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ELÌAS JOSÉ PALTI

< m

O H M MIMIMI

Stanley Fish, Dominick L acapra,


Paul Rabinow y Richard Rorty
"GíieM&MIotf'éNMoii* Matad
PaDi, EUm Jasé
306/P188g/ NB36830

" ¿D e b e ría la h isto ria in telectu al


lingüístico” ?, se preguntaba Mari
34196
más de una década, en un ensayo u. lauo ~txdLÍÜ'
lizar el célebre debate en tre Habermas y Gadamer.
Podría decirse que en el trabajo de Elias Palti hay
un eco de esa interrogación, al seguir las líneas por
donde ha transitado desde entonces la historia in­
telectual norteamericana. El estudio descubre una
dinámica en el curso abierto por el “giro lingüísti­
co” en virtud de la cual el análisis histórico de las
significaciones habría ganado, si no en ve rda d
(concepto que Palti asocia con la idea de un fin,
desenlace o destino último hacia el cual todo este
proceso se; encamina necesariamente), sí al menos ■
en autorreflexibilidad. Los textos de Stanley Fish,
Dominik LaCapra, Richard Rorty y Paul Rabinow,
que integran la antología conique el autor comple­
menta su trabajo, son ilustrativos a este respecto.
Se trata de un conjunto de lúcidos análisis que,
desde perspectivas muy diferentes entre sí, apare-
cen'animados por una misma.vocación: convertir
en objeto de análisis la propia crítica y desmontar,
así los presupuestos epistemológicos e instituciona-'
les en que la crítica, en tanto.práctica, se sostiene.

Elias José Palti, doctor en historia de la Universidad


de California en Berkeley, se desempeña como do­
cente en la Universidad Nacional de Quilines y
como investigador del c o n ic e t . Artículos suyos
han aparecido en prestigiosas revistas especializa­
das de la Argentina, Australia, España, Esraclos
Unidos, Inglaterra, Israel y México. Estuvo tam ­
•‘■'V 1‘ i
306
bién a cargo de la introducción a Populismo p o s m o ­ P188g
t í »

derno, publicado en esta misma colección.

ISBN 9 7 8 -9 8 7 -9 1 7 3 -2 3 -7

9789879173237

9 789879 173237

88
“Giro lingüístico”, e historia
intelectual, Elias José P alti
Sobre la individualidad y tas •
formas sociales. Escritos escogidos,
Georg Simmel

Historia y representación,
José Sazbón

Para leer a Raymond Williams,


M aría E. Cevasco

Vidas beligerantes. Dos mujeres


argentinas, dos protestas y la
búsqueda de reconocimiento,
Javier Auyero

La política en las calles. Entre el


voto y la movilización. Buenos
Aires, 1862-1880, H ilda Sabato
Memorias de la pampa gringa.
Recuerdos de Primo Rivolta, Luis
Bellini y Camila Cugino de Priamo,
Luis Priamo

Sobre los principios. Los


intelectuales caribeños y la
tradición, Arcadio Díaz Quiñones
“G iro lingüístico”
historia intelectual

FLACSO - Bibiiote
U N I V E R S I D A D N A C I O N A L DE Q U 1 I . M E S

R ecto r
G u s ta v o E d u a r d o L ug o n es

V ic e r r e c t o r
M a r i o E. L o z an o
Elias José Palti

flA CSCì - Biblioteca

“Giro lingüístico”
e historia intelectual

S ta n le y Fish, D om inick LaC apra,


Patii R abinow y R ichard Rorty

U n iv ersid ad
N a t io n a l
( I f ( ¿ t u l U K 'S
Edit« »rial
B e rn a l, 2 0 1 2
Intersecciones
Colección dirigida por Carlos Altamirano

P alti, Elias José


G iro lin g ü ís tic o e historia i n t e l e c t u a l . - l a ed. l a r e im p . - B e r n a l :
U n iv e r s id a d N a c io n a l de Q u ilin e s , 2 01 2
3 4 0 p. ; 2 0 x 1 4 cm . - (In te r se c c io n e s / C arlo s A lt a m i r a n o )

ISBN 9 7 8 -9 8 7 - 9 1 7 3 - 2 3 - 7
1. S o c io lo g í a ile la C u ltu ra. 1. T ít u lo .
C D D 3 06

S e r e p r o d u c e n , c o n la a u t o r i z a c i ó n c o r r e s p o n d i e n t e , los s i g u i e n t e s a r t í c u l o s :
P a u l R a b i n o w , “R e p r e s e n t a t i o n s a r e S o c i a l F a c t s : M o d e r n i t y a n d P o s t - M o d e r n i t y
in A n t h r o p o l o g y ”, © U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a Press, 1 98 6 .
S t a n l e y F ish , “ Is t h e r e a T e x t in t h i s C l a s s ? ” , © H a r v a r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 98 7 .
D o m i n i c k L a C a p r a , “R e t h i n k i n g I n t e l l e c t u a l H i s t o r y a n d R e a d i n g T e x r s ” ,
© W e s l e y a n U n i v e r s i t y , 1980.
R i c h a r d R o r t y , “ R e l a t i v i s m : F i n d i n g a n d M a k i n g ”, © R i c h a r d R o r t y , 1 6 9 8 .

1 e d i c i ó n , 19 9 8
l'1reim p resió n , 201 2
© E li a s Jose P a lti. 1998
© U n iv e r s id a d N a c io n a l de Q u ilin e s . 1998

U n iv e rs id a d N a c io n a l de Q u ilin e s .. .
R oque S á c n z P eñ a 352 ' (’ \j í s ’ / -BC-'

ISBN: 9 7 8 - 9 8 7 - 9 1 7 3-2 3-7


Q ued a h e c h o el depósito que m a r e a la J *72 3
Indice

P r ó l o g o ................................................................................................................................................. 9

“G ir o l in g ü ís t ic o ” k h ist o r ia i n t e i . e c t u a i ....................................................................................... 19
1. L a p r o b le n v a tiz a c ió n d e l “c o n t e x t o d e e m e r g e n c i a ”
D e la “h is t o r ia de las id e a s ”a la “c u lt u r a c o m o t e x t o ” 25
2. La p r o b le n v a tiz a c ió n d e l “c o n t e x t o d e r e c e p c i ó n ”
A n t r o p o l o g í a y “h e r m e n é u t i c a p r o f u n d a ” ............................................................ 35
3. El “c o n t e x t o m e t a c r í t ic o ” y la p r o b le n v a t iz a c ió n i m p e n s a b l e ............... 51
U n t e x t u a lis m o sin t e x t o ................................................................................................... 51
T r o p o s , m etatro p w s y a b s u r d i s m o ................................................................................. 64
¿El m a r x i s m o en el M a e l s t r o m t e x t u a l i s t a ? ......................................................... 89
¿ M á s a l l á d e l re la tiv is m o y d e l o b j e t i v i s m o ? ...................................................... 118
C o n c l u s i ó n ........................................................................................................................................ 157

A n t o l o g ía ........................................................................................................................................ 169

1. A n t r o p o l o g í a
Las r e p r e s e n t a c i o n e s s o n h e c h o s s o c i a l e s : m o d e r n i d a d
y p o sm o d er n id a d en antropología
P a u l R a b i n o w .................................................................................................................................. 171
'R H R A T U R .A
ly u n t e x to e n e sta clase? .
~>ley F i s H ............................

1St O R 1 a INTELECTUAL t te x tOS


yx¿íolt la. h is to r ia intelectua y
*r ^ i c k L a C a p r a - -

J S O K ¡a
''« n o : el e n c o n trar y el hacer
F k o r t y ........................'

^ i a s b .io -b ib H o g rá fic a s • • • ■
, ; 1 l io » e n c a s t e U a n ° ■• • ’
Prólogo

“ ...En a q u e l I m p erio , e l A r r e d e la C a r t o g r a f ía logró tal P e rfe c ­


c i ó n q u e el m a p a d e u n a so la P r o v in c ia o c u p a b a to d a un a C i u ­
d a d , y el m a p a d e l im p e r io , to da u n a P r o v in c ia . C o n el tiem p o ,
esos M a p a s D e sm e s u r a d o s n o s a tis fa c ie r o n y los C o le g io s de C a r ­
tó grafo s le v a n t a r o n u n M a p a d e l Im p e rio , que' t e n ía el t a m a ñ o
d e l Im p erio y c o i n c i d í a p u n t u a lm e n t e c o n él. M e n o s A d ic t a s al
E s tu d io d e la C a r t o g r a f í a , las G e n e r a c i o n e s S i g u i e n t e s e n t e n ­
d i e r o n q u e ese d i l a t a d o M a p a era I n ú til, y n o sin I m p ie d a d lo
e n t r e g a r o n a las I n c l e m e n c i a s del S o l y d e los In viern o s. En los
d e s ie rto s del O e s te p e r d u r a n desp ed a za d as las R u in a s del M a p a ,
h a b it a d a s por A n i m a l e s y p o r M e n d ig o s ; e n to d o el País n o h a y
o tr a r e liq u ia de las D is c ip lin a s C a r to g r á fic a s ."

( j o r g e L. B o rges, D e l r i g o r e n la c i e n c i a )

Relatividad, la conocida litografía de Escher de 1953, creo, expresa


bien la idea riel trabaje». Se trata, según se ve, de una especie de labe­
rinto de escaleras, transitado por hombres sin rostro, como muñecos
sin vida, de los que no se puede decir verdaderamente que caminen,
sino, más bien, que son arrastrados por las escaleras. La impresión
general es la de una maraña de escalones sueltos poblados de autóma­
tas que no saben ni de dónde vienen ni a dónde van. Quien observa

9
el cuadro no puede menos que sentirse desorientado. Las escaleras se
entrecruzan y superponen, pero no se comunican realmente; ascien­
den, pero no puede decirse que existan diversos niveles en el cuadro,
porque todos se ubican sobre un mismo plano bifurcado. Lo único que
ofrece cierta profundidad a la composición es algo com pletam ente
contingente a la misma, como lo es la lejanía o cercanía de los diver­
sos planos respecto del observador.
Sin embargo, existe allí un cierto orden presupuesto, un cierto con­
cepto espacial subyacente. Creo que fue Stanley Kubrick quien prime­
ro trabajó en el cine ese efecto de la relatividad de los espacios. En la
nave de 2001 . O d i s e a del espacio (1968) se representan distintos nive­
les, pero todos se encuentran colocados sobre un mismo eje; en cada
uno de ellos sim p lem en te se alteran las coordenadas (las que en
condicioties de ingravidez se vuelven indistintas): lo que antes era el
piso, ahora es una pared, la pared se convierte en techo, y el techo en
otra pared, y así sucesivamente con los distintos niveles. Para quienes
habitan cada uno de estos “nichos”, esto no hace ninguna diferencia;
sólo pueden mostrar desorientación en el momento en que deben des­
plazarse de uno a otro nivel a través de una especie de “ascensor” cir­
cular (que sólo gira en redondo llevando de un nivel a otro). Pero esta
perturbación se disipa tan pronto como se ubican en un mismo eje
de referencia dentro del nuevo sistem a de coordenadas. Lo mismo
sucede con los muñecos de Escher. No parece que ellos compartan la
turbación de quien los observa. Ellos se mueven perfectamente dentro
de su ámbito, aunque, en su caso (dadas las condiciones de gravidez
en nuestro múñelo sublunar), no pueden trasladarse de uno a otro. El
horizonte al que cada uno converge es siempre una puerta o abertura,
que conduce a otra de las dimensiones posibles. Pero ellos sim ple­
mente no pueden atravesarla (todos los muñecos dibujados van o vie­
nen en dirección a aquéllas, pero ninguno se encuentra en el mismo
punto de alguna de las aberturas), porque éstas señalan los puntos de
bifurcación en que lo que, para quienes se encuentran situados en un
determinado nivel, es una puerta, pero para los del nivel contiguo sim­

io
plemente no representa nada, o nada inteligible al menos: la bisagra se
encuentra, desde su perspectiva, en el piso, no hay forma de pararse en
lo que se ha convertido en una pared l a t e r a l...
La idea de “relatividad” es perfectamente adecuada, y, sin embargo,
engañosa en relación con este trabajo, porque tal idea tiende a suge­
rir la de un sin sentido. Como se representa en ese cuadro, la falta de
un destino último para nuestros muñecos parece dejarlos atrapados
en un laberinto de escaleras que no conducen a nada. Podríamos,
quizás, como en el caso de 2001, concebir la posibilidad de diseñar
un ascensor circular o shifter que les permitiese moverse de un nivel a
otro; pero eso, aparentemente, no cam biaría nada para ellos, puesto
que, salvo la diferencia en cuanto a las coordenadas espaciales respec­
tivas, no habría ninguna asimetría fundamental entre los distintos nive­
les. A l cabo, se encontrarían en un ámbito distinto al anterior, pero,
básicamente, en la misma situación de antes. Así y todo, el desplaza­
miento no habría sido inútil. Al menos esto es lo que sugiere el presente
estudio. Una idea más clara al respecto quizás nos la ofrezca otro cuadro,
esta vez de Rothko.
Se trata de un cuadro absolutamente en blanco. U no en el que no
hay nada que ver o descubrir, ni una m ancha, ni siquiera tina muesca
en la tela o algún vestigio del trazo del pintor. Indudablemente, una
obra tabdifícilmente hoy escandalice a alguien. Por el contrario, la
misma se encuentra expuesta en un prestigioso museo. A parece más
bien como un gesto vanguardista tardío que, como dice Peter Bür-
ger, lejos de denunciar el mercado artístico, lo refuerza.1 Sin embargo,
obras o “gestos” vanguardistas tales portan aún vestigios de su carácter
revulsivo originario. Dicho llanam ente, quienes lo observan no pue­
den, todavía hoy, dejar de preguntarse aquello que, a esta altura (des­
de Marcel Duchamp en adelante, digam os), se supone que ya nadie

1 Peter Bürger, Th e crry o f Av t mt - Ha rd e , tracl. d e M . S h a w , M a n c h e s te r , M an c h e ste r


1984. p. 52 [trad. c a s t e l l a n a : T e o r í a d e la v a n g u a r d i a , B a rc e lo n a ,
L J n iv e r s ity Press,
P e n í n s u l a , ]987|.

11
puede cuestionarse ante un cuadro: si eso (en este caso, esa “nada”) es
“una obra de arte”. En definitiva, si la pregunta perdió vigencia no es
porque hayamos hallado la respuesta a la misma, sino, por el contrario,
porque ésta se ha vuelto insoluble. Dicho ahora menos llanamente, es
indudable que con un cuadro como el mencionado, absolutamente
blanco, la crisis del concepto de la representación artística alcanza su
límite último, su punto de saturación, aquel en el que el propio con­
cepto del arte comienza a disolverse.
Los orígenes de este proceso pueden rastrearse, en realidad, dos
siglos antes, cuando comienza a corroerse el suelo teórico en el que se
sostenía el clasicismo. Con él se conmueve también el sistema de la
“representación”. LJna suerte de “giro antropológico” en los modos de
concebir el objeto y sentido del arte comenzaría a fines del siglo xvill
a desalojar el afán clásico de copia de la realidad exterior “objetiva”
del sitial de meta última de la representación artística para colocar
en el mismo la búsqueda de la “expresión”, por parte del artista, de
sus sentimientos e impresiones subjetivas. Estamos, sin embargo, muy
lejos aún de nuestro “cuadro en blanco”, salvo que quisiéramos ver en
él (como el propio Rothko alguna vez sugirió) la expresión de alguna
suerte de “Nada existencial”, ti algo por el estilo, una idea, en reali­
dad, demasiado decimonónica como para satisfacer completamente a
un observador contemporáneo. Un punto de referencia algo más cer­
cano a nuestro cuadro lo marcaría el nacimiento dci expresionismo y
la pintura abstracta. Este, según señalara M alevich en su manifiesto
“suprematista” (la “teoría de la no-representaciém”), habría señalado
una reorientación en el arre que lleva desde lo representado (sea ésta
la realidad exterior o interior) al acto mismo de la representación.
U na nueva conciencia se manifestaría allí respecto de la materiali­
dad del medio de la reflexión!. El propio acto de la creación ganaba así
densidad y cobraba expresión! en el mismo hecho artístico. No es que
éste hubiera estado ausente antes; no faltan las alusiones al mismo en
las obras, ni incluso los retratos de artistas pintando. Pero no se trata­
ba ya de esto. En el régimen de la representación! el pintor puede obje­

12
tivarse y retratarse a sí mismo como a un otro, pero no puede, aun así,
representar ese mismo acto de su propia representación (el que, sin
embargo, siempre se encuentra presupuesto en su propia realización,
la obra): como sugiere Las M en in a s (según la ya clásica interpretación
de Foucault en Las palabras y las co sa s) , para aparecer en el cuadro, el
pintor debe dejar de pintar, y viceversa, para pintar (y pintarse), debe
salir del cuadro. Es cierto que se puede alegorizar en él dicho acto o
remitir figurativamente al mismo (como ocurre, por ejemplo, con los
espejos de M anet), pero sc>lo el expresionismo y la pintura abstracta
ofrecerían al artista el modo de hacerse “presente” como tal en su mis­
ma ohra. La falta de un “m otivo” en el cuadro obliga entonces a dirigir
la atención hacia el acto de la representación (el pintar, antes que lo
pintado). El arte se repliega, de este modo, sobre sí, haciendo manifies­
ta su propia materialidad y normatividad inmanente. Pero, ¿qué tiene
esto que ver con nuestro cuadro? ¿Cómo puede expresar un artista su
actividad en un cuadro en blanco, es decir, en lo que es su negación?
¿No es éste, más bien, el fin del arte? ¿Cómo podría, a partir de enton­
ces, reconocerse una obra de arte auténtica y distinguirse de las otras
llamadas “menores”?
Quizás la respuesta esté contenida perform ativ am ente en la misma pre­
gunta, es decir, no en el contenido de la misma, sino en el mismo hecho
de la interrogación. El cuadro en blanco, posiblemente, nos está propo­
niendo simplemente eso, obligándonos a preguntarnos dónde comienza
y termina el arte. Porque sólo mediante un cuadro absolutamente en
blanco el sistema de la representación puede representarse a sí mismo,
ya no como una actividad individual, sino como institución. El cuadro
en blanco no intenta imponer un “estilo”, que se opondría a otros “esti­
los”, sino que nos obliga a pensar en cuestiones tan básicas, y quizás
incluso ingenuas, pero siempre conflictivas y perturbadoras como, por
ejemplo, quién decidió colgarlo en un museo, quién puede comprarlo o
venderlo, quién, en fin, puede decidir que el que “pintó” eso (es decir,
nada) es un auténtico “artista” (y quizás hasta un “genio”)- En síntesis,
éste aparece como un índice invisible apuntando hacia esa trama de

n
relaciones sociales que se encuentra por detrás de él, la dimensión ins-
titucional del arte como práctica, los modos de producción, apropiación,
circulación y consagración de las obras en tanto que “capital social
acumulado” (es decir, en palabras de Bourdieu, como c a m p o en el que
se producen e intercambian bienes simbólicos).
No estoy muy seguro de que la respuesta sea aún del todo plausible.
De todos modos, sirve para ilustrar la hipótesis que orienta el trabajo
que sigue. Llegado a este punto límite (el cuadro en blanco), la crisis
del sistema de la representación parecería dejamos ya sin orientaciones
objetivas para evaluar una obra, es decir, nos sumiría en el relativismo
más completo. A lgo parecido habría ocurrido con la crítica a partir del
“giro lingüístico”. Así, al menos, afirman sus críticos (y también algu­
nos de sus defensores). No es ésta, sin embargo, la conclusión a la que
conduce el cuadro que se pinta aquí. Según se expone en el presente
estudio, el proceso de corrosión del sistema de la representación (que
recorre por igual al conjunto de las disciplinas humanísticas) no es un
movimiento en el v acío. En sus pliegues y repliegues nos irá revelando
una dinámica en que la crítica iría ganando, si no en “verdad” (con­
cepto que supone un cierto telos o destino último h acia el cual todo
este proceso tiende a converger), sí al menos en autorreflexividad. Los
distintos planos del laberinto textualista no señalan aquí tampoco,
como en el cuadro de Escher, un curso ascensional, pero sí muestran
la posibilidad, en nuestra esfera sublunar, de desplazar los puntos de
mira y volver objeto de crítica aquellos que hasta entonces aparecían
como supuestos «críticamente aceptados como válidos, dibujando en su
transcurso un diseño bastante más complejo que el concebible según el
modelo del “circuit) hermenéutico” y más afín a lo que Piaget llamó los
mecanismos de “rebosamiento”. Este permanente repliegue de la críti­
ca sobre sí misma para disolver sus anteriores certidumbres derrumba,
en fin, toda idea de “progreso” en el sentido de acumulación de saber,
pero, al mismo tiempo, sugiere la idea de una cierta direccionalidad (o
ve cc ió n, según la expresión de Bachelard) al pensamiento que no presu­
pone ya ni un principio originario ni un fin último.

14
Esto último sería igualmente aplicable al presente “giro lingüístico”.
Contra lo que afirman (o suponen, muchas veces, im plícitam ente) sus
cultores, tampoco el des-cubrimiento de la “lingüisticalidad” señala­
ría el alumbramiento de una verdad al fin revelada. Su punto de fisu­
ra inherente se nos hará manifiesto cuando éste se convierte en una
metacrítica y se introduce (como en el caso de nuestro cuadro en
blanco) en el nivel de - e intenta tematizar—sus propias condiciones
institucionales de posibilidad. Com o veremos repetirse en las distin­
tas disciplinas analizadas, llegado a este punto, este “giro lingüístico”
habrá de enfrentarse a una serie de aporías (en apariencia, insolubles
dentro de sus marcos). El “cuadro en blanco” al que el concepto de la
“lingüisticalidad” parece aquí conducir (ese punto lím ite en la crisis
del régimen de la representación) quizás señale la salida al laberinto de
Escher (allí donde todo sentido se pierde y toda idea de un referente se
disuelve); más probablemente, sin embargo, se trate sólo de un nuevo
recoveco, una puerta más en el sistema de sus bifurcaciones. De todos
modos, los desplazamientos producidos por este “giro lingüístico” no
habrían sido por ello inútiles; como veremos, el mismo ha venido a
desenvolver una problemática que difícilmente pueda ya ignorarse. Su
punto de llegada es el intento ele tematizar los fundamentos epistémi-
co-institucionales que- sostienen a la crítica como práctica, de pensar la
crítica como institución.Y es precisamente éste el punto en que el “giro
lingüístico” se volvería contradictorio consigo mismo. Ponqué, como
señale» Bourdieu,2 tóela práctica, para ser viable, debe permanecer ciega
a sus propios presupuestos, en este caso, la contingencia de los funda­
mentos de su saber específico, que es exactamente ae[uello que, como
se verá, el “giro lingüístico” termina por tornar visible e intenta hacer
objeto de análisis crítico. En definitiva, mientras que diversos autores

: Se trataría, s e g u ii Bourdieu, de u n a c e g u e r a e p iste m o ló g ic a d e raíz o n to lo g ic a , es


decir, c o n stitu tiv a de la misma en ta n to q u e a c tiv id a d social. V é a s e P ierre B ourdieu,
L e ç o n s s u r la l e ç u n , Paris, Les Editions des M i n u i t s , 1982, p. 56.

15
suelen identificarlo como una suerte de reforzamiento de la instan­
cia hermenéutica (muchos incluso lo designan indistintamente como
“giro interpretativo”), las páginas que siguen intentan mostrar por qué
el presente “giro lingüístico” nace justamente a partir de la crisis de las
hermenéuticas tradicionales (debidamente actualizadas por Gadamer y
Ricoeur), cuál es su contribución específica, y cuáles, en fin, sus lim ita­
ciones inherentes.

El presente estudio fue originalmente concebido como una introduc­


ción a una antología de textos que trazaba una serie de debates pro­
ducidos recientemente en los Estados Unidos.3 Se trataba de una serie

‘ Los trabajos o r ig in alm e n te previstos eran los siguientes: Rich ard B e r n s te in , “O n e


S t e p F orw ard, T w o S te p s B a c k w a r d : Rorty on Lib eral D em o cracy and P h ilo s o p h y ”, en
P o l i t i c al T h e o r y , 15.4, n o v i e m b r e de 1987, p. 5 3 8 -5 6 5 [reimpreso en T h e N e w C o n s t e ­
l l a t i on : T h e Et h i ca l - Pol i t ic al H o r i z o n s o f M o d e r n i t y , C am b r id g e, Mass., T h e M IT Press,
1 9 9 2 , pp. 2 30 -2 5 7]; y “N ie t z s c h e or A risto tle? R e f le c t io n s on A la s d a ir M a c I n t y r e ’s
A f t e r Vi r t u e ”, en Soundings, I.XVll. 1, primavera de 1984, pp. 6-29. Jam es C liffo r d , “O n
E th n o g r a p h ic A u t h o r i t y ”, R e p r e s e n t a t i o n s , 1.2, 1983, pp. 118-146 [reim preso e n T h e
P r e d i c a m e n t o f C u l t u r e . T w e n t i e t h - C e n t u r y E t h n o g r a p h y , Li terature, a n d Art, C a m b r id ­
g e, M ass., H arvard U n i v e r s i t y Press, 1988, pp. 2 1-54 ). S t a n l e y Fish, “Is T h e r e a T e x t
in th is Class?”, is T h e r e a T e x t in Thi s Class?, C a m b r id g e , C am b rid g e U n iv e r s i t y Press,
1 98 0 , pp. 3 03-321 ( a q u i r e p ro d u c id o ). Clifford G eertz, “Distinguished L e c t u r e : A n r i
A n t i - R e l a t i v i s m ”, A m e r i c a n A n t h r o p o l o g i s t , 8 6.2, ju n io de 1984, pp. 2 6 3 - 2 7 8 . Eric D.
I lirsch, Jr., “T h e P olitics of Interpretation”, en W . J. T . M itc h e ll (co m p .), T h e Politics
o f I n t e r p r e t a t i o n , C h ic a g o , T h e U n iv e rsity of C h i c a g o Press, 1983, pp. 3 2 1 -3 3 4 - D avid
C o u s e n z H o y, “V a l i d i t y a n d t h e A u t h o r ’s I n t e n t io n : A C r itiq u e of E. D. H irsch ’s
H erm eneu tics”, T h e C r i t i c a l C i r c l e , Berkeley y Los A n g e le s , U n iv e rsity of C a l if o r n i a
Press, 1978, pp. 11-40. Fredric J am eson , “Figural Relativism ; or T h e P o e tic s of H is ­
t o r io g r a p h y ”, Di acrit ics, 6 , p r im a v e r a de 1976, pp. 2-9 [reimpreso en T h e I d e o l o g i e s of
T h e o r y . E s s ay s 1 9 7 / -1 9 8 6 , M in n e a p o lis , U n iv e rs it y of M in n e so ta Press, 198 8 , I, pp.
1 5 3-166J. D o m in ick L a C a p r a , “A Poetics of H isto rio g rap h y : Hayden W h i t e ’s T r o p i c s
oj D i s c o u r s e ”; y “M a r x is m in th e T e x tu a l M ae ls tro m : Fredric Ja m e so n ’s T h e Political

I6
de intercambios polémicos que tuvieron lugar entre diversos autores
y que involucraban cuestiones referidas a la teoría y a la metodología
de estudio en historia intelectual (y las disciplinas humanísticas, en
general) luego del llamado “giro lingüístico”. La introducción original
se expandió, al mismo tiempo que la antología se vio drásticamente
reducida por razones editoriales. El objeto primitivo con que fue pen­
sado este trabajo explica algunos de los'recortes que en él se realizan,
es decir, por qué se concentra éste en ciertos autores en particular y no
en otros cuya ausencia el lector podrá extrañar, ya que, probablemen­
te, hubieran debido estar, si de lo que se trataba era de dar una pers­
pectiva global de los presentes debates teóricos en los Estados Unidos.
De todos modos, y asum iendo la relativa arbitrariedad del recorte
realizado (a la que la falta de la antología originalmente prevista hace
aparecer más claramente como tal), el panorama que se ofrece aquí es
lo suficientemente comprehensivo como para mostrar la tónica gene­
ral de dichos debates y exponer los puntos centrales de controversia.
Por otro lado, si los autores tratados no son los únicos relevantes para
este estucho, sí representan puntos de referencia obligados para an ali­
zar las distintas tendencias críticas hoy presentes en ese país. En cuan-

U n c o n s c i o u s ”,. ambos en R e t h i n k i n g I n t e l l e c t u a l H i s t o r y : T e x t s , C o n t e x t s , L a n g u a g e ,
Ith a c a y Londres, C o r n e ll U n i v e r s i t y Press, 1990, pp. 7 2 - 8 3 y 234 -2 6 7, r e s p e c t iv a ­
m e n te . A la s d a ir M a c In ty r e , '‘B e r n s t e i n ’s D istortin g M irro rs: A R e jo in d e r ”, S o u n d i n g s ,
i.x v ii.l, p rim a v e ra de 1 9 8 4 , pp. 30-41. Paul R a h i n o w , “R e p re se n ta tio n s A r e S o c i a l
bacts: M o d e r n ity and P o s t - M o d e r n ity in A n t h r o p o l o g y ”, e n Jam es Clifford y G e o rge
M arc u s (co m p s.), W r i t i n g C u l t u r e , B erk e le y y Los A n g e l e s , U n iv e rsity o f C a l if o r n ia
Press, 1986, pp. 234-261 ( r e p r o d u c id o en este v o l u m e n ) . R ic h ard Rorty, “T h u g s an d
T h e o rists: A R eply to B e r n s t e in ”, Political T h e o r y , 18.4, n o v ie m b re de 1987, pp. 5 64-
580. H a y d e n W h it e , “T h e A b s u r d is t M o m e n t in C o n t e m p o r a r y L iterary T h e o r y ”,
C o n t e m p o r a r y Lite rat ure, 7 .3, 1976 [reimpreso en T r o p i c s o f ¡Discourse. E s s a y s in C u l ­
tur al C r i t i c i s m , B altim o re y L o n d re s, T h e Joh n s H o p k in s Press, 1978, pp. 2 6 1 - 2 8 2 ]; y
G e t t i n g O ut of History: J a m e s o n ’s R e d e m p tio n ot N a r r a t i v e ”, Diacritics, 12, o to ñ o de
1982 [reim preso en Phe C o n t e n t o f the F o r m . N a r r a t i v e I Discourse an d Hi s to r i c al R e p r e ­
s e n t a t i o n , B altim o re y L o n d res, T h e J o h n s H o p kin s Press, 1982, pp. 142-168],

17
to a la expansión de lo que era la introducción original, esto se debió
no a un abandono de su carácter de tal, sino, por el contrario, a que
el mismo se fue interpretando en un sentido cada vez más literal, es
decir, se fue convirtiendo en un intento de “introducción” al pensa­
miento de los distintos autores aquí discutidos, dirigido a un público al
que se lo supone no necesariamente ya familiarizado con los mismos.
De a llí que en cada sección la narración se detenga en la explicación
de las ideas de cada uno de ellos, muchas veces al precio de desviar
temporariamente la atención del eje fundamental que la articula, para
volver a retomarlo algunas páginas más adelante.
Partes de la presente introducción aparecieron en forma de artículos
en Ent rep asado s, 4-5 (1 9 93 ), Daimon. Revista de Filosofía, 11 (1 995) y
(1997), Logos. Revista d e Filosofía, 70 (1996), lsegoría, 13 (1 996) (en
prensa); Revista I n te r n a c io n a l de Filosofía Política, 8 (1997) y Ágora.
Papeles d e Filosofía, 15.1 (1996). A los editores de las mencionadas
revistas agradezco su autorización para reproducir las secciones corres­
pondientes. Quiero tam bién agradecer a quienes hicieron posible la
publicación de este libro, Oscar Terán, C arlos A ltam irano, M aría
Inés Silberberg, y a los demás integrantes del plantel docente y de la
editorial de la U niversidad de Quilmes. A T ulio Halperin Donghi,
Hilda Sabato y José Sazbón, quienes leyeron pacientemente y dedica­
ron su tiempo a hacerme llegar sus comentarios a algunas de las tantas
versiones preliminares de esta introducción. U na mención especial
merece M artin Jay, en cuyos cursos tomé contacto por primera vez
con gran parte del material aquí utilizado. Quiero dedicar este trabajo
a Isabel (desde un largo, forzado, alejamiento) y a mis padres, por su
permanente apoyo y paciencia.

Elias J o s é Palti
Berkeley, mayo de 1997

18
“G iro lingüístico” e historia in telectu al

En 1980, Robert Darn ton trazaba un panorama sombrío de la situa­


ción de la historia intelectual norteamericana. En su artículo titulado
“Intellectual and Cultural History”1 demostraba estadísticam ente la
declinación de la subdisciplina en el ámbito académ ico de ese país,
que atribuía al dislocamiento de los marcos conceptuales forjados por
Arthur Lovejoy (* )2 y su escuela. A l año siguiente, W illiam Bouwsma3
discutía esta visión de Darnton señalando los efectos paradójicos que
la crisis de la vieja “historia de las ideas”, articulada en torno al co n ­
cepto de la “idea-unidad”, había acarreado y que las estadísticas te n ­
dían a oscurecer. En su tránsito hacia lo que R ichard Rorty, en otro
contexto, llamara “el más rico pero más difuso género de la intellectual

1 R o b e rt D a r n to n , “I n te lle c tu a l a n d C u lt u r a l H i s t o r y ”, o r ig in a lm e n t e p u b l ic a d o
en M i c h a e l K ä m m e n (co m p .), T h e l ’as t B e f o r e Us : C o n t e m p o r a r y Hi s to r i c a l W r i t i n g
in the U n i t e d St at e s , Ithaca, N u e v a York, 1980, y r e p r o d u c id o e n D arn to n , T h e K i s s o f
L a m o u r e t t e . R e f l e c t i o n s o n C u l t u r a l H i s t o r y , N u e v a York, W . W . N o rto n &. C o ., 199 0 ,
pp. 1 9 1 -2 1 8 .
2 En a d e l a n t e , el asterisco ( * ) in d ic a los autores y e s c u e la s in c lu id o s en el a p é n d ic e
bio-bliográfico.
' W i l l i a m J. Bouwsma, “I n te lle c tu a l H istory in t h e 198 0 s: From H istory of Ideas
to H isto ry of M e a n i n g s ”, J o u r n a l o f I n t e rd i sc i p l i n a r y H i s t o r y , 12, 1981, re pro ducido e n
A Us a b l e P a s t , k s s a y s in E u r o p e a n C u l t u r a l Hi st o r y, B e r k e le y , U n i v e r s i t y of C a li f o r n i a
Press, 199 0 , pp. 136-347.

19
history”,4 ésta había sufrido una metamorfosis que los datos aportados
por Damton no alcanzaban a registrar. “Aunque la historia intelectual
incluso ha declinado como especialidad, en otro sentido, nunca ha
sido más im portante”, decía Bouwsma. Las mismas razones que habían
desestabilizado sus anteriores premisas y abierto un profundo cuestio-
namiento interno, la llevaron también a expandir sus alcances bastan­
te más allá de los que hasta entonces aparecían como sus horizontes
naturales de problemas. Expansión enriquecedora, dado que le permite
nutrirse con el cruce de los más diversos registros; con ello, no obstan­
te, sus contornos y sentido como disciplina tienden a desdibujarse. Esta
compleja situación se asocia al llamado “giro lingüístico”1 que com­
prende no sólo a esta especialidad. Desde que el lenguaje dejó de ser
concebido como un medio más o menos transparente para representar

4 R o rty, “T h e H isro rio grap hy of P h ilo so p h y: Four G e n r e s ”, e n R o rty y S c h n e e d -


vvind ( c o m p s .) , P h i l o s o p h y o f H i s t o r y, C a m b r id g e , C am b rid g e U n í v e r s i t y Press, 1984,
p. 68. En a d e l a n t e , las c itas de los texto s c a y o s tirulos ap arez c an e n in glés se e n t e n d e ­
rá que h a n sid o traslucido s al c a s te lla n o por mí.
1 El t é r m i n o “g iro lingüístico" t ie n e , e n realidad, un s e n tid o a lg o diluso. El mismo,
según se a fir m a , lú e ac u ñ a d o por G u stav Rergm an n y, en p a la b ra s de R ich ard Rorty,
c o m p re n d e a q u e l l a s teorías según las c u a le s “los problemas filosóficos son problem as
que p ueden se r r e su e lto s (o disueltos) y a sea m edian te una refo rm a ele 1 lenguaje o b ien
m e d i a n t e u n a m e jo r c o m p ren sió n d e l le n g u a je que u sam o s e n el p re s e n te ” (R o rt y
[comp.|, T h e L i n g u i s t i c i urn, C h ic a g o , T h e Uníversity ot C h i c a g o Press, 1992, p. 3).
En este s e n t i d o , lla m é m o s le “e s t r e c h o ”, d ic h o térm in o r e m i t ir ía a las filosofáis del
len g uaje, las q u e , a su vez, se a so c ia ría n a la llamada “e sc u e la a n a l í t i c a ”. En un s e n ­
tido “a m p l io ”, q u e es el que to m are m o s c o m o base para el p re se n te trabajo, el “giro
lin g ü ístic o ” se liga a la idea de que n u e stro c o no cim iento del m u n d o , según la ló rm ula
de A. }. A y e r , “n o es factual, sino lin g ü ís tic o en su c ará cte r, n o describe el co m po r­
t a m ie n t o d e o b je t o s tísicos, o siq u ie r a m e n ta le s -e x p re s a d e f in ic io n e s , o las c o n s e ­
c u e n cias f o r m a le s de estas d e tin ic io n e s—” (A y e r, Language, I n t t h , a n d Logic, Londres,
G o llancz, 1 9 4 6 , p. 35, citado por R o rty , ibid., p. 5). Segú n esta ú lt i m a defin ició n , pues,
los estudios se c o n c e n t r a r ía n en los m odos de producción, a p r o p ia c ió n y c irc u la ció n
social de s e n tid o s . La idea de que los m ism os pueden ac lararse (o diluirse) m e d ia n te
una m ejo r c o m p r e n s ió n del le n g u aje es sólo una respuesta posible.

20
una realidad “objetiva” externa al mismo, el foco de la producción his-
toriográfica en su conjunto se desplazó decisivamente hacia los modos
de producción, reproducción y transmisión de sentidos en los distintos
períodos históricos y contextos culturales. “Ya no necesitamos historia
intelectual porque todos nos hemos convertido en historiadores inte­
lectuales”, concluye Bouwsma.6
En realidad, para sus cultores, la serie de transformaciones relacio­
nadas con dicho “giro lingüístico” no se agota en una reformulación
de los tópicos y áreas tradicionales de investigación. Importa, en pala­
bras de Geertz, una verdadera “refiguración del pensamiento social”
en su conjunto' en el que las antiguas antinomias habrían perdido
su sentido. La asunción del hecho de que la red de significados inter-
subjetivamente construidos no es un mero vehículo para representar
realidades anteriores a ella, sino que resulta constitutiva de nuestra
experiencia histórica, vendría finalmente a quebrar las polaridades de
la antigua historiografía entre el sujeto y el objeto de estudio.s Lo radi-

'’ Bouwsma, “hrom H isto ry of Ideas”, A Idsi i hlc Plisc, p. 337. L aG ap ra es aun más
enfático al afirmar q u e “todo histo riad or d e h e ser historiador in t e l e c t u a l ” (History and
C'riiicism, l th a c a y L o n d res, C o rn e ll U n iv e r s it y Press, 1992, p. 1 1).
7 “Blurrcd G e n res: T h e R efiguratio n of S o c i a l T h o u g h t ” es p r e c is a m e n te el título
de un artículo de Clitforcl Geertz o r ig in a l m e n t e ap arecid o en T h e A m e r i c a n Scholar,
2 9.2, p rim avera de 1 9 8 0 , y reproducido e n Local K m nv l ed ge , pp. 1 9 -3 5 . T a l “c o n tu ­
sión de géneros” afirm a G e e rtz que c o n s titu y e “un fenó m en o s u f ic ie n t e m e n t e general
y distintivo com o para su ge rir que lo qu e e sta m o s p resen ciando no es sim p lem en te
otro diseño del m ap a c u lt u r a l —el d e s p la z a m ie n to de unos pocos lím ite s e n disputa,
la dem arcació n de a lg ú n lago de m o n ta ñ a m ás p in to re sc o —sino u n a a lt e r a c ió n de los
principios cartográficos ( nui/t/nng)” (G eertz, Loca/ Ktioi vledge, p. 2 0 ).
Para B ouwsma, la in te g r a c ió n de la h is to r ia in te le c tu a l en u n a “h isto ria de los sig­
nificados” no in v e r tir ía sim p le m e n t e las p o la r id a d e s del pasado e n tr e p e n s a m ie n to y
realidad, ser y c o n c i e n c ia , etc ., sino que e v it a r ía toda forma de r e d u c c io n is m o im p u l­
sando un co n cep to in t e g r a t iv o de la r e a lid a d hisróiriea como e x p e r ie n c ia sign ificativ a
en la cual “la in t e r p r e t a c ió n c reativ a de la e x p e r ie n c ia tam bién m o d e la a la m ism a”
(A Usable Past, p. 343 ).

21
cal ahora sería situarse en el plano mismo del lenguaje en que tanto el
sujeto como el objeto pueden constituirse como tales.
Lo que estamos testimoniando, sin embargo, no sería una “supera­
ción” de las viejas antinomias en el sentido (definitivam ente dé m o -
d é ) hegeliano, sino más bien una especie de golpe de caleidoscopio
que abre a una nueva perspectiva en la que la anterior constelación
de problemas habría perdido el suelo teórico en que se sostenía. Así,
la quiebra de la ilusión, típicamente “moderna”, en la “objetividad”
de nuestros sistemas de saber, no tendría ya por qué conducir a una
recaída en un relativismo absoluto que tornase autocontradictorias las
nuevas propuestas. En su introducción a Interpretive Social Science. A
Reader, Paul Rabinow y W iliam S u lliv an expresan lo que es un sen­
timiento generalizado en este medio. “El giro interpretativo -como
lo llaman estos autores- reenfoca la atención sobre las variedades
concretas de significación cultural, en su particularidad y compleja
textura, pero sin caer en las trampas del historicismo o del relativismo
cultural en sus formas clásicas.”9 Algunos, sin embargo, como Ernest
Gellner, no comparten las mismas expectativas respecto de la nueva
historia intelectual, en la que ven tan sólo la más reciente oscilación
del viejo péndulo que lleva rítm icam ente del positivismo-modernista
al romanticismo-antimodemista, y viceversa.10
En la presente introducción se tratará de reseñar las líneas funda­
mentales por las que transita hoy la historia intelectual norteamerica­
na, dibujar una especie de mapa de la subdisciplina y de las distintas
tendencias allí presentes" de un modo en que la naturaleza con tro-

9 Paul R a b in o w y W i l l i a m M. S u l liv a n , I n t e r p r e t i v e So c i al S c i e n c e . A Header, B erk e ­


ley, U n iv e r s it y of C a l if o r n i a Press, 1979, p. 4.
10 Ernest G e l ln e r , e n S p e c t a c l e s a n d P r e d i c a m e n t s (C a m b r id g e , C a m b r id g e U n iv e r ­
sity Press, 1 9 7 9 ), d e sarro lla esta a n t in o m i a e n térm inos de v a l i d a c i ó n versus e n c a n t a ­
m i e n t o . V é a se t a m b i é n , de este autor, R e l a t i v i s m a n d the S o c i a l S c i e n c e s , C am b ridg e,
C am b rid g e U n i v e r s i t y Press, 1985.
11 A q u í h a b re m o s de en te n d er el t é r m i n o I nt e l l e c tu al H i s t o r y se g ú n su interpreta-
c ió n más c o r r ie n t e , es d ecir, como re fir ie n d o no al co n ju n to de la p ro d u c c ió n relativa

22
vertida de los temas en cuestión quede en relieve; evitando, en fin,
allanar las aristas conflictivas de los presentes debates. No habremos
incluso de descartar a priori la sospecha de que, contrariam ente a lo
que postulan Rabinow y Sullivan, la n u eva historia intelectual pueda
quedar finalmente, una vez más, atrapada en las dicotomías propias de
las filosofías de la “modernidad”. Pero tam bién veremos por qué, aun
en dicho caso, el presente “giro lingüístico” habría vuelto ya impen­
sable un simple regreso a certidumbres que el mismo vino definitiva­
mente a problematizar.

a tem as J e h iste r ia J e las ideas, sino, más e s t r i c t a m e n t e , a un se g u n d o n i v e l J e con-


cep tualizació n c o n c e r n i e n t e a la reflexión so h re a q u e l l a s cue stio n e s re<»rico-metodo­
lógicas que la s u lx lisc ip lin a p lan te a.

23
1. La problematización del “contexto de emergencia”

De la “historia de las ideas” a la “c u lt u r a 'c o m o - t e x t o ”

La historia intelectual norteamericana no es, por supuesto, una disci­


plina nueva. Ella ha tenido su edad heroica en los años treinta, inm e­
diatamente tras la publicación de Main Currents in American Thought,
de V em on L. Parrington (los dos primeros volúmenes publicados en
1927 y el tercero en 1930). Historiadores intelectuales como Perry
Miller, Richard Holstaclter y A rthur Schlesinger, Jr. (por nombrar sólo
a algunos de los más conocidos) llegaron incluso a dominar, en las
décadas siguientes, el estudio del pasado norteamericano proveyendo
el marco para su interpretación: la idea de que un conjunto o sistema
unitario de valores e ideas habría dado forma y características distinti­
vas al “W e , the /AmericanJ p e o p l e ” al que su Constitución refiere.
Pero sólo con Lovejoy y su escuela, la historia intelectual, conver­
tida entonces en “historia de las ideas”,(*) define un espacio teórico
e institucional propio. A unque los historiadores de las ideas europeas
predominarían en él, la “idea-unidad” (los supuestos elementos prima­
rios de ios que se forma todo sistema de pensam iento)1 recortaba para

1 En T h e Hi s to r y o f Ideas, especio ele m an ifieste de a q u e lla c o rriente historiográfica.


Boas afirm a q u e “la historia de las ideas no es la histo ria de* u n a c ie n c ia o tina filoso­
fía. Las c ie n c i a s y las filosofías son c o n ju n t o s de ideas, c a d a u n a de las cuales t ie n e su
propia h is t o r ia ” (Boas, T h e H i s t o r y o f I de a s, p. 12).
el mismo un objeto particular que trascendía y atravesaba los distin-
tos períodos y regiones en los cuales la profesión se encontraba (y se
encuentra) parcelizada,2 a la vez que definía un modo de aproximación
al mismo característico. La quiebra del paradigma lovejoyano tendría,
pues, como dijimos, efectos paradójicos. Por un lado, la llamada “nue­
va historia intelectual” va a teñir (aunque en grados desiguales),3 con
sus problem áticas específicas, al conjunto de la profesión. Pero tal
“expansión imperialista” traería, por otro lado, como contrapartida,
crecientes problemas para su conceptualizacíón y delimitación, tanto
en el espacio como en el tiempo. El ámbito más específico de la nueva
historia intelectual se va a recluir en un segundo nivel de conceptua-
lización, y, a la vez, va a escapar al control de los historiadores.4 La

2 En su in tr o d u c c ió n a T he G r e a t C h a in o f Being, L o v e jo y a f ir m a b a que su o b je tiv o


era “abrir p u e r ta s e n los cercos” ( L o v e jo y , T h e Grea t Ghain o f B e i n g , p. 12).
1 En r e a lid a d , el grueso de los h isto riad o re s n o rte am e ric an o s, tra d ic io n a lm en te a t e ­
rrados a la t r a d ic ió n empirista a n g lo s a jo n a , se mostrará r e la t i v a m e n t e insensible a los
cambios a n iv e l d e las diversas teo rías y filosofías de la h isto ria, j . H. H exter, por e j e m ­
plo, en u n a se rie J e artículos a m p l i a m e n t e difundidos (y ad m irarlo s), se v a n a g lo ria b a
de su “ig n o r a n c ia d e lib e rad a” de la filosofía recien te ( e s p e c ia lm e n t e , ele no h ab er le íd o
nunca a W i r t g e n s t e i n ) , y sostenía q u e el te m a de la c r e d ib ilid a d h istó rica era solucio-
nable m e d i a n t e la ap elació n al “se n tirlo c o m ú n ” (citad o por P erer N o v ic k , That N ob l e
D r e a m . T h e “O b j e c t i v i t y Q u e s t i o n ” a n d c h e A m e ri c an Historical P r o f e s s i o n , C a m b r id g e,
C am b rid g e U n i v e r s i t y Press, 1992, p. 5 9 4 ) . David H o llin g e r r e g istra có m o los a m e r ic a ­
nistas, a d if e r e n c ia de los europeístas, se h a n mostrado m e n o s t e n ta d o s por “las p o sib i­
lidades im p e r ia lis t a s presentadas por las teo rías del le n g u a je e la b o r a d a s en el p resen te
siglo” ( H o llin g e r , “A m e r ic a n I n te lle c tu a l History: S u m e Issues for th e 1980s”, en In the
Ame ric an P r o v i n c c . St udi e s in the H i s t o r y a n d H i s t o r i o g r a p h y o f Ideas, Baltim ore y L o n ­
dres, T h e J o h n s H o p k in s U n iv e rsity Press, 1989, p. 187).
1 D arn to n se ñ a la b a la fragmentación! producida por la q u ie b r a de la antigua h isto ria
de las ideas; la n u e v a historia in te le c tu a l, se lam entaba D a rn to n , “n o tiene una p ro b le ­
mática d o m i n a n t e [...[ sus sostenedores no com parten n in g ú n o rd e n de remas, m étodos
y estrategias c o n c e p tu a le s ” ( D a rn to n , T h e Kiss o f l a i m o u re t te , p. 2 0 6 ) . Bouwsina, por
otro lado, m o stra b a el d ista n c iam ie n to J e lo que se c o n v e rtiría en el reducto más e s p e c í­
fico de la su h d isc ip lin a respecto del c a m p o p ro p iam en te hisroi iogrático; la misma, d e c ía
en su reseña d e Modera Europecm Intellectual History (v o lu m e n c o m p ilad o por L a C a p r a

26
misma se constituiría, pues, como un espacio débilm ente articulado,
abierto a las intervenciones desde los registros más diversos, y vaga­
mente delimitado a partir de ciertas coordenadas exteriores al mismo
(característicamente, la crítica literaria, la filosofía y la antropología
cultural)- A sí, la definición de nuestro tema im pone el trazado de
líneas de demarcación en más de un sentido arbitrarias.5
Dentro de tal confuso y c a m b ia n te p an o ram a, “M e a n in g and
U nderstanding in the History of Ideas”,6 de Q u e n tin S kinner, (* )

y Steven L. K ap la n ), “parece cada vez m e n o s m o d elada por la c o n c ie n c i a histórica y las


cuestiones de los historiadores” (B o uw sm a, H i s t o r y a n d T h e o r y , 23, 1984, pp. 2 3 2 -2 3 3 ).
De un modo característico, de los diez m ie m b ro s que en 1986 c o m p o n ía n el co m ité e d i ­
torial de la revista en q u e aparece d ic h a re s e ñ a serlo uno e ra h is to r ia d o r n o rte am eric an o ,
y la mayoría de ellos eran filósofos. H i s t o r y a n d T h e o r y se c o n v ir t ió e n un a suerte de-
vocero autorizado de las nuevas corrientes e n historia in te le c tu a l. S e g ú n N o v ic k , c o n
su fundación “la cuestió n relativa a los f u n d a m e n to s c o g n itiv o s de la em presa historio-
gráfica fue fo rm alm e n te getoi zad a” (N o v ic k , T h a t N o bl e D r e a m , p. 5 9 3 ) .
5 Ello se ve a c e n t u a d o por algu n as de las cara c te rístic a s p a r t i c u l a r e s qu e presen ta
en este país la p ro d u cc ió n en el ám b ito de la h isto ria in t e le c t u a l. En p rim e r lugar, ésta
no ocupa h o y un espacio in stitu c io n al a u t ó n o m o y c l a r a m e n t e id e n t if ic a b le d e n tro
del sistema u n iv e r sita rio , sino que se c o n f ig u r a en la i n t e r s e c c ió n d e diversas d is c i­
plinas a c a d é m ic a s. En segundo lugar, d a d o q u e el llam ad o “g iro li n g ü ís t ic o ” qu e hoy
dom ina la su b d isc ip lin a es, en gran m e d id a , tin a d e riv a de m o d e lo s d esarro llad o s e n el
ám bito europeo ( fe n ó m e n o aquí co n o c id o c o m o la “in v asió n d e la filosofía c o n t i n e n ­
tal”), resulta sie m p re pro b lem ático el d e s l in d e (algo que a q u í n o in te n ta r e m o s ) e n tr e
aquellas ideas q u e p u e d e n atribuirse le g í t i m a m e n t e a los m o d e lo s o rig in a le s y las qu e
cabe consid erar co m o aportes propios, o al m e n o s re fo rm u la c io n e s, realizadas por sus
epígonos locales. F in a lm e n te , debido a q u e e l grueso de la p r o d u c c ió n lo c a l sobre el
tema se d e s e n v u e lv e e n el medio de las r e v is ta s esp ecializad as b ajo la forma de re se­
ñas-ensayos ( in c lu s o gran parte de los libros p ub licado s c o n s is te e n r e co p ila c io n e s de
tales artículo s), lo qu e alim e n ta c a m b i a n t e s lín e a s de d e b a te q u e se e n tre cru z an y se
m ultiplican casi al infinito (m uchas v e c e s e n d e tr im e n to de la s is t e m a t ic id a d de los
trabajos e x p u e sto s) tornando difícil su f ija c ió n y seguim ien to .
6 Q u e n tin S k i n n e r , “M e a n in g and U n d e r s t a n d in g in th e H is to r y o f Ideas”, Hi s to r y
a n d T h e o r y , 8, 1 9 6 9 , pp. 489-509. Este a r t í c u l o fue reim preso e n J a m e s T u ll y (co m p .),
Meaning a n d C o n t e x i . i d u e n t i n S k i nn e r a n d his (drit ics, pp. 2 9 -6 7 .

27
señ ala, sin embargo, un hito claram ente cliscernible y puede co n si­
derarse como un p u n to de partida apropiado para introducirnos en
las corrientes de pen sam iento aparecidas más recientem ente. C on
él comienza el proceso por el cual habría de desmontarse el labo­
rioso edificio construido por Lovejoy y su escuela.
S k in n e r es, ju n to con J. G. A. Pocock, (*) el más reconocido
representante de la llam ada “Escuela de Cambridge” (Inglaterra). (*)
Esta toma sus rasgos distintivos de la obra de Peter Laslett, quien en
su edición de los D os tratados sobre el g o b i e r n o civil de Locke7 muestra
que el verdadero interlocutor de Locke no era, como suele afirmarse,
Hobbes, sino Filmer, y que sólo en relación con éste pueden com ­
prenderse las ideas de aquél. Con ello Laslett pretendía demostrar el
error de pensar la historia de las ideas políticas como una especie de
diálogo entre figuras canónicas que, en realidad, sólo posteriormen­
te fueron consagradas como tales. En “M eaning and U nd erstanding”
( 1969), Skinner in te n ta proveer de un fundamente) teórico a dicho
concepto. Para ello se basa en la larga tradición anglosajona de la
filosofía del lenguaje ( * ) , Kdefiniendo los textos como acto s de habla.
R etom a así la distinción desarrollada por A ustin en Hoiv to d o Things
w i t h W o r d s 1’ entre el n iv el lo cutivo de un determinado enunciado y su
fuerza ilocutiva, esto es, entre lo que se dice y lo que se hace al decir-

L o c k e, T w o T r e a t i s e s o f d o v e m m e n t , C a m b r id g e , C a m b r id g e U n i v e r s it y Press,
i P 60.
' El a m b ie n t e i n t e l e c t u a l cid O im b rid^e estab a desde Ins c in c u e n t a d o m in a d o por
la filosofía del “ú lt im o " W i t t g e n s t e i n . En d ic h o c o n t e x to , T . IT W e l d o n h a b ía ya
d e f in id o las teorías p o lít ic a s de los siglos X I X y X X c o m o “un jueyo de l e n g u a je a l t a ­
m e n t e so fistic ad o ” ( W e l d o n , “P o litic al P rin c ip le s”, en Laslett (comp.|, P h i l o s o p h y ,
P o l i t i c s , m i d Society., O x fo r d , 1956, p. 25, citado por R ic h te r , “T h e H istory of P o litical
Lantduaees”, p. 51).
S e t r a t a de las c o n f e r e n c i a s W i l l i a m J a n ie s d a d a s por J. L. A u s t i n e n 195 5 ,
r e c o n s t r u id a s por J. O . U r m s o n y publicadas e n O x fo rd , O xford U n i v e r s i t y Press,
1962.

28
lo .10 Según esta perspectiva, para com p ren d er h istó ricam en te un
a c t o d e habla no bastaría con entender lo que por el mismo se dice
(su sentido locutivo), sino que resulta necesario situar su contenido
proposicional en la tram a de relaciones lingüísticas en la que éste se
inserta a fin de descubrir, tras tales actos de habla, la inten ciona lidad
(consciente o no) del agente (su fuerza ilo cu tiv a), es decir, qué hacía
éste al afirmar lo que afirmó en el contexto en que lo hizo.
Skinner denunciaba de este modo las lim itaciones de los enfoques
formalistas del N e w Criticism y las historias de ideas tradicionales que
aíslan los textos de su momento histórico para concentrarse en aque-
líos supuestos elementos de validez universal que los mismos pudie­
ran contener, con lo que terminan conduciendo, invariablemente, al
anacronismo de pretender ver en las distintas doctrinas políticas otras
tantas respuestas a supuestas “preguntas eternas”. Historias hechas de

10 En su análisis del le n g u a je , A u s t in tom aba los caso s de e x presio nes v erb ale s que,
e n ta n to que tales, c o n s t i t u y e n h e c h o s (como, por e j e m p lo , d e c ir “sí, q u ie r o ”, a n te el
a lt a r) p ara distinguir el s i g n i f i c a d o l o c u t i v o (la r e a liz a c ió n del acto de d e c ir alg o ) de la
e x presió n y su f u er z a i l o c u t i v a , la re al i zaci ón d e u n a e r o e n d e c irlo (en el caso citarlo,
asum ir un compromiso m a t r i m o n ia l ) . “Llevar a c a b o u n a c to lo cu tiv o —d e c ía A u s t i n - ,
es t a m b ié n , podemos d e c ir c o i ps o, realizar un a c t o i l o c u t i v o , según pro p use ll a m a r ­
lo. A sí, al realizar un a c to lo c u tiv o podemos t a m b i é n e sta r lle v an d o a c ab o un acto,
tal c o m o h acer una p re g u n ta , d a r un a in fo rm ac ió n , u n a g a r a n tía o u n a a d v e r t e n c ia ,
a n u n c ia r un veredicto o u n a in t e n c ió n [etc.]” ( H o i v ro D o T h i n g s Wi t h W o r d s , O xford,
C la r e n d o n Press, 1975, pp. 9 8 - 9 9 ) . A esto agregab a un terc e r sentido: “al d e c ir algo , a
m e n u d o , o incluso n o r m a l m e n t e , produciremos c ie rro s efectos sobre los s e n tim ie n to s,
p e n sa m ie n to s o accion es de la a u d ie n c ia , o del h a b la n t e , o de ambas perso n as |...] A la
realizaciérn de un acto ral la lla m a r e m o s la r e a liz a c ió n d e u n acto p e r l o c u t i v o " {i bi d ., p.
101). S k in n e r in ic ia lm e n t e t ra b a ja los dos p rim ero s s e n tid o s señalados, sólo más tarde
in co rp ora el tercero para a r g u m e n t a r contra q u ie n e s p r e t e n d e n reducir el a n á lis is del
sign ificad o de un acto de h a b la a un estudio de su i n s t a n c ia textual. S e g ú n S k in n e r ,
éstos co n fu n d e n su n iv e l p e r lo c u t iv o —es decir, la in te n c ié in del autor de p ro d u c ir un
d e te r m in a d o efecto -, qu e e f e c t iv a m e n t e puede rastre arse en el texto m ism o, co n su
fuerza ilo cu tiv a, “cuya c a p t a c i ó n requiere de una fo rm a de estudio se p a ra d a ” ( M e a n i n g
a n d C orneal, p. 75).

29
anticipaciones y “clarividencias”, aproximaciones u oscurecimientos
contrastados a la luz de una supuesta búsqueda común del ideal de
“buen gobierno”, S k in n e r desnuda lo que llam a la “mitología de la
prolepsis” (la búsqueda de la significación retrospectiva de una obra,
lo que presupone la presencia de un cierto telos significativo implícito
en ella y que sólo en un futuro se revela) sobre la que se fundan.
Lo que él busca, en cambio, es aquello que particulariza y especifica
el contenido de las diversas doctrinas y que sólo resulta asequible en el
marco más amplio del peculiar contexto histórico en que se inscri-
ben. Skinner se identifica así como abogando por un contextualismo
radical. Sin embargo, este “contextualismo” de Skinner no debe con-
fundirse con el tipo de reduccionismos que tanto molesta hoy a los his-
toriadores intelectuales. El nivel textual no es para este autor una mera
emanación o protuberancia de realidades previas, sino actos-de-habla
siempre ya incrustados en un determinado sistema de acciones comu­
nicativas. “El ‘contexto’ —dice—fue erróneamente considerado como
determinante de lo que se dice. Más bien cabe considerarlo como un
marco último para ayudar a decidir qué significados convencionalmen­
te reconocibles, en una sociedad de tal tipo, podía haberle sido posible
a alguien intentar comunicar” (Meaning a n d Context, p. 64).
El “contexto” al que Skinner se refiere es, pues, el conjunto dado de
convenciones que delim itan el rango de las afirmaciones disponibles a
un determinado autor (las condiciones sem án ti ca s de pr od u cc ió n de un
texto dado). Esto no significa, sin embargo, que éste se encuentre pri­
sionero de dichas convenciones. Un determinado acto de habla puede
resultar confirmatorio de las convenciones vigentes, o bien guardar
una relación conflictiva respecto de las mismas. “El lenguaje —dice—es
tanto un recurso como una limitación” (M e a n i n g and Context, p. 276).
Lo que interesa básicam ente a Skinner es entender dicha relación,
siempre inestable y cam biante, entre convenciones lingüísticas dadas
y afirmaciones efectivamente realizadas por las cuales se va forjando
o modificando una determ inada tradición o “vocabulario”, como es
el edificio jurídico-político sobre el que se funda el Estado moderno

30
(tema de su The Foundations o f the M o d e r n Po litical T h o u g h t ), y por el
cual las prácticas históricas pueden definirse y tornarse inteligibles
para los mismos actores.
De ello se desprende una regla metodológica básica para evitar pro­
y e c c io n e s anacrónicas del presente sobre el pasado: que “toda reseña
de lo que un determinado agente quiso decir debe necesariamente caer
dentro, o hacer uso, del rango de descripciones que el agente mismo
pudo, al menos en principio, haber utilizado para describir y clasificar lo
que estaba haciendo” (M ea n in g and Context, p. 48) -regla que tiende a
mostrar el absurdo de afirmaciones tales como: “cuando Petrarca subió
al Mount Ventoux, comenzó el R enacim iento”, o bien, “Marsilio de
Padua sostuvo la doctrina de la división de poderes”, en las que se apela
a categorías que “sólo más tarde estuvieron disponibles” (M ea n in g an d
Context, p. 4 4 ).11 Y se derivan también dos conclusiones fundamentales
que pronto serían objeto de críticas: primero, que todo texto-como-ac-
ción debe comprenderse según su racionalidad específica (es decir, sin
buscar parámetros transhistóricos de racionalidad) y, segundo, que, para
descubrir dicha racionalidad, debe superarse su instancia meramente
“textual” y acceder a la trama de relaciones e intencionalidades por los
que dichos textos se constituyen como tales actos de habla.
Ambos supuestos, como dijimos, van a encon trar severos críticos.
Charles Taylor, por ejemplo, ve en la 'd istin c ió n que hace S k in n e r
entre racionalidad y verdad un resabio de la dicotom ía positivista entre
hechos y valores. Martin Hollis insiste en la necesidad de hallar patro­
nes transculturales de racionalidad a fin de comprender (es decir, tra­
ducir en términos que nos resulten familiares) los motivos que llevaron
a un actor a realizar un determinado acto. Finalm ente, Keith M inogue
mostraría cómo tampoco Skinner, en su práctica historiográfica, pudo

11 En el caso de M arsilio, por e je m p lo , la d o c tr in a d e la d iv is ió n de poderes surgió ,


en re a lid a d , dos siglos después de su m uerte, ju n ro c o n e l c o n c e p t o h is to r io g r á íic o ríe
que la tra n s ic ió n de la R e p ú b lic a al Im p erio e n R o m a m o s t r a r ía los peligros d e la c o n ­
c e n tr a c ió n del poder en una a u t o rid a d ún ic a (M m rwng a n d C o nte.xt, pp. 3 2 - 3 3 ).

31
escapar a la necesaria apelación a tales conceptos genéricos. De hecho,
“el concepto moderno de Estado”, cuya genealogía Skinner describe en
sus F o u n d a ti o n s, no se distingue, dice Minogue, de aquellas categorías
transhistóricas que él mismo denunciara como m itológicas.12 Todas
estas críticas apuntan contra lo que se percibe como un “relativismo
vicioso”. Skinner, sin embargo, puede desentenderse de tal acusación
insistiendo en que sus artículos no tratan sobre la “verdad”, sino sim­
plemente sobre la “racionalidad” de los actos de habla (distinción que
sus críticos no habrían entendido o bien habrían malinterpretado), es
decir, que buscan penetrar el régimen interno específico de categorías
conceptuales que articula una forma determinada de discursividad sin
intentar evaluar la veracidad de la misma.
Más sensible resulta este autor a la crítica, opuesta a la anterior, de
John Keane,13 quien cuestiona su creencia ingenua en la transparencia
del lenguaje, para los propios actores, en cuanto a la significación de su
accionar. En “Some Problems in the Analysis of Political Thought and
Action” (1974), Skinner reconoce finalmente que su postura original
“había sido más bien simplista” al respecto (Meaning an d Context, p.
102). No por ello, sin embargo, aceptaría el tipo de textualismo radi­
cal que Keane propone. Para Keane, lo que se encuentra detrás de los

12 C h a r l e s T aylo r, “T h e H erm eneuties of C o n f lic t ”; M a r t i n H o llts, “S a y it with


Flowers” ( o r i g i n a l m e n t e aparecido e n S u p p l e m e n t a r y P r o c e e d i n g s o f t h e A r i s t o t e l i a n
S o c i e t x , 52, 1 9 7 8 , pp. 4 3 - 5 7 ); K e n n e r h M in o g u e , “M e th o d in I n te lle c tu a l H isto ry ”
( o r ig in a lm e n t e ap arecido en P h i l o s o p h y , 56, 1981, pp. 5 5 3 - 5 5 2 ) . T o d o s reim presos en
M c a n in g a n d Context, PP- 218-2 30, pp. 1 3 5 -1 4 6 y pp. 1 7 6 -1 9 3, r e s p e c tiv a m e n te .
1! “La n u e v a m etodología histó rica —d ic e Jo h n K e an e —d e s c a n s a e n un a ex age rad a
afirm ació n ele q u e el agente siem pre t ie n e un acceso p r iv ile g ia d o al sign ificad o efe sus
propias e x p r e s io n e s in ten cio n ales [...] La n u e v a historia su p o n e que el len g uaje, lejos
de d esp legar u n a ‘pro ductividad’ por sí mismo, aparece bajo ríe la form a de una e n v o l­
tura t r a n s p a r e n t e |...]” (Keane, “M o re T h e s e s on the P h ilo so p h y ol 1 listo ry ”, en T ully
lcomp.1, M eaning a n d Context, p. 2 0 6 ) . S ig u ie n d o a R icoeur, K e a n e se ñ ala que todo
texto d e s p lie g a por sí un “e x c e d e n te |surpíus| sig n ificativ o ” q u e n o se ago ta en el h o r i­
zonte de v is ib ilid a d del autor.

32
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textos, la intencionalidad (subjetiva) de los actores, no es recobrable


—sólo el lenguaje ofrece un soporte objetivo de inteligibilidad histó­
rica-, aunque tam poco sería ya relevan te. Skinner, en sus trabajos
subsiguientes, intenta dar cuenta de tal “productividad” del lenguaje
-cuyo significado acepta que efectivamente excedería la intenciona­
lidad de sus mismos agentes- desarrollando, en cambio, una fórmula
para distinguir los motivos antecedentes (subjetivos) de las intenciones
(objetivas) que en los textos se manifiestan y por los cuales devienen
“públicamente legibles” (M eaning a n d Context, p. 279).
Los actos de habla serían, pues, “análogos de textos: encam an senti­
dos intersubjetivos que nosotros podemos leer” (M ean in g an d Context,
p. 280), concepto que Skinner toma de Clifford Geertz. Las “intencio­
nalidades” se tornan susceptibles de ser aprehendidas sólo en tanto que
cristalizadas en expresiones. Nuestro objeto se vuelve entonces objetivo
y asequible sin necesidad de presuponer una misteriosa comunicación
empática entre el actor y el investigador.14 Sin embargo, llegado a este
punto, la radical alteridad entre texto y contexto que antes postulaba
termina diluyéndose; el “contextualisiru>” skinneriano parece, paradó­
jicamente, tornarse prácticamente indistinguible de su contrario; de
hecho, terminaría integrándose, malgrc luí, al movimiento general hacia
el textualismo radical.
Y ello plantearía una serie de problemas dentro del contexto de la
teoría skinneriana del sentido. U na vez que la relación entre texto
y autor, lenguaje e intenciones, en fin, entre la obra y su co nt exto de
em ergencia se ha problematizado, surgen (o re-surgen) necesariamente

14 “Por supuesto, n o p odem o s esperar p o n e r n o s en los zapatos d e los a g e n te s pasa-


dos, menos aun en sus m e n te s. Pero de ello n o se sigue que n o p o d a m o s recobrar las
in tenciones con las c u a l e s sus expresiones fuero n realizadas, y por lo t a n t o q u é qu isie­
ron decir con las m ism a s. La razón es que las i n t e n c i o n e s con las c u a le s a lg u ie n lleva a
cabo un acto de c o m u n i c a c i ó n deben, e x hxfM)th.esi, ser p ú b lic a m e n t e legib les |...], des­
de que el sentido d el e p iso d io es e n te r a m e n t e p ú b lic o e in tersu b jetiv o , n o se requiere
para ello nada p a r e c id o a u n a ‘e m p a tia ’” (M e tm m g a n d Context, p. 2 7 9 ) .

33
el tipo de cuestiones propias de toda hermenéutica de los significados:
la de delimitar qué es lo que puede legítimamente decirse respecto de
un texto dado y qué no. Si el “sujeto intencional” no coincide ya con
el “sujeto biográfico”, se quiebra también así la regla metodológica fun­
damental de Skinner: no decir nada que, en principio, el mismo autor
no pudiera haber aceptado. Bien podría ser, entonces, por ejemplo, que
Petrarca hubiera efectivamente fundado el Renacimiento, que, si bien
es verdad que es absurdo imaginar a Petrarca diciendo: “¡Estoy fun­
dando el R en acim ien to !”, ello podría deberse no a que no fuera cierto
sino, más simplemente, al hecho de que era imposible para él tener
conciencia plena del sentido “o b jetivo” de su propio accionar.11 El
problema que aquí surge es que, una vez que la “intencionalidad obje­
tiva” del autor se torna, ella misma, en objeto de interpretación, ya
no habría instancia extradiscursiva alguna frente a la cual contrastar
las distintas interpretaciones (y respecto de la cual identificar los ana­
cronismos y mitologías y lim itar su alcance). Lo que necesitaríamos
aquí, pues, a fin de llenar el vacío dejado por la quiebra del principio
skinneriano, es una “hermenéutica profunda” que nos muestre la for­
ma de acceder al universo semántico intersubjetivamente compartido
de una época o cultura dada y objetivamente encarnado en artefactos
culturales, conductas e instituciones por el cual un determinado texto
se toma inteligible y se hace legible, es decir, que nos permita volver
las condiciones y el contexto de su r e c e p c i ó n en objeto de análisis. Y, para
ello, la crítica deberá volverse autorreflexiva, comenzar a tematizar sus
propias c o n d i c i o n e s de pro ducció n. De ello precisamente se encargaría la
antropología cultural que inicia Geertz.

|S De h e c h o , el J e c i r de P etrarca q u e “fu n d ó el R e n a c i m i e n t o ” es, co m o proposi­


ción, e s tr ic ta m e n t e c o rr e la tiv a a la a f ir m a c ió n s k in n e r ia n a q u e d ic e : “P etrarca cues­
tionó el v o c a b u l a r i o m e d i e v a l - c r i s t i a n o e n t o n c e s d o m i n a n t e ” . N o im p l ic a r ía , por
lo tanto, a p rio r i, n i n g ú n a n a c ro n is m o e n el se n tid o d e n u n c ia d o por S k in n e r ; si tal
afirmación e f e c t i v a m e n t e representa, o n o , un an ac ro n ism o e n el s e n tid o dad o es algo
que sólo se p u e d e d e t e r m i n a r a posteriori.

14
2. La problematización del “contexto de recepción”

Antropología y “hermenéutica profunda”

La obra de Geertz (*) marca otro hito en este giro lingüístico. Cuando,
basándose en sus trabajos de campo en Balí iniciados en el año 1958,1
este autor define la cultura de una sociedad dada como “un ensamble
de textos, ellos mismos ensambles, que el antropólogo trata de leer por
sobre los hombros de aquellos a quienes éstos pertenecen propiamen-
te”,2 disloca definitivamente la creencia en la relativa transparencia
significativa de las prácticas sociales. ¿Cómo leer, entonces, las cul-
turas-como-textos? A fin de responder tal pregunta, la cien cia social
debía comenzar a tematizar las condiciones de recepción de los “artefactos
culturales” por las cuales éstos se tornan significativos al intérprete, es
decir, las propias condiciones de producción del discurso etnográfico. Ya
no es el “contexto de Maquiavelo”, sino el propio “contexto de S k in ­
ner” el que se convertiría en objeto de estudio.

1En Geertz, T h e I n t e r p r e t a t i o n o f C u l t u r e s ( la s c it a s co rresp o n d en a la e d ic ió n c as­


te lla n a de La i nt e r p r e t a ci ói t d e las c ul t uras ).
2 Geertz, “Deep P lay. N o te s on the B a lin e s e C o c k f i g h t ”. P u b lic ad o e n R a b i n o w y
S u lliv a n (comps.), I n t e r p r e t i v e So c i al S c i e n c e . A S e c o n d Look, B e r k e le y y Los Á n g e le s ,
C alifo rn ia U n iv ersity Press, 1987, p. 239 ( e s t e a r t í c u lo se e n c u e n t r a in c lu id o en La
i nt e r p r e t ac i ó n d e las c u l t u r a s ) .

35
La nueva parábola textual, sin embargo, no representaba todavía,
n ecesariam ente, una reformulación de! objeto de la antropología.
“El principio —decía Geertz—es el mismo: las sociedades contienen
en sí mismas sus propias interpretaciones. Lo único que se necesita
es aprender la manera de tener acceso a ellas.”4 El etnógrafo, corno
Hermes (el dios tutelar griego del habla y la escritura, que descifra los
mensajes oscuros), debe tornarnos familiar lo exótico, decodificar y
descubrir significados en lo que nos es turbio y extraño, hacer posible
el tránsito desde “el hecho del habla a lo dicho, el noema del hablar”
(R ico eu r),4 “distinguir los tics de los guiños”, “conjeturar significacio-
nes”, en fin, fijar (en lo que Geertz llama una “descripción densa”) un
discurso social de un modo “susceptible de ser examinado”, sin por
ello “reducir su particularidad”.
La relación entre el “otro” y el “nosotros” se vería así, de todos
modos, problematizada. Como señala James Clífford, (*) “la inter-
pretación, basada en el modelo filológico de ‘lectura’ textual, emergió
como una alternativa sofisticada al ahora aparentemente ingenuo pos­
tulado de la autoridad experimental. La antropología interpretativa
desmitifica mucho de lo que pasó previamente sin ser examinado en la
construcción de narrativas etnográficas”.3 Esta resulta de la simultánea
explosión tanto de los supuestos inmediatistas de acceso a la realidad
(ya sea los del intuicionismo fenomenológico o bien los del empirismo
positivista) como de los modelos de aproximación racional basados en
la construcción de artificios conceptuales al modo de las estructuras
lcvi-straussianas de parentesco.
Para Geertz, ambos modos de aproximación tienden por igual a
cerrar la brecha entre lo que nos es extraño y lo que nos es familiar

’ G eertz, La i nte rpre t ación, p. 372.


3 G e e rtz reto m a y elabora ac\uí conceptos p la n te a r lo s por Paul R ic o e u r e n “T he
M oclel o í the T ex r: M eaninyhil A c tio n Considero.) as a T e x t ”, S oc i al R e s e a r c h , 38,
197 1 , pp. 529 -5 6 2.
' J a m e s Clifford, T h e Rredieiuncnt o f Cu l t ur e, p. 285,

36
mediante el expediente simplista de allanar su radical alteridad. En
efecto, el antropólogo, según la imagen trad icio nal del mismo fon
jada por Malinowski, sería una suerte de individuo privilegiado que
flota libremente por encima de las diferencias culturales. Geertz lo
llama “el mito de un trabajador de campo camaleónico, en perfecta
sintonía con su entorno exótico, una maravilla andante de empatia,
tacto, paciencia y cosmopolitismo”.6 El modelo abstracto y aflamen-
te formalizado desarrollado por Lévi-Strauss dio por tierra con este
mito, asegura Geertz, y quebró la ilusión de que el antropólogo pudie-
ra simplemente desprenderse de las categorías de su propia cultura. La
contraparte de esta labor desmitificadora de Lévi-Strauss es un más
marcado énfasis en la idea de la existencia de una naturaleza humana
en su esencia inmutable. El supuesto básico del estructuralismo lévi-
straussiano —que el universo posible de las formaciones culturales se
agota en el rango de una pura combinatoria lógica, susceptible, por lo
tanto, de ser determinada a priori mediante un algoritmo—se sostiene
en la idea (de matriz rousseauniana) de que “el espíritu humano es en
el fondo el mismo en todas partes”, de que, “a pesar de la superficial
extrañeza de los hombres primitivos y sus sociedades, en un nivel pro­
fundo, en un nivel psicológico no son en modo alguno ajenos”.1 Sólo

" Geertz, L a i n t c r j n e t a a ó n , p. 10. La publicación en 1967 d e l d iario de Malinowsky,


lleno de r e fe ren c ias a los “c h e e k y n i g g e r s ’’, hizo m u c h o por desmitific.ar al p adre f u n ­
dador de la an tro p o lo g ía c o n t e m p o r á n e a .
'G e e rtz , La I n t e r p r e t a c i ó n d e las c u l t u r a s , p. 291. T a m b i é n S k in n er term in a i n v o ­
cando c o m o respu esta a sus c r ít ic o s la su p u e sta e x i s t e n c i a d e un fondo común J e
racionalidad en la especie; en este caso , c iertas propiedades ló gicas com parí idas. “1:1
punto que ren go en m en te - d i c e S k i n n e r - es de n u e v o ob vio y familiar. S i v a m o s a
utilizar las e x p re sio n e s de n uestro s a n te p a s a d o s co m o g u ía p ara identificar sus c r e e n ­
cias su b y a c e n t e s , es in d isp e n sab le q u e so sten gam o s e n c o m ú n algun o s supuestos al
menos aceren d e l proceso de f o rm a c ió n d e c r ee n c ias m ism o [,..j Debemos poder, por
ejemplo, s u p o n e r su acep tació n del p rin c ip io de que, si u n o afirm a la verdad ele un a
proposición d ad a, en to n ces no p u e d e al m ism o tiem p o a l i o n a r la verdad de su c o n t r a ­
rio” (M cíinins and Context, p. 2 S 7 ).
la quiebra de este último supuesto habría de conferir finalmente densi­
dad a la instancia interpretativa de la empresa antropológica.
Desde entonces, asegura Geertz, los antropólogos ya “no tratamos
(o por lo menos yo no trato) de convertimos en nativos [...] lo que
procuramos es [...] conversar con ellos, una cuestión bastante más
d ifícil”. El antropólogo debe abandonar la em presa reduccionista
de “buscar identidades sustantivas entre fenómenos similares’-’ para
abocarse al estudio de las “relaciones sistemáticas entre fenómenos
diversos” (La interpretación, p. 51). Aquello que une a los diversos sis­
temas culturales no residiría en las regularidades estructurales obser­
vables, sino en lo que se instala como un centro de dispersión que,
a la m anera de un “pulpo”, se despliega históricam ente en sistemas
siempre variables y absolutamente diversos entre sí. De allí que ú ni­
cam ente a partir de los “modos observables de pensamiento” pueda
articularse una “teoría variable de la cultura”. U n a teoría tal (a dife­
rencia de lo que sucedería en las ciencias naturales) nunca “p(odría)
forjarse (estricta y exclusivamente) de conformidad con su (propia)
lógica in tern a” (La interpretación, p. 35), sino refiriéndola a un desa­
rrollo histórico siempre menos rígidamente coherente y sólo parcial­
mente integrado. “Cualesquiera que sean los sistemas simbólicos ‘en
sus propios términos’, tenemos acceso empírico a ellos escrutando los
hechos, y no disponiendo entidades abstractas en esquemas unifica­
dos” (La interpretación, p. 30).
El problema epistemológico que entonces se plantea, o más bien
que vuelve a surgir, es el de cómo es posible acceder (sin recaer en
un “realism o ingenuo”) a aquellos “modos observables de p e n sa­
m iento” que no resulten ya reducibles a modelos conceptuales abs­
tractos. Llegado a este punto, Geertz no niega com p letam ente la
idea efe la existencia de cierto fondo común al género humano. S im ­
plem ente traslada a éste hacia un nivel de analogías más abstracto
que el efe los “átomos de parentesco” y los isomorfismos lévi-straus-
sianos (y que, eventualmente, podrían incluso explicar la ocurrencia
de estos últimos).

38
C i e r t a s c la s e s d e e s tr u c t u r a s y c i e r t a s c la s e s d e r e l a c i o n e s se r e p i t e n
d e u n a s o c i e d a d a o tra s o c i e d a d p o r la s e n c i l l a ra z ó n d e q u e las e x i-
g e n c ia s d e o r ie n t a c i ó n a q u e s i r v e n so n g e n é r i c a m e n t e h u m a n a s . L os
p r o b le m a s , s ie n d o e x i s t e n c i a l e s , s o n u n iv e r s a l e s ; sus s o lu c io n e s , s ie n d o
h u m a n a s , so n d iv ersas. S i n e m b a r g o , m e d i a n t e la c o m p r e n s i ó n c a b a l
de e s ta s s o lu c io n e s ú n ic a s y, a m i j u i c i o , só lo d e e s a m a n e r a , p u e d e ser
r e a l m e n t e c o m p r e n d i d a la n a t u r a l e z a d e los p r o b l e m a s s u b y a c e n t e s
( h a i n t e r p r e t a c i ó n , p. 3 0 1 ) .

Más que negar radicalmente todo supuesto esen c ia lista (algo que,
entiende, conduciría fatalmente al relativismo), Geertz intenta, pues,
pensar un modelo de relación entre “lo particular” y “lo general” en el
que aquél (lo particular), si bien presuponga a éste (lo general), no se
encuentre ya comprendido en él. El punto aquí es que el carácter gené­
ricamente humano de los “problemas subyacentes” nos permitiría sí
comprender, frente a determinado tipo de situaciones que se le habría
planteado a un pueblo, las orientaciones más generales de sus respuestas
a ellos, pero de allí no podría nunca deducirse de un modo puramen­
te lógico la fisonomía específica de las soluciones concretas que sólo
históricamente el mismo habría ido elaborando progresivamente. Esto
explica por qué, partiendo de los “problemas generales”, no alcanza­
ríamos nunca las “soluciones únicas”. De todos modos, con ello no se
aclara aún cómo logramos (sin recaer o en la idea fenomenológica de
“empatia”, o bien en la positivista de “observación neutral”) penetrar
esas mismas “soluciones singulares”. La única respuesta que Geertz pare­
ce ofrecer descansaría en la confianza en el virtuosismo interpretativo
(algo de lo que él mismo hace realmente gala) del antropólogo. “Lo que
necesitamos y aún no poseemos —confiesa finalmente Geertz—es una
fenomenología científica de la cultura" (La interpretación, p. 302).
Esta primera propuesta de Geertz (que en escritos posteriores modi­
ficará) recibió básicamente dos tipos de críticas.,s La primera de ellas

h Sobre la r e c e p c ió n J e la obra J e Cieertz, v é a n se las r e fe r e n c ia s b io -h ib lio grál’icas.

39
ve tras los escritos de Geertz una perspectiva más bien e státic a y
hom ogénea del concepto de “cultura”, deudora del concepto estruc-
turalista de “totalidad cultural”, que termina allanando el complejo
cultural. Como señala Vincent Crapanzano, (*) el balinés de Geertz es
un individuo genérico y anónimo. “Debemos preguntamos -d ic e Cra-
panzano- ¿sobre qué bases él [Geertz] atribuye ‘vergüenza social’, ‘satis­
facción moral’, ‘disgusto estético’ (sea lo que fuere que esto signifique),
y ‘disfrute caníbal’ al balinés?; ¿a todos los balineses?, ¿a un balinés en
particular?”9 La descomposición de este concepto de “totalidad cultu­
ral” ha llevado en la antropología contemporánea, a una visión frag­
m entaria y cambiante10 de las diversas formaciones culturales.
La segunda línea crítica cuestiona el supuesto (hoy considerado
igualm ente ingenuo a aquellos ingenuos supuestos que Geertz vino a
cuestionar) de que el antropólogo pueda leer una cultura “por sobre
el hombro de los nativos”. Como dice también Crapanzano, “a pesar
de sus pretensiones hermenéutico-fenomenológicas, no hay en ‘Deep
P lay’ una comprensión desde el punto ele vista de los nativos [...] Sus
construcciones de construcciones parecen poco menos que proyeccio­
nes” ( “Hermes Dilemma”, Writing Culture, p. 74). Lo que se oscurece
así es el carácter autoral de la empresa antropológica, la situación his-
térrica y lingüísticamente determinada del investigador; sólo entonces
el “discurso” puede adoptar la forma de una “narrativa” (en.el sentido
definido por Benveniste).11 La pretendida “objetividad científica” pron-

" C 'r a p a iv a n o “Hermes O ileinm a: T he M a s k in g ol S u b v ersió n ¡n E th n o g rap h ic


D e s c r ip t io n ”, en Clitíord v M areas, W r i u n g Culture, p. 72.
ie /\p,rta Biersack, contraponiendo los trabajos d e G eertz a los de M a r s h a l l Sah-
lins, s e ñ a la del primero: "Ge er tz asegura que ‘el h o m b r e es un an im a l su s p e n d id o en
u n a red de significados que el mismo ha tejid o ’. La red, no su tejido; la c u l t u r a , no la
h isto ria- el texto, no el proceso ríe textualización - e s t o a trae la a t e n c ió n d e G e e rtz ”-
( “L o c a l Knowleclge", Th e N e w C u l t ur a l Histary, p. 8 0 ) .
11 Fn su clásico P ro b le m a s de lingüística g e n e r a l , L in ile B en v e n iste define el “discur­
so ” c o m o el modo de expresión al cual le es in trín sec a la p resencia del su je to hablante

40
to aparecería al propio Geertz como una “mera estrategia retórica” ( E l
p- 153).
a n t r o p ó lo g o ,
Descreído ya de que bastase con que “la relación entre observador y
observado (informe) pueda llegar a controlarse” para que “la relación
entre autor y texto (firma) se aclar(e) por sí sola” Geertz, en sus escri­
tos posteriores, bajo el título de El a n tr op ól ogo c o m o autor, abandona
la tarea de elaborar una “fenomenología científica de la cultura” para
plegarse a la tendencia a centrar el análisis en el discurso antropológico
como tal. Y con ello abre una fisura que recorta al antropólogo-investi-
gador-de-campo del antropólogo-escritor, a las técnicas de observación
de las estrategias discursivas, al “estar allí” del “estar aquí”. El interés
por la “penetración en el objeto” que recorre todo su escrito anterior
claudica ante el reconocim iento de que “la etnografía es siempre y
sobre todo traslación de lo actual” (El antropólogo, p. 153).

