdução
A utilização dos biomarcadores como Prescrever treinamentos que

ferramenta eficaz no controle e no potencializem a performance é o alvo

monitoramento do treinamento esportivo é principal. Entretanto, muito se fala hoje

uma realidade. Trabalhar a partir da em dia sobre: a longevidade da carreira

individualidade biológica têm gerado do atleta; sobre a carga “ótima” e, nos

benefícios a todos os envolvidos na casos dos praticantes de atividade física

prática esportiva, quer seja atleta quer e atletas amadores, sobre a grande

seja esportista (praticante). possibilidade de melhorar a saúde por

meio da prática esportiva, que leva a

O entendimento acerca da aplicação dos reflexão para além da alta performance.

biomarcadores no controle e no

monitoramento do treinamento esportivo Nessa linha de raciocínio, identificar a

é um objetivo atual da comunidade partir de biomarcadores as

científica diretamente ligada ao esporte e particularidades, facilitar a prescrição e

a áreas afins. fundamentalmente respeitar a

individualidade biológica torna-se

necessidade de todos os envolvidos com a

prática esportiva.

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Vale lembrar que para atletas amadores e Apresentamos a seguir algumas

praticantes é inclusive determinante para possibilidades de monitoramento, bem

maior aderência e engajamento no como as sustentações na ciência

programa de treinos. Ter resultados que desportiva:

comprovem a melhoria da saúde e da I) Status de desgaste muscular;

performance promove a fidelização de II) Status de processos inflamatórios;

clientes, algo de grande importância para III) Status de hidratação;

personais e instituições que têm como IV) Status de estresse;

prestação de serviço principal o exercício. V) Status de equilíbrio anabólico e

Abrimos aqui uma discussão inclusive de catabólico;

negócios, por exemplo, para os personais VI) Status de equilíbrio eletrolítico;

que tem como um dos objetivos principais VII) Status de recuperação;

a fidelização. VIII) Status de acidose;

IX) Possibilidade de overtraining.

Surgem então algumas perguntas


importantes para refletirmos: Começamos com uma revisão onde

- Como alcançar esse objetivo sem publicou-se parte dos processos induzidos

controlar as “doses” de exercícios pelo dano muscular resultante da prática

prescritas? desportiva diversa e, também já várias

- Como ter sucesso no quesito FIDELIZAR possiblidades de monitoramento e

se a prescrição está induzindo para lesões controle das cargas de treinos a partir de

ou doenças resultantes das práticas alguns marcadores específicos indicados

excessivas ou incompatíveis com algumas na própria figura.

pessoas?

The Journal Of Strength and Conditioning

Research - Biomarkers in Sports and

Exercises

VOLUME 31 - Out/2017

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O MONITORAMENTO

Atualmente, as capacidades biomotoras são majoritariamente monitoradas por meio de

protocolos de testes específicos como: força (salto horizontal e vertical, lançamento e

potência); velocidade (velocidade de deslocamento máximo e lateral); resistência (membros

superiores e inferiores), testes de habilidade técnica (arremesso, passe e recepção)

(Moura,2007; Moreira et Al., 2010). Excetuando a avaliação psicológica, as avaliações

físicas são realizadas atualmente com o auxílio de células fotoelétricas, plataformas de

salto, plataformas de força, acelerômetros, dinamômetros, eletroneuromiografias e células

de carga (fundamentais para análise de força muscular em condições isométricas), até

mesmo para desportos de alto rendimento, incluindo seleções brasileiras de várias

modalidades.

Poucos atletas em centros avançados de pesquisa, de uma forma mais invasiva, podemos

ainda citar, as biópsias musculares ou as verificações das adaptações relacionadas ao

funcionamento do metabolismo aeróbio com biogênese mitocondrial, vascularização e/ou

mudança no fenótipo da fibra (Roschel et al., 2011).

