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“Navegando em todos os oceanos do mundo, os portugueses foram os

primeiros europeus a colonizar regiões tão distintas como o Brasil,


Moçambique e Macau; a organizar expedições comerciais para áreas ricas
como Malaca, na atual Malásia, ou as Molucas, chamadas a época de "ilhas
das especiarias";a ergue fortalezas nos mais diferentes locais do globo, como
Calicute e Pernambuco; e a enviar missionários católicos a países do Extremo
Oriente. Marcaram forte presença no mundo que, em meados do século XVI, o
idioma português (atualmente, o terceiro idioma de origem europeia mais
falado no mundo, após o inglês é o espanhol) já se tornara a principal língua de
comunicação entre os navegadores europeus e entre os brancos que
habitavam e comerciavam nas ilhas do Atlântico, nos litorais do Brasil, da África
ocidental e da Índia e em muitas regiões da Ásia."(p. 08)

"A dinastia de Avis caracterizou-se pelo absolutismo centralizador de seus reis,


mas também pela preocupação em construir uma base legal para Portugal e
seu nascente império. Durante cerca de sessenta anos, os legisladores
portugueses reuniram e revisaram as leis anteriores e as vigentes no reino,
produzindo, em 1446 as Ordenações Afonsinas (promulgadas no reinado de D.
Afonso) consideradas a compilação legislativa mais precoce e uma das mais
completas da Europa. As ordenações reorganizaram o estado português e as
relações entre as pessoas e os grupos sociais, fornecendo aos monarcas e
funcionários reais um instrumento único e muito eficaz para a aplicação de
políticas." (p. 09 - p. 10)

"A Ásia exercia enorme fascínio sobre a Europa. Desde o século XIII, muitos
relatos de viagens ao continente asiático, misturando realidade e fantasia,
como os de Marco Polo e Sir John Mandeville, tornaram-se especialmente
populares entre os europeus. Apresentavam a Ásia como um continente
riquíssimo, exótico, capaz de incendiar imaginações e acender desejos e
cobiças."(p. 12)

"Desde a Idade Média, os cristãos consideravam os muçulmanos seus


principais inimigos, combatendo-os duramente onde estivessem, nas cruzadas
e em guerras internas. Chamavam esses “inimigos inimicíssimos" de infiéis,
mouros islamitas, sarracenos, maometanos. Essas designações abrangiam
povos muito diferentes entre si, pois, a partir do século VII, os árabes
muçulmanos conheceram uma extraordinária expansão, da península Arábica
para todas as direções. Havia, portanto, entre os praticantes da religião
muçulmana, povos e pessoas de origem árabe e não árabe, asiáticos,
africanos e europeus, gente com diferentes costumes, línguas, formas de
organização social e estágios de desenvolvimento técnico. Para os cristãos,
contudo, esses povos tinham algo em comum, que os diferenciava dos
europeus: a religião. O antagonismo religioso entre cristãos e muçuImanos foi
reforçado de parte a parte em meados do século XV." (p. 14)

" As galés, embarcações estreitas com muitos remos, empregadas no mar


Mediterrâneo, eram impróprias à navegação no Atlântico. Para dominar o
oceano aberto, os portugueses tiveram de inventar uma embarcação
específica, a "caravela de descobrir"." (p. 18)

"Desconforto, falta de mulheres, disciplina rígida, péssima higiene, cansaço e


tensão caracterizavam as viagens marítimas. Era alta a taxa de doenças, como
disenteria, tifo, desnutrição, malária (contraída nos portos tropicais) e,
principalmente, escorbuto, que causava inchaço desmesurado das gengivas e
queda dos dentes. O escorbuto podia impedir o doente de alimentar-se e foi o
principal responsável pela morte de tripulantes portugueses em viagens
oceânicas. Era causado pela carência prolongada de vitamina C, encontrada
sobretudo nas frutas e verduras, inexistentes a bordo." (p. 22)

"A historiografia tradicional, principalmente a dos românticos do século XIX,


apontou a “Escola de Sagres” como a principal responsável pelo êxito das
grandes navegações. Essa “escola”, uma reunião de cientistas e sábios no
promontório de Sagres, no extremo sul de Portugal, em torno do infante D.
Henrique — conhecido na história como “o Navegador”, embora só tenha
navegado até Ceuta, o local da Africa mais próximo a Portugal —, teria
patrocinado a maioria das viagens da época e gerado os conhecimentos
necessários para elas." (p. 25)