“C o n t a r las co sas ta l c o m o s o n ” re s u lta u n e s lo g a n n o m u c h o m á s a d e ­


c u a d o p ara la e t n o g r a f í a q u e p a ra la filo s o f ía d e s p u é s de W i t t g e n s t e i n
(o G a d a m e r ) , p a r a la h i s t o r i a d e s p u é s d e C o l l i n g w o o d (o R i c o e u r ) ,
p a r a la l i t e r a t u r a d e s p u é s d e A u e r h a c h ( o B a r t h e s ) , p a r a la p i n t u ­
ra d e s p u é s de G o m h r i c h ( o G o o d m a n ) , p a r a la p o l í t i c a ' d e s p u é s ríe
F o u c a u lt (o S k i n n e r ) , o p a r a la tísica d e s p u é s ríe K u h n (o H e s s e ) (El
a n t r o p ó l o g o , p. 1 4 7 ) .

La antropología vendría así a. sumarse al profundo cuestionamiento


que recorre a otras disciplinas luego de! derrumbe del imperialismo
positivista. Eli definitiva, la analogía textual tornaría insoluble el
problema epistemológico central que subyace al proyectar geertna-

y la situ a c ió n in m e d ia ta de c o m u n ic a c ió n (am bas n e garlas en la “n a r ra c ió n ”). Estas


se h a c e n presentes en el d isc u rso m e d i a n t e p ro n o m bres ( “Y o ” y “T ú ”) y por d e t e n ­
eos ( “a q u e llo ”, “e sto ”, “a h o r a ” , e t c .) qu e se ñ alan el in s t a n t e presente de la situ a c ió n
c o m u n ic a t iv a (v é ase B e n v e n is t e , P r o h l c m s m G e n e r a l L i n g u i s t i c s , C o ral G ab le, M i a m i
U n iv ersity Press, 1071, pp. 7 17-7 Í0 ).

41
no: el de cómo supe r a r nuestro horizonte presente, históricamente
situado, que deterrrtin a n u estras perspectivas del pasado. La idea
geertziana de la c u l t U ra, como, texto abre finalm ente las puertas al
cuestionamiento de l as pretensiones del antropólogo de erigirse en
lector autorizado de c u ltu ras ajenas.12 Y es entonces cuando el énfa­
sis en la dimensión a u t o r a l de la empresa etnográfica se revela como
problemático. G eertz n o puede ya sino term inar descubriendo lo que
Keane señalara en su c rític a a Skinner: “no sólo aquellos cuyas afir­
maciones han de ser interpretadas, sino los intérpretes mismos están
siempre situados e n U n cam p0 históricam ente limitado de conven­
ciones y prácticas m e d ia d a s por el len guaje ordinario” ( M e a n i n g and
C ontext, p. 209).
La an tro p o lo gía a b a n d o n a e n to n c e s la búsqueda d el sentido
oculto”, para e x p lo r a r en la misma superficie de su discursividad y
concentrar su a t e n c i cyn en la retórica del relato etnográfico como
tal. Pero esto no i m p j ¿ c a aún , para Geertz, abandonarse al relativis­
mo, o afirmar que 10 retórico carezca de “toda referencia a la reali­
dad”. Tal “confusié>n e n d é m ic a en O ccidente desde Platón, entre lo
im a g i n a d o y lo ¡?n a g n XciriQ^ |Q f i c c i( m a l y lo falso, entre producir cosas
y falsificarlas” (El a n t r o p ó l o g o , p. 150) es la que e x p lic a las resis­
tencias a poner de r e l i e v e la dim ensión autoral de la labor antro­
pológica. De todos m o d o s , llegado a este punto, distinguir entre lo
im a g i n a d o y lo l m a g i n a r i o , entre lo f i c c i o n a l y lo fa ls o se convertirá,

T a m p o c o s i q u i e r a l e g í t i m o , desde el m o m e n t o en que los “n a t i v o s ” h a n apren­


d id o “a h a b la r c o n s u s r > n , pi;)S voces". “Lo.s ‘A l l í ’ y los ‘A q u í ’ - a s e g u r a - están hoy
m u c h o m e n o s a is la d o s , n 1U c h o m e n o s b ie n d e f in id o s , m u c h o m e n o s e sp ectacular­
m e n t e c o n tra sta d o s” ( E l n y - i t r c p ó l o g o , p. 1 5 7 ). “L a c o n stru c ció n de este t e r r e n o común,
a h o ra q u e los su p u e s t o s m Henuos s’0 p re p, c o n v e r g e n c i a de in te re ses e n t r e personas
(sex o s, razas, clases, c u i t e x s . . . ) de de sigu al p o d e r h a n sido h is t ó r ic a m e n t e desechados
y q u e la p osib ilidad d e d e sc rip cio n e s n o c o n d ic io n a d a s h a sido p u e sta en cues­
tió n , n o p arece un a e m p r ^ s a t.m sm c e ra com<) c u a n d o la je ra r q u ía e s ta b a e n su sitio y
el le n g u a je c arec ía de (¡ hl d ¡ p 1 5 4 ) .

42
definitivamente, en una empresa su m am en te ardua, y no faltarán
quienes, muy pronto, aceptarán el desafío de explorar alte rn ativ as
teóricas más radicales.
Para una nueva generación de antropólogos, la e xp lo ració n en
la propia discursividad c o n lle v aría n e c e sa ria m e n te la r e n u n c ia a
toda búsqueda por el sentido; no habría forma ya de conciliar ambas
empresas.13 Pero, como afirma Stephen T yler, ( * ) esto no importaría
una recaída en el relativismo. Por el contrario, el único modo de que­
brar el dilema entre el relativismo y el realism o consiste, precisam en­
te, para Tyler, en “desprenderse del significado volviendo al signo en
signo de sí mismo..., [así], paradójicamente, no podemos hablar más (si
alguna vez pudimos) de la arbitrariedad del signo, porque ya no habría
lo otro respecto del cual éste pudiera ser arbitrario. Es sólo respecto de
otros signos que éste diferiría”.14 La etnografía posmoderna se asigna
para sí una función distinta. Ya no busca “representar” (lo que con lle­
va siempre un afán de dominio) ( “Post-M odern”, p. 123), “entender
la realidad objetiva, lo cual ya ha sido realizado por el sentido común,
ni explicar cómo nosotros entendemos, lo que es imposible, sino reasi-
milar, reintegrar al ego en la sociedad y reestructurar la conducta en la
vida cotidiana” (“Post-Modern”, p. 135). A la etnografía cabría mejor
comprenderla, pues, como una forma de terapia, que, independiente­
mente de su estatus cognitivo, permitiría “reestructurar” nuestra expe­
riencia presente poniendo entre paréntesis nuestro propio contexto
de creencias, “desfamiliarizando la realidad del sentido com ún” ( “Post-
Modern”, p. 126).

Co m o dice Step h e n T y le r , esta clausura ¡riel l e n g u a j e sobre sí m ism o ] se logra al


precio de la adecuación d e s c rip tiv a . C u a n t o m ás el l e n g u a j e se c o n v ie r t e e n su propio
objeto, tanto menos éste t ie n e qué d ecir r e sp e c to tío c u a l q u i e r otra cosa m ás a llá de
él” (T yler, "Post-M odem E th n o g rap h y . From D o c u m e n t o f the O c c u lt to t h c O c c u lt
D ocum ent”, en Clifford y M a rc u s , Wr i t i n g C u l t u r e , p. 1 24).
Tyler, On Being O n t oí W o r d s ”, en G e o rg c E. M a r c u s ( c o m p .), R e a d i n g C u l t u ­
ral An t h r op o l o g y, p. 3.
Ése era, según afirma Tyler, el concepto original de “poesía” (poiesis):
ésta, dice,’ “mediante la puesta entre paréntesis performativa del habla
cotidiana, evoca memorias de un ethos comunitario, y, de este modo,
induce a los oyentes a actuar éticamente ( Post-Modern , p. 126). Al
impulso m u n éd co del lenguaje, Tyler le opone su propia fuerza evocativo-
p o éti ca que permite “experimentar juntos . Lo que este autor llama etno­
grafía posmoderna” se orienta, pues, a recobrar el discurso oprimido por
la “narración”, a explorar la posibilidad de la construcción dialógica de un
mundo común y así escapar de las celdas de la “representación”, es decir,
de la “alegorización” del otro (convirtiéndolo o bien en el “noble salvaje”,
o bien en un “mero dato” en nuestra grilla, pero, en cualquier caso, en
una mera proyección de nuestra propia red discuisiva).

D a d o q u e la e t n o g r a f í a posmoderna p r iv ile g ia el “d is c u r s o ” s o b r e el
“ t e x t o ” , e l l a p o n e e n prim er plano el d iálo g o c o m o o p u e s t o a l m o n ó ­
lo g o , y e n f a t iz a la n atu ralez a co o p erativa de la s it u a c ió n e t n o g i á f i c a
e n ”c o n t r a s t e c o n la ideología del observador tr a s c e n d e n t e . D e h e c h o ,
r e c h a z a la i d e o l o g í a d e l “o b servad o r-o b servad o ”, n o h a b i e n d o n a d a
o b s e r v a d o y n a d i e a q u ie n observan Lo q u e h a y e n c a m b i o es la p ro ­
ducción! m u t u a , d ia l ó g ic a , de un discutso, de u n a h i s t o i i a e n tu e otras
( “P o s t - M o d e r n ” , p. 126).

La “oralidad es la forma de resistencia a esta álgebra”; en el contacto


directo, en el diálogo cara a cara con el otro, se quiebran las jerarquías
de la textualidad ( “Post-Modern”, p. 126). Para James Clifford, en
cam bio, este “dialogismo” es, cuanto más, una figuia utópica, que se
contradice con las exigencias de textualización propias de la empresa
etnográfica. “Si la autoridad interpretativa se basa en la exclusión del
d iálo go ”, esto significa, para Clifford, que “una autoridad puramen­
te dialógica reprim iría el hecho inescapable de la textualización ,

’ Clifford, “O n lithno.m-nphic Aurhoriry”, The P r a h c a m c n t , P. 4 b

44
es decir, obliteraría (de forma ilegítima) la dimensión “autoral” del
texto (con lo que Clifford termina volviendo los mismos argumentos
de Tyler en su contra). A un aquellos que, como Crapanzano o Tur-
ner,16 han intentado “recobrar la voz del otro” transcribiendo (más o
menos) literalmente a sus informantes, siguen siendo los “autores” de
sus notas;17 ellos se m antienen en posición de controlar y orquestar la
recolección y transcripción de fuentes.18 A Dickens, cuya obra eligiera
Bajtín como ejemplo de trama polifónica, cabría siempre oponerle el
contraejemplo de Flaubert, cuyo estilo “suprime toda cita directa en
favor de un discurso controlador, que es siempre más o menos el del
autor” (Pr edicament , p. 47).
El etnógrafo se encontraría, pues, irrem ediablem ente atrapado en
el círculo de las alegorías (ficciones que, como señalaba De M an,
deben, a su vez, ser interpretadas, gen eran d o una nueva ficción,
y así al infinito) que ponen en juego relacio n es de poder (W r¡-
ting Cult ure, p. 9). S in embargo, Clifford no desecha las alegorías;
según asegura, “su función dentro de estas relaciones es com pleja, a
menudo ambivalente, potencialm ente contra-hegem ónica” ( W ritin g
Culture, p. 9). Llegado a este punto, adopta una actitud ecléctica;
dialogismo y monologismo, Dickens y Flaubert, expresarían, según
dice, dos alternativas entre las cuales m edia una suerte de “decisión

C rap a n z an o , T u h a n i . Po r t r a i t u f a hAoroccan-, V ic r o r T n rn er, R e ve l a t i o n a n d D i n -


n a d a n in N d e m b u Ritual, Irh nca, C o r n e ll U n iv e rsity Press, 1975.
'' “I n c lu so C r a p a n z a n o r e c o n o c e en T u h a n i q u e un terc e r p a r t ic ip a n t e , r e a l o
im agin ado , elche c u m p lir la fu n c ió n ele m e d iac ió n e n todo en cu en tro e n tre dos i n d i ­
viduos. Fd diálo go ficcio n al es d e h e c h o una c o n d e n s a c ió n , u n a rep resen tació n s i m p l i­
ficada de un proceso m u lr ív o c o y c o m p le jo ” ( P r e d i c a m e n t , p. 44).
'•'“Las c itas son s ie m p re a r m a d a s por el qu e c it a y t ie n d e n m e r a m e n t e a servil-
como eje m p lo s o te stim o n io s co nfirm ato rio s. M ir a n d o m ás a llá de la cita, p o d ríam o s
im agin ar un a polifonía m ás r a d ic a l |...| pero esto t a m b ié n sería sólo desplazar la a u t o ­
ridad etn o gráfica, c o n f ir m a n d o así la o rq uestació n v irt u o s a final de un ú n ic o auto r
[...] La in sta n c ia a u t o rit a tiv a de d a r la voz al otro no es trascen dida c o m p l e t a m e n t e ”
( Predi c a m c n t , pp. 50-5 1 ).

45
estratégica”.19 Según afirma, el antropólogo puede, mediante la expe­
rimentación con nuevas formas de escritura, al menos acercarse a ese
texto polifónico utópico ideal y encontrar “nuevos modos de repre­
sentar adecuadamente la autoridad de los informantes” ( Pred ica men t,
p. 45). Los trabajos de Turner serían, a pesar de su autoría, un ejemplo
de cómo, “dando lugar visible a las interpretaciones indígenas de las
costumbres, se exponen concretamente los temas del dialogismo tex­
tual y la polifonía” ( Pred ica m en t, p. 49). U n ejemplo aun más radical
sería el de los “etnógrafos indígenas”:20 esos “insiders que, al estudiar su
propia cultura, ofrecen nuevos ángulos de visión y penetración com­
prensiva” (W rit ing Culture, p. 9).
Siguiendo este mismo impulso ecléctico, en “On Ethnographic
Allegory” insiste en la inescapabilidad del juego de las alegorías ( c o n ­
tra-discursos, reconstrucciones figurativam ente cargadas), al mismo
tiempo que afirma que, de todos modos, las consecuencias relativistas
radicales que esta idea conlleva podrían moderarse con sólo cobrar
conciencia del carácter narrativo-alegórico de las representaciones
culturales, es decir, volviendo el discurso etnográfico sobre sí, tornán­
dolo autorreflexivo:

U n a v e z q u e t o d o s los n i v e l e s d e s e n t i d o e n u n t e x t o , i n c l u y e n d o las
t e o r ía s y la s i n t e r p r e t a c i o n e s , s o n r e c o n o c i d o s c o m o a le g ó r ic o s , se
to r n a d i f í c i l v e r a l g u n o d e e l l o s c o m o p r i v i l e g i a d o r e s p e c t o d e los
d e m á s . D is lo c a d o s sus f u n d a m e n t o s a n c ila r e s , la p r e s e n t a c i ó n y e v a ­
l u a c i ó n ele los m ú lt ip le s r e g is t r o s a le g ó r ic o s , o “v o c e s ” , se c o n v i e r t e n
e n el c e n t r o d e las p r e o c u p a c i o n e s d e la e s c r itu r a e t n o g r á f i c a ( W r i t i n g
C u l t u r e , p. 1 0 3 ) .

''' C ita d o por P au l R a b in o w , “R e p r e s e n t a t io n s A re S o c ia l F acts: M o d e r n ity and


P ost-M od ern ity in A n t h r o p o l o g y ”, e n W r i t i n g C u l t u r e , p. 247.
;o S e refiere a H u s s e in F a h im ( c o m p .) , I n d i g e n o u s A n t h r o p o l o g y i n N o n - W e s t e r n
C o u n t r i e s , D u r h a m , C a r o l i n a A c a d e m i c Press, 1982; y Emiko O h n u k i - T i e r n e y , M e d u ­
s a' s Hair, B e r k e le y , U n iv e r s it y of C a lif o r n ia Press, 1984.

46
Con ello, sin embargo, Clifford abandona (o matiza) su “decisionismo”
anterior para rastrear los fundamentos epistémicos de tal decisión en
las condiciones institucionales en que se desenvuelve la disciplina.21
La postulada “apertura hacia el otro” sería, en realidad, el resultado
de (o quizás una ilusión producida por) la crisis actual de la “auto­
ridad etnográfica” (entendida como la disolución de los paradigmas
canónicos y la coexistencia de una pluralidad de programas de inves­
tigación competitivos), crisis que resulta evidente en la disciplina y
cuyas consecuencias son aún difíciles de prever (P r e d i c a m e n t , p. 50).
Para George Marcus, (*) por ejemplo, se trata sólo de un momento
dentro del ciclo de los períodos de “cien cia normal” y de “revolucio­
nes científicas”22 —lo que sugiere que la crisis actual tendería, de algún
modo, a resolverse (aun cuando Marcus advierte contra los peligros de
una clausura prematura tomando por modelos lo que no son aún más
que experimentos) (A nthr op ol og y , p. 4 2 ). Paul Rabinow (*) afirma, en
cambio, siguiendo a Bourdieu, que las “proclamas contemporáneas de
anticolonialismo [...] deben ser vistas como posicionamientos políticos
dentro de la comunidad académica. Ni Clifford ni ninguno de noso­
tros está escribiendo en los cincuenta” ( Writing C u l t u r e , p. 252). En
definitiva, el proclamado “dialogismo” no es más que otra forma de

21 “No h ay m o do d e f in it iv o , qu irúrgico , d e s e p a r a r lo f ác tic o de lo a le g ó r ic o en las


descripciones c u ltu ra le s. Los datos del e tn ó g r a f o só lo c o h ran s e n tid o d e n t r o de p a tr o ­
nes de ensam ble y n a r r a t i v a s qu e son c o n v e n c i o n a l e s , p o lít ic a s y s i g n i f i c a t i v a s en
un sentido no s o la m e n t e r e fe r e n t ia l. Los h e c h o s c u lt u r a le s no son v e r d a d e r o s y las
alegorías falsas. En las c i e n c ia s h u m a n a s la r e l a c i ó n riel h e c h o c o n la a le g o r ía es un
campo de luch a y de d i s c i p l in a i n s t it u c i o n a l” ( “O n E th n o g r a p h ic A l l e g o r y ” , W r i t i n g
Cu l t ur e, p. 119).
“ “La actual crisis d e r e p re se n tac ió n no es m ás q u e una o s c ila c ió n p e n d u la r típ ica
entre períodos en los c u a le s los p arad igm as, o t e o r ía s to talizan tes, se e n c u e n t r a n r e la ­
tivam ente seguros, y p erío d o s en los c u a le s los p a r a d ig m a s p ierd e n su le g itim id a d y
a u to rid ad —cuando las p re o c u p ac io n e s teó ricas c a m b i a n a p ro b lem as d e in te r p r e t a c ió n
de aspectos de la r e a lid a d q u e eluden la c a p a c id a d de los p arad ig m as d o m i n a n t e s para
describirlos, y, con m a y o r razón, para e x p lic a r lo s —” ( A n t h r o p o l o g y , p. 1 2).

47
“autoridad”: más que expresión de una crisis epistémica, debería ser
visto él mismo como un nuevo paradigma, un nuevo “dom inante cul­
tural” (en palabras de Jameson), cuyo desarrollo debe ser conectado
con “las condiciones bajo las cuales se emplea, se ofrece posiciones
vitalicias (tenures), se premia y consagra” hoy en la profesión ( Writing
Culture, p. 253).
Más allá de las opiniones encontradas al respecto, es claro que el
debate ha entrado ya aquí en un nuevo terreno. La fractura abierta
por la cual comenzara a ponerse en cuestión la transparencia de las
relaciones del discurso etnográfico respecto de sus propias condiciones
de producción y recepción, obliga nuevamente a la crítica a reorientar
su mirada sobre sí. Esta se vuelve entonces doblemente reflexiva y se
convierte en una metacrítica. Como asegura Rabinow, “las metarre-
flexiones sobre la crisis de representación en la escritura etnográfica
indican el abandono de las preocupaciones concernientes a las rela­
ciones con otras culturas y su sustitución por las preocupaciones —no
tematizadas- referentes a tradiciones de representación, y metatradi-
ciones de metarrepresentaciones, en nuestra propia cultura” ( Writing
C u l t u r e , p. 251). Así, el “giro lingüístico” atraviesa un nuevo umbral.
Lo que habíamos visto primero, siguiendo la trayectoria intelectual
de Skinner, fue el paso de una te m a t i z a c i ó n a una p r o b l e m a t i z t i c i ó n de
las relaciones entre un texto y sus “condiciones sem ánticas.de pro­
ducción” (mecanismos discursivos, estrategias retóricas y polémicas,
sistema de autoridades, etc.) o “contexto de emergencia” (Maquiavelo
y su mundo, digamos). Ello, a su vez, había llevado a la tematización
de las relaciones entre el mismo texto y su “contexto de recepción”
(cómo éste es historicamente apropiado y discutido) o, lo que es lo
mismo, de las “condiciones de producción” o “contexto de emergen­
cia” de la propia crítica (Skinner y su mundo, digamos). La trayectoria
intelectual de Geertz emblematiza un segundo movimiento por el cual
se p r o b l e m a t i z a n ahora las relaciones (que Geertz primero intentara
t e m a t i z a r ) entre la crítica antropológica y sus condiciones de emergen­
cia, lo que coloca, a su vez, en un primer plano el tema de las relacio­

48
nes entre los discursos críticos y su propio “contexto de recepción”.
De hecho, cuando Clifford ahora señala, en relación a Barthes, que
“estudios literarios recientes sugieren que la capacidad de un texto
de poder ser interpretado de un modo coherente depende menos de
las intenciones del propio autor que de la actividad creativa del lee-
t o r ” ( P r e d i c a m e n t , p. 52) se está refiriendo ya no a las condiciones de
recepción de nuestros objetos de estudio, sino de los propios discursos
críticos, cómo éstos pueden formarse, intercambiarse y circular social-
mente (cómo el propio “mundo de Sk in n er” se articula como un tex­
to, abierto, por lo tanto, a distintas lecturas posibles). Y ello nos arroja
de lleno al contexto epistémico-institucional en que se desenvuelven
las disciplinas. Entramos ahora así al siguiente (tercer) umbral, en que
se comienza a tematizar el contexto metacrítico. Y con él comenzaría,
como veremos luego, a disolverse la propia noción de “texto”. El últi­
mo paso en el giro lingüístico serán los intentos por problematizar este
último umbral metaconceptual, con lo que la crítica se volvería por
tercera vez reflexiva. Llegado a este punto, sin embargo, el llamado
giro lingüístico se verá a sí mismo encerrado en un callejón.
En cada uno de los distintos movimientos observados se produce
un desplazamiento por el cual lo que hasta entonces eran las premisas
asumidas acríticamente como verdaderas (el “horizonte”, en el senti­
do de Nietzsche) se convierte en objeto de reflexión. El próximo paso
en la antropología sería, pues, la consideración crítica ( p r o b l e m a t i z a -
c i ó n ) del mismo discurso de Clifford en tanto que i n s i d e r , “el e t n ó g r a f o
i n d í g e n a que analiza su propia cultura”, en este caso, la de su medio
académico. Sin embargo, atravesar este últim o umbral se tornaría
problemático; de hecho, cuando Clifford habla de e t n ó g r a f o s i n d í g e n a s
sigue refiriéndose al “otro” del etnógrafo tradicional que intenta hacer
“oír su voz”, no se ve, sin embargo, a sí mismo como tal (cuando es
evidente que su contienda metacrítica lo coloca en una posición com­
pletamente análoga dentro de su disciplina —en la que él es un i n s i d e r ,
un e t n ó g r a f o i n d í g e n a —). Como señala nuevam ente Rabinow (uno de
los más lúcidos “metacom entaristas”) respecto de Clifford, su enfo­

49
que “contiene un interesante punto ciego (blind spot), el rechazo a la
autorreflexión” ( Writing C u l t u r e , pp. 251-252). Y ello tiene sus razo­
nes; pero para comprender esto debemos primero volver atrás y ver los
desarrollos producidos en otra de las llamadas disciplinas humanísticas
y que fue, en un sentido, más crucial, ya que constituyó (y constitu­
ye) una especie de locus natural para este “giro lingüístico” (y, en una
últim a instancia, donde germinan aquellos conceptos por los que se
produce el paso a la antropología post-geertziana descripto): la crítica
literaria, suerte de “cabeza de playa” desde donde la llamada “invasión
de la filosofía continental” inició su desembarco en estas tierras has­
ta entonces habitadas por tribus (en su inmensa mayoría) hostiles a
la misma. Su historia condensa fenómenos que impactaron en forma
desigual en otras áreas. La misma, en fin, bien puede concebirse como
la del auge y la caída de la hermenéutica.
3 El “contexto metacrítico”
y la problematización impensable

Un textualismo sin texto

Mientras las disciplinas h u m an ísticas más trad icio n ales, e sp e c ial­


mente la historia y la filosofía (mejores representantes de lo que a llí
se conoce como el mainst re a m académ ico), continuaron siendo por
largo tiempo bastiones del conservadurismo intelectual y refractarias
a las novedades teóricas que supieron asimilar sólo en sus márgenes,
el ámbito de la crítica literaria se caracteriza, en cambio, por ser esce­
nario de tempranas intervenciones radicales. El tono iconoclasta que
asume Susan Sontag (conocida como novelista y guionista de cine)
en su artículo, cuyo título es ya elocuente, “A gainst Interpretation”
(1964), la sitúa en el centro de un asalto global que se produce en los
sixties contra el estahlishment académico representado por el N e w CrU
ticism (*) y su enfoque formalista. Dicho ataque resultará tan devas­
tador (al punto de que aquella escuela ya no recobraría su anterior
prestigio) como perturbador, puesto que llevaría a cuestionar la legi­
timidad de la misma empresa crítica. “En lugar de una hermenéutica
necesitamos una erótica del arte”, son las palabras con que Sontag
cierra el artículo antes m encionado.1 Este era aún el clima general de

‘ Sontag, Ag ainst InterpretatUm a n d O t h e r Hssays, Nueva York, D elta Books, 1964, p. 14.
Sontag fue aco m pañada en su radicalism o co ntra el N e w ÍSriticism y las escuelas tradicio ­
nales por autores diversos, como J. H illis M ille r, Paul Brodtkrob y Geoffrey Hartm an.

51
ideas de los setenta, fuertemente polarizado entre corrientes antagó­
nicas, cuando, por vía principalmente de la tradición hermenéutica,
comienza la “invasión de la filosofía continental”. E. D. Hirsch, Jr. (*)
será uno de los primeros en apelar al conjunto de herramientas con­
ceptuales aportadas por las corrientes hermenéuticas contemporáneas
para mediar en esta contienda.2 Así, a diferencia de lo que sucedió
en la antropología, donde la hermenéutica se asoció, de la mano de
Geertz, a las corrientes teóricas más radicales, en el ámbito de la críti­
ca literaria ésta surgiría como el espacies natural desde donde forjar un
middle g r o u n d entre las corrientes antinómicas que se disputaban allí la
primacía intelectual.
Hirsch partiría de la premisa, análoga a la ya vista en Skinner, de
la distinción radical entre texto y contexto, enfatizando también (al
igual que S k in n er) la importancia de la consideración de la intencio­
nalidad del autor para la comprensión de una determinada expresión.
Hirsch aparece así abogando por un modelo estrictamente filológico
(por entonces, único modelo que gozaba de respetabilidad académica)
que, sin embargo, y aun cuando él mismo lo considera afín a los pos­
tulados del N e w CJriticism (Hirsch dedica su Validity in Interpretation a
W imsatt y G rane), de hecho incorpora a dicho modelo (apelando a
conceptos de la Ilógica de Frege) una dimensión pragmática (la con­
sideración de la “intencionalidad” del autor) completamente ajena a
esta escuela. Pero, por otro lado, intenta evitar el tipo de consecuen­
cias relativistas a las que el contextualismo conduce (como lo muestra ;
el ejemplo de Skinner) distinguiendo la “intencionalidad” del autor:
de su “contexto de emisión” (manteniéndose, así, dentro del plano;
puramente formal de los textos, como abogaba el N e w ( Jriticism), con i

; H irsch es a s o c i a d o con la “v ie ja h e r m e n é u t i c a ” ( S c h le ie r in a c h e r , Dilthey). La ]


“n u e v a h e r m e n é u t i c a ” de H eidegger y C ìad am e r tue in tro ducid a, según se afirma, por !
R ic h a rd P a lm er, f l e r m e n e n t i c s : lntcr¡>retcition T h e o r y e n S c h l e i e n n e i c h e r , Dilthey, Heideg- ;
per, a n d t ¡ a d o m e r , h v a n s t o n , N o rth w este rn U n iv e rs it y Tress, 196P.

52
lo que termina, en cierto modo, invirtiendo el sentido de aquellos
conceptos.
En efecto, mientras que para Skinner la intencionalidad del autor
era una función del contexto comunicativo específico en el que una
expresión tuvo lugar, para Hirsch constituye, por el contrario, el ele­
mento invariable tras sus diversas posibles manifestaciones textua­
les La intencionalidad del autor debe ser, para éste, parafraseable de
modo tal que pueda captarse su contenido semántico independiente­
mente de su expresión particular. “La sinonim ia -d ic e - depende de la
determinación [entendida como la propiedad de ser algo deter m in a do]
del sentido, la emancipación del pensamiento de la prisión de una for­
ma lingüística particular” ( The Aims o f Interpretación, p. 10). La infor­
mación contextual (el marco pragmático) importa, para Hirsch, a la
significación (si gn ifi ca n ce) de una expresión, no al sentido (m ea ning)
de la misma. Sólo el primero es materia de mterpretación; el segundo,
en cambio, hace al entendimiento. Mientras que el primero se orienta a
la explicación de un sentido, el segundo busca simplemente “entender
a éste en sus propios términos”, y, si bien ambos constituyen objetos
legítimos de estudio, en todos los casos el primero presupone necesa­
riamente al segundo:

Para co m p r e n d e r u n a e x p resió n es, d e h e c h o , n o sólo p o sib le s in o ab so ­


lu tam en te n e c e s a r io e n t e n d e r la e n sus p ro p io s térm in o s. S i n o p o d em o s
d is tin g u ir u n c o n t e n i d o de c o n c i e n c i a d e su c o n t e x t o , n o p o d e m o s
conocer n in g ú n o b je t o e n el m u n d o ( V a l id it y m In t er p r e t a r í a n , p. 13 4 ).

Lo contrario conduce, para Hirsch, a la “falacia de la C en icien ta”: si


el sentido cambiara permanentemente, “no habría forma de distinguir
a la verdadera Cenicienta entre todas las contendientes [...] la nueva
sandalia no calzaría más a la nueva C e n ic ie n ta ” (Validity in Interpre­
tación, p. 46). Es decir, si no hubiera posibilidad de determinación del
significado, tampoco podría haber controversias (dado que cada uno
estaría hablando de cosas distintas).

33
Tal comprensión “en sus propios térm inos” no es, en realidad,
para él, más que un ideal, probablemente inalcanzable, pero, de todos
modos, marca una direccionalidad para el progreso de nuestro conoci­
miento. Aun cuando nunca podamos desprendemos completamente
de nuestros preconceptos, podemos sí verificarlos y modificarlos en
el caso de que una experiencia dada frustre nuestras expectativas pre­
vias. Hirsch interpreta esto como un proceso de aprendizaje (según
la noción piagetiana de corrigible s c h e m a t a ) por el cual escapamos al
círculo de hierro de nuestras categorías actuales.
El cuestionamiento (anticipado por Sontag) al supuesto (común a
Skinner, Geertz y Hirsch) de la posibilidad de la compresión de una
determinada cultura “en sus propios términos” instalaría una autén­
tica fractura epistemológica en la disciplina, minando decisivamente
las bases de la hermenéutica hirscheana. En la obra de Davis Cousenz
Hoy (*) se puede rastrear el tipo de aporías a las que la hermenéutica
se ve enfrentada una vez que se problematiza el supuesto de la transpa­
rencia al propio autor del significado de su obra.
En The Critical Circle, Hoy contrapone a la versión hermenéutica
de Hirsch (que él entiende de matriz ricoeuriana) la suya propia, “más
sofisticada”, fundada en los escritos de H.-G. Gadamer. Hoy denun­
cia en Hirsch lo que llama la “falacia intencionalista” (aunque de
un modo distinto a como lo hiciera el N e w Criticism),i que reduce el
texto a su proceso de producción, ignorando la serie de sus efectos y
realizaciones efectivas (el “contexto de recepción”) como una dimen­
sión constitutiva del significado de un determinado texto. C on ello
disloca la premisa básica de la hermenéutica de Hirsch (peres también
de Skinner y del “primer” Geertz) que se funda en la idea de la exis­
tencia de “sentidos’ culturales (individuales o colectivos) previos a

’ Véase W K. W im s a t t , Jr., T h e Verbal I c o n : S t u d i e s in the M e a n i n g o f P o e t r y , Nueva


York, Noonday Press, 195 4 . Pin p articular el c a p í t u l o t e W im s a tt Jr. y M . Beardsley,
“The Intentional F a lla c y ”.

54
toda interpretación (idea de la que deriva el concepto de autonom ía
semántica del referente).
Para Hoy, en primer lugar, “es el lenguaje el que hace posible algo
así como la intencionalidad, y no a la inversa” (The Critical, p. 38).
Mo hay acción que no sea significativa, y no hay significados articu-
lables fuera de las estructuras del lenguaje. El lenguaje viene a ocupar
entonces el lugar del autor como horizonte último y soporte a la vez
de la inteligibilidad histórica; se convierte así en el fenómeno prim iti­
vo, autocontenido y constituyente (y no sólo constitutivo) de nuestra
realidad social. Ahora bien, en segundo lugar, no hay tampoco, para
él “significados” fuera de, o anteriores a, sus interpretaciones, es decir,
a las realizaciones verbales. El “lenguaje” de la hermenéutica gadame-
riana ya no es, pues, el de la langue de Saussure, sino más bien el de
su parole; la escurridiza historia de las comunicaciones efectivam ente
realizadas, y no el universo ya dado de las combinaciones significati­
vas estructuralmente posibles. En fin, la quiebra de la rígida distinción
entre el texto y su contexto de recepciém conduce a la disolución
misma del objeto como tal, a la paradoja de un textualismo sin texto.
Como señala Stanley Fish (*) en su provocativo libro Js T h ere a Text
in this Class?, no habría “obras” sino únicam ente la historia de sus lec­
turas por parte de comunidades interpretativas articuladas según sus
propios estándares de evaluación antes que por las propiedades-intrín­
secas del texto o del acto intencional del autor cuya lectura aquéllos
hacen posible.4
Esto no significa, sin embargo, para Hoy, que tales modos de leer
sean subjetivos e idiosincrásicos. Hoy sigue tam bién aquí a G adam er,
quien explicara esto apelando al concepto aristotélico de p h r o n e s i s
(sabiduría práctica), que él interpreta como la capacidad de “perca-

4 “No hay un modo lin ic o tic lecrura quo sea c o r r e c r n o n arural —d ic e Fish , solo
modos de leer que son e x t e n s io n e s de las p e rsp e c riv a s do las respectivas c o im in i d a d e s ”
(Is T h e r e a Te xt in this L'lassT p. 16).

55
bir lo que está en juego en una situación dada” ( T h e Critical Circle,
p. 58). Esta capacidad no se orienta al conocimiento” (la “compren­
sión en sus propios términos ) sino al “e n ten d im ien to ”. El mismo
presupone siempre la aplicación (A n w e n d u n g ) de un marco catego-
rial dado (lo que Gadamer llama pre-juicios). Pero estos pre-juicios
no nos encierran dogmáticamente en la celda de nuestros propios
supuestos; éstos pueden ser, al menos parcialmente, clarificados en
el proceso dialógico. La phronesis exige, pues, que esta “aplicación”
se vuelq ue sobre sí a fin de especificar el co n tex to comunicativo
y po sibilitar la comprensión mutua. De este modo puede emerger
“un diálogo genuino [en el que] los pre-juicios pueden ser traídos a
la con ciencia y chequeados frente a sus ramificaciones en términos
del asunto en cuestión mismo [es decir, de la propia capacidad para
comunicarse, para sostener un intercambio m utuamente inteligible]:
si el pre-juicio se muestra inadecuado, entonces la unilateralidad en
la interpretación que éste introduce [y que produce la falla comunica­
tiva] puede ser expuesta, abriendo así el camino a nuevas interpreta­
ciones” (T h e Cridcal Circle, p. 77).
Este mismo concepto se aplica cuando se trata de Hechos o voces
del pasado. El pasado, para Hoy, como para Gadamer, no es algo cerra­
do, m antiene su capacidad para sostener un diálogo con el presente
en la medida en que ambos forman parte de una “tradición” (proceso
comunicativo siempre en curso)- El entendimiento” supone la conti­
nuidad-discontinuidad de esta tradición. Nosotros no vemos a Platón
—ejemplifica Hoy-como lo hacían Descartes y Kant, pero ciertamente
vemos a Platón diferente a causa de Descartes y Kant” (The Critical
Circle, p. 41). La historia, en fin, existe como historia de los efectos
(XCirkwigen), ele la serie de las modificaciones en la tradición que ella
misma produce. Y esta historia de efectos es la que a la vez hace posible
(ya que articula dicha tradición como tal) y necesaria (debido a que
la misma cambia a través del riempo) a la hermenéutica: si el pasado
nos fuera completamente transparente, no necesitaríamos una herme­
néutica; si nos fuera completamente extraño, sería imposible.

56
La “solución” que ofrece Hoy parece, sin embargo, intentar soste­
nerse simultáneamente en dos proposiciones contradictorias entre sí.5
La primera, implícita en la idea de que podamos “chequear” nuestros
pre-juicios, conlleva la de la independencia semántica del referente.
Como asegura Hoy en su respuesta a Fish, toda “teoría de la recep­
ción” presupone un “texto” (en el sentido de algo situado más allá del
horizonte de'nuestras propias interpretaciones del mismo), de lo con­
trario, “no habría nada a lo que responder o al cual recepcionar” ( The
Critical Circle, p- 158). Sin embargo, en su discusión con Hirsch, Hoy
insiste en la idea de que “todo entendim iento presupone tina inter­
pretación” ( T h e Gricical Circle, p. 51). En dicho caso, ya no habría
una verdadera “apertura” (idea que presupone la de la independencia
semántica del referente, un “texto”). Mejor dicho, habría una cierta
apertura pero siempre dentro de la tradición compartida. Aquellos
pre-juicios fundamentales que están en la base del proceso comunica­
tivo (la tradición, en tanto que condición de posibilidad del diálogo)
no podrían ellos mismos convertirse en objeto de crítica.6 Toda comu­
nicación sería, pues, siempre in ev itab lem en te confirmatoria de la

5Fish rehira, en su in tro d u c ció n a Is t h e r e a T e x t m chis ( J t a s s h la h isto ria de cómo


él también fue v íc t im a , en sus escritos te m p r a n o s , de una a m b ig ü e d a d similar. “Lo
que no veía es qu e no podía sostener c o n s is t e n t e m e n t e los dos a r g u m e n to s al mismo
tiempo [...] C u a n d o a lg u ie n me acusab a de q u e mi énfasis en el le c to r lle v a b a d ir e c ta ­
mente al solipsismo y la an a rq u ía , re sp o n d ía in sistie n d o en las lim ita c io n e s impuestas
sobre los lectores por el tex to ; y si a lg u ie n c a r a c t e riz a b a mi p o sició n c o m o sólo la más
N'
reciente vuelta de la tuerca del liv ( ' . n a a s m , replicab a que en 1111 m o delo el lector
era liberado de la t ir a n ía del texto y se le o to r g a b a un rol c e n tral en la producción de
sentido. En síntesis, m e e stab a m o v ie n d o e n dos d ireccio nes ( in c o m p a t ib le s ) al mismo
tiempo” (pp. 7-8 ).
6 Pensar esto e q u i v a l d r ía , co m o s e ñ a l a J a y respecto de la n o c ió n de “fusión de

horizontes”, a afirm ar la posibilidad de ( e n p a la b ra s de M a n n h e i m ) “un a loralización


‘relacionista’ de p u n to s de rusta en c o n f lic t o pi >r parte de un a i nti ’lli g e nt si a colocada
por encima de los m ism o s (u jree-/Ioiimtj> inreí/iyeiusin)” (Jay, “S h o u h l l m e lle c t u a l His-
tory?”, en L a C a p ra y K ap la n , Modero Eurojteun, p. 103).
propia tradición (con lo que la postura de Hoy se haría pasible de las
mismas críticas que recibiera su maestro, Gadamer —y que él trata aquí
de evitar—, a saber, la de adoptar una postura de implicaciones esen­
cialmente conservadoras).7
Estas tensiones, sin embargo, parecen insuperables para toda her­
menéutica, puesto que el concepto dialógico, al mismo tiempo que
necesita de un “referente extern o ” (ya que, de lo contrario, se tra­
taría de un monólogo), lo debe negar como tal (si no, no habría
entendimiento mutuo, verdadero diálogo). El modo por el cual Hoy
intenta escapar a este dilema es introduciendo una distinción entre
niveles. La vuelta hacia sí que se produce con la p h r on es is remite,
según afirma, a un segundo niv el de creencias de una naturaleza com­
pletamente diferente de la de aquellas “creencias de primer nivel”,
inmediatamente involucradas en el intercambio comunicativo, dado
que permiten su “puesta entre paréntesis”. “La tesis historicista —ase­
gura—involucra creencias de segundo orden, o una ‘creencia acerca
de las creencias’ (a veces llam ada una ‘actitud’, para distinguirla de
estas últimas). Como tal, confundirla con las creencias de primer
orden para extraer de ello conclusiones nihilistas es una falacia” (The
Critical Circlc, p. 139).
Para Fish, en cambio, lo que es falaz es esta misma distinción entre
niveles de creencias. Tarde o -temprano, los mismos problemas vuel­
ven a aparecer. Tal ideal de “apertura” que Hoy propone es aún él
mismo una creencia, y una creencia, además, ingenua. Toda “aper­
tura”, señala Fish, presupone ya un marco normativo, “uno no pue­
de ‘desafiar las categorizaciones’, sólo puede categorizar de un modo
diferente”.s La decisión de “abrirse”, ejemplifica Fish, lleva consigo la

1 A l r e s p e c to , v é a s e la reseñ a d e l d e h a f e e n tr e H a h e r m a s y G a d a m e r en Jay,

“Should I n te lle c tu a l H is t o r y '” (en L a C a p r a y K aplan, M o d e r n E u r o p e a n , pp. 89-1 10).


' fish, “C o m m e n t a r y : T h e Y o u n y a n d th e R estless”, en 1 1. A r a m V eeser (comp.),
The Neiv Hi s to r ic ism, N u e v a York, R o u t l e d y e , 1989, p. VI 2.

58
pregunta “¿abrirse respecto de qué?” (uno no puede “abrirse” en gene­
ral)- “tal tipo de apertura [pues] no es más (ni tampoco menos) que
la resolución de ser diferentemente cerrado” (T h e N e w Historicism,
p 310). Así como la distinción entre “significación” y “sentido” de
Hirsch no era más que un recurso que le permitía colocar al sujeto de
una emisión por encima de su contexto de emergencia, cabe decir que
la distinción de niveles que intenta Hoy no sería más que un intento
análogo de colocar, esta vez, al sujeto-intérprete por encim a de su pro­
pio contexto de emergencia (es decir, de las condiciones de recepción
del sujeto-emisor efe Hirsch). Esta “ingenuidad”, sin embargo, tiene
sus raíces, para Fish, en el mismo contexto de emergencia particular
(en este caso, el medio académico) cuyas determ inaciones se pre­
tenden así ocluir. Es más, su negación como tales, manifestada en el
proclamado “antiprofesionalismo” de sus cultores, constituye una de
las condiciones esenciales al funcionamiento de la propia institución
profesional.

U n p ro fe sio n a l d e b e e n c o n t r a r u n m o d o d e o p e r a r e n e l c o n t e x t o de-
propuestas, m o t iv a c io n e s y p o s i b i l i d a d e s q u e lo p r e c e d e n , e in c lu s o lo
c o n s t itu y e n , y a u n as í m a n t e n e r la c o n v i c c i ó n d e q u e é l es “e s e n c i a l ­
m e n te ” e l p r o p ie t a r i o de su p r o p ia p e r s o n a y c a p a c i d a d e s . El m o d o q u e
él e n c u e n t r a e s e l a n t i p r o f e s i o n a l i s m o [...] El p r o f e s i o n a l is m o es e l e m b l e ­
m a m is m o d e e s ta c o n d ic ió n . El p r o f e s i o n a l q u e es “e x p r e s i v o ” e n su
propio p e n s a m i e n t o y a c c ió n d e la s in s t i t u c i o n e s , y, s in e m b a r g o , se
“e x p re s a” e n e l n o m b r e de e s e n c i a s q u e t r a s c ie n d e n la i n s t i t u c i ó n y le
p ro veen u n p u n t o d e m ira p ara la c r í t i c a n o e s tá p r o d u c i e n d o n i n g u n a
c o n tr a d ic c ió n , s in o s im p le m e n t e a c t u a n d o d e l ú n ic o m o d o q u e p u e ­
den h a c e r lo los seres h u m a n o s .”

* Fish, “A n ti-P r o fe ssio n a lism ”, N e w Li te rar y H i s t o r y , 2 7.1, 1985, p. 9 1 . V é a s e t a m ­


bién, en el mismo n ú m e ro , la respuesta ele G eralel Graff ( “I n te r p r e t a tio n o n T lo n : A
Response to S t a n le y F ish ”, pp. 109-1 17) s e g u id a por la réplica de Fish ( “A R e p ly to
Gerald G raff’, pp. 1 1 9 -1 2 7 ).

59
La institución académ ica (como supuesto medio neutro y abierto a
la pura circulación de ideas) aparece así como un fenómeno paradó­
jico, cuyas determ inaciones particulares se afirman y refuerzan en la
misma medida en que alienta a sus miembros a cuestionarlas y con­
cebirse a sí mismos según la imagen de un intelectual crítico colo­
cado por encima de dichas determinaciones. Para entender este afán
de “apertura’’ de los intelectuales es necesario, pues, como señalaba
Rabinow, poner distancia respecto de la imagen subjetiva de los mis­
mos e internarse en los mecanismos por los que tales discursos críticos
son intersubjetivamente producidos y públicam ente compartidos en
el seno de comunidades interpretativas, y, en última instancia, en los
sistemas de exigencias profesionales y de consagración internos a la
propia academia.
La consideración de la dimensión epistém ico-institucional en la
producción y circulació n de los discursos críticos no co n llev a, sin
em bargo, para Fish, una forma de relativism o. “Los significados y
los textos producidos por una comunidad interpretativa —asegura
Fish—no son subjetivos porque no provienen de un individuo aislado
sino de un punto de vista convencional y público” (Is t h er e?, p. 14).
Dicho concepto “tam bién explica —dice— por qué hay desacuerdos
y por qué ellos pueden ser debatidos de un modo regular: no debido
a la-estabilidad de los textos, sino a la estabilidad de la constitución
de la comunidad interpretativa” (Is there?, p. 15). Lo que tal expli­
cación! definitivam ente descarta, para Fish, es la posibilidad de la
traducibilidad eje los sentidos correspondientes a comunidades lingüís­
ticas diversas (lo que Hoy llamara, siguiendo a Gadamer, una “fusión
de horizontes”). Esto no significa, sin embargo, para él, renunciar al
derecho a pretender que su teoría (como pretende toda te m ía) sea,
al menos temporariamente, aceptada como la verdadera:

A l f i n a l , h e r e n u n c i a d o t a n t o c o m o r e c l a m a d o la g e n e r a l i d a d ; he
r e n u n c i a d o a e l l a p o r q u e r e n u n c ié a t r a t a r d e id e n t if ic a r e l m o d o ver­
d a d e r o de l e c t u r a ; la h e r e c la m a d o porcino s o s t e n g o m i d e r e c h o , como

60
otro, de argumentar a favor de un modo de lectura, la cual,
c u a lq u ie r
si es aceptada, podría, por un tiempo al menos, convertirse en la verdade­
ra. En síntesis, h e preservado la generalidad por medio de retorizarla
(Is there?, p. 16).

Retorizándola, Fish salva, en definitiva, la idea dialógica, es decir, la


posibilidad de una comunicabilidad no sólo dentro de las respectivas
comunidades, sino incluso entre las diversas comunidades interpreta­
tivas. Sin embargo, aún la retórica presupone cierta inteligibilidad a
fin de operar persuasivamente. Fish mismo señala esto cuando inm e­
diatamente afirma que “habiendo redefinido la actividad crítica de
modo que ésta no sea más un asunto de demostración sino de persua­
sión (infinitamente negociada), me enfrento a la tarea de dar cuenta,
dentro del nuevo modelo, de todo aquello que ha sido constitutivo
de la institución literaria: textos, autores, períodos, géneros, cánones,
estándares, acuerdos, disputas, valores, cambios, etc.” (Is there!, p. 17).
Esto implica que la “institución literaria” proveería un conjunto de
categorías que servirían de sustrato común a las diferentes teorías. De
lo contrario, si “todo aquello constitutivo de la institución literaria” se
viera completamente redefinido dentro de cada comunidad interpre­
tativa, no podría pensarse siquiera en intentar dar cuenta, dentro de la
nueva teoría, de conceptos tales como “texto”, “autor”, .etc., que fue­
ron forjados por paradigmas extraños a la misma y sólo dentro de ellos
tienen sentido.
Para aquellos críticos más comprometidos con las perspectivas
más radicales dentro de este “giro lin g ü ístico ”, el concepto de la
“institución literaria” como un campo relativam ente homogéneo ha
aparecido como una especie de movimiento estratégico de Fish de
retirada desde sus posiciones más audaces a fin de descomprimir el
potencial perturbador de su teoría. Samuel W e b e r lL ve en el mismo

10 S am u e l Weber, lnstitution a n d hnerfrreiatUm, M i n n e a p o li s , Universiry o í M in n e ­


sota Press, 1987, pp. 37-19.

61
un mero intento de excluir el antagonismo del campo de la crítica.
A l negar la naturaleza intraparadigm ática de tales categorías, Fish
diluye el carácter agonal del “espacio in stitu c io n al”: a las posibles
disputas relativas a las premisas fundamentales en torno a las cuales
se organiza la institución, Fish las situaría como momentos discre­
tos en un orden secuencial en el que una teoría nueva desplaza a la
anterior, pero que n u n ca —salvo en los períodos transicionales, es
decir, críticos—se superponen. Y sólo así éste evitaría las consecuen­
cias relativistas radicales que acarrearía la idea de la fragmentación
de dicho espacio.
S in embargo, tal movim iento estratégico tiene su lógica dentro de
la economía de su discurso. Fundamentalmente, porque las derivacio­
nes potenciales de la adopción de un concepto agonal tal del espacio
institucional, aunque implícito en la teoría de Fish, resultarían devas­
tadoras para la misma, incluso mucho más que lo que el propio Weber
se inclina a aceptar. De hecho, la idea de W eb er de la fragmentación
de dicho espacio se inscribe aún dentro del concepto fisheano de las
“comunidades interpretativas” desde el momento en que éste no cues­
tiona aún con ello la idea misma de la Institución como el horizonte de
inteligibilidad último de la crítica, el fundamento primitivo dentro del
cual se inscriben las diversas comunidades interpretativas (aun cuan­
do éstas nunca puedan llegar a conjugarse en un mismo verbo).11 Y,
con ello, Weber coloca también, al igual que Fish, a la teoría de tales
“comunidades interpretativas” como una especie de metateoría que
comprende y explica a todas las demás teorías críticas (muchas de las
cuales, sin embargo, cuestionan las premisas en las que dicha teoría
se sostiene), con lo que se reintroduce (esta vez, subrepticiamente)
una distinción de niveles similar a la propuesta por Hoy: lo que sería
válido a nivel de la crítica —el carácter “agonal” del espacio institucio­

11 La c o e x is t e n c ia de “c o m u n id a d e s in te r p r e ta tiv a s ” c o m p e t itiv a s d en tro de la ins­

t itu c ió n a c a d é m ic a im p lica t a n t o la p luralidad de te o ría s c r ít ic a s como la v a l i d e : de la


idea d e ta le s co m un idad es a n iv e l de la m etateo ría.

62
nal- no lo sería al nivel de la metacrítica. Es decir, el propio concepto
de la I n s t i t u c i ó n como espacio agonal no sería, él mismo, una mera pro­
ye cc ió n intraparadigmática. De hecho, tanto para W eber como para
Fish tales “comunidades interpretativas” se proyectarían como “refe­
rentes extralingüísticos” (previos a toda “interpretación”), con lo que
toda su teoría de las “comunidades interpretativas” como el horizonte
último de inteligibilidad se derrumbaría en la misma medida en que,
de este modo, se afirmaría la existencia de una instancia anterior a las
mismas (precisamente, la de tales “comunidades lingüísticas”). Pero,
aun así, Fish (y, con él, W eber) debe insistir en ello: si las mismas se
trataran sólo de proyecciones mtraparadigmáticas (únicam ente válidas
en el contexto de su propia teoría) no sólo no habría ya posibilidad de
acuerdo dentro de la institución sobre la validez de dicha teoría, sino
que ésta terminaría volviéndose autocontradictoria (es decir, negaría
la validez de sus propias premisas).
Situando la teoría crítica de Fish en la p e rsp e c tiv a más g e n e ­
ral aquí presentada del presente “giro lin güístico”, se descubre, sin
embargo, que las aporías a las que éste parece enfrentar llegado a
este punto no serían, en realidad, atribuibles m eram ente a proble­
mas inherentes a su teoría particular. Su p lan team iento , en últim a
instancia, representa un esfuerzo intelectual por llevar a sus últimas
consecuencias lógicas los supuestos-sobre los que se asienta dicho
“giro lingüístico”. Y aun cuando no pueda avanzar consistentemente
en esta dirección, en su cam ino produce una redefinición fundam en­
tal de la empresa crítica: su cam po se ve entonces desplazado desde
los objetos textuales (y, even tualm ente, su relación con sus co n tex­
tos particulares de emergencia) al de los m ecanism os constructivos
de tales objetos por parte de la crítica y de sus condiciones epistémi-
co-institucionales de producción. La crítica se convierte así en una
metacrítica y, con ello, sus modos de validación se verán correlati­
vamente reformulados: ya la legitim idad de la misma no se fundaría
en poder justificar la posibilidad de acceder a un significado “oculto”
tras los textos, sino en su capacidad para dar cuen ta de sus mismos

63
fundamentos teóricos. Es sólo entonces (una vez alcanzado tal gra_
do de autorreflexividad) que surge el problema epistemológico más
general de la posibilidad de pensar una teoría que pueda, al mismo
tiempo, aplicarse, sin contradicción, a sí misma (es decir, de una teo­
ría que contenga su propia metateoría). Desde el m om ento en que la
crítica se ve empujada, por la propia dinám ica iniciada por la crisis
de la herm enéutica tradicional, a volver su mirada sobre"sí, ésta se
vería también obligada a confrontar lo que constituye su propio lími­
te, es decir, la imposibilidad de dar cuenta, desde dentro de su hori­
zonte, de sus mismas premisas y de los marcos teórico-institucionales
dentro de los cuales dicha actividad puede desenvolverse como tal.
Y, sin embargo, la confrontación de ese límite le resultaría ya ine­
ludible —si es que ésta pretende legitimarse como tal—. C o n su “giro
lingüístico”, la crítica parecería terminar, pues, desenvolviendo una
problemática que, en su límite último, sólo podría tornarla contra­
dictoria consigo misma. De allí en más (convertida en metacrítica),
esta tensión entre necesidad-imposibilidad de una m etacrítica atra­
vesaría centralm ente todo desarrollo teórico producido dentro de sus
marcos. El análisis de la obra indudablemente más original escrita en
los Estados Unidos en el área de la historia de la historiografía, y que
constituye asimismo el proyecto metahistoriográfico más sistemáticc
hasta hoy intentado allí, M e t a h i s to r y , de Hayden W h ite , nos permi­
tirá aclarar mejor el sentido de esa necesidad-imposibilidad de la crí­
tica de volverse sobre sí misma, así como la naturaleza de las aporías
que, llegado a dicho nivel de autorreflexividad, se le plan tean a ésta
tras su “giro lingüístico”.

Tropos, metatropos y absurdismo

Como señalamos anteriormente, una de las características de la his­


toria (tradicionalmente, la más cercana, de las disciplinas analizadas
hasta aquí, a lo que aquí se llama el maúistream académico) ha sido el

64
retardo con que ha asimilado el nuevo “giro lingüístico”. Es cierto que
el ataque combinado de los seguidores de Skinner minó decisivamente el
reinado de la antigua “historia de las ideas”.12 Las largas genealogías
de las “ideas-unidades” cederían entonces su lugar, en palabras de ese
mismo autor, al estudio del “uso de expresiones relevantes por agen­
tes particulares en ocasiones particulares con intenciones particula­
res”.13 La publicación de “Deep Play” (el texto canónico del “primer”
Geertz) en 1973 produjo aun un superior impacto en los historiadores
intelectuales,14 señalando el desplazamiento decisivo de los estudios
desde las ideas hacia las conductas sociales en las que ellas se presen­
tan encamadas y las “redes simbólicas socialmente construidas” en
las que, según Max W eher, las mismas se encuentran suspendidas y le
confieren un sentido tornándolas inteligibles para sus propios actores.
David Hollinger registraba los cambios producidos en esta disciplina
como resultado del desafío geertziano:

La le a l t a d a G i l b e r t R y l e |de q u i e n G e e r t z to m a r a e l c o n c e p t o de
“d e s c r ip c ió n d e n s a ”J y C L ffo rd G e e r t z q u e h a lle v a d o a los h i s t o r i a ­
dores a p e n s a r e n la “d e n s i d a d ” [ t h i c k n e s s ] h a t o m a d o a n ó m a l o a l t r a ­
bajo de L o v e j o y , y, p o r lo t a n t o , i n s t r u c t i v o a q u í c o m o u n c o n t r a s t e
co n los lib ro s q u e h e c it a d o . El b r i l l a n t e lib ro d e L o v e j o y T h e G r e a t
C h a i n o f B e i n g e j e m p l i f i c a la d e s c r i p c i ó n “d e l g a d a ” [t/únj... L o q u e

12 Sobre la qu iebra tie la trad ic ió n in ic ia d a por L o v e jo y , véase la i n te r e s a n t e rese­

ña de D. W ilson, “L o v e jo y ’s T h e C r e e n C h a i n o f f í e i n g A fter Fifty Years”, j o u r n a l o f the


History o f Ideas, 4 8 .2 , 1987, pp. 187-206.
11 Sk in n er, “M e a n in g a n d U n d e r s ta n d in g in t h e H isto ry of Id eas”, H i s t o r y a n d

T h e o r y , 8 , 1969, p. 1 2.
14 El libro N e w D i r e c t i o n s in A m e r i c a n I n t e l l e c t u a l H i s t o r y , B a ltim o re y Londres,

T he Johns Hopkins U n i v e r s i t y Press, 1979 ( u n a r e c o p ila c ió n realiz ad a por J. Hig-


ham y P. C o n k in de las p o n e n c ia s realizadas e n la W i n g s p r e a d C o n f e r e n c e r e u n id a el
3 de diciembre de 1 9 7 7 ) e x p r e sa el n u e vo c l i m a d e ideas gen erado por los trabajos
de Geertz ( virtual s a n to p a tr o n o de la c o n te 're n c ia 1 , según confiesa |. U i g h a m en su
introducción al libro m e n c i o n a d o ) (p. X V 1).

65
h a c e a l l i b r o d e L o v e j o y “d e l g a d o ” e s s u i n t e n c i ó n d e d e j a r d e lad o
los d i v e r s o s c o n t e x t o s e n q u e l a i d e a d e l a g r a n c a d e n a a p a r e c e y es
p u e s t a e n f u n c i ó n . 16

Sin embargo, desde la mirada de los historiadores norteamericanos,


incluidos los historiadores intelectuales, la obra de Geertz no pare­
cía aún conllevar una ruptura radical con las más añejas tradiciones
de la subdisciplina. Más bien parecía confirmar prácticas enraizadas.
“La historia —decía H askell—ha cultivado siempre una mayor sen­
sibilidad hacia el contexto que sus herm anas más abstractas de las
ciencias sociales”, y, citando a John Greene, comentaba que “la capa­
cidad de penetrar las premisas implícitas fundamentales ha sido siem­
pre el talento que el historiador intelectual más ha necesitado”.16 La
“comunidad de historiadores” venía así a ocupar el lugar del etnógrafo
individual como portador colectivo de capacidades específicas que le
permitiría a sus miembros trascender las fronteras de su propia cultura
y descifrar al “Otro”. El nuevo énfasis en la instancia interpretativa no
parecía, pues, encerrar ningún germen visible de relativismo. En últi­
ma instancia, el buen sentido de la “comunidad científica” permitía
establecer mecanismos de control interno que limitaran el rango de
las Interpretaciones aceptables. En fin, el nuevo énfasis en el carácter
“construido” y “negociado”17 (entre el sujeto y su objeto) de los hechos
narrados no alcanzaba aún a cuestionar el supuesto (en realidad, com­
partido también por el “primer” Geertz y el “último” S kinner) de que

H ollinger, “H is t o r ia o s an d che Discour.se oí l n t e l l e c t u a ls ”, en J. H i g h a m y P.


G o nkin, N e w D i r e c t i o n s , p. 48.
"’ Thomns l l a s k e l l , “D ete rm in istic I m p lic a tio n s oí In tellecru al H is t o r y ”, en Hig-
ham , N e w D i r e c t i o n s , pp. 318 y .341 •
1 Domo d ec ía u n d is c íp u lo de Geertz, el a n tr o p ó lo g o liga “un O tr o c r e a d o en rela­

c ió n a U no M ism o ( S e l f ) , y un U n o M is m o ( S e l f ) qu e emerge de su e n c u e n t r o con el


O tro ” (Kevin Dvvyer, M o r o c c a n D i a l o g u e s : A n t h r o f t o l o f c f in Q u e s t i o n , B a ltim o r e , 1982,
r . 272).

66
tras la superficie de un texto existiría un objeto estable al que, even-
tu a lm e n te , el investigador podría acceder.
En un contexto aú n dom inado por certidu m b res tale s es que
emerge M etahistory (1 9 7 3 ), de H ayden W h it e (* ); y si b ien sería
exagerado afirmar que la obra irrumpió en esta escena historiográfica
como un rayo en un cielo sereno, no es difícil imaginar el escándalo
provocado por su afirm ación de que “a fin de concebir ‘lo que re a l­
mente ocurrió’ en el pasado, el historiador debe primero prefigurar el
conjunto completo de los acontecim ientos reportados en los d ocu­
mentos como un posible objeto de c o n o c im ie n to .18 Este acto prefi­
gurativo es po ético en la medida en que es precognitivo y precrítico ”
(Metahistoria, p. 31). A fin de penetrar en la “estructura profunda”
que subyace en —y articula—todo relato coherente de los a c o n te c i­
mientos del pasado, W h ite trasladaría su enfoque desde el plano de
los contenidos al de las formas del pen sam iento histórico, y, dentro
de éstas, del de la lógica al de la retórica. De este modo revisa las
clasificaciones tradicio nales en escuelas historiográficas d efinidas
según sus respectivas filiaciones id eo ló gicas o filosóficas (lo que
supone una exclusiva focalización en la dim ensión referencial del
lenguaje) y desarrolla su propia tipología tropològica de los géneros
historiográficos.
Siguiendo antiguas poéticas y modernas teorías del lenguaje, W h i­
te clasifica los “actos de prefiguración” del material histórico en los
modos de metonimia, sinécdoque, metáfora e ironía, los cuales pro­
veerían el protocolo lingüístico de base a las diversas formas de rela­
to histórico. Los distintos estilos historiográficos que este autor analiza
representarían un nivel superior de formalización de las prefiguracio­
nes poéticas que los preceden, y surgen de la articulación de las mis­

18 Sobre las transform aciones qu e produjo la o b r a d e W h i t e en la tr a d ic ió n filosófi-

co-historiográfica n o r t e a m e r ic a n a , véase A n k e r s m i t h , H i s t o r y a n d Tropology: T h e Ri se


and Fall o f Met aphor.

67
mas en algún tipo de “estrategia narrativa” m ediante la cual se logra
finalmente el “efecto explicativo”. En la estructura de tales estrategias
narrativas W h ite distingue tres instancias fundam entales, las que
denomina “argumentación formal”, “implicación ideológica” y “puesta
en trama” ( e m p l o t m e n t ).19
Sobre esta grilla clasificatoria W hite analiza las obras de historia­
dores (M ichelet, Ranke, Tocqueville y Burckhardt) y filósofos de la
historia (Hegel, Marx, Nietzsche y Croce) del siglo X I X . De tal modo,
este autor conjuga los desarrollos teórico-metodológicos con su apli­
cación al análisis de discursos historiográficos concretos. Pero el rasgo
más característico de su metodología consiste en su particular “estrate­
gia explicativa” (para definirla con sus propios términos) que combina
tal aproximación tipológica, de corte “formalista”, con una perspecti­
va relativista o “irónica” respecto del valor cognitivo de toda empresa
historiográfica. En términos de Kuhn, los diferentes paradigmas his­
toriográficos que W hite describe serían inconmensurables entre sí. El
resultado será una taxonomía perfectamente llana, sin ninguna clase
de jerarquías internas (contrariamente a lo que toda taxonomía, en
principio, supone):

M i m é t o d o , e n r e s u m e n , es fo rm alista . N o t r a t a r é d e d e c id ir si la obra
d e d e t e r m i n a d o h i s t o r i a d o r es un r e l a t o m e j o r , o m ás c o r r e c t o , de
d e t e r m i n a d o c o n j u n t o d e a c o n t e c im ie n t o s o s e g m e n t o h is t ó r ic o que

'“W h i t e to m a los ripos de “a r g u m e n ta c ió n fo rm al” (fo r m a lista , organicista, meca-


nici.sra V c o n t e x t u a l is t a ) de lo q u e S t e p h e n P epper l l a m a r a “h ipótesis del mundo”
(véase W o r l d Hi/yotheses, B e r k e le y , U n iv e r s i t y of C a l i f o r n i a Press, 1 9 4 2 ). Pepper
i n c l u y e otras tres “hipótesis del m u n d o ” a las que c o n s id e r a “in ad e cu ad as”: animista,

mística y m e tafísic a. La tip o lo g ía de “im p licac io n e s id e o ló g ic a s" (conservadurismo,


liberalismo, r a d ic a lis m o y a n a r q u is m o ) surge de Karl M a n n h e i m (véase I d e o lo g í a y
utopía, M é x ic o , r :h , 1987). Los tipos d e “puesta en t r a m a ” (ro m a n c e , co m ed ia, trage­
dia y sátira) son de Northrop Frye ( v é a se A n a t o m y o f C r itia s t n , Princeton, Princeton
University Press, 1 9 7 Í).
el d e a l g ú n o tr o h is t o r ia d o r ; m á s b i e n , t r a ta r é d e i d e n t i f i c a r los c o m ­
p o n e n te s e s tr u c t u r a le s d e t a l e s r e la t o s ( M e t a h i s t o r i a , p. 1 4 ).

La c o m b in a c ió n d e a m b o s e n f o q u e s l e p e r m i t i r í a , p u e s , a e s t e a u t o r ,
p e n e tr a r l a c o h e r e n c i a e s p e c í f i c a q u e d i s t i n g u e a c a d a r e l a t o , e v i t a n ­
do a la v e z , c u a l q u i e r j u i c i o d e v a l o r e n c u a n t o a l a r e s p e c t i v a l e g i t i ­
m id a d a s e r p r o c l a m a d o c o m o e l “ v e r d a d e r o ” . D e e l l o s e s i g u e , a f i r m a
W h ite , q u e , a u n c u a n d o la h i s t o r i a b ie n p u e d a c o n s id e r a r s e c o m o
c o n s t it u id a p o r u n c o n j u n t o d e “ a r t e f a c t o s l i t e r a r i o s ” , t a m p o c o lo s a s í
lla m a d o s “h i s t o r i a d o r e s n a r r a t i v i s t a s ” ( c u y a p e r s p e c t i v a s e f u n d a e n e l
tropo d e l a i r o n í a ) t e n d r í a n p r i v i l e g i o a l g u n o e n d i c t a m i n a r c ó m o s e
d eb e e s c r i b i r l a h i s t o r i a . P r e t e n d e r e s t o i m p l i c a r í a l a p a r a d o j a d e c o n ­
v e r tir a la p r o p i a i r o n í a e n u n v a l o r a b s o l u t o .
W h i t e e v i t a r í a t a l “ f a l a c i a n o r m a t i v i s t a ” 20 m a n t e n i é n d o s e e n u n
p la n o e s t r i c t a m e n t e d e s c r i p t i v o . Es p r e c i s a m e n t e p o r m e d i o d e “ i r o n i ­
zar la i r o n í a ” q u e e s t e a u t o r p r e t e n d e “ t r a s c e n d e r ” la m i s m a y s u p e r a r
las c o n s e c u e n c i a s r e l a t i v i s t a s q u e é s t a c o n l l e v a :

S i se p u d ie r a d e m o s t ra r q u e la ir o n í a n o es s in o u n a d e u n a s e r i e d e
p e r s p e c t iv a s p o sib le s d e la h i s t o r i a , c a d a u n a d e las c u a le s t i e n e sus
b u en as r a z o n e s p a ra e x is t ir e n u n n i v e l p o é t ic o y m o r a l d e c o n c i e n ­
cia, la a c t i t u d ir ó n ic a h a b r í a e m p e z a d o a d e s p o ja r s e d e su s t a t u s co m o
la p e r s p e c t iv a n e c e s a r i a p a r a la c o n t e m p l a c i ó n d e l p r o c e s o h is t ó r ic o
( M e t a h i s t o r i a , p. 4 1 2 ) .

20 Este sign ifica p re te n d e r dictar reglas a la realid ad ; en este easo, a la práctica bis-

toriográfica. La obra de Paul V eyn e, Caíini) s e e s c r i b e la h i s t e r i a, s e ría un ejem p lo ele tal


falacia n orm ativista e n tr e los sosten ed ores riel n arrativism o . W h i t e t a m b ié n se d is ta n ­
ciaría así de a q u e lla s “gran des n a r r a t iv a s ” in etah isro rio grátic as, de co rte tele o lo g iia n -
te, que ven la h isto ria co m pleta de la h isto rio g rafía o c cid e n ta l c o m o un curso lin eal
(o, aveces, p enoso e in rrin c ad o ) h a c ia la e m e r g e n c ia de a lg u n a form a ele c o n c ie n c ia
histórica p ro c lam ad a c o m o la últim a y v e r d a d e r a . A u n las p e rsp e c tiv a s más r e la tiv is ­
tas, e incluso e sc ép tica s, son susceptibles de ser elaboradas b ajo tal forma i d e o ló g ic a ,
como lo muestra la obra ríe Paul R ic o e u r / ein/cs eí recit.

69
Así reformulada, W h ite habría resuelto una problem ática común a
todas las filosofías postiluministas de la historia, a saber, la de “cómo
convivir con una historia explicada y tramada de modo irónico, sin
caer en la condición de desesperación de la que Nietzsche escapó sólo
por medio del irracionalismo” (Metahistoria, p. 359): mediante un tex-
tualismo radical, W hite lograría volver los argumentos relativistas en
contra de ellos mismos. Hecho esto, se descubre entonces que “somos
libres de concebir la historia como nos plazca”, bastando, pues, con
“nuestra voluntad de ver la historia desde una perspectiva antiirónica”
para trascender el punto de vista del agnosticismo como la única for­
ma “realista” de ver el mundo (M etahistoria, p. 412).
W hite culm inaba de esta forma una búsqueda persistente, iniciada
en 1959 con su escrito sobre Ibn Jaldún,21 y continuada hasta hoy a
través del estudio de las más diversas escuelas historiográficas, orienta­
da a condenar toda forma de pesimismo y determinismo, y a reafirmar,
según apunta Hans Kellner, “la libertad humana destacando la fuerza
creativa del lenguaje”.22
No todos, sin embargo, h a n considerado su em presa metahis-
toriográfica igualm ente exitosa; algunos (los m eno s), incluso han
cuestionado su legitimidad. T an to su tipología como su actitud iró­
nica, term inando por su “decisionismo”, han sido objeto de las más
variadas y severas críticas. La verdadera ironía de esta obra quizás
consista en que, a pesar del indudable impacto que produjo su publi­
cación y la poderosa influencia que desde entonces ha ejercido, haya

21 Ya e n e ste e s tu d ie a n tic ip a b a l e q u e serían los ejes d e su p ro y e cto intelectual

"maduro”. La filosofía de la h is t e r ia , d e c í a e n to n ce s, d eb e p r o v e e r “h ip ó tesis tentati­


vas n e ce sarias p ara toda a c c ió n ”, c o m o p a tro n es cíclico s o r e g u la r id a d e s qu e sugieran
“el c a rá cte r e s e n c i a lm e n t e a c u m u la t i v o de la e x p e r ie n c ia h u m a n a ” ( W h i t e , “Ibn Kal-
doun in W o r l d P h ilo so p h y o f H is t o r y ”, C o m p a r a t i v e s S t u d i e s in S o c i e t y a n d Hi st o r y, 2,
1959, Pp. 1 2 2 - 1 2 3 ) .
22 H an s K e lln e r , “A B edro ck o f O r d e n H a y d e n W h i t e ’s L in g u is t ic H u in an ism ”,

History a n d S o c i e t y , B eiheft, 19, 198 0 , p. 29.

70
sido cuestionada, con perfecta sim etría, tanto por quienes la leyeron
como abogando por un esteticismo que conduciría, necesariam ente,
a un relativismo absoluto (dado que en ella se rechaza exp lícitam en ­
te la posibilidad de validar in te rsu b je tiv a m e n te u n a d eterm in ad a
perspectiva histórica, pues su aceptació n o rechazo se fundaría pura­
mente en consideraciones precríticas), así como por quienes, al con­
trario, creyeron ver en la m etahistona w hiteana un resabio (de matriz
estructuralista) de la ansiedad m etafísica por una “presencia total”.25
Cabe suponer, de todos modos, que las mismas no pueden deberse a
una lamentable sucesión de m alentendidos, que existen razones en su
propia obra que han dado motivo a tales críticas encontradas. Para
intentar desmontar la malla de cuestiones que la tensionan es necesa­
rio, sin embargo, apelar a cierta “s u s p e n s i ó n o f d i s b e l i e f', es decir, acep­
tar como válida en principio la metodología de análisis que el propio
autor propone e intentar lo que suele denominarse una “crítica inm a­
nente”.24 Ella, como veremos, habrá tam bién de revelarnos una serie
de aporías que no son exclusivas de la obra de W h ite sino inherentes
al llamado “giro lingüístico” una vez que el mismo se introduce en el
ámbito metacrítico.
Como W hite muestra, algunas de las combinaciones lógicamente
posibles en su taxonomía no resultan, sin embargo, consistentes de

23 K ansteiner, en “H a y d e n W h i r e ’s C r i t i q u e ”, e x p o n e las d i s t i n t a s respu estas a

Metahistory, desde las ele L aw re n ce S r o n e y L io n e l G o ssm an , q u ie n e s c r ir ic a r o n su


“relativismo i r r e s p o n s a b le ”, h asta las d e J a m e s M e l l a r y L a C a p r a , q u i e n e s v e n la
metahistoria w h it e a n a c o m o una mera f e n o m e n o lo g ía de los tropos. K a n s te in e r s e ñ a ­
la cómo los h isto riad o res y los críticos li t e r a r i o s d o m in a n , r e s p e c t i v a m e n t e , ambos
bandos enfrentados.
24 Las críticas de su obra, por lo g e n e r a l, e x p r e s a n difere n c ias a n i v e l de los p resu­

puestos básicos de los qu e en cada caso se p a r te . U n a de las pocas (quiz ás la ú n ic a ) que


escapa a esta regla es el estudio ya c ita d o d e K e lln e r , q u ie n se p ro p o n e descub rir la
crítica que la propia obra c o n tie n e en sí m is m a ; a u n q u e , en este c aso , el to n o g e n eral
resulta c laram en te laudato rio .

71
hecho. Entre los diversos modos de “puesta en trama”, de argumenta­
ción formal y de implicación ideológica, se establece lo que W h ite lla­
ma “afinidades electivas”, y también incompatibilidades. Tal sería el
caso del modo “satírico” de “puesta en tram a”, el cual se adecúa a los
modos ideológicos liberal o conservador, pero nunca al radical. Pues
bien, la propia metodología de W hite encierra una especie de incom­
patibilidad similar, dado que no hay modo, como veremos, de hacer
concurrir, como él intenta, un modo de argumentación de tipo forma­
lista con un estilo irónico.
Veamos prim eram ente los diferentes argum entos por los cua­
les White intenta valid ar su modelo. La suya, como toda taxono­
mía, supone una fu nd am entación de tipo an alítico , dado el tipo
de operaciones in te lec tu ale s que im plica. Fundados en u n a pura
combinatoria lógica, los sistemas clasificatorios se orientan a dis­
tinguir y definir a priori el conjunto de objetos virtuales existentes
en un dominio dado. Los sistemas lévi-strausseanos de parentesco
son un ejemplo de tal modo de operación conceptual. El cam po res­
pectivo es transformado así en su totalidad en un sistema deductivo
resultante del despliegue lóigico de una racionalidad a priori. En el
caso del campo historiográtieo, su rango de variabilidad estaría deli­
mitado, según afirma W h ite, por la naturaleza del “lenguaje poético
en general”.

A l presentar m i s a n á l i s i s de las ob ras d e los p r in c ip a le s p e n s a d o r e s h i s ­


tóricos del siglo XIX e n el o rd en e n q u e a p a r e c e n he i n t e n t a d o sugerir
que su p e n s a m ie n t o r e p r e s e n ta la e l a b o r a c i ó n d e las p o s i b i lid a d e s de
prefiguración t r o p o l ó g i c a del c a m p o h i s t ó r i c o c o n t e n id a s e n e l le n ­
guaje p o ético e n g e n e r a l {Me t ah i s ut r ia , p. 1 1).

Para White, pues, la aparición o desaparición de los estilos historiográ-


ticos son hechos históricos, pero no Las estibas mismos. Estos correspon­
derían a arquetipos imw ersales que tienden a desplegarse en el tiempo y
en el espacio. La descripción que hace W hite de dicho proceso recuerda
los corsi y ricorsi de Vic< v una recurrencia cíclica de tropos que actúan
al modo de causas form al es 26 del desarrollo historiográfico.27
Sin embargo, esta apelación característica de W h ite a los esquemas
formales se revelará problemática dentro del contexto de su pensamien­
to Tal fúndamentación analítica de su proyecto taxonómico se basa en
consideraciones de corte sustancialista y ahistórico.28 En este caso, su
“formalismo” no parece dejar ya lugar alguno a la “ironía”. Su relativis­
mo e historicismo en el nivel historiográfico parece conducir aquí a su
opuesto en el nivel metahistoriográfico. La única justificación posible
de procedimientos clasificáronos, que conserve, a la vez, una actitud
irónica hacia ellos, residiría en apelar al argumento convencionalista.
White, efectivamente, procura superar las consecuencias dogmáti­
cas que su formalismo conlleva rclativizándolo y afirmando la n atu ­
raleza instrumental de su taxonomía. Se trataría, pues, de una mera
herramienta intelectual. Consecuentemente, al igual que los diversos
discursos históricos que él analiza, su m etahistoria no pretendería
reclamar ninguna prioridad sobre otras metahistoriografías alternati­
vas posibles: su objeto no se orientaría hacia la búsqueda de ningún
fundamento “natural”, como sería “el lenguaje poético en general”; la
postulación de tal fundamento consistiría en tina mera herramienta

25 W h it e m e n cio n a la e x is te n c ia J e un "ciclo J e las a c titu d e s morales”, en el cual,

por ejemplo, “la co m ed ia es ló g ic a m e n t e posterior a la t r a g e d ia ” ( Me t ah is t or i a, p. 119).


26 La teoría J e los tropos fue c o n c e b í J a o r ig in a r ia m e n te por Fryc como “u n e s t u J i o

sistemático J e las causas fo rm ales d el a r re ” (Aiiulom s o f í '.riticism, p. 29).


27 Encontramos aquí el ú n ic o p atró n legítim o, para W h i t e , para juzgar la h is to r io ­

grafía de un período Jad o . “El c u m p a historiográfico —d ic e —p a r e c e r ía ser rico y c r e a t i ­


vo e x ac ta m e n te en la mism a m e d id a en que gen era m u c h a s diferen tes d e scrip c io n e s
posibles de un c o n ju n to d ad o d e su c e so s” (M e t a hi s t o ri a , p. 2 6 5 ) .
28 Pomper c e n tr a su c r ít ic a d e la obra de W h i t e en la a u s e n c ia de un p rin c ip io

dinámico capaz de dar c u e n ta de la e v o lu c ió n h istó rica de los diversos estilos que a n a ­


liza (“1 ypologies and Oyeles in In te lle c tu a l 1 listo ry”, l l i s t n r y a n d T h ec i r y , B eih eft, 19,
1980, pp. 30-58 ).

75
an alítica necesaria sólo para la crítica. La actitud irónica se expande
así para comprender también este segundo nivel (metahistoriográfico)
de conceptualización.
De hecho, su esquema contiene un grado inocultable de arbitrariedad
y algunas de las categorías que White utiliza han sido conscientemente
redefinidas ad-hoc,w Sin embargo, cuando W h ite avanza en su actitud
irónica, sus esfuerzos taxonómicos empiezan a perder sustento. No se
trata simplemente del hecho obvio de que la utilidad de su tipología
pueda ser (y, de hecho, lo ha sido) materia de controversia.30 Tampoco
importa tanto el que haya incluso quienes argumenten (y hasta quizás
con buenos fundamentos) que la misma parece muchas veces un mero
juego verbal que no aporta ninguna contribución real ni alumbra aspec­
tos —en las obras que estudia- oscurecidos por las aproximaciones “tra­
dicionales” (o, peor aun, que su tipología resulte excesivamente rígida
como herramienta conceptual, obligando reiteradamente a su autor a
forzar los sistemas de pensamiento que trata a fin de adecuarlos a sus
moldes preconcebidos).31 El punto verdaderamente crítico radica en
que, como White sostiene, no existiría ya un “campo neutral” en el cual
dirimir tales cuestiones.5; Todo juicio acerca de la utilidad o no de un

S o b re discusiones acerca de la arbitrariedad de a lg u n a s categorías de a n á lis is que


W h i t e em plea, véase David Carrol 1, “On Tropology: T h e Fornis ot H isto ry ”, Diacritics,
197 6 , pp. 58-64; Stanley Pierson, “Revicw ot M euihisttrry”, C o m p a r a t i v a U teratu re, 30,
197 8 , pp. 178-181; y Susan Gearharr, “History as c n t i c i s m : T h e D ialogue o f History
a n d L ite ra tu r e ”, Diacritics, 1987, pp. 56-65.
>0 “A p e la r al valor heurístico no convencerá a sus c r ític o s — dice Pomper—de que el
sis t e m a ele clasificación de W h ite sea algo más q u e u n m é to d o in te lig e n te pero arbi­
t r a r i o ” (Pomper, “Typnlogies and C y c les”, p. 33).
51 V é a se Nelson, “Tropal History”, p. 80.

*•’ El intento de White por justificar (aunque sedo en u n a n o ta a pie de p á g in a ) con­


v e n c io n a lm e n t e sus procedimientos, es decir, esgrim ien do su utilid ad para el an álisis de
las obras en cuestión, no alcanza a responder a d ich a p re g u n ta . “M e doy c u e n t a -d ic e ­
de q u e , al usar la terminología y clasificación de e str u c tu r a s ele trama [p/otj ele Frye,
m e ex p o n g o a la crítica de los teóricos de la lite ratu ra q u e se oponen a sus esfuerzos

74
¡narco teórico dado sería siempre relativo a la respectiva idea acerca de
la tarea historiográfica; presupondría, en definitiva, ciertas orientacio­
n e s de evaluación preteóricamente concebidas.
De hecho, la solución convencionalista es necesariamente inestable
termina siempre conduciendo a una encrucijada: o bien avanzar en
esta dirección relativista, proclamando abiertamente la completa arbi­
trariedad de su tipología (incluida su propia idea del “lenguaje poético
en general”)) o bien retroceder hacia una fundamentación analítica de
la misma y postular la propia metahistoria como una suerte de meta-
vocabulario transtrópico de validez universal (dado que enraizaría en
los fundamentos “naturales” de la especie). Optar por uno de estos dos
puntos de vista extreme» resulta ineludible dentro de los marcos del
pensamiento formalista,33 según W h ite mismo nos muestra:

[El fo r m a lis m o ] d a b a s e n t i d o a los p r o c e s o s h i s t ó r i c o s b a s á n d o s e e n


u n a d i s t i n c i ó n e n t r e f o r m a s i n f e r i o r e s y s u p e r i o r e s d e v i d a , e n la
e x i s t e n c i a n a tu r a l e h i s t ó r i c a [ a s p e c t o q u e , c o m o v i m o s , n o a p a r e c e
e n W h i t e ] . Pero, c o m o c o n s i d e r a b a q u e la s c o h e r e n c i a s fo r m a le s e n
t é r m in o s de las c u a le s e s p e c i f i c a b a es a d i s t i n c i ó n e r a n i n t e m p o r a l e s
e n e s e n c i a , el fo r m a lis m o n o t e n í a n i n g ú n p r i n c i p i o c o n el c u a l e x p l i ­
c a r su e v o lu c ió n [...] I g u a l q u e e l e n f o q u e m e c a n i c i s t a d e la h i s t o r i a ,
el e n f o q u e fo r m a lis ta t e n í a q u e e le g ir e n t r e la c o n c l u s i ó n d e q u e las
c o h e r e n c i a s fo rm ale s q u e d is c e r n ía ' e n la h i s t o r i a a p a r e c í a n y d e s a ­
p a r e c ía n al azar, y la d e q u e r e p r e s e n t a b a n la e t e r n a r e c u r r e n c ia d e l
m is m o c o n ju n to de c o h e r e n c i a s fo r m a le s a lo l a r g o d e l tie m p o . D e su
c o n s id e r a c ió n n o e r a p o s i b l e d e r i v a r n i n g ú n d e s a r r o l l o r e a l m e n t e e v o ­

taxonómicos, o bien tien en o tras t a x o n o m í a s que p r o p o n e r e n lu g a r de la suya. N o


pretendo su gerir que las c a te g o r ía s d e Frye sean las ú n i c a s p o sib le s p ara clasifica r
géneros, modos, m y t h m , y d em ás e n l i t e r a t u r a , pero m e h a n r e s u lta d o e s p e c ia lm e n te
útiles para el an álisis de las obras h is t ó r ic a s ” ( M e t a h i s t o r i a , p. 19, n. 6 )
33 Para M a u r i c e M an d elb au m el a h is to r ic is m o de su t ip o lo g ía c o n s t itu y e su m a y o r
debilidad puesto que conduce i n e v it a b l e m e n t e al relativism o ( “T h e P resup p o sitio n s
oí M e t a h i s t o r y ”, Hi s t o r y a n d T h e o r y , B e ih e lt, 19, 1980, p. 4 9 ) .

75
lutivo. A sí, el m ecan icism o y e l f o r m a lis m o por ig u a l i m p o n í a n por
último una elecció n entre la i n c o h e r e n c i a to ta l d e los p r o c e s o s histó­
ricos (pura c o n tin g en cia) y su c o h e r e n c i a to ta l ( p u r a d e t e r m in a c i ó n )
(Metahiscorta, p. 87).