Um comportamento questionável desses monitoramentos de atletas é que a mesma carga

externa de treinamento (CET) utilizada durante uma sessão pode gerar adaptações ou

respostas, cargas internas de treinamento (CIT) diferenciadas para cada um dos atletas da

mesma equipe, podendo assim comprometer o rendimento final de cada indivíduo (C. Outts

e Cormack 2014).  Na verdade, tal conduta é bastante difundida entre os treinadores

justificada pela dificuldade de controlar o verdadeiro efeito da carga de treinamento no

organismo dos atletas (CIT) fazendo com que muitos treinadores ainda prescrevam os

treinamentos de forma apenas intuitiva em vez de se basearem em um controle mais

pormenorizado e menos empírico (Lamberte Borresen, 2010), ou ainda utilizarem somente a

PSE (percepção subjetiva de esforço) para classificar as cargas de treinos. Falaremos sobre

isso com mais profundidade em outros e-books, por enquanto, apenas destacamos que os

momentos de coletas muitas vezes são em extremos nível de estresse fisiológico e/ou

psicológico, “sabotadores” dos feedbacks por parte dos atletas ou praticantes, o que pode

comprometer a classificação das cargas de treinamento.


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INTEGRAÇÃO E
MONITORAMENTO
DO TREINAMENTO ESPORTIVO

Quanto maior a precisão do monitoramento > Exercícios;


e a determinação das cargas ótimas, > Métodos de execução;
maiores serão as possibilidades de o atleta > Volume em repetições e séries;
manter-se competitivo em alta performance > Intervalos propostos;
durante toda a temporada. Isso também > Densidade de distribuição dos
ocorre com o praticante/esportista se blocos;
mantendo ativo, engajado no programa de
> Qualidade técnica de execução
treinos estabelecido pelo staff (equipe
associada às demandas
multidisciplinar) e livre do sedentarismo, por
metabólicas;
exemplo.
> Tempo de recuperação para os
estímulos;
O monitoramento da aplicação das cargas
> Impacto fisiológico do somatório das
de treinos trará informações importantes
atividades propostas nos ciclos de
para o staff como:
treinamento.

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Em um pensamento multifatorial e multidisciplinar

esse monitoramento também permitirá que outras

áreas de suporte ao treinamento

tenham  feedbacks  e que possam identificar as

adaptações geradas a partir das prescrições e

aplicações específicas. Pode-se destacar aqui a

nutrição, a preparação física, a fisioterapia, a

medicina desportiva, a psicologia desportiva e

qualquer outra atividade profissional que possa ser

incluída no processo de treinamento.

Se com a organização e a distribuição das cargas

de treinos tivermos a produção máxima de

performance, alinhadas com as metas e com o

mínimo desgaste fisiológico, essas serão

consideradas "cargas ótimas". Ressalto que se as

cargas de treino permanecerem por um tempo

maior, sendo aplicadas em níveis acima do ótimo,

as chances de lesões, imunossupressão e doenças

se tornam maiores, o que se confirmadas

fatalmente trarão prejuízos a toda a preparação.

Entretanto, se as cargas estiverem abaixo de um

nível de  stress  que permita adaptações

fisiológicas importantes, estaremos no caminho do

“destreinamento” do atleta, o que traz danos para

a performance.

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SOBRE OS
BIOMARCADORES

Os biomarcadores podem ser > Marcadores de fadiga e stress


definidos como alterações crônico:
bioquímicas ou celulares que
Testosterona e Cortisol;
frequentemente são quantificadas em

líquidos, como soro de sangue, urina


> Marcadores de Overtraining:
ou saliva (Hulka, 1990; Moreira, 2004).
Lactato, CPK (Creatina Quinase),