“Interessados nas conquistas portuguesas, cartógrafos de outras


nacionalidades também elaboraram, no século XV, vários mapas sobre elas.
Em 1486, o italiano Cristófalo Soligo orientou a confecção de cinco mapas
sobre as descobertas portuguesas na África. Em 1489, o cartógrafo alemão
Henricus Martellus elaborou o único mapa-múndi do século XV, no qual
apresentou as descobertas portuguesas na África, desde o Marrocos até o
Cabo da Boa Esperança, e, notadamente o acesso ao Oceano Índico. Em 1492
o cartógrafo alemão Martin Behaim, de Nuremberg, após temporada em Lisboa
confeccionou o primeiro globo terrestre conservado até hoje, nele assinala as
conquistas portuguesas” (p. 29)

“Após 1434, quando ultrapassaram o cabo Bojador, os portugueses


alcançaram posições estratégicas na África ocidental. Em menos de três
décadas atingiram uma enorme extensão de terras nunca antes alcançadas por
brancos: o Saara Ocidental, as costas dos atuais Muritânia, Senegal, Gâmbia,
Guiné Bissau e Serra Leoa.” (p. 32)

“Na segunda etapa da formação do império (1461-1495) iniciada após a morte


de D. Henrique, Portugal continuou com êxito a política de conquistas
progressivas: completou o domínio sobre o Magreb; assegurou o controle
sobre o golfo da Guiné, garantindo o comércio de ouro e escravos; construiu
fortalezas, como a de São Jorge da Mina; apossou-se das ilhas de São Tomé e
Príncipe e enviou expedições a toda África ocidental, explorando desde o golfo
da Guiné até o sul do continente." (p. 33)

"Depois de dominar outras regiões da África, o rei português Afonso V voltou a


interessar-se pela conquista do Marrocos. Em outubro de 1458, mais de
quarenta anos após tomar Ceuta, ocupou Alcácer Ceguer, situada entre Ceuta
e Tânger, transformando a mesquita local na igreja de Santa Maria da
Misericórdia." (p. 40)

""Além da importância estratégica como ponto de apoio para a navegação e as


conquistas lusas no Atlântico sul e no litoral da África, as “pequenas grandes
ilhas do Atlântico” propiciaram a Lisboa as primeiras experiências de
colonização, facilitada pelo fato de todas, exceto as Canárias, serem
desabitadas. O sistema de capitanias hereditárias, a pecuária, o cultivo de
cereais e, principalmente, a fabricação do açúcar nas ilhas, além de
importantes para a economia, na primeira fase da expansão do império,
representaram um valioso acúmulo de experiência, depois transferida para a
América. Outro aspecto relevante dos arquipélagos foi o papel que, desde
cedo, exerceram como fornecedores de escravos. Lisboa aprendia a beneficiar-
se das conquistas. Ás regiões conquistadas restava submeter-se, por vontade
própria ou por meio das armas." (p. 50)

"Ganhando o Índico, Portugal estava decidido a alcançar a tão desejada Índia,


gastando para isso apenas dez anos (contra 56 anos entre os cabos Bojador e
da Boa Esperança)." (p. 64)

"O império português na Ásia, mais ainda que em outras regiões foi um império
armado, conquistado e mantido basicamente graças à supremacia militar, em
mar e terra." (p. 73)

"Desde 1530, navios lusitanos aportavam em Cantão, mas as oscilações da


política chinesa dificultavam relações comerciais regulares. Nesse período, o
padre Francisco Xavier entrou na China, onde veio a morrer de febre, na ilha
de Shang-Chuan (ou São joão), em 1552." (p. 93)

"No final do século XVI, os portugueses começaram a explorar o Atlântico


ocidental, instigados por notícias dispersas sobre terras ali existentes, e, a
partir de 1492, pela chegada à América de Cristóvão Colombo. Este viverá
nove anos em Portugal, tentando ali, em vão, convencer o rei e a corte a
financiarem sua expedição marítima que pretendia atingir as Índias navegando
para ocidente.” (p. 97)

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