De ser esto último cierto, entonces W hite debió enfrentar, como de


hecho lo hizo, una opción similar entre la “pura contingencia” y la
“pura determinación”. Sin embargo, no podría optar ni por una ni por
otra, y terminará, como veremos, oscilando entre ambas alternativas.
¿Cuáles son las razones por las cuales W hite no podía optar por
una de ambas alternativas radicales y sostenerla consistentemente?
Volvamos, pues, a la cuestión original. El punto que W h ite pretendía
sustanciar es, como vimos, la afirmación de que “la ironía es sólo una
de una serie de perspectivas posibles”, todas ellas igualmente legíti­
mas, y no la única verdadera. El éxito o el fracaso de toda su empresa
metahistoriográfica dependería de su logro o no en sostener convincen­
temente este postulado.
Podemos entonces suponer, prima facie, que dicha conclusión pre­
tende ser cierta, y, por supuesto, su opuesta falsa. Esto implicaría que
todos los discursos historiográficos serían igualmente válidos, pero no
así todos los metahistoriográficos.14 T al postulado puede ser inferido
de algunas de sus afirmaciones:

14 Según Gol oh, “el vigor de su argum en to h istórico no d e ja d u d a respecto de su

propia convicción de que está contando la v erd ad, dicien do w i c e s e i g e n t l i c h getee-


sen, corrigiendo errores ríe ortos historiadores”. En definitiva, W h i t e su p o n e que tal
“estructura profunda [...) realmente existe” (G o lo h , “T h e lron y oí N i h i l i s m ”, History
a n d The tm, Beiheft, 19, 1980, pp. 61 y 6 5). La afirm ación de G o lo b n e c e s i t a un a pre­
cisión. En White se distinguen claramente ríos n iveles, el h isto riográfico y el metaláis-
toriográfico. Este autor de ningún modo p re te n d e discutir errores d e los historiadores
que analiza respecto ríe lo que “realm ente p asó ” en la historia. Pero la a firm ació n de
Goloh sí vale en el nivel metahistoriográfico. W h it e e f e c t iv a m e n t e af ir m a hechos
v debate posturas sobre lo que “realm ente o c u rrió ” en la historia de la historiografía
occidental a lo largo del siglo pasado.

76
Fue g r a n d e la t e n t a c i ó n d e c o r r e l a c i o n a r las c u a t r o f o r m a s b á s ic a s
de c o n c i e n c i a h i s t ó r i c a c o n tip o s c o r r e s p o n d i e n t e s d e p e r s o n a l id a d ,
pero d e c i d í n o h a c e r l o por dos r a z o n e s . U n a es q u e la p s i c o l o g í a se
e n c u e n t r a a c t u a l m e n t e e n el m i s m o e s t a d o d e a n a r q u í a c o n c e p t u a l
e n q u e e s t a b a la h i s t o r i a e n el s ig l o x ix . E n m i o p in ió n , es p r o b a b le
que un a n á lisis d el p e n sa m ie n to p s ic o ló g ic o c o n te m p o rá n e o revele
el m ism o c o n j u n t o d e e s t r a t e g i a s i n t e r p r e t a t i v a s ( c a d a u n a p r e s e n t a ­
d a co m o la c i e n c i a d e f i n i t i v a d e su t e m a ) q u e h e d e s c u b i e r t o e n mi
a n á lis is d e l p e n s a m i e n t o h is t ó r i c o . Es d e c ir , c o m o la p s i c o l o g í a n o
h a a lc a n z a d o t o d a v í a el tip o d e s i s t e m a t i z a c i ó n q u e c a r a c t e r i z a a las
c ie n c ia s fís ic a s , s i n o q u e s ig u e d i v i d i d a e n t r e “e s c u e la s ” d e i n t e r p r e t a ­
ció n e n c o n f l i c t o , p r o b a b l e m e n t e h u b i e r a t e r m in a d o p o r d u p l i c a r los
d e s c u b r im ie n t o s a q u e lle g u é e n m i e s t u d i o d e l p e n s a m i e n t o h is t ó r ic o
(M e t a h i s t o r i a , p. 4 0 9 ) .

Se siguen de aquí dos conclusiones. Primero, que el resto de los ele­


mentos que él tomó para construir su taxonomía habían previamen­
te superado el estadio preparadigmático que atribuye a la psicología.
Segundo, que este hecho le permitió evitar, según dice, la duplicación
de sus descubrimientos al nivel histórico. Cabe entender, pues, que la
teoría de los tropos no se aplicaría al nivel metahistórico, es decir, que
la perspectiva irónica de W hite no sería sirio “una de tina serie” de
perspectivas metahistoriográficas posibles.^
De hecho, ésta sería la única forma de sustentar su conclusión pri­
mera, es decir, rechazar todo tipo de relativismo a nivel de un segundo
orden de conceptualización. El marco formalista terminaría entonces

35 Esta es, de h e c h o , la postura adoptarla por I rye (de qu ie n W h i t e rom a su teo ­

ría de los tropos). S e g ú n f r y e , su teoría de los tropos se ñ a la b a una d i s t in c ió n radical


entre la crítica literaria (q u e, por stt in term edio, a d q u iría estatus de d isc ip lin a cient ífica)
y la literatura (véase Art a t o m y o f Criticism, pp. 17 y ss.). Pam p er so sp ech a u n a actitud
similar en W h ite , p ara q u ie n nos e n c o n tr a r ía m o s e n “el fin de un c ic lo de desarrollo
asociado al in ev itab le fracaso ríe una p r o t o - c ie n c ia por superar el p lu ralism o lin g ü ís ti­
co” (Pomper, “T y p o lo g ie s an d C y c l e s ”, p. í 6 ).

77
subordinando y relegando al nivel meramente historiográfico su pers­
pectiva irónica. Pero ello no podía representar una solución viable
para White, puesto que de tal modo concluiría por reproducir, aunque
a distintos niveles, lo que criticara a los historiadores narrativistas, es
decir, consagrar la ironía (relativa al nivel histórico) corno una verdad
absoluta a nivel metahistórico.
La otra alternativa, pues, era llevar la actitud irónica hasta sus con­
secuencias finales. Pero esto hubiera conducido a W hite a lo que quiso
evitar cuando rechazó incorporar la psicología a su estudio: la “dupli­
cación de los descubrimientos”, lo cual lo envolvería en una suerte
de regreso al infinito. En efecto, en este último caso obtendríamos la
metaafirmación siguiente:

La afirmación de que “la ironía es sólo una de una serie de perspecti­


vas posibles’ representa sólo una de una serie de perspectivas posibles.

El resultado habría sido que la ironía whiteana se habría visto “tras­


cendida” del mismo modo que él pretendió “trascender” la perspectiva
irónica de la historia. En tal caso, W h ite no tendría ya argumentos
que oponer a los que sostuvieran la perspectiva “irónica” de la histo­
ria como la única forma “realista” de ver el mundo. El modo de evitar
esto sería buscar, a su vez, “trascender” la ironía de la ironía trasla­
dando la actitud irónica a un tercer nivel de conceptualización,36 y
así al infinito. Una vez más, dentro de los marcos del pensamiento
formalista el término lógico de este circule» eterno consistiría en pro­
clamar dogmáticamente (al nivel que fuere) un determ inado pun­
to de vista como el único verdadero (de allí la idea w h itean a de la

Lo que nos daría la m e ta-m etaafirm ac ió n J e q u e “la af ir m a c ió n d e q u e la meta-


historia whiteana es sólo una de una serie d e p e rsp e c tiv a s posibles, es só lo u n a de las
perspectivas posibles”, con lo qu e se sugeriría q u e ésta puede no se r absolutamente '
arbitraria y conllevar algún co ntenido de “v e r d a d ”, co m o sostiene W h i t e . Pero aun
entonces cabría todavía ironizar tal m e t a - m e t a a f ir m a c ió n , y así s u c e s iv a m e n t e .
v o l u n t a d individual como el fundamento infundado que pone término

a este círculo).
Pero la naturaleza problemática de una concepción escéptica radi­
cal aparece más claramente cuando consideramos el carácter social de
{a empresa historiográfica. La actitud irónica en este respecto plantea
no sólo el problema de la relación sujeto-objeto, sino que con cier­
ne principalmente a los fundamentos intersubjetivos de la empresa
historiográfica. Los “tropos” de los que hab la W h ite no pueden ser
meras convenciones; ellos deben existir realm ente, puesto que exp li­
carían cómo un discurso determinado puede circular socialmente y, en
definitiva, regular los mecanismos de consagración de un historiador
determinado:

S o s te n g o que el v í n c u l o e n tr e u n h i s t o r i a d o r d e t e r m i n a d o y su p ú b l i ­
co p o te n c ia l se fo r ja e n u n n iv e l d e c o n c i e n c i a p r e t e ó r ic o y e s p e c í f i­
c a m e n t e lin g ü ís tic o . Y e s to su g ie re q u e e l p r e s t ig io d e q u e g o z a n u n
h is to ria d o r o filóso fo d e la h is to ria d e t e r m i n a d o s d e n t r o d e u n p ú b lic o
e s p e c ífic o es a t r i b u í h l e al te r r e n o l i n g ü í s t i c o p r e c r í t i c a m c n t e p r o p o r ­
c io n a d o sobre e l c u a l se re aliza la p r e f i g u r a c i ó n d el c a m p o h i s t ó r i c o
( M e t a h i s t o r i a , p. 4 0 8 ) 9 '

Así, cabría comprender la metahistoria de W h ite como un rechazo a la


idea de una racionalidad universal, postulando, en cambio, la existen­
cia de redes autónomas varias de sentidos compartidos intersubjetiva-
mente. La pertenencia o no a una determinada comunidad lingüística
puede, eventualmente, ser resultado de una decisión arbitraria, funda­
da sobre supuestos de naturaleza moral o estética. Pero la existencia
objetiva misma de los paradigmas como tales no estaría aquí, en prin-

37 En “T h e Burden of H i s t o r y ” ( 1966), W h i t e p o s t u la b a y a su idea de los “estilo s”

como soportes últim os de la i n t e li g i b i lid a d h is t ó r i c a ( H i s t o r y a n d T h e o r y , 5, 1 9 6 6 ,


p. 130).

79
cipio, en cuestión. La teoría de los tropos de W h ite sólo cobra sentj
como una exposición de los modos de existencia de los diversos tij
de competencias comunicativas. y
En este terreno, la extensión de la actitud irónica hacia arriba]
decir, al nivel metahistoriográfico) conllevaría hacia abajo un tegp
al infinito similar al analizado anteriormente, produciendo, en e
caso, una fragm entación del campo historiográfico. La conclusj
n a tu ra l de este proceso sería el solipsismo. El escepticismo tadi
conduciría así a la máxim a de Gorgias efe que no sólo no existe ved
alguna sino que, de existir, tampoco podría comunicarse. Incluso ti
“decisionism o” carecería entonces de significación social puesto i
no cabría concebir ya vínculos reales que conectaran las decisicl
individuales. El único modo de romper este segundo círculo es, t|
bien, postular la efectiva existencia de objetos tales como los troj
(con las consecuencias sustancialistas que ello conlleva) y que los m
naos pueden ser conocidos analíticamente. Pero aquí la actitud irótl
se desvanecería en la forja dogmática. |
Digamos, por otra parte, que si no fuera así, si no se sostuviera djj
m á ric a m e n te que los tropos existen realm ente, tampoco la acta
“iró n ic a” opuesta, es decir, la idea de que la metahistoria que W
re construye es “sólo una de las perspectivas posibles entre cua
v arian te s posibles fundamentales c u y a exi stencia por la misma se |j
tula, contendría ya significado alguno. En última instancia, la p|
pectiva irónica contradice la argumentación formalista tanto con^
presupone. En definitiva, es esta tensión analizada la que explicajj
qué W h it e no podía decidirse por ninguna de las dos opciones (ladi
nvática o la escéptica) y termina oscilando entre ambas, al precio^
em bargo, de renunciar a intentar fundamentar teóricamente su pro
perspectiva metahistoriogrúfica. Y esto ayuda a aclarar, como dijiffl
algu n as de las aporías más generales a las que se enfrenta el llardij
“giro lingüístico” una vez que éste se sitúa a sí mismo en el nive|
c o n te x to m etacrítico. Llegado a este punto parece tornarse impi
c in d ib le establecer alguna distinción entre niveles de discurso (cí

80
* 'm ero y segundo nivel de creencias, en Hoy) a fin de producir
Uousiira metacrítica que evite un regreso al infinito. Así, lo
lidcrts . , ,. ^ .
Iría a nivel de un primer nivel de discurso, no seria ya aplica-
¿veles superiores del mismo.
spv—LaCapra, (*) esto se debe, en realidad, a que la metahistoria
fíw Jóeica de W h ite permanece aún atrapada “dentro del mismo
referencia de las perspectivas científicas que él sólo invierte;
-fewmcipio qut ni,P informa, la teoría de los tropos de W h ite como funda-
de la retórica y la narrativa es un estructurahsmo generativo
>iin irnm un nivel determinado de discurso (el trópico) como el
^^rminante en última instancia” (Rethinking, p. 34). LaCapra sigue,
a jespecto de W hite, la misma línea crítica que Derrida ensayara
CO(pLévi'Strauss y Foucault. W h ite únicamente habría invertido los
de la historiografía tradicional sin aportar una renovación
fttif su. historia sería una historia de los modos de conciencia en la
qBft'ellenguaje opera como un mero medio de expresión para un objeto
(¡¿¿estructuras o modos tropológicos de la conciencia histórica) que lo
(Rethinking, p. 76). Las diversas narrativas históricas que él
derríbe serían ellas mismas (más allá de la naturaleza poética de sus
f i l a m entos) consideradas como “textos”, en el sentido criticado por
Pjgfoj Y, en consecuencia, también su metahistoria se vería desgarrada
per las viejas antinomias entre texto y contexto, continuidad y cam-
bfevenfin, entre relativismo y objetivismo.
i su impronta estructuralista, la obra de W h ite representa, dice
ara, sólo un nuevo hito en la larga tradición de los discursos
totalizadores, con lo que term ina recreando lo que él mismo cues-
tíonata a Foucault: “Los nombres de los individuos que aparecen son
artificios para designar los textos, y los textos son, a su vez, menos
taponantes que las configuraciones macroscópicas de conciencia for­
malizada que ellos representan” ( Rethinki ng, p. 8 1 ). Donde otros
historiadores sitúan las realidades políticas o sociales, W hite instala
k» tropos que dan forma a la escritura histórica. Los tropos actúan,
í»e*,al modo de un contexto externo y anterior a los textos mismos.

81
Su relativismo, resultante de la permisividad que W h ite confiere a la
conciencia subjetiva respecto de los hechos del pasado, representa tan
sólo una contracara de “la ansiedad metafísica por una presencia total,
una significación completa y una explicación final [que] se conserva
como un supuesto acrítico” (Rethinking, p. 76). En fin, la teoría de l0s
tropos lleva a ver a éstos como macizas estructuras estáticas, presentes,
homogéneas y objetivas.
LaCapra, en cambio, ve los textos como un espacio fragmentado
escenario de conflictos y contestaciones internas que desgarran sus
tendencias homogeneizantes. La visión monológica del texto ocluye
la trama polifónica de sentidos en la que la voz del autor es sólo la de
un contendiente en un campo más vasto de fuerzas operantes (History
and Memory, p. 116). LaCapra, pues, incorpora una instancia más en
la problem ática instalada en torno al textualismo. El llamado “giro
lingüístico” desplazó decisivam ente la atención de los historiadores
hacia los procesos por los cuales los textos pueden circular y difun­
dirse socialmente, pero apenas advirtió los complejos fenómenos de
transformación interna que los mismos sufren en dicho proceso: cómo
éstos se contorsionan, desarticulan los ejes de aquella coherencia que
hasta entonces les fue inherente, erigen contrafinalidades, y se rebe­
lan finalm ente contra sí mismos cobrando permanentemente nuevos
significados.
No se trata, sin embargo, de un regreso al antiguo formalismo. Para
LaCapra, como para Derrida, no hay un fuera-del-texto, desde que
no hay “contexto” que no se encuentre siempre y a textualizado. Pero
tampoco habría un puro dentro-del-texto, sino una articulación de
instancias heterogéneas. Más que en el puro texto, LaCapra busca ins­
talarse en la intersección del texto con aquellas actividades con las que
aquél lim ita, las que no necesariamente son por ello pre-lingüísticas
o pre-significativas (Soundings, p. 73). Tal relación, dice, cabe conce­
birla como una “intertextualidad”, un “diálogo interno”. Tal “diálogo
interno” es la base de la productividad del lenguaje. Como señala en
su crítica de la noción de la “grande obra” de Goldmann como repre­

82
sen tativa de una determinada “visión del mundo”, para LaCapra, toda
“grande obra” lo es sólo en la medida en que contiene “fuerza crítica”
(en el sen tido de Adorno), es decir, que es capaz de ir más allá (proble-
matizar), rebelarse contra su “contexto de emergencia” y superarlo.38
C o n tra el concepto constativista de G oldm ann (el arte como repre­
sentación de las respectivas “visiones del mundo”) la “grande obra” es,
para LaCapra, precisamente aquella en la que se pone en ejecución la
fu nción más característica del lenguaje: su dimensión performativa,
creativa (constitutiva) de nuevas realidades (de allí que no haya, para
él nada fuera del lenguaje y que éste venga, a posteriori, a represen­
tar, pero tampoco una pura inm anencia del lenguaje: lo que define al
mismo sería, precisamente, el situarse en tre , es decir, su capacidad para
articular prácticas e instancias discursivas heterogéneas).
Esta dimensión performativa trascendería las antítesis tradicionales
revelan do cómo, en última instancia, formalismo y contextualismo, al
igual que objetivismo y relativismo, se suponen m utuam ente, forman
parte del mismo sistema de oposiciones tradicionales de las metafísicas
occidentales:

El a r g u m e n to d e l p re s en te lib r o es q u e el e x t r e m o o b j e t i v i s m o d o c u -
m e n taris ta y el s u b je tiv is m o r e l a t i v i s t a n o c o n s t it u y e n g e n u i n a s alter-
. n a tiv a s . E llos so n p a rte s c o n s t i t u y e n t e s d e u n m i s m o c o m p l e j o ’ y se
sostienen m u t u a m e n t e . El h is t o r ia d o r o b je t i v is t a s itú a e l p a s a d o e n la
posición “lo g o c é n t r ic a ” de lo q u e D e r r id a lla m a el “s i g n i f i c a d o t r a s c e n ­
d e n ta l”. Este e s tá s im p le m e n t e a l l í e n su p ura r e a li d a d , y la ta r e a d el
h isto riado r es la d e usar las f u e n t e s c o m o d o c u m e n t o s p a r a re c o n s tru ir
la re alid ad p a s a d a ta n o b j e t i v a m e n t e c o m o p u e d a f...] El r e l a t i v i s t a s im ­
p lem en te i n v i e r t e el “l o g o c e n t r is m o ” o b je tiv is ta . El h is t o r ia d o r se sitúa
a sí m is m o e n la p o sic ió n del “s i g n i í i c a d o r t r a s c e n d e n t a l ” q u e “p r o d u c e ”
o “c o n s t r u y e ” los sen tid o s del p a s a d o ( H i s t o r y a n d G r i t i c i s m , p. 1.38).

38 Dominick L a C a p r a , " R e t h in k in g I n t e l l e c t u a l H isto ry a n d R e a d i n g T e x t s ”, en

LaCapra y K aplan, M o d e m E u r o p e a n i n t e l l e c t u a l H i s t o r y , jtp. 6 4 -6 5 .

83
White, en cambio, ve en el deconstruccionismo de Derrida-LaCapra
-y su ambición de derribar todas las oposiciones revelando su trasfon-
do metafísico- el arribo del “momento absurdista” a la teoría social*
el de la fetichización del lenguaje (en el que, a diferencia de lo qUe
ocurriría con la mercancía, se borraría toda huella de su “valor de uso”
originario anterior a su “valor de cambio” fetichizado):

A diferencia d e M a r x , sin e m b a r g o , c u y a d is c u s ió n d e las b a s e s figu.


rativas del f e t ic h is m o d el oro e n e l p r i m e r c a p ít u lo d e El C a p ita l él
cita, Derrida n o c o n c lu y e que la s a l i d a d e l f e t ic h is m o d e l o r o pueda
lograrse por la r e v e l a c ió n de los m o d o s p o r los c u a le s el l e n g u a j e mis­
mo fetichiza e l p o d e r h u m a n o p a r a p e r c i b i r a tr a v é s d e lo figurativo
el sentido lit e r a l d e l “v a lo r - d in e r o ”. P o r e l c o n t r a r i o , D e r r i d a procede
a mostrar c ó m o e s te “ver a t r a v é s ” es im p o s ib le . V e r a t r a v é s de lo
figurativo el s e n t id o lit e r a l de to d o esfuerz o por c a p t a r la experien ­
cia en el le n g u a je es im p o sib le, e n t r e o t r a s raz o n es, p o r q u e n o hay
“percepción” q u e p e r m it a d is t in g u ir e n t r e la “r e a l i d a d ” y sus diversas
figuraciones lin g ü ís t i c a s y d is c e r n ir e l c o n t e n i d o d e v e r d a d relativo
de ¡as d istin tas fig u ra c io n e s . S e r , e n sí m is m o , es a b s u r d o . P o r lo tan­
to, no hay “s ig n if ic a d o s ”, sólo el f a n t a s m a g ó r i c o b a l l e t d e significados
alternativos p ro v is to s por los d iv e r s o s m o d o s de f i g u r a c i ó n . Estamos
sujetos a la s erie in t e r m i n a b l e d e t r a d u c c i o n e s m e t a f ó r i c a s d e u n uni­
verso de sig n ific a d o s provistos f i g u r a t i v a m e n t e a o tro . Y to d o s ellos
son figurativos por igual.
1W

Tendencia tan antigua como la filosofía misma, el “absurdismo” tiende


a hacer del lenguaje un ídolo que sólo porta sentidos esotéricos para los
iniciados, portadores de una “superciencia” incapaz de validarse teóri­
camente o comunicarse racionalmente. El crítico literario se disocia así
de toda empresa colectiva (Trópica, p. 277), “la literatura se reduce a la

Ha velen W hite, “T h e Absurdist M o m e n t in í io n te in p o rary L ire rn ry Theory",


( .’cmtemjwrarv Uu r t u u r e , 7 A, 1076, reeditado en T r o p i c s of
Discutirse, pp. 26 1 -282.
e sc ritu ra , la
escritura al lenguaje, y el lenguaje, en un paroxismo final de
a parlotear acerca del silencio” (T r o p i c s , p. 263).
fru s tra c ió n ,
LaCapra, sin embargo, está lejos de aceptar que su teoría compon
te postulados irracionalistas tales. Ello contradice, precisamente, la
naturaleza dialógica con que LaCapra concibe la labor del crítico.
El historiador no necesariam ente se encuentra preso de sus propias
figuraciones, “dialoga con los muertos [...] y debe estar atento a las
p o s ib le s voces discordantes del pasado sin proyectar sus demandas
narcisistas o autointeresadas sobre ellas” ( Rethinking, pp. 36-37). Sus
interpretaciones, dice, “no son nunca enteram en te libres [...], debe
atender a los hechos ( Rethinking, p. 63). “El problema en cuestión
—concluye LaCapra—es negociar grados variables de proximidad y dis­
tancia en la relación con el ‘otro’ que está tanto fuera como dentro de
nosotros” ( History and Griticism, p. 140).
De todos modos, W h ire está en lo cierto al afirmar que en el co n ­
texto del pensamiento de LaC apra no resulta comprensible cómo
es posible un “diálogo” tal con el pasado, cómo es que “aspectos del
pasado” puedan, según afirma LaCapra, “contestar tendencias pro­
minentes del presente” ( History and Criticism, p. 4 0 ).40 El interés de

4 0 Pagden señ ala, en “T h e L in g u is t ic T u n v a n J I n r e l le c t u a l H istory”, un a c o n t r a ­

dicción en L aC ap ra. A l a h o g ar c o n t r a el p resen tism o ’ ele las perspectivas h isto rio -


gráficas y por un diálogo co n el ¡tasad o qu e nos p e r m it a sup erar el “e n a m o r a m ie n to
narcisista” de nuestras propias i m á g e n e s presentes, a f ir m a P agd e n , L aC ap ra está de
hecho p resu p o n ien d o la p r e c e d e n c i a d e los h e ch o s a los discursos y la a u t o n o m ía
cogmtiva de la o bservació n de los sucesos riel pasado re sp e c to de nuestras c a te g o r ía s
de pensam iento (J o u r n a l o f t h c H i s t o r y o f Ideas, 4 0.3, 1 0 8 8 , pp. 5 23 -5 2 5 ). P agden a t r i ­
buye dicha c o n trad icc ió n a la t e n d e n c i a de L aC ap ra a r e iíie a r los textos. T o d a c o n ­
versación presupone, para P a g d e n , sujetos que d ia lo g a n ; “d ialo g ar con un f e n ó m e n o
- d i c e - e s sim p le m en te i n i m a g i n a b l e ” ( i hi d., p. 5 2 5 ). En su respuesta a d ic h a c r ít ic a ,
LaCapra insiste, sin e m b argo , en la posib ilidad de d is c u t ir c o n lo que llam a, en este
caso, el “fe n ó m e n o ” Pagden (LaC fapra, “A R e v ie w o f a R e v t e w ”, J o u r n a l o f thc H i s t o r y
o f Ideas, 4 9.4, 1988, p. 6 8 2 ) . L1 t o n o de su respuesta p a r e c e , no obstante, d e m o stra r
lo contrario. S i bien los c u e s t io n a m ie n t o s de Pagden r e s u lta n f recu en tem e n te d é b ile s

88
LaCapra se centra, como vimos, en concebir los textos “como proce­
sos”, en los que él llam a fenómenos poco estudiados de contestación
interna por los cuales las redes de significados se van desplazando y
transformando históricam ente. “La historia misma -d ice LaCapra-
puede ser entendida en términos de una interacción agonal entre
fuerzas unificantes y descen tran tes” (R e t h i n k i n g , p. 188). Pero, la
explicación de cómo las “redes de significados” de un lenguaje dado
pueden entrar en colisión entre sí aún dem anda una explicación, la
que no puede, sin circularidad, atribuirse a las propias capacidades
generativas del lenguaje. Hacer esto significaría, en definitiva, inten­
tar introducir una forma nominalista de clausura metacrítica (clausu­
ra a la que White se niega, aunque con la consecuencia, como vimos,
de dejar indeterminados sus fundamentos epistemológicos, lo que
vuelve inconsistente todo su programa metahistoriográfico), colocan­
do al Lenguaje en el lugar de ese fundamento infundado que White
creyó ver en la Voluntad y Fish en la In stitución. En definitiva, si las
transformaciones que en el lenguaje se producen son el punto de par­
tida para la generación de realidades no-lingüísticas (aunque no por
ello extra-lingüísticas) es porque, al mismo tiempo, éstas son también
un punto de llegada de procesos no-lingüísticos —procesos (como la
generación de anom alías), en realidad, sumamente complejos y que
ocurrirían siempre “a nuestras espaldas”—. Volviendo al ejemplo de
Goldmann, de alguna forma u otra hay que pensar (puesto que no
hay “horizonte sin h o rizo n te”) que toda c rític a a una determina­
da “visión del mundo” presupone ya la presencia de otra “visión del
mundo” que permita tornar a aquélla en objeto de crítica, es decir,

de sostener (demasiado a terra d o s a supuestos “r e a lis ta s in g e n u o s”), L a C a p r a postula


pero nunca intenta e x p lic a r su p la n t e o c e n tral r e sp e c to de có m o es que un fenómeno
pueda “debatir”, si por e llo e n te n d e m o s , k a n t i a n a m e n t e (o, mejor dicho , anrikantia-
namente), llegar a c o n t r a d e c ir a q u e lla s catego rías de p e n s a m ie n to que c o n s t itu y e n sus
propias condiciones de p o s ib ilid a d en tan to que “f e n ó m e n o ”.

86
la dimensión per fo rm at iv a del lenguaje supone siempre la c o n s t a -
tativfl (aunque ya no, es cierto, en el sentido de un mero registro de
transformaciones que ocurren en esa realidad, “frente nuestro”), que
toda “grande obra” es siempre al mismo tiempo “transgresiva” en un
r e s p e c t o y “representativa” en otro; como decía Fish, que toda “aper­

tura” es “relativa”, que no existe “apertura en ge n e ral”:

El individuo actúa y argumenta en nombre de normas y valores


personalmente sostenidos (de hecho, son éstos los que lo sostie­
nen a aquél), y lo hace con la plena confianza que acompaña la
creencia. Cuando sus creencias cambian, las normas y valores a los
cuales alguna vez dio asentimiento irreflexivo quedan rebajados a
la condición de opiniones y se convierten en el objeto de una aten­
ción analítica y crítica; pero esa misma atención es posible gracias
a un nuevo conjunto de normas y valores que, por el momento, son
tan indudables y acríticos como aquellos a los que desplazaron (Is
there1., p. 319).

El punto aquí es que, al situar el énfasis de sus análisis exclusivam en­


te en la dimensión performativa del lenguaje —sin tomar en conside­
ración cómo ésta se imbrica siempre con la con statativa—LaCapra
soslaya el desafío fundamental planteado por la tropología w hiteana.
De hecho, el verdadero nudo perturbador de su concepto tropológl­
co no radica tanto (o solam ente) en el hecho de que el mismo hace
anclar la presencia de tendencias antagónicas en la superficie de los
textos en una dimensión trascendente a los mismos: los tropos (algo
que LaCapra agudamente señala), como que con ello W hite tienda
a afirmar la radical inconmensurabilidad entre los (en palabras de
Wittgenstein) diversos “juegos de lenguaje” —una consecuencia que
LaCapra prefiere obviar—. En W h ite esto se liga naturalm ente a la
idea de la anterioridad del sujeto de la decisión, quien se encuentra
en situación de decidir autónom am ente su adhesión a uno u otro de

87
ellos.41 LaCapra, en cambio, a fin de salvar su idea agonal de lo tex-
tual, tiene que eliminar, junto con el sujeto de la decisión, la idea dt
una inconmensurabilidad entre los diversos “juegos de lenguaje”: e]
Lenguaje (com o la lnstituciójx de Fish) aparecería entonces como uj
terreno llano, neutro y perfectamente homogéneo a fin de que las dis­
tintas “voces” puedan entrar en él en contacto e interactuar libremen­
te, y, finalmente, enfrentarse entre sí.
La antinomia entre fundacionalismo y relativismo se despliega así er
otra paralela a aquélla entre completa determinación y libre arbitrio. \
ambas se encuentran indisociablemente ligadas. La determinabilidac
del lenguaje está garantizada en LaCapra por la posibilidad de atravesai
las diversas secciones de una superficie textual sin fisuras.42 Y con elle
parece simplemente trasladar al plano de la superficie textual (en tante
que sustrato y soporte del lenguaje entendido como actividad y produc­
tividad) el mismo concepto de tabula rasa (de ente despojado de tod;

41 En “ 1 li s t o r ic is m , 1 Iistory, and th e F ig u r a tiv e I m a g in a t i o n ” ( H i s t o r y a n d Théo

rv, 14, 1975, p. 6 6 ), W h i t e afirma qu e “p o d e m o s im a g in a r el m e d i o ele traducir di


un discurso a o tr o , d e l m ism o modo c o m o trad u cim o s de un l e n g u a j e a o tro”. Sil
embargo, c o m o s e ñ a l a R o t h ( “H a y d e n W h i t e an d the A e s t h e t i e ”, p. 2 5 ) , ésta e
una a f ir m a c ió n a i s l a d a (R o th no ha e n c o n t r a d o n in g u n a a n á l o g a e n su obra) que
por otro la d o , c o n t r a d i c e todo lo qu e s o s tie n e en su te o r ía d u r a n t e los escritos de
período. En los a ñ o s q u e siguen, W h i t e r a d ic a liz a aun más su r e la t iv i s m o . En “His
torical P l u r a l is m ” , C'-ntical I n q u i r y , 12, 198 6 , pp. 4 8 6 ( c it a d o por R o t h , ibid., p. 26
el autor de M e t a h i s t n r y se define a sí m is m o c o m o a lg u ie n qu e “n o t e m e a la etiquet:
de ‘r e la tiv is ta r a d i c a r ” . Este r e la tiv ism o r a d ic a l se ligaría a su v o l u n t a r is m o liberal
Según afirm a R o t h , W h i t e “enfatiza el g r a d o [...) de i n d e t e r m i n a c i ó n d e las explica
Clones por los d a t o s d isp o n ib le s a fin d e d a r lugar a la a c c ió n d e l a g e n t e humano
(ibid., p. 2 6 ).
4J La suya es, e n d e fin itiv a , una p e rsp e c tiv a h istórica e ste tiz a n te de m atriz román
tica. Clomo d ic e K ra m e r , para L aC ap ra “las grandes n o v e las a m e n u d o retratan con
testaciones i n t e r n a s m ás p ro fundam ente q u e otros textos p orque la form a literaria qu
establecen es u n l e n g u a j e libre y, por lo t a n t o , desafían las c a te g o r ía s q u e rein an má
allá en la c u l t u r a ” (L lo v d Kramer, “L ite ra fu re , C r ir ic is m ”, T h e N e w C'ultural Histor)
pp. 115-1 14).
determinación particular, de toda singularidad y contingencia históri-
ca) con que W hite define al sujeto de la decisión. Lo que ni LaCapra ni
White poseen, según afinna Fredric Jameson, y los lleva a hipostasiar o
bien el lenguaje, o bien al individuo, es un concepto de la Historia (con
H mayúscula), la idea de la existencia de un ámbito de contradicciones
“reales” que no existen fuera del lenguaje, pero que, sin embargo, no
reductibles a meros antagonismos lingüísticos45 y, por lo tanto, ruin-
s o n

ca terminan de resolverse a este nivel.

¿E l marxismo en el M aelstrom textualista?

Jameson ( ■) ha ganado merecida reputación como el artífice


F re d ric

de uno de los intentos contemporáneos más originales y sistemáti­


cos por hacerse cargo desde el marxismo de los desafíos planteados
al mismo por el presente “giro lingüístico”, asimilando, a la vez, los
aportes legítimos que éste pudiera ofrecer a aquél. W hite lo definió
como “un genuino dialéctico [...] porque sabe que toda teoría debe
medirse no por su capacidad de demoler a sus contendientes, como
por la de expropiar lo que es valioso y penetrante de sus m ás fuertes
oponentes”.44 Pero Jameson es algo más que eso. Es tam bién capaz
(o, al menos, así afirma serlo) de volver contra sus oponentes las mis­
mas herramientas críticas tomadas de ellos, revelándoles con éstas las
limitaciones inherentes a sus doctrinas. El marxismo proporcionaría
ese “horizonte intrascendible” que le perm itiría indagar a aquéllas en
sus propios fundamentos para corroerlas criticamente desde dentro y
así trascenderlas.

Decir que todos los a c to s de h a b la so n r e la c i o n e s in te r p e r s o n a le s —asegura


Jameson- no es, c o m o p ro p o sic ió n , lo m ism o q u e a firm a r que todas las re lac io n e s
intetpersonales son acto s d e h a b la ” (Fredric J a m e s o n , T h e P r i s k m - H o u s c <>f ¡ Mt iguage,
Princeton, Princeton U n iv e r s i t y Press, 1972, p. 2 0 5 ) .
4 4 Hayden W h it e , “G e t t i n g O ut oí H isto ry ”, D i a c r i t i c s , 1 2 . 5 , 1982, p. 5 .

89
Más concretamente, Jameson se propone mostrar las aportas a las
conduce la actu al absolutización de la instancia textual. Este autc
insistirá, pues, en la necesidad de resituar el énfasis de los estudios
la dimensión “vertical” del texto a la “horizontal”, es decir, de la art
culación de las diversas instancias de un texto a los modos en que le
mismos se constituyen históricamente ( T he ldeologies, J, p. xxix). Est
no necesariamente significa un regreso a la creencia positivista ing(
nua en la existencia de una realidad “objetiva” que no se encuenti
siempre ya mediada simbólicamente, o de un “contexto” situado jx
fuera de todo “texto” o narrativa. Este último reconocimiento no nc
obliga, sin embargo, según Jameson, a sucumbir ante el textualism<
A fin de trascender el textualismo no es necesario ir más allá de le
textos mismos, sino reactivar aquella dimensión oculta en ellos, qu
se parece mucho a una zona negada (y cuya emergencia, por lo tai
to, resultará siempre perturbadora para la estabilidad de los misma
y que sólo surge a partir de una comprensión de la vida social com
“totalidad”. Sólo ésta permite abrir los textos hacia sus mismas cond
ciones se m án tica s de producción, h acia aquello que los mismos al mil
mo tiempo excluyen y contienen dentro de sí: su i n c o n s c i e n t e político:
Se trata, en fin, de comprender los “artefactos literarios” como actt
socialmente si m b ól ic os ( The Political, p. 20).
Comprender los “artefactos literarios” como a cto s s o c i a l m e n t e sin
bélicos no significa, para Jameson, buscar por detrás de los textos s
“estructura profunda”: es en la misma superficie textu al donde 1í
distintas fuerzas sociales entran en combate; el texto no es más qu

4> C o m o c o n c lu s ió n o su T h e P r i s o n - H o n s e o j Li mg uag p ( 1 9 7 1 ) , e n qu e analiza l¡


nociones e stru c tu ral istas y formalistas del l e n g u a je como m o d e lo p ara p e n sar lo soda
jam e so n afirm aba q u e “las dem andas g e m e la s , y en ap arien c ia inconmensurables,!!
un análisis s i n c r ó n ic o y u n a c o n c ie n c ia h is tó r ic a , de estructura y auto co n cien cia, C
le n g u aje e h is to r ia , p o d r ía n ser r e c o n c ilia d a s ”. C a b e considerar la t e o r ía del “inconi
c ie n te p o lític o ” q u e p lasm a diez años m ás ta rd e e n T h e Political U n c o n s c i o u s cornos
in te n to más a c a b a d o por dar forma a tal p r o y e c to in te le c tu al.

90
' fcihí'otaca

el campo agonal para el juego de tendencias encontradas. Se trata


simplemente de ver los textos como “totalid ad es”. En la celebración
posmoderna de la pura d iff ér anc e, Jameson ve una “estrategia de con­
tención por la cual [las “lecturas locales”] pueden proyectar la ilu­
sión de ser de algún modo completas y autosuficientes” ( T h e Political,
p. 10). S e trata, pues, de una mera operación ideológica (correlato
intelectual de da d esintegración esquizofrénica del sujeto burgués
en el capitalism o tardío) que tiende a clausurar todo sentido crítico
-sentido aún perceptible en las ideologías de la modernidad, corres­
pondientes a etapas previas de desarrollo c a p ita lista -.46 Pero, aun en
este caso extremo, la idea de la particularidad presupone ya siem ­
pre, para Jameson, la de unidad como el trasfondo necesario para su
inteligibilidad en tanto que tal particularidad.47 La superioridad del
marxismo radicaría precisamente en aferrarse a dicho concepto de
totalidad, lo que le perm itiría perm anentem ente dislocar toda c erti­
dumbre local revelando su carácter siempre inevitablem ente parcial
y limitado. “El gran logro de Lukács - a f ir m a - fue haber entendido

4 6 En T h e Political U n c t m s c i o u s , Jam eso n traza, e n u n a trilogía que va d e B alzac a

Conrad y pasa por Cnssing, el proceso de fo rm ac ió n d e l su je to burgués m o d e r n o v su


posterior desintegración esq u iz o fré n ica (la a u t o n ó m iz a c ió n de sus diversas f a c u lta d e s y
la consecuente d esartic u lac ió n del ego ) bajo las c o n d i c io n e s d e l c ap italism o tard ío .
47 “Uno no puede e n u m e r a r las diferencias e n tr e las cosas sino contra el trasfondo

de una identidad más ge n e r a l. IÉl co n cep to a lt h u s s e r ia n o de] m e d i a c i ó n e s ta b le c e esta


identidad inicial, frente a la c ual luego, y sólo p o s te r io r m e n te a la m ism a, la i d e n t i ­
dad local o diferenciación p u e d e ser registrada” ( T h e Political, p. 42). J a m e s o n p a r e c e
simplemente ignorar aq u í la d is tin c ió n estab lecida por Hórrida entre d i f f é r a n c e y d if e ­
renciación. Contra lo que D errida e x p líc it a m e n t e so stie n e con su idea de la d i f f é r a n c e ,
Jameson afirma que el d e c o n stru cc io n ism o sería u n a m e r a valorización de lo “m o l e ­
cular” que siempre p re su p o n e un co n c e p to de t o t a li d a d . “El valor de lo m o le c u la r
en Deleuze, por ejem plo - a s e g u r a - d ep en d e e s t r u c t u r a l m e n t e de un im p u lso m o la r
preexistente y unificante c o n t r a el cual su verdad (Hieda ser leída. Sugerirem os, p or lo
tanto, que éstas son filosofías c r ític as o de segundo grado , qu e re-confirman el e sta tu s de
la totalidad por medio de su propia reacción co ntra el m is m o ” ( T h e Political, p. 5 3 ).

91
que tales estrategias de contención [...] sólo pueden ser desenmasca­
radas al confrontarlas con el ideal de totalidad el cual éstas al mis­
mo tiempo implican y reprim en” (The Political, p. 53). El marxismo
podría, pues, definirse como un historicismo radical (The Ideologies
u, p. 164), lo “infinitam ente totalizable [...] simplemente, el lugar de
un imperativo por totalizar” ( T he Political, p. 53). “Historizar, siem­
pre historizar”, es la m áxim a que abre su T h e Political U n co n sc ious y
preside toda su obra.
Tal concepto de los “artefactos literarios” como actos socialmente
simbólicos debe, pues, interpretarse en un sentido negativo, como la
exigencia de desmantelar toda aproximación fragmentaria revelando
su unilateralidad. En definitiva, piensa Jameson que si el marxismo
es el lugar para un mero “imperativo por totalizar”, se debe a que la
totalidad como tal no es representable. Jameson apela aquí a la idea
de Althusser (quien, a su vez, se basara en Spinoza) de la estructura
comer “causa ausente”. El mayor obstáculo para un debate riguroso en
torno al concepto marxista de totalidad radica, para él, en su confu­
sión o bien con la idea mec anici sta- cartesiana de ca u s a -e f e c t o (según el
modelo vulgar de base-superestructura), o bien con el concepto leib-
niziano (y que Althusser atribuye también a Hegel pero que Jameson
prefiere asociar con Goldmann y su noción de “visiones del mundo”)
de causalidad expresiva (en el que el todo se reduce a una suerte de
esencia interior, anterior e independiente a sus partes, las cuales serían
una mera manifestación exterior suya). La idea de causalidad estruc­
tural de Althusser (y que en los debates actuales suele confundirse
—muchas veces, según asegura Jameson, de m ala fe—con alguna de
las antes mencionadas) supone un concepta) de la totalidad comple­
tamente distinto. La totalidad, para Jameson, como lo estructura para
Althusser, no es algo dotado de tina naturaleza propia que preexiste a
sus manifestaciones y que sólo posteriormente viene a imprimirse en
ellas, sino una causa inm anente a sus mismos electos, constituye el
sistema de sus relaciones. Aquélla, por lo tanto, nunca se nos revela­
ría sino en éstos, es decir, en sus propias contingencias (The Political,

92
p 24-25)- Es así que totalidad y parcialidad, identidad y diferencia,
necesidad y arbitrariedad se im plican y presuponen mutuamente. Tal
idea d e la totalidad entiende Jameson que permite a la vez subsumir y
tra s c e n d e r las aproximaciones hacia lo fragmentario de nuestra reali­
dad caída, revelándola como tal (como real y parcial al mismo tiem­
po); no buscando un “sentido oculto” (como en la hermenéutica) o
una “estructura profunda” (como en el caso de la tropología de W hi-
te) tras lo inm ediatam ente dado a la conciencia, sino desnudando
todo intento de proyectar alguna esfera particular de nuestra existen­
cia social (como, por ejemplo, el “lenguaje”) como punto arquimédico
situado por fuera de la misma.4''
En definitiva, aquello hacia lo que la crítica marxista tiende, sin
llegar nunca a alcanzar, esa “causa ausente” inm anente en sus mismos
efectos (los textos) es lo que Lacan definiera como lo Real —“aquello
que resiste absolutamente toda simbolización”—, pero que jameson
prefiere traducir como Historia. “La noción lacaniana de una aproxi­
mación ‘asintótica’ a lo Real —dice—gráfica una situación en la cual la
acción de esta ‘causa ausente’ puede ser entendida como un término
límite, tanto indistinguible de lo Simbólico (o lo Imaginario) como
también independiente del mismo” (T he Ideolo gías, i, p. 107). Jame-
son retoma así un concepto lacaniano para convertirlo en el núcleo
de la crítica literaria marxista; pero para comprender el sentido que

1,8 Un e je m p lo J e ello es la le c tu ra q u e o lrece de Freud. A s e g u r a que el famoso

triángulo e d íp ic o presupone ya a la f a m ilia m o n o g á m ic a b urguesa. En ese sentido, no


es falso, sino h is tó r ic a m e n te d e te r m in a d o . El error de Freud sería h ab er proyectado
tal concepto c o m o un universal. El p aso s ig u ie n te es m o strar c ó m o es que la s e x u a li­
dad (el deseo g en eralizado , c o n v e rtid o d e an sia específica o r ie n ta d a h a c ia un objeto
particular en láeseo abstracto) pudo l l e n a r s e ele c o n te n id o scaniótico, cómo un h e c h o
“natural” (co m o c o m e r) pierde su n a t u r a li d a d y se carga de s e n tid o sim bólico (co m o
ocurre con el c o m e r en las fiestas r itu a le s ) y qu é sucede c u a n d o se produce la se p ara ­
ción entre los ám b ito s de lo p úb lico y lo p riv ado , es decir, u n a vez qu e el sexo (o la
comida) como a c tiv id a d pierde su c a r á c t e r so cial y se desplaza y recluye en el ám b ito
personal-individual.

93
tal c o n c e p to ad q u ie re e n J a m e s o n es n e c e s a r io considerar la set
r e tra d u c c io n e s q ue realiza de térm inos ta le s com o lo Real, lo J*
nario y lo S i m b ó l i c o (té r m in o s siem pre am b ig u o s y abiertos a div«
in te rp re ta c io n e s ).
El e s ta d o p re -e d íp ic o d e in d ife re n c ia c ió n originaria, llamado i
hién “e s ta d io d e l espejo” ( e n q ue el n iñ o se confunde a sí mismo'í
su reflejo) y q u e L acan a s o c ia r a a lo “I m a g in a r io ”, Jameson lo reiia
preta c o m o la e x p re sió n d e a q u e lla form a n a t u r a l (inmediata) de i
en c o m u n id a d e n que los in d iv id u o s —y, d e n tr o del propio indivii
sus d iv e r s a s f a c u lt a d e s — a ú n n o se h a n a u to n o m iz a d o y adqujl
entidad p r o p ia ( lo que h is tó r ic a m e n te só lo ocurre con la d iv isió ip
trabajo e n a c tiv id a d e s e s p e c ia liz a d a s ). El o r d e n de lo Simbólico j
para L a c a n se in tro d u ce j u n t o c o n el le n g u a je y que le permiteal]
adquirir u n a id ea de la p r o p ia id en tid ad (c o m ie n z a a pensarse a sí j
mo com o u n “Y o ” d is tin to d e los otros) e x p r e s a nuestra realidad <
el proceso d e re ific ac ió n p o r e l cual la t o t a l id a d social se desinteg
una serie d e d im e n sio n e s p a r c e la r ia s e n f r e n ta d a s hostilmente ene
C on la in tr o d u c c ió n d e l o r d e n de lo S i m b ó l i c o se quiebra definü
m ente el e s ta d o de in d if e r e n c ia c ió n o r i g in a r i a ; sin embargo, lo
gina rio su b siste , para J a m e s o n , e n lo S i m b ó l i c o (e l error de Lacani
no h ab er c o m p re n d id o e s to ): “el len g u a je —ase g u ra—se las arregla]
portar lo R e a l com o su p ro p io subtexto in t r ín s e c o o inmanente” i
Political, p. 8 1 ) :

El gradual eclipse [de lo Imaginario en L acan ] en su obra tardía]


extraño a una sobreestimación de lo S i m b ó l i c o , que puede llaman*
propiamente ideológico [...] Los patrones ele pensamiento de lo i
gina ri o persisten en la vida psíquica m a d u r a bajo la forma de loj
generalm ente se concibe como juicios éticos, aquellas valoración
repudios explícitos o implícitos en los c u a le s el “bien” y el “mal?j
simples descripciones posicionales de la s relaciones geográficas!
fenómenos en cuestión respecto de m i propia concepción Imagffl
de centralidad (The I d e o lo g í a s , i, p. 95).

94
{as contemporáneas, afirma Jameson, o bien h an sobrees-
„ 10 Lacan mismo -pero tam bién la línea de pensamiento
Weber a Foucault-, el poder de lo Simbólico (convirtiéndo-
Sima celebración de la sum isión a la Ley) ( T h e Id eo lo gi es , l,
)) o bien, como la fen o m en o lo gía -M e r le a u -P o n ty , con
de la primacía de la percepción en la elabo ració n de los
^artísticos, sería el mejor ejem plo de ello—, se h an centra-
¡javamente en lo Imaginario e interpretado en tales términos
Ert Simbólico. Lo Real es, en cambio, aquel “tercer término”,
Bausente” por la que el primero (lo Im aginario) se despliega en
(lo Simbólico) bajo la forma de la Necesida d (que es la otra
ible de definir a la Historia):

iHistoria es por lo tanto la experiencia de la Necesidad, y esto es lo


ique puede impedir su tematización o cosificación como un mero
pto de representación o como un código maestro más entre otros
s. La Necesidad no es en ese sentido un tipo de contenido, sino
(bien la forma inexorable de los eventos; es por lo tanto una cate-
i narrativa en el sentido ampliado de cierto inconsciente político
píamente narrativo por el que hemos abogado aquí: una retextuali-
tde la Historia que no propone a esta última como alguna nueva
entación o “visión”, algún contenido nuevo, sino como los efec-
p'formales de lo que Althusser, siguiendo a Spinoza, llama “causa
ite”. Concebida en este sentido, la Historia es lo que hiere, es
K u e rechaza el deseo e impone límites inexorables a la praxis tanto
Jauvidual como colectiva [...] Éste es el sentido último en que la His-
^^pjpria, como cimiento y horizonte intrascendible, no necesita ninguna
«(MMjMtócación particular: podemos estar seguros de que sus necesidades
t ¿»aftppaienantes no nos olvidarán, por mucho que prefiramos no hacerles
<^pM»° (The Political, p. 102).

ilfc
“ Qtfogro de la escuela de Frankfurt fue el de haber pintado con
zos el proceso contemporáneo de reificación del sujeto,
•tiempo que el potencial de negatividad aún presente en él

95
(potencial que se hace manifiesto en las obras de arte auténticas en
tanto que repositorios de fragmentos de la vida social m utilada) (The
Id eolo gies, i, p. 16). Su error, sin embargo, fue “tomar su normativi-
dad del sujeto autónomo del período en que la burguesía era una clase
progresista y en ascenso” (The Ideologies, I, p. 110). La d ialéctica debe
trascender lo individual (post-edípico) hacia lo colectivo (su incoris-
c í e n t e político). Com o dice Michael Clark, la teoría del “inconsciente
político” de Jameson “se sitúa en la intersección de dos proposiciones
distintas: que lo político es inconsciente y que lo inconsciente es pol{.
tico ”.49 La tarea del marxismo sería, por lo tanto, la de reinventar lo
social, el descentramiento del sujeto burgués a fin de que “la concien­
cia individual pueda ser vivida, y no sólo teorizada, como ‘efecto de
estructura’ (L acan )” (The Political, p. 125).
El problema que aquí se plantea es que a lo Real no podemos, sin
embargo, más que tratar de aprehenderlo (sin lograrlo nunca) desanu­
dando las ma lias de la textualización (lo Simbólico), para sólo encon­
trarnos con un nuevo texto, el que necesita, a su vez, ser desanudado, y
así al infinito. Toda interpretación, afirma Jameson citando a Greimas,
supone una estructura relacional, es decir, representa nada más que un
proceso de transco dificación (la traducción ele un código a otro) (The
Prison-House, pp. 215-216). La escritura de la historia es un incesante
ir y venir dentro del círculo del lenguaje sin comienzo definitivo ni fin
último: nunca tratamos directamente con “hechos” sino con “hechos-
siempre-ya-interpretados” (textos); nunca arribamos a puros “hechos”,
la historia misma no es más que un texto-a-ser-(re)construido” (The
Ideologies, I, p. 107). Sin embargo, para Jameson (a diferencia de Whi­
te) esto no quiere decir que “seamos libres de construir cualquier narra­
tiva que se nos ocurra” (T he Ideologies, I, p. 107), “las posibilidades
interpretativas en una situación textual determinada son siempre limi-

4” M i c h a e l Clark, “Imagining the R e a l: J a m e s o n ’s U se of L a c a n ”, N e w Orleans


R e v i e w , 1 1, 1984, p. 67.

96
ta d a s” (The Political, p. 32). Tampoco el hecho de que nuestras repre­
s e n ta c io n e s se encuentren sem ántico-contextualmente condicionadas
significa Que resulten carentes de valor epistémico. La explicación de
J a m e s o n de por qué ello es así resulta, sin embargo, compleja, ya que
t i e n d e , e n distintos momentos, a desplegarse en direcciones distintas
(cuya articulación supone un esfuerzo interpretativo).
En primer lugar, el hecho de que nuestras figuraciones de la histo­
ria se encuentren siempre atrapadas dentro de las mallas del lenguaje
no representa, para Jameson, nada particularm ente dramático, desde
un punto de vista epistemológico, precisamente porque la “Historia”
que se trata de aprehender no es ninguna realidad presimbólica. El
contenido esencial de la misma no son hechos sino una Erlehnis^ o
e x p é r i e n c e vécu e, experiencia vivida, “la erial es ya significativa desde
su origen” ( The Ideologies, i, p. 14):

El contenido no necesita ser tratado o interpretado porque él mismo es eseir-


cial e inmediatamente significativo, significativo como lo son los gestos en
una determinada situación, como las oraciones en una conversación.
El contenido es ya concreto, en el sentido en que es esencialmente
la experiencia histórica y social, y podemos decir de él lo que Miguel

50 Jam eson apela a la idea J e E r l e bn i s en o b v ia r e f e r e n c ia (c r ít ic a ) a B e n ja m ín ,

quien usa tal térm ino para o p o n e r le el de Er/a/mmg. El p rim e r o expresa la p le n it u d de


la experiencia in m ediata, el e n c u e n t r o p re -re flex iv o d el Yo co n su m undo; el se g u n d o
representa un concepto de e x p e r ie n c i a c o m o saber a c u m u la t iv o , cuya p len itu d sido se
logra como resultado del p ro ceso d ia lé c t i c o de B i b l i a (f o r m a c ió n ) . Sobre esta d i s t i n ­
ción, véase W a lr e r B e n ja m ín , “S o b r e alg u n o s te m a s e n B a u d e l a i r e ”, S o b r e el p r o ; j r a m a
de la f il o s of í a j u t u r a , B a rc e lo n a , P la n e t a - A g o s t i n i, 1 9 8 6 , pp. 8 9 -1 2 4 . Existe u n a vasta
bibliografía sobre el tem a; p a r a u n a sín tesis i n t e r e s a n t e d e l c o n c e p to de e x p e r i e n ­
cia en B e n ja m ín , véase R i c h a r d W o l i n , W a l t e r B e n j a m í n . An A e s t h e a c o f R e d e m p t i o n ,
Berkeley, IJm v ersity of C a li f o r n i a Press, 1994, cap . 7; sobre la reactu aliz ac ió n de este-
concepto en los debates c o n t e m p o r á n e o s véase J a y , “T h e Lim its of L im it-E xp e rien ce :
Bataille and Foucault” ( in é d it o , agrad e zco a M a r t in J a y por fac ilitarm e un borrador de-
dicho artículo ).

97
Ángel de su piedra, que basta con remover todas las extrañas propon
ciones para que la estatua aparezca, ya latente, en el bloque de mármol
Así, la crítica no es tanto una representación de tal contenido cuanto
una revelación del mismo, un desnudamiento, una restauración del
mensaje original, la experiencia original, rescatándola de las distorsio­
nes del censor. Esta revelación consiste en una explicación de por qug
tal contenido fue distorsionado de un modo particular; es, pues, inse­
parable de una descripción del mecanismo de la censura misma (The
Ideologies, j , p. 14).

La experiencia vivida ( Erlebnis) es, para Jameson, “el lugar d e lo con­


creto”, el de la integración existencial de lo individual y lo colecti­
vo, experiencia e historia, forma y co n ten id o (M arxísm a n d Form,
p. 406). La crítica no se orienta, pues, más allá de la experiencia
sino que debe sim plem ente recobrar la misma en los vestigios que
de ella se encuentran en lo ideológico, restaurar al texto la parole
pleine de la historia misma. Y ello explica la doble naturaleza de lo
alegórico, que permite que entre las dos formas de la hermenéutica
(positiva y negativa, fe y sospecha, según R icoeur) se establezca una
cierta dialéctica (de la que, para Jameson, la historia de la vida de
Cristo, como símbolo, resulta paradigm ática); toda interpretaciones
a la vez una clausura del texto, una represicm de sentidos aberrantes,
y un mecanismo de preparación.del mismo a futuras “investiduras
ideológicas” (i d eo lo gica l in v e s t m e n ts ) ( T h e Political, p. 30) que tras­
cienden su sentido o rigin al en dirección a lo colectivo (su incons­
ciente político). Y si bien las resonancias existenciales-comunitarias
de las alegorías teológicas —la historia de Cristo como símbolo del
destino de la hum anidad como un todo— no se encuentran ya dis­
ponibles, las modernas formaciones ideológicas comparten, de todos
modos, su doble naturaleza —aunque sólo sea en un sentido puramen­
te negativo—. El rol m istificante de lo ideológico por el que, según
afirma Jameson siguiendo a Lévi-Strauss, se resuelven en el plano
simbólico las contradicciones reales (dejándolas así intactas), se liga
necesariamente a una “visión utópica” que sirve a ese “intercambio

98
de gratificaciones ilusorias a cam bio de pasividad
m p e n s a to rio ”
(The Political, p. 287).
COI
Se revela allí, aunque en forma distorsionada,
el poder del imperativo totalizador. Y lo cierto es que las c o n tra ­
dicciones sociales, aunque negadas en el plano discursivo, no d e jan
por ello de ejercer su acción, conm oviendo siem pre toda c r is ta li­
zación ideológica, desestabilizando y exponiendo las mismas como
meras “estrategias de con ten ció n” locales. La “con tradicción” ocupa,
pues, e n Jameson el lugar del “deseo” en Lacan, en el sentido de que
empuja permanentemente al sujeto más allá en la cadena de los sig­
nificantes en la dirección de lo Real. Lo expuesto explica, en fin, el
rol del crítico: dada esta doble naturaleza de lo ideológico, éste p u e ­
de a c tu a r al modo del terapeuta. Para ello, se v ale de lo que llam a el
“análisis sintomático”.
Tal “método sintom ático” constaría de tres fases sucesivas, suer­
te de marcos concéntricos, cada uno más a b arc ativ o que el p re ­
cedente, por los cuales se va am pliando progresivam ente nuestro
sentido de los fundamentos sociales de un texto dado ( T h e Political,
p. 75). El primer horizonte sem ántico consiste en la consideración
del texto como a c to s i m b ó l i c o . Este perm ite situ ar a una n a r r a t i­
va individual en el contexto de la historia p o lítica (en el sentido
estrecho de la secuencia cronológica de ev en to s) y com prenderla
como una resolución im aginaria de con tradicciones sociales espe­
cíficas. Con ello se trasciende ya la in stan cia puram ente te x tu al,
sin salirse por ello del texto mismo. En la segunda fase, el texto
es reconstruido como sólo una voz dentro del cam po agonal de los
discursos colectivos y de clase. F in alm e n te , la form ación social
particular es relativizada c insertada dentro del horizonte ú ltim o
de la historia humana como un todo, e n ten d id a como la secuencia
y yuxtaposición de m o d o s de p r o d u c c i ó n . Tal con cepto de “modo de
producción” (el “código m aestro” del m arxism o), Jameson, sig u ie n ­
do nuevamente a Althusser, lo distingue de lo estrictam ente ec o ­
nómico para identificarlo con la estructura (en tanto que “causa
ausente”) como un todo (y del que lo econó m ico forma sólo una

99
parte). El punto aquí es que tal idea de sucesión y yuxtaposición
modos de producción le perm ite a Jameson, según afirma, integré
lo sincrónico y lo diacrònico, cancelando, a la vez, los modelo,
lineales de desarrollo. La h isto ria toda habría que comprenderla
como una sucesión de modos de producción que, según el concep,
to de Ernst Bloch de Ungleichzeitigkeit (desarrollo no-sincrónico)5!
no desaparecen, cada uno, para dar lugar al subsiguiente, sino qu{
se van superponiendo como suertes ele yacim ientos geológicos, ha
superficie textual aparece así como cruzada por impulsos contradic­
torios -resultado de la coexistencia de modos de producción di ver-
sos—, lo Úue explicaría la naturaleza dialógica ele las obras de arte
auténticas (sus “procesos de con testació n in t e r n a ”, según pedía
LaCapra). “El texto individual o artefacto cultural —dice Jamesorw
es así reestructurado como un campo de fuerzas en el cual la diná­
mica de los sistemas signi eos de los diversos modos de producción
puede ser registrada y aprehendida” ( The Po liticai, p. 98).
La coexistencia antagónica de distintos modos de producción (lo
que incluye tanto los que ya han sucedido efectivamente, como los
eque pugnan por emerger) se torna manifiesta en los fenómenos que
jameson llama revoluciones culturales (The Politicali p. 95) producidas
cuando un determinado modo de producción cede su hegemonía a
otro. De todos modos, el antagonismo (aún larvado) entré' tos mismos
actúa siempre en cada una de las manifestaciones sociales y culturales,
incluso en los períodos no-revolucionarios. •
Tal idea Je desarrollo n o - s i n c r ó n i c o provee, por otra parte, la
clave para pensar aquel hilo que articula la co n tin u id ad historia
mínima necesaria que hace posible la inteligibilidad de los hechos
pasados:

1 H rn sr B io d i, “N o n s y n c l i i ' u n i s m a n d I ó i a l c c r i c s ” , Nexo ( O r i n a n ( ,'r it ic ju e , 11, 197?,

PP :2ÚH.

100
Sólo el marxismo puede darnos cuenta acabada del misterio esencial
del pasado cultural, el cual, como Tiresias cuando bebe sangre, es
devuelto momentáneamente a la vida y al calor y se le permite una
vez más hablar y dirigir su mensaje olvidado en un medio que le es
totalmente extraño. Este misterio [...) sólo puede ser reactualizado
(reenacted) si la aventura humana es tina sola; sólo así [...] podemos
comprender el reclamo vital que sobre nosotros ejercen temas desa-
parecidos hace muchos años, como las oscilaciones estacionales de
la economía de una tribu primitiva, las apasionadas disputas sobre la
naturaleza de la Trinidad [etc.] ( The Political, p. 19).

Es así que la memoria de una vida más plena nunca se pierde, e impone,
aun en contra de nuestra voluntad manifiesta, su presencia perturba­
dora. Pensamos ingenuamente que controlamos el pasado, que somos
nosotros los que juzgamos el pasado, cuando es en realidad el pasado,
aún vivo, el que nos juzga, el que desafía permanentemente nuestras
cristalizaciones ideológico-simbólicas presentes:

Éste es el sentido en que el pasado nos habla de nuestras “potenciali­


dades humanas’’ virtuales y ni) realizadas. No se trata de una lección
edificante o de un asunto ocioso oío “enriquecimiento” personal o
cultural, sino de una lección de privación, la cual pone radicalmente
en cuestión la vida cotidiana mercant ilizada, los espectáculos reifi-
cados, y las experiencias simuladas ele nuestra sociedad de plástico
y celofán |...| Peto es en la misma experiencia de la producción lin­
güística y formal en donde la primacía de lo ritual colectivo, o el
esplendor del valor no mercantilizado, e incluso la transparencia de
las relaciones inmediatas personales de dominacióm, estigmatizan la
monadización, el habla privatizada e instrumentalizada y la reifica-
ción de la mercancía en nuestra forma contemporánea de vida (The
I d e o l o g i e s , u, p. 1 7 5 ) .

Lo hasta aquí expuesto es, cía breve' síntesis, el mude) en epie Jameson
intenta hacerse cargo desde el marxismo del desafío textualista, inte­

101
grando sus aportes valiosos y al mismo tiempo mostrando sus limita-!
ciones.52 Y lo cierto es que Jameson se ha apropiado del nuevo gí^í
lingüístico para producir (efecto que puede parecer paradójico)
nuevo florecimiento del marxismo en un medio académico, como el
norteamericano, tradicionalmente hostil a él (algunos incluso han
bautizado este resurgimiento del m arxism o como “el efecto Jame-
son”) ’* Y ello lo ha convertido naturalm ente allí en una especie de
héroe cultural entre los radicals de la academ ia.54 S in embargo, tal

5- Esta apropiación discursiva resulta c o r r e la t iv a a un p ro yecto p o lí t i c o (formula!


do sólo en una nota a pie de página en T h e Po l i ti ca l U n c o n s c i o u s ) d e “a c u m u lac ió n efe
fuerzas” por medio del agolpamiento de todos los “poderes a n t i - s i s t é m ic o s ” (rótulo
bajo el quc engloba, además de los ya t r a d ic io n a le s “nuevo s m o v im ie n t o s sociales”
a los más variados grupos y m ovim ientos, c o m o las llam ad as c o rr ie n t e s “contracultu-
rales” l a s “comunidades de vida a lt e r n a tiv a ”, las “single-issue o r g a n i z a t i o n s ” , etc.). “La
forma privilegiarla en que la izquierda a m e r i c a n a p u e d e desarrollarse —d i c e —es necesa­
r i a m e n t e la de una alianza política; y tal p o lít ic a es el estricto e q u iv a le n t e práctico del

c o n c e p t o de totalización a nivel teórico” (ibid., p. 54).

sí yéase James Kavanagh, “The Jameson-Effect”, N e w Orleans Review, 1 1 , 1984, pp.


7 Q.7 8 . lameson forma, junto con Edward S a id y T e r r y Eagleton, la trilo g ía anglosajona

de pensadores marxistas recientes más p ro m in e n te . Ella surge com o u n in te n to de actua­


ls ir el marxismo revisando las certidumbres de la ge n erac ió n p re c e d e n t e , demasiado
aferrada, para ellos, a las tradiciones empiristas anglosajonas. U n a b u e n a exposición de
las diferencias que separan a ambas g e n erac io n e s del p ensam ien to m a r x is ta puede ver­
se en “Marxism, Structuralism and P o st-S tru c tu ra lism ” ( Agai nst t he G r a i n , pp. 89-98),
donde Eagleton toma a Perry Anderson c o m o b la n c o de sus críticas. “La atenuación de
la verdad -asegura allí Eagleton- es uno de los rasgos más irresponsables del post-estruc-
turalbmo; pero Anderson escribe como si la teo ría de la c o rrespo n den cia se mantuviera
^problemática y cn buenas condiciones de funcionam iento, a pesar de las graves dificul­
tades a las cuales se encuentra enfrentada” (ibid., p. 9 4 ).
14 £sta acogida está, sin embargo, le jo s d e ser u n á n im e . P ara m u c h o s , la “legi­
timación” que lameson logra tiene c o m o p re c io la “d o m e s t i c a c i ó n ” d e l marxismo,
“limando sus aristas irritantes” (James Iffland, “T h e P olitical U n c o n s c io u s o f Jame­
son’s Political Unconscious", N e w O r l e a n s R e v i e w , 1 1, 1984, p. 4.3). En “Fredric Jame­
son' The Politics of Style” (Diacritics, 12.3, 198 2 , pp. 14-22, r e im p re so e n Against the
Gram. pp. 65-78), también Eagleton realiza c r ít ic a s sim ilares.

102
logro es menos impresionante de lo que parece a primera vista. Su
rato crítico se despliega sobre la base de una serie de tópicos (como
la crítica de la colonización sistèmica y la reificación de la vida co ti­
diana o la mercantilización del arte bajo el capitalismo) que tienen
una larga tradición en la intelectualidad de izquierda (en una línea
que arranca de Lukács y llega a Habermas) y m antienen su prestigio
en este medio (legado, en gran parte, de la influencia de Frankfurt)
al punto de formar parte del discurso can ónico “progresista” de este
país.55 Sin duda, es la apelación a estos motivos heredados más que sus
aportes teóricos originales lo que ha asegurado una audiencia recepti­
va a su proyecto.
A q u e l l o s supuestos aportes originales suyos han sido, en realidad,
materia de controversia.1'’ Uno de los aspectos más resistidos de su pro­
yecto intelectual -e l que hace gala de un grado tal de eclecticismo para
muchos sospechoso- es el de pretender subsumir las ideas de Althusser
dentro de una matriz de pensamiento de raíces hegeliano-m arxistas
definitivamente incompatibles con aquéllas.1' Sin embargo, y aun cuan ­
do hay algo de cierto en ello (lo que, como veremos luego, no resulta
carente de consecuencias), Jameson señala aquí algo interesante y que
ha escapado a muchos críticos (e incluso al mismo Althusser), a saber,

55 Eagleton remarca “la in u su al p op ularidad d e las v a r ia s in fle x io n e s h e g e l i a n a s del

marxismo en los Estados U n ir lo s ” (Again.st the d r a i n , p. 7 5 ).


56 Algunos incluso h a n d u d a d o de su e x is te n c ia . E a g le t o n se ñ ala a lg o q u e h a sido

frecuentemente ap un tado : “sus texto s (orman tina e s p e c ie de in m e n sa combinan >¡re en


la cual las ideas de otros son a lim e n ta d a s sólo para e m e r g e r c o m o so rp r e n d e n t e s n u e ­
vas penetraciones propias f..| in clu so en lo q u e es m á s ‘o r i g i n a l ’, e stá s i m p l e m e n t e
explicando las ideas de o tro s” (Agcun.st the d r a i n , p. 7 7 ) . U n o de sus c r ític o s lo lla m a
“uno de los grandes hom bres tatu ad o s de nuestros tie m p o s . C a d a p u lg ad a de su p ie l se
encuentra cub ierta” (R o hert U u llo t-K en to r, re señ a d e l u i t e M a r x i s m : O r A do rno , T h e
Persistence o f the Di ale cti c, T e l a s , 89, 1991, p. 167 ).
5‘ Según K avanagh, “J a m e s o n ‘disto rsio n a’ los c o n c e p t o s a lth u sse r ia n o s a fin de
rechazar en g r o s la p r o b le m á tic a ‘a lt h u s s e r ia n a ’ y r e e m p la z a r la por la ‘b e g e l i a n a ’ , o
subsumir la primera d e n tro de la s e g u n d a ” ( “T h e J a m e s o n - E f f e c t ”, p. 2 ó .

103
la existencia de una cierta correlación entre los conceptos de “estructu­
ra” de Althusser y de “totalidad” de Hegel. Althusser desanda a Hege]
para llegar a Spinoza y usar en contra de Hegel, paradójicamente, el
mismo argumento —el carácter sustancialista de su noción de totali­
dad—que Hegel usara en su tiempo contra Spinoza. Para Jameson, esta
paradoja se explica porque el ataque de Althusser a Hegel era, en reali­
dad, una batalla en código contra Stalin (The Political, p. 37). De todos
modos, con ello Althusser habría dado lugar a la confusión actual entre
hegelianismo y el “sistema de la identidad” de Schelling, creando asi
un estereotipo sin fundamento textual. “La dialéctica hegeliana emer­
ge precisamente —asegura—de su asalto a la ‘teoría de la identidad’, en
la forma del sistema de Schelling, que él estigmatizara con su famosa
afirmación de que ‘en la noche todos las vacas son negras’: una ‘recon­
ciliación’ del sujeto y el objeto en la que ambos son obliterados” (The
Political, p. 51). La dialéctica, dice Jameson, no piensa en términos de
identidad entre sujeto y objeto (entre la estructura y sus efectos), ni
de absoluta distinción entre ambos, sino en términos de relación entre
Jos entidades que no son idénticas pero que tampoco cabe concebirlas
como originariamente separadas y entrando sólo contingentemente en
contacto entre sí (Marxism a n d F orm, pp. 341-342).
Jameson parece, pues, tener un punto fuerte aquí: lo que distin­
gue las ideas de Althusser de las de Hegel y las hace incompatibles
con ellas, efectivamente, no se encuentra allí. Sin embargo, cabe aún
señalar dos problemas que sí se revelarán como perturbadores den­
tro de su propio sistema. En primer lugar, es necesario señalar que
la quiebra del concepto sustancialista de totalidad se inicia bastante
antes que con Hegel, estallando con la llamada “polémica en torne
al spinozismo” o “disputa panteísta”,'5*’ y que Schelling mismo partici­
pa de ese proceso (veremos luego cómo el hecho de que Jameson nc

^ La llam ada “disputa p a n t e ís t a ” comienza en 1783 c u a n d o ja c o b i, al ten er notician


de que M en d elsso h n estaba p l a n e a n d o un trabajo en m e m o ria de Lessin^ (m uerto en

104
registre esta distinción tiene profundas razones en su pensamiento).
En s e g u n d o lugar, que, aun cuando Jameson acierta al mostrar que
los c u lto re s del llamado triángulo epd (estructuralismo-posestructura-
lismO'deconstruccionismo), debido a la confusión que él señala, han
dirigido mal su críticas, ello no autoriza a desentenderse de ellas o
pensar que basta con aclarar tal confusión para que la antinomia que
a llí se plantea se revele como sólo aparente. Fundamentalmente, por­
que lo que efectivamente se encuentra en debate — y de lo que Jame-
s o n debería hacerse cargo, si es que realmente quiere trascender desde
el marxismo las nuevas teorías—, al menos en sus versiones más sofis­
ticadas (e interesantes), no es en verdad el concepto schellingniano
( e n realidad, spinoziano) de totalidad como identidad (sustancia), sino

d propio, “auténtico”, concepto hegeliano (y que Jameson hace suyo)


de la misma como relación (sujeto). Las consecuencias teóricas de este
desplazamiento que Jameson fuerza se pueden ver en dos “omisiones”
o “malentendidos” que, dada la talla intelectual de Jameson, no pue­
den entenderse simplemente como tales, sino como sintomáticos de
problemas teóricos más vastos dentro de su sistema.
El primero de estos “malentendidos” se refiere a Lucien Goldmann.
Para Jameson, el concepto de “visión del mundo” de Goldmann (comes
también, según parece, el concepto ele estructura piagetiano) es el
mejor, ejemplo de “totalidad e x p re siv a”. No queda muy claro,-en

1781), escribió u n a carta a éste p re g u n tá n d o lo si sabía que Lessinp era spinoziano. Jaco-
bi entonces mandó) el relato ríe las c o n v e rsa c io n e s en su e n c u e n t r o con Lessinp ( 1 7 8 0 )
en el cual éste h iciera ral revelaciém. A n t e tal e viden cia, M e n d e lsso h n altera sus planes
y comienza un libro detnde estudia las re-laeiones ríe Lessinu con Sp in o za, libro que a p a ­
rece en 1785, el m ism o año en que Ja c o h i p ub lica Sobre la d o c t r i n a ilc Spinoza e n car tas
al señor M e n d e l s s o h n . Para e n to n ces p r á c t ic a m e n t e torios los tikSsoíos r í e renombre en
Alemania ya h a b ía n Tomarlo posicn'm en torn o al spinozismo. F. Pollock h ace un buen
resumen de la disputa pan teísta en S p i n o z a ( Londres, 1912). F1 relato de Jacohi sobre las
discusiones en su e n cu en tro con Lessinp está c o n te n id o en C e h p h ra im Lessinp, h sc r i t os
filosóficos y t e o l ó g i c o s , M adrid , Editora N a c io n a l, 1982, pp. )ó 1-578.

105
realidad, si el marxismo de Goldm ann sería un marxismo de corte
sch ellin gn ian o o más b ien cartesiano (ya que tam bién lo acusa de
mecanicista). Esto resulta confuso ya que G oldm ann, con Piaget, criti­
có explícitam ente ambos coriceptos de totalidad ( “expresiva” y “mecá­
nica”) siguiendo líneas análogas a las expuestas por Jameson.59 Lo que
importa aquí, de todos modos, es otro de los conceptos de Goldmann
que Jameson no llega a registrar en su vasto catálogo de referencias.
Para Goldmann, las “visiones del mundo” constituyen sistemas catego-
riales que, como el ego trascendental kantiano, no son ni conscientes
ni inconscientes (lo que supone siempre una represión) sino no-cons­
cientes (como los mecanismos biológicos). No existe en ellas ningún
“inconsciente político” reprimido al que hay que recuperar; el análisis
de las mismas no nos conduce a la Historia, sino, simplemente, a la
historia. Cuando Goldmann hablaba de “máximo de conciencia posi-

A l r e s p e c t o , v é a n s e los a r t í c u l o s de P ia g e t r e u n i d o s b a jo el t ít u lo Estudios
s o c i o l ó g i c a s ( B a r c e lo n a , P l a n e t a , 1 9 8 6 ) , e n los q u e e s t e a u t o r d e f in e su concepto
r e la c io n a l d e e stru c tu ra y lo d i s t i n g u e t a n t o del c o n c e p t o a t o m is t a del pensamien­
to m e c a n i c i s t a c lá sic o c o m o d e lo q u e lla m a “t o t a l i d a d e m e r g e n t e ” (la id e a de la
e stru c tu ra c o m o a n te r io r y s u p e r io r a sus efecto s) so bre el q u e se funda la tradición
so c io ló g ic a c l á s i c a en la l í n e a q u e v a de C-omte a D u r k h e i m . Incluso, e n El estruc-
t u r a l i s m o ( B u e n o s A ire s, H y s p a m é r ic a , 1974, pp. 9 6 - 1 0 1 ) P ia g e t usa u n t o n o (elo­
gioso) s i m i l a r al de J a m e s o n a l re fe r irs e al c o n c e p t o a l t P u s s e r ia n o de estructura.
P e fo rm a a n á l o g a , G o l d m a n n d i s t i n g u e e n tr e u n a “ l ó g i c a a n a l í t i c a ” (empirismo,
r a c io n a l i s m o ) y un a “ló g ic a e m a n a t i s t a ” ( H e g e l, S p e n g l e r , e t c .) . De a c u e r d o con
la ló g ic a e m a n a t i s t a “las m a n if e s t a c i o n e s h u m a n a s sólo p u e d e n c o m p r e n d e r s e como
e x p r e s i o n e s d e u n a r e a li d a d m á s p r o f u n d a , q u e los e m a n a t i s t a s c o n c ib e n , en la
m ayo ría d e los casos, c o m o s u p r a i n d i v i d u a l (e sp ír itu d e l p u e b lo de los románticos,
esp íritu a b s o lu t o de H e g e l, a l m a s d iv er s a s , la a n t i g u a , la á r a b e , la fáu stica de Spen­
g le r ) ” ( G o l d m a n n , Las c i e n c i a s h u m a n a s y la f i l o s o f í a , B u e n o s A ir e s, N u e v a Visión,
1972, p. 1 0 6 ) . “Para el m a t e r i a l i s m o d ia lé c t i c o —a f ir m a Ci o l d i n a n n - no h a y con­
c ie n c ia s u p r a in d iv id u a l. La c o n c i e n c i a c o le c t iv a , c o n c i e n c i a de clase, por ejemplo,
no e s m a s q u e el c o n j u n t o d e las c o n c i e n c i a s i n d i v i d u a l e s a s u t e n d e n c i a tal como resultan
de la i n f l u e n c i a m u t u a d e los h o m b r e s , los u n o s s o b r e los o t r o s , \ d e s us a c c i o n e s s óbrela
n a t u r a l e z a ” (i bi d. , p. 107).

106
ble” se refería a la posibilidad de abarcar en forma comprehensiva y
sistemática el conjunto de aquello visible desde un horizonte de pen­
samiento particular; pero las “visiones del mundo” mismas (en tanto
que “condiciones de posibilidad” de una forma de conciencia dada),
no son ellas mismas susceptibles de tornarse visibles, pasibles de con­
vertirse en objeto de conocimiento desde dentro del horizonte dado.60
Esto no significa que las premisas categoriales que constituyen dichas
“visiones del mundo” no sean explicitables, pero la objetivación de
las mismas supone ya un cambio de punto de vista, un desplazamiento
del horizonte que torne visibles los propios mecanismos constructivos
de los objetos (siendo que este nuevo horizonte permanece, a su vez,
igualmente ciego a sus propios presupuestos).61 En síntesis, el concepto
goldmanniano de “estructura” implica dos consecuencias que Jameson
simplemente prefiere ignorar: 1) que en ellas no existiría una “vida
social primitiva” oprimida (lo Im a g in a r io ) a la que recuperar; éste no
es el objeto de la crítica, sino comprender formas siempre cambiantes
de conciencia social (inevitablem ente relativas a una determinada

60 “Las estructuras categoriales, qu e r ig e n la c o n c ie n c ia c o l e c t i v a y son traspuestas


al universo im a g in a r io del artista —d ic e G o l d m a n n —no son c o n s c i e n t e s n i i n c o n s c ie n ­
tes en el sen tid o freu diano del tér m in o , e n t a n t o éste su p o n e u n a represión ; se trata
de procesos no c o n sc ie n te s del m ism o rip o , e n algu n o s asp e cto s, q u e los que rigen el
funcionamiento de las estructuras m u s c u la r e s o n e rv io sas y d e t e r m i n a n el c a r á c te r
particular de nuestro s m o v im ie n to s y de n u e str o s gestos, sin por e llo ser n i c o n s c ie n ­
tes ni reprimidos. En la mayoría de los caso s, por lo tan to , el e s c l a r e c i m i e n t o de tales
estructuras, y de m odo im p lícito la c o m p r e n s i ó n de la obra, no es a s e q u ib le a un e stu ­
dio literario i n m a n e n t e ni a un e stu d io o r i e n t a d o h a c ia las i n t e n c i o n e s co nsc ie n te s
del escritor o h a c i a la psicología p ro fu n d a ; sólo es ase q u ib le a u n a in v e s tig a c ió n de
tipo estructuralista y so cio ló gica” ( L u c ie n G o ld m a n n , “La so c io lo g ía de la literatura.
Definición y pro b lem as de m étodos”, e n M arx ism o y c i e n c i a s h u m a n a s , B uenos A ires,
Amorrortu, 1975, pp. 4 9-50 ).
61 El rechazo de G o ld m a n n a la idea d e u n horizon te ú lt im o y o m n ic o m p r e n siv o
señala p re c isam e n te su a le ja m ie n t o d e su m a e s tro , L u k á c s, y su a c e r c a m i e n t o a la
epistemología p ia g e tia n a .

107
clase, o sector ele clase, es decir, a modos particulares y específicos de
existencia histórica); y, 2) que en dicho proceso de explicitación de
las condiciones históricas cíe emergencia de una determinada forma
de conciencia particular, no existe, por definición, un horizonte últi­
mo y final (todos permanecen siempre, e inevitablemente, abiertos en
cuanto a sus propios fundamentos).
Y esto nos conduce a otro de los “malentendidos” de Jameson, esta
vez referido a Foucault. Jameson ve en los escritos ele Foucault una
imagen weberiana de la historia como un proceso en el cual el “poder”
(la razón) va colonizando progresivamente leas vestigios de la Natura­
leza. La suya se trataría de

[...] una fantasía del tipo totalitario futuro según la cual los mecanis­
mos de dominación [...l son comprendidos como tendencias irrevoca­
bles y crecientemente expansivas cuya misión es colonizar los últimos
vestigios y restos vivientes de libertad humana; ocupar y reorganizar,
en otras palabras, lo que aún perdura de la Naturaleza objetiva y sub­
jetiva (muy esquemáticamente, el Tercer Mundo y el Inconsciente)
(The Poluical, p. 92).

Esta lectura de Foucaulr merecería al menos una aclaraciián (aquí


ausente), ya que Foucault contradijo en forma reiterada explícita­
mente cualquier idea semejante. Definitivamente, para Foucault (al
menos desde su N ac im ie nto de la clínica)'''-- no existe nada parecido a

Hn su entrevista con M . F ontana (ap are c id a e n /.’Are, 70, pp. 1 6 -26 , y repro­
ducida en Michel F oucault, Xí i crofísi ca del /rociar, M a d r id , La Piquera, 107 9 , pp. 175-
160), Foucaulr rev isa tal c o n c e p to todavía im p líc it o e n His tori a d e la l o c u r a en la época
clásica. “Cuando escribí la I l i s t o n a d e ¡a l oc u r a - d i c e Foucault' en la e n t r e v i s t a - me ser­
ví, al menos im p lícitam en te , de esta noción de represión!. Pienso que e n t o n c e s im a ­
g i n a b a una especie de lo cu ra v iv a , voluble y an siosa a la que la m e c á n i c a riel poder
v la psiquiatría llegarían a reprim ir, a reducir al s ile n c io . A h o ra b ien , m e p arec e que
la nocióm de represión! es t o t a lm e n t e inadecuada p ara d a r c u e n ta ríe lo q u e h a y justa­
mente ,le productor en el p o d e r ” (Foucaulr, M i c r o f i s i c a d e l p o d e r , p. 1H2).

108
una “N aturaleza o b je t i v a y s u b je tiv a ” o rig in a ria a la que se i n t e n t a r í a
“co lon izar” (o, e v e n t u a l m e n t e , “lib e ra r”); e n t a n t o que o b je t o , “n o
se preexiste a sí m is m o ”, “n o aguarda e n los lim b o s el o rd e n q u e v a a
liberarla ”.63
A m b a s “o m i s i o n e s ” o “m a l e n t e n d i d o s ” d e J a m e s o n t i e n e n u n a
explicación en la e c o n o m í a de su discurso. El post-EPDismo de J a m e s o n
cobra su c o h e re n c ia de u n c o n c e p to , en re a lid a d , p re-estructu ralista, y,
más específicam ente, d e m atriz n e o k a n tia n a , d e la praxis, c o m o lo es la
idea de Erlebnís.M La “e x p e r i e n c ia ”, c o m o su stra to p rim itiv o d e n u e s tr a
existencia h is tó ric a , se e n c o n t r a r í a s ie m p re a llí, lista p ara ser r e c o ­
brada; bastaría, pues —al m e n o s, e n p rin c ip io (a u n cu an d o esto n o sea
nunca em p íric a m e n te p o s ib le ) —, con d e s p re n d e rn o s de las d isto rsio n es
simbólicas (producidas p o r el “cen so r”) p a ra e n c o n t r a m o s c o n n u e s tr a
experiencia vita l ( Erlebnis ) e n su pureza o rig in a ria . S in em b argo , esto
aún n o alcanza a e x p li c a r c ó m o las obras in d iv id u a le s se las a rre g la n
para p orta r d en tro de sí u n a ex p erien cia c o l e c t i v a que tra scien d e sus

63 M ic h e l Foucault, La a r q u e o l o g í a d e l saher, M é x ic o , S i g l o xxi, 1985, p. 73.


64 El c o ncep to de v iv e n c i a (bme.sem) estaba en la b ase del proyecto de D i k h e y de
fundar una “c ie n c ia del e s p ír iu i" . La ap e lació n a la “v i v e n c i a ” perm itiría p ara D ilth e y
superar las ab straccion es d e las c ie n c ia s de la n a tu ra le z a qu e, por el h e c h o de tratar
con un objeto ajeno, éste s ie m p r e p e rm an e ce c o m o e x tr a ñ o . Distinto sería e n el caso
de la historia, en que la c ie n c i a no tien e por qué a p e la r a conceptos genéricos a fin de
aprehender su objeto. Este se e n c u e n t r a a llí ya e sp ir itu a liz a d o ; el objeto ele la h is t o ­
ria es, pues, así, positivo y s im b ó lic o a la vez. “Lo e x t e r io r en que c o nsiste su o b jeto
-aseguraba D ilth ey- se d if e r e n c ia del objeto ele la n a tu r a le z a ele un modo ab so lu to . El
espíritu se ha o b je tiv ad o en e llo [ . . . ] entre el o b je to y Yo ex iste una r e la c ió n d e v id a
[...] En la n aturaleza e x te r io r p o n e m o s, m e d ian te el e n la c e de co nceptos ab stracto s,
una conexiém deb ajo ele los (encímenos. Por el c o n t r a r io , e n el m undo del esp íritu,
la conexión es v iv id a y c o m p r e n d i d a ” ( W i l h e l m D ilth e y , L 1 mundo h is t ór i co , M é x ic o ,
FCE, 1978, pp. 1 40 -141). De a l l í q u e el c o n o c im ie n to s is t e m á t ic o del m u n d o h istó r ic o

se co nvirtiera en una a t u o g n o s i s , un p e r c a t a r s e ( ¡ n n e i u e n l e n ) , un “h a c e r e x p l í c i t o ” lo
que se e n cu en tra im p líc ito e n la v iv e n c ia . M e d ia n t e este proceso de a u to gn o sis a v a n ­
zamos desde “la c o n d ic io n a lid a d de lo dado y de la r e la t iv id a d im p licad a por e lla al
saber o b jetivo n e ce sario ” ( i h i d ., p. 8 7 ).

