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Material Teórico
Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida
Movimento de Água e
Solutos nas Plantas
• Introdução;
• Movimento de Água e Solutos nas Plantas;
• Condução de Água Através dos Vasos Condutores;
• Movimento de Solutos Através do Floema.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Compreender os processos desde a entrada de água e de solutos
através das raízes até chegar às folhas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Introdução
As plantas sempre precisam de luz, água e nutrientes para sobreviverem, ou seja,
para fazer a fotossíntese. A absorção de água e nutrientes é um processo contínuo e
de suma importância para elas
Nesta Unidade, vamos entender como ocorre esse transporte e como as plantas
fazem transpiração e perdem água na forma de vapor.
Esse processo ocorre por difusão e nele processo ocorre uma troca: entra na célula
o dióxido de carbono e a planta perde água na forma de vapor; por isso a transpiração
é chamada de “mal inevitável”.
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EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Transpiração
das árvores
Transpiração
da grama
Evaporação a
partir do solo
As folhas são recobertas por uma camada chamada de cutícula, que deixa a
superfície da folha impermeável tanto para a água, quanto para o dióxido de car-
bono. Por isso, somente uma pequena quantidade de água é perdida por células
especializadas chamadas de estômatos.
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UNIDADE Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Cutícula
Epiderme superior
Parênquima paliçádico
Parênquima lacunoso
Xilema
Floema
Epiderme inferior
Figura 3 – Corte transversal em folha, demonstrando como ocorre a transpiração através dos estômatos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Fatores Ambientais que Afetam a Taxa de Transpiração
Temperatura: é o fator que mais interfere no desenvolvimento das plantas;
quanto maior a temperatura, maior será a taxa de transpiração;
Umidade: a velocidade da transpiração está relacionada à diferença de pressão
de vapor, que existe na região intracelular e na superfície da folha; portanto, em
florestas sombreadas onde a umidade é abundante, as plantas apresentam folhas
grandes, enquanto que em locais áridos, como cerrado e caatinga, as plantas pos-
suem folhas geralmente menores;
Correntes de ar: o vento retira o vapor de água da superfície da folha, acentu-
ando a diferença da pressão de vapor através da sua superfície. Por exemplo: se o
ar está muito úmido, o vento pode diminuir a transpiração; porém, uma brisa seca
pode aumentar a transpiração.
A água entra pelas raízes e é conduzida até as folhas através de elementos de vaso
ou traqueídes do xilema. Explicada por meio da Teoria da tensão e coesão: a água
é permeável e pode circular facilmente entre as células; porém os solutos não podem
migrar de uma célula para outra.
Quando a água evapora na transpiração, delimitam-se espaços intracelulares
no interior das folhas. Com a evaporação, a concentração de solutos nas células
das folhas aumenta e o potencial hídrico da célula diminui e, através de osmose,
a água é absorvida pelas células das raízes e transportada das células menos con-
centradas de soluto para as mais concentradas. A presença de bolhas de ar pode
atrapalhar a passagem de água pelas células de xilema, e com isso causar embolia
(preenchimento dos elementos de vaso ou traqueídes de ar) ou cavitação (ruptura
da coluna de água).
Figura 4 – Ilustração mostrando como a água passa da célula menos concentrada em solutos para as mais
concentradas (bolinhas rosa são moléculas de água e bolinhas roxas são solutos)
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UNIDADE Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Explor Explicação da teoria de tensão e coesão para o transporte de água das raízes até as folhas.
Disponível em: https://goo.gl/4iA7Vt.
Durante esse procedimento, pode haver gutação, processo em que a água é elimi-
nada não na forma gasosa, mas na forma líquida, através de estômatos que perderam
a função de abertura e fechamento e são chamados de hidatódios, que ocorrem nas
margens e nervuras das folhas. Na gutação, a água é obrigada a sair das folhas por
força da pressão da raiz.
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Figura 6 – Folha eliminando água no estado líquido, no processo denominado gutação
Fonte: Wikimedia Commons
Pela gutação, a água absorvida nas camadas mais profundas do solo é transferida para
as camadas mais superficiais do solo, irrigando, assim, as raízes superficiais e os pelos
radiculares. Esse fenômeno recebe o nome de ascensão hidráulica.
Plasmodesmos são pequenas aberturas nas paredes celulares por onde íons e água são
Explor
Uma vez que os íons inorgânicos são enviados para o xilema, alguns íons se
deslocam lateralmente do xilema para os tecidos radiculares ou caulinares adjacen-
tes, e outros íons são enviados imediatamente para as folhas, para serem utilizados
durante o processo de fotossíntese.
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UNIDADE Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Esses açúcares não são transportados apenas para as regiões nas quais são
produzidos, como ápice de raízes ou de caule, mas também serão distribuídos para
frutos, sementes e tecidos que acumulam substâncias, como o parênquima de ar-
mazenamento de caule e de raízes.
Afídeos são pequenos insetos que sugam seiva das plantas e foram importantes
para demonstrar o transporte de assimilados pelo floema. Eles introduzem estru-
turas bucais modificadas até as células do floema e a pressão de turgor das células
força a passagem da seiva pelo trato digestório do ofídeo, que sai pela extremidade
posterior do animal, como gotículas açucaradas, que podem ser reaproveitadas por
outros animais como as formigas, por exemplo.
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Figura 8 – Afídeo sugando seiva da planta. A seiva passa pelo trato digestório do animal e é eliminada
na região posterior como gotas açucaradas e pode ser utilizada novamente por outros animais
Fonte: iStock/Getty Images
O transporte de assimilados pelo floema pode ser via simplasto ou via apoplasto.
A sacarose é o açúcar mais abundante transportado na planta pelo floema, sendo
transportada do mesofilo (meio da folha) para os tubos crivados das nervuras das
folhas por via simplástica, ou seja, passando por dentro das células, podendo, ain-
da, usar como alternativa o transporte apoplástico, transportado via parede celular.
Além da sacarose, outros elementos também são selecionados e transportados
pelo floema, como aminoácidos e alguns íons.
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UNIDADE Movimento de Água e Solutos nas Plantas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
TRANSPORTE em plantas
https://goo.gl/E1gm8z
Vídeos
Botânica - Mecanismos de Condução de Seiva
RAMOS, A. Transporte de água e seiva dentro do xilema e florma.
https://youtu.be/21geY0eV_kQ
Leitura
Modelo numérico do transporte de nitrogênio no solo. Parte II: Reações biológicas durante a lixiviação
Modelo numérico do transporte de nitrogênio no solo. Parte II: Reações biológicas
durante a lixiviação.
https://goo.gl/VPJWci
IMPACTO AMBIENTAL DA IRRIGAÇÃO NO BRASIL
BERNARDO, S. Impacto ambiental da irrigação no Brasil. In: Conferência sobre Agri-
cultura e Meio Ambiente, 1992, Viçosa. Anais... Viçosa: Núcleo de Estudos e Pesqui-
sas em Meio Ambiente, 1994. p. 93-100.
https://goo.gl/4WNdws
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Referências
CUTLER, D. F.; BOTHA, T.; STEVENSON, D. W. Anatomia Vegetal: uma
abordagem aplicada. Porto Alegre: Artmed, 2011.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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