Sei sulla pagina 1di 4

A constitucionalização dos Direitos Humanos ocorreu com a Carta das Nações Unidas sem

minuciosidades, sem explicidades. Por isso, em 1948, foi redigida a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos DHs não é um tratado, não tem a força cogente dos tratados,
que a detém devido ao pacta sunt servanda. Ela foi aprovada por aclamação na Assembleia
Geral, sem votos contrários, mas com oito abstenções. Dentre as suas abstenções, estão
seis países socialistas (União Soviética, Ucrânia, Bielorrússia, Polônia, Iugoslávia,
Tchecoslováquia), a Arábia Saudita e a África do Sul, justifica-se tais votos pela igualdade
de gênero presente na Carta ir contra os valores confessionais sauditas e pela igualdade
intrínseca entre os seres humanos ir contra o regime do apartheid sul-africano.

Como consequência da Conferência de Yalta, por mais que a Ucrânia e Bielorrússia fossem
unidades federadas da URSS, elas se auto-representavam na Assembleia Geral das
Nações Unidas devido à extensão territorial soviética e ao número de baixas soviéticas na II
Guerra - a saber, a URSS foi a potência aliada com o maior número de baixas. Contudo, as
outras 10 repúblicas soviéticas não eram auto-representadas, sendo representadas pelo
voto da URSS.

Divisão geracionais: A diferença não é qualitativa, apenas cronológica quanto à positivação.


Vale ressaltar que a primeira e segunda geração foram votados ao mesmo tempo.

❏ Primeira geração (civis e políticos), contidos até a cláusula XV ou XVI, já


estavam consagrados por documentos anteriores, quer seja em âmbito
nacional ou internacional.
❏ Segunda geração (econômicos, sociais e culturais), gozar dos benefícios da
ciência e usufruir do prazer da arte, que ainda não haviam sido positivados.
❏ Terceira geração (direitos coletivos)

Prof. Grigory Ivanovich Tunkin, jurista soviético, ao explicar o porquê da abstenção


soviética na aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirma que havia
aqueles que acreditavam que a declaração defendia a propriedade privada ao afirmar que
todo ser humano tem o direito de possuir bens de forma individualizada ou coletiva. Sua
crítica é que a declaração fala sobre possuir bens, não sobre propriedade privada. Ainda
assim, mesmo que a Declaração falasse, a propriedade privada é lícita no socialismo no
que concerne a tudo que não seja meio de produção. Logo, o autor alega ser um erro a
abstenção, ele afirma que a declaração é muito individualista, o máximo de coletividade que
a declaração é capaz de arbitrar é a família, o que é muito pouco. Ele realiza a defesa de
direitos humanos coletivos como o direito a paz e ao desenvolvimento econômico.

Indicação de leitura: o nome da rosa, de Humberto Eco.

Como crítica ocidental aos direitos humanos coletivos (terceira geração) defendidos por
Tunkin, é apontada a ausência de forma segura de identificar o devedor,
O xador é uma veste feminina que cobre o corpo todo com a exceção do rosto. O termo
xador refere-se à veste usada no Irão. É uma peça de vestuário que obedece ao hijab, o
código de vestimenta do Islão, e à xaria.

Questão indígena no Brasil A comunidade intelectual brasileira divide-se entre os


preservacionistas vs. Há sessenta comunidades indígenas no Brasil que não possuem a
ciência da existência dos povos não-indígenas.
Defesa de um aculturamento

O princípio de não-intervenção possui limites e é possível exigir que Estados recalcitrantes


que se comportem de acordo com os padrões universais dos Direitos Humanos.

Demarcação de Raposa Serra do Sol: A reserva indígena ocupa área de 1,7 milhão de
hectares, em Roraima, região na fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana. A região
é considerada extremamente boa para o cultivo da rizicultura. Fernando Henrique Cardoso
promoveu a demarcação da reserva em 1998 e Lula homologou tal decisão em 2005. Em
2008, a Polícia Federal foi chamada retirar grandes produtores de arroz da região, o
governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, recorreu ao STF pedindo a suspensão da
operação federal. Dez dos 11 ministros do Supremo votaram pela demarcação contínua da
reserva, o voto em contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello. Atualmente, as terras
indígenas representam 13% do território nacional, quase 27% do território amazônico e
46,37% do território de Roraima.

Ojeriza ao ativismo dos DHs: Erro no trato da matéria que levam os ativistas dos Direitos
Humanos a serem mal quistos, por selecionarem os DH que mais lhe apetecem. Não dá pra
prestigiar os direitos humanos do infrator ignorando os Direitos Humanos da vítima ou de
seus sucessores.