109
circunstancias históricas particulares.65 Jameson debe, pues, presupone)
la existencia de algo así como un “inconsciente colectivo” —con lo qUe
su teoría del “inconsciente político” adquiriría claras resonancias mis-
ticO'jungianas—. O, al menos, alguna versión actualizada del principic
de Haeckel de que la ontogénesis (el proceso de desarrollo individual)
recapitula (reproduce) la filogénesis (el curso evolutivo de la especie),
dada la afirmación de Jameson de que en las obras de arte (“auténti­
cas”) se puede leer el curso de la historia hum ana toda en tanto que
sucesión y yuxtaposición de modos de producción. Sea como fuere, la
teoría jamesoniana del “inconsciente político” se sostiene definitiva­
mente en una idea de “horizonte” (o “visión del mundo”) opuesta a la
de Goldmann. Lo Real, la naturaleza colectiva primitiva de la especie
es, en su concepto, un sustrato reprimido, siempre allí (o aquí, dentrc
nuestro, en nuestra psicología profunda), esperando por debajo de su¡
propias cristalizaciones ideológicas a que la crítica venga a rescatarla de
la acción del “censor”.
Digamos, por otro lado, que esto e x p lic a también otro “malen­
tendido”, ya m encionado, de carácter histórico: el de la naturalezE
de las diferencias en tre Hegel y S ch ellin g. Lo que Hegel cuestiona­
ra, más concretamente, a Sch ellin g no fue su concepto de totalidad

Se le plantea a q u í a J a m e s o n el mismo p ro b le m a q u e se les p la n t e a r a a los neo-


kantianos de principios d e siglo . En D ilth ey el m is m o surge en relació n c o n su con­
cepto de la ‘Ve-vivencia”, es d e c ir, el de cóm o p e n e t r a r e n la e x p e r ie n c ia v iv id a de
un otro distinto de mí. “El p ro b le m a de la h isto ria —d e c í a —consiste en sab er cómo e¡
posible que, estando un Y o s e p arad o de otro y no t e n i e n d o lugar más qu e u n a interac­
ción de fuerzas, surja de esto s in d iv id u o s un su je to q u e a c tú a y padece c o m o un Yo’
(Dilthey, El m u n d o h i s t ó r i c o , p. 2 8 8 ) . S i no e x is tie r a un lazo in m ed iato e n t r e nuestra:
vivencias respectivas, se v o lv e r ía in e v it a b le m e n te al tip o de ab straccion es d e las cien­
cias naturales. Dilthey t e r m i n a a p e la n d o a la idea d e la u n id a d psíquica de la especie
La existencia de d is p o s ic io n e s h u m a n a s básicas c o m u n e s garan tizaría la u n id a d de
respuestas frente a e s tím u lo s a n álo g o s. Sobre el p r o b l e m a de la “r e - v i v e n c i a ” en e
pensamiento fenotnenológico, v é a se Palti, “F e n o m e n o lo g ía e histo ria”, L a g o s . Reviste
de Filosofía, 83, 1995, pp. 1 3 7 -1 8 2 .

110
e ntanto identidad lógica (concepto que el propio S c h e llin g r e c h a ­
zara)66 sino la falta en él de un principio de irreversibilidad h istó -
• n Para Schelling, el todo no era algo e státic o , sino vital; pero,

66Es verdad que Hegel, en su F e n o m e n o l o g í a d e l espí ri t u ( 1 8 0 7 ) , discute, com o a fir m a


Jameson, el “sistema de la id e n tid a d ” de S c h e llin g . H egel c u e s tio n a a ll í el co ncep to d e la
totalidad como identidad lógica y h a c e u n a apología de la “d if e r e n c ia ”: “la m a t e m á t i c a
-dice- sólo considera la m agn itu d, la dife re n c ia no e s e n c ia l [...] El p rincipio de la m a g ­
nitud de la diferencia conceptual, y el p rin cip io de la ig u a ld a d , de la unidad ab stracta e
inerte, no pueden ocuparse de a q u ella pura in quietu d d e la v id a y de la absoluta d if e r e n ­
ciación [...] La filosofía, por el c o ntrario , n o considera la d e t e r m in a c ió n no esencial, sin o
e n cuanto es esencial” (Hegel, F e n o m e n o l o g í a de l espíritu, M é x ic o , F C E , 1985, pp. 3 0 - 3 1 ).

Hegel, sin embargo, sabía ya desde su D i f e re n c i a s e n t r e los s i s t e m a s d e f i los ofía d e S c h e l l i n g y


Fichte (1801) (Madrid, Alianza, 1 98 9 ), d o n d e tom a p artid o p o r S c h e llin g co ntra F ic h te ,
que el primero tampoco co n c e b ía la “id e n tid a d ” de un m o d o p u r a m e n te “lógico”, c o m o
Spinoza (un “an alítico-universal”), sino en un sentido “v i t a l ” ( u n “sin té tic o -u n iv e rsa l”).
“¿Ose dudará —preguntaba S c h e llin g — de que ya por la re p re se n ta c ió n d in ám ic a d e la
naturaleza tie n e n que modificarse e s e n c ia lm e n te los c o n c e p to s fu n d am e n tales del spino-
z i s m o ? [...] ¡C u á n generales son las expresio nes de que los e n te s finitos son m o d ific a c io ­

nes o consecuencias de Dios” ( S c h e llin g , lai e s e n t i a d e la li be rt ad h u m a n a , Buenos A ire s,


Facultad de Filosofía y Letras — o r a — , 1950, p. 58). “En el e n t e n d im i e n t o d iv in o —a g r e g a ­
ba-hay un sistema, pero Dios m ism o no es sistema, sino v i d a ” (ibid., 61 ). C o m o v erem o s
luego, el verdadero toco de la c r ític a de H eg el al “sistem a de la id e n tid a d ” de S c h e ll in g
(y que a Jam eson se le escapa) era más específico y sutil. D ig am o s por ahora eque Ja m e so n
parece entrar acqui en el juego (siem p re perverso desde el p u n to in telectual, ya q u e se
funda en la apelación sistemática al tipo de an acro n ism o s d e n u n c ia d o por S k in n e r ) del
traspaso de las culpabilidades (y en el qu e c ad a uno p ropone su propio candidato, siendo
evidentemente Hegel hoy uno de los preferidos), y qu e p o d e m o s llam ar “Encontrar el
Huevo de la Serp ien te de G ulag", el qu e in iciara Lukács ( a u n q u e para él se traraha de
otra serpiente, la de Auschwitz) co n El a s al t o a la rayón. R e s u lt a sugestivo eque h a y a sido
el propio Jam eson el que d e n u n ciara tal ju e g o com o “la b úsqu ed a sin fin de la fe ch a dé­
la caída y el nombre de la serpiente. ¿Fue Rousseau el respo n sab le, o sus en em igo s los
phdasophes? ¿Los románticos, o los positi vistas? O lo que es peor, ¿El Protestantismo, o la
Revolución Francesa? T al falso p ro b lem a surge de un m a le n t e n d id o respecto de lo que
la secuencia diacrò n ica puede h ac er, pero es, a su vez, p uesto al servicio ideológico en el
que el marco escatologico ayuda a u n a p o lítica conservadora a en m ascararse c o m o é tica
en una empresa ostensiblemente e s té t ic a ” ( M a r x i s m a n d F o r m , p. 3 24).
en tanto que fuente primitiva de vida, se en co n traría siempre allp
disponible. A él habría que recurrir periódicam ente —para beber
sangre n u ev a, como Tiresias—a fin de restaurar, en los períodos de í
crisis, la unid ad a un mundo escindido. “Toda curación originaria
—decía S c h e llin g — consiste en el restablecim iento de la relación
de la periferia con el centro [...] mediante la readm isión de la vida
separada in d iv id u a l en el interior rayo de luz de la esencia ” (La
esencia, p. 8 5 ). Frente a este concepto es que reaccio n a Hegel en su
F e n o m e n o l o g í a d e l espíritu (1 807) afirmando que la totalidad no es
nada dado que podamos recobrar mediante alguna suerte de intros­
pección; “de lo absoluto —dice a llí Hegel—hay que afirmar que es
esencialm ente un resultado, que sólo al final representa lo que es en
verdad, y en ello precisamente estriba su naturaleza, que es la de ser
real, ser sujeto o devenir de sí mismo” (F e n o m e n o l o g í a , p. 16). Pode­
mos ver que Jameson interpreta (y hace suya) la noción de “tota­
lidad” de H egel de un modo que asemeja más al “alm a del mundo”
de S c h e llin g (de allí que se le escape el nudo de la diferencia entre
ambos). S ó lo así cobra sentido su idea de la h isto ria como una
especie de “eterno retorno” (sobre el que se funda su crítica de las
visiones lin e a le s de la historia) hacia la N aturaleza interior y exte­
rior. (De h ec h o , Jameson podría perfectamente haber afirmado con
Schelling que “el arte, comes todo lo que es v iv ie n te , debe partir
de un prim er comienzo y retornar siempre a é l”.)6' Lo que impor­
ta señalar aq u í es que el sistema jamesoniano se sostiene sobre una
serie de supuestos esencialistas que traicio n an sistemáticamente
su im perativo básico de “historizar, siempre historizar”. El paso de
la “h isto ria” a la “Historia” (como la “totalidad”, lo “R ea l”) se ter­
mina reveláoslo, paradójicamente, como un desplazamiento hacia
afuera de la “h isto ria”.

S c h e llin g;, L a r e l a c i ó n de las a rt e s f i g ur at i v a s ce m la n a t u r a l c r a , B uenos Aires, Agui-


lar, 1954, p. 74.

112
De todos modos, inm ediatam ente tras la publicación de The Poli-
tical Un co n sc iou s (1 9 8 1 ), com ienzan, len ta pero inexorablem ente,
a s o c a v a rs e sus fantasías edénicas psico-tercerm undistas, lo que lo
d e v u e lv e a cierta ortodoxia hegeliano-m arxista. El capitalism o, en su
fose “tardía”, descubre entonces Jam eson, ha terminado por colonizar
aq u ello s últimos vestigios de naturaleza. Según afirma en Late Marxism
(1990), el escepticism o frankfurtiano se muestra, finalm ente, aunque
varias décadas más tarde de lo anunciado, trágicam ente real:

En la d é c a d a q u e a c a b a de t e r m in a r p e r o q u e es to d a v ía n u e s tr a , las pro­
fecías d e A d o r n o d e u n “s is te m a t o t a l ” se h a n v u e lt o f i n a l m e n t e reales,
aunque e n fo r m a s t o t a lm e n te in e s p e r a d a s . A d o r n o h a sid o s e g u r a m e n ­
te no el filóso fo d e los tr e in ta ( l a m e n t a b l e m e n t e , p o d e m o s d e c ir hoy,
re tr o s p e c tiv a m e n te , éste h a s id o H e id e g g c r ) , ni el filósofo d e los c u a ­
renta y c i n c u e n t a , n i siquiera el p e n s a d o r de los s e s e n ta (lo s c u a le s h a n
sido S a r t r e y M a r c u s e , r e s p e c t i v a m e n t e ) , y, deb o d e c ir q u e , filosófica y
te ó ric a m e n te , su discurso d i a l é c t i c o a n t i c u a d o era in c o m p a t ib le co n los
setenta. P e r o e x is t e a ú n la p o s ib ilid a d d e q u e se c o n v ie r t a e n e l a n a lista
de n u estra p r o p ia é p o ca, la q u e n o v i v i ó p a ra ver, e n la c u a l e l c a p it a lis ­
mo tardío h a sid o ex ito so e n e l i m i n a r los últim o s b o lso n es d e N a t u r a le ­
za y del I n c o n s c ie n t e , la s u b v e rs ió n y lo estético , la p r a x is in d iv id u a l y
co lectiv a p o r ig u a l, y, co n un g o l p e f in a l, lo gró e li m i n a r h a s t a el ú ltim o
trazo d e m e m o r i a d e lo que y a n o e x is t e e n lo que de a l l í e n m ás es el
paisaje p o s m o d e r n o ( La te M a r x i s m , p. 5).

El espectro terrible de un “orden to ta l” ha acaecido finalm ente y nos


agobia disfrazado de “posmodernidad”. Ya no existe, pues, salida algu­
na de esta pesadilla que es la historia, no hay ningún locus (el Incons­
ciente, el Tercer M undo) por fuera de ella al que apelar a fin de que
nos devuelva nuestros vestigios de libertad: todos han sido barridos y
aplastados por el “sistem a”. No queda forma alguna, al fin, de reunir
los fragmentos de nuestra vida social (experiencia vital, Erlebnis) rei-
ficada. Llegado a este punto, “toda escritura ‘anti-sistém ica’ está con­
denada a m antenerse dentro del ‘sistem a’” (Late Marxism, p. 27). Sin
embargo, Jameson no puede aceptar completamente esta conclusión.
Pero mientras que aún hacia 1980 podía oponerle a las “fuerzas expan­
sivas sistémicas” la idea de una cierta dialéctica histórica que las con­
vertiría súbitamente en su contrario (las mismas fuerzas globalizantes
del capitalismo unificarían las resistencias locales, con lo que el mar­
xismo, como expresión de la lucha de clases a escala universal, volve­
ría a cobrar vigencia, a ser plenam ente “real”),68 diez años más tarde
tal perspectiva se sostendrá en consideraciones de naturaleza estric­
tamente lógicas. Sus expectativas emancipatorias descansarían ahora
exclusivamente en el potencial latente de lo “universal” que se encon­
traría siempre ya implicado y presupuesto (como una necesidad lógica)
en lo particular:69 “aun un sistema que constitutivamente produce dife­
rencias — Jameson replica a sus críticos—sigue siendo un sistem a”.70 De lo
que se trataría es, pues, ya no de buscar vestigios de N aturaleza (los que,

“La fuerza u n if ic a n t e es aquí lo q u e d e ah o ra en más es u n c a p ita lis m o global,


con lo cual puede t a m b ié n esperarse qu e u n if iq u e las resistencias lo c a le s y fragmenta­
rias a este proceso. Y ésta es fin alm en te la so lu c ió n a la así lla m a d a crisis d e l marxismo
y la ampliamente n o t a d a ¡n ap licab ilid ad de sus tipos de an álisis ele c la s e a las nuevas
realidades con las c u a le s nos en fren tam o s en Les sesenta: el m a r x is m o tradicional, si
‘no-verdadero’ ( u n t r u e ) d uran te este p erío d o de proliferación de n u e v o s sujetos his­
tóricos, debe n e c e s a r ia m e n te tornarse re al c u a n d o las terribles r e a lid a d e s de explo­
ración, de e x tr a c c ió n d e plusvalía, p ro le rariz ac ió n , y de re siste n cia al m ism o bajóla
forma ele lucha de clases; todo l e n t a m e n te se reafirme a una e s c a la m u n d i a l nueva y
ampliada, como p arec e estar ya o c u r rie n d o ” [Jam eson, “Perioclizing t h e 6 0 s ” (1980),
The Idenlogics, 11, p. 208].
"Decir ‘p a r tic u la r ’ —ase g u ra- es reforzar lo ‘u n iv e rsal’, no im p o r ta lo q u e uno siga
haciendo con d ic h a s p alab ra s” (Late M a r x i s m , p. 2 9).
“ “A fterw o rd -M arx ism and P o s tm o d e rn is m ” ( 1 9 8 9 ) , en K e iln e r , P os t mo d e m i s m l
Jameson/Critique, p. 373. Lo que d e m a n d a r ía u n a e x p lic ac ió n , a fir m a a l l í Jameson, no
es tanto su a p e la c ió n a la totalidad, c o m o el propio resquemor q u e e llo produce entre
los pensadores co n tem p o rán e o s. Y, e f e c t iv a m e n t e , la a so ciació n d e las ideas de “tota­
lidad” con “to t a lita r is m o ” (tan to p o lític o c o m o in te le c tu a l) no es p a r a nacía evidente,
más allá de la o b v ia, p ero simplista, a n a lo g ía term in o ló g ic a (de h e c h o , d u r a n te mucho
tiempo la proposición c o n traria se ac e p tó c o m o irrefutable).

114
según afirma ahora, habrían sido ya erradicados), sino de explorar en
el propio concepto, o, más precisamente, en lo que él excluye: “es por
medio de la misma seudo-universalidad formal y ‘abstracción cien tífica’
[de los conceptos filosóficos] que los grilletes últimos que lo social impo­
ne sobre nuestro pensamiento se nos revelan, aunque desplazados” (Late
fyíarxism, p. 37).
Ello nos plantea, a su vez, el problema de los basamentos m etacrí-
ricos de su propio discurso. Jameson es q u ien más persistentem ente
ha insistido en la necesidad de toda interpretación de confrontar sus
propias premisas y dar cuenta de sus fundam entos (es decir, afrontar
aquello que LaCapra y W hite cuidadosam ente evitan); ésta, afirm a,
debe siempre contener tam bién su propio “m etacom entario” (uno de
sus términos preferidos), de lo contrario sería autocontradictoria.71 La
teoría jamesoniana del “inconsciente p o lític o ” contendría su propia
metacrítica. Según sus postulados, ésta a n c la ría sus fundam entos y
encontraría su justificación como m anifestación de la H istoria repri­
mida. La “teoría del inconsciente p o lítico ” sería, en últim a instan cia,
esa síntesis que perm itiría superar el m om ento posmodernista actual
confrontándolo con su propia antítesis, la N aturaleza —oposición que
se condensa en H istoria—. En sus escritos recientes, en cam bio, la sín­
tesis que él propone se basaría en una pura d ialéctica de los conceptos,
lo que señala un desplazamiento fundam ental e instala una fisura pro­
funda en su trayectoria intelectual. A un cuando la oposición N atura­
leza-historia se basaba en colocar el prim ero de los términos por fuera
del devenir histórico, tal conflicto podía im aginarse aún como un con­
flicto presente (con las fuerzas de la N aturaleza aún encarnadas en lo
Inconsciente y el T ercer M undo), algo que, según reconoce ahora, no
sería ya más el caso. La diferencia entre ambos conceptos, de todos

71 “Cada interpretación in d iv id u a l debe i n c lu ir u n a in te rp re tació n de su p ro p ia e x is ­


tencia, debe mostrar sus propias cred en ciales y ju s tif ic a r s e a sí misma: c a d a c o m e n t a r io
debe ser al mismo tiem po t a m b ié n un m e ta c o m e n ta r io " ( T h e I d e o l o g i e s , I, p. 5).

115
modos, es menos im portante que aquellas premisas que ambos tieneH
en com ún. Su teoría del inconsciente político, al igual que su
frankfurtism o posterior, ocluye toda reflexión sobre sus fundarnerrt3
em píricos concretos (“históricos”, con m inúsculas), a fin de provee3
le un basam ento a la misma no-contingente. Como señala MichaJ
S p rin k er, el freudo-hegeliano marxismo de Jam eson no es más qyj
una expresión tardía de los sixties norteam ericanos; se sostiene y reg^’
la según categorías que, lejos de expresar un sustrato eterno de Nat^
raleza (la vida social reprim ida, lo Real), son propias del progresismo
in telectu al de aquel país que se formó trein ta años atrás en el medid
dom inado por las luchas por los derechos civiles y contra la guerra
V ie tn am .72 D ifícilm ente pueda considerarse como m aterialista, coif:
cluye Sprinker, una teoría que se basa en la exclusión sistemática <fc;
toda consideración propiam ente histórica y política: “sólo de la lucia
p o lítica misma —asegura éste—puede nacer una futura teoría materia*
lista de la cultura” (ibid., p. 71).
M ás allá de la validez o no de las credenciales marxistas del traba*
jo de Jam eson, el hecho es que term ina reproduciendo aquello que1
él mismo cuestionara entre los cultores del “giro lingüístico” bajo eb
nom bre de “estrategias de contención”: hispostasiar —convertir en
absoluto—una dimensión parcial de la vida social o un régimen parti­
cular de discursividad. Y, de este modo, sólo parece confirmar la impo-:
sihilidad de superar, al nivel m etatextual, el desafío textualista (con
las consecuencias relativistas extremas que éste conlleva) sin apelar
a categorías ahistóricas o parámetros trascendentes. Frente a las pre­
tensiones no-contingentes de validez a la que aspira Jameson para su
teoría, vale el señalam iento de W hite de que su narrativa es “sólo una
de una serie de narrativas posibles” (M etahistoria, p. 142), todas con
los mismos derechos a pretender ser consagradas como la “verdade­
ra”. N egar esto es lo que hemos definido como un intento de clausura

■ S p r in k e r , “T h e Parf a n d the W h o l e ”, Di acri t i cs, 12. T 1982, p. 70.

1 16
'rica (tratar de impedir toda elaboración posterior que tienda
®ob’e tiv a r lo s propios fundamentos metacríticos revelando con ello
* ontingencia e historicidad). S in embargo, no por ello deja de ser
w fr'm a la pregunta planteada por Jameson, y que W h ite prolijamen-
evita so b re cuál es el m ecanism o que nos lleva a elegir una narra-
¿efgrminada entre otras alternativas posibles (T he Ideologies, i, p.
160) P orque, contra lo que afirma W h ite, está claro que, como señala
1 mesón, n o cualquier narrativa es posible en cada lugar y momento
d e t e r m i n a d o s , ni podemos sim plem ente elegir entre ellas de acuerdo

con nu estra voluntad individual incondicionada. Y a fin de delim itar


e l rango de elecciones en cada caso disponibles, es necesario postular

una c ie rta idea acerca de las condiciones de producción, apropia­


ción y circulación de los discursos. C on ello (y aun cuando él mismo
no resulta completamente consecuente con este concepto y termina
intentando colocar su propia narrativa por encim a de las contingen­
cias h istó ricas) Jameson introduce (y ése es su mayor m érito) una nue­
va d im en sió n problemática dentro del horizonte de preocupaciones en
tomo a las cuales se debate el presente “giro lin güístico”, añadiendo
una nueva vicisitud en el mismo. La intervención polém ica jameso-
niana tiene su punto de sostén teórico en el apuntam iento hacia una
dimensión de la realidad que, si bien no existe fuera del lenguaje, no
agota su existencia en su “lín güísticalidad”; y, con ello, pone de relie­
ve un límite inherente a este “giro lingüístico”. De hecho, en sus suce­
sivas fases, le resultaría imposible a éste desentenderse completamente
de la problemática original con que se iniciara el mismo. La cuestión
relativa a las condiciones históricas de existencia de la crítica parece
siempre reemerger, a los distintos niveles de la m ism a, bajo distin­
tas formas (sean éstas las “com unidades interpretativas” de Fish, los
“tropos” de W h ite, o, como pretiere Jameson, la “H istoria”). De todos
modos, esta reemergencia no necesariam ente sugiere un permanente
giro en el vacío. La serie de desplazamientos producidos no sería ocio­
sa: en su transcurso, el sentido de ambos términos (texto y contexto)
va a verse ya completamente redetinido. Los debates presentes hoy en
ese país en el ámbito de la filosofía muestran el tipo de transformacio­
nes operadas en los mismos y la naturaleza más particular de los pro.
blemas que su relación plantea.

¿Más allá del relativismo y del objetivismo?

La introducción del llamado “giro lingüístico” en el ámbito de la filo-


sofía norteamericana, conocida por su proverbial aspiración de objeti­
vidad, no podría ser menos que perturbadora para ésta. Sin embargo,
una vez incorporadas, las nuevas ideas llegadas del continente euro­
peo pronto parecieron menos extrañas a las tradiciones añejas en ese
medio de la filosofía del lenguaje y el pragmatismo y mejor articulables
con las mismas de lo que pareció en un principio.
El resultado de esta fusión será un amplio y variado abanico de pos­
turas filosóficas. Algunos, como Richard Rorty, ven esto que perciben
como el despertar del largo letargo producido por las ilusiones de la
modernidad en una razón om nicom prensiva (ta n totalizante en la
teoría como totalitaria en sus consecuencias prácticas). Los más, sin
embargo, prefieren creer, como Richard Bernstein, que el nuevo “giro
lingüístico” no necesariam ente conlleva el relativism o ni desafía toda
forma de inteligibilidad fundada racionalm ente, sino solamente a una
versión de ella (la cartesiana). Por debajo del aparente antagonismo
entre objetivismo y relativism o, estaría produciéndose, para Bernstein,
un movimiento por pocos percibido que está conduciendo más allá de
esta dicotomía sólo ineludible dentro de los marcos de las filosofías de
la modernidad occidental. Otros, finalmente, como M ac-Intyre, aun­
que simpatizan con las posturas de estos últimos, prefieren desconfiar
de aquellas soluciones que consideran que vacían a priori de conteni­
do tensiones cuya magnitud real no alcanzan antes a calibrar. Estos se
mostrarán así dispuestos a aventurarse en senderos menos tradicionales
en la búsqueda de modelos que intenten hacerse cargo de las facetas
más radicales de tal giro lingüístico, asumiendo los riesgos implícitos
¿I y aun así resistiendo, al mismo tiempo, a las conclusiones relato
vistas a las que, llegado a tal punto, parecería imposible escapar. Usual-
mente tan originales como, por ello mismo, excesivam ente personales
para s e r v ir de modelo a otros m otivados por preocupaciones análogas,
tales alternativas, como la propuesta por M aclntyre, suelen, de todos
modos, ayudar a hacer crudamente m anifiestas las aristas problemáti-

C2w
J e cuestiones que otros quieren declarar de antem ano resueltas, ya
sea en uno o en otro sentido.
Esta variedad de posturas nos co n d uce a una carac te rístic a a d i­
cional de la filosofía norteam ericana hoy, resultado, en parte, de esa
misma coexistencia de tendencias contrapuestas: su m arcado tono
polémico. C orrientes de ideas (com o la herm enéutica en sus distin­
tas versiones, la teoría haberm asiana de la acción co m u n icativa, el
deconstruccionismo, el postestructuralism o, etc.) que en sus ámbitos
de origen suelen permanecer en relativ o aislam iento (o enfrentándose
sólo ocasionalmente) en esas tierras vien en a ponerse más sistem áti­
camente en contacto, ya sea para com binarse de una m anera más o
menos ecléctica, o bien para colisionar violentam ente. T anto en uno
como en otro caso (en sus com binaciones y enfrentam ientos) sirven
para poner en evidencia dificultades m ejor disim uladas (aunque sólo
eso) en sus versiones originales. El estudio del debate cruzado que se
establece entre los tres autores antes m encionados (B ernstein, Rorty
y Maclntyre), el que se expande sobre am plias zonas del pensam iento
actual, ofrece la posibilidad para una más sistem ática exploración de
las diversas alternativas teóricas planteadas a la crítica en ese medio
tras el llamado “giro lingüístico”.
Richard Bernstein (*) es, de los tres, quien más sistem áticam en­
te ha intentado escapar a las an tin o m ias que tensionan los presen­
tes debates. Tras ellos, Bernstein cree descubrir (algo que pocos han
advertido) la em ergencia de un nuevo horizonte de problem as en el
cual las viejas antinom ias com enzarían a disolverse. “Estamos pre­
senciando —afirm a en B e y o n d O b j e c t i v i s r n and R ela ti vis m — el fin de
una tradición intelectu al; un nuevo patrón en el diálogo relativo a

1 19
la racionalidad hum an a está cobrando forma” (Be y o n d , p. 4 8 ). Este
movimiento con stituiría, por otra parte, una corriente relativ a homo­
génea que, hecho poco percibido debido a la fragm entación académi­
ca que imponen las especialidades, cruzaría por igual las distintas áreas
disciplinarias. D icho “nuevo patrón de diálogo” se hace manifiesto
tanto en las filosofías sociales como en las ciencias naturales a través
de desarrollos producidos en forma relativamente independiente unos de
otros y cuya convergencia resulta, por lo tanto, sintom ática de pro-
cesos más vastos. Bernstein, en fin, se propone reconstruir el nuevo
discurso que descubre emergiendo desde sus aún dispersos y fragmen-
tarios componentes. Lo más característico de su pensam iento, pues
es su esfuerzo por tratar de relacionar las categorías y los conceptos de
las filosofías sociales contemporáneas (herm enéutica, postestructura-
lismo, filosofía crítica, leídas todas desde una matriz neo-pragmatista
de pensamiento) con aquellos análogos desarrollados recientemente
por las epistem ologías de las llam adas “ciencias duras”, mostrando,
en sus afinidades, las corrientes subterráneas profundas comunes que
las transitan. D icha integración perm itiría finalm ente aclarar, según
asegura, el sentido últim o del corriente “giro lin güístico ” y superar
aquellas aporías a las que éste parece conducir revelándolas como sólo
aparentes. Esta apelación a categorías elaboradas en el ám bito de las
ciencias naturales es, en realidad, otro de los rasgos distintivos de la
filosofía contem poránea norteam ericana. U na última característica de
la misma, y que Bernstein ejem plifica muy bien, es el afán permanen­
te por tratar de h acer explícitas las im plicaciones político-prácticas de
los actuales debates teóricos.
Veamos prim eram ente cuáles son, para Bernstein, las tendencias
más fundamentales clel pensamiento actual y cómo estarían tornando
irrelevantes las antinom ias tradicionales. Según afirma, el pensamiento
moderno se erigió sobre una dicotomía “distorsionante e inconducen­
te”. Dentro de sus marcos no podía escaparse a la alternativa entre “o
bien alguna forma de objetivismo, buscar un sustento últim o para el
conocimiento, la cien cia, la filosofía y el lenguaje; o bien vernos condu­
cidos ineluctablemente al relativismo, al escepticismo, el historicismo
el nihilismo” (B eyo n d , p. 2). Por “objetivism o” Bernstein entiende
no sólo el llamado “realism o metafísico”, sino tam bién las doctrinas
“subjetivistas” de filósofos tales como Kant o Husserl, empeñados en
proveer basamentos perm anentes al conocim iento y la filosofía. U na
vez así redefinido el “objetivism o”, su opuesto, el “relativismo”, se des­
cubre como sólo la contracara necesaria de aquél: ambos, relativism o
y objetivismo, asegura Bernstein, se encuentran interconectados y se
suponen mutuamente. Y ello porque tanto uno como otro parten de
los supuestos comunes que derivan de una misma ansiedad cartesiana
por encontrar fundamentos indubitables a la filosofía. De allí que, tan
pronto como descubrimos que no existe ral p u n t o arquimédico, que nos
encontramos atrapados en nuestra radical contingencia, no queda ya,
dentro del contexto del pensamiento carresiano-fundacionalista, otra
alternativa racional posible; en fin, no podemos entonces escapar a “las
fuerzas de la oscuridad que nos cubren de locura, al caos intelectual y
moral” (Bey o n d, p. 18). Y, sin embargo, tampoco el relativismo es más
estable como postura filosófica que el fundacionalism o cartesiano. Éste
es “autorreferencial y paradójico”, y conduce siempre e inevitablem en­
te a la conocida “falacia relativista”:

Porque im p líc it a o e x p l í c i t a m e n t e el r e l a t i v i s t a afirm a q u e su p o s tu ra


es v e r d a d er a , y a u n a s í t a m b ié n a s e g u r a q u e to d a verd ad es r e l a t i v a ,
que lo q u e se t o m a c o m o v e r d a d e r o p u e d e s e r t a m b ié n falso. En c o n ­
s e c u e n c ia , el r e l a t i v i s m o p u e d e ser t a n t o v e r d a d e r o co m o falso. U n o
no p u e d e s o s te n e r la c a u s a d el r e la t iv i s m o s in al m ism o tie m p o m i n a r ­
la (Beyond, p. 9 ) .

La ansiedad cartesiana encierra así una aporía que le es intrínseca. Den­


tro de su contexto, toda idea de contingencia inevitablemente aparece
como irracional. Pero el irracionalismo tampoco puede sostenerse como
doctrina filosófica, dadas las contradicciones que conlleva, obligando así
al pensamiento a oscilar permanentemente entre ambos polos.
Escapar a esta dicotom ía no podría entonces significar hallar algy
na suerte de “compromiso” entre ambos ( “negociar grados variables de
proximidad y distancia”, según la fórmula de LaCapra), sino más bien
radicalizar su antagonism o a fin de acceder al fundamento subyacente
a tal contradicción para poder corroerla críticam ente en sus bases mis­
mas. “Debemos exorcizar la ansiedad cartesiana —dice Bernstein—y
la causa misma de la oposición entre objetivism o y relativism o pierde
toda credibilidad” ( B e y o n d , p. 19).
Encontram os aq u í, fin alm en te, un in te n to por teorizar la pers­
p e c tiv a original p lan te ad a por R abinow y S u lliv an . Segú n Berns­
te in señ ala, lo que estaríam os presen cian do en la filosofía actual
(fenóm eno no bien ap reciado por sus mismos protagonistas) es la
quiebra final de d ich a a n sied ad cartesiana y la em ergencia de un nue­
vo paradigm a que estaría efectivam ente conduciendo “más allá del
objetivism o y del relativ ism o ”. Tal fenóm eno se m anifiesta funda­
m entalm ente en el surgim iento de un nuevo concepto de raciona­
lidad que no supone ya “criterios de dem arcació n ” universales como
su prem isa, es decir, de un concepto que incorpora la contingencia y
la historicidad intrín secas del conocim iento y los valores humanos.
Los nuevos enfoques, d ice, reemplazan las “estrategias globales” por
la consideración de las diferencias en térm inos de “cam biantes alter­
n ativas pragm áticas” ( B e y o n d , p. 174)-
Esta reorientación pragm ática resulta particularm ente evidente en
el ám bito de las epistem ologías de las cien cias. La grilla binaria carte­
siana (o bien patrones universales, o bien com pleta arbitrariedad), que
confunde historicidad con arbitrariedad, llevó a m alinterpretar este
proceso identificando desarrollos recientes, como el concepto kuhnea-
no ele inconmensurabilidad, como meras formas más sofisticadas de rela­
tivism o, oscureciendo su significación real. Kuhn, asegura Bernstein,
nunca afirmó que la em presa científica estuviera irracionalm ente fun-
dada. La idea de “inconm ensurabilidad”, asegura, apunta a cuestionar
la im agen tradicional ele la ciencia comer un desarrollo acumeilativo,
pero no supone la incom parabilidad entre paradigmas ni niega la exis­
tencia de decisiones racionales, por parte de los científicos, en la elec-
ción entre paradigmas rivales:

En síntesis, podemos decir que en la teoría de Kuhn los paradigmas


rivales son incompatibles lógicamente (y, por lo tanto, se encuentran
realmente en conflicto mutuo); inconmensurables (y, por lo tanto, no
pueden medirse punto por punto); y comparables (susceptibles de ser
comparados entre sí de múltiples formas sin necesidad de que exista
siempre algo en común entre ellos, grillas fijas por las cuales medir su
progreso) (Beyond, p. 86).

Tal “comparabilidad” nos perm ite evaluaciones racionales en la acep ­


tación o el rechazo de las teorías. Pero, dada la inconm ensurabilidad
de las mismas, la “racionalidad” que en este caso se pone en juego ya
no puede ser concebida en un sentido estrictam en te lógico-teórico,
es decir, no puede ser reducible a los modelos de prueba deductiva o
generalización inductiva. D icha noción de racionalidad conlleva, para
B em stein , consideraciones de índole práctica (valoraciones) y norm a­
tiva (la definición de conceptos, estándares, problem as, etc.), que pue­
den ser argumentables, pero no descansan en patrones indubitables.
Tal sería el concepto kuhneano de “persuasión”, que Lakatos confun­
diera con una irracional “psicología de masas”. “Kuhn siempre, intentó
-dice Bem stein—distinguir las formas de persuasión y argum entación
racional que tienen lugar en las comunidades científicas, de aquellas
formas de persuasión irracional que, según han acusado sus críticos, él
habría sostenido” (B e y o n d , p. 53). “Los desacuerdos entre Kuhn y sus
críticos —concluye B em stein—, cuando son reexam inados, com ienzan a
aparecer más como diferencias de énfasis que com o rupturas absolutas”
(Beyond, p. 22).
La imagen irracionalista de la ciencia de Kuhn surgiría de su retó­
rica, la que tiende a sugerir lo que Popper llam ó “el mito del m arco”
(según el cual “nos encontram os atrapados en el marco de nuestras
teorías, nuestras expectativas, nuestras experiencias pasadas, nuestro
lenguaje”) (B e y o n d , p. 84)- En tal caso, los paradigmas serían sienripre
autoconfirm atorios. Pero, para Kuhn, la ausencia de patrones univer­
sales de com paración no significa autoclausura, “la verdad de la tesis
de in co n m en su rab ilid ad —dice B ernstein—no es autoclausura sino
apertura [opemness]” (B eyond , p. 91). Según Bernstein, dicha teoría no
involucra una “teoría del significado”, sino que “se refiere exclusiva­
mente a p r o b le m a s y estándares”; “científicos con filiaciones cognitivas
com petitivas ven cosas distintas e n algunas ár ea s, pero entre ellos se
conserva un terreno común constituido por un sentido de comunidad
que posibilita el entendim iento m utuo” ( B e y o n d , p. 82).
Todo esto representa, para Bernstein, un p aralelo de conceptos,
traducidos apropiadam ente en clave científico-epistem ológica, fami­
liares a las filosofías sociales, y, particularm ente, dentro de ellas, a las
corrientes contem poráneas de la herm enéutica (com o los que fueron
aquí ya expuestos a propósito de Hoy). La idea tradicio nal de racio­
nalidad científ ic a se colocaría en el lugar de la de co n s e n s u s gentium (la
búsqueda de universales abstractos trans-culturales) de las filosofías
prácticas de la modernidad. El concepto kuhniano más complejo de
co m unida d tendría su contraparte en la noción de tradición de Gada-
mer. De acuerdo con éste, la naturaleza dialógica del hombre no sig­
nifica un m ero entendim iento “objetivo” de lo que nos es extraño.
No podemos desprendernos de nuestros “prejuicios”, la idea de una
completa transparencia com unicativa (lo que supondría un intelecto
infinito) es una abstracción que contradice nuestro ser-en-el-mundo.
Pero, así com o Kuhn distingue entre inconmensurabilidad e incompa-
rabilidad, tam bién Gadamer distingue entre prejuicios ci e g o s y habilitan­
tes, los “prejuicios son los preconceptos de nuestra apertura al mundo”
( B e y o n d , p. 129). Estamos “siem pre ya arrojados a una tradición”,
que a la vez que confina nuestro horizonte de visibilidad, permite su
enriquecim iento m ediante la m ejor comprensicin de aquellos que nos
son diferentes, es decir, m ediante la “fusión de horizontes” (Horizont-
v e r s c h m e l z u n g ) . Dar razón de este proceso es precisam ente la tarea de
la herm enéutica:

124
La ta rea d e l a h e r m e n é u t i c a es e n c o n t r a r recurso s e n n u e s t r o l e n g u a j e
y e x p e rie n c ia q u e nos c a p a c ite n p a ra e n te n d e r a q u e llo s in ic ia lm e n t e
ex trañ o s s i n i m p o n e r p r e ju ic i o s c i e g o s o d i s t o r s io n a n t e s s o b re e llo s .
Si e s t u v ié r a m o s c o n f r o n t a d o s c o n a l g o t a n a j e n o q u e n o t u v i e r a n a d a
en c o m ú n c o n n u e s t r a e x p e r i e n c i a o le n g u a je , n i n g u n a a f i n i d a d de
n in g ú n t i p o , e n t o n c e s n o t e n d r í a s e n t i d o h a b l a r d e e n t e n d i m i e n t o
( B e y o n d , p. 1 4 2 ) .

B ernstein sostiene que el térm ino que Gadam er usa por “afinidad”
[Zugehörigkeit] m ejor cabría traducirlo como “pertenencia” [belonging­
ness], noción en la cual la vida com unal está enraizada, del mismo
modo que los valores compartidos de una comunidad científica dada
unen a los p ractican tes o seguidores de paradigmas inconm ensura­
bles entre sí. “La tarea efectiva de la conciencia histórica es la de
hacer explícita la afinidad histórica o pertenencia”, concluye Berns­
tein (Beyond, p. 142). Tal concepción dialógica de la praxis humana
se encontraría en el seno del m ovim iento actual hacia más allá del
objetivismo y del relativism o, que contaría con Gadamer, Habermas,
Rorty y Arendt como sus principales representantes.
Bernstein, en realidad, sabe que éstos no se reconocen a sí mismos
como formando parte de una misma corriente intelectual. Rorty, por
ejemplo, no cree tener nada en com ún con Habermas, en cuya teoría
de la acción com unicativa no ve más que “una nueva versión de la
‘urgencia plató n ica’ por escapar de la conversación hacia algo atem-
poral que subyacería a todas las conversaciones posibles” (B eyo n d ,
p. 199). Sin em bargo, se trataría nuevam ente de una diferencia de
énfasis, o, más sim plem ente, de un m alentendido. Para Bernstein, la
idea de Habermas de una transparencia com unicativa, basada en las
condiciones universales de toda p ráctica dialógica, cabe com pren­
derla sólo como “un telas (formal) y un estándar para evaluar el grado
en el cual una determ inada forma de vida sustantiva satisface dicho
telos" (Beyond, p. 188). No se trataría, pues, de una meta inm anente a
la historia (y, por lo tanto, objetiva y necesaria), pero tampoco de un
mero ideal. Según Bem stein, lo que precisam ente une a Habermas y a
Rorty, más allá de sus diferencias (juntos tam bién con A ren d t y Gada-
mer), es la creencia común en que tal idea de comunidad comunicati­
va constituye, esencialm ente, una tarea, un proyecto hum ano práctico
(Beyond, p. 230).
Esta ten d en cia de Bernstein de en co n trar afinidades en doctri­
nas opuestas en tre sí denuncia una perspectiva de ta l movimiento
“más allá del objetivism o y del relativ ism o ”, más como una suerte de
middle ground. que como el resultado de una au tén tica radicalización
de la contradicción entre ambos polos de dicha an tin o m ia. C on ello,
Bernstein no puede evitar que surja la sospecha de estar nivelando
aristas, en verdad, problem áticas, enraizadas en diferen cias concep­
tuales ciertas y profundas, y que son las que m otorizan los debates
actuales.
Así ocurre, al m enos, con su in te n to de atribuir las diferencias
entre Kuhn y sus oponentes a meros m alentendidos. Com o ha sido
frecuentemente señalado, el punto aquí no es si Kuhn mismo abogó
o no por un irracionalism o radical (lo que él siempre negó), sino si
su teoría conlleva (más allá de las intenciones de su autor) tal conse­
cuencia. De hecho, en la obra de Kuhn pueden encontrarse nociones
de “paradigma” e “inconm ensurabilidad” muy diferentes entre sí.73 Y
Bernstein, en vez de intentar hacerse cargo de las consecuencias irra-
cionalistas que co n llevan las versiones “fuertes” de paradigm a (a fin de
moverse efectivam ente “más allá del objetivism o y del relativism o”),
prefiere prohijar las definiciones más “débiles” del mismo (con lo que
inevitablemente term ina perm aneciendo “más acá” del objetivismo y
del relativismo).

M argaret M a s t e r m a n descubre 2 1 s e n tid o s d istin to s en el uso d e K uh n de la


noción de p a r a d ig m a (M a s t e rm a n , “T h e N a t u r e of a P a ra d ig m ”, e n I. Lakatos y A.
M usgrave, C r i t i c i s m arid t he G r o w t h o f K n o w l e d g e , C a m b r id g e, C a m b r id g e University
Press, 1970, pp. 5 9 - 9 0 ) .

126
En efecto, para B ernstein, “siempre h ay alguna superposición entre
aradigm as> superposición de observaciones, conceptos, estándares y
problem as. Si no hubiera tal superposición, no sería posible el debate
racio n al y la argum entación entre proponentes de paradigm as riv ales”
(B e y o n d , p- 85). Pero es precisam ente este tipo de superposición lo
que está en cuestión, y lo que, en últim o análisis, el holism o kuhnia-
n0 hace imposible; de lo contrario, la no ció n de “paradigm a” resulta­
ría trivial, no presentaría ningún desafío real al “concepto heredado”
(en palabras de Suppe) de las teorías cien tíficas; como dice el mismo
Bernstein, nadie podría oponerse al m ism o. En este “sentido fuerte”,
la noción de paradigma implica necesariam ente inconm ensurabilidad,
ya que efectivam ente supone una “teo ría del significado” ( “cam bios
del concepto del m undo”, en palabras de K u h n ),'4 y no sólo de “están ­
dares” (aun cuando el mismo Kuhn no siem pre haya aceptado las con­
secuencias más radicales ele su propia te o ría ).75
Wolfgang S tegm ü ller'6 ha argum entado co n vin cen tem en te que el
holismo kuhneano no necesariam ente en cierra una im agen irracio ­

74 Thomas Kuhn, La e s t r u c t u r a d e las r e v o l u c i o n e s c i e n t í f i c a s , M é x ic o , FCE, 198 5 , pp.


176-211 (publicado o r i g i n a l m e n t e en i n g l é s e n 1 9 6 2 ).
75 En su “P ostcrip tum ” de 1969 a La e s t r u c t u r a , K u h n trata de m o d e r a r las c o n ­
secuencias del escrito o r ig in a l y salvar c ie rta id e a d e “progreso c i e n t í f i c o ” e in clu so
de “traducibilidad” e n tr e p arad ig m as c o m p e titiv o s ; sin em b argo , le n i e g a a ú n a lg u n a
función en la ge n erac ió n d e “revo lucio n es c i e n t í f i c a s ” in sistie n d o e n q u e “n i b u e n a s
razones ni la trad u cc ió n c o n s t itu y e n la c o n v e r s i ó n ” ( La e s t r u c t u r a , p. 3 1 1 ) . En las
"Reflexiones sobre mis c r ít i c o s ” (1 9 7 0 ) p re tie re, e n c a m b io , en fatizar e n el asp ecto
racionalista de su teoría q u e se deriv a de su c o n c e p t o de “períodos de c i e n c i a n o r m a l”
(relegando a un segundo p la n o la n oció n de “r e v o l u c ió n c ie n t íf ic a ” ) co rn o “crite rio
de demarcación” entre las c ie n c ia s y las otras fo rm a s p re p a r a d ig m á t ic a s d e a c tiv id a d
intelectual (en Lakatos y M u s g r a v e , Cr i ti ci sm, pp. 2 3 1 - 2 7 8 ).
76 W olfgang S te g m ü lle r , T e o r í a y e x p e r ie n c i a , B a r c e lo n a , A r ie l, 1979, y E s t r u c t u r a y
dinámica d e teorías, B a rc e lo n a , A r ie l, 1983. V é a s e t a m b i é n (3. U lises M o u l in e s , Explo­
raciones meta/científicas, M a d r id , A lian z a, 1982, y leséis M o s t e r ín , Conceptos y teorías de
las ciencias, M adrid, A l ia n z a , 1984.
n alista de la actividad cien tífica (en el sentido de ver a los c ie n tífic a
como dogm áticos incorregibles ceñidos a teorías que se han mostrj 1
do erró n eas);77 ni siquiera supone, es cierto, incom parabilidad entigl
teorías. S in embargo, el tipo de com parabilidad a la que se refierei
rem ite a un nivel m acrológico (sólo las teorías como totalidad pUe.
den even tualm ente considerarse como refutadas y ser abandonadas) ‘
pero no al n iv el m icrológico (“observaciones, conceptos, estándares y j
problem as”, según exige B ernstein). El problem a es que la filosofía de :
B ernstein requiere de “significados com partidos” (presupuesto, para
él, de la com parabilidad) debido al tipo de funciones ético-sociales
que B ernstein le asigna a la filosofía.7b M ás precisam ente, Bernstein
p re te n d e dem ostrar las im plicacio nes to ta lita ria s ele las filosofías
(tan to relativistas como objetivistas) fundadas en la ansiedad cartesia­
na, m ientras que el n o n - s t a t e m e n t vieui no perm ite el establecimiento
de relacion es de eleducibilidad entre los presupuestos de una teoría y
sus conclusiones em píricas. Tales consideraciones prácticas constitu­
yen, en fin, el núcleo ele su filosofía, puesto cjue vienen a ocupar en
e lla el lugar de las lógico-teóricas en las epistem ologías tradicionales.
La referencia a Kuhn sirve a este autor, precisam ente, para introducir

•" E llo se J e b e a qu e las t e o r ía s no pueden, para S t e g m ü l le r , ser “refutadas” (en


s e n t id o p o p p e r ia n o ) . “U n a t e o r ía —d i c e - no es el t i p a d e e n tid a d de la que pueda
p r e d ic a r s e v e r d a d o falsed a d ” ( E s t r u c t u r a y d i n á m i c a , p. 4 3 ) . Basándose en la noción
tle t - t e o r i c i d a d de Su pp e, m u e stra q u e sólo las diversas h ip ó te s is J e una teo ría pueden
r e fu tarse , pero n o la teoría m is m a , debido a que los p a r á m e t r o s de e v a lu a c ió n de la
m is m a p re s u p o n e n va la v a l i d e ; ríe la propia teoría.
s C o m o s e ñ a la R ic h a rd R o rtv : “Haberinas y B e r n s te in se in c lin a n a pensar que
si u n a filosofía es b uen a para a lgo , lo es para fines p o lític o s, que si sus trabajos tie­
n e n a l g u n a s ig n if ic a c ió n , es u n a sign ificació n p o lít ic a , u n a re le v a n c ia p ara las con­
t ro v e r sia s p o lít ic a s c o n t e m p o r á n e a s , necesidades s o c ia le s p re se n te s”. R o rty cita una
e x p r e s i ó n d e H a b e r m a s en u n a e n tr e v is t a en la q u e a s e g u r a b a que “sab ía que con
su u n iv e r s a lis m o ético se e n c o n t r a b a en la senda c o r r e c ta porque es la d o c trin a que
d e ja el m e n o r esp acio p osible a la de rec h a a le m a n a ” ( R o r t y , “T h u g s and Theorists. A
R e p ly to B e r n s t e in ”, Political T h c o r y , l 5.4, 1987, pp. 5 7 2 - 5 7 3 ) .

128
misa fundam ental de su concepto neopragm atista, a saber, que
'metro últim o para m edir la validez de un sistem a de ideas resi-
He siempre, en últim a instancia, en el terreno ético . S in embargo, el
de lo teórico-epistem ológico a lo ético-práctico (en
la z a m ie n to
1 ue se haría m anifiesta la superior capacidad de las filosofías pre­
sentes para superar las antinom ias trad icio n ales),79 sólo parece trasla­
d a r tales dicotom ías a un terreno distinto, dejándolas, en lo esencial,

intactas (por lo que, n ecesariam en te, tarde o tem prano vuelven a


emerger).
En efecto, las mismas co n trad iccio n es que ten sio n an a las filo ­
sofías de las c ie n cia s tra d ic io n a le s se reprodu cen en la filosofía
práctica b ern sten ian a, esta vez expresándose en su ap elació n al
concepto de “com unidad” com o algo que a la vez debe ser c re a­
do (un im perativo práctico) y ya existente (de lo contrario, sería
imposible el en ten d im ien to m ín im o necesario para crear un sen ti­
do tal de com unidad):

C a d a u n o d e esros p e n s a d o r e s a p u n t a , d e d i f e r e n t e m o d o , a la c o n ­
clu sió n d e q u e e x p e r i e n c i a s y m o d o s de e n t e n d i m i e n t o c o m p a rtid o s ,
p r á c t i c a s i n t e r s u b j e t i v a s , s e n t i d o s d e a f i n i d a d , s o l i d a r i d a d y lazos

79 Sigu ien d o el m o d e lo del n u n - s t a t e m c n t v i e w ( p r o p u e s to p or S t e g m ü ll e r ) , no


existiría la posib ilidad de estab lec e r c o n e x io n e s lógicas, o n e ce sarias, en tre filosofías
e ideologías ( u n a m ism a teo ría p o d ría t e n e r c o n se c u e n c ia s id e o ló g ic a s diversas, no
determinables a p rio ri), con lo que las c o nsideracion es prácticas se m ostrarían no sólo,
ensim ism as, e lu siv as (im posibles de c o n s t a ta r t a x a t iv a m e n t e ) , sino, se n cillam e n te ,
irrelevantes co m o parám etros para e v a lu a r la validez de un a filosofía o sistema de pensa­
miento dado. U n a refutación del p u n to ríe vista simplista que id e n tific a irracionalismo
con totalitarismo y racio n alism o c o n lib eralism o (o a la inversa) se e n cu e n tra en el libro
recientemente ap arecid o de H ans S lu g a , h l c i d e g g e r s Crisis, B e r k e le y , C alifo rn ia U n iver-
sity Press, 1994- En él, Slu ga m uestra c ó m o el ultrarracionalism o de un Frege competía
con el irracionalismo de Heidegger en su am b ic ió n de tornarse e n ideología oficial del
nacionalismo a le m á n .

129
a f e c t i v o s t á c i t o s q u e n o s l i g a n e n u n a c o m u n i d a d a o tr o s in d iv id u o s
d e b e n y a e x i s t i r . H a y a q u í a l g o a s í c o m o u n c í r c u l o , c o m p a r a b le al
c í r c u l o h e r m e n é u t i c o . L a l l e g a d a a la e x i s t e n c i a d e u n a fo rm a de
v i d a c o m u n a l q u e p u e d a f o r t a l e c e r la s o l i d a r i d a d , la l ib e r t a d p ú b li­
c a , e l d e s e o a h a b l a r y a e s c u c h a r , a l d e b a t e m u t u o y e l co m pro m iso
c o n la p e r s u a s i ó n r a c i o n a l p r e s u p o n e f o r m a s i n c i p i e n t e s d e d ich a
v i d a c o m u n a l [ . . . ] El p e n s a d o r q u e m á s a g u d a m e n t e c o m p r e n d ió
la d i m e n s i ó n d e e s t a p a r a d o j a - q u e la r e a l i z a c i ó n d e u n a comu­
n i d a d y a p r e s u p o n g a la e x p e r i e n c i a v i v i d a d e t a l c o m u n i d a d - fUe
H e g e l , q u i e n v io a la m i s m a c o m o la g r a n p a r a d o j a d e la e ra moderna
( B e y o n d , p. 2 2 6 ) .

Como vim os anteriorm ente, para Bernstein, “si estuviéram os con­


frontados a algo tan ajeno que no tuviera nada en com ún con nuestra
experiencia o lenguaje, ninguna afinidad de ningún tipo, entonces no
tendría sentido hablar de entendim iento” (B e y o n d , p. 142). Con esto,
sin embargo, Bernstein contradice su idea de “apertura". De hecho,
“apertura” (Zugehörigkeit) y “pertenencia” (b elong ingn ess ) , términos que
para Bernstein se suponen m utuam ente, en realidad se excluyen entre
sí —si hay “pertenencia”, no hay auténtica “apertura”, sino sólo, preci­
samente, “pertenencia”, y viceversa—. El punto crítico aquí es que de
no existir tal “comunidad” (es decir, la posibilidad de establecer valores
transculturales), no habría ya, nuevam ente, forma de escapar a “las fuer­
zas de la oscuridad que nos cubren de locura, al caos intelectual y moral”
—lo que nos devuelve “más acá” de la antinom ia tradicional entre obje­
tivismo y relativism o—.
Partiendo de una matriz neopragm atista de pensam iento relativa­
m ente'análoga a la de Bernstein, Richard Rorty (* ) tallaría consis­
tentem ente sobre las tensiones observadas en el pensam iento de aquél
a fin de extraer consecuencias filosóficas más radicales, afirmando la
inconm ensurabilidad absoluta entre los diversos “juegos de lenguaje”.
Rorty pondrá así de manifiesto los supuestos esencialistas sobre los que,
a pesar de su retórica opuesta a todo fundacionalismo, el neopragma-
tismo ético de Bernstein se funda. Para Rorty, la idea de comunidad

1 30
lingüística de B em stein es aún deudora de la tradición cartesiana-kan-
tiana, es decir, busca escapar de la historia para encontrar las condi­
ciones no-históricas de todo desarrollo histórico posible. Esta soslaya
el hecho de que toda “persuasión racio n al” presupone un determinado
lenguaje y es siem pre relativa al mismo. T al concepto únicam ente tie­
ne sentido, pues, dentro de los marcos de los “discursos norm ales” (que
presuponen criterio s compartidos para dirim ir controversias). En los
“discursos an orm ales” (en que dichos criterios se quiebran) sólo vale la
pura retórica. “So n figuras -d ice R orty—más que proposiciones, m etá­
foras antes que enunciados los que determ inan nuestras convicciones
filosóficas” ( Philo so phy and the M irror, p. 12). Según su interpretación
de la Teoría d e la Justicia de Rawls, nuestros proyectos existenciales,
como la dem ocracia liberal, pueden ser “articulados” pero no “funda­
mentados” sin cae r en la circularidad:

El p r a g m a t i s t a d e b e e v i t a r d e c i r , c o n P e ir c e , q u e la v e r d a d e s tá des­
tinada a t r i u n f a r [...] El só lo p u e d e d e c ir , c o n E le g e l, q u e la v e r d a d y
la j u s t i c i a y a c e n e n la d i r e c c i ó n m a r c a d a p o r los s u c e s i v o s e s ta d io s
d e l p e n s a m i e n t o e u r o p e o . Y e l l o n o p o r q u e c o n o z c a c i e r t a s “v e r d a ­
des n e c e s a r i a s ” y c i t a ta le s e j e m p l o s c o m o r e s u lt a d o d e e s te su p u esto
c o n o c i m i e n t o . S e tr a ta s i m p l e m e n t e d e q u e e l p r a g m a t i s t a n o c o n o c e
m e jo r f o r m a d e e x p l i c a r sus c o n v i c c i o n e s q u e r e c o r d a r a su i n t e r l o ­
c u t o r la p o s i c i ó n e n q u e a m b o s s e ' e n c u e n t r a n , lo s p u n t o s d e p a r tid a
c o n t i n g e n t e s q u e a m b o s c o m p a r t e n , la f l o t a n t e , i n f u n d a m e n t a d a
c o n v e r s a c i ó n d e la c u a l a m b o s s o n m ie m b r o s . E sto s i g n i f i c a q u e el
p r a g m a t i s t a n o p u e d e c o n t e s t a r a la p r e g u n t a “ ¿ Q u é h a y d e e s p e c ia l
r e s p e c t o d e E u r o p a ? ” e x c e p t o d i c i e n d o “¿ T i e n e s a lg o n o - e u r o p e o q u e
s u g e r ir q u e se a d e c ú e m e jo r a n u e s t r o s p ro p ó s ito s e u r o p e o s ? ” (C u n se -
q u e n c e s o f P r a g m a t i s t a , p. 1 7 4 ) .

Esta últim a c o n c ie n c ia respecto de la contingencia de nuestros valores


es la que d istin g u e al “liberal irónico” del “liberal m etafísico”. Rorty se
Hacía cargo in clu so de las consecuencias liberal-etnocentristas que su
ironía” co n lle v a:
N o p o d e m o s m i r a r atrás al p ro c e so d e s o c ia liz a c ió n q u e n o s convenga
a n o so tro s, l i b e r a l e s d el siglo XX, de la v a lid e z de n u e s t r o s p o stulacj^
d e ta l m o d o q u e a p e le m o s a a lg o m á s “r e a l ” o m e n o s “e f í m e r o ” que l á
c o n t i n g e n c i a s h is t ó r ic a s q u e t r a j e r o n a e s te p ro c e s o a l a existenci¿fj
N o s o t r o s t e n e m o s q u e p artir d e lo q u e n o s o t r o s som os; e s t o es parte djl
la fuerza d e l p o s t u la d o de S e lla r s d e q u e n o estam o s b a j o n i n g u n a otia-'
o b l i g a c i ó n q u e las intenciones p r o p i a s d e las c o m u n id a d e s c o n las qyj»
n o s i d e n t i f i c a m o s . L o que e x p u ls a la m a l d i c i ó n de e s te etnocentrismo
n o es q u e e l g r u p o m a y o r sea la “h u m a n i d a d ” o los “s e r e s racionales*'
—n a d i e , h e p o s t u l a d o , p u e d e h a c e r t al i d e n t i f i c a c i ó n — s i n o q u e es el
e t n o c e n t r i s m o d e “n o so tro s” (n o s o tr o s lib e r a le s ) el q u e e s t á dedicado'
a a g r a n d a r s e a sí m is m o , a c r e a r u n e t n o s s ie m p re m á s g r a n d e y varia-,
do. Es el “n o s o t r o s ” d e los q u e h e m o s lle v a d o a d e s c o n f i a r d e l etno­
c e n t r i s m o ( C o n t i n g e n c y , p. 1 9 8 ).

Esto no significa que, en una sociedad liberal, no podamos cuestionar


ríesele adentro, n u e s t r o s propios valores. La apertura “etnocéntrica“
lib eral hacia lo nuevo que se engendra con la em ergen cia de cada
“discurso an orm al” es, precisamente, la hase de nu estra (del nosotros
liberales) “autoedificación” (así traduce Rorty el término Bildung).80A
la m etafísica de la verdad, Rorty opondría la solidaridad por la cual los
miembros de una comunidad local dada pueden com partir un modo
de vida y valores prácticos sin tratar de contrastarlos respecto de pará­
metro transhistórico alguno, es decir, sin pretender asum ir un punto
de vista situado m ás allá de todo punto de vista p articu lar. La solida-
rielad es, pues, un puro compromiso ético : no hay modo racional de
argum entar con tra su opuesto, la c r u e l d a d .Hl “Para los lib erales iróni-

s" En “O n E tlim »c o n trism : A R eply re C liffo r d G eertz”, M i c h i g a n Q t u i r t e r l y Reviev,


v e r a n e de 1986, pp. 5 2 5 - 5 3 4 , Rorty discute el “p lu r a lis m o ” de G eertz m o stran d o cómo
r e la t iv is m o y p lu r a lis m o son, en realidad, en c o n t r a de lo que suele p e n sa rse , términos
a n ta g ó n ic o s.
R o rty ad o p ta la d e fin ic ió n del “lib e ralism o ” d e Judith S h k la r : “L ib e ral —dice-es
aq u el qu e piensa q u e la c rueld ad es la peor cosa q u e h acem o s” (C'ontingency, p. 74)-

132
cos-dice Rorty—no hay respuesta a la pregunta ¿por qué no ser cruel?
no Sea el recurso teórico circular de afirm ar la creencia en que la
Crueldad es horrible” (Contingency, p. xv).
Tal actitud de Rorty va a generar previsibles resistencias entre los
anherentes a nociones más tradicionales del liberalismo, quienes tra­
tarán de demostrar cómo dicha actitud resulta destructiva de esta tra­
dición (y, en última instancia, termina siendo autodestructiva como
proyecto filosófico). En un libro recientem ente publicado, The New
Constellation, Bernstein toma distancia de las posturas de Rorty (a quien
antes incluyera dentro de su propio proyecto de ir “más allá del relati­
vismo y del objetivism o”) . E n él, Bernstein sigue una línea crítica
respecto de Rorty sim ilar a la que Habermas ensayara respecto de Fou­
cault,83 es decir, trata de mostrar que su discurso resulta autorreferencial
y por lo tanto, cae en una contradicción perform ativa.84 De hecho,
dice Bernstein, Rorty no pretende estar contando historias graciosas,

82 La polémica B e r n s r e in -R o r ly tuv o lugar p r im e r a m e n t e en las p ágin as ele Politi-


cal Theory, 15.4, 1987, pp. 5 0 1 -5 8 1 . En el m ism o n ú m e r o ap arec e un c o m e n t a r io a
dicho debate de John W a l l a c h , “L iberáis, t lo m m u n ita r ia n s , a n d rhe T asks ot Polit ical
Theory”, pp. 581-611.
83 En El d i sc u r so f i l o s ó f i c o d e la m o d e r n i d a d , H a h e r m a s d ice : “Foucault, en e f e c t o , '-
se ve envuelto en aportas c u a n d o trata de e x p lica r c ó m a h a y c|ue e n ten d er lo q u e el
propio historiador ge n ea ló g ico h a c e . La presunta oh|et i variad del co n o c im ie n to se ve
entonces puesta en cuestión ( 1 ) por el ¡ n e s e n t i s m o in v o lu n t a r io ele una h isto rio grafía
que permanece ligada a su p u n to de partida; (2) por el i n e v it a b le r e l at i vi s mo de u n a n á ­
lisis referido al presente qu e ya sólo puede e n te n d erse a sí m ism o como un a e m p re sa
práctica dependiente del c o n t e x to ; y (1 ) por el a rb itrario p a r t i d i s m o ele u n a c r ít i c a qvie
no puede dar razón de sus lu n d a t n e n io s n orm ativo s” (B u e n o s A ires, Taiirus, p. 5 51).
84U na “co ntradicción p e r f o r m a t i v a ” se p ro duciría c u a n d o lo que se dice es i n c o m ­
patible con las presuposiciones o im p lic a c io n e s del a c to de d e c irlo . Para usar la t e r m i ­
nología de A ustin y S e arle, o c u rre c u a n d o la d im e n s ió n lo c a t i v a ríe un acto d e h a b la
se encuentra en conflicto c o n su tuerza ¡lo c ativ a. S o b r e este tópico véase |ay, “T h e
Debate over Perfonnative C Jon rradictio n: H ah erm as versu s th e P oststructuralists”, en
Forcé Fields, pp. 25-37.

155
sino que constantem ente hace afirmaciones de hecho, “las que tienen
una referencia im plícita hacia el futuro y a las cuales debemos sonietef
a un cuidadoso escrutinio y evaluación” ( T h e N e w Constellation, p. 22).
A lgunas de ellas asum en incluso el carácter de postulados de valida
universal, como, por ejem plo, “que todos tenemos capacidad de auto-
creación, que todos debemos tratar de ev itar la crueldad y hurnillaj
al otro, que todos debemos esforzamos por fortalecer las instituciones
liberales e increm entar la solidaridad h u m an a” (The N e w Constelia-
tion, p. 278). Pero su negativa a fundam entar tales postulados por otio
medio que la afirm ación de que “éste es mi vocabulario fin al” (Rorty,
T he M irror o f Nature, p. 73) busca inmunizarlos a la crítica, trastocando
su liberalismo en un “fideísmo absolutista”. “Es difícil —dice Bernstein
respecto de su ex compañero de estudios en Chicago—encontrar alguna
diferencia que haga realm ente una diferencia entre la ironía de Rorty y
el cinismo de M ussolini” (T he N ew Constellation, p. 283).83
Por otro lado, tal carácter autorreferencial de su discurso priva a
éste de todo contenido positivo. De hecho, Rorty no puede ya proveer
ningún criterio para distinguir la solidaridad que él propugna de la
crueldad que combate:

P ero R o r t y t a m b i é n a f ir m a q u e lo q u e c u e n t a c o m o c r u e l d a d y humi­
ll a c i ó n d e s d e la p e r s p e c t i v a d e u n v o c a b u l a r i o p u e d e n o s e r ’juzgada
c o m o ta l c r u e l d a d d e s d e la p e r s p e c t iv a d e o tr o v o c a b u l a r io . Incluso lo

K5 C a r io G inzburg, d i s c u t ie n d o con H a y d e n W h i t e , tam b ié n in sistía e n las cone­


x io n e s e n tre las c o n c e p c i o n e s re la tiv ista s de la h i s t o r i a y la id e o lo g ía d e l fascismo
(G inzburg, “C h e c k in g r h e E v id e n c e : T h e Ju d g e a n d rh e H isto rian ”, O r i t i c a l Inquiry,
18, 1991, pp. 7 9 - 9 2 ). S o b r e este de b ate véase el c o m e n t a r io de Jay, “O t Plots, Wit-
nesses an d Jud getn en ts: A n A n s w e r to H a y d e n W h i t e an d C a r io G in z b u r g ” (véase
F n e d lan d er, S., co m p ., En torno a los límites J e La representación, B ern al, Universidad
N a c io n a l de Q u ilin e s, 2 0 0 7 , pp. 13 3-169). En W . M i t c h e l l (co m p .), T h e Politics oj
I n t e r p r e t a c i ó n , v ario s d e los c o la b o r a d o re s c u e s t i o n a n la n e ce sid ad d e t a l relación,
m o stran d o la e x is te n c ia t a n t o de un r ela tiv ism o de iz quierda como de u n o de derecha
así c o m o tam b ién de un o b je t iv is m o de izquierda y u n o de derecha.

134
q u e noso tro s lla m a m o s a h o r a c r u e l t o r t u r a p u e d e s e r r e d e s c r ip t a d e u n
m o d o e n que p u e d a n o ser v i s t a c o m o c r u e l . A s í , la d e m a n d a d e d i s ­
m in u ir la c r u e ld a d es u n a a b s t r a c c ió n v a c í a a m e n o s q u e d e m o s u n a
e s p e c ific a c ió n c o n c r e t a d e lo q u e d e b e n s e r t o m a d o s c o m o e j e m p l o s
d e c r u e ld a d . N o sólo la p r e g u n t a “¿Por q u é n o s e r c r u e l? ” es i n c o n t e s ­
ta b le , sin o t a m b ié n “¿P o r q u é to m a s e s t o c o m o u n caso c o n c r e t o d e
c r u e ld a d y n o su o p u e s t o ? ” [...] N o r e q u i e r e m u c h a i m a g i n a c i ó n r e d e s -
c r ib ir m u c h o s (q u iz á s la m a y o r í a ) d e los c o n f l i c t o s p o lít ic o s e n u n a
s o c ie d a d lib eral c o m o c o n t r o v e r s ia s a c e r c a d e la c r u e ld a d ( T h e N e w
C o n s t e l l a t i o n , p. 2 8 4 ) .

Tras esta mezcla de “novedoso posm odernism o” discursivo con un


“antiguo conservadurismo” político que tiende a neutralizar toda a c ti­
vidad contestataria, se esconde, en realidad, para Bernstein, una pers­
pectiva escatológica y esencialista de la historia. La idea “liberal” se le
aparece a Rorty como un todo sólido y hom ogéneo86 cuya realización
práctica representaría el estadio último y la m ejor forma social con ce­
bible para la humanidad, identificándose con “la idea misma de com u­
nidad” (The N e w Constellation, p. 232). N osotros todos tendríamos una
certidumbre intuitiva común respecto de qué significa el liberalism o.
Así, este autor “tiende a ignorar —dice Bernstein— lo que es el hecho
más notorio de la vida contem poránea —la quiebra del consenso p o lí­
tico y moral, y el conflicto e incom patibilidad entre prácticas sociales
competitivas—” (The N eiv Constellatio n, p. 2 4 5 ). La ironía de R orty
esconde, en fin, sólo una nueva forma del viejo teleologismo.
Como en B e y o n d O b je c ti v is m , en Th e N e w C o n s t e ll a t io n B ernstein
propugna, en cambio, un pluralism o fa lib ilista . Pero la rad icaliza-
ción de las tendencias relativ istas en la ac tu al filosofía no va a pasar
sin dejar huellas en su propio discurso. B ernstein revisa entonces su

86 Rorty d istin g u e entre la p o lític a lib eral —sie m p re o s c i l a n t e — y su filosofía —q u e


importa un fu n d am e n to “lib e r a l” e sta b le tras las c o n t i n g e n c i a s de sus p rá ctic as—,

1 35
an terio r p o stura a la que con sid era ahora “un in ten to de reconci­
liació n forzada entre elem entos que resisten su reducción mutua*
(T h e N e w C o n s t e ll a t io n , p. 12). Lo que antes v e ía como una ten­
den cia re la tiv a m e n te coherente h acia un “más a llá del objetivismo
y el re la tiv is m o ” lo im agina ahora como una “c o n ste lació n ” [expre­
sión que tom a de Adorno, v ía Jay (* )],8' es d ecir, “un racimo de
elem entos cam b ian tes no integrados sino yuxtap uestos que resisten
su red u cció n a un común denom inador, núcleo esen cial o primer
principio g e n e ra tiv o ” ( T h e N e w Con stell ation, p. 9 ) . En este caso
la c o n ste lac ió n presente se conform a a partir del “cam po de fuer-
zas” form ado por la in teracció n dinám ica del com p lejo modernis­
mo /p o s m o d e r n i s m o.
La idea de “constelación” apunta, por un lado, contra todo falso
esen cialism o , incluido el que llev a im plícito la no ció n gadameria-
na de “fusión de horizontes”, la que, asegura ahora Bernstein, “no
hace ju sticia a aquellas rupturas que obstruyen nuestros intentos por
reco nciliar diferencias de horizontes ético-políticos” (The N ew Cons-
telladon, p. 10). Pero tal com plejización de su perspectiva no lo lleva,
sin em bargo, a desesperar com pletam ente de la idea de “comunidad”,
sino a enfatizar su carácter como principio regu lativo práctico. “La
búsqueda ele afinidades y diferencias entre tradiciones inconmensu­
rables es siem pre una tarea y una obligación —tina A.ufgabe~. Es la res­
ponsabilidad prim aria de los participantes reflexivos en toda tradición
vital su stan tiv a”, insiste Bernstein. “Incluso toda relación asimétrica
—asegura—es una relación.” Lo que está en juego, en último análisis,
no es un e t n o s sino un ethos, la posibilidad de conform ar un diálogo
com unicativo real, sin imposiciones, que aleje la “barbarie” que, ase­
gura B ernstein siguiendo a John Murray, “am enaza cuando el hom­
bre cesa de discutir según leyes razonables” (The N e w Constellation,
p. 339). “El compromiso pr á c ti co con la desafiante c n c r g c i a de la razón

s' V é a s e M a r t i n Jay, T h e D i a l e c ti c a l J m a g i n a t i o n y A d o r n o .

136
c o m u n ic a tiv a es
base -quizás la ú n ica base- para la esperanza” ( The
la
Js]eu>Constellation, p. 53).
Este redoblado énfasis de B ernstein en la dim ensión “ético-prác­
tica” de su concepto de comunidad sólo en parte estuvo determ ina­
do por su distanciam iento de R orty; en él se conjugan tam bién las
conclusiones extraídas por él de otro debate, menos estridente, que
lo enfrentó con A lasd air M acIn tyre.(* ) Fue esta últim a polém ica la
que finalmente (y luego de un período de incertidum bres teóricas)
le demostró que el concepto gadam eriano de “fusión de horizontes”
no ofrecía realm ente una altern ativ a v álid a al relativism o de Rorty.
Esta evolución se puede seguir en la distan cia que separa los dos tex­
tos en los que B ernstein se refiere, sucesivam ente, a sendas obras de
MacIntyre.
En “Nietzsche or Aristotle?” (1 9 84 ) Bernstein reseña After Virtue
para criticar las consecuencias relativ istas que, para él, encierra el
concepto de M acIntyre de práctica. S in embargo, lo más perturbador
del punto de vista de M acIntyre es para Bernstein el hecho de que
partiera de premisas demasiado parecidas a las suyas para sacar de ellas
las consecuencias lógicas que él mismo se niega a extraer.
El punto de partida de M acIntyre es el mismo de Bernstein, es decir,
el doble rechazo tanto del relativism o como de la posibilidad de apelar
a estándares transhistóricos a fin de dirim ir cuestiones de legitimidad
práctica y/o validez teórica. Para ambos, así como no hay “verdad”
alguna fuera de un marco teórico, tampoco hay “deber” por fuera de
los marcos de relaciones sociales tradicional o históricam ente defini­
das. Sin embargo, esto no significa que no sea posible el entendim ien­
to mutuo y la coexistencia entre miembros de tradiciones extrañas
entre sí. Y es a partir de este punto que los senderos de M acIntyre y
de Bernstein se bifurcan: el primero se mostraría mejor dispuesto que
el segundo a hacerse cargo de (aunque tampoco, como ya dijimos, a
aceptar) las consecuencias relativistas que conlleva la noción de la
inconmensurabilidad entre tradiciones opuestas. Lo quizás paradójico
de MacIntyre es que tal aplicación de la grilla kuhneana “fuerte” al

137
ámbito de la ética lo conduzca a redescubrir a A ristóteles y su concep.
to de “virtud”.
En su Etica d e Eudemonio (m ejor que en su Etica n i c o m a q u e a ) , Atis-
tóteles define el concepto funcionalista de la m oralidad, según el cuaj
no existe obligación que no sea relativ a a un determ inado rol y propó­
sito particular. A ristóteles no h acía con ello, según afirm a Mac-Inty.
re, más que form ular teóricam ente el principio en el que se funda la
moralidad propia de toda sociedad premoderna —m oralidad que la ilu.
sión posterior en la libre autodeterm inabilidad del sujeto barrió junto
con los lazos que hasta entonces conectaban al individuo con sus con­
diciones sociales de existencia—:

Lo q u e t e n e m o s q u e ap ren d er d e las sociedades h e r o ic a s es d o b le: primero


q u e to d a m o r a lid a d está s ie m p r e lig a d a a lo s o c ia lm e n te lo c a l y particular
y q u e las a s p ira c io n e s m o d e r n a s a u n a un iv ersalid ad lib e r a d a d e toda par­
tic u la r id a d es u n a ilusión; y, s e g u n d o , q u e no h a y m o d o d e p o seer virtudes
salvo c o m o p a r te de una tr a d ic ió n h e r e d a d a (A f t e r V i r t u e , pp. 126-127).

Sólo la recuperación, mutatis m ut and is , del concepto aristotélico de


moralidad puede devolver las cuestiones de derecho de su abstracción
actual al terreno firme de las cuestiones de hecho. A fin de llevar a cabo
tal tarea, M aclntyre elabora su noción de práctica, a la que define como:

T o d a f o r m a c o h e r e n t e y c o m p l e j a d e a c t i v i d a d h u m a n a cooperati­
v a s o c i a l m e n t e e s ta b le c id a a t r a v é s d e la c u a l los b ie n e s in tern o s a tal
a c t iv id a d se re a liz a n e n el c u r s o d e l in t e n t o por a lc a n z a r los estándares
de e x c e l e n c i a ap ro p iad o s a, y p a r c ia l m e n t e d e fin id o s p o r, tal forma de
a c t iv id a d , c o n el c o n s ig u ie n t e r e s u lt a d o de que las fuerzas h u m a n a s para
a lc a n z a r la e x c e l e n c i a , y los c o n c e p t o s h u m a n o s d e los fin e s y bienes
in v o lu c r a d o s , so n s is t e m á t i c a m e n t e a m p liad o s ( A f t e r V i r t u e , p. 187).

Lo que M acln tyre llama “bienes internos” son, pues, aquellos defini­
dos por la p ráctica respectiva. Formar parte de una práctica (como,

138
por ejemplo, el juego de ajedrez, la p in tu ra, etc.) co n lleva la acepta-
ción de los estándares y normas que le son inherentes y u n compromi­
so con la consecución de sus “bienes internos’’. M acln tyre distingue
tales bienes “internos” (el logro de la excelen cia) de los “externos”
(como la búsqueda de prestigio, d in ero , e tc .), que, au n q u e puedan
estar involucrados en el ejercicio de una práctica, no son inherentes
a la misma, dado que bien pueden obtenerse m ediante otros medios.
Esta falta de conexión de los bienes externos respecto de las prácti­
cas confiere a su logro una significación puram ente in dividu al; sólo la
realización de los bienes internos puede ser reconocida com o un logro
por la comunidad toda de los p ractican tes de esa actividad, que se ven
igualmente beneficiados con ello.

Los b ie n e s e x t e m o s so n o b je to s d e c o m p e t e n c i a e n los q u e h a y g a n a ­
dores y t a m b i é n p e rd e d o re s. L o s b i e n e s in t e r n o s so n , ig u a l m e n t e , el
resultado d e u n a c o m p e t e n c i a p o r s u p e r a r s e ; pero es c a r a c t e r í s t i c o de
ellos q u e su lo g r o es u n b ie n p a r a l a c o m u n i d a d to d a d e q u i e n e s p a r ti­
cipan e n esa p r á c t i c a (A f t e r Vi r t u e , p. 1 9 0 ) .

En ello se expresa otra característica más fundam ental que define


a las prácticas, com o es el hecho de que el ejercicio de cualquiera
de éstas conlleva tam bién el de aq u e llas “virtudes b ásicas” defini­
das por A ristóteles como necesarias para el sostenim iento de toda
comunidad: co ra je, just ic ia y honestidad. En efecto, para'M acIntyre, a
fin de participar de una actividad c o le ctiv a establecida com o prácti­
ca, debemos subordinarnos a las relacio n es en ella establecidas con
otros participantes (ésta es la noción aristo télic a de c o r a j e ) , debemos
también saber reconocer qué le corresponde a cada uno según el rol
que cumple dentro de la misma (j u s t i c i a ) y, fin alm en te, debemos
saber aceptar nuestros errores y ser receptivos a lo que los hechos y
los resultados de tal activid ad nos in d ica n ( hon est ida d) ( After Virtue,
p. 191). En síntesis, el ejercicio de la “v irtu d ” es a la vez lo que nos
permite alcanzar los bienes internos a una práctica determ inada y

139
una con d ición sin la cual ésta no es viable; el “vicio ”, por el contra
rio, es todo aquello que im pide el desenvolvim iento de la misma. D<
a llí se desprenden dos corolarios. Primero, que el “vicio” no pued<
ser, d en tro de una p rá ctic a que efectivam en te funciona, más qyf
algo aislad o: su generalización (como la m en tira, para K ant) serí;
au toco ntrad ictoria, y, en últim a instancia, destructiva de tal prác­
tic a .88 Seguiado, tal d efin ició n de “virtud” im plica que su ejercicic
se h a lla inescindiblem ente ligado a un cierto saber, que deriva de
co n ocim iento de las exigencias, metas y posibilidades de la práctic;
m ism a. De a llí que no existiera, para A ristó teles (como para el reste
de los miembros de las sociedades prem odernas) una “m oralidad” er
gen eral. La distinción entre cuestiones de hecho y de derecho care
cía para él de sentido. Phronesis es, precisam ente, ese tipo de conocí
m iento o facultad que perm ite juzgar lo que cabe a cada situación t
lugar (A f t e r Virtue, p. 154).
V olviendo a la crítica de Bernstein, lo preocupante, para él, de est<
concepto de “virtud” es que no parece ser susceptible de delimitar e
rango de prácticas legítim as de las que no lo son. “Tal concepto de
bien —dice Bernstein—no lim ita la ‘arbitrariedad subversiva’ que pued<
invadir a ‘la vida moral’; por el contrario, sin ninguna calificación, pue
de fácilm ente conducir a tal arbitrariedad” (“Nietzsche or Aristotle?”
p. 19). Desde este punto de vista, “incluso la tortura puede convertirs<
en una práctica” (ibid., p. 13), lo que, en el concepto de Maclntyre
equivale a afirmar el ejercicio efectivo, por parte de sus participantes
de las virtudes básicas (c o r a j e , justicia y honest ida d) que permiten e
logro de sus “bienes internos” a tal práctica.88 La única vía que le qued:

“La ac tiv id a d del h a b ilid o so , pero no virtuoso —d i c e M a c ln t y r e - es siem p re para


sita ria d e la a c tiv id ad de a q u e llo s q u e, m edian te el e j e r c i c i o de su v irtud, sostienen!;
p r á c t ic a e n la que p a r tic ip a n ” ( “R e r n s te in ’s Disron in g M irro r", p. 57).
I£n realid ad , lo que B e r n s te in le critica a M a c l n t y r e es que esto m uestra, par;
él, q u e las p rácticas no c o n l l e v a n n e ce sa r ia m e n te ( c o n t r a r ia m e n t e a lo qu e afirm;
M a c - l n t y r e ) el ejercicio de “v irtu d e s" ( “Nietzsche or A r is t o t le ? ”, p. 14). Esto es un;

140
a b ie r t a a un aristotélico como M aclntyre para romper con la tiranía de
Jas tradiciones, la que conduce a un relativismo irremontable, es seguir
a Aristóteles hasta el final y aceptar también su idea de la existencia
¿e un telos único para el conjunto de la hum anidad (o bien conce­
bir alguna especie de superpráctica, como la acción comunicativa de
H a b e r m a s , que defina un horizonte moral común a las diversas cultu-
!as) algo que, sin "embargo, M aclntyre no está ya dispuesto a conceder.
El resultado no puede ser otro que una mezcla inestable de relativismo
y p o s i t i v i s m o , un intento vano por “sintetizar e integrar lo que es fun­
damentalmente incom patible —el tipo de entendim iento metafísico
característico de la filosofía griega con el tipo de historicismo que sólo
tiene sentido en el marco de las filosofías modernas o post-hegelianas—”
(“Nietzsche or Aristotle?”, p. 23).
Lo que aquí interesa, de todos modos, es señalar la enseñanza que
Bernstein extrae de este debate. Para él, la lección fundamental que deja
After Virtue, en contra de las intenciones de su autor, es que no parece
haber realmente alternativa válida al gran “o bien/o bien” que en Beyond
Objectivism Bernstein creía ver ya superado; en fin, que debemos apren­
der a aceptar tal antinomia como la fuente de una tensión.ineliminable
(o , que, al menos, si efectivam ente existe una salida a la misma, estamos
aún lejos de hallarla):

El p r o b le m a b e y es c ó m o p o d e m o s v iv ir c o n e l c o n f lic t o y la t e n s ió n
e n tr e la “v e r d a d ” i m p l í c i t a e n la tr a d ic ió n d e las v ir tu d e s y la “v e r d a d ”
de la ilu s t r a c ió n . Esto es lo q u e la p ro p ia n a r r a t i v a d e M a c ln t y r e r e v e -

malinterpretación de B ernstein d e l c o n c e p t o de M a c ln t y r e ; c o n c e p to que, por o tra


parte, puede co nsiderarse com o b ie n lu n d a d o e m p íric a m e n te . Basta leer las cró n ic as
hitlerianas sobre la moral de las t r in c h e r a s para descubrir h a s ta qu é punto el e je rc ic io
de las virtudes aristo télicas lúe e s e n c ia l p ara la lo rm a c ió n d e l nazismo. El verdadero
problema de M a c ln t y r e reside p r e c is a m e n t e en esto ú lt im o , es decir, en que el e j e r ­
cicio o no de tales virtudes no p e r m it e d istin g u ir la a d m in is tr a c ió n de un cam po de
concentración de otros tipos de p r á c t ic a m ás “v irtuo sas” en un sen tido distinto del
aristotélico.
la. Ésta es n u e s tr a b ú s q u e d a n a r r a t i v a - p o r q u e n a d i e c o n o c e , n adie
p uede c o n o c e r , qué r u m b o s t o m a r á ta l b ú s q u e d a —. É ste es el problem a
m ás p ro fu n d o co n el q u e d e b e m o s v i v ir a f t e r v i r t u e .

Dicho reconocimiento em puja a Bem stein a hacer explícito lo que en


Beyond permanecía im plícito (y esto de por sí aporta una gran nove­
dad a su pensamiento): una idea transaccional como vía, si bien ya no
para escapar a las antinom ias tradicionales de la filosofía como antes
pretendía, sí al menos para m oderar sus supuestas consecuencias ideo­
lógicas autoritarias.
Siete años más tarde, un breve comentario al libro posterior de Mac-
Intyre, Whose Justice? Which Rationality?, revela ya, sin decirlo, cam­
bios aun más profundos respecto de sus posturas anteriores, por los que
comienza a intentar hacerse cargo, ya sin ambages, de las consecuen­
cias más radicales implícitas en la noción de inconmensurabilidad.
En “Una revisión de las conexiones entre inconm ensurabilidad y
otredad”,w Bernstein considera ahora el criterio de racionalidad de
Maclntyre —criterio ya an ticipado por éste en A fter Virtue, y al que
Bernstein, en su reseña anterior, sugestivamente, no hace ninguna refe­
rencia-. Para M aclntyre, aun cuando no existe u n telos comunitario
(la idea de una “buena vida”), tal noción, im plícita en toda tradición,
cumple una función esencial porque obliga a los miembros de las mis­
mas a tratar de justificar racionalm ente sus postulados normativos, y,
de este modo, abre las puertas a su falsabilidad ( W h o s e Justice?, p. 388).
Se trata, en definitiva, de una ficción, pero una esencial al hombre en
tanto que “anim al contador-de-historias” (stor y-tel li ng animal) (After
Virtue, p. 216). Ésta explica por qué, en el encuentro con una cultura
extraña, una tradición dada p u e d e eventualm ente verse obligada a revi­
sar sus fundamentos éticos ( W h o s e Justi ce?, pp. 354-355). Esto no signi­
fica que ello necesariamente d eh a ocurrir en cada encuentro entre dos

110 F.n ¡ s eñorí a, 5, 1991, pp. 5-25.

142
ulturas extrañas; ni siquiera que sea el resultado más probable. Pero
basta a M aclntyre con que en algunas ocasiones sí ocurra (es decir,
que sea, al menos, en principio, posible) para perm itirle formular un
criterio de falsabilidad que no presuponga ya parám etros absolutos de
conmensurabilidad, y aleje, al mismo tiempo, el peligro del dogmatis-
mocultural y tradicional. Prueba, en fin, que una tradición de interro­
gación determinada ha sido capaz de reconocer, en su momento y en
su lugar, que, seg ú n sus propios estándares, la tradición contraria ofrecía
explicaciones a sus problemas que e lla misma no podía proveer:

Lo q u e la e x p l i c a c i ó n p r o v is t a p o r la tr a d ic ió n e x t r a ñ a r e v e l a e n t o n ­
ces es u n a f a lt a d e c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e las c r e e n c i a s d o m i n a n t e s e n
la p ro p ia t r a d ic ió n y a q u e l l a r e a l i d a d e x p u e s t a p o r l a e x p l i c a c i ó n m á s
ex ito sa, y q u e b ie n p o d r ía s e r é s t a la ú n ic a e x p l i c a c i ó n q u e los m i e m ­
bros d e d i c h a t r a d ic ió n h a b r í a n p o d id o d e s c u b rir . D e a l l í e l r e c la m o d e
verdad , d a d o q u e las q u e h a n s id o h a s t a e n t o n c e s sus p r o p ia s c r e e n c ia s
h an sid o d e r r o ta d a s (W h o se J u s t i c e p. 3 6 5 ) .