Creatinina, Amônia, Lactato


Embora várias biomoléculas forneçam
Desidrogenase, Ácido Úrico e Ureia;
uma abordagem dinâmica para

diagnóstico, prognóstico e rastreio de

várias doenças, somente nas últimas


> Marcadores de Risco
décadas, alguns biomarcadores têm Cardiovascular:
emergido como uma ferramenta Homocisteína, Troponina Cardíaca;

interessante no esporte. Geralmente,

eles têm sido utilizados para monitorar > Marcadores de stress oxidativo:
o progresso no treinamento, Malondialdeido e Proteínas Cabonilas;
desempenho e, possivelmente,
superóxido dismutase (SOD),
overtraining entre atletas de várias
Glutadiona Peroxidase (GSH), Espécies
modalidades (Hug et al., 2003;
reativas de Oxigênio ROS [Gonzáles et
Sanchis-Gomar e Lippi, 2014; Palacios
al 2015].
et al, 2015; Becatti et al., 2017).

Uma proposta interessante de


> Marcadores de processos
catalogação de alguns
inflamatórios:
Proteína C reativa, Interleucina 6,
biomarcadores, correlacionando com

macroáreas para facilitar nosso Leucócitos.

entendimento no estudo dessa

temática foi publicada por Gonzáles

et al., 2015:
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Outra publicação importante acerca da temática foi um revisão do The

Journal of Strength Conditioning Research - Biomarkers in Sports and

exercise: tracking Health, performance, and recovery in athletes, volume

31, de outubro de 2017 , na qual foi publicada uma catalogação de

marcadores e suas aplicações, que favorecem o entendimento.

Ressalto que em nenhuma hipótese um marcador isolado deve ser

considerado para fechar qualquer questão acerca dos impactos dos

treinamentos, assim como de suas adaptações provocadas, quer sejam

biopositivas quer sejam bio-negativas.

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EXEMPLO – SEMANA DE TREINOS (MICROCICLO
SEMANAL)
DESGASTE MUSCULAR

INFLAMAÇÃO

Esse monitoramento pode ser para uma competição, ou seja, pré e pós, então

saberemos o impacto da competição para o indivíduo avaliado. Pode ainda ser por uma

semana cheia com treinamento de mesma característica, o que permitiria identificar o

impacto de x sessões de treinos iguais. Poderia ainda ser com mais uma coleta para

identificar depois do desgaste da semana ou competição (pré e pós) saber a janela

ótima de recuperação.  Enfim, muitas possibilidades de manipular as cargas de treinos

totalmente com segurança e individualizadas, considerando ainda as especificidades de

cada momento, competição ou bloco de treinos.


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Dentro de um período de treinamento, ou um ciclo ou macrociclo, esses

últimos, nomes mais técnicos utilizados principalmente por quem trabalha com

atletas de performance, muitas adaptações vão acontecer. Às vezes na

favorável na linha do planejamento às vezes contrária, o que indica uma

necessidade de correção de rota. Quando não monitoramos, corremos o risco

de somente no final do planejamento macro identificar que deu errado e

perder tempo, bem como em alguns casos tempo e dinheiro por conta de

perder contratos.

Quando pensamos na população em geral, mais voltado

para a promoção de saúde, a coisa piora. Se errarmos,

promovemos doença ao invés de saúde, lembremos que a

diferença entre o veneno e o antídoto é somente a “dose”.

Chamamos a atenção para a grande necessidade de monitoramento de

grupos especiais, de praticantes que acabaram de sair do sedentarismo e

começaram um programa de treinamentos visando à promoção de saúde,

muitas das vezes já com alguma doença diagnosticada e vão se valer do

exercício para um controle maior, associado a fármacos ou não.

Sem entrar nos por menores acerca da ciência do treinamento esportivo,

destacamos a necessidade de administrar o paradoxo do exercício

provocando inflamação de forma aguda (figura 1) e a necessidade de

minimizar inflamação existente por conta de sedentarismo e doenças

resultantes do mesmo.

Como então prescrever e acompanhar a prática de exercícios físicos


sem controlar e monitorar a partir de biomarcadores?

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