A seleção de DHs passam por valorizar direitos individuais em detrimento dos coletivos.
Exemplo recente é a judicialização da saúde (norma programática constitucional é
interpretada a fim de garantir DHs sem ponderar o contexto social brasileiro)

Direitos processuais penais, relativos ao justo andamento do processo, não podem ser
sacrificados para satisfazer o interesse coletivo, o combate à corrupção (processo de
impeachment).

A ação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, similar aquela de uma corte penal,
com vias a proteger Direitos Humanos violados no passado é artífice para esconder
violações contemporâneas.

Variável topográfica: As prisões de Abu Ghraib e Guantánamo, enclaves mantidos pelos


Estados Unidos no Iraque e em Cuba, tecnicamente conhecidas como zonas de não-direito,
desprezam as leis americanas de tempos de paz e as leis internacionais de tempos de
guerra. Incongruência no discurso fora do “Circuito Elizabeth Arden”.

Indicação de leitura: À demain de Gaulle, por Régis Debray. (éramos tantos a chegar
atrasados para a nossa própria vida).
Em voto dirigido ao Ocampo, Rezek desejou que ele fizesse sentar no banco dos réus
pessoas como Ariel Sharon e Dick Cheney.

Politicamente correto vs rigor científico jurídico: é difícil trabalhar o Direito em uma época de
tamanhos clamores sociais.

Ativismo judicial: O governos de juízes, definido por Montesquieu, que é muito adotado
pelos Estados Unidos e está extremamente presente no Brasil - em que juízes definem a
conformidade com à Constituição sem que haja um caso concreto -, é rechaçado pela
Europa.

O ativismo judicial, no tocante a usurpação da função legislativa, é difícil de ser aceito por
tribunal interno - na espécie de função consultiva que o Supremo tem diante de ADI -,
quanto mais de um internacional. O Brasil não se submete à CIJ, não é signatária a cláusula
Raul Fernandes, alegando que não há conflito internacional mas se submete à jurisdição
superposição de CtDH

A perda da arbitragem defendido por Joaquim Nabuco acerca do território da Guiana para
Inglaterra não se deve à inabilidade do brasileiro, mas a seleção do árbitro, o rei da Itália,
devedor de altas somas à Inglaterra. Os erros de fato e de direito na sentença proferida pelo
rei da Itália foram amplamente apontados pela doutrina europeia.

Incongruência no Brasil aceitar a jurisdição de superposição de San José da Costa Rica e


não aceitar a jurisdição de Haia. À exposição de motivos do Itamaraty de 1998 para
aprovarmos a jurisdição da Convenção de San José da Costa Rica elenca o prestígio da
Corte como motivo para aderência sem ponderar o interesse nacional. FHC tenta
demonstrar que não temos nada a perder, focando nas distorções do sistema judiciário
nacional.

Primeiro caso a perdermos, em agosto de 2006, no caso Ximenes Lopes (manicómio


presente em Sobral, no Ceará), de fato, havia razão condenatória. Contudo, em casos com
o de Belo Monte, em que Dilma fez resistência ao entendimento da Comissão, chamando o
nosso representante junto à OEA para esclarecimento, houve clara intervenção
internacional sob em assuntos internos, que esbarra na ideia de legitimidade democrática
em que indivíduos não eleitos ambicionam definir políticas de Estado.

Caso Ximenes Lopes: Damião Ximenes apresentava quadro de depressão grave e morreu
espancado no hospital psiquiátrico, Casa de Repouso Guararapes, em Sobral, no Ceará.
Em novembro de 1999, Irene Ximenes e a Justiça Global apresentaram uma petição à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos contra o Brasil. O Brasil foi condenado por
sete votos a zero, por violação de cinco artigos da Convenção de San José, a pagar
indenização de R$ 278 mil por danos morais e materiais à família de Damião Ximenes,
sendo R$ 117 mil à mãe, Albertina Lopes; R$ 105 mil à irmã, Irene Ximenes; e R$ 28 mil ao
pai e ao irmão da vítima. A Corte Interamericana também cobrou celeridade na investigação
criminal dos responsáveis pela morte de Damião e estabeleceu que fossem criados
programas de capacitação para profissionais de atendimento psiquiátricos no Brasil. A
sentença, porém, não foi cumprida totalmente pelo Brasil.
Adicionais:

Lei de jurisdição universal, criada na Bélgica em 1993, que permite que pessoas acusadas de
cometer crimes de guerra sejam julgadas, independentemente do local onde os crimes tenham
sido cometidos.

Potrebbero piacerti anche