Si no fuera así, si no hubiera ningú n motivo para afirm ar racional­


mente la superioridad de una determ inada tradición sobre otra según
sus propios estándares (lo que no significa que sea más “verdadera”),
no habría entonces motivos para abandonar las propias creencias y
adoptar otras nuevas —salvo por algu n a suerte de conversión m ística—.
El relativista, afirma M aclntyre, en el fondo piensa com o el carte­
siano: ambos im aginan que las tradiciones pueden ser desafiadas por
alguien situado más allá de cualquier tradición p articu lar e introducir
en ellas transform aciones sin n in gu n a conexión con sus problemas
presentes, tal como han sido definidos desde dentro de ellas mismas.
La racionalidad histórica de la cultura y la ética debe definirse, enton­
ces, para M aclntyre, en términos de un proceso de búsqueda falibilista
siempre abierto en sus dos extremos, es decir, a la vez anticartesiano
(que no contiene principios o comienzos absolutos) y am ihegeliano (que
no aspira a verdades últimas).
Si bien B ernstein comparte la crítica de M acIntyre respecto del
relativismo, descubre, en cambio, en su concepto de “superación” ( q Ue
lo lleva a postular su propio punto de vista aristotélico como racional-
mente superior a todas las tradiciones rivales) un hegelianism o sola­
pado que disim ula m al el “imperialismo cultural implícito en su punto
de vista” (“U na revisión”, p. 12). Sin embargo, esta última afirmación de
Bernstein tiene ya mucho de autocrítica, dado que la idea de “supera­
ción” de M acIntyre, que Bernstein denuncia como “im perialista”, no
es distinta a la noción gadameriana de “fusión de horizontes”.91 Y este
descubrimiento de Bernstein resultará devastador dentro de su propia
doctrina filosófica, obligándolo a pelear sim ultáneam ente en dos fren­
tes opuestos. Por un lado, frente a Rorty, debe aún insistir en la nece­
sidad de buscar fundamentos para el diálogo racional necesario a toda
ética posible, sin caer con ello en alguna íorma de fundacionalismo; es
decir, necesita insistir en la posibilidad de superar la antinom ia entre
el “objetivism o” y el “relativism o”. Pero, por otro lado, M acIntyre le
revela que tal ¿dea de una “superación” de las antinom ias tradicionales
bien podría ser sólo un intento “im perialista” por coartar la pluralidad
im plícita en todo debate racional. Es entonces que el deslizamien­
to hacia el terreno ético-práctico aparece como la étnica alternativa
abierta a Bernstein —una alternativa c]ue, en realidad, se parecerá más
a un escape a la abstracción que a una solución a las grietas abiertas
en su discurso desde el momento en que empezara a flaquear su fe en
la existencia de una tendencia efectiva, en la filosofía contemporánea,

G a m o s e ñ a l a ] a y , el “sup uesto i m p l í c i t o e n esta n o c io n de G a d a m e r [...Jes


q u e c u a n t o m ás a b a r c a t i v a es un a i n t e r p r e t a c i ó n , ta n to m e jo r e l l a es. Pero, esta
p e r s p e c tiv a s u p o n e la c r e e n c i a a rm ó n iza,lora e n q u e los h o riz o n te s p u e d e n fundir­
se e n t o t a lid a d e s m a y o r e s y sup erio res, u n a n o c i ó n qu e r e c u e r d a a la y a citada de
M a n n h e i n r de u n a t o t a l i d a d r e la c io n is t a p r o g r e s is ta de p u n to s d e v is t a conflicti­
vos por p arte de u n a free-/loatmg i n t cl l ig cn c s ic i " ( “S h o u ld l n i e l l e c t u a l H isto ry Take
a I .in g u istic T u r n e n L a C a p r a y « a p l a t a (e o n a p s.), M o d e r n k u r o p e a n Iniellectual
I l i s t o r y , pp. 1 0 3 - 1 0 4 ) .

144
beyond objectivism a n d relativism—. “La respuesta -asegura ahora—a la
anienaza de este fracaso práctico -q ue a veces puede ser trágico—deber
ser ética, esto es, asum ir la responsabilidad de escuchar con atención,
usar nuestra im aginación lingüística, em ocional y cognitiva para cap­
tar 1° <4ue es expresado y dicho en tradiciones ‘extrañas’” (“U na revi­
sión”, PP- 13-14)- Este nuevo acento en la instancia “decisionista” o
“voluntarista” no resuelve, de todos modos, el dilem a original p lan tea­
do en Beyond Objectivism.
En última instancia, lo que la necesidad de este giro ético-práctico
revela es que la potencia de sus argum entos en contra de la autorre-
ferencialidad de un discurso que, como el de Rorty, se niega a dar
cuenta racional de sus fundamentos norm ativos (postulándolos sim ­
plemente como “éste, mi vocabulario fin a l”), no implica haber esca­
pado a la crítica de éste (R orty) respecto de la circularidad, a la que,
según él, su propia argum entación se vería entonces empujada. Este
punto ciego del neopragm atism o ético de Bernstein se hace m an i­
fiesto tan pronto como uno pregunta quién es el sujeto de tal d eci­
sión de abrirse al diálogo y la argum entación racional, a quién, en
definitiva, Bernstein trata de interpelar. T al exigencia contiene ya,
como su premisa, el supuesto de la existen cia de interlocutores tales,
“participantes reflexivos de una tradición v ital sustantiva”, es decir,
sujetos ya comprometidos con un determ inado ethos,92 (con lo que su
llamado se torna tautológico). Y la justificación de cómo es posible
la existencia de sujetos tales nos devuelve al mismo tipo de circula-
ridad argumentativa presente en la idea gadam eriana de com unidad
(y que había llevado a Bernstein a abandonar la misma): éstos deben
existir, asegura B ernstein, porque de lo con trario no sería posible,

92 Siguiendo con la serie J e trad u cc io n es p ro p uesta por B ern stein , cab ria c o m p arar
su idea de ethos con la de P o p p e r de “h o n e stid ad i n t e l e c t u a l ”, co ncepto p r o b le m á tic o
y al que Feyerabend d e n o m i n a r a “mero eslogan p a r a in tim id a r a los m odestos o p o ­
nentes” (Paul Feyerabend, C o n tr a e l m é t o d o . E s q u e m a d e u n a teorí a a n a r q u i s t a d el cono­
cimiento, Buenos Aires, H y s p a m é r ic a , 1984, p. 8 4 ).

145
precisam ente, diálogo com unicativo alguno. De este modo, termina
confirmando, por la negativa, aquel postulado básico de Rorty (qUe
el liberalism o no puede justificarse a sí mismo sin circularidad), cuya
aporética, sin embargo, tan hábilm ente desm ontara. M ás grave aun
su postura contiene im plícito un cierto principio de escisión de con­
secuencias potenciales análogam ente etnocéntricas a las de Rorty, es
decir, afirma tácitam en te que sólo aquéllos (los sujetos comprometi­
dos con cierto e t h o s ) pueden, a su vez, decidir quiénes form an parte
legítim a del mismo, es decir, conforman un etnos (y se encuentran
por lo tanto, h abilitad os para opinar racionalm ente sobre las cuestio­
nes colectivas), y quiénes no.
El concepto “d ecisio n ista” se revela aquí, pues, no más estable que
la idea transaccional que domina en B e y o n d . Llegado a este punto,
Bernstein se vería obligado, como Fish en sus trabajos tempranos, a
moverse sim ultáneam ente en dos direcciones incom patibles entre sí.
En realidad, repetirá motivos ya conocidos desde B e y o n d , sólo que lo
que entonces les daba una unidad (u n a perspectiva decididamente
ecléctica de las tendencias intelectuales actuales) se hab ría quebra­
do ya. Y esto se traduce en afirmaciones sim plem ente ininteligibles,
como la de que “esta irreductible alteridad no significa que no haya
nada en común entre el Yo y su genuino ‘O tro’” (T he N e w Constella­
tion, p. 74). D efinitivam ente, no va a ser fácil para B ernstein expli­
car cómo es que “rad ical alteridad no significa que no haya nada er
com ún”. Sin em bargo, lo intenta in m ed iatam en te a continuaciór
asegurando que es necesario que haya algo en común, porque, “si nc
lo hubiera, nos encontraríam os nuevam ente en las aporías del relati­
vismo autodestructor (self'defeating) y/o del perspectivism o”. Por otre
lado, es necesario que haya “radical alterid ad ”, auténtica “otredad de
O tro”, porque, de lo c o n t r a r i o , “n o habría ética posible”. “Debemos
por lo tanto, resistir —concluye Bernstein—al doble peligro de la colo­
nización im perialista y el exotismo in au tén tico en el encuentro cor
el ‘O tro’” (ibid., p. 74 ). Esto, sin em bargo, muestra p o r q u é suponf
Bernstein que d e b e haber ambas cosas opuestas a la vez, pero no cómt

146
gsposible que ocurra tal cosa. Dada la falta de u n a exp licación a esta
aporía (no menor que aq u ella a la que conduce el “relativism o auto-
d estru ctor y/o el perspectivism o”), uno no puede evitar la sospecha
deque algo debe estar funcionando mal en el propio planteo que pos-
tula la necesidad de la existen cia de dos cosas contradictorias en tre sí
al mismo tiempo.
Y, para M acIntyre, lo que an da mal en el p lan te o de B ernstein
-que, según asegura, lo llevó a m alinterpretar su concepto de “virtu d ”
como una mera pieza de análisis co n cep tu al- es una narrativa que se
sitúa “enteram ente a nivel del pensam iento” ( “B ernstein’s D istorting
Mirrors”, p. 33). Para M acIntyre, por el con trario, toda ética (com o
la aristotélica, por ejem plo) se encuentra siem pre ya encastrada en
una determinada práctica, forma parte integral de un modo p articular
de vida (la polis ateniense, en este caso), y sólo en el marco de ésta se
toma inteligible. El tipo de superioridad de u n a tradición sobre otra
que él descubre no es m eram ente teórica; reside en la capacidad de un
modo de vida dado de integrar a otros en sus estructuras com unales y
en el complejo de sus virtudes inherentes (ibid., p. 35).
Esta crítica de M acIntyre se aplica no sólo a los discursos ético-
moralizantes al estilo del de Bernstein. El énfasis en la con tin gen cia
de nuestros valores por parte de Rorty no hace su punto de vista iró ­
nico más histórico que el de Bernstein. T am bién R orty “parece d eter­
minado a considerar los argum entos como objetos de investigación
abstraídos del contexto histórico y social” (A f ter Virtue, p. 267). Se
entiende entonces por qué los cambios en las prácticas y los valores
sociales sólo pueden aparecer a éste como el resultado de la acción
de individúe» superiores (sujetos no menos transhistóricos que la é ti­
ca bernsteniana), los filósofos-poetas, capaces de desprenderse de sus
investiduras seculares (algo que, aparentem ente, no le sería dado al
resto de los mortales, encerrados en los confines de sus vocabularios
“normales”) y proponer la apertura a un nuevo discurso. “Su método
-dice R orty—es describir m ontones y m ontones de cosas de nuevos
modos, h asta que crea un nuevo patrón de conducta lingüística, el

147
cual te n ta rá a la generación em ergente a ado p tarlo ” ( Contingericy
p. 9). La in gen u id ad h istó rica (en realidad, n ad a ingenua) de ta¡
cuadro del cam bio en los vocabularios (una obvia simplificación cje
procesos d efinitivam ente mucho más complejos) se encuentra, pien-
sa, en la base de una filosofía que sólo puede ver la em ergencia de lo
nuevo com o un acaecer azaroso y misterioso, “como cuando un rayo
cósmico se estrella contra un átomo en una m olécula de a d n ” (Con-
tin gency, p. 17) Según señala M aclntyre, “tam bién el perspectivista
fracasa en reconocer cuán integral es la noción de verdad a las formas
de interro gación constituidas tradicionalm ente. Esto lo lleva a supo­
ner que uno puede tem porariam ente adoptar el punto de vista de una
tradición y luego cam biarlo como se cambia de tra je ” ( W h o se Justice]
p. 367) (e l concepto de “superación de una trad ició n ” de Maclntyre
intenta señ alar, precisam ente, el carácter cultu ralm en te determina­
do de todo intercam bio com unicativo entre tradiciones encontradas,
orientando la m irada sobre las condiciones m ira-paradigm áticas de
posibilidad del mismo).
En d efin itiv a, tanto el objetivism o como el relativism o expresan,
para M acln tyre, las ilusiones de una sociedad individualista que colo­
ca ideas, norm as y sujetos por encim a de su contexto de producción
y recepciém. El posmodernismo no hace sino radicalizar la tendencia
típicam ente moderna a la abstracción:

N o es s o r p r e n d e n t e q u e las te o ría s p o s m o d e r n is ta s r e c i e n t e s del texto,


a u n q u e a n i v e l de la t e o r í a é s ta s h a y a n m a r c a d o u n a r u p tu ra radical
r e s p e c t o d e sus i n m e d i a t a s p r e d e c e s o r a s , n o h a y a n h e c h o más que
p r o v e e r u n a r a c io n a li z a c ié m d e p r á c tic a s d e la r g a d a t a e n la educa-
cu á n m o d e r n a . T o d o t e x t o , a fir m a el p o s m o d e r n is t a , es susceptible de
i n t e r p r e t a c i o n e s i n f i n i t a m e n t e va riad as. La c o m p r e n s i ó n d e un texto
n o e s t á c o n t r o la d a por la i n t e n c i ó n d el a u t o r y p o r n i n g u n a relación
a u n a a u d i e n c i a q u e c o m p a r t e c r e e n c ia s e s p e c íf ic a s , p o r q u e éste está
p o r f u e r a d e l c o n t e x t o e x c e p t o d el c o n t e x t o d e in t e r p r e t a c i ó n (Whose
J i i s t i c e ? , p. 3 8 6 ) .

148
postrar la necesidad de devolver los textos a su contexto, reintegran-
dolos en la esfera histórico-práctica de la que emergen, es la enseñan­
za aún vigente de la tradición aristotélico-tom ista. Según esta última
perspectiva,
Toda p r o p o s ic ió n d eb e ser c o m p r e n d i d a e n su c o n t e x t o c o m o el p ro ­
ducto d e a l g u i e n q u e se h a h e c h o d e e s te m o do r e s p o n s a b le por su afir­
m ación a n t e c i e r t a c o m u n id a d c u y a h is t o r ia h a p r o d u c id o u n c o n ju n to
co m p artid o d e c a p a c id a d e s p a r a la c o m p r e n s ió n y e v a l u a c i ó n d e tales
prop osicio n es. C o n o c e r n o sólo lo q u e se d ijo , sin o p o r q u i é n y a q u ié n ,
en el curso d e q u é h is to r ia d e d e s a r r o llo a r g u m e n t a l, in s tit u c io n a liz a d a
dentro d e q u é c o m u n id a d , es la p r e c o n d ic ió n p ara u n a re sp u esta a d e ­
cuada a e s te t ip o d e tr a d ic ió n (T/iree R i v a l Ve rs ic ms , p. 2 0 á ) .

Y con ello parece simplemente que volviéramos al punto en que comen­


zamos esta introducción. Lo que M aclntyre estaría promoviendo es un
simple regreso al tipo de contextualism o que el presente “giro lingüís­
tico” vino a prohlematizar. Sin embargo, este retorno a Skinner es sólo
aparente (aunque la distancia que separa a M aclntyre de éste se reve­
la más bien en lo que M aclntyre no dice antes que en lo que sí dice).
Como señala M artindale, el discurso ele M aclntyre tiene un punto de
referencia más cercano: éste “se encuentra muy próximo a la de otro
pragmatista [...] Stan ley Fish, sólo que Fish habla de ‘comunidades inter­
pretativas’ e ‘instituciones’ en vez de ‘tradiciones’ y ‘modos de interroga­
ción’” (“Tradition and M odernity”, p. 114). El “contexto” del sujeto
ético de M aclntyre no se encuentra frente a él (no es ninguna realidad
previa al pensamiento o a una moralidad puramente subjetiva y a la que
éstos se aplican) sino a su espalda: no puede ser otro que el contexto crí­
tico-institucional, es decir, el sistema de prácticas en los que el mismo
se constituye como tal y dentro del cual ideas y máximas pueden con­
cebirse y circular socialmente. Es aquí que, a fin de tornar dicho marco
en objeto de análisis, la filosofía debe convertirse en un metadiscurso de
sí misma (lo que significaría, en un últim o análisis, dejar de ser filosófi­

149
ca, en el sentido tradicional del térm ino). Lo que lleva a confundirla
posturas de M aclntyre con las de Skinner es, precisam ente, su negativa
(que es más bien una imposibilidad) a aplicar la noción de tradicional
análisis de los fundamentos (inevitablem ente, no menos contingentes
que los de sus oponentes) de su propio discurso —es decir, convertirse
en su propio metadiscurso—, lo que hubiera sido el corolario lógico a su
empresa filosófica (y también su autoanulación como tal).
En el caso de M aclntyre, esta im posibilidad hay que atribuirla a
las pretensiones normativas que se arroga su concepto aristotélico de
virtud. La afirm ación de la superioridad no contextualm ente determi­
nada de esta últim a tradición respecto de sus competidoras (las que
a la postre, se vieron reducidas a dos básicas más, la ilum inista y h
genealógica nietzscheana, siendo la últim a, a su vez, sólo el corolario
natural de la prim era) obliga a M aclntyre, contra todo lo que vena
sosteniendo (gran parte de W h o s e Justice? está dedicada a mostrar las
distorsiones a que los términos aristotélicos se vieron expuestos siem­
pre que se los intentó aplicar a contextos extraños al suyo), a terminar
desprendiendo los valores definidos dentro de ella de su ámbito de
emergencia originario y proyectarlos como principios cuasi-universa-
les de validez transhistórica (o transtradicional):

Las t e o r í a s filo só ficas d a n e x p r e s i ó n o r g a n iz a d a a c o n c e p t o s y teorías


ya e n c a r n a d a s e n la fo rm a d e p r á c t i c a s y tip os d e c o m u n i d a d [...] Esto
n o s i g n i f i c a q u e u n o n o p u e d a s e r a r is t o t é lic o s in s e r m ie m b r o de una
polis r e a l [...] S i e llo fu e ra a s í, e l e s tu d io d e las t e o r í a s aristotélica o
h u m e a n a s e r ía de in te ré s serlo p a r a el a n t i c u a r i o [...] El esq u em a aris­
t o t é lic o d e r a z o n a m ie n t o p r á c t i c o p u e d e ser r e e n c a r n a d o e n nuestra
p ro p ia v i d a y es e n n u e s tr o p r o p io tie m p o y lu g a r q u e u n o puede ser
a r i s t o t é l i c o ( W h o s e J u s t i c e ?, p. 3 9 1 )

En realidad, hay que reconocer que en M aclntyre el instinto por tratar


de hacer lo que predica no está particularm ente desarrollado. En nin­
gún momento su obra deja de ser lo que criticara de la de Bernstein, es

150
decir, una historia del pensamiento puro. En vano se buscará en ella un
apálisis de las instituciones y prácticas a las que supuestamente esas teo­
sas que él estudia encam an. La ausencia de dicho análisis se justifica
por un concepto de la experiencia sim ilar al de Jameson. Según afirma
j^aCIntyre, “en la m edida en que todos vivim os nuestras vidas de acuer­
do a narrativas y entendemos las mismas a partir de éstas, la forma de la
narrativa es apropiada para el entendim iento de los otros. La historias
s o n vividas, antes de que sean contadas” (p. 212). Esto supondría, pues,

mía suerte de armonía preestablecida entre las realidades y sus expre­


siones narrativas por el mismo hecho de que no existirían las primeras
por fuera de las segundas (y viceversa). Pero, al afirmar esto, pierde todo
sentido su “contextualismo”: la referencia de los sistemas de pensam ien­
tos a las realidades extradiscursivas que los sostienen (las pr á c tica s) se
haría tautológica. Como afirma M ichael Bell:

El uso de M a c l n t y r e de la n a r r a t i v a c o m o m o d e lo d e la v i d a m o r a l m e
parece ju s t if ic a d o !...] [pero] el p r o b l e m a e s e n c i a l a q u í es q u e la fo rm a
n arrativa t i e n e q u e ser de una e s p e c i e d i s t i n t a a la t e m p o r a l i d a d v i v id a ,
de lo c o n tr a r io , n o t ie n e s e n tid o tr a z a r la a n a l o g í a e n t r e a m b a s . 9’

El producto aquí es una narrativa seudo-histórica, en la que las dis­


tintas tradiciones aparecen como encarnando otros tantos principios
que sólo se despliegan temporalmente. En este despliegue, únicam ente
con las filosofías de Aristóteles y S an to Tomás se producen verdade­
ras síntesis dialécticas de las que las precedieron. En la m odernidad,
en cambio, las diversas tradiciones se yuxtaponen —como los modos de
producción de Jameson—sin alcanzar una verdadera am algam a. El esta­
dio último de esta mezcla incoherente es, para M aclntyre, esa pérdida
de todo sentido de comunidad (y, por lo tanto, de falibilidad) llamada

93 Bell, “How P rim o rd ia l is N arrativ e?,” en Christopher Lash ( c o m p .) , N a r r a t i o n a n d


Culture, Londres, R o u t le d g e , 1090, p. 174.
posmodemidad. El problema con esta últim a afirmación de Maclntyte^j
es que vuelve ininteligible su afirmación de la superioridad de la tradi I
ción aristotélica, según el criterio por él propuesto para ello:94 en el mar 1
co de tal narrativa resulta inimaginable que tanto la genealogía corno la '
enciclopedia reconozcan alguna vez en el aristotelismo una explicación •
válida a problemas que, como los señalados por M aclntyre, nunca ellas
mismas pueden, en realidad (y siempre según la propia narrativa que ;
ofrece M aclntyre de ellas), alcanzar a plantearse.
Es cierto que aun entonces se puede argum entar que la idea de la
superioridad de la tradición aristotélico-tomista forma parte de la pré-{
dica de M aclntyre en el marco de una disputa todavía no resuelta (y
que sólo en tal prédica se apoya). Esto nos rem ite otra vez al contex­
to m etahistoriográfico; como dice Bernstein, “nos trae nuevamente
la pregunta que M aclntyre redondamente evita: ¿cómo distinguir las
narrativas verdaderas o co rrectas de aquellas que son ficticias o falsas?”
(“Nietzsche or A ristotle?”, p. 22). Más concretam ente, el interrogante
que surge es, ¿en qué estándares se basa la propia narrativa filosófico-
ético-histórica de M aclntyre para afirmar su superioridad frente a otras
alternativas? El dilem a que ello le plantea a M aclntyre es que, para
justificar tal superioridad, deberá, nuevam ente, contradecir otro de
sus postulados básicos. Dado que, como afirma en Three Rival Versions,
la disputa actual entre tradiciones incluye tam bién tales estándares
(p. 215), a fin de validar su propia narrativa M aclntyre debe situarla
(como los filósofos-poetas de Rorty) por encim a de tales tradiciones
enfrentadas (posibilidad que ha negado consistentem ente a lo largo de
sus escritos): según afirma, ésta se detendría exactam ente en el pun-

M S e g u r a m e n t e B ern ste in tío está solo cuando afirm a qu e “no creo, en concreto,
que h a y a justificado su a f ir m a c ió n de que la trad ic ió n a r isto télic o -to m ista de justicia
y r a c io n a lid a d s e a r a c io n a lm e n t e superior a sus r iv a le s ” ( “U n a revisió n ”, p. 12). Pero
el p u n to v e r d a d e r a m e n t e c r ít ic o aqu í, como d ijim o s , es q u e tal a firm ació n resulta
c o n t r a d ic t o r ia con el propio c r it e rio de M a c ln ty re p ara d e f in ir la superioridad de una
d e te r m i n a d a tradició n.

152
en que comienzan las diferencias entre las tres tradiciones rivales.
tyhose Justice? concluye precisam ente con la afirm ación de que “el
«unto que mis argumentos h an alcanzado [...] es aquel en que no se
ede seguir hablando sino desde dentro de una tradición particular de
Jjn modo en que conlleva necesariam ente el conflicto con las tradicio­
n e srivales [...] De aquí en más debemos comenzar a hablar como prota­
gonistas de uno de los partidos contendientes o callar” (p. 401). ¿Cabe
entender, pues, que la filosofía toda de M aclntyre, incluida, obviam en­
te su idea de la superioridad de la tradición aristotélica, se sitúa en esa
supuesta región compartida por la tres tradiciones competitivas y ajena
aún a las rivalidades entre las mismas?
Esta última afirmación de M aclntyre resulta definitivamente difícil de
comprender (sobre todo, porque no puede ser justificada desele su propia
teoría), aunque es, por otro lado (siempre dentro de su propia teoría), la
única fonna por la que puede intentar validar su discurso. El punto críti­
co aquí es que los argumentos fundamentales de la filosofía de M aclntyre
parecen vivir de un permanente “estado de excepción” (es decir, de la
suspensión temporaria, pero una y otra vez reiterada por inevitable, de
las pautas que él mismo propone); como los dioses antiguos que estudia
y el sujeto moderno (o su versión del mismo) que critica, este autor ha
hecho un método de, ante Ices dilemas fundamentales que se le plantean,
decidirlos mediante intervenciones puntuales, o elecciones personales,
sin por ello resolverlos. Sin embargo, si sus soluc iones son excesivamente
personales para servir de ejemplo, los problemas que se plantea manifies­
tan tensiones que cmzan toda la filosofía actual.í>~ '

95 En la ú ltim a ele sus obras M a c l n t y r e h ac e una in te re san te referencia (aun que aún
no saque las c o n se c u e n c ia s o b v ias q u e co n ella se im p o n e p ara su propia n a r ra t iv a )
a modelos qu e, c o m o el propuesto por M a rs h a ll S a h lin s en su obra Islas d e hi st ori a,
intentan an alizar fenó m en o s c o n c r e to s de en cu en tro s e n tr e c u ltu ras e x trañ as, y c u y o
estudio puede a y u d a r a e x p lic a r c ó m o se p ro d ucen aqu ello s procesos que, como afirm a
Maclntyre, e f e c t iv a m e n t e re su ltan e n m o d ificacio n es d r a m á t ic a s de tradiciones, in s t i­
tuciones y c r e e n c ia s al m enos e n u n a d e las culturas in v o lu c ra d a s.

153
En d efinitiva, la filosofía de M acIntyre, como las de Rorty y B ern «*
tein, ilustra las dificultades con las que el “giro lingüístico” tropi^SB
toda vez que afronta la tarea de escudriñar en sus propios fundamentóla
epistém icos.96 Pero si en la suya tales dificultades se manifiestan
claram ente es porque en ella se ponen en juego tam bién una serie d ea
elem entos que las de los anteriores tienden a ignorar o soslayar. Tanr0J ¡
el “irracionalism o” de R orty como el pragm atism o ético de Bemsteinll
no son sino formas distintas pero análogas de establecer distinciones 1
entre n iveles de discurso a fin de producir una clausura metacrítica (el í
primero, colocando su filosofía por encim a de cualquier evaluación 1
n o rm ativ a, declarándo la sim plem ente com o “éste, mi vocabulario 1
final”;97 el segundo, colocando sus fundamentos éticos en un terreno 3
'V

96 R e s u lt a in tere san te se ñ a la r q u e el cruce de filosofía y e p iste m o lo gía que inten­


tan los tres autores aquí an alizado s (B e rn ste in , Rorty y M a c I n t y r e ) puede aún resultar
fructífero e n el sentido propuesto por estos autores. E n tie n d o qu e sólo el énfasis en la
in stan cia étic o -p rác tica y las p re t e n s io n e s n o rm ativas c o m u n e s a los tres, lejos de per­
m itirles su p e r a r las a n tin o m ia s tra d ic io n a le s , los a t r a p a n e n un m arco ahistórico de
p e n sam ie n to , lo que les impide a s im ila r aquellos co n cep to s m ás radicales de las ciencias
que e f e c t iv a m e n t e parecen estar lle v a n d o “más allá del o b je tiv ism o y del relativismo”.
En efecto, e x is te n sí corrientes e n las c ie n c ias que c o m ie n z a n a aportar conceptos que
quieb ran la a n tin o m ia entre “r a c io n a lid a d ” y “c o n t in g e n c ia h is tó r ic a ”. T a l antinomia
derivaría, segú n estas nuevas p ersp e ctiv as, de la a so c iació n d e racio n alidad con inmu­
tabilidad ( “sólo lo que no c a m b ia es r a c io n a l” decía M e y e r s o n ) : dado que la razón sólo
puede g e n eraliz ar a partir de los d ato s e x isten tes, aq u e llo s procesos que no pueden set
reducidos a e c u ac io n e s lin eale s a p a r e c e r ía n n e c e s a r ia m e n te ccrmo “irracionales”. Esta
identidad es la q u e comienza a q u eb rarse en las c ie n cias físicas, de lo cual el mejor ejem­
plo es la ter m o d in á m ic a de las estructuras disipativas de P rig o g in e (véase Ilya Prigogine
e Isabelle S re n g e rs, La n u e v a a l i a n z a , M a d rid , A lian za, 1 98 9 ). So b re las transformacio­
nes c o n c e p tu a le s aportadas r e c i e n t e m e n t e por las c ie n c ia s v éa se Palti, “T im e, Moder­
nity, an d T im e Irreversibility”, P h i l o s o p h y a n d Soci al O n t i c i s m , 2d.5, 1997, pp. 27-62.
S e g ú n s e ñ a l a W illia m C o n n o l l y , “el le n g u a je de R o r t y tra n q u iliz a y reconforta a
sus c o m p a t r io t a s , primero, c e le b r a n d o los valores t e c n o c r ñ tic o s , autoconcepciones, y
estru c tu ras e c o n ó m ic a s o p e r a n d o e n ( a u n q u e no e x c lu s iv a s d e ) las in stituciones nor­
t e a m e r ic a n a s , y, segundo, s u g ir ie n d o q u e un a vez qu e estos ap o yo s h an sido ofrecidos

154
»máticO'universal desprendido de sus an clajes histórico-sociales),
^ m so q u e parece inescapable, a fin de validarse, al m enos para aque-
{jas filosofías que, situadas a un n iv e l ético-práctico, pretenden fijar
e r i e n t a c i o n e s normativas. Sin em bargo, esta distin ció n entre niveles
no se puede m antener inm utable frente a las exigencias de una fun-
l a m e n t a c i ó n racional, algo que M acln tyre percibe más claram ente.

Gomo muestra en su PostScriptum a A/ter Virtue, tal asim etría es sólo


a p a r e n t e : los mismos problemas planteados a un prim er nivel elem en-
tal de discurso (el historiográfico), necesariam ente reaparecen, tarde o
t e m p r a n o , en el segundo (el m etahistoriográfico):

S i som os c a p a c e s de e sc rib ir e l t ip o d e c r ó n ic a q u e b e p ro p u e s to —y esto


es lo q u e tr a té de h a c e r e n A/ter Vi r t u e — e n t o n c e s , a l trazar la c r ó n ic a
de las d e rro ta s de una t e o r ía o las v ic to r ia s d e o tr a e n r e la c i ó n c o n su
sup erio rid ad ra c io n a l, n o so tr o s los c r o n is ta s d e b e m o s t r a e r a e sta h i s ­
toria e s tá n d a r e s por los c u a le s la s u p e r io r id a d r a c i o n a l d e u n a h is to ria
u otra p u e d e ser juzgada. Y e s to s e s tá n d a r e s r e q u i e r e n e llo s m ism o s ser
justificados ra c io n a lm e n te , y e s t a ju s t if ic a c ió n n o p u e d e ser p ro v is ta p o r
una h is to r ia q u e sólo p u e d e s e r e s c r it a lu e g o d e q u e u n a ju s t if ic a c ió n d e
aquello s e s tán d ares h a sido y a ' p r o v i s t a . De a l l í q u e el h is to r ic is t a d e b a
ap elar a b ie r t a m e n t e a e s t á n d a r e s tr u n s-h is tó ric o s ( i b i d ., p. 2 7 0 ) .

Como vimos, tampoco el “conninitarism o” de M acln tyre escapa a la


trampa de pretender colocar su narrativa al abrigo de las contingen­
cias históricas situándola más allá de las rivalidades entre tradiciones.
Pero, en su caso -m ás claramente que en los de Rorty y Bernstein—, la
apelación a estándares m etahistoriográficos transhistóricos no forma

/a no queda m u c h o más por hacer. L a prosa d e R o rty in h ib e la m o v iliz a c ió n d isc u r ­


siva de las e n erg ías p olíticas, cierra la c o n v e r s a c i ó n a n te s de q u e lle gu e a m o le star
:on todo aq u ello qu e está mal en N o r t e a m é r ic a (...| R o rty a b a n d o n a la c o n v ersa ció n
exactamente c u a n d o ésta d evendría m ás in te n s a y d e s a fia n t e ” ( C o n n o ll y , “¡Vlirror oí
America”, Rar i tan , 3, 198 3, pp. 129 y 1 3 1 ).

155
parte integral de su proyecto, sino que surge más bien de la sistemática
negación de sus postulados básicos. Y, si bien ello es inevitable dentro
de su filosofía dadas las aspiraciones norm ativas que él mismo le impo­
ne, aun así tiene el mérito, especialmente en su (aparente) regreso al
contextualismo de tono skinneriano, de apuntar hacia algunos de los
puntos ciegos del presente “giro lingüístico”. Lo que Bem stein y Rorty
por la negativa, y M aclntyre algo más explícitam ente nos muestran es
que la pregunta original con que abrimos este trabajo sigue, en realidad
pendiente. Si resulta claro ya que no existe una historia independiente
de toda narrativa, es igualmente cierto que no cualquier narrativa es
en cualquier m om ento y lugar, posible. Y la delim itación del rango de
interpretaciones aceptable en cada momento y lugar (la cuestión her­
menéutica fundam ental que desvelara a Skinner) nos devuelve siempre
al problema de la consideración del contexto de emergencia y recepción
de tales discursos. El carácter inestable de la filosofía de M aclntyre sur­
ge, como en el caso de Jameson, de una más clara conciencia del hecho
de que, a pesar del largo camino recorrido en este “giro lingüístico”, éste
no nos libra de la consideración de aquellos sistemas de relaciones socia­
les y prácticas más vastas (que, si bien se encuentran siempre ya media­
das sim bólicam ente, no por eso pueden reducirse a puras relaciones
lingüísticas) sólo en cuyo marco pueden comprenderse los procesos por
los que un lenguaje determinado se transforma históricam ente. Frente
a los postulados de' un LaCapra, quien insiste en que ningún texto es
reducible a su contexto (o que, al menos, toda obra de arte auténtica se
rebela siempre contra él y lo supera significativam ente), vale el señala­
miento de M aclntyre de que no se puede desconstruir un discurso deter­
minado (o tradición) sino desde dentro de' otro, el que, a su vez, plantea
el problema de sus propias condiciones de emergencia y recepción. En
fin, que existe en los textos una instancia (que no es exterior a los mis­
mos, sino que representa sus mismas condiciones de posibilidad) que
siempre los trasciende; que los mismos no pueden, por lo tanto, como
tampoco puede el sujeto, “pensar por sí mismos si piensan enteramente
por sí mismos” ( W h o s e Justice?, p. 396).

156
Conclusión

Lo expuesto parece confirm ar la idea de R abinow y Su llivan cuando


sitúan el eje que articu la los actuales desarrollos en el campo de la
historia intelectual de su país —y que da un sentido último al actual
“giro lingüístico”—en el intento de superar las formas ingenuas tradi­
cionales de objetivism o sin caer en el relativism o. Más dudoso resulta,
sin embargo, su optim ism o en cuanto al balance final de los logros
obtenidos en esta dirección. Tal apresuram iento en declarar resueltas
antinomias y problem as que son aún m ateria de controversia lleva,
en el mejor de los casos, a subestim arla com plejidad de los presentes
debates. En el peor, a pretender hacer pasar aerif ica o irreflexivam ente
como una respuesta válida y aceptable lo que no es más que un señala­
miento de una problem ática que faltaría aún desenvolver.
¿Significa, pues, que están en lo cie rto quienes afirm an, como
Gellner, que el nuevo “giro lingüístico” no puede escapar al co n ti­
nuo oscilar entre el relativ ism o y el ob jetivism o, las trad icio n ales
antinomias de la filosofía occidental.7 No necesariam ente. Pensar así
implica, en realidad, desconocer los desafíos que la nueva historia
intelectual ha planteado, los cuales han tornado difícil im aginar ya
un mero regreso a lo que Kelley llam a “la era de la inocencia con­
ceptual”, es decir, a la creencia (que la nueva historia in telectu al ha
venido definitivam ente a problematizar) en la relativa transparencia
de las relaciones entre el autor y su obra, entre la obra y el lector y,
finalmente, de la obra respecto de sí misma. Tampoco ninguna de las

157
soluciones que han buscado negociar algu n a suerte de compromiso
ecléctico entre el antiguo realismo y el nuevo textualism o (del tipo
de las que afirman, por ejem plo, que “construcción no significa falsi­
ficación”) 1 se han mostrado más fructíferas. Si efectivam ente existe
un horizonte “más allá del objetivism o y del relativism o”, como pedía
Bernstein, el mismo sólo parece empezar a abrirse una vez que lleva­
mos el “giro lin g ü ístico ” hasta sus últim os lím ites,2 produciendo lo
que Bourdieu llam a un “segundo d istan ciam ien to ” u “objetivación
del acto de o b jetivación”.3 Y, de hecho, como hemos visto en la serie
de ejemplos aquí analizados, existe efectivam ente una ten d en cia per­
manente por volver la crítica, una y otra vez, sobre sí m ism a y tratar
de tornar en objeto de estudio lo que co n stitu ían sus aprioris, es decir,
aquellos supuestos y categorías de an álisis hasta entonces aceptados
acríticam ente como válidos.
Esto no n ecesariam en te eq u iv ale a sostener con G u stav Berg-
m ann (quien, según se afirm a, acuñó el térm ino “giro lin gü ístico ”)
que “la paradoja, el absurdo y la o p acid ad de la filosofía prelin-
güística derivan d el fracaso en d istin g u ir entre h ab lar (speaking)

1 A n d re w P. N o r m a n , “T e l l i n g it Lik e it W a s : H is to r ic a l N arrativ es o n th e ir Own


T e r m s”, en Hi story a n d T h e u r y , 30.2, 1991, p. 133. D ic h o artículo e.s u n t íp ic o ejemplo
de ap elació n al “sano s e n t id o c o m ú n ” ( ta n a p r e c ia d o e n la profesión) a fin d e resolver
las supuestas a n tin o m ia s e n t r e n a r ra tiv ism o y o b je t iv is m o .
’ Donald R. K elle y , “W h a t is H a p p e n in g to t h e H istory of Ideas", J o u r n a l o f the
Hi st or y o f Ideas, 51.1, 199 0 , p. 23.
! “El cientista so cial —d ic e B o u rd ieu—deb e n o sólo, co m o el o b je tiv ism o h a hecho,
distanciarse de la e x p e r ie n c i a n a t i v a y las r e p r e s e n t a c io n e s de los n a tiv o s de aque­
lla experiencia, sino t a m b i é n , e n un segundo d is t a n c i a m ie n t o , p oner e n c u e stió n los
presupuestos in h e re n te s a la p o sic ió n del o b serv ad o r ‘o b je t iv o ’ q u ie n , b u s c a n d o inter­
pretar las prácticas, t ie n d e a p ro y e c tar en el o b je t o los p rincipios de su p ro p ia relación
respecto del objeto, c o m o lo m uestra, por e je m p lo , el estatus p r iv ile g ia d o qu e él le
confiere a las fun cion es e p is t é m ic a s y c o m u n ic a t iv a s , lo cu al lo in c lin a a r e d u c ir todos
los intercambios a puros in te r c a m b io s sim b ó lic o s” ( P ie r re Bourdieu, T h e L o g i c o f Proc­
u r e , C am bridge, P olity, 1 9 9 0 , p. 27)-

158
^ v< v ' H-i

y hablar del habla (sp e a k in g o f sp e a k in g) ”,4 co n lo que b astaría con


eStablecer esta distin ció n para que todas las an tin o m ias se re v e le n
corno sólo aparentes. Lo que la d istin ció n e n tre n iveles de discurso
propuesta por Bergmann sí perm ite observar es que, aun cuan d o es
cierto que, como vim os, en las sucesivas fases de este “giro lin g ü ís ­
tico” tien d en siempre, tarde o tem prano, a rep lan tearse el m ism o
tipo de aporías que, a un n iv e l más e le m e n ta l de crítica, se h a b ían
declarado como “resu eltas”, el desplazam iento entonces producido
no necesariam ente h ab ría resultado por e llo estéril ( q u o t h o m i n i s ,
tot se n ten tia e [distintos hom bres, las m ism as c u e stio n es]). Por el
contrario, este círculo tie n e un efecto e se n c ia lm e n te p ro d u ctivo
ya que lle v a a incorporar p erm an en tem en te nuevas dim ensiones al
ámbito de la reflexión.
Tomado, pues, en el sentido de una n egación de la relevan cia de
la consideración del contexto de em ergencia y recepción de los dis­
cursos, el “giro lingüístico” resulta sim plem ente trivial. Sin em bargo,
considerado desde una perspectiva menos literal y monocorde, reve­
la mejor toda su significación teórica. En la m edida en que proble-
matiza decisivam ente (desde ángulos diversos y a distintos n iv e les
je discursividad) toda idea “ingenua” respecto de la transparencia y
naturalidad de las relaciones entre el texto y su contexto, obliga así
permanentemente a la crítica a volverse sobre sí misma en un procese)
siempre abierto, que una y otra vez se rebela contra todo intento por
imponerle dogm áticam ente un térm ino. T al efecto desestabilizador
je los discursos que este m ovim iento crítico perpetuo genera, lejos de
llevar a romper todos los lazos que unen la dim ensión textual a otras
instancias de realidad, em puja, por el contrario, a una consideración
:ada vez más precisa de la tram a de relaciones en que los textos surgen
^por la que éstos pueden circidar socialm cnte.

4 B ergm an n , Logic a n d R e a l i t y , M a d is o n , T h e U n i v e r s i r y o í W is c o n s in Press 1964


). 177.

1 59
Este proceso crítico presenta, en fin, cierto “m ovim iento caden-
cial” característico por el que en cada una de estas vueltas sobre sí se
tematiza prim ero, y se problem atiza luego, lo que eran las premisas
de un horizonte de pensamiento dado (y, por lo tanto, “impensable”
dentro del m ism o), conduciendo así sucesivam ente a través de una
serie de umbrales críticos (en un proceso que guarda analogías con el
mecanismo de los “rebasamientos” analizados por Jean Piaget y Rolan­
do G arcía).5 En síntesis, según este concepto, los diversos niveles se
implicarían m utuam ente, sin por ello encarnar ninguna jerarquía lógi­
ca de formas de saber. El paso de uno a otro im portaría, sencillamente,
un desplazamiento del campo bajo observación, una “elección estra­
tégica”, en palabras de Clifford. S in embargo, no por ello tal elección
resultaría arb itraria; cada uno de los desplazam ientos se encuentra
siempre condicionado por - y es relativo a - las realizaciones preceden­
tes. En todo caso, si no existe en este proceso una finalidad prestable-
cida —y, por lo tanto, determ inable a priori—, se observa sí al menos
una cierta direccionalidad que surge de —y e n —su mismo desenvolvi­
miento.'1 En fin, no parece advertirse en él un “progreso” en cuanto a
contenidos cognitivos (en definitiva, los mismos problemas —aunque
reformulados—volverían, como vimos, a aparecer a los diversos nive­
les) pero sí una problematización formal creciente.

5Véase J e a n P iag e t y R o lan do G a r c ía , P s i c o g é n e s i s e h i st or i a d e la c i e n c i a, México,


Fce, 1984. Esre m e c a n is m o produce, según Piager y G arcía, la serie de los desplazamien­
tos cognitivos q u e lle v a n de lo in trao bjetn l (análisis de los o bjetos, descubrimiento de
sus propiedades) a lo in terobjetal (estu d io de las relaciones y tran sfo rm acio n es de tales
propiedades), y f in a lm e n t e , a lo tra n so b je r a l (v in c u la c ió n de ta le s transformaciones
y construcción de las estructuras). En el tratam ien to del t e m a a q u í propuesto se ha
seguido un e s q u e m a an álo g o definido e n térm in o s del m o v im ie n t o tenvatización-pro-
blematización-re basa m ien to .
" Esta d istincióm h a sitio d e sarro llad a r e c ie n te m e n te en el c a m p o de la biología
cibernética, v fija d a e n los términos r e sp e ctiv o s de “procesos r e le o ló g ic o s ” y “procesos
teleonómicos”.

160
Establecido esto, serta, sin em bargo, sim plista atribuir exclusiva­
mente a la “in ev itab ilid ad ” de este proceso reflexivo las dificultades
hallabas Por l° s diversos pensadores aquí analizados, y así diluirlas
en el m ovim iento expansivo más genérico de la crítica. Igualm en­
te simplista sería, sin embargo, adoptar la postura opuesta y atribuir
tales aporías sim plem ente a un cierto dogmatismo im perante en este
medio que resiste tan em pecinada como vanam ente a dicha inevita­
bilidad. En d efin itiv a, estas dificultades recurrentes parecen señalar
el hecho de que el presente “giro lin güístico ” habría desenvuelto una
problemática y, de este modo, señalado un horizonte a un proyecto
que, sin embargo, no alcanzaría —según sugiere la persistencia de los
tópicos conflictivos—a ser com pletam ente realizable en los marcos del
conjunto de elem entos y herram ientas conceptuales que el mismo ha
puesto hasta ahora en juego. Repasemos, pues, brevem ente lo expues­
to en este trabajo.
Loque vimos aq u í en primer lugar, siguiendo la trayectoria intelec­
tual de Skinner, fue el paso de una tematización a una problematización
de las relaciones entre un texto y sus “condiciones sem ánticas de pro­
ducción” (m ecanism os discursivos, estrategias retóricas y polémicas,
sistema de autoridades, etc.) o “co n texto de em ergencia” (M aquia-
velo y su mundo, digam os). Tal problem atización de las relaciones
entre el texto y su contexto de em ergencia habría llevado, a su vez, a
la tematización de las relaciones entre el mismo texto y su “contexto
de recepción” (cóm o éste es históricam ente apropiado y debatido) o,
lo que es lo mismo, de las “condiciones de producción” o “contexto
de emergencia" de la propia crítica (S k in n e r y su mundo, digamos).
Con ello atravesam os un primer um bral crítico. Lo que surge poste­
riormente, proceso aquí ejem plificado en el paso de la antropología
geertziana a la post-geertziana (y de la herm enéutica a la post-her-
menéutica en el ám bito de la crítica literaria), es el tem a de las “con­
diciones de recepción” de la propia crítica. La trayectoria intelectual
del propio Geertz emblematiza un segundo m ovim iento por el cual
se problematizan ahora las relaciones entre la crítica antropológica y

161
sus condiciones de em ergencia, lo que coloca, a su vez, en un primer
plano el tem a de —da lugar a la tematización de—las relaciones entre
los discursos críticos y su propio “contexto de recepción”: cómo estos
pueden formarse, intercam biarse y circular socialm ente, cómo el pro_
pió “mundo de S k in n er” se articu la como un texto, abierto, por 10
tanto, a distin tas lecturas posibles. Y ello nos arroja, finalm ente, de
lleno al contexto epistém ico-institucional en que se desenvuelven las
disciplinas. Entramos ahora al siguien te umbral, en que se comienza
a tematizar el contexto m et a cr ít ic o (cóm o los discursos críticos surgen,
circulan, se consagran, se m odifican o abandonan históricamente).
A quí com enzaría a disolverse la propia noción de “tex to ” (Fish). El
último paso en el giro lingüístico serán los intentos por problematizar
este últim o um bral m etaconceptual, con lo que la c rític a se volve­
ría por tercera vez reflexiva. Y es aquí que surgen las complicaciones
teóricas (ejem plificadas en el caso de W h ite, particularm ente -pero
no sólo en él—). Según lo visto, los intentos por ap licar los principios
de la “lin gü isticalid ad ” a fin de in ten tar dar cuenta de los fundamen­
tos epistem ológico-institucionales de su misma discursividad habrían
conducido hasta ahora invariablem ente a contradicciones fatales para
el mismo.
Llegados a este punto, la única salida parece consistir en estable­
cer una diferencia de niveles de discurso (como las ejemplificadas'en
varios de los casos analizados, aunque hechas exp lícitas sólo por Hoy
con su distinción entre creencias de primero y segundo n iv e l)7 a fin de
producir una clausura m etacrítica: lo que sería válido a un nivel infe­
rior de discursividad, no sería ap licab le al propio discurso metacrítico

7 Esta sería t a m b ié n la forma en qu e los ló gico s c o n te m p o r á n e o s h a b r ía n “resuelto”


la famosa “f a la c i a del m e n tir o so ”, c u a n d o el m en tiro so afirm a: “Y o m ie n to ”. Según
un a r e in te rp r e r a c ió n r e c ie n te , la ú n ic a s o lu c ió n posible a la f a la c ia q u e d ic h a afirma­
ción gen era r a d i c a r í a e n afirm ar qu e el “m e n tir o s o ” no e staría, e n e ste caso, mintien­
do, sino que e s ta r ía h a b la n d o m e ta d is c u r s iv a m e n t e , es decir, e s ta r ía afirm ando que él
m ie n te siem p re, e x c e p t o en el preciso m o m e n t o en que afirm a q u e m i e n t e .

162
_con lo que se can cela el m ovim iento autorreflexivo—. Los modos de
producir tal clausura son o bien negarse a dar cuenta de los propios
Andamentos m etacríticos, o bien volver a alguna forma de fundacio-
nalism°- Sin embargo, como vimos, tan to uno como otro caso term i­
nan (aunque por distintos motivos) conduciendo, dentro del presente
“giro lingüístico”, a contradicciones insolubles que tienden a cuestio­
nar la legitimidad misma de toda aspiración m etacrítica.
¿Será, quizás, que habremos alcanzado aquí un lím ite últim o puesto
al pensamiento? En dicho caso, las n egativas, al estilo de R orty, a dar
cuenta racionalm ente de la propia norm atividad estarían plenam ente
justificadas; pretender lo contrario sería querer violentar lím ites que
son inherentes al pensam iento. Sin em bargo, es claro que, com o seña­
la Maclntyre, la altern ativa de situar en el n iv e l del contexto m etacrí-
tico el término obligado a la crítica en su búsqueda, siempre renovada
y siempre frustrada, por fundamentar racionalm ente la propia discursi-
vidad tampoco resulta más estable que su opuesto, el fundacionalism o
“cartesiano-kantiano”. Lo que cabe aq u í preguntarse es si quizás se
trate, más sim plem ente, de que, llegado a este punto, con lo que nos
enfrentamos es con los lím ites últim os del propio “giro lin gü ístico ”,
es decir, que este ultime» tercer umbral nos está sencillam ente condu­
ciendo más allá del mismo (con lo que se explicaría por qué éste no
resulta ya pensable desde dentro del m ism o). En definitiva, según esta
hipótesis, la dificultades conceptuales aq u í señaladas con m otivo de
los diversos autores sólo denuncian el h ech o de que, en este últim o
umbral, comenzarían a tornársenos visibles, como señala R abinow con
motivo de Clifford, los “puntos ciegos” de un régimen específico de
discursividad dado.
¿Qué es lo que se situaría más a llá del presente giro lin güístico ?
Si lo que vimos hasta aquí sirve de ejem p lo , la respuesta es que no
podemos saberle) aú n , puesto que nos encontram os aún inm ersos
en él (salvo que pensem os, como Jam eso n, que lo que v ien e puede
descubrirse d ialécticam en te analizando el propio concepto de la lin-
güisticalidad y, más precisam ente, lo que éste excluye —m étodo que

163
presupone, como dijim os, una visión de la historia como una mera
reproducción en el ám bito objetual d el d esen v o lvim ien to lógic0
de los conceptos).8 Lo que sí parece perfectam ente argumentable a
priori es, contra lo que muchos parecen presuponer, que este “giro
lin g ü ístico ” tiene tam b ién sus “puntos cieg o s”. La insisten cia ei\
el carácter autocontenido del lenguaje (la “casa del ser”, según lo
llam ara H eidegger) es tam bién una forma de negar su propia con­
tingencia histérrica, intentando de este modo producir una clausura
m etacrítica (con lo que contradice así su proclam ado antifundacio-
nalism o). Y aun entonces, sin embargo, el giro lingüístico se vería
(como de hecho se v e) em pujado perm anentem ente a confrontar
sus propios lím ites, m inando así sus pretensiones ultim atistas. Des­
pués de todo, como señala Jay, la idea de que el lenguaje representa
el fenómeno prim itivo de nuestra existen cia im plica ya la adopción
(e x p líc ita o im p lícita) de una determ inada teoría del lenguaje, la
que tam bién, como cualquier otra, se verá siempre en la necesidad
de ju stificarse racio n alm en te frente a un núm ero de alternativas
posibles.8 En fin, como tal, no podrá ev itar tener una y otra vez que
confrontar el hecho de la contingencia no sólo de la.realidad “repre-

” De h e ch o , resulta absurdo p retender prever el curso futuro de la disciplin a. No


ex isten fu n d am e n to s para d e s c a rt a r incluso (aun c u a n d o se me ocurre poco probable)
el posible desarrollo, en los p ró x im o s años, de u n a r e a c c ió n a n tir r e la tiv is ta quedé
n u e va tuerca a lo que c o m ien z a a llamarse en este p aís el m o v im ie n to “B a c k to Pop-
p e r !” ( v é a s e N o v ick , T h a t Noble I ) r e n m , pp. 5 6 8 -5 6 9 ) y nos d e v u e lv a a lo q u e hoy nos
parece un a “in g e n u id a d ” d e f in it iv a m e n t e superada.
'D o m o señ ala Jay, la p r e g u n t a sobre si la h isto ria in te le c tu a l debe seguir o no un
giro lin g ü ístic o in vo lucra, en ú lt im o análisis, la c u e s tió n p re v ia sobre cuál elegir entre
una g a m a posible de te o ría s lin g ü ís tic a s del s ig n i f i c a d o (Ja y , “S h o u ld Intellectual
Hisrory T a k e a Lm gutstic T u r n ? Reflectio ns on r h e lla h e r m a s - G a d a m e r D ebate”, en
L a C a p r a y K aplan ( co m p s.), M od era Hurupean ¡ n t e l l e c t i u d Hi star y, pp. 86-1 10). Véase
ta m b ié n el c o m en tario de J o h n Toevvs, “In telle c tu al 1 listo ry 'after the L in guistic Tum:
T h e A u r o n o iu y ot M e a n i n g a n d t h e Irreducibility ot h x p e r ie n c e ”, American Jntellec-
nuil Revi exv, 9.4, 1987, p. 8 72 .

164
sentada” , sino tam bién, y fundam entalm ente, de sus propias condi­
ciones históricas de existen cia en tanto que do ctrin a filosófica.
Jslo es otra cosa lo que se p lan tea con la con tin ua recurrencia, en
los sucesivos niveles, de la problem ática re la tiv a al “contexto”. Lo
que Jameson y M aclntyre exponen (aunque más en las propias grie­
gas de su discurso que en lo que en él form ulan) es la imposibilidad
para este “giro lingüístico” de eludir la misma. De todos modos, esto
no representaría ya un mero regreso al punto de partida originario. La
diferencia fundam ental con el contextualism o anterior a este “giro lin ­
güístico” es que el “contexto” que aquí (es decir, en un tercer nivel de
crítica) se reintroduce no es aquel que se encuentra frente a nosotros
como críticos, sino a nuestras espaldas (no aquello que vemos, sino
aquello que nos hac e ver lo que vem os). Y, en un sentido absoluto, está
condenado a permanecer a llí para siempre (puesto que no existe un
horizonte últim o, sin presupuestos a los que haya que someter a la crí­
tica), aunque no necesariam ente es así en un sentido relativo, es decir,
los horizontes determ inados son siempre susceptibles de convertirse
en objeto de la crítica. Esto sugiere, contra toda herm enéutica, que si
bien es cierto que nuestras creencias son revisables, ello no resulta del
encuentro con lo que nos es extraño; es, por el contrario, la revisión
de nuestros sistemas de creencias o el desplazamiento de nuestro cam ­
po de visibilidad lo que nos pone frente a la presencia de “lo extraño”,
o nos vuelve extraño lo que nos parecía fam iliar. La apertura de nues­
tro horizonte es la condición y no el resultado de la crisis de un deter­
minado paradigma o modo de conciencia: la anom alía (en el sentido
“fuerte" del térm ino), como el dato, no se registra sino que se p r o d u ­
ce.10 Y la explicación de cómo se (mjducen dichos desplazamientos no
se agota en la apelación a las propiedades inherentes al lenguaje (aun
cuando estemos siempre condenados a buscarla desde dentro de las

10 Sobre el te m a , véase Palti, “R e s e ñ a -E n sa y e . I lan s ñ li m i e n h e r « : sobre la m o d e r ­


nidad, la h isto ria, y los lím ites J e la r a t ó n ”, Revista Lat im m m c r i c a r t a d e Filosofía, 22.2,
1996, pp. 291-í?0.

165
redes del lenguaje, del que no podemos escapar), sino que necesaria
m ente apunta a una dim ensión de prácticas sociales que trascienden
la in stan cia textual."
Esto nos conduce, por últim o, a una observación final. La apro­
xim ación aquí ensayada al actual “giro lin gü ístico ” como orientado
por una dinám ica por la cual se van sucesivam ente volviendo objeto
de c rítica aquellos presupuestos que hasta ese momento se tomaban
como premisas (de “rebasam ientos” sucesivos, según la terminolo­
gía de Piaget), en un proceso de reflexividad creciente sin puntos de
partida absolutos ni m etas determ inadas de antem ano, intenta tom ar
in teligib le dicha d inám ica sin presuponer para ello la acción oculta
por debajo de la m ism a de un determ inado telos que la orienta. No
existe aquí “H istoria” que recuperar, sino sim plem ente una “histo­
ria” a la que tratar de entender; no hay una “verdad” oculta que se
va revelando progresivam ente a través de fases sucesivas, sino sólo
una perm anente vuelta de la crítica sobre sí misma para corroer sus
anteriores certidumbres. De hecho, ciertas historias (¿oficiales?)12 que
ven en lo “lingüístico” la naturaleza in herente a toda reconstrucción
histó rica no hacen más que invertir el v iejo esquema del mythos al
logos, m anteniéndolo así, en lo esencial, intacto. Sólo se coloca, en
el lugar del m yt h os, las pretensiones de “verdad” de las historias tradi­
cionales, mientras que en el del logos (esa verdad que estuvo siempre
a llí oprim ida por los prejuicios humanos, en este caso, los prejuicios
cien tificistas) se coloca ahora la “n arratividad”. Con ello no se hace

11 U n a h ip ó te sis i n t e r e s a n t e a l respecto es la d e P i a g e t , q u ie n c o n s id e r a al len­


g u a je c o m o el r e su ltad o d e la in terio riz ació n d e s is t e m a s de c o o r d in a c ió n de accio­
n es, y, p or lo tan to , se v a m o d i f i c a n d o en la m e d i d a e n q u e t a m b ié n lo h a c e n tales
siste m a s. U n b u e n e je m p lo h i.stó ric o -a n tro p o ló g ic o d e c ó m o se pro duce esto puede
verse e n M a r s h a ll S a h li n s , I s l a n d s o f Hi st or y, C h i c a g o y L o n dres, T h e U n iv e rsity oí
C h i c a g o Press, 1987.
IJ P au l R ico eur, T i m e a n d N a r r a t i v e , vol. 1, C h i c a g o y Londres, T h e University ot
C h i c a g o Press, 1984.

166
•jás que co n vertir lo “lin g ü ístico ” en una n u ev a “verd ad ” ú ltim a y
jjjjal. Si h ay algo, sin embargo, que la propia h isto ria del presente
“giro lingüístico” nos muestra, es, precisam ente, la im posibilidad de
fijarla naturaleza de la crítica dentro de horizontes preestablecidos...
y que no h ay por qué pensar que esto no será tam b ién válido para él
mismo- Por el contrario, sus m ism as vicisitudes nos revelan, aunque
generalmente sólo por la n egativ a, que, a pesar de sus intentos por
obliterarlos, éste tampoco puede escapar a la sombra de la co n tin gen ­
cia (historicidad) de sus orígenes.

167
Antología
A ntropología

Paul R a b in o w
jjis representaciones son hechos sociales: m odernidad
y posmodernidad en antropología*

Más allá de la epistemología

En su in flu ye n te lib ro La f i l o s o f í a y e l e s p e j o d e la n a t u r a l e z a , 1
Richard Rorty sostiene que la ep istem o lo gía, como estudio de las
representaciones m e n tales, surgió en u n a ép o ca h istó rica d e te r ­
minada, el siglo xvii; se desarrolló en u n a sociedad e sp e cífica, la
europea; y finalm ente triunfó en la filo so fía al vin cularse e s tre c h a ­
mente a las pretensiones profesionales de un grupo, los profesores
alemanes del siglo xix de aq u ella d iscip lin a. Para R orty, este rum bo
no fue fortuito: “El an h elo de una teo ría d e l con o cim ien to es un
anhelo de encontrar lím ite s, ‘fu n d am en to s’ a los que sea p o sib le
aferrarse, marcos más a llá de los cuales no h aya que av en tu rarse,
objetos que se im pongan por sí mismos, rep resen tacio n es que no

* El tex to de Paul R a b in o w q u e se reproduce a p a r e c i ó o r ig in a lm e n te c o n el t ít u lo


“Representations are S o c ia l Facts: M o d e r n ity a n d P o s t - M o d e r n ity in A n t h r o p o l o g y ”,
en James Clifford y G eorge M a rc u s (co m p s.), W r i t i n g C u l t u r e , B erk eley y Los A n g e le s ,
California U n iv ersity Press, 198 6 , pp. 2 3 4 -2 6 1 . El m is m o es u n a versió n r e v is a d a de
la ponencia realizada por P au l R a b in o w en el S e m i n a r i o d e S a n t a Fe, N u e v o M é x i c o ,
llevado a cab o en la S c h o o l o f A m e r i c a n R e s e a r c h e n a b r il d e 1984, y t it u la d a “P ow erful
Authors: Fantasia of th e L ib r a r y ” [reproducido c o n p e r m is o de C a lif o rn ia U n iv e r s i t y
Press]. T radu cció n : H o rac io Pons.
1 Rorty, Philosophy a n d t he M irro r o f Na t u re .

171
puedan c o n tra d ec irse ”.2 M ed ian te una rad icalizació n de la postura
de Thom as K uhn, Rorty describe nuestra obsesión por la epistemo­
logía com o un v ira je accid en tal pero en d efin itiv a estéril de la cul­
tura o c c id e n tal.
Pragm ático y norteam ericano, el libro de R orty tiene una mora­
leja: la filo so fía profesional m oderna representa el “triunfo de la
búsqueda de certidum bre por encim a de la búsqueda de razón”.3 La
principal acusada en este m elodram a es la preocupación de la filo­
sofía o c c id e n tal por la epistem ología, la eq u ip aració n del conoci­
miento con las representaciones internas y la correcta evaluación de
las mismas. Perm ítanm e esbozar brevem ente el argum ento de Rorty,
agregarle alg u n as im portantes especificaciones p lan tead as por lar»
H acking y afirm ar luego que M ich el Foucault elaboró una posición
que nos p o sib ilita com plem entar de modo sign ificativo la de Rorty.
En el resto del artículo, exploro algunos aspectos en que estas líneas
de p en sam ien to son p ertin en tes para los discursos sobre el otro.
E specíficam ente, en la segunda sección analizo recien tes debates
acerca de la elaboración de textos etnográficos; en la tercera, algu­
nas d iferen cias entre la antropología feminista y el fem inism o antro­
pológico; fin alm en te , en la cu arta sección, presento una línea de
investigación, la mía propia.
Los filósofos, argumenta Rorty, han coronarlo a su disciplina como
la reina ele las ciencias. Esta coronación se basa en la pretensión que
atienen aquéllos de ser los especialistas en problemas universales y su
capacidad de proporcionarnos un fundamento firme para todo conoci­
miento. El reino de la filosofía es la mente; su penetración privilegia­
da funda su pretensión de ser la disciplina que juzga a todas las demás.
Esta concepción de la filosofía, sin embargo, es de elaboración recien­
te. Para los griegos no había una distinción n ítid a ente la realidad

- Rorty, Phili >s<>¡ihy a n d thc M i r r o r nf N a t u r c , p. 5 1 5 .


: Ihiel., p . 61.

172
externa y las representaciones internas. A diferencia de Aristóteles,
la concepción cartesiana del conocer se funda en la posesión de repre-
sentaciones correctas en un espacio interno, la m ente. Rorty lo señala
al decir: “Su novedad fue la noción de un único espacio interior en el
cual las sensaciones corporales y perceptivas (las ideas confusas de los
sentidos y la im aginación, en la expresión de Descartes), las verdades
matemáticas, las normas morales, la idea de Dios, los humores depresi­
vos y todo el resto de lo que hoy llam am os ‘m ental’ eran objetos cuasi
observacionales”.4 Aunque no todos estos elementos eran novedosos,
Descartes los combinó con éxito en una nueva problem ática, que hizo
a un lado la concepción aristotélica de la razón como una captación
de universales: a partir del siglo X V l l , el conocim iento se hizo interno,
una cuestión de representación y discernim iento. La filosofía moder­
na nació cuando un sujeto cognoscente, dotado de conciencia con
sus contenidos representacionales, se convirtió en el problema central
para el pensam iento, el paradigma de todo conocer.
La noción moderna de epistem ología, entonces, gira sobre la cla­
rificación y el juicio de las representaciones del sujeto. “Conocer es
representar con exactitud lo que se encuentra fuera de la mente; de
modo que entend er la posibilidad y naturaleza del conocim iento es
entender la m anera en que la m ente puede construir tales representa­
ciones, una teoría que dividirá la cultura en áreas: una que representa
bien la realidad, otras que la representan menos bien y otras, por fin,
que no la representan en absoluto (pese a su pretensión de hacerlo)”.'1
El conocimiento al que se llega a través del examen de las representa­
ciones de la “realidad” y “del sujeto cognoscente” sería universal. Este
conocimiento universal es, desde luego, la ciencia.
Recién fue a fines de la Ilustración cuando apareció la concepción
plenamente elaborada de la filosofía como el juez de todo conocimien-

4 ¡bid, p. 5 0 .
5lbid., p. i.

173
to posible, concepción canonizada en la obra de Im m anuel Kant. “La
delimitación final de la filosofía con respecto a la cien cia fue posible
gracias a la noción de que el núcleo de la primera era una ‘teoría del
conocimiento’, una teoría distinta de las ciencias debido a que era su
fundamento”,6 sostiene Rorty. Kant estableció como un a priori la afir-
mación cartesiana de que sólo tenemos certeza sobre las ideas. “A l con­
siderar que todo lo que decimos se refiere a algo que hemos constituido,
[Kant] hizo posible pensar la epistem ología como una cien cia fundacio­
nal. [...] De ese modo autorizó a los profesores de filosofía a verse a sí
mismos como presidentes de un tribunal de la razón pura, idóneo para
determinar si las otras disciplinas se m antenían dentro de los límites
legales fijados por la ‘estructura’ de su área de estudio”.'
Como d iscip lin a cuya actividad propia es fundar las pretensiones
al conocim iento, la filosofía fue desarrollada por los neokantianos del
siglo xix e institucionalizada en las universidades alem anas decimo­
nónicas. H aciéndose un lugar entre la ideología y la psicología empí­
rica, la filosofía alem ana escribió su propia historia y produjo nuestro
canon moderno de los “grandes”. Esta tarea se com pletó a fines del
siglo X I X . El relato de la historia de la filosofía como una serie de gran­
des pensadores sigue vigente hoy en los cursos introductorios de la
disciplina. S in embargo, su pretensión a la preponderancia intelectual
sólo duró poco tiem po, y hacia la década de 1920 sólo los filósofos y
los estudiantes universitarios creían que la filosofía era singularmente
apta para fundar y juzgar la producción cultural. Ni Einstein ni Picas­
so estaban m anifiestam ente preocupados por lo que Husserl pudiera
haber pensado de ellos.
Aunque los departam entos de filosofía siguen enseñando episte­
mología, en el pensam iento moderno hay una tradición contraria que
tomó otro cam ino. “W ittgenstein, H eidegger y Dewey están de acuer-

'' Rorty, P h i l o s o p h y a n d the Mi rr or o f N a t u r e , p. 1 32.


' Ibid., p. 139.

174
do en Que es necesari° abandonar la noción de conocim iento como
representación exacta, posible gracias a procesos m entales especiales e
inteligible a través de una teoría general de la representación”,8 obser­
va Rorty. Estos pensadores no procuraron construir teorías de la m en­
te y el conocim iento alternativas y superiores. Su meta no era mejorar
la epistemología sino jugar un juego diferen te, al que R orty llam a her­
menéutica. Con este nombre, alude sim plem ente a un conocim iento
sin fundamentos; un conocim iento que en esencia equ ivale a la con­
versación edificante. Hasta ahora, R orty nos dijo m uy poco acerca
del contenido de esa conversación, ta l vez porque hay m uy poco que
decir. Lo mismo que W ittgenstein, H eidegger y Dewey (éste de una
manera diferente), Rorty se enfrenta al hecho, perturbador o diverti­
do, de que, una vez cumplida la deconstrucción lógica o histórica de
la filosofía occidental, en realidad no queda nada en especial que los
filósofos puedan hacer. U na vez que se advierte que la filosofía no fun­
da ni legitima las pretensiones al con ocim iento de otras disciplinas, su
tarea pasa a ser la de comentar las obras de éstas y en tab lar con ellas
una conversación.

Verdad versus ve rdad o falsedad

Aun cuando aceptem os la deconstrucción de la epistem ología que


hace Rorty, las consecuencias de ta l actitu d siguen sien do vastas.
Antes de explorar algunas de ellas, parece importante destacar que el
rechazo a la epistem ología no im plica el rechazo a la verdad, la razón
o las normas del juicio . Este aspecto es señalado muy sucintam ente
por Ian Hacking en “Language, T ruth, and Reason”.9 Paralelam ente a

8 Ibid, P. 6.
9 Ian H ack in g , “L a n g u a g e , T ruth and R e a s o n ”, e n R. H ollis y S L u k e s (co m p s.),
Rationality a n d R e l a t i v i sm , C am b r id g e , M ass., T h e M I T Press, 1982.

175
la d istin ción que hace Rorty entre la certidumbre y la razón, Hacking
traza otra entre las filosofías embarcadas en la búsqueda de la verdad
y aquellas —a las que, para no lim itarlas a la filosofía moderna, llama
“estilos de pensam iento”—que abren nuevas posibilidades al plantear
las cosas en términos de “verdad o falsedad”.
H acking expone lo que en esencia es un argum ento simple: lo qye
por lo com ún se toma como “verdad” depende de un acontecimien­
to histórico previo —la em ergencia de un estilo de pensar acerca de
la verdad y la falsedad que estableció las condiciones para que una
proposición pueda considerarse como verdadera o falsa—. Hacking lo
expresa de esta forma: “Guando digo razonamiento no me refiero a la
lógica. A ludo exactam ente a lo contrario, porque la lógica es la preser­
vación de la verdad, m ientras que un estilo de razonamiento es lo que
introduce la posibilidad de verdad o falsedad. [...] [L]os estilos de razo­
nam iento crean la posibilidad de la verdad o la falsedad. La deducción
y la inducción m eram ente la preservan”.10 H acking no está “contra”
la lógica, sino únicam ente contra sus pretensiones de fundar y funda­
m entar roda verdad. La lógica está muy bien en su propio dominio,
pero éste es limitado.
C on el trazado de esta distinción se evita el problema de relativizar
to talm ente la razón o convertir las diferentes concepciones históricas
de la verdad y la falsedad en una cuestión de subjetivism o. Estas con­
cepciones son hechos históricos y sociales. Este aspecto es bien seña­
lado por H acking cuando expresa: “Por lo tan to, aunque el carácter
de verdaderas de cualesquiera proposiciones pueda depender de los
datos, el hecho de que sean candidatas a la verdad es la consecuencia
de un acontecim iento histórico”.11 El que las herram ientas analíticas
que usamos cuando investigam os un conjunto de problemas —la geo­
m etría para los griegos, el método experim ental en el siglo xvn o las

iC H a c k i n g , “L anguage, T r u t h a n d Reason", pp. 5 6 -5 7 .


' 1 IbuL, p. 56 .

176
estadísticas en las ciencias sociales modernas—h ayan cambiado puede
explicarse sin necesidad de recurrir a ningún relativism o negador de
Ja verdad. Por otra parte, la cien cia, entendida de este modo, sigue
siendo muy objetiva, “sim plem ente porque los estilos de razonam ien­
to que empleam os determ inan lo que se considera objetividad. [...] —
L a sproposiciones para cuya sustanciación se requiere necesariam ente
del razonamiento tienen una positividad —un carácter de verdad o
falsedad- sólo como consecuencia de los estilos de razonamiento en
que se producen”.12 Lo que Foucault denom inó el régimen o juego
de la verdad y la falsedad es tan to un com ponente como un producto
de prácticas históricas. Otros procedim ientos y otros objetos podrían
haber cumplido igualm ente bien los requisitos y haber sido igualm en­
te verdaderos.
Hacking distingue entre el razonam iento co tid ian o y de sentido
común, en que no es necesario aplicar ningún conjunto elaborado
de razones, por un lado, y los dominios más especializados que sí lo
requieren, por otro. Hay una pluralidad tanto cultural como histórica
de estos dominios especializados y de los estilos histórica y cultural­
mente diversos que se asocian con ellos. A partir de la aceptación de
una diversidad de estilos históricos de razonamiento, métodos y obje—
tos, Hacking saca la conclusión de que los pensadores con frecuencia
entendieron bien las' cosas, resolvieron problem as y establecieron
verdades. Pero, sostiene, esto no implica que debamos buscar un rei­
no popperiano unificado de la verdad; antes bien, a la manera de Paul
Feyerabend, tendríamos que m antener lo más abiertas que pudiéramos
nuestras opciones de investigación. Los griegos, nos recuerda Hacking,
no tenían ninguna concepción ni uso de las estadísticas, un hecho que
no invalida ni la ciencia griega ni la estadística como tal. Esta pos­
tura no es relativism o, pero tam poco imperialismo. Rorty denomina
hermenéutica su versión de todo ello. Hacking llam a a la suya anar-

12 lbid., pp. 4 9 y 65.

177
corracionalismo. “El anarcorracionalism o es la tolerancia hacia otras
personas, combinada con la disciplina de nuestras propias normas de
verdad y razón.”13 Llamémosla buena ciencia.
Michel Foucault tam bién consideró muchas de estas cuestiones de
manera paralela, aunque no idéntica. Sus obras A rchaeol ogy o f Know-
ledge y Discourse on Language14 son los intentos más elaborados hasta
el momento, si no de una teoría de lo que H acking menciona como
“verdad y falsedad” y “estilos de pensam iento”, sí al menos de una
analítica de los mismos. A unque los pormenores de la sistematización
que hace Foucault sobre la m anera en que se forman y transforman
los objetos discursivos, las modalidades enunciativas, los conceptos y
las estrategias discursivas están más allá del alcan ce de este artículo,15
varios aspectos son pertinentes aquí. Considerem os únicam ente un
ejemplo ilustrativo. En The O rd er o f Discourse, Foucault discute algu­
nas de las restricciones y condiciones para la producción de la verdad,
entendida como enunciados capaces de ser tenidos seriam ente por
verdaderos o falsos. Entre otras cosas, exam ina la existencia de las dis­
ciplinas científicas. Dice al respecto:

Para que una disciplina exista, tiene que haber la posibilidad de for­
mular -y de hacerlo ad infinitum—nuevas proposiciones. [...] Estas pro­
posiciones deben ajustarse a condiciones específicas de objetos, temas,
métodos, etcétera, [...j Dentro de sus propios límites, cada disciplina
reconoce las proposiciones como verdaderas y falsas, pero rechaza
toda una teratología del aprendizaje. (...1 En síntesis, una proposición

" H a c k in g , “Language, T r u t h a n d R e a s o n ”, p. 6 5 .
14 F o u c au lt, A r c h a eo l o g y o f K n o u ’l e d g e a n d D i s c o u r s e <m L a n g u a g e , trad. de A . Sheri-
dan S m it h , N u e v a York, P a n t h e o n Books, 1 9 7 6 [trad- c a s t e l l a n a : A r q u eo l o g í a del saber,
rrad. A . Garzón del C a m in o , M é x i c o , S i g l o xxi, 1 9 8 3 ) .
M Para un t r a t a m ie n t o d e l r e m a , v é a s e H u b e rt L. D r e y f u s y P. R a b i n o w , Michel
Foucault : B e y o n d St ruct ural i sm a n d H e r m e n e u ú c s , C h i c a g o , T h e U n i v e r s i t y of Chicago
Press, 1 9 8 2 , pp. 4 4 - 7 9 .
debe cumplir algunas onerosas y complejas condiciones antes de que
se la pueda admitir dentro de una disciplina; antes de que se la pueda
juzgar verdadera o falsa tiene que estar, como diría el señor Canguil-
hem, “en lo cierto”.16

poucault da el ejemplo de M endel: “M endel habló de objetos, empleó


métodos y se colocó dentro de una perspectiva teórica totalm ente a je ­
na a la biología de su tiempo. [...] M endel habló con la verdad, pero
no estaba da ns le vrai [“en lo cierto”] del discurso biológico contem po­
ráneo”.17 La demostración de la riqueza de este estilo de pensam iento
ha sido el gran punto fuerte de Foucault, Georges C angu ilhem y otros
estudiosos franceses de la historia y la filosofía de la cien cia, particu­
larmente las “ciencias de la vid a”.
Tal vez no sea accidental que tan to Rorty como H acking se intere­
sen en la historia de las ciencias físicas, las m atem áticas y la filosofía.
Lo que falta en sus abordajes es la categoría del poder, y en menor
medida (en el caso de Hacking) la de la sociedad. La muy interesante
obra actual de H acking sobre la estadística del siglo xix, sin embargo,
incluye esas categorías. Aunque atrapan te en su vigor deconstructi-
vo, la historia de Rorty es menos convincente en su negativa a comentar
la manera en que se produjo el viraje epistem ológico en la sociedad
occidental —según él, al igual que la cien cia g a lile a n a , éste sim ple­
mente sucedió—o en su incap acidad de ver el co n ocim iento como
algo más que una conversación libre y edificante. De m anera sim ilar a
Habermas, y aunque rechaza el esfuerzo de éste en favor del fundacio-
nalismo, R orty considera que la com unicación libre, la conversación
civilizada, es la meta última. C om o lo señala H acking: “Tal vez, la
doctrina ce n tral de la conversación de R ichard R orty [...] p arece­
rá algún día una filosofía tan lin güística como el an álisis surgido de

!6 Foucault, Discourse on Language, c n A rchaeology of Knowledge, pp. 2 2 3 - 2 2 4 .


171bid., p. 2 2 4 .

179
Oxford una generación atrás”. 18 El contenido de la conversación y [g
manera de alcanzar la libertad de llevarla adelante están, sin embargo
más allá del cam po de la filosofía.
Pero la conversación, ya sea entre individuos o entre culturas, gj
posible únicam ente dentro de contextos modelados y lim itados por rela­
ciones históricas, culturales y políticas y las prácticas sociales sólo paj.
cialmente discursivas que las constituyen. Lo que falta en el enfoque de
Rorty, entonces, es toda discusión de la manera en que se interconectan
pensamiento y prácticas sociales. Rorty cumple un papel útil cuando
desinfla las pretensiones de la rilosofía, pero se detiene exactamente en
el punto en que debería tomar en serio su propia intuición: a saber, que el
pensamiento es nada más y nada menos que un conjunto históricamen­
te localizable de prácticas. Cómo hacerlo sin recaer en la epistemología
o en algún dudoso mecanismo de superestructura/infraestructura esotra
cuestión, que Rorty no es el único que no pudo resolver.

R epresen ta cio nes y sociedad

M ich el F o ucault nos ha ofrecido algunas im portantes herramien­


tas para analizar el pensamiento como una práctica pública y social.
Foucault acepta Les elementos principales de la versión nietzscheana
y heideggeriana de la metafísica y la epistemología occidentales que
nos dio Rorty, pero saca diferentes conclusiones de esas reflexiones,
conclusiones que, me parece, son más consistentes y más interesantes
que las de R orty. Encontramos, por ejem plo, muchos de los elementos
presentes en la historia de la filosofía de Rorty —el sujeto moderno, las
representaciones, el orden—en el famoso análisis que Foucault hace
del cuadro de Velázquez, Las Meninas. Pero también hay algunas gran-

H acking, "Five Parables”, en R. R o r t y , J. B. Scheewind y Q. S k in n c r (comps.),


Ph i lu s o phy ii i H isa ir y , COambriiige, (C am b rid ge U n i v c r s i t y Press, 1984, p. 109.

180
Jes diferenC^as' vez b o rd a r el problem a de las representaciones
como específico de la historia de las ideas, Foucault lo trata como
yjja preocupación cultu ral más general, una cuestión sobre la que se
trabajó en muchos otros ámbitos. En Las palabras y las c o s a s 19 y libros
p o s t e r i o r e s , Foucault dem uestra de qué m anera el problem a de las
representaciones correctas informó una m ultitud de dominios y prác-
ticas sociales, que van desde discusiones en botánica hasta propuestas
de reforma carcelaria. En consecuencia, el problema de las represen­
ta cio n es no es para él un a cuestión surgida im previstam ente en la
filosofía y que dom inó el pensam iento en ese campo durante tres­
cientos años. Se v in cu la con una am plia gam a de prácticas sociales
y políticas dispares pero interrelacionadas que constituyen el mundo
m od ern o, con sus intereses distintivos en el orden, la verdad y el suje­
to. Foucault se diferencia de Rorty, entonces, en su tratam iento de las
ideas filosóficas como prácticas sociales y no como giros casuales en
una conversación o en la filosofía.
Pero tam bién está en desacuerdo con muchos pensadores mar-
xistas, que consideran que los problem as de la pintura son en lílti-
ma instancia, por definición, epifenoménicos o expresivos de lo que
pasaba “realmente” en la sociedad. Esto nos lleva por un instante a la
c u e s tió n de la ideología. En varios lugares, Foucault señala que una
vez que uno ve el problem a del sujeto odas representaciones y la ver­
dad como prácticas sociales, la noción misma de ideología se vuelve
problemática. Dice al respecto: “detrás del concepto de ideología hay
una especie de nostalgia por una forma cuasi transparente de conoci­
miento, libre de todo error e ilusión”.20 En este sentido, el concepto de
ideología es muy afín al de epistemología.

19 Foucault, T h e Ch'dcr o f t he Th i n gs , N u e v a York, V i n t a g e Press, 1 9 7 5 [trad, ca s­


tellana: Las palabr as y Lis c o s a s . U n a a r q u e o l o g í a d e las c i e n c i a s humanas, tra d . E. Frost,
México, S ig lo xxi, 1968|.
20Foucault, “T r u t h a n d P o w e r ” , e n P t j w e r / K t u m i c d g e , N u e v a York , P a n t h e o n Press,
1980, p . 1 1 7 .

181
Para Foucault, el concepto moderno de ideología se caracteriza poj
tres cualidades interrelacionadas: 1) por definición, la ideología se opo­
ne a algo como “la verdad”; es, por decirlo así, una falsa representación;
2) la ideología es producida por un sujeto (individual o colectivo) afín
de ocultar la verdad, y por ende la tarea del analista consiste en expo­
ner esta falsa representación; y revelar que 3) la ideología es secundaria
con respecto a algo más real, cierta dim ensión infraestructural de la
cual es parásita. Foucault rechaza las tres afirmaciones.
Ya hemos aludido a los lincamientos generales de una crítica del suje­
to y la búsqueda de la certeza vista como basada en representaciones
correctas. Por consiguiente, conviene que nos concentremos brevemen­
te en el tercer punto: la cuestión de si la producción de la verdad es
epifenom énica de alguna otra cosa. Foucault describió su proyecto no
como determ inante de la verdad o falsedad de afirm aciones de la his­
toria “sino como la visión histórica de la m anera en que se producen
efectos de verdad dentro de discursos que en sí mismos no son ni ver­
daderos ni falsos”.21 Propone estudiar lo que llam a el régimen de verdad
como un componente efectivo en la constitución de prácticas sociales.
Foucault formula para ello tres hipótesis de trabajo:

1) La verdad debe entenderse como un sistema de procedimientos


ordenados para la producción, regulación, distribución, circulación
y operación de enunciados. 2) La verdad está vinculada en una rela­
ción circular con sistemas de poder que la producen y sostienen, y con
efectos de poder que induce y que la extienden. 3) Este régimen no es
meramente ideológico o superestructural; fue una condición de la for­
mación y desarrollo del capitalismo.22

Exploraremos algunas de las im plicaciones de estas hipótesis de traba­


jo en las tres secciones siguientes del artículo.

F o u c a u lt , “T r u t h a n d P o w e r ”, pp. 1 3 1 - 1 3 3 .
Ibid , p. 1 3 3 .

182
Com o creo que algu na vez dijo M ax W eb e r, los c ap italistas del
• 1r> XVII eran no sólo hombres económ icos que com erciaban y con s­
truía11 barcos. También m iraban las pinturas de R em brandt, trazaban
mapas del mundo, ten ían concepciones m an ifiestas de la n aturaleza
¿e otros pueblos y se preocupaban m ucho acerca de su propio d esti­
no Estas representaciones eran fuerzas vigorosas y efectivas en lo que
eran y cómo actuaban. Se abren muchas posibilidades al pensam iento
la acción si seguimos a R orty y abandonam os la epistem ología (o al
menos la vemos como lo que h a sido: un im po rtante m ovim iento c u l­
tural de la sociedad occid en tal) y seguimos a Foucault cuando ve al
poder como productor e im pregnador de relacio n es sociales y origen
de la producción de verdad en nuestro actu al régim en de poder. A q u í
presento algunas conclusiones iniciales y estrategias de investigación
que podrían deducirse de este análisis de la epistem ología. S im p le ­
mente las enumero antes de pasar a las recien tes discusiones en an tro ­
pología sobre la mejor m anera de describir al otro.

1. La epistemología debe verse como un aco ntecim iento histórico:


una práctica social característica, entre m uchas otras, articu lad a ele
nuevas maneras en la Europa del siglo X V I I .
2. No necesitamos una teoría de las epistem ologías indígenas o una
nueva epistemología del otro. Reheríam os prestar atención a nuestra
práctica histórica de proyectar nuestras prácticas culturales en el otro;
en el mejor de los casos, la tarea es mostrar cóm o, cuándo y a través
de qué medios culturales e institucionales otras personas com enzaron
a reclamar la epistemología para sí.
3. Es necesario que antropologicem os O ccid en te: m ostrar cuán
exótica ha sido su constitución de la realid ad ; poner de reliev e los
dominios cuya universalidad se da más por sentada (esto in clu ye la
epistemología y la econom ía); hacer que parezcan tan históricam ente
peculiares como sea posible; mostrar de qué m anera sus pretensiones a
la verdad se vinculan con prácticas sociales, razón por la cual se co n ­
virtieron en fuerzas sociales efectivas en el m undo social.

18 í
4. Tenem os que pluralizar y diversificar nuestros enfoques: un pas0
fundam ental contra la hegem onía económica o filosófica es diversi
ficar los centros de resistencia; evitar el error de una esencialización
invertida; el occidentalism o no es un remedio para el orientalismo.

La escritura de textos etnográficos: la fantasía de.la biblioteca

Cuando los conceptos se m ueven a través de los lím ites de las dis­
ciplinas, se produce una curiosa brecha tem poral. El momento en
que la profesión histórica descubre la an tropo lo gía cultural en la
(poco re p rese n tativ a) persona de Clifíord G eertz es precisamente
el m omento en que éste es cuestionado en antropología (uno de los
temas recurren tes del sem inario de Santa Fe que dio origen a este
volumen —W riti ng C ultur e—). Del mismo modo, los antropólogos (o
por lo menos algunos de ellos) descubren hoy nuevas creaciones y se
ven impulsados hacia ellas por la infusión de ideas provenientes de la
crítica literaria deconstruccionista, cuando ésta ha perdido su energía
cultural en los departamentos de literatura y Derrida descubre la polí­
tica. A unque hay muchos portadores de esta hibridación (muchos de
ellos presentes en el seminario, como fue el caso de Jam es Boon, Step-
hen W ebster, Jam es Siegel, Jean-P au l Dumont y Jean Jam in), sólo,
hay un “profesional”, por decirlo así, en la m uchedumbre. En efecto,
mientras todos los mencionados son antropólogos practicantes, James
Clifford ha creado y ocupado el papel de escriba ex officio de nuestros
garrapatees. Geertz, la figura fundadora, puede hacer una pausa entre
monografías para reflexionar sobre textos, narraciones, descripciones e
interpretaciones. Clifford adopta corno nativos, así como informantes,
a los antropólogos del pasado y el presente cuya obra, autoconsciente-
mente o no, ha consistido en la producción de textos, la escritura de
etnografía. Somos observados y registrados.
A prim era vista, la obra de Jam es Clifford, como la de otros de los
colaboradores de este volumen (Writing Culture), parece seguir natu-
los pasos del giro interpretativo de Geertz. H ay sin embargo
j a lm e n t e
yna diferencia fundam ental. Geertz (como los demás antropólogos)
aún dirige sus esfuerzos hacia la reinvención de una cien cia antropo­
lógica con la ayuda de mediaciones textuales. La actividad central es
todavía la descripción social del otro, aunque m odificada por nuevas
concepciones del discurso, el autor o el texto. Para Clifford, el otro es
la representación antropológica del otro. Esto significa que tiene un
control más firme de su proyecto y, a la vez, una posición más parasi­
taria. Puede inventar sus cuestiones con pocas restricciones; debe ali­
mentarse constantem ente de los textos de otros.
Esta nueva especialidad se en cu en tra actualm ente en proceso de
autodefinición. El primer paso para legitim ar un nuevo enfoque es sos­
tener que tiene un objeto de estudio, preferentemente importante, que
antes pasó inadvertido. Como paralelo a la afirmación de Geertz de
que los balineses interpretaban desde el principio sus riñas de gallos
com o textos culturales, Clifford sostiene que los antropólogos han esta­
do experimentado con formas de escritura aunque no lo supieran. El
g ir o interpretativo de la antropología ha dejado su señal (con la produc­

ción de un cuerpo significativo de obras y su cuasi establecim iento como


unasubespecialidad), pero todavía no está claro sí el giro deconstructivo
semiótico (una etiqueta reconocidamente vaga) es una liberación salu­
dable, la apertura a nuevas y estim ulantes obras de la mayor importan­
cia o una táctica en el campo de la política cultural que debe entenderse
primordialmente en términos sociológicos. Como sin duda es lo primero
[“una liberación saludable”] y lo tercero [“una táctica en el campo de la
política cultural”], merece un exam en más minucioso.
En su ensayo “La fantasía de la biblioteca”,Zí M ichel Foucault juega
hábilmente con la progresión ele usos que Flaubert hizo a lo largo de su
vida de la fábula ele la tentación ele san A ntonio. Lejos de ser los pro­

23 Foucault, “Tile- F antasía of the L ib rare ”, en Dónale! Bouchard (co m p .), Lan g ua g e,
Counter-Memoi's, P r a c t i c e , Ithaca, t 'o r n e i l U n i v e r s i t y Press, 1977.

185
ductos ociosos de una fértil im aginación, las referencias de Flaubert a
la iconografía y la filología en sus versiones aparentem ente fantasma­
góricas de las alucinaciones del santo eran exactas. Foucault nos mues­
tra cómo, a lo largo de su vida, aquél retornó a esta escenificación de
la experiencia y la escritura, y la usó como un ejercicio ascético tanto
para producir como para m antener a raya a los demonios que asedian
el mundo de un escritor. No fue accidental que Flaubert terminara su
vida de escritor con esa monstruosa colección de lugares comunes que
es Bouvard et Pécuchet. C om entario constante sobre otros textos, esta
novela puede leerse como una exhaustiva dom esticación de la textua-
lidad en un ejercicio autónomo de ordenam iento y catalogación: la
fantasía de la biblioteca.
En favor del argumento, yuxtapongam os la antropología interpre­
tativa de Clifford Geertz a la m etaantropología textu alista de James
Clifford. Si Geertz aún procura conjurar y capturar los demonios del
exotismo —estados teatralizados, juegos de sombras, riñas de gallos- a
través de su uso lim itado de las escenificaciones ficcionalizadas en
que pueden presentarse ante nosotros, el rumbo textualista/decons-
tructivo se arriesga a inventar sistem as de clasificación cada vez más
inteligentes para los textos de los otros, y a im aginar que todo el resto
del mundo se esfuerza duramente por hacer lo mismo, temeroso de que
el argumento tome su propio cam ino. Debo destacar que no digo con
esto que la empresa de Clifford haya sido hasta el presente todo menos
saludable. La elevación de la c o n cien cia antropológica acerca del
modo textual de operación de la propia antropología estuvo largamen­
te demorada. Pese a admitir ocasionalm ente el carácter ineluctable de
la ficcionalización, Geertz nunca llevó demasiado lejos esa intuición.
El punto parece haber necesitado una m etaposición para demostrar
claramente su verdadera fuerza. La voz de la b iblioteca del campus
ha sido saludable. Lo que quiero hacer brevemente en esta sección es
volver la mirada, observar nuevam ente a este etnógrafo de etnógrafos,
sentado al otro lado de la mesa ele un café y, con el uso de sus propias
categorías descriptivas, exam inar sus producciones textuales.

186
El tema central de Clifford h a sido la construcción tex tu al de la
autoridad antropológica. El principal instrum ento literario empleado
en las etnografías, el “estilo indirecto lib re”, fue bien analizado por
Sperber24 y no es necesario reiterar ese análisis aquí. La revela­
ción de que los antropólogos escriben utilizando con vencion es lite ­
rarias, aunque interesante, no es intrín secam ente generadora de una
crisis. Muchos sostienen hoy que la ficció n y la cien cia no son tér­
minos opuestos sino com plem entarios.25 S e han hecho progresos en
nuestra conciencia de la cualidad ficcio n al (en el sentido de “elabo­
rada”, “fabricada”) de la escritura antropológica y en la integración de
sus modos característicos de producción. La autoconciencia del estilo,
la retórica y la d ialéctica en la producción de textos antropológicos
debería conducirnos a un conocim iento más fino de otras m aneras de
escribir, más im aginativas.
Clifford, sin embargo, parece d ecir algo más. En sustancia, sostie­
ne que, desde M alinowski en ad elan te, la autoridad antropológica ha
descansado sobre dos pilares textuales. U n elem ento de la exp erien­
cia—“yo estuve a llí”—establece la autoridad única del antropólogo; su
supresión en el texto establece su autoridad cien tífica.26 Clifford nos
muestra este mecanism o en funcionam iento en el famoso artículo de
Geertz sobre la riña de gallos:

El proceso de investigación está separado de los textos que genera y


del mundo ficticio para evocar el cual están hechos. La realidad de las
situaciones discursivas y de los interlocutores individuales se trasluce.

24 Sperber, “E th n o g r a p h ie in te r p r é ta tiv e et a n th r o p o lo g ie t h é o r iq u e ”, en Le s a v o i r
des anthro pol og ues , Paris, H e r m a n n , 1982, pp. 1 3-48.
25 De C erteau, “H isto ry : Ethics, S c i e n c e , a n d F i c t i o n ”, en R. B e l l a h , P. R a b in o w y
W. Sullivan (co m p s.), S o c i a l Science as M o r a l I n q u i r y , N u e v a York, C o l u m b i a U n i v e r ­
sity Press 1983, pp. 1 7 3 -2 0 9 .
26 La im portancia d e este doble m o v im ie n t o es u n o de los a r g u m e n to s c e n t r a le s ole
mi Reflections on F i e l d w o r k i n Morocco.

187
[...] Los aspectos dialógicos y situacionales de la interpretación etno­
gráfica tienden a proscribirse en el texto representativo final. No ínte­
gramente, desde luego; existen topoi aprobados para la descripción del
proceso de investigación.27

Clifford presenta como paradigm ática la “fábula conmovedora” de


Geertz: el antropólogo establece que estuvo a llí y luego desaparece del
texto.
Con su propio género, C li ff o rd hace un movim iento paralelo. Así
como Geertz hace una reverencia a la autorreferencialidad (con lo
que establece una dim ensión de su autoridad) y luego (en nombre de
la cien cia) elude sus consecuencias, del mismo modo Clifford habla
mucho sobre la ineluctabilidad del diálogo (con lo que establece el
carácter “abierto” de su autoridad), pero en sí mismos sus textos no
son dialógicos. Están escritos en un estilo indirecto libre modificado.
Evocan un tono de “yo estuve allí, en la coiavención antropológica”, al
mismo tiempo que m antienen coherentemente una distancia flauber-
tiana. Ni Geertz ni Clifford logran usar la autorreferencialidad como
algo más que un m ecanism o para establecer la autoridad. La reveladora
lectura que hace Clifford de la riña de gallos de Bali como una cons­
trucción panóptica plantea este argumento de manera persuasiva, pero
él mismo comete igual omisión en otro nivel. Lee y clasifica, describe
una intención y establece un canon; pero su propia escritura y situa­
ción quedan sin ser exam inadas. Señalar la postura textual de Clifford
no invalida, desde luego, sus intuiciones (del mismo modo que su lec­
tura de bis pasos textuales de Malinowski no invalida el análisis de los
kulas). Sólo las sitúa. Pasamos de la tienda llena de nativos en las Tro-
briands al escritorio de la biblioteca del cam pus.2''

'• G eertz, Local K n o w l e d g e , N u e v a York, Basic B oo ks, 198 3, p. 132.


Q u ie r o agradecer a A r j u n A p p ad u rai por su a y u d a en la clarificació n de éste y
otros puntos.

188
Un paso esencial en el establecim iento de la legitimidad discip li­
naria o subdisciplinaria es la clasificación. C lifford propone cuatro
tipos de escritura antropológica, que aparecieron en un orden aproxi­
madamente cronológico. O rganiza su artículo “O n Ethnographic A u t­
hority”29 en torno de esta progresión, pero tam bién afirma que ningún
modo de autoridad es m ejor que los demás. “Los modos de autoridad
revisados en este artícu lo —ex p erien cial, in terp retativo , dialógico,
polifónico—son accesibles a todos los escritores de textos etnográfi­
cos, occidentales y no occiden tales. N inguno es obsoleto, ninguno
es puro: dentro de cada paradigm a hay lugar para la invención”.’’0 La
conclusión está a contrapelo de la retórica del artículo. Esta tensión es
importante y volveré a ella más adelante.
La tesis principal de Clifford es que la escritura antropológica te n ­
dió a suprimir la dim ensión dialógica del trabajo de campo, dando
pleno control del texto al antropólogo. El grueso de su obra se co n ­
sagró a mostrar de qué m aneras podría rem ediarse, mediante nuevas
formas de escritura, esta elim in ació n textu al de lo dialógico. Esto
lo lleva a leer como m onológicos y vinculados en términos gen era­
les con el colonialism o los modos experiencial e interpretativo. “La
antropología in terp retativ a [•■•] en sus ten d en cias realistas más en
boga [...] net escapa a las censuras generales de lets críticos de la repre­
sentación ‘colon ial’ que, desde 1950, han rechazado lets discursos que
describen las realidades culturales de otros pueblets sin petner en ries­
go su propia realidad”. ’1 S ería sencillo, al leer esta declaración, con-
siderar que prefiere algunos “paradigm as” a ettros. Es perfectam ente
posible que el mismo Clifford sea am bivalente. S in embargo, habida
cuenta de sus propias elecciones interpretativ as, está claro que carac­

29 En C l if f o r d , “O n E t h n o g r a p h i c A u t h o r i t y ”, R e p r e s e n t a t i o n s , 1.2, 1 9 8 3 , pp.
118-146.
30 Ibid., p. 142.
31 Ibid., p. m .

189
teriza algunos modos como “em ergentes” y con ello como témpora
riamente más im portantes. S i se usa una g rilla de interpretación qUe
destaque la supresión de lo dialógico, es d ifícil no leer la historia de
la escritura antropológica como una progresión aproxim ada hacia la
textualidad dialógica y polifónica.
Tras haber presentado los primeros dos modos de autoridad etno­
gráfica (exp erien cial y realista/ in terp retativo ) en térm inos que en
gran m edida son negativos, Clifford pasa a una descripción mucho
más entusiasta del otro conjunto (dialógico y heteroglósico). Dice al
respecto: “Los paradigmas dialógicos y constructivistas tienden a dis­
persar o repartir la autoridad etnográfica, en tanto que los relatos de
iniciación confirm an la com petencia especial del investigador. Los
paradigmas de experiencia e interpretación ceden su lugar a paradig­
mas de discurso, diálogo y polifonía”.32 La afirm ación de que estos
modos están triunfando es em píricam ente dudosa; como lo señala
Renato Rosaldo: “No hay un tropel que los siga”. No obstante, es evi­
dente que existe un interés considerable en tales asuntos.
¿Qué es dialógico? En principio, Clifford parece usar el término en
un sentido literal: un texto que presenta dos sujetos en un intercambio
discursivo. El “registro bastante literal”33 que hace Kevin Dwyer de los
intercambios con un agricultor marroquí es el prim er ejemplo mencio­
nado de un texto “dialógico”. Sin embargo, una página más adelante
Clifford agrega: “Decir que una etnografía está compuesta de discursos
y que sus diferentes com ponentes están dialógicam ente relacionados
no significa decir que su forma textual deba ser la de un diálogo lite­
ral”.34 Ofrece descripciones alternativas, pero no llega a una definición
final. Por consiguiente, las características determ inantes de! género
siguen siendo poco claras.

C lifford, “O n E th n o g rap h ic A u t h o r i t y ”.
” Ibid., P. 1 34.
H Ibid., P . 1 35.

190
“Pero si la autoridad interpretativa se basa en la exclusión del diá-
logo 1° contrar^° tam bién es cierto: una autoridad puram ente dialó-
. reprime el hecho in e lu d ib le de la te x tu aliz ac ió n ”, se apresura
a recordarnos Clifford.33 Esto se ve confirm ado por el inquebranta­
ble distanciam iento de Dwyer con respecto a lo que percibe como
las tendencias textu alistas de la an tropo lo gía. La oposición de lo
interpretativo y lo dialógico es difícil de captar: varias páginas más
a d e l a n t e , C lifford elo gia al m ás renom brado re p rese n ta n te de la
hermenéutica, H ans-G eorg G adam er, cuyos texto s ciertam ente no
contienen diálogos directos, por aspirar a un “dialogism o radical”.36
Por último, Clifford asevera que los textos dialógicos son, después de
todo, textos, meras “rep resen tacio n es” de diálogos. El antropólogo
conserva su autoridad como sujeto constituyente y representante de
la cultura dom inante. Los textos dialógicos pueden ser tan escenifica­
dos y controlados como los exp erienciales o interpretativos. El modo
n o brinda garantías textuales.
Finalmente, más allá de los textos dialógicos se encuentra la hete-
roglosia: “un carnavalesco ám bito de diversidad”. Tras los pasos de
Mijail B ajtin, Clifford señala la obra de D ickens como un ejemplo
del “espacio polifónico” que podría servirnos como modelo. “Dickens,
el actor, el ejecutante oral y pol¡fónico, se contrapone a Flaubert, el
amo del control autoral que se m ueve a la m anera de un dios entre los
pensamientos y sentim ientos de sus personajes. La etnografía, como
la novela, lucha con estas altern ativ as”. S i los textos dialógicos caen
víctimas de los males del ajuste etnográfico totalizador, tal vez no
suceda lo mismo, entonces, con los aun más radicalm ente heterogló-
sicos: “La etnografía es invadida por la heteroglosia. Si se les otorga
un espacio textual autónomo y se los transcribe en una extensión sufi­
ciente, los enunciados indígenas tienen sentido en términos diferentes

35 Ibid., p . 1 M .
36 Ibid., p . 1 4 2 .
37 ¡bid., p . 1 M .

191
de los del etnógrafo ordenador. [...] Esto sugiere una estrategia textual
alternativa, una utopía de la autoría plural que concede a los colabo­
radores no m eram ente el estatus de enunciadores independientes, sino
el de escritores”.38
Pero Clifford agrega de inm ediato: “Las citas siem pre son puestas
en escena por el que cita [...] una polifonía más radical sólo despla­
zaría la autoridad etnográfica, pero seguiría confirm ando la virtuosa
orquestación fin al de todos los discursos por parte de un solo autor
en su texto”.39 N uevas formas de escritura, nuevos experim entos tex­
tuales, darían acceso a nuevas posibilidades, sin garantizar ninguna.
Esto inquieta a C lifford. Avanza. M om entáneam ente entusiasmado
con lo dialógico, de inm ediato restringe su elogio. Nos llev a a la
heteroglosia: seducidos —a lo largo de un párrafo—hasta que vemos
que ésta tam bién, ¡a y !, es escritura. Clifford termina su artículo pro­
clamando: “He sostenido que esta im posición de co h eren cia a un
proceso textual in d ó cil es hoy, in elu d ib lem en te, una cuestión de
elección estratégica”.40
Su presentación m uestra con claridad una progresión aun cuando,
al final del artículo, se trate de una progresión puram ente decisionis-
ta. Sin embargo, Clifford niega de m anera explícita toda jerarquía.
En un principies c reí que esto era una m era inconsistencia, una ambi­
valencia o la encarnaciérn de una tensfon irresuelta pero creativa.
Ahora creo que C lifford, como todos los demás, está “d a n s le vrai".
Nos encontramos ven un momento discursivo en que las intenciones
del autor han sido elim inadas o subestim adas en el pensam iento crí­
tico reciente. En su lugar, nos hemos visto llevados a cuestionar las
estructuras y los perfiles de diversos modos de escritura p e r se. Fredric
jameson identificó varios elem entos de la escritura posmoderna (por

" C l i f f o r d , “ O n E t h n o p r a p h i c A u t h o r i t y ” , P- 1 4 0 .
Ihid., p. 1 3 9.
43 Ibul., p. 1 4 2 .

192
ejempl°> su rechazo de la jerarquía, el deslustre de la historia, el uso
¿ e imágenes) de una m anera que parece en cajar muy ajustadam ente
con el proyecto de Clifford.

peí modernismo al p o s m o d e r n i s m o e n an tropología

predric Jameson, en su “Postmodernism and Consumer So ciety”,41 nos


ofrece algunos puntos de partida útiles para situar las elaboraciones
recientes en la escritura antropológica y metaantropológica. Sin buscar
una definición unívoca del posmodernismo, Jameson delim ita el alcan­
ce del término al proponer una serie de elem entos clave: su ubicación
histórica, el uso del pastiche, la im portancia de las imágenes.
Jameson ubica el posmodernismo cultural e históricam ente no sólo
como un término estilístico sino como un indicador de período. Con
ello, procura aislar y correlacionar rasgos de producción cultural de
los años sesenta con otras transformaciones sociales y económicas. El
establecimiento de criterios analíticos y su correlación con los cam ­
bios socioeconómicos es muy prelim inar en su tratamiento: poco más
que un indicador de lugares. Sin embargo, vale la pena indicar el lugar.
Jameson define el capitalism o tardío como el momento en que “se eli­
minan por fin los últimos vestigios de la naturaleza que sobrevivían en
el capitalismo clásico: a saber, el tercer mundo y lo inconsciente. Los
años sesenta serán entonces el período decisivo de transformaciones
en que esta reestructuración sistémica se produce a escala m undial”.42
No es éste el lugar adecuado para defender o criticar la periodización
de Jameson, que éste reconoce como p rovisio nal. Señalem os sim ­

41 Jam e so n , “P o stm o d e rn ism and C o n su m e r S o c i e t y ”, cn H. Foster ( c o m p .) . T h e


Anti-Aesthetic Ess ay s o n P o s t m o d e r n C u l t u r e , Port T o w n s e n d , W a sh ., Ray Press, 1 9 8 ?,
pp. 1 11-12 5.
41 Ibid., p. 207.

193
plemente que nos brinda la oportunidad de analizar los cambios en
las formas representacionales dentro de un contexto de tendencias
occidentales que conducen a la situación actual de quienes no elabo­
ran las descripciones de un modo vuelto h acia el pasado, m ediante el
establecimiento de conexiones textuales con escritores de contextos
muy diferentes, lo que frecuentem ente suprime las diferencias. Por esa
razón, la adoptaremos como heurística.
Los diversos posmodernismos en form ación durante los años sesen­
ta surgieron, al menos en parte, como reacción contra los anterio­
res movimientos m odernistas. El m odernismo clásico, para usar una
expresión que ya no constituye un oxím oron, surgió en el contexto del
alto capitalismo y la sociedad burguesa y se enfrentó a ellos: “apareció
dentro de la sociedad com ercial de la era dorada como escandaloso y
ofensivo para el público de clase m edia: feo, disonante, sexualmen-
te chocante [...], subversivo”.43 Jameson contrasta el cariz modernista
subversivo de principios del siglo X X con la naturaleza desjerarquizante
y reactiva de la cultura posmoderna:

Los estilos antaño subversivos y combativos —el expresionismo abs­


tracto; la gran poesía modernista de Pound, Eliot o W allace Stevens;
el estilo internacional (Le Corbusier, Frank Lloyd W right, Mies);
Stravinsky; Joyce, Proust y Mann—, que nuestros abuelos percibían
como escandalosos o chocantes, son considerados por la generación
que se presenta en el escenario en la década de 1960 como el esta-
blishment y el enemigo: muertos, asfixiantes, canónicos, monumentos
cosificados que hay que destruir para hacer algo nuevo. Esto significa
que habrá tantas formas diferentes de posmodernismo como hubo en
su momento altos modernismos, dado que los primeros son, al menos
inicialmente, reacciones específicas y locales contra esos modelos.44

4’ Jameson, “P o stm o d crn ism and C o n su m e r S o c i e i y ”, p. 124.


44 Ibid., p p . 1 1 1 - 1 12.

194
jámeson, de m anera sim ilar a H aberm as,45 cree evid en tem en te que
hubo importantes elem entos críticos en el m odernismo. A un que pro-
hableniente diferirían con respecto a lo que fueron, ambos estarían de
a c u e r d o en que, en un sentido im portante, el proyecto de la m o dern i­

dad está inconcluso, y vale la pena fortalecer algunos de sus rasgos (su
i n t e n t o de ser crítica, secular, an ticap italista, racional).
Yo agregaría que si surgió en la década del sesenta como una reac­
ción a la canonización académ ica de los grandes artistas m odernistas, el
posmodemismo, que se movió rápidam ente, logró ingresar por sí mismo
en las academias en los años ochenta. Fue exitosam ente dom esticado y
se adocenó a través de la proliferación de esquemas clasificatorios, la
construcción de cánones, el establecim iento de jerarquías, la aten u a­
ción del comportam iento ofensivo y la acep tació n de las norm as u n i­
versitarias. A sí como ahora hay en N ueva York galerías de arte para
losgraffiti, también se escriben tesis sobre ellos, la brea k -d ance, etc., en
la mayoría de los departam entos vanguardistas. A un la Sorbona ad m i­
tió una tesis sobre David Bowie.46
¿Qué es el posmodernismo? El prim er elem en to es su u b icació n
histórica como contrarreacción al modernism o. Jameson, e x ten d ié n ­
dose más allá de la hoy ya “clásica” d efinición de Lyotard47 —el fin de
las metanarrativas—, define su segundo elem en to como p astich e. La
definición del diccionario —“1) U na com posición artística extraíd a de
diversas fuentes; 2) m escolanza”—no es suficiente. Pound, por ejem ­
plo, recurrió a fuentes diversas. Jameson ap un ta a un uso del pastiche
que ha perdido sus asideros normativos, y en el que todo lo que h ay es
el revoltijo de elem entos. La mescolanza [hodge p o d g e ] se define como
“una mixtura desordenada y confusa”, pero proviene del francés Loche-
pot, una clase de guiso, y en ello radica la diferencia.

4> H a b e r m a s , “M o d e r n i t y - A n I n c o m p le to P r o j e c t ”, e n H. F oster ( c o m p . ) , T h e
Anti'Aesthetic Essays o n P o s t m o d e r n Culture, pp. 3-1 5.
46 S eg ú n lo informó Le N ( n i v e l O h s e r v a t e u r , 16 a 22 d e n o v ie m b r e de 1984-
47 Lyotard, La c o n di t i t m p o s m o d e m e , París, É dirio n s d e M in u it , 1979.

195
Joyce, H em ingway, W oolf et al. comenzaron con la noción de una
subjetividad interiorizada y distin tiva que se inspiraba en el discurso
y la identidad normales a la vez que se m antenía a distancia de ellos
Había “una norm a lingüística en contraste con la cual los estilos de
los grandes m odernistas”48 podían atacarse o alabarse, pero en nin­
guno de los dos casos calibrarse. ¿Qué pasaba, empero, si se quebraba
esa tensión entre la normalidad burguesa y la puesta a prueba de los
limites estilísticos por parte de los modernistas, y se daba paso a una
realidad social en la cual no teníam os otra cosa que la “diversidad y
heterogeneidad estilísticas’ sin el supuesto (aunque discutible) de una
identidad o normas lingüísticas relativam ente estables? En tales con­
diciones, la postura contestataria de los modernistas perdería su vigor:
“Todo lo que queda es im itar estilos muertos, hablar a través de las
máscaras y con las voces de los estilos del museo im aginario. Pero esto
significa que el arte contemporáneo o posmodernista se referirá al arte
mismo de una nueva manera; más aun, significa que uno de sus men­
sajes esenciales implicará el fracaso necesario del arte y la estética, el
fracase) de lo nuevo, el encarcelam iento en el pasado”.4“ Me parece
que este encarcelam iento en el pasado es muy diferente del histori-
cismo. El posmodernismo va más allá del (que hoy parece ser un casi
consolador) extrañam iento del historicismo que, desde cierta distan­
cia, observaba otras culturas como totalidades. La d ialéctica del yo y
el otro puede haber producido una relación alienada, pero que tenía
normas, identidades y relaciones definibles. En la actualidad, más allá
del extrañamiento y el relativism o, se encuentra el pastiche.
Para ejem plificarlo, Jameson elabora un análisis de los films de la
nostalgia. Películas contem poráneas de ese tipo, como Barrio chino
[Chmntoienl o O ue rpo s ardientes \Body HeatJ se caracterizan por una
“estilización retrospectiva”, bautizada “mode retro” por los críticos fran-

+'Jam eson, “Posn n o dern ism an d Cá m s u m e r Society", p. 1 14-


'"Ihid.. PP. 1 15 -1 1 6.

196
ceses. En oposición a los films históricos tradicionales que procuraban
recrear la ficción de otra era como otra, los de la “m o d e r é t r o ” tratan
¿e evocar un tono sensible m ediante el uso de artefactos precisos y
dispositivos estilísticos que desdibujan los límites temporales. Jameson
señala que los recientes films de la nostalgia a menudo transcurren en
el presente (o, como en el caso de La g u err a de las galaxias [Star Wars],
en el futuro). U na proliferación de m etarreferencias a otras repre-
sentaciones ach ata y vacía sus con ten ido s. Uno de sus principales
mecanismos consiste en recurrir abundantem ente a argumentos más
antiguos: “El plagio alusivo y elusivo de argumentos más antiguos tam­
bién es, desde luego, un rasgo del p astich e”.50 Estas películas procuran
no tanto negar el presente sino desdibujar la especificidad del pasado,
confundir la lín ea entre pasado y presente (o futuro) como períodos
diferenciados. Lo que hacen es representar nuestras representaciones
de otras épocas. “S i queda aquí algún realismo, es un ‘realism o’ que
surge de la conm oción de captar ese confinam iento y darse cuenta de
que, cualesquiera sean las razones específicas, parecemos condenados
a buscar el pasado histórico a través de nuestras imágenes y estereoti­
pos populares acerca de ese pasado, que en sí mismo se mantiene-para
siempre fuera de alcan ce”.11 Según me parece, esto describe un enfo­
que que considera como su principal problema la elección estratégica
de representaciones de representaciones.
Aunque Jam eson escribe sobre la conciencia histórica, la misma
tendencia está presente en la escritura etnográfica: los antropólogos
interpretativos trabajan con el problem a de las representaciones de las
representaciones de otros, los historiadores y metacríticos de la antro­
pología con la clasificación, canonización y “puesta a disposición” de
representaciones ele representaciones ele representaciones. El achata-
miento histórico constatado en el pastiche de los films de la nostalgia

'°¡bid., p. [ ] 7.
ibicl., p. 1 I8.

197
reaparece en el achatam iento m etaetnográfico que hace de todas 1^
culturas del mundo practicantes de la textualidad. En estas narracio­
nes, los detalles son precisos, las im ágenes evocadoras, la neutralidad
ejemplar y el modo retro.
Para Jam eson, el último rasgo del posmodernismo es la “textuali­
dad”. Con el recurso a ideas lacan ian as sobre la esquizofrenia, señala
que una de las características definidoras del m ovim iento textual es
el derrumbe de la relación entre significantes: “la esquizofrenia es una
experiencia de significantes m ateriales aislados, desconectados y dis­
continuos que no logran vincularse en una secuencia coherente [...]
un significante que ha perdido su significado se convierte con ello en
una imagen”.52 A unque el uso del térm ino esqu izofrénico oscurece en
vez de ilum inar, el argumento es revelador. Una vez que el significan­
te queda liberado de la preocupación por su relación con un referente
externo, no flota absolutam ente al m argen de toda referencialidad;
antes bien, otros textos, otras im ágenes se convierten en su referente.
Para Jameson, los textos posmodernos (aquí habla de los poetas del
lenguaje) efectúan un movim iento paralelo: “Sus referentes son otras
imágenes, otro texto, y la unidad del poema no está en modo alguno
en el texto sino fuera de él, en la unidad lim itada de un libro ausen­
te”.51 Estamos de regreso en la “Fantasía efe la b iblioteca”, esta vez no
como parodia am arga sino como pastiche celébratorio.
N aturalm ente, esto no significa que podamos resolver la actual cri­
sis de la representación m ediante un “cúmplase”. El retorno a modos
anteriores de representación no autoconsciente no es una posición
coherente (aunque la noticia todavía no ha llegado a la mayoría de
los departamentos de antropología). Pero tampoco podemos resolverla
ignorando las relaciones de las formas representacionales y las prác­
ticas sociales. Si intentam os elim in ar la referencialidad social, otros

Jameson, “Postinodernisin and C on su m cr S o c ic ty ”, p. 120.


I b i d p. 12 3.

198
re fe re n te s ocuparán e l lugar vacío. A sí, la contestación del inform ante
m a rro q u í de Dwyer (cuando se le preguntó qué parte del diálogo entre
e l l o s le había interesado más), que no le había interesado una sola

p r e g u n t a hecha por éste, no es perturbadora en la m edida en que otros


a n t r o p ó l o g o s lean el libro y l o incorporen a su discurso. Pero, desde

l u e g o , ni Dwyer ni Clifford podrían sentirse satisfechos con esa res-

p u e s t a - Sus intenciones y sus estrategias discursivas divergen entre sí.

Las últimas son las que parecen haber perdido el cam ino.

Comunidades interpretativas, relaciones de poder ética ,


Los jóvenes conservadores [...] reclaman como suyas las reve­
laciones de una subjetividad descentradora, emancipada de
los imperativos del trabaje) y la utilidad, y con esta experiencia
salen del mundo moderno. [...] Trasladan a la esfera de lo leja­
no y lo arcaico los poderes espontáneos de la imaginación, la
autoexperiencia y la emoción.

Jurgen Habermas, “Modernity-An Incomplete Project”

Una serie de escritos importantes de la ríltim a década exploraron las


relaciones históricas entre la m acropolítica m undial y la antropología:
Occidente versus El Resto; Im perialism o; C olonialism o; N eocolonia-
lismo. Obras que van desde la de T a lal A sad sobre el colonialism o y
la antropología hasta la de Edwarcl Said sobre el discurso occidental y
el otro han puesto firmemente estas cuestiones en la agenda del debate
contemporáneo. S in embargo, como señ ala T alal Asad en su artícu­
lo para este volum en ( Writing C u l t u r e ) , esto no sign ifica en modo
alguno que esas condiciones económ icas m acropolíticas h ayan sido
afectadas sensiblem ente por lo que ocurre en los debates antropológi­
cos. También sabemos hoy mucho acerca de las relaciones de poder y
discurso vigentes entre el antropólogo y las personas con quienes tra­

199
baja. T anto las m acrorrelaciones como las microrrelaciones de poder y
discurso entre la antropología y su otro están en definitiva abiertas a la
investigación. Sabemos que vale la pena plan tear algunas de las cues­
tiones y que se ha hecho de su formulación una parte de la agenda de
la disciplina.
Las m etarreflexiones sobre la crisis de la representación en los
escritos etnográficos indican un alejam iento de la concentración en
las relaciones con otras culturas, en beneficio del interés (no terna-
tizado) por las tradiciones de la representación y las metatradiciones
de la m etarrepresentación en nuestra cultura. He estado usando la
m etaposición de Clifforel como piedra de toque. Este no habla primor­
dialm ente de las relaciones con el otro, excepto cuando se dirimen a
través de su preocupación an alítica central los tropos y las estrategias
discursivas. Esto nos enseñó cosas importantes. Afirmé, pese a ello,
que este enfoque contiene un interesante punto ciego, un rechazo de
la autorreflexión. El análisis de Fredric Jameson acerca de la cultura
posmoderna se presenté) como un tipo de perspectiva antropológi­
ca sobre c\ste desarrollo cultural. Bien o mal (m ás bien que mal, en
mi opinión), Jameson sugiere maneras de pensar la aparición de esta
irueva crisis de la representación como un acontecim iento histórico
con sus propias coacciones históricas específicas. En otras palabras,
nos perm ite ver que- en aspectos importantes no compartidos por otras
posturas críticas (que tienen sus propios y característicos puntos cie­
gos),.el posmodernista está ciego a su situación y a la calidad de ésta
porque, como posm odernista, está comprometido con una doctrina
de la parcialidad y el flujo para la cual aun cosas tales como la propia
situación son tan inestables, tan carentes de identidad, que no pueden
servir como objetos de tina reflexión sostenida.""1 El pastiche posmo-
dernista es tanto una posición crítica como tina dimensión de nuestro
múñelo contem poráneo. El análisis ele Jam eson nos ayuda a alcanzar

1_t Q u ie r o a g rad e c er a J a m e s F au b io n por señ alarm e este aspecto.

200
comprensión de nuestras interconexiones, con lo que se evitan a
jg vez la nostalgia y el error de universalizar u ontologizar una situa­
c ió n histórica muy particular.
En mi opinión, las apuestas en los debates recientes acerca de la
e s c r i t u r a no son directam ente políticas en el sentido convencional

del término. En otra parte55 sostuve que la po lítica involucrada es la


cadémica, y que en este n iv el no ha sido explorada. La obra de Pierre
B o u r d i e u sirve de ayuda para plantear cuestiones sobre la política de

la cultura.56 Bourdieu nos ha enseñado a exam inar en qué campo del


poder y desde qué posición en ese campo escribe cualquier autor dado.
Su nueva sociología de la producción cultural no procura reducir el
conocimiento a la posición social o el interés p e r se sino, antes bien,
situar todas estas variables dentro de las com plejas coacciones —lo que
d e n o m i n a el habitus- en que dichas variables se producen y reciben.
Bourdieu presta una atención especial a las estrategias de poder cu l­
tural que progresan m ediante la negación de su asociación con fines
políticos inm ediatos, con lo que acum ulan tan to capital sim bólico
como una “alta ” posición estructural.
Su obra nos conduciría a sospechar que las proclam aciones acadé­
micas de anticolonialism o, si bien admirables, no representan toda la
historia. Estas proclam aciones deben verse como movimientos p o lí­
ticos dentro de la comunidad académ ica. Ni Clifford ni ninguno de
nosotros escribe a fines de los años cincuenta. Sus audiencias no son
ni funcionarios coloniales ni quienes trabajan bajo la égida del poder
colonial. Nuestro campo p o lítico es más conocido: la academ ia de
los años ochenta. De allí que el hecho de situar la crisis de la repre­
sentación dentro del contexto de la ruptura de la descolonización es,
si no exactam ente falso, dada la forma en que se lo maneja, funda­

55 Rabinovv, “Discourse on Pow er: O n the Limits of E th n o g r a p h ic T e x t s ”, D i a l e c t i ­


cal A n t h r o p o l o g y , en prensa.
56 B ourdieu, Distinction, C a m b r id g e , M ass., Harvard U n iv e r s i t y Press,1084.

201
mentalmente marginal a la cuestión. Es cierto en la medida en que ^
antropología reflexiona sin duda sobre el curso de los acontecimientos
mundiales más amplios, y específicam ente sobre las relaciones his­
tóricas cambiantes con los grupos que estudia. A firm ar que la nueva
escritura etnográfica surgió a raíz de la descolonización, sin embargo
excluye precisamente las m ediaciones que darían sentido histórico al
presente objeto de estudio.
Nos vemos obligados a considerar la p o lítica de la interpretación
en la academ ia de hoy. Preguntar si textos m ás largos, dispersivos y
de autoría múltiple rendirán beneficios en la forma de cargos podría
parecer mezquino. Pero ésas son las dimensiones de las relaciones de
poder ante las cuales N ietzsche nos exhortaba a estar escrupulosamente
atentos. No puede haber dudas sobre la existencia e influencia de este
tipo de relación de poder en la producción de textos. Estas condicio­
nes, menos llamativas aunque más directam ente apremiantes, merecen
mayor atención de nuestra parte. El tabú contra su pormenorización
es mucho más grande que las censuras contra la denuncia del colo­
nialismo; una antropología de la antropología las incluiría. A sí como
otrora hubo un nudo discursivo que impedía la discusión sobre cuáles
eran exactam ente las prácticas de trabajo de cam po que definían la
autoridad del antropólogo, nudo que hoy fue d e s a t a d o ,d e l mismo
modo ahora las m icroprácticas de la academ ia bien podrían someterse
a algún examen cuidadoso.
Otra manera de plan tear este problema es referirse a las “charlas
de pasillo”. Durante muchos años, los antropólogos discutieron infor­
malmente entre sí las experiencias del trabajo de campo. El chismerío
sobre las experiencias de campo de un antropólogo era un componen­
te importante de su reputación. Pero hasta hace poco no se escribía
“seriamente” sobre tales cuestiones. Se m antenían en los pasillos y los
clubes de las facultades. Pero lo que no puede discutirse públicamente

R a b in o w , Re fle ctions o n F i e l d w o r k in M o r o c c u .

202
no puede analizarse ni rechazarse. Los ámbitos que no pueden analizarse
qí refutarse, y que no obstante son directam ente centrales para la jerar-
•ía no deberían considerarse como inocentes o irrelevantes. Sabemos
que una de las tácticas más comunes de un grupo de eiite es negarse a
discutir -c o n la excusa de la vulgaridad o la falta de in terés- los asuntos
que le resultan incómodos. C uando las charlas de pasillo sobre el traba-
jo de campo se convierten en discurso, aprendemos mucho. Trasladar
¡3 s condiciones de producción del conocim iento antropológico desde el
ámbito del chismerío -e n que sigue siendo propiedad de quienes están
lo suficientemente cerca para escucharlo—hasta el del conocim iento
sería un paso en la dirección correcta.
Mi apuesta es que observar las condiciones en que se contrata a las
personas, se les dan cargos, se publican sus trabajos, se les otorgan sub­
venciones y se las honra com pensaría el esfuerzo.’8 ¿De qué m anera se
diferenció la ola “deconstruccionista” de la otra gran tendencia acad é­
mica de la últim a década, el fem inism oP9 ¿Cómo se hace hoy carrera?
¿Cómo se destruye hoy una carrera? ¿Cuáles son los lím ites del buen
gusto? ¿Quién estableció y quién m aneja estas cortesías? Independien­
temente de todo lo demás que podamos saber, sabemos sin duda que
las condiciones materiales en que ha prosperado el m ovim iento te x ­
tual deben incluir a la universidad, su m icropolítica, sus tendencias.
Sabemos que este nivel de poder existe, nos afecta,- influye en nuestros
temas, formas, contenidos, audiencias. Estas cuestiones merecen nues­
tra atención, aunque sólo sea para establecer su peso relativo. Luego,
como ocurre con el trabajo de cam po, estaremos en condiciones de
pasar a problemas más globales.

58 M a r t in F m k e ls t e in ( T h e A n r n c n c a n A c a d e m i c P r o f e s s i o n : A S y n t h e s i s o f S o c i a l
Scientific i n q u i r y S i n c e W o r l d W a r //, C o l u m b u s , O h io U n iv e r s i t y Press, 1984) p re se n ta
un valioso r e s u m e n de algunas de estas c u e s tio n e s tal c o m o las c o n s id e r a n las c ie n c ia s
sociales.
59 Deborah C o r d o n , de la U n iv e r s id a d d e C a lif o r n ia e n S a n t a C ruz, ex plo ra estas
cuestiones e n la im p ortan te tesis d o c to r a l q u e está e sc rib ie n d o .

203
D ejen de c o m p r e n d e r : diálogo e identidad

M arilyn S trath ern , en un artículo muy provocativo, “Dislodging a


W orld View: C h alle n g e and C ounter-C hallenge in the Relationship
Betw een Fem inism and Anthropology”,60 ha dado un paso importante
para situar la estrategia de los escritos textualistas recientes a través de
una com paración con las últimas obras de las fem inistas antropoló­
gicas. Strathern hace una distinción entre la antropología feminista
una subdisciplina antropológica que contribuye al avance de la dis­
cip lin a, y un fem inism o antropológico cuyo objetivo es construir una
com unidad fem inista, cuyas premisas y metas difieren de la antropo­
logía y se oponen a ella. En esta últim a empresa, los térm inos que se
valoran son diferen cia y conflicto —como condiciones históricas de la
identidad y el conocim iento—y no cien cia y armonía.
Strathern reflexiona sobre el fastidio que sintió cuando un colega
masculino de más edad elogió la antropología feminista por enriquecer
la disciplina. Ese hom bre dijo: “Que florezcan mil flores”. Ella dice: “En
efecto, en general es cierto que la crítica feminista ha enriquecido la
antropología, al dar acceso a nuevas maneras de entender la ideolo­
gía, la construcción de sistemas simbólicos, el manejo de recursos, los
conceptos de propiedad, etcétera”. La antropología, en su apertura y
eclecticism o relativos, integró estos avances científicos, al principio
a regañadientes, hoy con avidez. Strathern, que recurre al muy usado
concepto de paradigm a de Kuhn, señala que ésa es la forma en que
funciona la cien cia norm al. No obstante, la tolerancia del “que florez­
can mil flores” le producía una sensación de malestar; más adelante,
Strathern com prendió que éste surgía ele la impresión de que lo que

1,1 M a r i ly n S t r a t h e r n , “D islix lgin g a W o r ld View : C h a l l e n g e an d C o u n t e r - C h a ­


l le n g e in the R e l a t i o n s h i p B etw een F e m in ism a n d A n t h r o p o lo g y ”, en S . Magarey
( c o m p .) , Changing P a r a d i g m s : I he I mp a c t aj Fe mi n i s t T h e o r y u p o n t he W o r l d o f Scho­
larship, S id n e y , H a r le y a n d Iremonger, 1984.

204
las feministas ten ían que hacer era trabajar en otros campos, y no aña­
dir flores a la antropología.
Ella distancia su práctica del modelo de la ciencia norm al en dos
aspectos. Primero, afirm a que las ciencias sociales y las naturales son
diferentes: “no sim plem ente [porque] dentro de cualquier disciplina
encontramos diversas ‘escuelas’ (lo que tam bién es cierto en la cien­
cia) sino en cuanto a que sus premisas se construyen en una relación
de competencia de unas con otras”. Segundo, esta competencia no gira
exclusivamente en torno de cuestiones epistemológicas, sino, en última
instancia, de diferencias políticas y éticas. En su artículo “W h at Makes
an Interpretation A ccep tab leí”/’1 S tan ley Fish presenta un argumento
similar (si bien para propiciar un programa muy diferente). Fish sostie­
ne que todos los enunciados son interpretaciones y que todas las ape­
laciones al texto o a los hechos se basan en interpretaciones; éstas son
asuntos de la com unidad y no subjetivos (o individuales); es decir, los
significados son culturales o socialmente accesibles y no inventados ex
nihilo por un único intérprete. Por últim o, las interpretaciones, muy
en especial las que niegan su estatus de tales, sólo son posibles sobre la
base de otras interpretaciones, cuyas reglas afirman al mismo tiempo
que proclaman su negación.
Fish argumenta que nunca resolvemos desacuerdos m ediante una
apelación a los hechos' -o el texto porque “los hechos sólo surgen en
el contexto de algún punto de vista. De ello se deduce, entonces, que
deben producirse desacuerdos entre los que sostienen (o son sosteni­
dos por) diferentes puntos de vista, y lo que está en juego en un desa­
cuerdo es el derecho a especificar, en lo sucesivo, qué puede decirse
sobre los hechos. Los desacuerdos no son zanjados por los hechos, sino
que son los medios por los cuales los hechos se zanjan”.í,: Strathern

1,1 Fish, “W h a t M a k e s an In terp retatio n A c c e p t a h l e e n Is T h c r c a T c x t m Thts


Cl ass ’
¡bul., p. V38.

205
dem uestra h áb ilm en te estos argum entos en su contraposición del
feminismo antropológico y los antropólogos experim entales.
El valor orientador de quienes se interesan en los escritos etnográfi.
eos experim entales —dice Strathem —es dialógico: “el esfuerzo consiste
en crear una relación con el Otro, como en la búsqueda de un medio
de expresión que ofrezca una interpretación recíproca, tal vez vista
como un texto com ún o como algo más sem ejante a un discurso”.
feminismo, para ella, avanza a partir del hecho inicial e inasimilable
de la dominación. El intento de incorporar nociones fem inistas a una
cien cia de la antropología mejorada o a una nueva retórica del diálogo
se considera como un acto más de violencia. La antropología feminis­
ta trata de cam biar el discurso, y no de m ejorar un paradigma: “esto es
modifica la naturaleza de la audiencia, el alcance de los lectores y los
tipos de interacción entre autor y lector, y también el tem a de conver­
sación en la m anera en que permite a otros hablar —aquello de que se
habla y aquel a quien uno le habla—”. Strathern no procura inventar
una nueva síntesis sino fortalecer la diferencia.
A quí, las ironías son estimulantes. Los experimentalistas (casi todos
varones) son emprendedores y optimistas, si bien un poco sentimen­
tales. Clifford afirm a trabajar con una com binación de idealismo de
los años sesenta e ironía de los ochenta. Los textualistas radicales pro­
curan trabajar en pos del establecim iento de relaciones, demostrar la
importancia de la conexión y la apertura, promover las posibilidades
del compartir y del entendim iento recíproco, pero, al mismo tiempo, se
muestran confusos respecto del poder y de las realidades de las coaccio­
nes socioeconómicas. La feminista antropológica de S trath em insiste
en la necesidad de no perder de vista las diferencias fundamentales, las
relaciones de poder, la dominación jerárquica. Ella trata de articular
una identidad com unitaria sobre la base del conflicto, la separación y el
antagonismo; en parte como defensa contra la amenaza de inclusión en
un paradigma de amor, reciprocidad y entendim iento en lo que ella ve
otras tantas m otivaciones y estructuras; en parte como un mecanismo
para preservar la diferencia significativa p er se como valor distintivo.

206
La diferencia se pone en juego en dos n iv eles: entre las fem inistas y
la antropología, y dentro de la com unidad fem inista. C uando se trata
de enfrentarse al exterior, los valores más elevados son la resisten cia
y la no asimilación. D entro de esta nueva com unidad in terp retativa,
sin embargo, se han afirm ado las virtudes de las relaciones d ialógicas.
Internamente, las fem inistas pueden estar en desacuerdo y com petir;
pero lo hacen en su relación entre sí. “Precisam ente porque la teoría
feminista no constituye su pasado como un ‘te x to ’, es que en n in gú n
caso se la puede agregar sim plem ente a la antropología o h acer que
la reemplace. Puesto que si las fem inistas siem pre m an tien en una
divisoria contra el Otro, entre ellas, en cam bio, crean algo que c ie r­
tamente está mucho más cerca del discurso que del texto. Y la índole
de ese discurso se aproxim a al ‘producto com ún in terlo cu cionario’ al
que aspira la nueva etnografía.” Si bien los tropos están a disposición
de cualquiera que quiera usarlos, la diferencia radica en la m anera de
hacerlo.

Etica y modernidad

La ap arició n d e fa c c io n e s d e n tro d e u n a a c t iv id a d o tr o r a p r o h i b i ­
d a es un s ig n o seguro de q u e a lc a n z ó e l e s ta t u s de u n a o r t o d o x ia .

S t a n l e y F ish , “W h a t M a k e s a n I n t e r p r e t a t i o n A c c e p t a b l e ? ”

Discusiones recientes sobre la elaboración de textos etnográficos han


revelado diferencias y puntos de oposición, así como importantes áreas
de consenso. Para adoptar otra de las expresiones de Geertz, podemos
irritamos benéficamente unos a otros - y lo hemos estado haciendo-, lo
que constituye la piedra de toque del avance interpretativo. En esta
última sección, a través del mecanismo de una yuxtaposición esque­
mática de las tres posiciones antes esbozadas, propondré la mía propia.
Aunque crítico de algunas dimensiones de cada una de esas posturas,

207
las considero miembros, si no de una comunidad interpretativa, sí al
menos de una federación interpretativa a la que yo pertenezco.
Los antropólogos, los críticos, las feministas y los intelectuales crí­
ticos se interesan por las cuestiones de la verdad y su ubicación social
la imaginación y los problemas formales de la representación, la domi­
nación y la resistencia, el sujeto ético y las técnicas para llegar a serlo
Estos tópicos, sin embargo, se interpretan de diferentes maneras; se
destacan diferentes peligros y diferentes posibilidades; y se sostienen
diferentes jerarquías entre estas categorías.

1. Antropólogos interpr et ativ os. La verdad y la c ie n c ia concebidas


como prácticas interpretativas son los términos dom inantes. Se con­
sidera que tanto el antropólogo como los nativos están consagrados
a interpretar el significado de la vida co tid ian a. Los problemas de
representación son centrales para ambos y constituyen el ámbito de
la imaginación cultural. Las representaciones, sin embargo, no son
sm gen ens; sirven como medios para dar sentido a los mundos vividos
(en cuya construcción son instrumentales) y por consiguiente difieren
en sus funciones. Las metas del antropólogo y del nativo son distin­
tas. Para considerar un ejem plo, la ciencia y la religió n difieren como
sistemas culturales en estrategia, ethos y fines. Las posiciones políticas
y éticas son anclajes im portantes, si bien en gran medida implíci­
tos. Los ideales duales de la cien cia y la política como vocación de
Weber, si se encarnan en un investigador, darán como resultado el
sujeto ético para esta posición. C onceptualm ente, la especificación
científica concerniente a la diferencia cultural está en el núcleo del
proyecto. El peligro más grande, visto desde el interior, es la confu­
sión de la ciencia y la política. La debilidad más grande, vista desde
el exterior, es el cordón san itario histórico, po lítico y experiencial
tendido en torno de la cien cia interpretativa.
2. Críticos. El principio orientador es formal. El texto es primo
dial. La atención a los tropos y los mecanismos retóricos a través de
los cuales se construye la autoridad permite la introducción de temas

208
de dominación, exclusión y desigualdad como tópicos. Pero sólo son
materiales. Q uien les da forma es el crítico/escritor, sea éste antropó­
logo o nativo: “Otras tribus, otros escribas”. Nos modificamos primor-
dialmente por m edio de construcciones im aginativas. El tipo de ser
en que queremos convertim os es abierto, perm eable, receloso de las
metanarraciones; pluralizador. Pero el control autoral parece adormecer la
autorreflexión y el impulso dialógico. El peligro: la elim inación de la dife­
rencia significativa, la m useificación weberiana del mundo. La verdad
de que la exp eriencia y el significado se dirimen representacionalm en-
te puede extenderse hasta equiparar una y otro con la dimensión for­
mal de la representación.
3. Sujetos políticos. El valor orientador es la constitución de una
subjetividad p o lítica basada en la comunidad. Las fem inistas antro­
pológicas actú an contra un otro estereotipado como esencialm ente
diferente y violento. Dentro de la comunidad, la búsqueda de la ver­
dad, así como la experim entación social y estética, están guiadas por
un deseo dialógico. El otro ficticio perm ite que aparezca un conjunto
pluralizador de diferencias. El riesgo es que estas ficciones actuantes
de una d iferen cia esencial se cosifiquen y reproduzcan con ello las
formas sociales opresivas que ten ían por fin socavar. Strathern expre­
sa con claridad este aspecto: “A h o ra bien, si el fem inism o se burla
de la pretensión antropológica de crear un producto que en algunos
aspectos sea de autoría conjunta, la antropología se burla entonces
de la pretensión de las feministas de alcanzar verdaderam ente alguna
vez la separación que desean”.
4. Intelectuales críticos y co sm opolitas. He puesto de relieve los peli­
gros de la alta cien cia interpretativa y el representador abiertam ente
soberano, y estoy excluido de la participación directa en el diálogo
feminista. Perm ítanm e proponer como cuarta figura un cosmopoli­
tismo crítico. El valor orientador es el ético. Se trata de una postura
opositora, recelosa de los poderes soberanos, las verdades universales,
la valía m anifiestam ente relativizada, la autenticidad local, el mora-
lismo de toda clase. Su segundo valor es el entendim iento, pero un

209
entendimiento receloso de sus propias tendencias im periales. Inten­
ta estar muy atento a la diferencia y ser muy respetuoso de ella, perQ
también es consciente de la ten d en cia a esencializarla. Lo que com­
partimos como una condición de la existencia, realzado hoy por nues­
tra capacidad, y por momentos nuestra avidez de anularnos unos a
otros, es una especificidad de la experiencia histórica y el lugar, por
más complejos y discutibles que puedan ser, y una macrointerdepen-
dencia mundial que engloba cualquier particularidad local. Nos guste
o no, todos nos encontramos en esta situación. Con la adopción de un
término aplicado durante diferentes épocas a los cristianos, los aristó­
cratas, los mercaderes, los judíos, los homosexuales y los intelectuales
(al mismo tiempo que cambiaba su significado), Hamo cosmopolitismo
a la aceptación de esta valorización dual. Definámoslo como un ethos
de m acrointerdependencias, con una aguda co n cien cia (a menudo
impuesta a la fuerza en la gente) de las ineludibilidades y particulari­
dades de lugares, caracteres, trayectorias históricas y destinos. Aunque
todos somos cosmopolitas, el Horno sapiens ha hecho bastante poco
por interpretar esta condición. Parece que tenemos problemas con el
equilibrio, y preferimos cosificar identidades locales o construir uni­
versales. Vivimos en medio [in b e t w e e n J. Los sofistas ofrecen una figu­
ra ficticia para este casillero: em inentem ente griegos, y no obstante
a menudo excluidos de la ciudadanía en las diversas p o le i s ; forasteros
cosmopolitas con respecto a quien está dentro de un mundo histórico
y cultural particular; miembros de ningún régimen universal imagina­
do (bajo Dios, el imperio o las leyes de la razón); devotos de la retóri­
ca y por ello plenam ente conscientes de sus abusos; interesados en los
sucesos del día, perca moderados por una reserva irónica.

Las problemáticas relaciones de la subjetividad, la verdad, la moderni­


dad y las representaciones han estado en el núcleo de mi propia obra.
Como sentía que las consideraciones del poder y la representación
estaban demasiado localizadas en mi anterior trabajo sobre Marrue­
cos, escogí un tópico de investigación que emplea en términos más

210
generales estas categorías. Por estar —debido a mi tem peram ento—más
cómodo en una postura opositora, d ecid í estudiar un grupo de élite de
administradores, funcionarios coloniales y reformadores sociales fran-
ceses, todos interesados en el p lan eam iento urbano durante la déca­
da de 1920. A l “investigar exh au stiv am en te”, me en co n tré en una
posición más cómoda que la que h ab ría tenido en caso de “dar voz” a
grupos dominados o marginales. E legí un grupo poderoso de hombres
interesados en cuestiones de p o lítica y forma: ni héroes n i villanos,
parecen proporcionarme la necesaria distan cia antropológica, ya que
están lo suficientem ente separados para impedir una fácil iden tifica­
ción y no obstante lo suficientem ente cerca para perm itir una com­
prensión benévola, aunque crítica.
La disciplina del urbanismo moderno fue llevada a la práctica en las
colonias francesas, en especial en M arruecos durante el m andato del
gobernador general Hubert Lyautey (1912-1925). Los arquitectos pla­
nificadores y los funcionarios gubernam entales coloniales que los con­
trataron concebían las ciudades en que trabajaban como laboratorios
sociales y estéticos. Estos ámbitos ofrecían a ambos grupos la oportu­
nidad de experim entar con nuevos conceptos de planificación en gran
escala y poner a prueba la eficacia p o lítica de estos planes a fin de apli­
carlos en las colonias y finalmente —así lo esperaban—en su patria.
Hasta hace poco, los estudios sobre el colonialism o elaboraron casi
exclusivamente estereotipos en térm inos de esta d ialéctica de domi­
nación, explotación y resistencia, que es, y fue, esencial. Por sí misma,
sin embargo, pasa por alto al m enos dos grandes dim ensiones de la
situación colonial: su cultura y el cam po político en que estaba insta­
lada. Esto ha llevado a una serie de consecuencias sorprendentes; es
bastante extraño que el grupo de h ab itan tes de las colonias que susci­
tó menor atención en los estudios históricos y sociológicos haya sido
el de los mismos colonos. A fortunadam ente, este cuadro está com en­
zando a cam biar; los variados sistem as de estratificación social y la
complejidad cultural de la vida colon ial —según se m odificaba de lugar
en lugar en diferentes períodos históricos—empiezan a entenderse.

211
A m edida que se articu la una visión más com pleja de la cultura
colon ial, creo que tam bién necesitam os una noción más compleja
del poder en las colonias. Ambas cosas están conectadas. El poder se
entiende con frecuencia como la fuerza personificada: la posesión de
un solo grupo, los colonialistas. Esta concepción es inadecuada por
una serie de razones. En prim er lugar, los mismos colonos estaban muy
estratificados y divididos en facciones. Segundo, es necesario que sepa­
mos mucho más sobre el Estado (y en particular el Estado colonial)
Tercero, la perspectiva del poder que lo entien d e como una cosa, una
posesión, algo que em ana unidireccionalm ente de arriba hacia abajo o
que actúa prim ordialm ente a través del uso de la fuerza, ha sido seria­
m ente puesta en cuestión. Después de todo, con menos de veinte mil
soldados los franceses m anejaron Indochina en los años veinte con un
grado de control al que los estadounidenses, unos cincuenta años des­
pués, con quinientos m il soldados, nunca pudieron acercarse. El poder
entraña algo más que armas, aunque sin duda no las excluye.
La obra de M ichel Foucault sohre las relaciones de poder nos brin­
da algunas útiles h erram ientas an alíticas. Foucault distingue entre
explotación, dom inación y sujeción.(lí Sostiene que la mayoría de los
análisis del poder se concentran casi exclusivam ente en las relaciones
de dom inación y explotación: quién controla a quién, y quién saca a
los productores los frutos de la producción. El tercer término, la suje­
ción, se centra en el aspecto de un campo ele poder que está más aleja­
do de la aplicación directa de la fuerza. Esa dim ensión de las relaciones
de poder es el lugar donde está en juego la identidad de individuos y
grupos, y donde toma forma el orden en su acepción más am plia. Este
es el reino donde más íntim am ente entrelazados están la cultura y el
poder. A veces, Foucault llam a “gubernam entalidad” a estas relacio­
nes, y el término es útil.

Foucault, “T h e S u b je c t a n d P ow er”, en Dreyfus y Rabinow, Michel Foucault:


Bewiici St r uc t u r a l i s m a n d 1 l e r m e i t e u t i c s , p. 212.

212
Tras sus pasos, Donzelot64 ha sostenido que durante la última parte del
siglo XIX seconstruyó un nuevo campo relacional de gran importancia his­
tórica, al que llama lo “social”. Areas específicas, con frecuencia conside­
radas como exteriores a la política, por ejemplo la higiene, la estructura
familiar y la sexualidad, se convirtieron en blancos de la intervención
estatal. Lo social pasó a ser un conjunto delim itado y objetivado de
prácticas parcialmente construidas por y parcialm ente entendidas a tra­
vés de los métodos y las instituciones emergentes de las nuevas discipli­
nas de las ciencias sociales. Lo “social” fue un ám bito privilegiado para
la experimentación con nuevas formas de racionalidad política.
La muy sofisticada visióm de la colonización elaborada por Lyautey
giraba sobre la necesidad de llevar a los grupos sociales a un campo de
relaciones de poder diferente del que había existido previamente en
las colonias. En su opinión, esto sólo podía alcanzarse mediante una
planificación social de gran escala, en la cual desempeñaba un papel
central el planeam iento urbano. Como dijo en un elogio de su p rin ci­
pal planificador, Henri Prost:

El a r t e y la c ie n c ia ele 1 u r b a n is m o , ta n f lo r e c ie n t e s d u r a n t e la e d a d c l á ­
s ic a , p a r e c e n h a b e r s u fr id o un e c lip s e to t a l d e s d e e l S e g u n d o I m p e r io .
El u r b a n is m o , arte y c i e n c i a d e l d e s a rro llo d e a g lo m e r a c io n e s h u m a n a s ,
v u e l v e a la v id a b a jo la m a n o d e Prost. En e s ta e r a m e c á n ic a , P ro st es
el g u a r d i á n del “h u m a n i s m o ”. T r a b a jó n o s ó lo so bre cosas s in o s o b r e
h o m b r e s , d ife re n te s tip o s d e h o m b res , a q u i e n e s la C i t é les d e b e a lg o
m á s q u e c a m in o s , c a n a l e s , c lo a c a s y u n s is t e m a d e tr a n s p o r te .61

Para Lyautey y sus arquitectos, entonces, el nuevo humanismo se a p li­


caba apropiadam ente no sólo a las cosas sino a los hombres, y no sello

64 D o n re lo t, I'he Po l icing <>/ F a m i l l e s , N u e va York, P a n t h é o n Press, 1979.


64 Je a n M a rr a s t (cotrtp.), L ’O e u r r e d e He nr i Pr o s t : A r c h i t e c t u r e et u r b a n i s m e , P aris,
Imprimerie de C o m p a g n o n n a g e , 196 0 , p. 1 19.

211
a los hombres en general —no se trataba del hum anism o de Le Corbu
sier—sino a hombres en diferentes circunstancias culturales y sociales
El problem a consistía en dar cabida a esta diversidad. Para estos arqui­
tectos, planificadores y adm inistradores, la tarea que enfrentaban era
cómo concebir y producir una nueva o r d o n n a n c e social.
Ésa es la razón por la cual las ciudades de M arruecos tenían tanta
im portancia a los ojos de Lyautey. Parecían ofrecer una esperanza, un
cam ino para evitar los callejon es sin salida, tanto de Francia como de
A rgelia. Lyautey pretendía que su famoso dicho, “U n chantier [obra­
dor] bien vale un batallón”, se entendiera literalm ente. Tem ía que si
se perm itía que los franceses siguieran practicando la política de siem­
pre, los resultados continuarían siendo catastróficos. No era asequible,
sin embargo, una solución p o lítica directa. Lo que se necesitaba con
urgencia era un nuevo arte social científico y estratégico; sólo de esa
forma podría elim inarse la p o lítica y lograr que el poder fuera verdade­
ram ente “o r d o n n é ”.
Estos hombres, como tantos otros en el siglo xx, trataban de escapar
de la política. Esto no significaba, sin embargo, que se desentendieran de
las relaciones de poder. Lejos de ello, su meta, una especie de autoco-
lonización tecnocrática, era plantearlas de una nueva forma, en que
pudieran desarrollarse “saludables” relaciones sociales, económicas y
culturales. Esencial en este programa era la necesidad de inventar una
nueva gubernam entalidad m ediante la cual pudieran adoptar otra for­
ma las tendencias (para ellos) fatalm ente decadentes e individualistas
de los franceses. Construyeron y articularon tanto nuevas representa­
ciones de un orden moderno como tecnologías para su implementa-
ción. Estas representaciones son hechos sociales modernos.
Este artículo ha esbozado algunos de los elem entos de los discursos y
las prácticas de la representación moderna. La relación de este análisis
con la práctica política sólo se tocó incidentalm ente. La cuestión de
qué, cómo y quiénes podrían ser representados por los que sostienen una
concepción similar de las cosas escapa a nuestras categorías más corrien­
tes de actores sociales y retórica política. A l term inar, simplemente

214
marco el espacio. Foucault, al responder a la acusación de que al negarse
a afiliarse a un 8ruP° ya identificado y políticam ente localizadle perdía
todo derecho a representar a cualquier persona o valor, dijo:

Rorty señala que en estos análisis no apelo a ningún “nosotros”, a nin ­


guno de los “nosotros” cuyo consenso, cuyos valores y cuyas tradicio­
nes constituyen el marco de un pensamiento y definen las condiciones
en que puede dársele validez. Pero el problema es precisamente decidir
si en realidad es conveniente incluirse en un “nosotros” a fin de afir­
mar los principios que uno reconoce y los valores que acepta; o, más
bien, si no es necesario hacer que la futura formación de un “nosotros”
sea posible.66

Quiero agrad ecer a T a lal A sad , Jam es F aub io n , S te p h e n F oster,


Michael R ogin, M arilyn Strath ern y los participantes del sem inario de
Santa Fe. Son de aplicación las renuncias h abituales. A lgunos párrafos
de este artículo aparecieron en otras partes.

66 F ou caulr, “Polem ics, P olities, a n d P r o b le m a tíz a tio n ”, e n P. R a b in o w ( e o m p .) ,


The F o u c a u l t R c a d c r , N u e v a York, P a n r h e o n , 1984, p. ^85.
2. Literatura

Stanley F is h
¿Hay algún texto en esta clase?*

0 primer día del nuevo semestre, un colega de la Johns Hopkins Uni-


versity fue abordado por una estudiante que, según se supo, acababa
de cursar una de las m aterias que yo dictaba. Esta estudiante le formu­
ló lo que creo podríamos convenir en considerar una pregunta absolu­
tamente directa: “¿Hay algún texto en esta clase?” Mi colega, con una
confianza tan perfecta que era inconsciente de ella (aunque al relatar
la historia se refiere a ese momento como “el camino hacia la tram ­
pa”), le contestó: “Sí, la Norton A nt ho lo gy o f Literature”, an te lo cual
la trampa (no puesta por la estudiante sino por la infinita capacidad
del lenguaje para ser apropiado) se cerró: “No, no —dijo ella—quiero
decir si en esta clase creemos en poemas y esas cosas o sim plem ente
nos manejamos por nuestra cuenta”. A hora bien, es posible (y para
muchos tentador) leer esta anécdota com o una ilu stració n de los
peligros que se desprenden de escuchar a personas como yo, cine ser­
monean sobre la inestabilidad del texto y la inaccesibilidad de los sig­
nificados establecidos; empero, en lo que sigue trataré de leerla como

* El texto J e S t a n l e y Fish qu e se r e p ro d u c e a p a r e c i ó o r i g i n a lm e n t e h a j o el títu lo


“Is there a T e x t in t h is C l a s s ’”, en Is T h e r e a T e x t in this C l a s s ’ T h e A u t h o r i t y o f
Interpretive C o m m u n i t i e s , C a m b r id g e , M ass., H a r v a r d U n i v e r s it y Press, 1 9 8 7 , pp.
303-321 ( r e p r o d u c i d o p o r p e r m is o de H a r v a r d U n i v e r s i t y P ress]. T r a d u c c i ó n :
Horacio Pons.

217
una ilustración de cuán carente de fundam entos es, en definitiva, el
temor a estos peligros.
Entre las acusaciones elevadas contra los que M eyer Abram s llamó
hace poco los N uevos Lectores (Derrida, Bloom, Fish), la más persis­
tente es la de que estos apóstoles de la indeterm inación y la indecidi-
bilidad ignoran —al mismo tiempo que se basan en ellas—las “normas
y posibilidades” incorporadas al len guaje, los “significados lingüísti­
cos” que las palabras innegablem ente tien en , y con ello nos invitan a
abandonar “nuestro ám bito corriente de experiencia al hablar, escu­
char, leer y entender”, en favor de un m undo en el cual “ningún texto
puede significar nada en particular” y donde “nunca podemos decir
simplemente qué es lo que quiere decir alguien con cualquiera de las
cosas que escribe”.1 La acusación es que los significados literales o nor­
mativos son avasallados por el accionar de intérpretes premeditados.
Supongamos que exam inam os esta denu ncia en el contexto del pre­
sente ejemplo. ¿Cuál es exactam ente el significado norm ativo, literal
o lingüístico de “¿Hay algún texto en esta c la se ?”?
Dentro del marco del debate crítico contem poráneo (ral como lo
reflejan, digamos, las páginas de Critical ¡nquiry), parecería haber sólo dos
maneras de contestar esta pregunta: o bien existe un significado literal
de la expresión y nosotros tendríamos que ser capaces de decir cuál es, o
bien hay tantos significados como lectores, y ninguno de ellos es literal.
Pero la respuesta sugerida por mi pequeño relato es que la expresión tie­
ne dos significados literales: en las circunstancias supuestas por mi colega
(no me refiero a que se propuso suponerlas, sino a que ya se movía dentro
de ellas), se trata evidentem ente de una pregunta acerca de si se exige o
no un libro de texto en este curso en particular; pero en las circunstan­
cias señaladas a él por la respuesta aclaratoria de la estudiante, la expre­
sión es una pregunta igualmente evidente sobre la posición del docente

! M. H. A b ram s, “T h e D e c o n srru c tiv e A n g e l ” , C'riiical ¡ n q u i r y , ui.3, p rim a v e r a de


1977, pp. 431 y 474.

218
(dentro de la gama de posiciones existentes en la teoría literaria con-
temporánea) con respecto al estatus del texto. A dviertan que no esta-
jnos aquí ante un caso de indeterminación o indecidibilidad sino de una
determinación y decidibilidad que no siempre tienen la misma forma y
que pueden cambiar, como lo bacen en este ejem plo. M i colega no vaci-
laba entre dos (o más) significados posibles de la expresión: antes bien,
captó de inmediato lo que parecía ser un significado ineludible, dada su
comprensión preestructurada de la situación, y luego captó, tam bién de
inmediato, otro significado ineludible cuando esa comprensión se vio
modificada. Ningún significado se impuso (u n a de las palabras predi lee-
tas en la polémica contra los nuevos lectores) a otro más normal m edian­
te un acto interpretativo privado e idiosincrásico; ambas interpretaciones
eran precisamente una función de las normas públicas y constituyentes
(del lenguaje y el entendim iento) invocadas por Abrams. Lo que ocu­
rre, simplemente, es que esas normas no están incorporadas al lenguaje
(donde pueden ser leídas por cualquiera con una mirada suficientem ente
clara, esto es, imparcial) sino que son inherentes a una estructura institu­
cional dentro de la cual las expresiones se escuchan como ya organizadas
por referencia a ciertos propósitos y objetivos supuestos. Como tanto mi
colega como su alumna están situados en esa institución, sus actividades
interpretativas no son libres, pero lo que las restringe son las prácticas y
los supuestos sobreentendidos de la institución y no las reglas y los signi­
ficados fijos de un sistema de lenguaje.
Otra m anera de expresarlo sería d ecir que ninguna lectu ra de la
pregunta —que por razones de co n ven ien cia podríamos rotular como
“¿Hay algún texto en esta clase?” y “¿'Hay algún texto en esta c la ­
se?’^—sería inm ed iatam en te accesible a un h ab lan te n ativ o de la
lengua. “¿Hay algún texto en esta clase?”! sólo puede ser in terp reta­
da o leída por alguien que ya sepa qué es lo que se incluye en el a c á ­
pite general de “prim er día de clases” (qué preocupaciones m ueven
a los estudiantes, qué asuntos burocráticos deben atenderse an tes de
que em piece la instrucción) y que por lo tan to escuche la expresión
amparado en ese conocim iento, que no se ap lica después del hecho

219
pero que es responsable de la forma que éste tien e de m anera inme­
diata. P ara alg u ie n cuya co n cie n c ia no está ya inform ada por ese
conocim iento, “¿Hay algún texto en esta clase?”, será tan inaccesible
como “¿H ay algú n texto en esta clase?”2 para quien no conozca ya los
temas en d iscusión en la teoría literaria contem poránea. No digo que
para algunos lectores u oyentes la pregunta vaya a ser completamen­
te in in te lig ib le (en reálidad, a lo largo de este artícu lo voy a sostener
que la in in te lig ib ilid a d , en sentido estricto o puro, es una imposibili­
dad), sino que hay lectores y oyeiates para quienes su inteligibilidad
no tendrá n in g u n a de las formas que tuvo, en una sucesión temporal
para mi co lega. Es posible, por ejem plo, im aginar a alguien que escu­
chara o en te n d ie ra la pregunta como un interro gante acerca de la
ubicación de un objeto, esto es, “C reo que dejé mi texto en esta cla­
se: ¿lo ha visto ?” Tendríam os entonces un “¿Hay algún texto en esta
clase?”, y la posibilidad, tem ida por los defensores de lo normativo y
determ inado, ele una interm inab le sucesión de núm eros, es decir, de
un m undo en el cual toda expresión tuviera una pluralidad infinita
ele signiticaelos. Pero esto no es, en mode) alguno, le) que sugiere el
ejem plo, no im porta cuánto pueda ampliárselo. En cualquiera de las
situaciones ejue he im aginado (y en cualquiera ele las que podría ser
capaz ele im ag in ar), el significado ele la expresión se vería seriamen­
te restringido, no después ele ser escuchada sino en las maneras en
que, an te todo, podría serlo. U na pluralidad in fin ita de significados
sería ele tem er sólo si las oraciones existieran en un estado en el cual
no estu v ieran ya incorporadas a una situación dada y no aparecieran
como una función ele la mism a. Ese estado, si pudiera ubicarse, sería
el norm ativo, y constituiría un hecho perturbaelor sólo si la norma
fluctuara lib rem en te y fuera indeterm inada. Pero tal estado no exis­
te; las oracion es surgen únicam ente en situaciones dadas, y dentro
de esas situacio n es dadas, el significado norm ativo de una expresión
siempre será obvio o al menos accesible, aun cuando dentro de otra
situación esa misma expresión —ya no la misma—tendrá otro signifi­
cado n o rm ativo que no será menos obvio y accesib le. (La experien­

220
cia de mi colega es precisam ente una ilustración de ello .) Esto no
quiere decir que no haya forma de discrim inar entre los significados
que una expresión tendrá en diferentes situaciones, sino que la dis­
criminación ya se habrá producido en virtud de nuestra presencia
en una situación (nunca dejam os de estar presentes en alguna) y del
hecho de que en otra situactón tal d iscrim inación tam bién habrá
tenido lugar, pero de m anera d iferen te. En otras palabras, si b ien
en cualquier punto siempre es posible ordenar y clasificar las afir­
maciones “¿Hay algún texto en esta clase?’^ y “¿Hay algún texto en
esta claseV\ (porque siempre hab rán sido ya clasificadas), nunca será
posible darles una clasificación inm utable y de una vez por todas,
una clasificación que sea in d epend iente de su ap arición o no ap ari­
ción en situaciones (porque sólo es en situaciones donde aparecen o
no aparecen).
No obstante, hay que hacer entre las dos afirm aciones una distin­
ción que nos perm ita decir que, en un sentido lim itado, una es más
normal que la otra: puesto que si bien cada una de ellas es absoluta­
mente normal en el contexto en el cual su literalidad es inm ediata­
mente obvia (los contextos sucesivos ocupados por mi colega), tal
como están ahora las cosas, con seguridad uno de esos contextos es
más accesible que el otro, y por lo tanto más susceptible de ser la pers­
pectiva dentro de la cual se escucha la expresión. En rigor de verdad,
parece que aq u í tenemos un ejem plo de lo que yo llam aría “anida-
miento institucio n al”: si “¿Hay algún texto en esta clase?”! sólo puede
ser escuchado por quienes saben qué se incluye bajo el acápite “primer
día de clases”, y si “¿Hay algún texto en esta clase?” sólo puede serlo
por aquellos cuyas categorías de entendim iento engloban las preocu­
paciones de la teoría literaria contem poránea, entonces es evidente
que en una población elegida al azar a la que se presentara la expre­
sión, más personas “escucharían” “¿Hay algún texto en esta clase?”!
que “¿Hay algún texto en esta clase?” ,; y, por otra parte, que si bien
“¿Hay algún texto en esta clase?” podría ser inm ediatam ente entendi-
ble para alguien a quien tuviera que explicarse laboriosamente “¿Hay

221
algún texto en esta clase ?”2, es difícil imaginar a algu n a persona capaz
de escuchar esta últim a que no estuviera ya en condiciones de escu­
char la prim era. (U n a es entendible por cualquier m iem bro de la pro­
fesión, la m ayoría de los estudiantes y muchos de los que trabajan en
el negocio del libro, y la otra sólo por los pertenecientes a la profesión
que no consideren singular descubrir, como me pasó a m í hace poco
a un crítico referirse a una frase “popularizada por L acan ”.) Admitir
tanto no significa debilitar mi argum ento con el restablecim iento de
la categoría de lo normal, porque ésta, tal como aparece en ese argu­
mento, no es trascendental sino institucional; y si bien ninguna ins­
titución tien e una vigencia tan universal y perdurable como para que
los significados que posibilita sean normales para siem pre, algunas ins­
tituciones o formas de vida son tan am pliam ente habitadas que, para
una gran can tid ad de gente, los significados que posibilitan parecen
“naturalm ente” accesibles, y hay que hacer un esfuerzo especial para
verlos como un producto de las circunstancias.
El d etalle es im portante, porque explica el éxito con el cual un
Abrams o un E. D. Hirsch pueden apelar a un entendim iento compar­
tido del len guaje corriente y usarlo como base para sostener la acce­
sibilidad de un núcleo de significados establecidos. C uando Hirsch
propone “el clim a es ton ificante” como ejemplo de un “significado
verbal” que está al alcance de todos los hablantes de la lengua, y dis­
tingue lo que es compartible y determ inado en él con respecto a las
asociaciones que, en ciertas circunstancias, pueden acompañarlo (por
ejemplo “debería haber comido menos en la cen a”, “el clim a tonifi­
cante me recuerda mi infancia en V erm ont”),2 da por sentado que sus
lectores estarán tan completamente de acuerdo con su idea de lo que es
un significado verbal compartido y norm ativo que ni siquiera se moles­
ta en especificarlo; y aunque yo no haya realizado una encuesta, me

- E. D. H ir s c h , Validity in I n t e r p r e t a t i o n , N e w H av e n , Y ale U n i v e r s i t y Press, 1967,


PP. 21 8 -2 1 9 .

222
aventuraría a sostener que su optim ism o, con respecto a este ejemplo
eI1 particular, está bien fundado. V ale decir: la m ayoría de sus lectores
-sino todos—entienden de inm ediato la expresión como una descrip­
ción meteorológica aproximada que pronostica una cie rta cualidad de
d a atmósfera local. Pero la “felicidad” del ejem plo, lejos de favorecer
el argumento de Hirsch (que, como volvió a afirmarlo recientem ente,
consiste en sostener siempre “la d eterm in ació n estable del significa­
do”)»3 favorece el mío. La obviedad del significado de la expresión no
es una función de los valores que tien en sus palabras en un sistema
lingüístico independiente del contexto; antes bien, las palabras tienen
un significado que Hirsch puede señ alar luego como obvio porque se
las escucha como ya incorporadas a un contexto. Es posible verlo si las
incorporamos a otro contexto y observam os con cuán ta rapidez surge
otro significado “obvio”. Supongamos, por ejem plo, que nos encontra­
mos con “el clim a es tonificante” (que aun en este caso usted escucha
como Hirsch presume que lo h a c e ) en m edio de una conversación
sobre el trabajo ( “cuando hacemos nuestro trabajo con agrado, el c li­
ma es tonificante”): se la escucharía inm ediatam ente com o un com en­
tario sobre el desempeño de algunas personas que en sus tareas logran
crear un buen “clim a laboral”.* Por otra parte, sólo se la entendería
de esa manera, y hacerlo a la m anera de Hirsch exigiría un esfuerzo
de modo que generaría una tensión. Podría objetarse que en el texto
de Hirsch “el clim a es tonificante”! no tiene absolutam ente ningún
marco contextual; meramente se lo presenta, y por lo tan to cualquier
acuerdo en cuanto a su significado debe fundarse en sus propiedades

3 E. D. H irsch, T h e A i m s o f I n t e r p r e t a r í a n , C h i c a g o , U n iv e r s it y oí C h i c a g o Press,
1976, p. 1.
* En el o rig in al, la ex presió n es the car is cris]), el aire está fresco, o es vigorizan te
o tonificante. S u se g u n d a ap lica ció n se re fie re al á m b it o m u sic al, y e n ese c aso su tra­
ducción sería “el aire (o la m elo día) es v iv o , b r i l l a n t e ”. C o m o en c a s t e l l a n o esta c o m ­
paración de los dos usos sería bastante fo rzada, n os p e rm itim o s r e e m p la z a r el reino
musical por el lab o ral, a fin de lograr u n a m e jo r c o m p r e n s ió n . [N. d e l T.J

223
acontextuales. Pero sí hay un marco contextual, y el signo de su pre
sencia es precisam ente la ausencia de toda referencia a él. V ale decir
ni siquiera es posible pensar en una oración independientemente de
un contexto, y cuando se nos pida que consideremos una para la cual
no se especifica n in gu n o , la entenderemos autom áticam ente en el
contexto en el cual la hemos encontrado la mayor parte de las veces
De ta l m anera, H irsch invoca un contexto al no invocarlo; al no
rodear de circunstancias la expresión, nos orienta a im aginarla en las
circunstancias en que es más probable que haya sido producida; e ima­
gin arla así ya es haberle dado una forma que en ese momento parece
ser la única posible.
¿Qué conclusiones pueden sacarse de estos dos ejemplos? En primer
lugar, ni mi colega ni el lector de la oración de Hirsch están restringi­
dos por los significados que tienen las palabras en un sistema lingüístico
norm ativo; y sin embargo, ninguno tiene la libertad de atribuir a una
expresión cualquier significado que le guste. En realidad, “atribuir” es
precisam ente el térm ino erróneo porque im plica un mecanismo de dos
etapas en el cual un lector u oyente primero examina una expresión y
lu ego le da un significado. El argumento de las páginas precedentes pue­
de reducirse a la afirmación de que esa primera etapa no existe, que uno
escucha una expresión con un conocimiento de sus propósitos e intere­
ses y no como paso prelim inar a determinarlos, y que entenderla así ya
es haberle asignado una forma y dado un significado. En otras palabras,
el problema de cómo se determina el significado sólo es un problema si
hay un punto en el cual su determinación todavía no se ha producido,
Lo que yo digo es que ese punto no existe.
N o digo que uno nunca está en la situación de tener que imaginarse
de m anera autoconsciente qué significa una expresión. A decir verdad
mi co lega se encuentra en esa situación cuando su alumna le inform;
que no interpretó su pregunta como ella pretendía que lo hiciera (“No
no, quiero decir si en esta clase creemos en poemas y esas cosas o sim­
plem ente nos m anejamos por nuestra cu en ta”), y por lo tanto ahor;
debe imaginársela. Pero en este caso (o en cualquier otro), el “la” d<

224
“imaginársela” no es una colección de palabras a la espera de que se les
atribuya un significado sino una expresión cuyo significado ya asigna-
jo se ha considerado inapropiado. Si bien mi colega tiene que empezar
todo de nuevo, no debe hacerlo desde la casilla número uno; en reali­
dad, nunca estuvo en ella, dado que desde el principio mismo su mane-
de escuchar la pregunta de la alumna estaha informada por lo que
suponía acerca de cuáles podían ser los posibles intereses de esa pregun­
ta. (Ésa es la razón por la que no está “libre”, aunque no sufra la restric­
ción de significados establecidos.) Lo que la corrección que le hace la
estudiante pone en tela de juicio es esa suposición, más que su desempe­
ño en relación con ella. La alum na le dice que se equivocó respecto de
loque ella quería decir, pero esto no significa que ha cometido un error
al combinar sus palabras y sintaxis en una unidad significativa; antes
bien, lo que ocurre es que la unidad significativa que él discierne es una
función de una identificación errónea (hecha antes de que ella hable)
de la intención de la estud ian te. Cuando ésta lo abordó, mi colega
estaba preparado para escuchar el tipo de cosas que, por lo común, los
estudiantes dicen el primer día de clases, y por lo tanto eso fue precisa­
mente lo que escuchó. No leyó equivocadam ente el texto (el suyo no
es un error de cálculo) sino que lo preleyó equivocadam ente, y si pre­
tende corregirse tiene que hacer otra (pre)determ inación de la estruc­
tura de intereses de la que surge la pregunta de la alum na. Desde luego,
esto es exactam ente lo que hace, y la pregunta sobre cómo lo hace es
crucial; la mejor forma de contestarla es considerando en primer lugar
el modo en que no lo hizo.
No lo hizo prestando atención al significado literal de la respuesta
de la alumna. Es decir que no estamos ante un caso en el que alguien
que ha sido mal interpretado aclara su significado al hacer más exp lí­
citas, modificar o mejorar sus palabras a fin de lograr que su sentido
sea ineludible. En las circunstancias en que tuvo lugar la expresión tal
como él las supuso, las palabras de la estudiante son perfectamente c la ­
ras, y lo que ella hace es pedirle que imagine otras circunstancias en
las cuales las mismas palabras serán igualmente claras, pero de manera

225
diferente. Tampoco se trata de que las palabras que agrega (“No
quiero d e c ir...”) lo en cam in en h acia esas otras circunstancias selec*
cionándolas de un inventario de todas las posibles. Para que fuera así
tendría que haber una relació n inherente entre las palabras que ella
pronuncia y un conjunto determ inado de circunstancias (esto sería
nivel más elevado de literalism o) tal que cualquier hablante competen­
te de la lengua que escuchara aquéllas se refiriera de inmediato a ese
conjunto. Sin embargo, he contado la historia a varios hablantes com­
petentes de la lengua que sim plem ente no la comprendieron, y un ami­
go —un profesor de filosofía—me informó que en el lapso transcurrido
entre el relato y la explicación que le di sobre él (y cómo pude hacerlo
es otra cuestión crucial) se encontró a sí mismo pensando: “¿Qué clase
de broma es ésta, que me la perdí?” Durante un momento, al menos,
sólo pudo escuchar “¿Hay algún texto en esta clase?” de la manera en
que la escuchó mi colega por primera vez: las palabras adicionales de
la estudiante, lejos de conducirlo a otra forma de escucharla, sólo lo
hicieron consciente de la distancia que lo separaba de la pregunta. En
contraposición, están los que no sólo comprenden la historia sino que
lo hacen antes de que se las cuente; esto es, saben de antemano qué es lo
que sigue apenas digo que a uno de mis colegas le preguntaron hace
poco “¿Hay algún texto en esta clase?” ¿Quiénes son esas personas y qué
es lo que hace que su comprensión del relato sea' tan inmediata y fácil?
Bueno, sin ser chistoso en lo más mínimo, uno podría decir que son
las personas que vienen a oírme hablar porque ya conocen mi posición
sobre ciertas cuestiones (o saben que tendré una posición). Vale decir,
escuchan “¿Hay algún texto en esta clase?”, aun cuando aparezca al
comienzo de la anécdota (o, para el caso, como el título de un artículo),
a la luz de su conocim iento de lo que probablemente voy a hacer con la
expresión. La escuchan como proveniente de mí, en circunstancias que
me han comprometido a pronunciarm e sobre una gama de cuestiones
estrictam ente delimitada.
Mi colega fue finalm ente capaz de escucharla precisamente de esa
forma, como proveniente de mí, no porque yo estuviera en su clase, )

226
tampoco porque las palabras de la pregunta de la estudiante apunta­
ban a mí de una manera que habría sido obvia para cualquier oyente,
sino porque pudo imaginarme en una oficina tres puertas más allá de
Jasuya» diciendo a los estudiantes que no hay significados establecidos
que la estabilidad del texto es una ilusión. En rigor de verdad, tal
como él lo informa, el m omento del reconocim iento y la com pren­
sión fue aquel en que se dijo a sí mismo: “¡A h , aquí tenemos a otra
¿e las víctim as de Fish!” No lo dijo porque las palabras de la alum na
Ja identificaran como tal sino debido a que su aptitud de verla como
tal informó su percepción de esas palabras. La respuesta a la pregunta
“¿Cómo llegó a partir de las palabras de la ch ica a las circunstancias
dentro de las cuales ella pretendía que las escuchara?” es que mi co le­
ga debe estar pensando ya situado en dichas circunstan cias a fin de
poder escuchar en sus palabras una referencia a ellas. H ay que rech a­
zar la pregunta, entonces, porque supone que el an álisis del sentido
conduce a la identificación del contexto de la expresión y no al revés.
Esto no significa que el contexto esté primero y que una vez id en ti­
ficado puede iniciarse el análisis del significado. Ello sólo im plicaría
invertir el orden de precedencia, cuando ésta está fuera de la cuestión
porque las dos acciones que presuntam ente ordena (la identificación
del contexto y la atribución de sentido) se producen sim ultáneam en­
te. Uno no dice “me encuentro aquí en una situació n; ahora puedo
empezar a determ inar qué significan estas palabras”. Encontrarse en
una situación es ver las palabras, éstas o cualesquiera otras, como ya
significativas. Para mi colega, darse cuenta de que tal vez está frente a
una de mis víctim as es al m ism o t ie m po escuchar lo que ésta dice como
una pregunta acerca de sus creencias teóricas.
Pero elim in ar una pregunta sobre el “cómo” sólo es plantear otra: si
las palabras de la estudiante no lo llevan al contexto de su expresión,
¿cómo llega él allí? ¿Por qué me im agina diciéndoles a mis alumnos
que no hay significados establecidos y no piensa en alguna otra per­
sona u otra cosa? Antes que nada, bien podría hacerlo. O sea que es
claro que podría haber imaginado que la chica provenía de otra direc­

227
ción (y que trataba de averiguar, digamos, si el curso iba a centrarse en
los poemas y ensayos o en nuestras respuestas a ellos, una pregunta del
mismo linaje que la que efectivamente hizo pero muy distinta de ella)
o simplemente haberse quedado bloqueado, como mi amigo filósofo
limitado, en ausencia de una explicación, a su primera decisión sobre
los intereses de la alum na e incapaz de dar a las palabras de ésta otro
sentido que el que les atribuyó originalmente. ¿Cómo lo hizo, enton­
ces? Hasta cierto punto, lo hizo porque podía hacerlo; era capaz de lle­
gar a ese contexto porque éste ya formaba parte de su repertorio para
organizar el mundo y sus acontecimientos. Ya poseía la categoría “una
de las víctimas de Fish” y no tenía que esforzarse por adquirirla. Desde
luego, dicho contexto no siempre lo había tenido a él, en el sentido de
que el mundo de mi colega no siempre era organizado por tal catego­
ría, y ciertam ente tal contexto no contaba con él al comienzo de la
conversación; pero le era asequible, y él a aquél. Todo lo que tenía
que hacer era recordar la mencionada categoría [“una de las víctimas
de Fish”] o ser consciente de su existencia para que surgieran los signi­
ficados que englobaba. (En caso de no haberla tenido a mano, el pro­
ceso de su comprensión habría sido diferente; en breve haremos una
consideración sobre esa diferencia.)
Esto, sin embargo, sólo lleva un poco más atrás nuestra indagación.
¿Cómo o por qué fue consciente de ella? La respuesta a esta pregun­
ta debe ser prohabilística, y se inicia con el reconocimiento de que
cuando algo cam bia, no todo lo hace. Aunque la comprensión que mi
colega tiene de sus circunstancias se modifica en el transcurso de esta
conversación, esas circunstancias aún se interpretan como académi­
cas, y dentro de esa comprensión perdurable (si bien modificada), los
caminos que podría tomar su pensamiento se ven ya seriamente limi­
tados. Comer lo hizo en un principio, todavía supone que la pregunta
ele la estudiante tiene algo que ver con la actividad universitaria en
general y con la literatura inglesa en particular, y es probable que lo
que le venga a la mente sean los títulos organizadores asociados con
estos ámbitos de la experiencia. Uno de esos títulos es “qué-pasa-en-

228
lo S 'O tr o s -c u r s o s ” , u n o d e lo s c u a l e s e s e l m í o . Y d e e s e m o d o , p o r u n
c a m in o q u e n o c a r e c e c o m p l e t a m e n t e d e s e ñ a liz a c ió n , n i e s t á t o t a l ­
m e n t e d e t e r m i n a d o , l l e g a a m í , a l a n o c i ó n “u n a d e l a s v í c t i m a s d e
F ish ” y u n a n u e v a i n t e r p r e t a c i ó n d e l o d i c h o p o r su a l u m n a .
P or su p u e sto , e s e c a m i n o h a b r ía sid o m u c h o m á s s in u o s o si n o h u b ie ­
ra t e n i d o y a a su d i s p o s i c i ó n la c a t e g o r í a “u n a d e la s v í c t i m a s d e F i s h ”
com o i n s t r u m e n t o d e p r o d u c c i ó n d e i n t e l i g i b i l i d a d . E n c a s o d e q u e
no h u b i e s e f o r m a d o p a r t e d e su r e p e r t o r i o , e n c a s o d e q u e m i c o l e g a
h u b ie r a s id o i n c a p a z d e t o m a r c o n c i e n c i a d e s u e x i s t e n c i a , d e b i d o , a n t e
todo, a q u e n o l a c o n o c í a , ¿ c ó m o h a b r í a a c t u a d o ? L a r e s p u e s t a e s q u e
no h a b r ía p o d id o a c t u a r e n a b s o lu to , lo q u e n o s ig n if ic a q u e u n o e sté
a t r a p a d o p a r a s i e m p r e e n la s c a t e g o r í a s d e c o m p r e n s i ó n d e q u e d i s p o n e
(o las c a t e g o r í a s a c u y a d i s p o s i c i ó n u n o s e e n c u e n t r a ) , s i n o q u e l a i n t r o ­
d u c c ió n d e n u e v a s c a t e g o r í a s o la e x p a n s i ó n d e la s a n t i g u a s h a s t a i n c l u i r
otros d a t o s ( n u e v o s , y p o r lo t a n t o r e c i é n a d v e r t i d o s ) s i e m p r e d e b e p r o ­
v e n ir d e l e x t e r i o r ti d e lo q u e , p o r u n m o m e n t o , s e p e r c i b e c o m o t a l . E n
la e v e n t u a l i d a d d e q u e m i c o l e g a f u e r a i n c a p a z d e i d e n t i f i c a r l a e s t r u c ­
tura d e la s p r e o c u p a c i o n e s d e la a l u m n a p o r q u e e s a e s t r u c t u r a n u n c a f u e
la s u y a ( o p o r q u e n u n c a p e r t e n e c i ó a e l l a ) , h a b r í a s i d o o b l i g a c i ó n d e la
e stu d ia n te e x p lic á r s e la . Y a q u í tro p e z a m o s c o n o tro e je m p lo d e l p r o b le ­
m a q u e h e m o s c o n s i d e r a d o a lo l a r g o d e t o d o e l a r t í c u l o . E l l a n o p o d í a
e x p lic á rs e la c o n la m o d if ic a c ió n o el a g r e g a d o d e p a la b ra s o s ie n d o m ás
e x p l í c i t a , p o r q u e s u s p a l a b r a s s ó lo s e r í a n i n t e l i g i b l e s si é l t e n í a y a e l
c o n o c i m i e n t o d e lo q u e p r e s u n t a m e n t e t r a n s m i t í a n , e l c o n o c i m i e n t o
de lo s s u p u e s t o s e i n t e r e s e s d e lo s q u e s u r g i e r o n . Es c l a r o , e n t o n c e s ,
que la c h i c a t e n d r í a q u e e m p e z a r d e n u e v o , a u n q u e n o d e s d e l a n a d a
(e n r e a l i d a d , e m p e z a r d e s d e la n a d a n u n c a e s u n a p o s i b i l i d a d ) ; p e r o s í
d e b e r ía r e t r o c e d e r h a s t a a l g ú n p u n t o e n q u e h u b i e r a u n a c u e r d o c o m ­
p a r tid o e n c u a n t o a lo q u e e r a r a z o n a b l e d e c i r , a f i n d e p o d e r c o n s t i t u i r
una n u e v a y m á s a m p l i a b ase para e l a c u e r d o . E n este caso e n p a r t i c u ­
lar, p o r e j e m p l o , p o d r í a e m p e z a r c o n el h e c h o d e q u e su i n t e r l o c u t o r y a
sabe q u é e s u n t e x t o ; v a l e d e c i r , t i e n e u n a m a n e r a d e p e n s a r e n e l l o q u e
es r e s p o n s a b l e d e q u e e s c u c h e la p r i m e r a p r e g u n t a d e la a l u m n a c o m o

229
si se refiriera a mecanismos burocráticos de la clase. (Deben recordar
que el “él” de estas oraciones no es ya mi colega sino alguien que no tie­
ne su conocimiento especial.) Es esa manera de pensar la que ella debe
esforzarse por ampliar o impugnar, en primer lugar, tal vez, señalando
que hay quienes piensan en el texto de otra forma, y luego tratando de
encontrar una categoría de la comprensión de su interlocutor que pue,
da servir como análoga de la que éste todavía no comparte. Podría estar
familiarizado, por ejemplo, con los psicólogos que sostienen el poder
constituyente de la percepción, o con la teoría de Gombrich sobre la
participación del espectador, o con la tradición filosófica en la cual
la estabilidad de los objetos siempre ha sido una cuestión polémica. El
ejemplo debe seguir siendo hipotético y esquelético, porque sólo se le
puede dar carnadura luego de determinar las creencias y supuestos parti­
culares que, en primer lugar, harían necesaria la explicación; puesto que,
sean cuales fueren, dictarán la estrategia con la que la alumna tratará de
reemplazarlos o cambiarlos. La importancia de sus palabras resultará cla­
ra cuando una estrategia tal tenga éxito, no porque las haya re formulado
o afinado sino porque ahora se leerán o escucharán dentro del mismo
sistema de inteligibilidad del que surgieron.
En síntesis, este interlocutor hipotético llegará a su tiempo al mis­
mo punto de comprensión en que se encuentra mi colega cuando
puede decirse a sí mismo: “¡Ah, aquí tenemos a otra de las víctimas
de Fish!”, aunque presumiblemente aquél, si es que dice algo, se dirá
algo muy diferente. La diferencia, sin embargo, no debería oscurecer
las semejanzas básicas entre ambas experiencias, una comunicada,
la otra imaginada. En los dos casos las palabras expresadas se escu­
chan inmediatamente dentro de un conjunto de supuestos sobre la
dirección de que es posible que provengan, y en los dos casos lo que
se requiere es que la escucha se produzca dentro de otro conjunto de
supuestos en relación con los cuales las mismas palabras ( “¿Hay algún
texto en esta clase.?”) ya no serán las mismas. Lo que ocurre es simple­
mente que, mientras que mi colega está en condiciones de cumplir esa
exigencia al evocar un contexto de expresión que ya forma parte de su

230
repertorio, el repertorio de su hipotético sustituto debe ampliarse has-
ta incluir ese contexto, de modo que, si algún día se encuentra en una
situación análoga, sea capaz de evocarlo.
La distinción, entonces, se plantea entre poseer ya una aptitud y
tener que adquirirla, pero se trata de una distinción que, en definitiva,
no es esencial, porque los caminos mediante los cuales puede ejercer­
se, por un lado, y aprendersé, por el otro, son muy similares. Lo son,
gnte todo, porque están similarmente no determinados por las palabras.
Así como las palabras de la estudiante no encam inarán a mi colega
hacia un contexto que ya posee, del mismo modo fracasarán en diri­
gir hacia su descubrimiento a alguien que carece de él. No obstante, la
ausencia de una determinación tan m ecánica no significa en ningún
caso que el camino que uno transita se encuentre al azar. El cambio
de una estructura de comprensión a otra no es una ruptura sino una
modificación de los intereses y preocupaciones ya vigentes; y como ya
están vigentes, restringen la orientación de su propia modificación. Es
decir que en ambos casos el oyente ya está en una situación informada
por propósitos y objetivos tácitamente conocidos, y en ambos casos ter­
mina en otra situación cuyos propósitos y objetivos mantienen alguna
relación elaborada (de contraste, oposición, expansión, extensión) con
los que reemplazan. (La única relación que no podrían mantener es la
de ninguna relación en absoluto.) Lo que ocurre, simplemente, es que
mientras que en un caso la red de elaboración (desde el texto como un
objeto evidentemente material hasta la-cuestión de si el texto es o no
un objeto material) ya ha sido articulada (aunque no todas sus articula­
ciones se enfocan en un mismo momento; siempre hay una selección),
en el otro la articulación de la red es tarea del docente (aquí el alum ­
no), quien comienza, necesariamente, por lo que ya está dado.
La semejanza final entre los dos casos es que en ninguno está garan­
tizado el éxito. No fue más inevitable que mi colega cayera en la
cuenta del contexto de la expresión de la estudiante de lo que lo sería
que ésta pudiera presentar ese contexto a alguien previamente desco­
nocedor de él; y, en realidad, si mi colega se hubiera quedado perplejo

231
(simplemente, si no hubiera pensado en mí), habría sido necesario qUe
la estudiante lo acompañara de una manera que, finalmente, habría
sido indistinguible de la forma en que hubiera llevado a alguien a un
nuevo conocim iento, es decir, empezando por la configuración de su
comprensión presente.
Me he demorado tanto en la consideración de esta anécdota que
su relación con el problema de la autoridad en la clase y en la crítica
literaria tal vez parezca oscura. Permítanme que la traiga a colación
con la evocación del argumento de Abrams y otros que sostienen que
la autoridad depende de la existencia de un núcleo determinado de
significados, porque en su ausencia no hay una manera normativa o
pública de analizar lo que alguien dice o escribe, con el resultado de
que la interpretación se convierte en un asunto de análisis individua­
les y privados, ninguno de los cuales se somete a verificación o correc­
ción. En la crítica literaria, esto implica que no puede afirmarse que
una interpretación es mejor o peor que cualquier otra, y en la clase
significa que no tenemos respuesta al estudiante que dice que la inter­
pretación de Fulano es tan válida como la mía. Sólo si existe una base
compartida de acuerdo que guíe la interpretación y a la vez proporcio­
ne un mecanism o para decidir entre dos o más de ellas podemos evitar
un relativismo total y debilitante.
Pero el objetivo de mi análisis ha sido mostrar que si bien “¿Play
algún texto en esta clase?” no tiene un significado establecido, un
significado que sobreviva a un cambio drástico de situaciones, en nin­
guna situación que podamos imaginar el significado de la expresión es
o bien perfectamente claro, o bien capaz de aclararse con el paso del
tiempo. ¿Qué es lo que hace que esto sea posible, como no sean las
“posibilidades y normas” ya codificadas en el lenguaje? ¿Cómo se pro­
duce la com unicación si no es con referencia a una norma pública y
estable? La respuesta, implícita en nado lo que ya dije, es que la comu­
nicación se produce en situaciones y que encontrarse en una situa­
ción es estar ya en posesión de (o estar poseído por) una estructura de
supuestos, de prácticas consideradas pertinentes en relación con los

232
nósitos y objetivos ya vigentes; y sólo desde dentro de tal supuesto
que se escucha inmediatamente cualquier expresión. Subrayo “inme-
(¡¡ataiIiente” porque me parece que el problema de la comunicación,
como lo plantea alguien como Abrams, sólo es un problema debido
a que éste supone una distancia entre la recepción de una expresión
la determinación de su significado: una especie de espacio muerto
eñ el que uno sólo tiene las palabras y luego enfrenta la tarea de ana­
lizarlas. Si ese espacio existiera un momento antes de comenzar la
interpretación, entonces sería necesario recurrir a algún procedimien­
to mecánico y algorítmico por medio del cual pudieran calcularse los
significados, y en relación con el cual pudieran reconocerse los erro­
res. Lo que he sostenido es que los significados ya vienen calculados,
n o debido a normas incorporadas al lenguaje sino porque éste siempre

s e percibe, desde el mismísimo comienzo, dentro de una estructura de

normas. Esa estructura, sin embargo, no es abstracta e independiente


sino social; y por lo tanto no es una única estructura con una relación
privilegiada con el proceso de la comunicación tal como éste se pro­
duce en cualquier situación, sino una estructura que cambia cuando
una situación, con su trasfondo supuesto de prácticas, propósitos y
objetivos, ha dado paso a otra. En otras palabras, la base compartida
de acuerdo buscada por Abrams y otros nunca deja ya eje encontrarse,
aunque no siempre es la misma.
Muchos considerarán que en esta última oración, y en el argu­
mento cuya conclusión representa, no hay otra cosa que una versión
sofisticada del relativism o que tem en. No será de ninguna ayuda,
dicen, hablar de normas y estándares que son específicos de contextos,
porque esto significa meramente autorizar una pluralidad infinita de
aquéllos, y carecemos todavía de alguna forma de juzgar entre ellos y
entre los sistemas antagónicos de valores de los cuales son funciones.
En síntesis, tener muchos estándares es lo mismo que no tener ningu­
no en absoluto.
En un nivel, este contraargumento es inexpugnable, pero en otro,
en definitiva, no viene al caso. Es inexpugnable como conclusión

233
general y teórica: la postulación de normas específicas de contextos
o instituciones seguramente excluye la posibilidad de la existencia
de una norma cuya validez sea reconocida por todos, sea cual fuere su
situación. Pero no viene al caso para cualquier individuo en particu­
lar porque, como todo el mundo está situado en alguna parte, no hay
nadie para quien la ausencia de una norma asituacional tenga alguna
consecuencia práctica, en el sentido de que su desempeño o la con­
fianza en su aptitud para desempeñarse se vea menoscabada. Así, pues
si bien en general es cierto que tener muchos estándares es no tener
ninguno en absoluto, no lo es para nadie en particular (porque no hay
nadie en condiciones de hablar “en general”) y por lo tanto es una
verdad de la cual uno puede decir que “no importa”.
En otras palabras, si bien el relativismo es una posición que uno
puede sostener, no es una posición que pueda ocupar. Nadie puede ser
relativista, porque nadie logra la distancia con respecto a sus propias
creencias y supuestos que daría como resultado que éstos no represen­
taran para esa person a una autoridad mayor que las creencias y supues­
tos sostenidos por otros o, para el caso, los que esa misma persona solía
sostener. El temor de que en un mundo de normas y valores autoriza­
dos de manera indiferente el individuo carezca de una base para la
acción no tiene fundamentos, ya que nadie es indiferente a las normas
y los valores que hacen posible su conciencia. El individuo actúa y
argumenta en nombre de normas y valores personalmente sostenidos
(de hecho, son éstos los que sostienen a aquél), y lo hace con la plena
confianza que acompaña la creencia. Cuando sus creencias cambian,
las normas y valores a los cuales alguna vez dio un asentimiento irre­
flexivo quedan rebajados a la condición de opiniones y se convierten
en el objeto de una atención an alítica y crítica; pero esa misma aten­
ción es posible gracias a un nuevo conjunto de normas y valores que,
por el momento, son tan indudables y acríticos como aquellos a los
que desplazaron. La cuesticán es que nunca hay un momento en que
uno no crea en nada, en que la conciencia sea inocente de absoluta­
mente todas las categorías del pensamiento, y en el que, por lo tan­
to cualquiera de éstas que esté vigente en un momento dado servirá
como fundamento indudable.
Sospecho que en este punto un defensor del significado establecido
exclamaría: “¡solipsista!” y sostendría que una confianza cuya fuente
fueran las categorías de pensamiento del individuo no tendría valor
público- Esto es: desconectada de todo sistema estable y compartido
de significados, no nos posibilitaría desempeñar las actividades verba­
les de la vida cotidiana; una inteligibilidad compartida sería imposible
en un mundo en el cual todos estuvieran atrapados en el círculo de sus
propios supuestos y opiniones. La réplica a esto es que los supuestos y
opiniones de un individuo no le son “propios” en ningún sentido que
pueda suscitar el temor del solipsismo. Es decir que él no es su origen
(de hecho, sería más exacto decir que aquéllos son el suyo); antes
bien, es la disponibilidad previa de esos supuestos y opiniones lo que
delimita de antemano los senderos que es posible que tome la con­
ciencia del individuo. Cuando mi colega se consagra a analizar la pre­
gunta de su alum na (“¿Hay algún texto en esta clase?”), ninguna de las
estrategias interpretativas a su disposición es exclusivam ente suya, en
el sentido de que las invente; se deducen de su precomprensión de los
intereses y metas que posiblemente aiaimen el discurso de alguien que
actúa dentro de la institución de la Norteamérica académ ica, intereses
y metas que no son propiedad de nadie en particular pero que vincu­
lan a todos aquellos para quienes suponerlos es tan habitual que no
reflexionan en ello. Sin duda v in cu lan a mi colega y su alumna, que
pueden comunicarse y hasta razonar sobre sus intenciones recíprocas,
no, sin embargo, a causa de que sus esfuerzos interpretativos estén res­
tringidos por la forma de un lenguaje independiente sino porque su
comprensión compartida de lo que posiblemente esté en juego en una
situación de clase da como resultado que el lenguaje se les presente
en la misma forma (o sucesiones de formas). Esa comprensión com­
partida es la base de la confianza con que hablan y razonan, pero sus
categorías les son propias sólo en el sentido de que como actores den­
tro de una institución heredan autom áticam ente las maneras en que

2.35
ésta atribuye sentido, sus sistemas de inteligibilidad. Por eso resulta
tan difícil para alguien cuyo ser mismo se define por su posición dentro de
una institución (si no ésta, alguna otra) explicar a alguien ajeno a ella una
práctica o un significado que no le parecen exigir explicación, porque
los considera como naturales. Cuando se la apremia, es probable que
esa persona diga: “bueno, simplemente así es como se hace” o “pero
¿acaso no es obvio?”, con lo que atestigua que la práctica o el signifi­
cado en cuestión es propiedad comunitaria, como, en un sentido, tam­
bién ella lo es.
Vem os entonces que 1) la com unicación tiene lugar, pese a la
ausencia de un sistema de significados independiente y al margen de
contextos dados, que 2) quienes participan en esta comunicación lo
h acen confiada y no provisionalmente (no son relativistas), y que 3)
si bien su confianza tiene su fuente en un conjunto de creencias, éstas
no son específicas de cada individuo o idionsincrásicas sino comunita­
rias y convencionales (no son solipsistas).
Desde luego, el solipsismo y el relativismo son lo que Abrams y
Hirsch temen y lo que los lleva a abogar en favor de la necesidad de un
significado establecido. Pero si en vez de actuar por su propia cuenta
los intérpretes actúan como extensiones de una comunidad institucio­
nal, el solipsismo y el relativismo se elim inan como temores porque
no son modos posibles de ser. Es decir, la condición exigida para que
alguien sea solipsista o relativista —ser independiente de los supuestos
institucionales y tener la libertad de crear unos propósitos y objetivos
propios—, nunca podría cumplirse, y por lo tanto es vano tratar de pre­
caverse contra ella. Abrams, Hirsch y compañía pasan mucho tiempo
buscando maneras de limitar y restringir la interpretación, pero si el
ejemplo ele mi colega y su alumna puede generalizarse (y es evidente
que yo creo que se puede), lo que b u s c a n nunca deja de estar ya descu­
bierto. En síntesis, mi mensaje para ellos no es en definitiva desafiante
sino consolador: no se preocupen.

236
3. Historia intelectual

Dominick LaC apra


Repensar la historia in telectu al y leer texto s *

Pero si c o n s i d e r a m o s q u e éste es u n c í r c u l o v icio so y p r e p a r a ­


m os los m e d io s p a r a e lu d ir lo , a u n c u a n d o lo “s in ta m o s ” s i m p l e ­
m e n t e c o m o u n a im p e r f e c c ió n i n e v i t a b l e , e n to n c e s el a c t o d e
e n t e n d e r h a s id o m a l e n t e n d i d o d e s d e el p r in c ip io m is m o .

H e id e g g e r , S e r y t i e m p o

Durante la últim a d écad a los historiadores in telectu ales fueron


cada vez más de la opinión de que su cam po sobrelleva una crisis
lo suficientemente im portante como para reabrir la cuestión de su
naturaleza y objetivos. C u alesq u iera sean las causas presuntas de
esta sensación de crisis (por ejemplo, el rápido ascenso de la histo­
ria social), uno de sus efectos benéficos es que urge a los miembros
de la disciplina a ser más claros acerca de lo que hacen y por qué lo
hacen. En respuesta a esta presión, intentaré definir y defender en

+ El t e x t o de Dominick L a G a p r a qu e se reproduce a p a r e c ió o rig in a lm e n te b ajo el


título “R e t h i n k i n g In te llec tu al H isto ry and R e a d in g T e x t s ”, e n Hi stor y a n d T h e o r y ,
19, 1980, y fue reimpreso e n R e t h i n k i n g I nt e l l e c tu al H i s t o r y : T e x t s , C o n t e x t s , L a n g u a g e ,
Ithaca, N u e v a York, C o rn e ll U n i v e r s i t y Press, ¡9 8 1 , pp. 2 1-71 [reproducido c o n p e r ­
miso de History' a n d T h e o r y ]. T r a d u c c i ó n : H o racio Pons.

2 27
términos relativamente teóricos el enfoque del campo, y específica­
mente de la historia intelectu al europea, que he llegado a considerar
más fructífero. A l exponerlo, estilizaré los argumentos para dar pre­
ponderancia a una serie de cuestiones polémicas. Por momentos me
veré obligado a no poner en práctica lo que pregono, porque aborda­
ré selectivam ente los textos de otros historiadores o teóricos a fin de
destacar posiciones problemáticas así como posibles direcciones de la
investigación.
En el transcurso de su propia historia en este país, la historia inte­
lectual se modeló a menudo de acuerdo con los enfoques de otras
ramas de la disciplina, adoptando un marco de cuestiones significa­
tivas de algún otro sector para orientar y organizar su investigación.
El deseo de adaptarse a modos de indagación inmediatamente inte­
ligibles para algunos grupos importantes de historiadores, si no para
todos, caracterizó unas perspectivas que con frecuencia se ven como
opciones antagónicas u opuestas: la historia interna o intrínseca de
las ideas (ejemplificada en las obras de A. O. Lovejoy), la concepción
extrínseca o “contextual” de la historia intelectual (ejemplificada en
las obras de Merle C urti), y el intento de síntesis de las perspectivas
interna y externa que la mayor parte de las veces asumió la forma de
una narrativa de “hombres e ideas” (por ejemplo, en las obras de Gra­
ne Brinton o H. S. Idughes). Los problemas engendrados por estas
opciones se han hecho cada vez más evidentes; volveré a algunos de
ellos. Estos problemas se ven exacerbados por la tendencia de la his­
toria intelectual a convertirse en estrechamente profesional y hasta
anticuaría mediante la ap licació n del método interno a problemas
cada vez menos significativos, o bien a quedar inmovilizada de manera
más o menos permanente en un nivel popular e introductorio con la
narración de las aventuras de “hombres e ideas”. La elaboración más
reciente de una historia social de las ideas pareció ofrecer una respues­
ta a estos problemas, porque en su rigor y refinamiento metodológico
va más allá de las formas más antiguas de contextualismo, y promete
dar a la historia intelectual acceso a los notables logros de la moderna

238
historia social. Sin lugar a eludas, ciertas cuestiones que anteriores his­
toriadores intelectuales abordaban de manera impresionista sólo pue­
den investigarse convincentemente mediante las técnicas de la historia
social moderna. Pero la historia intelectual no debería verse como una
mera función de la historia social. Tiene que explorar otras cuestiones,
que exigen técnicas diferentes, y su desarrollo puede permitir una mejor
articulación de su relación con la historia social. Incluso es posible que
la historia intelectual sugiera áreas en las cuales las formulaciones de la
historia social necesiten de una mayor elaboración.
En las páginas siguientes hay en acción un obvio “imperativo terri­
torial”, modificado por una conciencia activa tan to de los límites de
la historia intelectual como de sus relaciones con otras perspectivas.
De tal modo, mi planteam iento no está m otivado por el deseo de
establecer una autonomía engañosa para la historia intelectual d e n ­
tro de la historiografía o de las disciplinas en general. A l contrario,
lo que lo informa es una noción de la subdisciplina de la historia
intelectual que en algunos aspectos importantes es transdisciplinaria,
y defiende lo que puede llamarse su especificidad relativa. Tam bién
insta al historiador intelectual a ponerse al tanto de las elaboraciones
en otras disciplinas que abordan los problemas de la interpretación,
en especial la crítica literaria y la filosofía. De hecho, el argumento
que presentaré constituye ün nuevo giro en una visión bastante tra­
dicional de las cosas; pero es un giro que implica una crítica a veces
desorientadora y un repensar la tradición a través de la insistencia en
problemas e intereses que quedaron en las sombras en enfoques más
tradicionales. La preocupación que quiero reimpulsar se centra en la
importancia de leer e interpretar textos complejos —los así llamados
“grandes” textos de la tradición occidental—y de formular el proble­
ma de la relación de estos textos con diversos contextos pertinentes.
Es ésta una preocupación que, creo, no tiene hoy el lugar que m ere­
ce en la historiografía, incluida la historia intelectual, que parecería
ser su “hogar natural”. El enfoque que analizaré, sin embargo, no
apunta exclusivamente a volver a colocar esos textos en el lugar que
les corresponde. T am b ién plantea críticam ente la cuestión de poi­
qué son con frecuencia el objeto de interpretaciones excesivamente
reductivas aun cuando sean centros de análisis e interés. La forma
primordial de reducción que discutiré proviene del predominio de
una concepción docum entada de la comprensión histórica, porque
creo que es la que más prevalece en la profesión histórica de hoy en
día. Pero las implicaciones de mi planteamiento se'extien den a toda
forma de menosprecio extremo del diálogo entre pasado y presente
diálogo que exige una sutil interacción entre proximidad y distancia
en la relación del historiador con el “objeto” de estudio. (Esta rela­
ción dialógica entre el historiador o el texto histórico y el “objeto”
de estudio p lan tea la cuestión del papel de la selección, el juicio, la
estilización, la ironía, la parodia, la autoparodia y la polém ica en el
uso que el historiador hace del lenguaje; en síntesis, la cuestión de
cómo el uso del lenguaje por parte del historiador se dirim e a través
de factores críticos que no pueden reducirse a la predicación fáctica o
la aserción autoral directa sobre la “realidad” histórica. En este aspec­
to, es significativa la manera en que el enfoque con que e! historiador
aborda el “objeto” de estudio está informado o “influido” por los méto­
dos y concepciones de otros historiadores o “hablantes”.) Además, el
enfoque que defenderé no está motivado únicamente por el intento
de encontrar orden en el caos haciendo conocido lo desconocido;
también es sensible al modo en que la configuración habitual de la
adquisición de conocimientos puede ponerse en tela de juicio.cuando
lo conocido se transforma en desconocido, especialmente en ocasión
de verlo nu evam ente en textos importantes.
¿Qué se quiere decir con el término “texto”? En un principio, pue­
de verse como un uso situado del lenguaje, marcado por una tensa
interacción e n tre tendencias recíprocam ente im plicadas pero por
momentos con testatarias. De acuerdo con este punto de vista, la
oposición misma entre lo que está adentro y lo que está afuera de los
textos se vuelve problemática, y nada se ve como lisa y llanamente
interior o exterior a ellos. En realidad, el problema pasa a ser el de

240
repensar los conceptos de “adentro” y “afuera” en relación con los
procesos de interacció n entre el len guaje y el mundo. U no de los
aspectos más estim ulantes de los recientes estudios sobre la textua-
lídad ha sido la investigación acerca de los motivos por los que los
procesos textuales no pueden confinarse dentro de los marcos del
libro. El mismo contexto o “mundo re al” es “textualizado” de diver­
sas maneras, y aun si uno cree que el sentido de la crítica es cambiar
el mundo y no sim plem ente interpretarlo, el mismo proceso y los
resultados del cam bio plantean problemas textuales. La vida social e
individual pueden verse fructíferamente según la analogía del texto,
implicadas en procesos textuales que a menudo son más complicados
de lo que la im aginación histórica está dispuesta a admitir. Además,
el intento de relacio n ar los textos con otros medios “simbólicos”,
“representacionales” o “expresivos” (m úsica, pintura, danza, actitudes
gestuales) plantea el problema de la traducción de uno a otro medio
en un proceso que entraña tanto pérdidas como ganancias de “sig­
nificado”. En la medida en que el historiador o el crítico emplea el
lenguaje para efectuar esa traducción, se enfrenta de manera evidente
a la cuestión de la textualidad. En términos más generales, la noción
de textualidad sirve para hacer menos dogmático el concepto de rea­
lidad al apuntar al hecho de que uno está “siempre ya” envuelto en
-problemas de uso del lenguaje en la medida en que intenta obtener
una perspectiva crítica sobre ellos, y plantea la cuestión tanto de las
posibilidades como de los límites del significado. Para el historiador,
la reconstrucción misma de un “contexto” o una “realidad” se produ­
ce sobre la base de restos “textualizados” del pasado. La posicicm del
historiador no es única, por cuanto todas las definiciones de la reali­
dad están comprometidas en procesos textuales. Pero la cuestión de la
comprensión histórica es distintiva. El problema más general consiste
en ver de qué m anera la noción de textualidad hace explícita la cues­
tión de las relaciones entre los usos del lenguaje, las otras prácticas
significantes y los diversos modos de la actividad humana vinculados
con procesos de significación. El tema más distintivo de la historio­

241
grafía es el de la relación entre la reconstrucción documentaría y el
diálogo con el pasado.1
Habida cuenta de que la relación entre lo documentado y lo dialó-
gico es un problema pertinente para toda la historiografía, el argumen­
to que plantearé no se restringe a la historia intelectual. S in embargo,
en general me abstendré de discutir extensamente las cuestiones más
amplias a las que pueda aludir, a fin de concentrarme en el tópico más
específico de la relación problemática de lo “textual” con la historia
intelectual, haciendo hincapié en el tópico aun más limitado de los tex­
tos escritos y, dentro de él, en el problema de la lectura e interpretación
de los “grandes” textos de la tradición. Estos no son absolutamente úni­
cos, y los procesos que ponen al descubierto no son completamente par­
ticulares a ellos. Pero dos motivos para centrar la historia intelectual
en esos “grandes textos” son el hecho de que en general la historio­
grafía contemporánea no hace hincapié en su estudio, y que en ellos
el uso del lenguaje se explora de una manera especialmente enérgica
y crítica, que nos compromete como intérpretes en una conversación
particularmente atrapante con el pasado.’

1 La mejor m a n e ra d e le e r e.ste a rtíc u lo es e n c o n ju n c i ó n con las o bras d e Hayden


V. W h ite , en p a r tic u la r h Ae tah i st or y y T r o p i c s o f D i s c o u r s e . La obra de W h i t e h a teni­
do una inmensa i m p o r t a n c i a e n el origen d e l a c t u a l d e b a te sobre los e n fo q u e s de la
historiografía. M i p ro p io a n á l i s i s c o n c u e rd a c o n su c r ít ic a de la n a r r a t iv a c o n v e n c io ­
nal y de un enfoque e s t r e c h a m e n t e d o c u m e n t a d o c o m o in ad e cu ad o s p a r a las tareas
de la historia in te le c tu a l. P ero es c rític o de las t e n d e n c i a s más “presenti.stas” y “cons-
tructivistas” que por m o m e n t o s a so m an en las o b ras de W h i t e , y trata de m o strar una
manera diferente de e n t e n d e r p a r c ia lm e n te la h i s t o r i a in te le c tu a l c o m o u n diálogo
con el pasado. Para un a n á l i s i s de T r o p i c s o f D i s c o u r s c , ver Re t h i n ki n g ¡ n t e l l c c t n a l His-
torv: Tcxts, Contexts, L c m g u a g c . C o n respecto a los p ro b le m as r e la c io n a d o s , tal como
surgen en la in terp retación d e las obras de Jea n -P au l S a r tre , re m ito al le c to r a mi
P rc fa c c to .Sartre.
: La noción de la c o m p r e n s ió n h istó rica c o m o u n a c o n v e rsa c ió n c o n el pasado
se desarrolla en las o bras ele M a r t i n H eid e gge r y e n las ele su discípu lo, m ás conser­
vador, Hans-Georg G ad am er. V é an se en e s p e c ia l, de H eidegger, “O nto-theo-logical

242
Es importante analizar la cuestión de qué obras se considerarán
“grandes” y reevaluar el “canon” al cual prestamos especial aten ción .
Incluso considero valedero el argumento de que nuestra co m p ren ­
sión de un canon h a sido demasiado e tn o c é n tric a en su c o n fin a ­
miento del texto al libro y la exclusión de textos de otras tradiciones
y culturas. En efecto, es importante e x am in ar críticam ente la noción
misma de canon y algunas de las funciones que puede llegar a cu m ­
plir. Pero debo confesar que la mayoría de las veces concuerdo con
las autoridades tradicionales en la id en tific a ció n de las obras que
deben incluirse en cualqu ier lista n ecesaria pero no su ficien te de
textos especialmente significativos. S in embargo, lo que me intriga
por momentos es la manera en que se interpretan esas obras, porque
las interpretaciones pueden tener muy poca correspondencia con
el juicio de que la obra es grande o al menos de particular sign ifica­
ción. A q u í cabría preguntarse si se e lim in a algo en el cam ino que va
desde el juicio que identifica una gran obra hasta el discurso que la
interpreta, ya que con frecuencia las interpretaciones abordan estos
textos en términos que los domestican al poner de relieve su c a rá c ­
ter común con obras menores o creencias, deseos, tensiones y valores
corrientes. Ese tratamiento supone zanjadas una serie de cuestiones
cruciales. ¿Son los grandes textos de especial interés, no en su c o n ­
firmación o reflejo de las preocupaciones comunes, sino, para p ara­
frasear a Nietzsche, en la manera excepcional en que abordan temas

C o n s t it u t io n o f M e t a p h y s i c s ” , e n I d e n t it y a n d D i f f e r e n c e , tr a d , d e J o a n S t a m h a u g h ,
Nueva Y o r k , H a rp e r & R o w , 1 9 6 9 [trad, c a s t e l l a n a : I d e n t i d a d y d i f e r e n c i a , B a r c e l o ­
na, A n t h r o p o s , 1 9 8 8 ] y, d e G a d a m e r , Truth a n d M e t h o d , tra d , d e J. W e i n s h e i r m e r y
D. M a r s h a l l, N u e v a Y o rk , C r o s s r o a d s , 1 9 9 2 [trad, c a s t e l l a n a : Ve rd ad y m é t o d o , 2 v o l s .,
S a la m a n c a , S í g u e m e , 1 9 9 2 J , y P h i l o s o p h i c a l H e r m e n e u t i c s , tra d , d e D a v i d E. L in g e ,
Berkeley y Los A n g e le s , U n i v e r s i t y ot C a l i f o r n i a P res s, 1 9 7 6 . En su n o c i ó n d e la p l e ­
na v e r d a d c o n s e n su a l c o m o telas d el d iá lo go, G a d a m e r es tá m ás c e rc a d e H a h e n n a s
que de H eid eg ger.

243
triviales.73 ¿Se comprometen a menudo o aun característicamente en
procesos que emplean o se refieren a supuestos corrientes y simultá­
neam ente los impugnan, a veces de manera r a d ic a l7 ¿El juicio sobre
su grandeza se relaciona en ocasiones con la sensación de que ciertas
obras fo rtalecen y a la vez subvierten la tradición, señalando quj.
zás la necesidad de tradiciones más nuevas que estén más abiertas a
modos desconcertantes de cuestionamiento y sean más capaces de
oponerse a la amenaza recurrente de derrumbe? ¿Tratan ciertas obras
de confirm ar o establecer algo - u n valor, un modelo de coherencia,
un sistema, un género- y a la vez ponerlo en tela de juicio? ¿Se per­
cibe en los juicios algo que tal vez no se diga en las interpretaciones
reductivas que con vierten en demasiado fam iliares ciertas obras?
¿Son los procesos de impugnación a menudo o característicamente
más vigorosos en ciertas clases de textos -p o r ejemplo, los literarios
o po éticos— que en los filosóficos o históricos? ¿Cuán impermea­
bles son estas formas de clasificación de un orden más elevado en
relación con el(los) uso(s) real(es) del lenguaje en los textos? ¿Qué

' V é a s e e n e s p e c i a l N i e t z s c h e , U s e a n d A h u s e o f H i s t o r y , t r a d , d e A d r ia n
C o l l i n s , I n d i a n a p o l i s , B o h h s - M e r r i l l E d u c a t i o n a l P u b l i s h i n g , 1 9 5 7 , p. 3 9 . Con
r e s p e c t o a l a r g u m e n t o d e N i e t z s c h e d e que la r e n u n c i a a la i n t e r p r e t a c i ó n y la
l i m i t a c i ó n d e la e r u d i c i ó n a la “ v e r d a d ” pura e n su f o r m a r e s i d u a l c o m o “fidelidad
a lo s h e c h o s ” c o n s t i t u y e n u n a e x p r e s i ó n d el ideal a s c é t i c o , v é a s e O n t he G e n ea l o gy
o f M o r a l s , t r a d , d e W a l t e r K a u l m a n n , N u e v a Y o r k , R a n d o m H o u s e , 1 9 6 9 , p. 151
|rrad. c a s t e l l a n a : La g e n e a l o g i a d e Iti m o r a l , M a d r id , A l i a n z a , 1 9 7 1 1- Para u n análisis
m ás g e n e r a l d e la c o m p r e n s i ó n “g e n e a l ó g i c a ” d e la h i s t o r i a p o r p a r t e de Nietzsche,
q u e c o m b i n a lo d o c u m e n t a r i o y lo c r i t i c a m e n t e r e c o n s t r u c t i v o e n una perspectiva
p o l é m i c a , v é a s e M i c h e l F o u c a u l t , “ N ie t z s c h e , G e n e a l o g y , H i s t o r y ”, e n Language,
C o u n t e r - M e m o r y , P r a c t i c e , t r a d , d e D o n a l d F. B o u c h a r d y S h e r r y S i m o n , Ithaca,
C o r n e l l U n i v e r s i t y Press, 1 9 7 7 , p p . 1 3 9 - 1 6 4 . (L o s a r t í c u l o s i n c l u i d o s e n este libro
- R e t h i n k i n g i n t e l l e c t u a l H i s t o r y — r e p r e s e n t a n u n c o m p l e m e n t o a m e n u d o crítico a
las p o s i c i o n e s “e s t r u c t u r a l i s f a s ” m á s c o n o c i d a s y e n c i e r r o m o d o d o c t r i n a r i a s que
F o u c a u l t - p e s e a p r o te s t a s e n s e n t i d o c o n t r a r i o — d e s a r r o l l a c o n f r e c u e n c i a en sus
obras p rin c ip a le s .)

244
exige del lector una modalidad de interpretación menos reductiva,
normalizadora o armonizadora?
Éstos son los tipos de cuestiones planteadas en lo que Heidegger lla­
ma “p e n s a r 1 ° impensado” de la tradición y Derrida “deconstrucción”.
(Lo que considero especialmente valioso en leas enfoques de la tex-
tualidad elaborados por Heidegger y Derrida es la indagación crítica
que trata de evitar una reproducción sonámbula de los excesos de una
tra d ición histórica mediante la rehabilitación de lo sumergido o repri­
mido en ella y la inclusión de los elementos sumergidos o reprimidos
en una “contienda” más imparcial con tendencias que en sus formas
dominantes son nocivas.)
Quiero empezar a abordar estas cuestiones distinguiendo entre los
aspectos docum éntanos y de “ser-obra” del texto.4 Lo documenta­
rlo sitúa el texto en términos de dimensiones tácticas o literales que
implican la referencia a la realidad empírica y transmiten información
sobre ella. El “ser-obra” complementa la realidad empírica con agre­
gados y sustracciones. Implica por lo tanto dimensiones del texto no
reductibles a lo documentado, que incluyen de manera preponderan­
te los papeles del compromiso, la interpretación y la imaginación. El

4 La n o c i ó n d e “s e r - o b r a ”, d es d e lu e g o , es tá e n d eu d a c o n el a n á lis is de H eid eg ger


en “The O r i g i n ot t h e W o r k oí A r r ”, e n P o c t r y , L a n g u a g e , T h o u g h t , rrad. de A l b e r t
Hofstadter, N u e v a Y o rk , H a rp e r ék R o w , 1 9 7 5 , pp- 1 5 - 8 7 [rrad. c a s t e ll a n a : “El o rig e n
de la obra d e a r r e ”, e n Sendas perdidas , B u e n o s A i r e s , L osad a, 19 79| . N o e x c lu y e la
receptividad y n o d e b e r í a i n t e r p r e t á r s e l a e n u n s e n t id o e s t r e c h a m e n t e “p ro d u c tiv is -
ta”. La d i s t i n c i ó n e n t r e lo d o c u m e n t a r á ) y el se r-o b ra ta m b i é n p u e d e c o m p a ra r s e c o n
la trazada p o r J. L. A u s t i n e n t r e lo “c o n s r a t a t i v o ” - el e n u n c i a d o d e s c r i p t i v o que se
mide según los c r i t e r i o s d e v e r d a d y t a ls c d a d e n su “c o r r e s p o n d e n c i a ” c o n los h e c h o s —
y lo “p e r ío r m a ti y o ” -el h a c e r cosas c o n p a la b r a s qu e g e n e ra u n c a m b i o e n el c o n t e x t o
situacional—. En el e n f o q u e q u e s u g ie ro , la m e j o r m a n e ra d e c o n s i d e r a r lo c o n s t a t a t i v o
y lo p e r fo r m a t iv o n o es c o m o tip os o c o n j u n t o s g e n é ric o s d e a c to s d e h a b la (“á m b i ­
tos de dis cu rso” ) s i n o c o m o a sp e c to s m á s o m e n o s p r o n u n c i a d o s d e a c t o s d e h a b la (o
textos) que tal v e ' p u e d a n e la b o r a r s e o o n c c p t u a l m e n t e c o m o d i s t i n c i o n e s a n a lítica s,
tipos ideales o i i c c i o n e s h eu rístic as .

245
ser-obra es crítico y transformador, porque deconstruye y reconstruye
lo dado, en un sentido repitiéndolo, pero también trayendo al mun
do, en esa variación, modificación o transformación significativa, algo
que no existía antes. Con engañosa simplicidad, podríamos decir qUe
en tanto lo documentado señala una diferencia, el ser-obra constituye
una diferencia, que compromete al lector en un diálogo recreativo con
el texto y los problemas que plantea.
Volveré a esta distinción y sus im plicaciones ilum inándolas con
una luz un poco diferente. Lo que subrayo aquí es que lo documen­
tado y el ser-obra se refieren a aspectos o com ponentes del texto
que pueden desarrollarse en diferentes grados y relacionarse unos
con otros de diversas maneras. Por lo común aludim os a Los herma­
nos K a r a m a z o v o a La f e n o m e n o l o g í a del espíritu como obras, y a una
planilla de impuestos, un testam en to y el registres de una investi­
gación como documentos. Pero la obra se sitúa en la historia de
un modo que le da dim ensiones docum entarias, y el documento
tiene aspectos del ser-obra. En otras palabras, tan to el “documen­
to” como la “obra” son textos que implican una interacción entre
los com ponentes docum entados y de ser-obra que debería exami­
narse en una historiografía c rític a. A menudo, las dimensiones del
documento que hacen de él un texto de cierta clase, con su propia
historicidad y relaciones con los procesos sociopolíticos (por ejem­
plo las relacio n es de poder), se traslucen cuando se lo usa lisa y
llanam ente como una cacería de hechos en la reconstrucción del
pasado. (El registro de una investigación , por ejem plo, es en sí mis­
mo una estructura de poder te x tu al que lo v in c u la cota relaciones
de poder en la sociedad en general. Su fu ncionam iento en cuanto
texto está ín tim a y problem áticam ente relacionado con su uso para
la reconstrucción de la vicia del pasado.) A la inversa, los aspectos
más d ocum éntanos de una obra se pasan por alto cuando se la lee
de una m an era puram ente fo rm alista o como una fuente aislada
para la recuperación de un significado pasado. Evidentemente, las
cuestiones más amplias en discusión giran alrededor de las relacio­

246
nes entre los aspectos documentarios y de ser-obra del tex to y entre
las maneras correlativas de leerlo.
Un diálogo con “otro” tiene que tener un tema y transmitir infor-
ftiación de alguna clase. Pero, como lo señalaron W eb er y Colling-
wood, un hecho es un hecho pertinente sólo con respecto a un marco
de referencia que implica preguntas que hacemos al pasado, y lo que
distingue al saber productivo es la aptitud de plantear las preguntas
“correctas”. Heidegger ha subrayado que, por sí mismas, éstas se sitúan
en un “contexto” o “mundo vivido” que no puede ser completamente
objetivado o plenamente conocido. Para Heidegger, además, sólo al
investigar lo que un pensador no pensó explícita o intencionalm ente
pero que pese a ello constituye en él lo “impensado” digno de cues-
tionamiento, es cuando una conversación con el pasado ingresa en
dimensiones de su pensamiento que se refieren más enérgicam ente
al presente y el futuro. Aquí, el anacronismo es un peligro evidente,
pero un tipo imaginativo y autorreflexivo de historia comparativa que
indague en las posibilidades no realizadas y hasta resistidas del pasa­
do constituye no obstante un complemento importante de tipos más
empíricos ele comparación en el diálogo entre pasado y presente. (El
propio Weber, debe recordarse, adujo que la atribución ele peso cau­
sal a un acontecim iento o fenóm eno dependía de su comparación
con un repensar imaginativo del proceso histórico eit el que aparecía.
Sólo al formular la hipótesis de lo que podría haber llegado a pasar
en ausencia o con una variación significativa de un aco ntecim ien­
to o fenómeno podía llegarse a la comprensión de las posibilidades
transformacionales que permitían apreciar el hecho de que algo había
ocurrido en la forma que realmente asumió.) En rigor de verdad, en
la medida en que en sí mismo es “ser-obra”, un diálogo implica el
intento del intérprete de pensar más en profundidad lo que está en
discusión en un texto o una “realidad” pasada, y en el proceso el mis­
mo cuestionador es cuestionado por el “otro”. Su propio horizonte se
transforma cuando enfrenta posibilidades aún vivas (pero a menudo
sumergidas o silenciadas) inducidas por una investigación del pasado.

247
En este sentido, la historicidad del historiador está en discusión tanto
en las preguntas que hace corno (con permiso de Weber) en las “res­
puestas” que da en un texto que retícula por sí mismo lo documentarlo
y el ser-obra. Por último, puede sostenerse que la interacción entre las
tendencias documentaría y de ser-obra provoca una tensión que sólo
es neutralizada a través de procesos de control y exclusión. Estos pro­
cesos pueden actuar tan to'en el texto interpretado como en el que lo
interpreta. En la historia intelectual, tienden a actuar más en nuestras
interpretaciones o usos de los textos de interés primordial que en esos
mismos textos.5
En la historiografía general ha predominado un enfoque documen­
tado de la lectura de textos, enfoque que, en algunos aspectos impor­
tantes, también caracterizó a la historia intelectual. Si su predominio
está expuesto a cuestionamientos en otras áreas de la historiografía, tal
vez es aún más cuestionable en la historia intelectual, habida cuenta
de los textos que ésta aborda.6 Esto se debe a que algunos de estos tex­
tos exploran por sí mismos la interacción de diversos usos del lenguaje
como el documentado y el de ser-obra, y lo hacen de una manera que
plantea la cuestión de las varias posibilidades de este uso que concu­
rren en esa interacción. La sátira menipea es un ejemplo manifiesto
de un tipo de texto que explora abiertamente la interacción o diálogo

^ Este ten ia h a t e n i d o e s p e c ia l im p o rta n cia en las o b r a s d e Foucault y D e r r id a . Para


tina d e sus a p l i c a c i o n e s a la i n t e r p r e t a c i ó n de R o u s s e a u , v é a s e J a c q u e s D e r r id a , O/
L h a m m a t o l o g y , tra d . d e O a y a t r i C . S p i v a k , B a l t i m o r e , J o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y
Press, 1976; p r i m e r a e d i c i ó n , 196 7 ) |lrad. ca s te lla n a : I ) c la c r e m a t o l o g í a , M é x i c o , Siglo
X X I , 197 1 ]. En su o b ra r e c i e n t e , F o u c a u lt se v o l e é » d es d e lu e g o h a c ia un a n á l is is micro-

ló g i c o sle las a r t i c u l a c i o n e s r e c i p r o c a s del p o d e r y el c o n o c i m i e n t o .


n E n Tropic.s o/ D iscutirse , F l a v d e n W h i t e d e s a r r o l l a u n a c r ít ic a d e la c o n c e p ­
c i ó n e x c l u s i v a o p r e d o m i n a n t e m e n t e d o c u m e n t a r í a d e la h is to rio g ra fí a e n general.
V é a n s e e n e s p e c ia l la i n t r o d u c c i ó n y los c a p ítu lo s 1 a 4 . C u r i o s a m e n t e , e n e s re libro
W h i t e n o e x p l o r a las a p l i c a c i o n e s más esp ecífica s d e sus a r g u m e n t o s a la historia
in te le c tu a l.

248
entre los usos del lenguaje.' Pero esta cuestión puede plantearse en
pación con cualquier texto de una manera que a la vez lo abra a una
investigación de su funcionamiento como discurso y exponga al lec ­
tor a la necesidad de interpretación en su diálogo con él. En realidad,
parecería haber algo intrínsecamente equívoco en la idea de aproxi­
marse de forma pura o siquiera preponderamente documentaria a un
texto con un marcado carácter de ser-obra e internamente “dialogi-
zado” que formula a sus lectores demandas que la comprensión docu­
mentaria no puede satisfacer por sí sola.
El predominio de un enfoque docum entado en la historiografía
es una de las razones cruciales por las cuales los textos complejos
-en especial los “literarios”—quedan excluidos del registro histórico
pertinente o bien se leen de una manera extremadamente reducida.
Dentro de la historia in telectu al, la reducción asume la forma del
análisis sinóptico de contenidos, en el método más narrativo, y la de
una identificación no problemática de objetos o entidades de interés

7 Para u n a n á lis is i l u m i n a d o r d e El M editerráneo y el m undo mediterráneo en la épo­


ca de Felipe II, d e F e r n a n d B r a u d e l , c o m o u n a sá tira m e n i p e a , v é a se H a n s K e l l n e r ,
“Disorderly C o n d u c e R r a u d e l’s M editerranean Sátiro”, Ih sto ry and Theory, 1 8 , 1 9 7 9 ,
pp. 1 9 2 - 2 2 2 . K e l l n e r , sin e m b a r g o , n o a b o rd a dos c u e s t i o n e s im p o r ta n t e s : 1) el p a p e l
del discurso c ie n tífic o en la o b r a ríe B ra u d e l y el p r o b l e m a d e c ó m o se r e l a c i o n a c o n
otros usos d e l le n g u a je , y 2 ) e n qué s e n t i d o la “sá tir a m e n i p e a ” n o es s i m p l e m e n t e
una c a te g o ría q u e n o s p e r m i t e i d e n t i f i c a r el g é n e r o d e u n a o b r a sin o u n uso p l u r i ­
valente d e l l e n g u a j e que puede p o n e r a p ru e b a los l í m i t e s ríe las c l a s if ic a c io n e s d e
géneros. Estas c u e s t io n e s su r g e n d e m a n e r a aguda c u a n t í o u n o i n t e n t a r e l a c i o n a r la
com prensión c lá s ic a de lo m e n i p e o e n N o r t h r o p Frve c o n la noción m ás c a r n i v a l i z a d a
de M ija il B a j t m ( e n esp ecia l e n Problems o f Dostoevsky’s Poetics, trad. de R. W . R o t -
sel, A n n A r b o r , A r d i s , 1 9 7 3 , pp. 9 2 - 1 0 0 jrrad. c a s t e l l a n a a : Problemas de la poética de
Dostoyevsky, M é x i c o , F o n d o d e C u ltu ra E c o n ó m ic a , 1 9 9 3 ] ) . S o b r e Bajtin, v é a s e J u lia
Kristeva, “Le m ot, le d ia lo g u e e t le r o m á n ”, e n Sem eiotiké. Recherches pour une sem a-
nalyse, París, E d itio n s du S e n i l , 1 9 6 9 , pp. 1 4 3 - 1 7 3 |tracl. c a s t e l l a n a : Semiótica, M a d r i d ,
Fundamentos, 2 v o lú m e n e s ] , y T z v e t a n T o d o r o v , M ikhad Bakhtine: le principe dialngi-
que, París, E d it io n s du S e n il, 1 9 8 1 .

249
histórico, en la historia de las ideas.8 Estas entidades son, desde luego
“ideas” ( “ideas unidades” en la obra de A. O. Lovejoy) o “estructuras
de la conciencia” o de la “m ente” (por ejemplo, en la obra de Errist
Cassirer). Las ideas o estructuras de la conciencia se abstraen de los
textos y se relacionan con modos generales y formalizados de discur­
so o formas simbólicas (filosofía, literatura, cien cia, mito, historia,
religión). Pocas veces se exam ina cómo funcionan realmente estas
estructuras en textos complejos, o sólo se les presta una atención
marginal. Las ideas o estructuras (por ejemplo, la idea de la natura­
leza o la gran cadena del ser) pueden rastrearse a lo largo del tiempo
y utilizarse para hacer distinciones entre períodos. Desde una pers­
pectiva de orientación más social, este enfoque es criticado por ser
demasiado disociado: una forma de historia de las ideas “en el aire”.9
Empero, en un nivel muy básico, la historia social de las ideas com-

No d is c u t i r é más e n p r o f u n d i d a d el análisis s i n ó p t i c o d e c o n t e n i d o s , q u e como


m é t o d o ele a n a liz a r r ex tos c o m p l e j o s es a la vez n e c e s a r i o y l i m i t a d o . Em pero, e n cuan­
to a u n a d e las n a r r a c io n e s m ás e x i t o s a s y lúcidas e n t r e las b a sa d a s e s e n c i a lm e n t e en el
m é t o d o s i n ó p t i c o , v éa se M a r t i n l a y , T h e Di ale cti cal I m a g i n a t i o n : A l listory o f t he Frank­
f o r t S c h o o l , B o s t o n , L ittle B r o w n , 1 9 7 3 |trad. c a s t e ll a n a : La i m a g i n a c i ó n d i al é ct i ca . Una
hi st ori a d e la Es c ue l a de F r a n c f o r t , M a d r i d , T a u ru s, 1 9 7 4 J - E n u n a ob ra e x t r e m a d a m e n t e
i n t e l i g e n t e y a m b ic ios a, M a r k P o s t e r , c o n alg unos r e c e lo s , t a m b i é n p ra c tica la historia
i n t e l e c t u a l c o m o una n a r r a c i ó n q u e r e l a c io n a sin opsis o p a rá fra sis de los arg um entos
de los r e x t o s c o n d es arro llo s c o n t e x t ú a l e s (Existential M a r x i s m m P o s t w a r F r a n c e : From
Sa rt re to Al t h u s s e r , P r in c e t o n , P r i n c e t o n U n i v e r s i t y Press, 1 9 7 6 ) . Para u n i n t e n t o de
a n á lisis y c r í t i c a del p a p el d e l m é t o d o s i n ó p t i c o e n la i n t e r p r e t a c i ó n c o n te x tu a lis ta ,
v é a s e L a C a p r a , “R e a d in g E x e m p l a r s : W i t t g e n s t e i n ' s V i e n n a a n d W i t t g e n s t e i n ’s Tracta-
tas", e n R e t h i n k i n g I nt e l l e c tu al H i s t o r y .
” V é a s e la c r ít ic a de C a s s i r e r e n P e t e r G a y , “T h e S o c i a l H is to r y of Ideas: Ernst
C a s s i r e r a n d A f t e r ”, e n K u r t 11. W o l f f y B a r r i n g t o n M o o r e , J r . (c o m p s.) , T h e Critical
.Spirit: E s s a y s in H o n o r o f H e r b e r t M a r c u s e , B o s to n , B e a c o n Press, 1 9 6 7 , pp. 1 0 6 - 1 2 0 .
N o o b s t a n t e , G a y elo gia a C a s s i r e r p o r su énfasis e n la e s t r u c t u r a y su c a p a c id a d de
e n c o n t r a r o r d e n e n u n c a o s a p a r e n t e . G a y n o se c u e s t i o n a e n qu é m e d id a el orden
así e n c o n t r a d o es li m i t a d o o i n c l u s o e n g a ñ o s o . (El s e n t i d o tie esta o b s e r v a c i ó n es

2 30
parte a menudo los supuestos del enfoque que critica. Ésta tam bién
considera las ideas, estructuras de co n cien cia o “m entalidades” como
entidades relativamente no problem áticas y no plan tea la cuestión
de cómo funcionan en los textos o los usos reales del lenguaje, e x a ­
minando, en cambio, las causas u orígenes de las ideas y su impacto
o efecto sobre la historia. En síntesis, la historia social con frecuencia
ajusta una historia de las ideas a un marco causal y una concepción
de la matriz social sin investigar c rític am e n te qué es lo que se ha
causado o cuál es el efecto producido.10 T am b ién puede conducir a
la idea de que las únicas cosas dignas de estudio son las que tuvieron
un impacto o efecto social en su propio tiempo, lo que privaría a la
historiografía de la necesidad de recuperar aspectos significativos del
pasado que tal vez se hayan “perdido”.
Una comprensión diferente de la historia in te lec tu al como una
historia de textos puede perm itir una form ulación más c o n v in c en ­
te de problem as introducidos por enfoques ya establecidos y un

sugerir q u e la im p o sic ió n de “o r d e n y c l a r i d a d ” —segú n u n a ele las e x p r e s io n e s f a v o r i t a s


de G i b b o n — al regis tro h is t ó r ic o es e q u í v o c a y q u e el o b j e t i v o d e l h i s t o r i a d o r d e b e r í a
ser más b i e n e x p l o r a r c r í t i c a m e n t e el m o d o e n q u e se p r o d u c e la i n t e r a c c i ó n e n t r e el
orden y sus “o t r o s ” c o n t e s ta ta r io s .)
10 P ara u n e j e m p l o n o t a b l e m e n t e e x i t o s o d e este e n f o q u e , in s p i r a d o e n los m é t o ­
dos de la e s c u e l a ele los A n n a l e s , v é a s e D a n i e l R o c h e , Le S i è c l e d e s L u m i è r e s en p r o v i n ­
ce. Académ ies et a c a d é m i c i e n s ¡ n o v i n c i a u x , 1 6 8 0 - / 7 8 9 , d o s v o l ú m e n e s , París, M o u t o n ,
1978. S u e n f o q u e de los t e x t o s d e R o u s s e a u , d e los q u e n o e f e c t ú a u n a n á lisis c r í t i c o
extenso, p u e d e c o n tr a s ta rs e c o n e l d e D e r r i d a e n D e la g r a m a t o l u g í a . S i n e m b a r g o , e n
la a c t u a lid a d h a y signos d e q u e q u i e n e s e s t á n a s o c ia d o s a la e s c u e la d e los A r m a l e s
están e l a b o r a n d o una n o c i ó n a m p l i a d a d e “le t ravai l d u t e x t e 1’ q u e r e v e l a las l i m i t a ­
ciones d e las le c t u r a s e s t r e c h a m e n t e d o c u m e n t a r i a s . V é a n s e , p o r e j e m p l o , J a c q u e s Le
G o ff y P ie r r e N o r a , Faire de l' h i st oi re, P a rís, G a l l i m a r d , 1 9 7 4 |trad. c a s t e ll a n a : H a c e r
la historia, B a r c e l o n a , Laia, 1 9 8 5 , tres v o l ú m e n e s ] , y M i c h e l d e C e r r e a u , L’É c r i t u r e de
l’histoire, P a rís, G a l l i m a r d , 1 9 7 5 (trad . c a s t e l l a n a : La e s c r i t u r a d e la historia, M é x i c o ,
U n iv ersid a d Ib e r o a m e r ic a n a , 1 9 9 3J y L ’ I n v e n t i o n d u q u o t i d i e n , París, U n i o n G é n é r a l e
¿ ’Editions, 1 9 8 0 [trad. c a s t e ll a n a : La i n v e n c i i m d e lo c o t i d i a n o , M é x i c o , U n i v e r s i d a d
Ib e ro a m erica n a , 19 9 6 ] ,

251
intercam bio recíprocam ente más inform ativo con el tipo de his­
toria social que relacion a discurso e instituciones. En el marco de
esta comprensión, lo que en las perspectivas que m encioné se tom a
como supuesto o se pasa por alto se convierte en un problema para
su investigación. U n o de esos problemas, en la encrucijada misma de
lo documentarlo y lo dialógico, es la naturaleza precisa de la relación
entre los textos y sus diversos contextos pertinentes. Dividiré este
problema en seis áreas de investigación parcialm ente superpuestas
y, al analizarlas, destacaré algunos aspectos que en estos momentos
suelen omitirse.
Puede resultar útil que en primer lugar aclare mi objetivo. Mi lis­
ta no es exhaustiva, y lo que sostengo es que, al abordar la relación
de los textos con los contextos, lo que a menudo se toma como una
solución al problema debería reformularse e investigarse ella misma
como el verdadero problema. La apelación al contexto no responde
en el acto todas las cuestiones de la lectura y la interpretación. Y una
apelación a el contexto es engañosa: nunca tenemos —al menos en el
caso de los textos complejos—un contexto. El supuesto de que sí lo
tenemos se basa en una hipostatización de “contexto”, con frecuen­
cia al servicio de equívocas analogías orgánicas u otras abiertamente
reductivas. Lo que tenemos en el caso de los textos complejos es un
conjunto de con textos interactuantes cuyas relaciones mutuas son
variables y problemáticas, y cuya relación con el texto que se investi­
ga plantea difíciles cuestiones de interpretación. En rigor de verdad,
lo que tal vez sea más insistente en un texto moderno es la manera
en que impugna uno o más de sus contextos. Además, la afirmación
de que un con texto o subconjunto específico de contextos es espe­
cialmente significativo en un caso dado tiene que demostrarse y no
simplemente suponerse o incorporarse subrepticiamente a un modelo
o marco exp licativo de análisis. C on estas salvedades en mente, los
seis “contextos” cine señalaré para su consideración son intenciones,
motivaciones, sociedad, cultura, el corpas y la estructura (o concep­
tos análogos).

252
1. La relación e n t re las intenciones del a u to r y el texto. No querría negar
la importancia de las intenciones y de la tentativa de especificar su
relación con lo que sucede en los textos o, en términos más genera-
les, en el discurso. Pero la teoría del acto de habla ha prestado apo­
yo a la opinión extrem a de que la enunciación y —presumiblemente
por extensión—el texto deducen su significado de las intenciones del
autor al hacerlos o escribirlos.'Quentin Skinner sostuvo con vigor que
el objeto de la historia intelectual debería ser el estudio de lo que los
autores pretendían decir en contextos históricos y situaciones comu­
nicativas diferentes.11 Esta concepción tiende a suponer una relación
de propiedad entre el autor y el texto, así como un significado unitario
para una enunciación. En el mejor de los casos, da origen a una idea
notoriamente simple de las divisiones o tendencias opuestas en un
texto y de las relaciones entre los textos y sus clasificaciones an alíti­
cas. Al presentar el texto exclusivamente como una “intencionalidad”
realizada o “encarnada”, impide la formulación como problema explí­
cito de la cuestión de la relación entre intenciones —en la m edida en
que se las puede reconstruir plausiblemente—y lo que es posible soste­
ner que el texto hace o revela. Esta relación puede implicar múltiples
formas de tensión, incluida la autoimpugnación. No sólo es posible que
la intención no complete el texto de una manera coherente o unifi­
cada; la intención o intenciones del autor pueden ser inciertas o radi­
calmente ambivalentes. A decir verdad, en buena parte el autor puede

" V é a s e e s p e c i a l m e n t e su “M e a r a n ,” a n d U n d e r s t a n d i n ” in r h e H i s t o r y o t I d e a s ”,
Hi s tury a n d T h e o r y . 8 , 1 9 6 9 , p p . V 5 3 . P a r a u n a d e f e n s a d e la i n t e n c i ó n a u t o r a l
co m o el e l e m e n t o q u e p r o p o r c i o n a el c r i t e r i o ríe u n a i n t e r p r e t a c i ó n v á l i d a , v é a s e
E. D. H i r s c h , Jr., V a l u h t y ni ¡ n t e r p r e t a t u m y T h e A i m s >>í I n t e r p r e t a c i ó n . P a r a u n a c r í t i ­
ca d e H ir s c h , v é a s e D a v i d ( 8 H o y , T h e C r i t i c a l C a r d e . El lih r o d e H o y es u n a b u e n a
i n t r o d u e c u m a las o b r a s d e ( J a d a m e r , q u i e n o f r e c e u n a e x t e n s a c r í t i c a d e l i n t e n t o
de c e n t r a r la i n t e r p r e t a c i ó n e n la mciis a u c t o r i s . J a c q u e s D e r r id a p r o p o n e u n a c r í t i c a
más f u n d a m e n t a l , e n e s p e c i a l e n “S i g n a t u r a E v e n t C ' o n t e x r ”, rrad . d e S a m u e l 8 V e b e r
y j e f f r e y M e h l m a n , (llyp h , 1 , 1 9 7 7 , y “Lim ited In c. a b e ”, tracl. de S a m u e l W e h e r , t r l y p h ,
2, 1 9 7 7 .

253
descubrir sus intenciones en el acto mismo de escribir o hablar. Y la
“lectura” de éstas plantea problemas análogos a los implicados en la
lectura de textos.
Es significativo que con frecuencia una intención se formule retros­
pectivamente, cuando el enunciado o el texto ya han sido sometidos
a una interpretación con la cual el autor no está efe acuerdo. En un
primer momento, tal vez uno no sienta la necesidad de hacer com ­
pletamente explícitas sus intenciones, o le parezca que es imposible
quizás porque escribe o dice algo cuyos múltiples significados se verían
excesivamente reducidos en la articulación de intenciones explícitas.
Junto con la “proyección” de una meta que en parte dirige el proceso
de escritura, una intención es una especie de lectura o interpretación
proléptica de un texto. U na intención formulada retrospectivamente
es de manera más manifiesta una lectura o una interpretación, ya que
pocas veces se trata de una transcripción de lo que el autor pretendía
decir en la época “original” de la escritura. En la medida en que hay
una relación de propiedad entre el autor y el texto, especialmente
en los casos en que está en discusión la responsabilidad de aquél (por
ejemplo, los sometidos a proceso legal), es posible que se quiera dar
una importancia especial a las manifestaciones de intención, al menos
en cuanto son interpretaciones plausibles de lo que sucede en un tex­
to. Pero aun si nos satisfacemos meramente con ampliar la analogía
pertinente, puede sostenerse que, hasta cierto punto significativo, la
tradición expropia al autor, porque los textos de la tradición han pasa­
do al dominio público. En este caso, las intenciones del autor tienen
el estatus de aspectos del texto (por ejemplo, cuando están incluidas
en un prefacio) o bien de interpretaciones de éste que el comentarista,
sin duda, debe tomar en cuenta, pero cuya relación con el funciona­
miento del texto es susceptible de ser discutida.
La idea de que la intención autoral constituye el criterio últi­
mo para llegar a una interpretación válida del texto está motivada,
creo, por suposiciones morales, legales y científicas excesivam en­
te estrechas. Moral e incluso legalm ente, uno puede creer que una

254
persona debería ser plenam ente responsable de sus exp resiones y
tener una relación cuasi contractual o com pletam ente c o n tractu al
con un interlocutor. C ien tíficam en te, se puede buscar un criterio
que haga que el significado de un texto se someta a m ecan ism os
confirmación que dejen el menor espacio posible al desacuerdo
sobre la interpretación. A veces, la responsabilidad puede ser sufi­
cientemente grande para satisfacer e x ig e n c ia s morales o leg ales,
aunque esta eventualidad no cum pliría ni las condiciones teóricas
ni las condiciones prácticas de una lib ertad o intencionalidad p l e ­
nas- En cualquier caso, creer que las in te n c io n e s au to rales c o n ­
trolan por completo el significado o funcionam iento de los textos
(por ejemplo, su carácter serio o irónico) es suponer una posición
preponderantemente normativa que no está en relación con impor­
tantes dimensiones del uso del len guaje y la respuesta del lector.
La exigencia científica está íntim am ente relacionada con la moral.
Podría ser aceptable si fuera aplicable. Insistir en la posibilidad de su
aplicación es sacrificar enfoques más dialógicos y oscurecer el papel
de la argumentación en asuntos de interpretación, incluida la de las
mismas intenciones. Por otra parte, es un lugar común señalar que
uno de los signos de un “clásico” es el h ech o de que su in terp reta­
ción no conduce a conclusiones definitivas y que su historia es en
gran parte la de sus interpretaciones y usos conflictivos o d iv e rg e n ­
tes. Es menos común aplicar este juicio al proceses de argumentacicím
que compromete a sus intérpretes. En la m edida en que un enfoque
complementa lo docum entado con lo clialógico, la argum entación
informada no debe verse en él m eram ente como una necesidad in e ­
vitable sino como una actividad valiosa y estim ulante v in culad a con
la manera en que la interpretación puede relacionarse con formas
de renovación, incluida la de las creencias con las cuales uno está
profundamente comprometido. La cuestión es hacer todo lo que esté
en nuestras manos, no para evitar la argum entación sino para lograr
hacerla, hasta donde sea posible, lo más informada, vital y abierta de
manera no dogmática a la contraargumentacicm.

255
Estas consideraciones se refieren a la cuestión de los criterios de
una “b u e n a” interpretación. Esta, desde luego, debería resolver l0s
asuntos documentarlos a los que pueden aplicarse los mecanismos
corrientes de verificación, y buscar un entendim iento recíproco en
problemas interpretativos más amplios. Pero —lo que es igualmente
importante—no zanja de una vez por todas la cuestión de cómo enten­
der una obra o un corpus. U na “buena” interpretación reactiva el pro­
ceso de indagación, al abrir nuevos caminos de investigación, crítica y
autorreflexión. Esto no significa decir que hay que hacer un fetiche de
lo nuevo o esclavizarse a las ideas actuales sobre lo que es interesante
Pero sí quiere decir que las diferencias básicas en la interpretación (o
modo de discurso) pocas veces giran en torno de simples cuestiones de
hecho —y que en ciertos niveles esas diferencias pueden tener un valor
no íntegram ente subordinado al ideal de consenso en la interpreta­
ción—, Puesto que es posible que se relacionen con procesos de impug­
nación que tienen un papel crítico en el presente y que uno querría
conservar de alguna forma en cualquier contexto social.

2. La r ela c ió n entre la vida del autor y el texto. Este enfoque recibe su


inspiración de la creencia de que puede haber entre la vida y el tex­
to relaciones que van más allá e incluso contradicen las intenciones
del autor. Lo que se.busca en una perspectiva psicobiográfica es la
motivación del autor, que éste tal vez conozca sólo parcialmente, y
que hasta puede ser inconsciente. Surge, sin embargo, una dificultad
análoga a la de la concepción intencionalista cuando se plantea el
supuesto de la unidad o identidad plenas entre la vida y los textos, que
permite situarse a la vez, de una manera paralela u homologa, en un
ciclo de desarrollo o un patrém de fracaso.1“ La tentación, entonces,

IJ Este su p u e sto y las d ific u lta d e s co ncurrentes a f e c ta n in c lu so un estudio tan cui­


dadoso y b ie n d o c u m e n tad o c o m o M a r x ’s Fate: T h e S h a p e o f a Life, de Jerro ld Seigcl
(P r ín c e t o n , P rin c e to n U n iv e r s it y Press, 1978).

2 56
eS ver el texto como una señal o un síntoma del proceso vital, a u n
cuando la comprensión resultante de su relación se mantiene en e l
nivel de la sugerencia y no se elabora hasta convertirla en una teoría
c a u s a l o interpretativa acabada.
También en este caso lo que se toma como una solución debería
plantearse como un problema. Desde luego, puede haber aspectos s in ­
tomáticos de los textos. Pero la vida y el texto también pueden estar
internamente marcados y a la vez relacionarse entre sí mediante pro­
cesos que ponen en tela de juicio la identidad. U n texto o una v id a
pueden cuestionarse a sí mismos de una manera más o menos explícita,
y cada uno de ellos cuestionar al otro. En la medida en que son distin­
guibles, pueden caracterizarse por patrones de desarrollo o formas de
repetición que no son simplemente coincidentes y que tal vez incluso
se impugnen mutuamente. U n problema común a un texto escrito y u n
“texto” vivido puede elaborarse o ponerse en juego de manera diferente
encada uno, y estas relaciones diferenciales plantean problemas impor­
tantes a la interpretación. Además, leemos textos escritos significativos
no sólo porque son compensatorios sino también porque son comple­
mentarios: agregan a la vida corriente algo que, de hecho (un hecho
tal vez desafortunado), podría no existir sin ellos.
Además, para un escritor que toma en serio lo que está haciendo
(una actitud no necesariamente divorciada de una concepción del arte
e incluso de la escritura en general como una forma de juego formal o
de bromear con seriedad), la escritura es un modo de vida crucial. Por
momentos, es posible que esté más dispuesto a defender los escritos que
otras dimensiones de la vida. Tal vez pueda considerarse que, en cierto
modo, esta actitud es objetable o “alienada”, pero hay que tomarla en
cuenta. Se la puede adoptar (como en el caso de Kierkegaard) no para
establecer la inocencia de los escritos o propiciar una visión del arte
por el arte sino para articular una situación de la cual el mismo escri­
tor es crítico. En otras palabras, también el escritor puede ambicionar
un mundo en el cual la escritura sea menos distintiva por estar el texto
mismo de la vida “escrito” de mejor manera.

257
El problema general en el intento de relacionar vida y textos es
alcanzar una comprensión del “texto” de la vida y el uso del lenguaje
en los textos, y de la relación entre estas prácticas significantes, qUe
sea lo suficientemente matizada para hacerles justicia. A veces puede
ser plausible creer que una idea relativamente simple de identidad o
fracaso hace justicia a una vida, aunque algunas de éstas son bastante
complejas. Creer que una comprensión relativamente simple de los pro­
blemas de la “vida real” proporciona la clave causal o interpretativa del
significado de los textos o de la interacción de éstos con la vida es muy
poco plausible. De manera casi invariable, esta creencia es el prólogo de
una interpretación excesivamente reductiva de los textos y su relación
con la vida. En contraste, la investigación de esa relación hace más por
complicar que por simplificar el problema de la interpretación, porque
a la dificultad de interpretar textos exigentes añade la de relacionarlos
convincentemente con los procesos existenciales. El texto a interpretar
se hace entonces más amplio y probablemente más intrincado, porque
incluye los textos escritos, en los casos en que la escritura misma puede
ser un proceso altamente existencial, y otras dimensiones de la vida que
no son meramente externas a ellos. La simplificación sólo se produce
en la medida en que es plausible leer textos, o algunos de sus aspectos,
como elaboraciones secundarias o racionalizaciones proyectivas. Y aquí
existe siempre la posibilidad de que una psicobiografía nos diga más
sobre su autor que acerca del autor del texto estudiado.n

n Este p ro b le m a puede surgir en u n a form a bastante sutil. El p sico h isto riado r pue­
de hacer u n a o p o sic ió n d ico tò m ic a e n t r e los argum entos p l e n a m e n t e lógicos o racio­
nales y los iló gico s o irracionales d e l te x t o , y aseverar que los m é to d o s psicohistóricos
sólo se a p lic a n a la in terp retació n de los últim os. Para un a e x p o s ic ió n b ien meditada y
cuidadosa de e s ta c o n c e p ció n , v éa se G e r a ld Izenberg, “P s y c h o h is t o r y an d Intellectual
History", H i s c o r y a n d T h e o r y , 14, 197 5 , pp. 139-155. A q u í, el p ro b le m a es si esta posi­
ción e x t r e m a d a m e n t e n ítida se a p lic a al te x t o en cuestió n o r e fle ja la perspectiva del
analista. En c u a l q u i e r caso, pasa por a lt o la in dagación sobre la in te r a c c ió n entre lo
“lógico” y lo “ iló g ic o ” en el f u n c io n a m ie n t o del texto mismo.

258
3 1m relación de la sociedad c o n los textos. En este punto se hace evi-
¿ente la naturaleza de intersección de las categorías que empleo. No
se puede analizar la vida individual sin una referencia significativa a
la sociedad, y viceversa. Empero, iritentaré centrar mi atención en
problemas a los que se ha considerado de naturaleza más espec ífi ca men -
te social o sociológica. (Y lo haré no desde la perspectiva de una historia
social que estudia los usos de los textos para la reconstrucción empíri­
ca de la sociedad pasada, sino desde la perspectiva distin tiva de una
historia intelectual que explora la relación entre los procesos sociales
y la interpretación de los textos.) Estos problemas han sido vistos con
frecuencia en términos del “antes” y el “después” del texto: su génesis
y su impacto.
Ya indiqué que el problema a m enudo omitido o no subrayado
en una historia social de las ideas es el de la relación de los procesos
sociales con los textuales, una relación para cuya formulación pueden
ser inadecuadas las nociones efe “génesis” e “impacto”. Foucault, cons­
ciente de este problema, elaboró una noción de práctica discursiva que
señala la interacción entre instituciones y formas de discurso. Pero no
logró relacionar completamente la práctica discursiva con el texto sig­
nificativo o, en términos aun más generales, articular la relación entre
modos de discurso más o menos formalizados y “textos” escritos o vivi­
dos, porque a menudo aborda de una manera similar los’textos escritos
y otros fenómenos, valiéndose de la idea de que son ejemplos o mues­
tras de la práctica discursiva —signos de los tiempos—. En ciertos aspec­
tos, esta idea puede ser exacta. U n texto puede ejem plificar prácticas
discursivas o modos de discurso ele una manera relativam ente directa.
La interpretación marxiste vio con frecuencia una relación similar
entre ideología y texto, y si bien la noción foucaultiana de práctica
discursiva es más general que la de la ideología como falsa conciencia,
se basa en una comprensión de la relación comparable al tipo marxista
más ortodoxo.
Pero tan to en Foucault como en algunos m a rx istas surge por
momentos una posibilidad diferente. Puede considerarse entonces

259
que el texto no sólo ejem plifica prácticas discursivas o ideologfas
de una manera relativam ente directa sino que también se embarca
en procesos que, conscientem ente o no, los hacen problemáticos
a veces con implicaciones críticas. La cuestión pasa a ser entonces
cuán precisamente están situadas en el texto la práctica discursiva
la estructura profunda o la ideología - y hasta el prejuicio—, de un
modo distinto a la representación o al mero reflejo. El lo c u s classi-
c u s de este tipo de estudio todavía puede ser, en algunos aspectos, la
investigación de Lukács sobre la relación entre la ideología conser­
vadora y lo que el texto revela acerca de los procesos sociales en las
obras de Balzac.14 Pero en Lukács la noción del uso del lenguaje y el
proceso textual no fue a menudo lo suficientemente sutil o penetran­
te para explicar la interacción entre texto y sociedad. La vehemen­
cia casi platónica de su condena de la literatura modernista no sólo
ilustra este aspecto; apunta también a problemas que se insinúan en
sus propios textos, pero de una manera que sigue siendo “impensada”
o no explícita.
A q u í es donde la obra de Derrida puede sustentar nuestras posibili­
dades de realizar el tipo de investigación de la interacción entre texto
y proceso social que él mismo rara vez parece emprender. Su elaborada
crítica de la lectura que Foucault hace de Descartes en Histoire de la
f o l i e . .. no debería verse, me parece, como un mero rechazo de la inter­
pretación de auuél.is Antes bien, diriee la atención hacia la cuestión

14 V é a s e G eorg L u k á c s, S t ud i e s in E u r op e a n R e a l i s m , N u e v a York, G ro sset & Dun­


lap , 1964.
’ ’ M ic h e l Foucault, Fo l i e e t d é r a i s o n : Histoire d e Fi polie à l'âge classique, Paris, Galli­
m a r d , 1972; p rim era e d i c ió n , 1961 |trad. c a s te lla n a : Hi s to r i a de la l o c u r a e n la época
c l á s i c a , Buenos A ires, F on do de C ultura Econòm ica, 19921; en un a p é n d ic e , Foucault
respo n d e a Derrida. C o n respecto al artículo de é ste, p ub licado en fran cé s e n 1967,
v éa se su Wr i t i n g a n d D i f f e r e n c e , trad, de A la n Bass, C h ic a g o , T h e U n iv e r s it y of Chi­
c ag o Press, 1978, pp. 11-65 [trad, castellana: L a esenti ira y la di fe re nc i a, trad. P. Peñal-
v er, B arc e lo n a, A n t h r o p o s , 1 98 9 k En “T h e P ro b lem ot T e x tu a lir y : T w o Exemplary

260
¿e\ lugar y el momento exactos en que se produce la exclusión de la
locura en texto Descartes, y si ese texto puede entenderse como
un signo directo de los tiempos. El argumento de Derrida en “Cogit o et
jústoire de la folie” debe verse en el contexto más general de su idea
de la Drga Y enredada tradición que constituye la historia de la meta-
física. Tam bién hay que verlo con referencia tanto al problema de la
r e l a c i ó n de un texto con su época como con la manera en que los tex­
tos pueden cuestionar de forma radical sus propios deseos y temas apa­
rentemente dominantes.
La división manifiesta entre Derrida y Foucault aparece en ocasión
de la interpretación local de un pasaje de la primera Meditación de
Descartes. Donde Foucault sitúa la exclusión de la locura que inau­
gura o confirma su estatus en la época clásica, Derrida ve un proceso
discursivo “pedagógico” y dialógico que, al contrario, la incluye en un
movimiento de hipérbole creciente. En sustancia, Derrida da un nue­
vo giro al muy clásico argumento de que no se puede tomar el pasaje
en cuestión fuera de contexto, sino que hay que relacionarlo con el
movimiento general del texto. Habida cuenta de la incertidumbre con

Positions”, C'ritical I n q u i r y , 4, 1 9 7 8 , pp. 6 7 3 -7 1 4, E dward S a id sostiene que la crítica


“deconstructiva” ele Derrkla se m a n t i e n e dentro del tex to , m ie n tr a s que la historia de las
prácticas discursivas de F oucault nos lle v a a una realid ad h istó rica “d en sa” d onde d iv er­
sos “discursos ele poder” e in s tit u c io n e s d o m in a n te s r e la c io n a d a s rigieron la producción
de textos. En un in ten to vellido d e d e s ta c a r la im p o rta n c ia p o lític a de las p reo cupacio­
nes de F oucault, Said ignora la a m p lia c ió n d erridian a d e la “te x tu a lid a d ” más a llá dé­
los límites del libro y no logra v e r de q u é m anera la c o n c e p c ió n de Foucault tien d e por
momentos a reducir el texto c o m p le jo a una muestra de un m odo de discurso. T a m p o ­
co plantea el problema de c ó m o p u e d e el texto co m p lejo , a la vez, “reflejar” o inscribir
modos d o m in a n te s de discurso y t a m b ié n impugnarlos, e n o casion es con significativos
efectos críticos. La visión de la h isto ria m o dern a que surge ele esta perspectiva vira h ac ia
un relato más bien m o n o c ro m átic o de represión, en el c u a l n o se investiga el papel c o n ­
testatario de ciertos textos. Las c o n s e c u e n c ia s de' este p u n to de vista lim itado m arcan
otra obra del propio S a id , Orienudism, N ueva York, V in r a g e , 1978 [trad. c a ste lla n a :
Orientalismo, M adrid, Libertarias/Prodhufi, 1990|.

261
respecto a si en dicho texto Descartes habla con su propia voz, tal vez
sea imposible decidir cuál de los dos, Derrida o Foucault, da la mejor
explicación. Hay algo que decir en favor de ambos, y en ello puede
radicar el carácter suscitador de ideas del pasaje en cuestión.
U n momento más vigoroso del análisis de Derrida es aquel en que
discute el aspecto de la duda hiperbólica en Descartes, que parece estar
abierto a la posibilidad de la locura y suceder en un nivel que socava la
oposición entre ésta y la razón. Pero en Descartes este punto de hipérbo­
le extrema es seguido casi de inmediato por un gesto que parece excluir
de manera prácticamente definitiva la locura y fijar un sólido funda­
mento para la razón. Así, pues, para Derrida, Descartes también excluye
la locura, pero de un modo que repite en una forma modificada tanto
el tradicional anhelo filosófico de un fundamento sólido y plenamente
unificado de la razón, como la hipérbole que, al menos momentánea­
mente, parece subvertirlo o impugnarlo. De hecho, el momento de la
duda hiperbólica y la impugnación radical es más explícito en Descartes
que en muchos otros filósofos, según los interpreta el mismo Derrida. La
cuestión más amplia planteada en su análisis es la de relacionar largas e
intrincadas tradiciones, como la historia .de la metafísica, el período o
época específica (incluida alguna definición estructural o epistemoló­
gica de la misma) y el texto particular. El intento de delinear el modo
de interacción entre ellos exige una interpretación del texto en toda su
sutileza, e indica la importancia que para la comprensión histórica tie­
ne una noción de repetición con variaciones a lo largo del tiempo. En
este aspecto, la relación entre tradición prolongada, época específica y
texto no puede determinarse mediante una noción de continuidad o
discontinuidad simples. Tampoco puede verse el texto como una mera
ejemplificación o ilustración de la tradición prolongada o la época espe­
cífica. Antes bien, el problema pasa a ser la manera en que estas dos
últimas y el texto se repiten unos a otros con variaciones, y la cuestión
a dilucidar es el grado de importancia de estas variaciones y cómo ana­
lizarla. El texto se considera como el “lugar” de intersección de la tradi­
ción prolongada y la época específica, y produce variaciones en ambas.

262
Pero no está inmovilizado ni se presenta como un nudo autónomo; se lo
sitúa en una red plenamente relacional.
Esta red es el contexto para una de los temas más difíciles para la
interpretación: cómo interactúan lo crítico y lo sintom ático en un
texto o una ohra de arte. Sólo si se explora este tema de una mane-
ja sostenida puede evitarse la unilateralidad del análisis que o bien
destaca la naturaleza sintomática y representativa del arte (como lo
hicieron incluso Lukács y Lucien Goldmann, para quienes el arte era
crítico exclusivamente como una expresión de fuerzas más amplias),
o bien el modo en que el “gran” arte es en sí mismo una excepcional
fuerza crítica para un cambio constructivo (como suelen sostenerlo
los partidarios de la Escuela de Frankfurt). E nunciada en términos
un poco diferentes, la cuestión es hasta qué m edida el arte cumple
la función escapista de la compensación im aginaria de los defectos
de la realidad empírica, y en qué otra medida la función contestata­
ria de cuestionar lo empírico de una manera que tenga implicaciones
más generales para el desarrollo de la vida. Podría sugerirse que textos
y obras de arte son ambivalentes con respecto a esta cuestión pero que
difieren en la forma en que pactan con la am bivalencia. Un criterio de
“grandeza” o al menos de im portancia bien podría ser la capacidad
de ciertos textos u obras de arte de suscitar una percepción realzada de
la naturaleza problemática de esta ambivalencia y apuntar no obstan­
te, más allá de ella, a otro nivel de ambivalencia donde la oposición
misma entre escapismo y crítica parece hacerse tenue —en rigor de ver­
dad, donde las oposiciones en general zozobran y emergen en el paso
entre la hipérbole radical y estructuras delimitadas—. No hay una fór­
mula disponible para “decodificar” las relaciones entre lo sintomático,
lo crítico y lo que Derrida denomina lo “indecidible”, pero el intento
de interpretar obras modernas de importancia nos obliga a enfrentar el
problema de qué hacer con esas relaciones.
La mejor forma de ver la cuestión del “impacto” es en términos de
las series complejas de lecturas y usos que sobrellevan los textos a lo
largo del tiempo, incluido el proceso por el cual algunos de ellos son

263
canonizados. Cualquier texto llega a nosotros cargado y hasta abruma­
do de interpretaciones con las cuales estamos consciente o inconscien­
temente en deuda. La canonización misma es un procedimiento no sólo
de selección sino de interpretación selectiva, a menudo orientada hacia
la domesticación. Com o intérpretes, estamos situados en una capa
sedimentada cié lecturas que exigen una excavación. Pero el proceso
de alcanzar una perspectiva con respecto a nuestras propias interpre­
taciones no excluye el intento de llegar a una que estemos dispuestos
a defender. En realidad, la actividad de relacionar la serie existente de
interpretaciones, usos y abusos de un texto o un corpus con una lectura
que uno trata de hacer lo mejor posible, es esencial para una historio­
grafía crítica. Esto, desde luego, no significa decir que la interpretación
que uno propone es definitiva y exhaustiva. No serlo es susceptible de
revisión m ediante la argumentación y la reconsideración; también
puede plantearse la cuestión de cómo el texto mismo resiste a la “clau­
sura” de interpretaciones definitivas y exhaustivas. Toda interpretación
debería conmoverse con la revelación de que estamos inevitablemente
ciegos a ciertas limitaciones propias a nuestra perspectiva. Pero no obs­
tante interpretamos. De lo contrario, nuestra referencia a un texto se
torna puramente nominal, trazando el movimiento de un “qué sé yo” a
través del tiempo. A ctuar de esta manera es abandonar toda esperan­
za de alcanzar tina comprensión crítica de lo implicado en el “impacto”
de los textos. En rigor de verdad, bien podría sostenerse que lo que
se necesita hoy en la intersección de la historia intelectual y social es
precisamente un enfoque que relacione una interpretación informada
de textos complejos con el problema de cómo se han adaptado éstos a
importantes usos y abusos —que en ciertos aspectos también han permi­
tido—a lo largo del tiempo. Los casos de Marx, Nietzsche y Heidegger
exigen un tratamiento de esta clase.1“

10 George S t e i n e r , M a rtin H e i d e g g e r , N u e v a York, V ik in g Press, 1 978 [trad. cas-


rellan a: H e i d e g g e r , M e x i c o , Fondo de C u lt u r a b c o n ó m ic a , 1983J es u n a d e las mejo­
res intro duccio n es b re v e s al p e n sam ie n to rie H e id e gge r, y p la n te a el p ro b le m a de la

264
Un área importante para el estudio del impacto, que todavía no
ha sido suficientemente investigada, es la de las lecturas que los tex-
tos reciben en los juicios. El juicio representa una instancia de lectura
social que saca a relucir convenciones de interpretación en una impon

re la c ió nde ese p e n s a m ie n t o y la v id a de aq u é l. P ero la m a n e r a e n que S t e i n e r aborda


esta ú ltim a cuestión es d e m a s ia d o su c in ta y e x t r e m a p a r a ser c o m p le t a m e n t e a c e p t a ­
ble. S t e in e r com prueba u n a r e la c ió n “o r g á n ic a ” e n t r e el “v o c ab u lario ” de S e r y t i e m p o
(esp ecialm ente sus ú lt i m a s s e c c io n e s ) y las a l o c u c i o n e s de H e id e g g e r e n 1 9 3 3 , así
como “co nex io nes in s t r u m e n t a l e s ” e n tre el “l e n g u a j e ” y la “v isió n ” de su tra ta d o y la
ideología nazi (pp. 1 2 1 - 1 2 3 ) . L a mezcla m ism a d e m etáfo ras para d e sig n a r la n a t u r a ­
leza de las relaciones e n d is c u s ió n in d ica q u e é stas e x ig e n un a in v e s tig a c ió n m ás c u i­
dadosa y exten sa de lo q u e S t e i n e r ad m ite. Este s e ñ a la algunos pasos c r u c ia le s de esa
investigación al sub rayar los p eligro s de las v e r t i e n t e s m ás h ip n ó tic a s d e l p e n s a m ie n to
de H eidegger y la c o m b i n a c i ó n e n él, por m o m e n t o s , de u n a c r ít ic a casi to tal del
presente y una v aga esp e r a n z a ap o c a líp tic a p a r a el futuro. Estos aspectos de su p e n ­
samiento bien p u e d e n h a b e r c o n trib u id o a s u s c ita r la c r e e n c ia de que los nazis eran
los portadores del c a m b io f u n d a m e n t a l qu e H e i d e g g e r d eseab a para la c iv iliz a c ió n
moderna. Y S te in e r t ie n e razón, me p arece, a! in s is tir en la c uestió n d e por q u é d e s­
pués de 1945 se m a n t u v o p ú b lic a m e n t e en s i le n c i o e n referencia a su b re v e afilia c ió n
al partido nacion al s o c ia lis t a . Lo que t a m b ié n es im p o r ta n te es que S t e i n e r , a pesar
de sus severas censu ras sobre la relació n de H e id e g g e r con los nazis, so stie n e que su
obra sigue siendo u n a c o n t r ib u c ió n valiosa y f u n d a m e n t a l al p e n s a m ie n to m o derno.
Pero la dilu c id ac ió n d e la r e la c ió n de ese p e n s a m i e n t o (en especial S e r y t i e m p o ) con
la ideología nazi y c o n la p ro p ia breve p a r tic ip a c ió n de H eidegger en p o lít ic a requiere
una interpretació n q u e in d a g u e en la c u e stió n ríe c ó m o los “m ism os” tem as o “ideas”
fun cion an de dife ren te m a n e r a (e incluso de m a n e r a s opuestas) e n d ife re n te s texto s y
contextos y cómo e n c ie r t a s c irc u n sta n cia s no sédo otros sino el auto r m ism o pueden
usarlos y a la vez ab u sa r de ellos. S t e in e r no o frec e esta clase e x t r e m a d a m e n t e difícil
de in te rp re tac ió n . S u re s p u e s t a c a te g ó r ic a n o sid o g e n e r a d iv is io n e s n o e x a m i n a ­
das en su propio e n s a y o ( y a q u e él mismo af ir m a qu e ciertos an álisis ríe S e r y t i e m p o
co nstitu yen una c r ít i c a r a d ic a l del to t a lita r is m o ); t a m b ié n lo co n d u ce a la afirm ació n
a ltam en te dudosa e i n f u n d a d a de que las ú ltim a s se c cio n e s de S e r y t i e m p o (las p re su n ­
tam en te más c e rc an as a la ideolo gía nazi) son m e n o s c o n v in c e n t e s y m ás o pacas que
las partes anteriores d e l te x to . La e n gaño sa p e ro ú til sep aració n en tre las p artes “b ue­
n as” y “malas” de éste es, m e p arece, tina re sp u e sta de m asiad o sim ple p ara la confesa-
d am e n te in trin cad a c u e s t ió n qu e S t e in e r t ie n e el m é r ito de p lantear.

265
tante institución social. Es significativo que en sus supuestos básicos
sobre la lectura, la acusación y la defensa puedan compartir mucho y
lo que comparten puede estar muy lejos de la obra misma o inclusive
enjuiciarse en ésta. (U na de las cosas que un juicio debe reprimir es
la manera en que el estilo, como lo comprendió Flaubert, puede ser
una fuerza políticamente subversiva o contestataria, más perturbadora
que el mensaje revolucionario transmitido en fonnas convencionales.) En
el Occidente moderno, los juicios más famosos y trascendentales de
escritores involucraron figuras “literarias”. Este puede ser un signo del
carácter más contestatario de la literatura en comparación con otras
variedades de la “alta” cultura en la sociedad moderna, al menos en
niveles en que un público más general puede advertir que está suce­
diendo algo desconcertante, aunque las razones alegadas para el juicio a
menudo neutralizan esta percepción al recurrir a criterios tribunalicios
muy convencionales, por ejemplo el “interés lascivo”. En Occidente,
los escritores de obras “teóricas” o filosóficas son tratados más infor­
malmente a través de las respuestas críticas a aquéllas. Esto es lo que
ha sucedido con Nietzsche, Heidegger, Derrida y hasta Wittgenstein,
filósofos que son, tal vez, los que llegaron más lejos en la impugnación
de las nociones tradicionales del discurso filosófico. En este sentido, la
historia de la respuesta crítica, incluida la reseña de libros, es un capí­
tulo importante en la historia del impacto social, especialmente con
referencia a la constitución y desarrollo de las disciplinas. A menudo
puede aprenderse más sobre la estructura operativa de una disciplina a
partir de las reseñas de sus libros y la distribución en diferentes tipos de
publicaciones que de su organización institucional formal.

4- La relación de la cultura co n los textos. La circulación o no circula­


ción de los textos entre distintos niveles de cultura es un problema
intrincado, y surgen dificultades incluso en la etapa de decidir cómo
identificar esos “niveles”. El enfoque de la historia intelectual que he
defendido hasta ahora se orienta hacia lo que se llamó (y hoy es con
frecuencia llamado despectivamente) la “alta” cultura o cultura “eli­

266
tista”- A menudo, la difusión a públicos más amplios de los “grandes”
textos, al menos del período moderno, es en el mejor de los casos un
desideratum . A veces sufre la oposición activ a de importantes escri­
tores e intelectuales, aunque cabe preguntarse en qué m edida esta
reacción es una defensa contra el rechazo, porque los textos modernos
plantean con frecuencia a los lectores exigencias que pocos de éstos
-incluso los pertenecientes a la así llam ada clase culta—están dispues'
tos a aceptar. U na función crucial de un tipo de historia intelectual
jnás “recuperadora” o domesticadora ha sido la difusión de estos textos
a la clase “generalmente educada” en una forma “digerible” o “asimila-
ble” que puede tener poco en común con los textos mismos e incluso
funcionar como una excusa para no leerlos. A quí señalaría una dife­
rencia general entre un enfoque docum entado y un enfoque diafogi-
co de la historia. En la medida en que es documentado, un enfoque
puede funcionar válidamente como un procesamiento de “materiales
primarios” que permita al lector no experto no verse obligado a recu­
rrir a las fuentes o a los archivos mismos. Pero el sentido mismo de un
enfoque dialógico es estimular al lector a responder críticam ente a la
interpretación que ofrece a través de su propia lectura o relectura de
los textos primarios.
Habida cuenta de que no es un mero documento, un texto comple­
menta la realidad existente, a menudo señalando la debilidad de las
definiciones prevalecientes de ésta. En un contexto trad icio nal, los
textos pueden'tener la función de ap un talar normas y valores am e­
nazados, pero a los que aún se percibe como viables. Por ejemplo,
Chrétien de Troyes hizo que las búsquedas de sus caballeros probaran
y en última instancia comprobaran la validez de los valores cortesanos
que se veían amenazados en la sociedad en general.1' En un contexto
revolucionario, los textos pueden ayudar a quebrar el sistema existente

'' El eje m p lo J e C h r é t i e n J e Troyes es a n a li z a d o por W o lf g a n g Iser e n T h e A ct o f


Re adi ng , B altim o re, T h e J o h n s Hopkins U n i v e r s it v Press, 1978, pp. 7 7 - 7 8 .

267
y sugerir caminos de cambio. Pero a veces resulta difícil distinguir rja
ramente entre el contexto tradicional y el revolucionario. Y cualquier
texto que señale con precisión las debilidades de un sistema tiene una
función am bivalente, porque siempre se lo puede leer en compara­
ción con su propia tendencia dominante o intención autoral: un texto
“conservador” usado con propósitos “radicales” o viceversa. El destino
de Marx a manos de sus críticos liberales y conservadores —e incluso
de algunos de sus seguidores putativos—es ilustrativo a este respecto.
Los más notables escritores modernos han visto su período como
revolucionario o al menos “tran sicio n al”. En realid ad , a menudo
quedan “alienados” de lo que perciben como la sociedad y la cultura
dominantes. A u n importantes conservadores, como Burke y Mais-
tre, no defienden simplemente un statu quo sino que con frecuencia
lo vituperan en defensa de valores que creen acosados y en rápida
desaparición. Pueden abogar por un contexto en el cual la adhesión a
valores, normas y grupos comunales es prerreflexiva o casi instintiva
pero se ven obligados a convertirse en intelectuales muy reflexivos a
pesar de sí mismos. No pocas veces, el conservador moderno es un yo
dividido que incluso puede albergar tendencias bastante radicales. Esta
tensión es muy evidente en Dostoyevsky y Balzac. Además, tanto para
conservadores como para radicales, la noción misma de una cultura
popular con la cual pudieran relacionarse surge como un ideal, una
ficción crítica o una meta que debe oponerse a las fuerzas “modernas”
que ponen en peligro las formas por momentos residuales de cultura
popular que ellos juzgan deseables.
Podría sostenerse que la sociedad o cultura global es una unidad
demasiado grande e indiferenciada para la investigación de la comu­
nidad de discurso más relevante para los intelectuales. La escuela, el
movimiento, la red de asociaciones o el grupo de referencia particular
parecerían proporcionar un complejo más inmediato de supuestos com­
partidos o consideraciones pertinentes que actúan, tácita o explícita­
mente, configurando la idea del intelectual sobre las cuestiones y los
modos de indagación significativos. De allí que la historia intelectual

268
deba ser una historia de intelectuales, de las co m u n id ad es de discurso
en las due éstos funcionan y de las variadas relaciones —oscilantes, de
yna manera a menudo complicada, entre el a is la m ie n to y la apertu­
ra- que manifiéstala con respecto a la cultura en g e n e ra l. En el intento
de elaborar y aplicar este punto de vista, puede ev o carse a pensadores
tan diversos como T. S. Kuhn, Q uentin Skinner, R . G . Collingwood
y Michel Foucault. Este enfoque tiene mucho de recom endable, pero
quiero señalar al menos dos problemas que a veces su scita.
En primer lugar, puede ser usado para limitar la investigación his-
tórica al intento historicista y documentarlo de re c r e a r el diálogo de
otros, prohibiendo la extensión de ese diálogo hasta in c lu ir las inter­
pretaciones del historiador, tal vez con el argum ento d e que las dis­
tintas épocas están primordial si no exclusivam ente disociadas en sus
formas de comprensión. (Ese argumento da origen a aporías nocivas
demasiado bien conocidas para repetirlas aquí.) A u n c o n mayor fre­
cuencia, se supone que la misma comprensión h is tó r ic a es (o debería
ser) puramente “objetiva” y que la noción misma de u n diálogo infor­
mado con el pasado es absurda o al menos no h istó rica. Esta posición
no sólo identifica lo histórico con lo historicista y lo documentarlo.
También puede analizar la noción de diálogo de u n a m a n e ra simplista
(por ejemplo, en términos de la extracción de le c c io n e s directas del
pasádo o la proyección en él de nuestras preocupaciones particulares
o subjetivas). Es posible, sin embargo, sostener que la reconstrucción
de los diálogos de los muertos debería com binarse autoconsciente-
mente con el intento interpretativo de entablar u n intercambio con
ellos que en sí mismo sea dialógico, sólo en la m edida e n que reconoz­
ca activamente las dificultades de comunicación a lo largo del tiem­
po y la importancia de entender lo más plenam ente posible lo que el
otro trata de decir. Mientras el pasado se investiga e n términos de sus
aspectos más particularizados, el diálogo con él re su lta mínimo. Pero
la cuestión ulterior es si la investigación histórica d e b e r ía estar orien­
tada principalmente a aspectos de esta clase, que re strin g e n el uso del
lenguaje por parte del historiador a funciones prepo nd erantem en te

269
informacionales y analíticas. C uando se aplica a las obras de las gran
des figuras, un enfoque que intente ser exclusivamente documentarlo
es a menudo mortífero en sus consecuencias. Y cuando los historia­
dores que hemos sido formados en la creencia de la primacía del ideal
documentarlo nos aventuramos a exponer interpretaciones o juicios
críticos, estos últimos bien pueden tener poco interés, porque no son
el producto de fundamentos discursivos ricos y variados. Aquí, por
supuesto, nos encontramos ante el tradicional problema de cómo debe
ser educado el educador mismo.
En segundo lugar, el foco sobre las comunidades de discurso debe
relacionarse convincentemente con el problema de la interpretación
textual. No basta con determ inar una influencia o la existencia de
un “paradigm a” compartido m ediante la enum eración de supuestos
cuestiones, temas o argumentos comunes. Hay que dilucidar con más
detalle cómo lo tomado en préstamo o lo común funcionan realmente
en los textos en cuestión. Documentar supuestos o líneas de influencia
comunes puede bastar para desdibujar el mito de la originalidad absolu­
ta. Pero este procedimiento da origen con facilidad a sus propias formas
de autoengaño e incluso de cronicidad descuidada cuando el desdibuja-
miento llega al extremo de no reconocer, por ejemplo, por qué hay una
gran diferencia entre un Fliess y un Freud. Los estudios de la influencia
son de menor interés a menos que aborden la cuestión del funciona­
miento diferencial de ideas comunes en diferentes textos y corpus, y
aun el intento de destronar a un “grande” reinante debe hacer frente al
problema de interpretar sus obras en toda su complejidad. Con dema­
siada frecuencia, tomar como punto central la comunidad de discurso
conduce al historiador a limitar la investigación a figuras menores o
aspectos muy restringidos y fuera de situación del pensamiento de una
gran figura (por ejemplo, el elitismo de Nietzsche, el utopismo de Marx
o el biologismo de Freud). Además, las mismas “comunidades” delimi­
tadas en las que participan importantes intelectuales modernos pueden
estar más constituidas por los muertos o los ausentes que por los vivos o
los presentes. El grupo de referencia más significativo puede incluir pre-

270
ponderantemente “otros” muertos o distantes (e incluso futuros), que
en g1311 naedida se vuelven relevantes a través de sus obras, a las que el
intelectual “creativo” contribuye a dar origen mediante la emulación,
la apropiación selectiva, la parodia, la polémica, la anticipación, etc.
El gmP0 contemporáneo de persona a persona puede tener una menor
significación para la verdadera producción de “ideas” y, en cualquier
caso, su papel es siempre complementado en relación con otros a tra­
vés de sus textos u otros artefactos. Incluso es posible experimentar el
diálogo con el texto como más inmediato y absorbente que la mayoría
de las conversaciones. En realidad, una de las implicaciones recreativas de
la lectura bien podría ser el intento de crear condiciones sociales y cul­
turales en las cuales la conversación literal y el texto general de la vida
sean más semejantes a los procesos estimulados por el encuentro con
un gran texto.
Esta última consideración proporciona una vía lim ita d a de rein­
greso a la cuestión de la relación entre los “g ran d e s” textos y la
cultura general o popular. Los procesos que M ija il B a jtín analiza
en términos de “carnivalización” ayudan a identificar al menos una
clase —o una visión—de cultura popular anim ada o reanim ad a en
los textos de muchos importantes escritores modernos y a menudo
deseada por éstos como el contexto más general con el cual podrían
relacionarse sus escritos. La “c a rn iv a liz a c ió n ” en la no rm ativ a de
Bajtin —en realidad una concepción vision aria— se sintetiza en el
carnaval como institución social, pero no se lim ita a él. En su sen­
tido más general, la “carnivalización” es un cau tivador proceso de
interacción a través del cual aparentes opuestos —cuerpo y espíritu,
trabajo y juego, positivo y negativo, alto y bajo, seriedad y risa- se
relacionan entre sí en un intercam bio am bivalente y contestatario
que es literal y figurativamente a la vez “re-creativo”. Se establece
dentro de un ritmo abarcador de la vida social, y podría sostenerse
que su naturaleza y funciones dependen de ese ám bito más vasto. Si
bien Bajtin no ofrece muchas descripciones o análisis de carnavales
verdaderos, sí señala amplias variaciones de su papel en la sociedad y

271
de la carnivalización en la literatura, y subraya la importancia de 10
carnavalesco como una dimension vital de la vida misma.
De acuerdo con Bajtin, en el Renacimiento de Rabelais existía un
vivido intercambio entre el carnaval como institución social, cultura
popular, y la alta cultura. Si bien algunos aspectos de la cultura elitista
eran inaccesibles a la gente del común (por ejemplo, las obras escritas
en latín), la élite participaba en la cultura popular, algunos de cuyos
aspectos afectaban la alta cultura. Así, con cierta subestimación de su
lado erudito y esotérico, Bajtin puede interpretar las obras de Rabelais
como trabajos que recurren a y se alimentan de una rica y vital cultura
popular. El período moderno fue testigo de la decadencia del carnaval,
la separación de la élite de la cultura popular y el apartamiento de los
procesos de carnivalización en la literatura con respecto a importan­
tes instituciones públicas. En rigor de verdad, la gran literatura es para
Bajtin el principal repositorio de lo carnavalesco moderno en su con­
dición más restringida pero aún poderosa. Hubo una tendencia a la
apropiación de las formas sociales de la carnivalización con propósitos
políticos oficiales, como en el desfile y los espectáculos públicos, o a su
retiro a la esfera privada, por ejemplo en la celebración doméstica de
los feriados. Y en sí mismo lo carnavalesco literario moderno se orien­
tó a menudo hacia extremos más reducidos, como la ironía largamen­
te negativa y la risa chillona e histérica. S in embargo, el análisis que
hace Bajtin de las obras de Dostoyevsky indica por sí mismo las posi­
bilidades más recreativas de la carnivalización y el “realismo grotesco”
en la literatura moderna.lh

|s V éan se M ijail B a jtin , Ra be l ai s a n d Hia W o r l d (p rese n tad o por p rim era vez e n 1940
como una d ise rtac ió n ), trad. de H é lè n e Isvvolsky, C lam bridge, Mass., T h e m i t Press,
1968 [trad. castellan a: La c u l t u r a p op u l a r e n la Edad M e d ia y el R e n a c i m i e n t o , Madrid,
A lianza], Pr obl e ma o f D o a t o e v a k y ’ a Poética, op. c i t ., y T h e Di alog i c I m a g i n a t i o n , trad. de
C ary l Emerson y M ic h a e l H o lquisr, Austin, U n iv e rs it y o f T e x a s Press, 1981. Para una
ap licació n de alyuna.s de las co nc e p cio n e s de B ajtin, v éa se N atalie Z. Davis, S o c i e t y and
Cndt ure ¡n Early M o d e m F r a n c e , Stanford, Stanford U n iv e r s it y Press, 1975.

1 72
La d e c ad e n c ia del c a r n a v a l se re la cio n ó d ire c tam e n te con la
reforma religiosa e indirectam ente con los m últiples procesos reu­
nidos bajo la etiqueta de la “modernización”. El apartamiento de las
élites de la cultura popular fue un largo proceso que se extendió des­
de 1500 hasta 1800, y lo que había sido la segunda cultura de todo
el mundo se redescubrió como un residuo exótico del pasado. En el
siglo X I X , el vuelco h ac ia el folklore y otras formas de cultura popu­
lar fue a menudo un aspecto de diversas respuestas a los “excesos”
advertidos en la Ilustración. En los escritos postiluministas, además,
hay con frecuencia una relación de an tago n ism o con la sociedad
dominante en la que la “carnivalización” se representa desdibujada
o se reprime. Aquí, por ejem plo, tenemos un fundamento para la
crítica que hace Nietzsche del positivismo como una huida digna de
eunucos de la impugnación carnavalesca, la versión nietzscheana de la
“traición de los intelectu ales”. También tenemos una manera de ver
la noción flaubertiana “posrom ántica” del arte como una variante
irónica y estilísticam ente insurreccional de lo carnavalesco tran s­
formado. En términos más generales, la noción de carnivalización
proporciona una forma de interpretar los estilos contestatarios con
insinuaciones políticas que han sido tan característicos de la escri­
tura moderna. En realidad, la resistencia oficial al comportamiento
de tipo carnavalesco puede derivarse de la inseguridad política y cul­
tural. Además, es posible relacionar los mismos procesos de carn iv a­
lización con la acciém social inspirada en parte por el anhelo de un
contexto de “experiencia v iv id a” más abierto a formas revitalizantes
y contestatarias. No es necesario remitirse al pasado remoto para
buscar ejemplos de estos fenómenos. No sólo pueden verse en tér­
minos de procesos de carnivalización algunos aspectos de la obra de
figuras francesas recientes (por ejemplo Foucault, Deleuze, Sollers,
Kristeva y Derrida), sino que los acontecim ientos de 1968 en Fran­
cia se interpretaron de esta manera: los opositores a menudo usaron
el térm ino “carn av al” en un sentido peyorativo, y la visión de la
“carnivalización” se transformó a veces en un pretexto para la fanta­

271
sía rom ántica en los defensores de los é v é n e m e n t s . 19 El problema más
amplio que sacan a relucir estas consideraciones es el de la manera
en que las respuestas innovadoras de la “é lite ” en el período moder­
no pueden apelar a versiones más o menos transfiguradas de una cul­
tura popular más “an tigu a” en la crítica radical de lo que se percibe
como el contexto sociocultural dominante.

5. La rel ació n de un texto c o n el corp us de u n escritor. La noción de con­


texto proporcionado por otros textos es en sí misma de naturaleza

P a ra un tratam ien to de la c u lt u r a (o culturas) m o d e rn a tem p ran a, con u n análisis


del p a p e l d el ca rn av al, su d e c l in a c i ó n con el paso del t ie m p o y el a p artam ie n to de las
élites d e la cu ltu ra popular, v é a se P ete r Burke, P o p u l a r C. u l t ur e in Early M o d e r n Europe
N u e v a Y ork, N e w York U n i v e r s i t y Press, 1978. Para u n e stu d io de la cultura france­
sa, c o n én fasis en el p ro b lem a d e la c a rn iv aliza ció n , in c lu id o su papel en 1968, véase
M a u r ic e C r u b e llie r , ¡ li stoi re c n l t u r e l l c d e la F r u n c e , París, A . C o l í n , 1974. U n análisis
más p o rm en o rizado de la h isto ria de lo c arn av alesc o y su r e la c ió n con diversos escrito­
res e x ig ir ía salvedades y d is c r im in a c io n e s que yo no h e efec tu ad o . Para un análisis de
Flaubcrt y la c arn iv aliza ció n , v é a se A r t h u r M itz m an , “Roacls, V u lg a rity, R e b e llio n , and
Puré A r t : T h e Inner S p a c e in F lau b crt and French C u l t u r e ”, J o u r n a l o f M o d e r n History,
51, 197 9 , pp. 504-524- Debe s e ñ a la rse , sin em bargo, q u e el p elig ro en el caso de Flau­
bcrt es q u e la te n d e n c ia n iv e l a d o r a q u e él vio en a c c ió n e n la c u ltu ra m oderna afectara
su propio en fo qu e de un a’ m a n e r a n crítica, y lo lle v a r a a v e c e s a un a c o n d e n a hom ogé­
n e a y casi n ih ilista , tanto de la so c ie d a d m oderna c o m o ele la h u m an id ad e n general.
En su fo rm u lació n más fam osa y la p id a ria del ideal del “a r te p u ro ”, Flaubcrt “sublimó”
lo c a r n a v a le s c o en su opuesto: u n a negaciém a s c étic a de la re alid ad y un in te n to de
trasc e n d erla e n una esfera in v io la d a de belleza o estilo a b so lu to . La d in á m ic a más atra­
p an te y suril en sus relatos es a q u e ll a por medio de la c u a l n o sim p lem en te se ejem pli­
fica sin o qu e se pone en tela de ju ic io y aun se “c a r n i v a l iz a ” u n a visión del arte puro,
en p a r tic u la r m ed ia n te el t r a t a m ie n t o de formas a n á lo g a s de la búsqueda de lo absoluto
y las m o d u la c io n e s e m p á tic o -iró n ic a s de la voz n a r ra t iv a e n el así llam ado “estilo indi­
recto lib re ”. En general, el a r te era para Flaubcrt el co m p r o m iso más im p ortan te del
m u n d o y la obra de un payaso. Es im p o rtan te r e co n o ce r q u e afirm ó ambas c o ncep cio ­
nes c o n g ran in tensidad, y q u e e n sus obras h ay un a t e n s ió n v a ria b le entre un pac ho s de
c r e e n c ia y formas críticas c o m o la iro n ía, la parodia y la au to p aro d ia. Sobre estas cues­
tiones, v é a se mi “M a d a m e f í o v a r y " <m T n a l .

274
aparentemente textual (aunque hay que recordar que a q u í “corpus”
también puede querer decir “cuerpo”)- Ésta p lan tea el problem a de
la relación entre un texto y los textos de otros escritores, así como
otros textos del mismo escritor. Porque lo que está en discusión aquí
es precisamente la unidad o identidad de un corpus. A menudo éste
se considera de una de las tres siguientes maneras: con tin uidad entre
textos ( “desarrollo lineal”), discontinuidad e n tre texto s (cam bio y
hasta “ruptura epistemológica” entre etapas o períodos), y síntesis d ia­
léctica (la última etapa eleva la primera a un niv el más elevado de
captación). El corpus, de tal modo, se unifica de una u otra manera
(unidad evolutiva, dos unidades discretas, unidad superior) y, así vis­
to, es como un solo texto de mayor escala, porque el tex to único pue­
de ser interpretado mediante el uso de estas categorías. La cuestión,
sin embargo, es si éstas no son demasiado simples para interpretar el
funcionamiento tanto de un texto complejo como el corpus de te x ­
tos complejos. La relación entre aspectos o elem en tos de un texto,
y a fortiori entre textos de un corpus, puede im plicar u n desarrollo
desigual y formas diferentes de repetición o desplazam iento que ponen
en cuestión modelos simples de inteligibilidad. En rigor de verdad, el
“corpus” de un escritor puede, al menos parcialm ente, desmembrarse
de maneras a veces previstas o explícitam ente exploradas por el escri­
tor mismo. Tal como la describe Bajtin, la carnivalización implica un
desmembramiento o una anulación creativa que puede relacionarse
con procesos de renovación. U na estrategia de desmembramiento es
el uso del montaje y las citas, mediante los cuales el texto se entrelaza
y hasta se salpica con partes de estros textos —ya sea de textos escritos
o elementos del discurso social—. En Flaubert, por ejem plo, el texto
está puntuado por citas paródicas de otras novelas y de los clichés de
la vida diaria. En Mann y Joyce, el montaje técnico asum e proporcio­
nes panorámicas en su capacidad de juntar o injertar varios usos de
discurso. En Sollers y Derrida, el desmembramiento (que implica la
distribución textual del “yo”) parece alcanzar por momentos alturas
o profundidades dionisíacas. La cuestión más am p lia planteada por

275
estas estrategias es la de la interacción entre la búsqueda de unidad
que puede seguir funcionando de una manera directa o paródica, y
los desafíos a esa búsqueda que operan en los textos mismos o con los
que se experimenta en ellos. Estos, sin embargo, no se cierran hermé­
ticamente sobre sí mismos; difieren de otros textos escritos y vividos y
también manifiestan deferencia a ellos.

6. La relación entre m od os de discurso y textos. En el pasado reciente, se


prestó considerable atención al papel de modos más o menos formaliza­
dos de discurso, estructuras de interpretación y convenciones o reglas.
Muchos teóricos han sostenido que la escritura y la lectura están infor­
madas por estructuras o convenciones cine deberían ser un foco primor­
dial, si no exclusivo, de interés crítico.20 Hayden W hite ha intentado
llegar a un nivel de estructura profunda que socave la oposición entre
literatura e historia para revelar de qué manera los modos de elabora­
ción ele la trama informan todas las narraciones coherentes y cómo los
tropos construyen el campo lingüístico. También señaló que los usos
figurativos del lenguaje conectan los niveles de descripción e interpre­
tación o explicación explícita en las narraciones en prosa. Este último
punto sirve para plantear una vez más una cuestión que fue insuficiente­
mente explorada en los tratamientos estructuralistas del discurso: cómo
diversos modos de discurso, reglas o convenciones funcionan realmente
en los textos o usos ampliados del lenguaje. En este aspecto, la lectura
de textos “menores” es sin duda importante para el intento de determi­
nar cuáles fueron las reglas o convenciones dominantes de un género en
un momento dado. Peni la relación de un “gran” texto con los géneros
—tanto los que pone en tela de juicio como los que contribuye a estable-

lv Para u n a e l a b o r a c i ó n e s p e c ia lm e n t e v ig o r o sa J e este p u n t o J e v ista, véase


Jo n ath an C u l l e r , S t r u c t u r a l i s t Parties, I th a c a , C o r n e ll U n iv e rs it y Press, 1975. Para una
exploración ig u a l m e n t e vigorosa J e a lg u n a s J e sus lim itac io n es, v éa s e Cailler, Flau­
bert: Phc U s e s o f U n c e r t a i n t y . Ithaca, C o r n e l l U n iv e rsity Press, 1974.

276
cer—siempre es problemática, y aun un texto “menor” puede proponer
aquí algunas sorpresas. Con frecuencia, sin embargo, se supone que esta
relación es de englobamiento por parte de las estmcturas y de instan-
ciación por parte de los textos. Esta concepción (que tal vez sostengan
realmente teóricos que en otros aspectos critican la subordinación de las
humanidades al “positivismo” con sus “leyes englobadoras”) conduce a
la creencia de que hay ámbitos no problemáticos del discurso, ilustrados
por textos que se incluyen en ellos.
Este punto de vista es descaminado cuando se relacio n a con el
estatus de las distinciones analíticas o las oposiciones estructurales
y la cuestión de cómo funcionan estas distinciones u oposiciones en
los textos.21 Distinciones analíticas como las trazadas entre historia y
literatura, hecho y ficción, concepto y metáfora, lo serio y lo iróni­
co, etc., no definen ámbitos de discurso que caractericen o gobiernen
de manera no problemática usos ampliados del lenguaje. En cambio,
lo que debería considerarse un problema para la investigación es la
naturaleza de las relaciones entre diversas distinciones analíticamente
definidas en el funcionamiento real del lenguaje, incluido el uso que
de éste hacen los teóricos que intentan definir y defender distinciones
u oposiciones analíticas en su pureza conceptual. Decir esto no sig­
nifica propiciar la cancelación de todas las distinciones ni proponer
una comprensión puramente homogénea de una misteriosa entidad
llamada “texto”. Es, más bien, dirigir la atención hacia problemas que
quedan en la sombra cuando se confía acríticamente en el concepto
de “ámbitos de discurso”. Por ejemplo, es común distinguir la historia
respecto de la literatura con el argumento de que la prim era se con­
sagra al ámbito de los hechos en tanto la segunda se m ueve en el de
la ficción. Es cierto que el historiador no puede inventar sus hechos

21 T raro J e d e s a r r o lla r esta afirm ació n co n r e fe r e n c ia al p e n s a m i e n t o de Jürgen


Habermas en “H a b e r m a s a n d the G r o u n d in g of C r it ic a l T h e o r y ”, R e t h i n k i n g I n te l le c ­
tual Hi story.

277
o referencias mientras que el escritor “literario” sí puede hacerlo, y
en este aspecto este último tiene un mayor margen de libertad para
explorar relaciones. Pero en otros niveles los historiadores se valen de
ficciones heurísticas, elementos contrafácticos y modelos para orien­
tar su investigación de los hechos, y la cuestión que traté de plantear
es si aquéllos, en su intercambio con el pasado, están limitados a la
transmisión y el análisis de esos hechos. A la inversa, la literatura
toma préstamos de un repertorio fáctico de múltiples formas, y el trans­
plante de lo documentarlo tiene un efecto de transporte que invalida
los intentos de ver la literatura en términos de una mera suspensión
de la referencia a la “realidad” o la trascendencia de lo empírico en lo
puramente imaginario. A un cuando intenta “poner entre paréntesis” la
realidad empírica o suspender funciones documentarlas más corrientes,
la literatura se embarca en un trabajo o praxis autorreferencial a través
del cual el texto documenta su propio modo de producción. El mismo
florecimiento de la literatura sobre la literatura o del arte sobre el arte
plantea la cuestión de cómo interpretar la actividad autorreferencial
con respecto a un contexto histórico más vasto. De tal modo que es
indudablemente necesario trazar distinciones, pero el problema es la
manera en que éstas funcionan en los textos y en la lectura o interpre­
tación que hacemos de ellos.
En el aspecto recién mencionado hay diferentes posibilidades, que
van desde el predominio de una distinción o tipo analítico dado has­
ta una interacción y controversia más abiertas entre diversos usos del
lenguaje. Pero el predominio implica alguna forma de subordinación
o exclusión, y debe investigarse cómo se establece esta relación. Cual­
quier crítica de las identidades y las oposiciones puras —y las jerarquías
concomitantes—debe prestar mucha atención al modo en que funcio­
nan estas categorías, porque en verdad fueron de importancia decisi­
va en el pensamiento y la vida. C iertam ente fuimos testigos de una
búsqueda del hecho puro, la ficción pura, la filosofía pura, la poesía
pura, la prosa pura, etc. Quienes están comprometidos en alguna de
sus variantes, toman la búsqueda por su valor nominal y la defienden.

278
También puede ser institucionalizada en disciplinas que se organizan
alrededor de convenciones y reglas que lim itan el lenguaje a ciertos
usos y prohíben o sancionan el intento de plantear c u e stio n es que
problematicen esos usos restringidos. Entre estas cuestiones, u n a de las
más grandes es si la búsqueda de la pureza y la proyección d irecta de
categorías analíticas en la “realidad” se relaciona con una “metafísica
de lo propio” según la cual la propia identidad, propiedad o au ten ti­
cidad se establecen por medio de la identificación de un “o tro ” total­
mente diferente, un extraño que incluso puede convertirse e n paria o
chivo expiatorio. En todo caso, el problema es cómo se d e te rm in a la
pureza aparente (o una identidad y unidad sin marcas), y si su búsque­
da en el uso del lenguaje es rebatida por otros aspectos d el texto o el
contexto lingüístico más general en que se efectúa esa búsqueda. Des­
de luego, en sí mismo un texto puede buscar la pureza em barcándose
en procedimientos de exclusión o dom inación que tie n d e n a neutra­
lizar o reducir sus movimientos más desconcertantes o contestatarios.
Estos procedimientos suministran puntos de entrada para interpreta­
ciones o disciplinas enteras que se “fund an” en la pureza y autonom ía
de “ámbitos de discurso” presuntamente emanados de a lg u n o s textos
magistrales. Pero los textos complejos bien pueden im p l i c a r otros
movimientos que pongan a prueba de diversas maneras e l deseo de
unidad. En realidad, cierros textos que parecen basarse e x c lu s iv a m e n ­
te en una función o dimensión an alítica del lenguaje —p o r ejemplo,
la disociación analítica o el uso denotativo simulado y la deprivación
metafórica concurrente en Beckett—pueden incluir una p a r o d ia y esti­
mular en el lector la conciencia de otros usos posibles del le n g u a je . De
hecho, la cuestión es si cualquier texto que parezca exitoso e n su basa­
mento sostenido en una función o aspecto analítico del le n g u a je , por
ejemplo la acumulación de hechos o reflexiones teóricas, se embarca
en una parodia o autoparodia intencional o no, o al m eno s si siempre
se lo puede leer así.
Estos aspectos indican que las distin cio n es a n a lític a s son útiles
para propósitos de clarificació n y o r ie n ta c ió n según s e procuran

27 9
alcanzar en un plano ideal en su forma pura o de “laboratorio”, pero
que nunca funcionan “como tales” en el discurso real o en los textos
Cuando parecen utilizarse puramente como tales, hay otros procesos
en acción o en juego. La crítica de éstos es, por fuerza, propensa a
sus propios excesos (delirio discursivo, quietismo político, desorien­
tación an ém ica, la búsqueda de la plena lib eración de las exigen­
cias libidinales o con respecto a ellas). En el mejor de los casos, sin
embargo, esta crítica puede plantear el problema de una interacción
más viable entre formas de lenguaje y formas de vida. Su exploración
en los grandes textos de la tradición constituye una aventura espe­
cialmente atrapante que a veces implica una m anera extrañamente
desconcertante de hacernos tener pensamientos al parecer ajenos
que, de hecho, están dentro de nosotros y que bien pueden retornar
de un modo muy destructivo cuando simplemente se los reprime o
excluye. Es posible que este problema no se advierta o aprecie cuan­
do los textos se leen de una manera excesivam ente reductiva o se
relegan con exclusividad a disciplinas separadas. Ninguna disciplina
tiene un derecho imperial de dominio sobre un Freud, un Marx, un
Nietzsche o un Joyce. (En este aspecto, la v en taja práctica de la his­
toria intelectual es que, sin excusas ni subterfugios, puede explorar el
problema de leer varios textos juntos y suscitar así cuestiones sobre
su funcionamiento como lenguaje que en otras circunstancias tal vez
no fueran evidentes.) En rigor de verdad, como ya lo he insinuado,
una disciplina puede constituirse en parte m ediante lecturas reducti-
vas de sus textos importantes, lecturas que son rebatidas en aspectos
significativos por los mismos textos “fundadores”.22 Estas lecturas
hacen a los textos menos multifacéticos y tal vez menos críticos pero
más viables para la investigación organizada. A quí, el papel decisivo
de ciertas disciplinas y prácticas no radica en la sintonía fina de un

” Esla p e rsp e c tiv a m otiva mi e stu d io de Durkheim en E mi l e Du r k he i m: Sociologist


and Phi los ophe r.

280
paradigma enunciado en los textos “fundadores” sino en la reducción
activa de esos textos a su niv el paradigmático.
Los “grandes” textos deberían ser parte del registro pertinente para
todos los historiadores. Sin duda son parte integrante de una cultu­
ra histórica general. Ya se ha producido algo que es reduccionista en
exceso cuando se los asigna a la subdisciplina de la historia intelec­
tual, que puede funcionar entonces como un parque o una reserva para
ellos. Empero, al menos dentro de esa subdisciplina, debería leérselos
prestando atención a los procesos más generales y de vez en cuando
enigmáticos que introducen y en que nos introducen. Uno de ellos
es precisamente la interacción entre el anhelo de unidad, identidad o
pureza y las fuerzas que lo recusan. La investigación de este proceso no
implica un simple rechazo de las concepciones de unidad u orden en
una celebración desprolijamente antinómica del caos y el desmembra­
miento. Lo que exige es repensar el concepto de unidad y sus análogos
en términos más viables y críticos. También requiere sensibilidad a la
manera en que estos conceptos se relacionan con sus “adversarios” en
los textos que estudiamos y en nuestros propios intentos de autocom-
prensión teórica. U na im plicación práctica de estas consideraciones
es la posibilidad de reconstruir normas y convenciones de formas que
pueden ser más duraderas, precisamente porque nos permiten enfren­
tamos mejor con las críticas y las controversias. En este .aspecto, una
de las funciones del diálogo con el pasado es promover el intento de
verificar qué es lo que merece ser preservado, rehabilitado o transfor­
mado críticam ente en tradición.

Quiero term inar volviendo a la distinción que tracé entre la historia


intelectual como una reconstrucción del pasado y un diálogo o con­
versación con el pasado, una distinción que no debería considerarse
una oposición meramente dicotòmica. La reconstrucción del pasado
es un esfuerzo importante y la documentación confiable es un com ­
ponente crucial de cualquier enfoque que pretenda ser histórico. Pero
el predominio de una concepción documentaria distorsiona nuestras

281
maneras de entender tanto la historiografía como el proceso históri­
co. En realidad, traté de sugerir que una concepción p u r a m e n t e docu­
mentaría de la historiografía es en sí misma una ficción heurística
porque la descripción nunca es pura, en el sentido de que un hecho es
pertinente para una de ellas sólo cuando se lo escoge con referencia a
un tópico o cuestión planteados al pasado. El hecho más simple —un
suceso fechado—se asienta en lo que para algunos historiadores es una
creencia y para otros una ficción conveniente: la significación decisi­
va del nacim iento de Cristo en el establecimiento de una cronología
en términos de un “antes” y un “después”. No obstante, una concep­
ción puramente documentaría puede funcionar como un supuesto no
examinado o dar origen a una defensa paradójicamente autoconscien-
te y sofisticada de tina idea “ingenu a” del oficio del historiador, defen­
sa que puede bordear el antiintelectualismo. En cualquier caso, en la
medida en que alcanza una posición de predominio, una concepción
documentaría es excesivamente restrictiva, en especial en los resul­
tados que produce en el análisis de textos de importancia. Oscurece
además el problema de la interacción entre descripción y otros usos
del lenguaje en el tratamiento de un tema. La idea de un tratamiento
puramente descriptivo y objetivo del pasado puede permitir usos del
lenguaje que escapan a él sólo en términos de la exigua categoría de
la inclinación inevitable o la subjetividad particularista: Esta catego­
ría puede aplicarse a ciertos aspectos de la historiografía. Pero la mera
oposición entre la objetividad discreta y-el sesgo subjetivo no logra
dar cabida a la gama de usos del lenguaje presentes en cualquier histo­
ria de importancia.
La visión puramente docum entaría de la historiografía coincide a
menudo con una definición historicista de lo histórico que identifica
el objeto de estudio como “particulares” cambiantes en contraposición
con tipos o universales extratemporales o sincrónicos. Este venerable
punto de vista ignora el proceso histórico de repetición con variacio­
nes o cambios que sirve para m itigar la oposición an alítica entre lo
particular o único y lo típico o universal. No obstante, es el proceso

282
histórico (y lingüístico) el que opera en el pasado y plantea el pro-
blema de la historicidad del historiador en su in te n to de llegar a un
acuerdo con él. U na historiografía que trate de excluir la interpreta­
ción o verla únicamente con la apariencia de la propensión, la sub­
jetividad o el anacronismo, tam bién tiene una e x tra ñ a consecuencia:
presenta la verdad histórica de una manera esen c ia lm e n te no históri­
ca, ya que, al intentar limitar la historiografía propiam ente dicha a la
descripción y análisis de hechos comprobables (id ealm en te, en la for­
ma de un relato definitivo y exhaustivo), procura una representación
sin cambios de “particulares” cam biantes que trascien d a por sí misma
el proceso histórico. Como lo docum enta c o n am plitud la obra de
Ranke, lo estrechamente historicista y lo ah istó rico son extremos que
coinciden en el ideal de una historiografía p u ram e n te documentaría.
Y el deseo de trascender la historia reaparece e n u n a forma que puede
ser invisible precisamente gracias a que se ha v u e lto tan familiar. En
rigor de verdad, la creencia de que la historiografía es una reconsti­
tución puramente documentaría o descriptiva d e l pasado puede ser
propensa a una ficcionalización ciega porque n o plantea explícita y
críticamente el problema del papel de las ficciones (por ejemplo, en la
forma de modelos, tipos analíticos y ficciones h eu rísticas) en el inten­
to de representar la realidad. A menudo, el resu ltad o es una confianza
tácita en las estructuras narrativas más co n v en cio n ales para combinar
hechos documentados, vie romancee y juicios sin confirm ación sobre el
pasado o triviales analogías entre éste y el presente.
Con referencia específica a la historia in te le c tu a l, yo abogaría por
una noción más “períormativa” de la lectura y la interpretación en la
cual se hiciera un intento por “asum ir” los grand es textos y alcanzar un
nivel de entendimiento y tal vez de uso del le n g u a je que contendiera
con dichos textos. De esta noción, que valora e l desempeño del vir­
tuoso en la lectura, se hace abuso con facilidad c u an d o se la convierte
en una licencia para reducir el texto a poco m á s que un trampolín
para los saltos creativos o las demandas políticas propias. Es indudable
que el acto de la interpretación tiene d im ensiones políticas. No es un

283
em prendim iento h erm en éu tico autónomo que se mueve en el pla_
no del significado puro para efectuar una “fusión de horizontes” que
garan tice la continuidad de la autoridad con el pasado. En algún sen­
tido relevante, la interpretación es una forma de intervención política
que introduce al historiador en un proceso crítico que relaciona pasa­
do, presente y futuro a través de modos complejos de interacción que
en trañ an tanto continuidades como discontinuidades. Pero es engaño­
so postular el problema de la comprensión en términos de uno de los
dos extremos: la representación puramente docum entada del pasado
y la búsqueda “presentista” de liberación de la “carga” de la historia a
través de la ficcionalización y mitologización irrestrictas. En relación
con estos dos extremos (que constituyen partes del mismo complejo),
es necesario hacer hin cap ié en el estatus de la interpretación como
una actividad que no puede reducirse a la mera subjetividad. U n texto
sign ificativo entraña, entre otras cosas, arte creativo, y su interpre­
tación es, entre otras cosas, un arte en actuación. Pero el arte nunca
es enteram en te libre, y el del historiador está lim itado de maneras
específicas. Debe prestar atención a los hechos, en especial cuando
ponen a prueba y rebaten sus propias convicciones y deseos (incluido
el an h elo de un m arco de referencia com pletam ente unificado). Y aun
cuando trata de pensar más en profundidad lo pensado en un texto, no
puede reducir éste a un pretexto para sus propias invenciones o inte­
reses inmediatos. En sí misma, la creencia en la interpretación pura
es una postura a favor de la trascendencia absoluta que niega a la vez
la naturaleza lim itada del entendim iento y la necesidad de confrontar
críticam en te lo que Freud analizó en términos de “transferencia”.
La alternativa gen u in a a una concepción puramente docum enta­
ría y contem plativa del pasado “por el pasado mismo” no es su mero
opuesto: el fútil in ten to de escapar de él o identificarlo a través de
la proyección con el presente. Antes bien, debería considerarse que
los textos se dirigen a nosotros de maneras más sutiles y desafiantes,
y traerlos al presente —con implicaciones para el futuro—de un modo
dialógico. La historiografía sería un ejercicio de infatuación narcisis-

284
ta si equivaliera a una prem editada proyección de las preocupaciones
presentes en el pasado. La noción de “m ala lectura creativa” (o “rees-
critura” activa) es engañosa en sí misma cuando legitim a una agresión
unilateral y subjetivista que ignora de qué m anera los textos pueden
desafiar realm ente al intérprete y llevarlo a cam biar de opinión. A un
si se acepta la metáfora que presenta la interpretación como la “voz”
del lector histórico en el “diálogo” con el pasado, debe reconocerse
activamente que ese pasado tiene sus propias “voces” que hay q u e res-
petar, en especial cuando se resisten o condicionan las interpretaciones
que quisiéramos atribuirles. U n texto es una red de resistencias, y un
diálogo es un asunto bilateral; un buen lector es también un oyente
atento y paciente. Las preguntas son necesarias para centrar e l inte-
rés en una investigación, pero un hecho puede ser pertinente para un
marco de referencia cuando lo recusa y hasta contradice. El interés en
lo que no se ajusta al modelo y la apertura an te lo que no esperamos
escuchar del pasado pueden incluso ayudar a transformar las preguntas
mismas que hacemos a ese pasado. Tanto el extrem o puramente docu­
mentado como el “presentista” son “monológicos” en la medida en que
niegan estas posibilidades. En realidad, la anom alía aparente debería
considerarse como de valor especial en historiografía, porque nos obli­
ga a dudar de las interpretaciones abiertam ente reductivas y los atajos
excesivamente “económ icos” de la comprensión a la acción.
La concepción del cam po que he tratado de defender co m p lica la
tarea del historiador in te lec tu al. Pero tam b ién m antiene a la h isto ­
ria in telectu al en co n tacto con cuestiones planteadas en “g ran d es”
textos y que son para siem pre viejas y nuevas en un aspecto que no
puede reducirse a algu n a philusophia p e r e n n is o un relativism o su b je­
tivista. Define adem ás la historia in telectu al en términos de u n pro­
ceso de indagación más que de reglas m etodológicas o de un cuerpo
de inform aciones sobre el pasado. Éste es el tipo de “d e fin ic ió n ”
más fructífera posible para un enfoque que aborda problemas h istó ­
ricos y a la vez se e n tien d e a sí mismo com o histórico. La dem anda
de docum entación sirve para evitar que las interpretaciones sen si­

285
bles se v u elv an irresponsables. Pero usar esa dem anda para intentar
escapar de nuestra propia relació n d ialógica con el pasado signifi­
ca in ten tar escapar a nuestra propia histo ricidad. Es necesario que
entendam os con m ayor cla rid a d qué im p lica una relación que es
dialógica e histórica sin ser ni “h istoricista” n i “presentista”. El his­
toriador que lee textos o hien como meros docum entos o bien como
entidades formales (si no com o tests de R o rsch ach ) no los lee histó­
ricam ente, precisam ente porque no los lee com o textos. A dem ás, al
margen de cualquier otra cosa que puedan ser, los textos son sucesos
en la h isto ria del len guaje. Para entender estos sucesos polivalentes
como usos com plejos del len gu aje, hay que aprender a p lan tear de
nuevo la pregunta de “qué sucede realm ente” en ellos y en el lector
que los lee realm ente. U no de los contextos más im portantes para
la lectura de textos es evid en tem en te el nuestro propio, un con tex­
to que se analiza de m anera errónea cuando se lo ve en términos
estrecham ente “presentistas”. Sólo aludí a las m aneras en que este
contexto involucra al lecto r en una in teracció n entre pasado, pre­
sente y futuro, una in te ra c c ió n que tien e c o n ex ió n tanto con el
entend im iento como con la acción. Pero es precisam ente aquí don­
de la h isto ria in telectu al se abre a otros modos de interpretación y
práctica. Esta “apertura” se relaciona con el modo en que el poder
mismo del diálogo y la reflexió n sólo es efectiv o cuando incluye el
“abrirse paso” de problem as existenciales que, por fuerza, son tam ­
bién sociales y po líticos.23

Jl M e n c i o n a r é s im p le m e n t e u n a m a n e r a lim ita d a e n q u e la h isto ria i n te le c tu a l


debería ab o rd a r esta cuestió n . C r e o qu e el histo riador i n t e l e c t u a l tendría qu e reco­
nocer u n a t en sa div isió n en su a u d i e n c i a , co nstituida t a n t o por expertos co m o por un
público e n g e n e r a l culto. A a q u é l se le e x ige que se a c e r q u e lo m ás posible a un c o n o ­
c im ie n to “e x p e r t o ” de los p ro b le m a s investigados. Pero tin a d e las m etas de la historia
in te le c tu a l d e b e ría ser la e x p a n s ió n de la “clase” de las p e rso n a s cultas en g e n e ral y la
c reació n d e un m ejo r in te r c a m b io e n tr e ellas y los “e x p e r t o s ” . Esto im plica co laborar
para qu e los in divid uo s cultos en g e n e r a l estén en c o n d ic io n e s de p lan te ar pregun-

286
A gregaré aquí unas pocas observaciones que tien en u n a relació n
específica con este volumen [Rethinking Intellectual H istory: T ex ts, C o n -
¡gxts, L anguage]. Mi propósito general es llegar a alguna co n cep ció n
que indique dónde se encuentra la subdisciplina de la h isto ria in te ­
lectual en la actualidad, y adonde debería ir. Q uiero subrayar que este
ensayo es en gran medida programático. T rata de p lan tear preguntas
acerca de enfoques existentes y esbozar maneras altern ativ as de abordar
temas. No muestra cómo practicar el enfoque que defiende, un poco
presuntuosamente, en un nivel relativam ente teórico. Sólo en las notas
al pie de página intento indicar posibles enfoques de la lectu ra y la
interpretación que se relacionan con las cuestiones más generales.
No obstante, creo que en el campo de la historia in telectu al hoy son
necesarias más exposiciones program áticas y re la tiv a m e n te teóricas.
Esta necesidad es coyuntural, y mi insistencia en d estacarla es hasta
cierto punto transicional. Lo que se discute es el proceso de reconoci­
miento y hasta de denom inación con respecto a diversos enfoques de
la historia. U na cuestión importante que enfrentam os es la del tipo de
investigación a la que debería llamarse historia in telectu al y, más aun,
la del tipo de investigación que debe reconocerse como histórica. Creo
que estamos en una situación análoga a aquella a la que C onfucio se
refirió en términos del problema de la “rectificación de nom bres”.
La idea de que la mansión de la historia tiene m uchas Habitaciones
o que no deberíamos construir muros entre los distintos enfoques reve­
la una falsa generosidad, en la medida en que existe una jerarq u ía entre
diversas perspectivas e incluso una falta de disposición a reconocer

tas más in f o r m a d a s y criticas. T a m b i é n im p lic a el i n t e n t o d e im p e d ir q u e el grup o tic


expertos q u e d e en cerrado en su p ro p io d ia le c to o jerga. En este s e n t i d o , la h isto ria
intelectual e n f r e n ta com plejos p ro b le m as de “tra d u c c ió n " , y sus p ro p ia s in q u ie tu d e s
la ponen e n c o n t a c to con cu e stio n e s so c ia le s y c u ltu r a le s m á s a m p lia s . U n a de e lla s es
cómo resistir la in stalació n de la c u lt u r a c o m ú n en un n i v e l r e l a t i v a m e n t e a c r ít ic o v
propiciar la c r e a c ió n de una qu e sea más e x ig e n t e y, d e n t r o d e c ie rt o s l í m it e s , g e n u i-
namente a b ie r t a a la discusión.

287
como válidam ente históricos ciertos enfoques. Los problemas de reco­
nocimiento y denom inación se relacionan con asuntos tanto prácticos
como cognitivos, por ejemplo, la asignación de tareas. En los proce­
sos de reconocim iento y no reconocimiento están envueltos intereses
materiales, que no pueden separarse de las cuestiones de política profe­
sional o de la d isciplina. Cuando debe llenarse un cargo en una cátedra
de historia in telectu al y se postulan para él candidatos con diferentes
perspectivas, ¿qué enfoque de la investigación se considerará pertinen­
te y a qué candidatos se les otorgará un tratamiento preferencial? Me
parece que en la actualidad hay una tendencia excesiva a dar prioridad
a los enfoques sociales o socioculturales y a subestimar la importancia
de la lectura e interpretación de textos complejos. El reciente paso de
los métodos más estadísticos de la versión anterior de la historiografía
de los Anuales a un interés por los problemas del “significado” social
y cultural no rem edia el problema, porque a menudo conduce a una
definición de la historia intelectual como sim bólica retrospectiva o
antropología cultural. Esta definición provoca frecuentem ente lo que
podría llamarse un efecto de topadora antropológica, por el cual que­
dan enterradas la significación y la especificidad de la interpretación de
textos complejos, en un intento por reconstruir una “cultura discursiva”
común o colectiva. Pero ciertas culturas proporcionan “mecanismos”
para la preservación y reinterpretación de sus productos excepcionales;
la historia in telectu al es uno de esos “mecanismos”.
Permítanme añadir de inmediato que reconozco la importancia de
reconstituir la práctica institucional y el discurso social. Pero también
debo subrayar que la concentración en este problema im plica a menu­
do una interpretación muy restringida de textos complejos (en caso de
que éstos se consideren de algún modo). A la inversa, centrarse en la
comprensión de textos complejos puede provocar algunas pérdidas en
la reconstrucción más general de discursos sociales institucionalizados
o compartidos en diversas clases, grupos u ocupaciones. El problema
global es enten d er cómo se relacionan los textos com plejos con sus
diversos contextos y viceversa; en sí mismo, este problema entraña la
estimación de las ganancias y pérdidas concom itantes a u n a estrategia
de investigación. S in la existencia de más exposiciones program áticas y
hasta polémicas, los estudios que em pleen ciertas estrategias de inves-
tigación podrán desecharse con facilidad por estim arlos fuera de los
límites de la historiografía o m eram ente m arginales a sus principales
preocupaciones. En un mundo ideal, cada historiador sería responsable
del tratam iento de todos los problemas a partir de la m ás general de
todas las perspectivas posibles. En el m undo real, deben hacerse algu­
nas elecciones. Sólo cuando éstas son autoconscientes y b ie n pensadas
puede emprenderse, con un ánimo en que esté ausente la envidia, una
genuina cooperación entre historiadores con diferentes puntos de vis­
ta. Mi preocupación es que los problemas específicos im plicados en la
comprensión de textos complejos com iencen a ser radicalm ente deses­
timados en la historia intelectual, y que ésta se defina d e una manera
que los deje en la sombra o los evite.
En los términos más generales, ¿adonde conduce la perspectiva de la
historia intelectual que he tratado de elaborar? ¿Qué im plicaciones tie­
ne para la relación entre pasado y presente y entre “teo ría y práctica”?
El campo de los estudios humanísticos parece hoy cada vez más dividi­
do en dos tendencias opuestas. U na intenta, de m anera más o menos
autoconsciente, rehab ilitar los enfoques convencionales de la descrip­
ción, interpretación y explicación. D estaca la necesidad d e descubrir o
tal vez inventar, en algún plano decisivo, unidad y orden en los fenó­
menos investigados y, por im plicación, en nuestra propia vida y época.
Puede reconocer en los fenómenos el caos o el desorden, pero su meta
dominante es revelar el orden en el caos, por ejem plo, mediante la
delimitación de tópicos, la selección de problemas, los procedimientos
empíricos y an alíticos de investigación y quizás hasta la síntesis de los
resultados por m edio de modelos causales o interpretativos. En la lec­
tura de textos, hace hincapié en la im portancia de determ in ar los argu­
mentos centrales, los significados nucleares, los temas dom inantes, los
códigos prevalecientes, las visiones del mundo y las estructuras profun­
das. A l relacionar los textos u otros artefactos con los contextos, busca

289
algún paradigma global e integrador: form alm ente, cuando sostiene que
una vez que los textos “internalizan” los contextos, éstos se ven some­
tidos a procedimientos “internos” al texto; causalm ente, cuando sostie­
ne que los problemas mismos o, más aun, los procedimientos formales
actuantes en los textos, son “causados” o generados por cambios en el
contexto más am plio; o estructuralm ente, cuando sostiene que tanto
textos'como contextos atestiguan la actuación de fuerzas más profun­
das homologas a ellos. U na única descripción puede em plear de diver­
sas formas estos tres paradigmas de integración, o procurar incluirlos en
algún “orden de órdenes” más elevado.
La otra tendencia trata de sacar a relucir la forma en que los debates
promovidos entre quienes adoptan el prim er enfoque se basan en rea­
lidad en supuestos comunes, y señala las lim itaciones de éstos. Lo que
se supone en los enfoques convencionales es la prioridad y tal vez el
predominio de la unidad o sus análogos: orden, pureza, clausura, origen
indiviso, estructura coherente, significado establecido por lo menos en
el núcleo, etc. Q uienes trabajan con la otra tendencia, más “experi­
m ental” (con frecuencia, y a veces erróneam ente, identificada como
“deconstructiva”) destacarán así la im portancia de lo que es marginal
en el texto o en la vida cuando se lo ve desde la perspectiva convencio­
nal: lo que es enigm ático o desorientador en términos de sus supuestos.
Pero el peligro en esta otra tendencia es que quede fijada en la fase de
la mera inversión de los supuestos convencionales dominantes y reem­
place la unidad por la desunión, el orden por el caos, el centro por la
ausencia de centro, la determinación por la pluralidad o diseminación
descontrolada de significados, etc. A l hacerlo, puede agravar lo que sus
partidarios verían como tendencias indeseables en la sociedad en gene­
ral, convertirse en sintom ática cuando querría ser crítica y confundir
la equivocación y la evasividad corrientes —e incluso la investigación
negligente—con la clase de interacción transformadora entre el yo y el
otro (o el lenguaje y el mundo) que le gustaría reanimar.
La inversión puede ser necesaria como un tipo de terapia de choque
que permite el registro de una crítica, pero sus inadecuaciones son fia-

290
grantes, en especial cuando se convierte en algo fam iliar y no lo g ra ser
chocante. Lo que se necesita entonces es repensar de m anera g en e ral
los problemas, incluida una noción aju stad a de la relació n e n tr e la
tradición y su crítica. En este proceso de repensar está im p lic a d a la
comprensión de que tanto la unidad com pleta como la com p leta desu­
nión (o sus análogos) son límites ideales más o menos aproxim ados en
el lenguaje y la vida. El problema general pasa a ser entonces la m an era
precisa en que se hizo referencia a estos lím ites en textos y co n texto s
del pasado y cómo debería hacerse referencia a ellos en el p resen te y el
futuro. U n diálogo informado con el pasado, que investiga te x to s sig­
nificativos y sus relaciones con contextos pertinentes, es p arte de un
intento de zanjar este problema. Su prem isa es la convicción de que el
historiador intelectual es a la vez intelectual e historiador y q u e, como
intelectual, sim plem ente no deja de ser un historiador. En re a lid a d , la
relación entre el intelectual “crítico” y el historiador “erudito” (o érudit
tradicional) es esencial para el diálogo internalizado que es u n a de las
marcas del historiador intelectual.24

24 U n libro reciente es m u y p ertinen te para los p ro b le m a s considerados e n e s t e e n s a ­


yo. T im o t h y J. Reiss, e n su e n o rm e m e n te d o c to y e s t im u la n t e D i s c o u r s e o f M u d e r n i s m
(Ithaca, C o m e l l U m v e r siry Press, 1982), describe el su rg im ie n to y asc e n so h a s t a una
posición de predom inio d e lo que llama una “c la se a n a lític o -r e fe r e n c ia l d e d is c u r s o ”,
basada en el supuesto d e u n sistem a de signos ló g i c a m e n t e c o h e re n te q u e t i e n e un a
relació n de p len a a d e c u a c ió n o co rresp o n d en cia t a n t o c o n la re alid ad c o m o c o n la
m ente “c ie n tíf ica ”. (La “a n a lític o -refe re n c ial” p o d ría to m a rse como la v a r i a n t e e x t r e m a
de lo qu e h e d e n o m in ad o un enfoque d o c u m e n t a d o d e los problem as.) R e is s d is tin g u e
este discurso con respecto a un discurso “c o n tig u r a d o r ” o “c o n ju n tiv o ” ( a n á l o g o al b ri-
colage o la pensée sa u v a g e de Lévi-Strauss) al q u e e s t im a d o m in a n t e ( “p r e v a l e c i e n t e ”
sería u n térm in o más a d e c u a d o ) en el período p r e m o d e m o . C o m o él m is m o lo se ñ ala,
su m éto d o de in ve stigac ió n tie n d e a ser “a n a lít ic o - r e f e r e n c ia l”, y su c o m p r e n s i ó n de la
in fluencia de un modo discu rsivo dado sobre un p e río d o es a m e n u d o d e m a s i a d o rígida.
En realidad h ay una co rre sp o n d en cia entre su a p o y o sobre u n a catego ría a n a l í t i c a r e la ­
tiv am e n te libre de problem as co m o la “clase de d isc u r so ” (o “ep iste m e ” en la t e r m i n o lo ­
gía de Foucault, que es su g u ía reconocido), su v isió n d o c u m e n t a r ía de la m a n e r a e n que

291
los textos in s ta n c ia n cpistemes, su idea del “predominio” de tina ep iste m e en un perío­
do y su escaso énfasis en toda im p u g n a c ió n o diferencia básica y n o transicional en un
período, texto o individuo. Las propias ten d e n cias de Reiss e n la in terpretació n no sólo
tienen una in c lin a c ió n “a n a lític o -r e fe r e n c ia l” demasiado e stre c h a; ta m b ié n oscurecen
el problema de có m o puede llegar a in stalarse y cuestionarse el p redom inio. Especial­
mente dudosa es su noción bastante h o m o g é n e a —casi f ic cio n a l—de la m an era en que la
“configuración de modelos” [“patteming”] fue “d o m in a n te ” e n la Europa prerrenacentis-
ta. (“D o m in a n te ” es un a palabra e s p e c ia lm e n te desafortunada, e n la m ed ida en que este
discurso tie n e un a gen uin a to le ran cia h a c ia otros discursos, e in clu so está generosamen­
te abierto a ellos.) Reiss rechaza la afirm ació n de que figuras c o m o Aristóteles o santo
Tomás de A q u i n o elaboraron aspectos significativos de un discurso an a lític o y referen­
cia!, porque c a r e c ía n de lo que para él es un criterio de este ú ltim o : un concepto de la
voluntad sub jetiv a (o el sujeto p re m e d ita d o y posesivo) c o m o c e n t r o de conocimiento
y poder. N o co n fro n ta el argum en to de H eidegger de que el sujeto m oderno es un des­
plazamiento específico del “terre n o ” metafíisico - u n desp lazam ien to que implica tanto
continuidad c o m o d iscontinuidad c o n respecto a é ste - que tu v o otras articulaciones en
anteriores filósofos. T am b ié n o m ite la m en c ió n del punto de v ista de Lévi-Strauss de
que la ji e n s c c u i u v a g e incluye una “c ie n c i a ríe lo concreto” qu e sigue siendo una base lo
mismo que u n a m e ta de la c ien cia ulterio r. Y no llega a un ac u e rd o con la comprensión
del proceso h istórico a la vez com o re p e tic ió n y cambio —un a c o m p ren sió n que m itig a­
ría ciertas aporras n ocivas de su propio te x t o (como la ge n erad a por la creencia histori-
cista de que “n u e str a ” posiciéin d e n tro del discurso an alític o -refe re n c ial hace imposible
el en te n d im ien to de un discurso “co n tig u rad o r” p resuntam ente aje n o , aunque en cierto
modo perm ite la afirm ación no p ro b le m á tic a de que hubo u n a ruptura total con ese
discurso in co g n o sc ib le )—La idea h ip e r b ó lic a de Reiss sobre el p re d o m in io de lo a n a líti­
co-referencial después de 1600 puede r e n e r un valor p olém ico lim itad o . Pero presenta
a Kepler com o a n ó m a lo y co nv ierte la m o dern id ad en la im a g e n de un Bacon en esca­
la mayor - u n B aco n “m odernista” in te rp re tad o en términos de la im agen de sí mismo
como el a g e n te de u n a ruptura toral c o n el pasado y la “i n s t a u r a c i ó n ” de un discurso
c o m p le tam e n te n u e v o —. T a m b ié n c o rr e el riesgo de ser d e m a s ia d o im p erio so en su
subestimación de la significación de los desafíos a lo a n a lír ic o -r e fe r e n c ia l que se basan
en modos r e la c ió n a le s y co ntestatarios, in c lu id o el c ar n a v a le sc o , al q u e trata bastante
despectivam ente. Empero, pese a su in c l i n a c ió n r e d u c tiv am e n te “a n a lític o -refe re n c ial",
el libro es m u y v alio so en su dilucidación) del ascenso de lo “a n a lític o - r e f e r e n c ia l” y su
análisis de cie rto s textos del período m o d e rn o temprano, e n e s p e c ia l cuan d o Reiss no
insiste en h a c e r qu e esos textos se a ju ste n a su modelo sin restos o co ntraco rrien tes. Su
tesis (así c o m o su confusa cap tac ió n del período moderno c o m o el “e x tre m o inferior”
de lo a n a lític o -r e f e r e n c ia l) podría ser m o d ificad a a fin de d ar c a b id a a la afirmación de
que el discurso a n alític o -refere n c ial tendió) después de 1600 a ser r e la t iv a m e n t e d o m i­
nante, pero de u n a m an era que e x ig e el estudie) detallado (a s í c o m o la elab oració n) de
perspectivas m ás relació n ales que c o m p le m e n t e n y d isc u tan ese d isc u rso relativ am ente
dominante. Fin r e alid ad , me parece q u e las tensiones v ariables e n tr e m odos de discurso,
tal como se e la b o r a n y ponen en ju e g o en textos importantes, t ie n e n m ás difusión de lo
que adm ite R eiss, y h ac en p ro b le m átic as las afirmaciones sobre el p re d o m in io relativo
de un discurso e n casos específicos, a u n en el período m o d e rn o te m p r a n o . Ignorar estas
tensiones lle v a a Reiss (como en o c asio n e s al mismo F ou cau lt) a basarse im p lícitam e n ­
te en una filosofía de la historia m u y a n tig u a : una visión u n ific a d a e n el pasado, que
hoy se ha v u e lto incom prensible, se rompió) a causa de u n a “d is o c ia c ió n de la sensibi­
lidad” c o n c o m ita n t e al ascenso ele la c ie n c i a y el cap italism o ; los tex to s transictonales
de alrededor ele 1 600 marcan la rup tu ra; en la actualidad, no c o n t a m o s más que con
desdibujarlas v islum bres de otra rup tu ra qu e puede in stalar ele m a n e r a apocalíptica un
discurso r a d ic a lm e n t e nuevo del futuro. R ep etid as veces se pregone) q u e este venerable
punto ele visra representaba un p u n to ele inflexión) en la h isto ria lite r a r ia e intelectual.
A quí ten em o s tal vez la marca elistintiva elel “discurso del m o d e r n is m o ” en un sentido
no previsto por Reiss, a tal punto qu e su n o ta b le texto —un te x t o q u e bien merece tina
cuidadosa le c tu r a —esrá en deuda c o n su cuestio n ab le pero a ú n se d u c to ra herencia.

29 1
4 . Filosofía

Richard R orty
Relativism o: el en con trar y el h a c e r *

El epíteto “relativ ista” se aplica a los filósofos que están de acuerdo


con Nietzsche en que “la ‘verdad’ es la voluntad de ser el amo de la
m ultiplicidad de sensaciones”. T am b ién se aplica a quienes concuer-
dan con W illia m James en que “lo ‘verdadero’ es sim p lem en te lo
conveniente en la manera de creer” y con Thom as K uhn en que no
debería considerarse que la cien cia se encam ina h a cia una represen-
tación exacta del modo en que el m undo es en sí mismo. En términos
más generales, se llam a “relativistas” a los filósofos cuando no aceptan
la distinción griega entre la m anera en que las .cosas son en sí mismas
y las relaciones que tienen con otras cosas, y en p artic u la r con las
necesidades y los intereses humanos.
Los filósofos que, como yo m ism o, eluden esta d istin ció n , deben
abandonar el proyecto filosófico tradicio nal de encon trar algo estable
que sirva como criterio para juzgar los productos transitorios de nues­
tras necesidades e intereses transitorios. Esto significa, por ejemplo,
que no podemos em plear la d istin ció n k an tian a en tre m oralidad y
prudencia. Tenem os que renunciar a la idea de que hay obligaciones
morales incondicionales y transculturales, enraizadas en una naturale­

* El te x to do R ic h a rd Rorty que se r e p r o d u c e , titu la d o “R e l a t i v i s m : F indin ^ and


M a k in g ”, es el m a n u s c r ito de una c o n f e r e n c i a y h a sido c e d id o p e r s o n a l m e n t e por el
autor ¡re p ro d u cid o c o n permiso del autor|. T r a d u c c ió n : H o r a c io P on s.

295
za hum ana no cam biante y ahistórica. Este intento de hacer a un lado
tanto a Platón como a Kant es el lazo que vin cula la tradición pos-
nietzscheana de la filosofía europea con la tradición pragm ática de la
filosofía norteam ericana.
El filósofo a quien más admiro, y de quien más me gustaría pensar
que soy discípulo es Jo h n Dewey. Dewey fue uno de los fundadores
del pragm atismo norteam ericano. Era un pensador que pasó sesenta
años tratando de liberarnos del yugo de P lató n y Kant. A menudo
se lo denunció como relativista, lo mismo que a mí. Pero, desde lue­
go, los pragm atistas n u n ca nos auíodenom inam os relativ istas. Por
lo com ún, nos definim os en términos negativos. Nos hacem os lla­
m ar “an tiplatón ico s”, “antim etafísicos” o “an tifun dacionalistas”. Sin
em bargo, nuestros oponentes, del mismo modo, casi nunca se autode-
no m inan “platónicos” o “metafísicos” o “fundacionalistas”. H abitual­
m ente hablan de sí mismos como defensores del sentido com ún o la
razón.
Previsiblem ente, cada bando trata de definir los términos de la dis­
puta de una m anera favorable para sí mismo. N adie quiere que lo lla­
m en platónico, así com o nadie quiere que lo califiquen de relativista
o irracionalista. Nosotros, los así llamados “relativistas”, nos negamos,
como es de suponer, a adm itir que somos enemigos de la razón y el
sentido común. Decimos que lo único que hacem os es criticar algunos
dogm as anticuados, específicam ente filosóficos. Pero, por supuesto,
lo que llamamos dogm as son precisamente lo que nuestros oponentes
llam an “sentido com ún”. La adhesión a estos dogmas es lo que llaman
“ser racional”. De modo que la discusión entre ellos y nosotros tiende
a em pantanarse, por ejem plo, en la cuestión de si la consigna “la ver­
dad es la correspondencia con la naturaleza intrínseca de la realidad”
expresa el sentido com ún o es meramente un fragmento de la obsoleta
jerga platónica.
En otras palabras, tina de las cosas en que estamos en desacuerdo
es si esa consigna en carn a una verdad evidente que la filosofía debe
respetar y proteger o, en cambio, sim plem ente expone un punto de

296
vista filosófico entre otros. Nuestros oponentes dicen que la teoría de
la correspondencia de la verdad es tan obvia, tan autoevidente, que
cuestionarla es sencillam ente perverso. Nosotros decimos que esa teo­
ría es apenas inteligible y que carece de especial importancia: que no
es tanto una teoría como un eslogan que coreamos descuidadam en­
te durante siglos. Los pragm atistas creemos que podríamos dejar de
corearlo sin consecuencias perjudiciales.
U na m anera de describir este callejón sin salida es decir que noso­
tros, los así llamados “relativistas”, afirmamos que muchas de las cosas
que el sentido común cree encontradas o descubiertas en realidad son
hechas o inventadas. Las verdades científicas y morales, por ejem plo,
son calificadas de “ob jetivas” por nuestros oponentes, con lo que quie­
ren decir que, en cierto sentido, están ah í afuera a la espera de que
nosotros, los seres hum anos, las reconozcamos. De modo que cuando
nuestros adversarios platónicos o kan tianos se cansan de llam arnos
“relativistas”, nos tild an de “subjetivistas” o “construccionistas socia­
les”. De acuerdo con la im agen que tien en de la situación, nosotros
sostenemos haber descubierto que algo que supuestamente provenía
del exterior en realidad proviene de nuestro interior. Nos consideran
como si dijéramos que lo que antes se pensaba objetivo ha resultado
ser m eram ente subjetivo.
Pero Lis antiplatónicos no debemos acep tar este modo de formu­
lar la cuestión. Puesto que si lo hacemos, nos veremos ante un grave
problema. Si tomamos la distinción entre h a c er y encontrar por su
valor nom inal, nuestros oponentes podrán hacernos una embarazosa
pregunta, a saber: ¿hemos descu b ierto el sorprendente hecho de que lo
que se creía objetives en realidad es subjetivo, o lo hemos in v en ta d o ?
Si afirmamos haberlo descubierto, si decim os que es un hecho obje­
tivo que la verdad es subjetiva, corremos el riesgo de contradecirnos.
Si decimos que lo inventam os, parecerá que actuam os de una m ane­
ra m eram ente caprichosa. ¿Por qué alguien hab ría de tomar en serio
nuestra invención? Si las verdades son sim plem ente ficciones conve­
nientes, ¿qué ocurre con la verdad de la afirm ació n de que eso es lo

297
que son? ¿También es una ficción con veniente? ¿Conveniente para
qué? ¿Para quién?
C reo que es im portante que quienes somos acusados de relativismo
dejem os de utilizar la d istin ció n entre encon trar y hacer, descubrí
m iento e invención, objetivo y subjetivo. No deberíamos permitir que
nos describieran como subjetivistas o construccionistas sociales. N0
podemos formular nuestro argumento en térm inos de una distinción
entre lo que es exterior y lo que es interior a nosotros. Debemos repu­
diar el vocabulario que em plean nuestros adversarios y no permitirles
que nos lo impongan. D ecir que debemos repudiar ese vocabulario es
decir, una vez más, que tenemos que evitar el platonismo y la meta­
física, en el sentido am plio de ésta en que H eidegger sostiene que la
m etafísica es platonismo. W hitehead planteaba lo mismo cuando dijo
que toda la filosofía occidental es una serie de notas a pie de página
a Platón. Su argumento era que no debemos llam ar “filosófica” una
investigación a menos que gire en torno de algunas de las distinciones
trazadas por Platón.
La distinción entre lo encontrado y lo hecho es una versión de la
existente entre lo absoluto y lo relativo, entre algo que es lo que es al
margen de sus relaciones con otras cosas, y algo cuya naturaleza depen­
de de esas relaciones. En el transcurso de los siglos, esta distinción ha
pasado a ser central para lo que Derrida llam a “la metafísica de la pre­
sencia”, la búsqueda de una “presencia plena más allá del alcance del
juego”, un absoluto más allá del alcance de la relacionalidad. De modo
que si queremos abandonar esa metafísica tenemos que dejar de dis­
tinguir entre lo absoluto y lo relativo. Nosotros, los antiplatónicos, no
podemos permitir que nos llam en “relativistas”, dado que esa califica­
ción supone zanjada la cuesticm central. Esa cuestión central se refiere
a la utilidad del vocabulario que heredamos ele Platón y Aristóteles.
A nuestros adversariees les gusta sugerir que abanelonar ese vocabu­
lario es abanelonar la racionalidad, esto es, ejue ser racional consiste
precisam ente en respetar las elistinciones entre lo absoluto y lo rela­
tivo, le) encontrado y lea hecho, objeto y sujeto, naturaleza y conven­

29 8
ción, realidad y apariencia. Los pragm atistas replicam os que si eso es
|a racionalidad, no hay duda entonces de que, en efecto, somos irra­
cionalistas. Pero, desde luego, agregamos que ser irracionalista en e s e
sentido no es ser incapaz de argum entar. Los irracionalistas no e c h a ­
mos espuma por la boca ni nos comportamos com o anim ales. S im ­
plemente nos negamos a hablar de cierta m anera, la platónica. Los
puntos de vista que esperamos hacer que la gente acepte no pueden
formularse en la terminología platónica. De modo que nuestros esfuer­
zos persuasivos deben asumir la forma de una inculcación gradual de
nuevas maneras de hablar, y no la de una argum entación directa en el
estilo de las antiguas.
Para resum ir lo que d ije h asta ahora: los pragm atistas hacem os
caso omiso de las acusaciones de que somos “relativ istas” o “irracio-
nalistas” diciendo que esas acusaciones presuponen precisam ente las
distinciones que rechazamos. Si tenemos que dar una descripción de
nuestra actitud, tal vez será m ejor que nos denom inem os an tid u alis­
tas. Esto, desde luego, no significa que estem os en contra de lo que
Derrida llam a “oposiciones b inarias”. Podemos adm itir perfectam en­
te que siem pre habrá un uso para tales oposiciones: dividir el m undo
entre los X buenos y los no X malos siem pre será un instrum ento
indispensable de la investigación. Pero estam os en contra de cierto
conjunto esp ecífico de distinciones, las d istin cion es platónicas. T e n e ­
mos que reconocer que éstas se han convertido en parte del sentido
común occidental, pero no consideramos que esto sea un argum ento
suficiente para conservarlas.

Hasta ahora he hablado de “nosotros, los así llam ados relativistas” y


de “nosotros, los antiplatónicos”. Pero a p artir de aquí es necesario
que sea más específico y dé nombres. Comes d ije en el comienzo, el
grupo de filósofos que tengo en m ente incluye una tradición de la filo ­
sofía europea posnietzscheana y también una tradición de la filosofía
norteamericana posdarwiniana, la del pragm atism o. Entre los grandes
nombres de la primera tradición se cuentan Heiciegger, Sartre, Gacla-

299
mer, Derrida y Foucault. En la segunda se incluyen Jam es, Dewey
Kuhn, Quine, Putnam y Davidson. Todos estos filósofos han sufrido
feroces ataques como relativistas.
Ambas tradiciones han tratado de arrojar dudas sobre la distin­
ción kantiana y hegeliana entre sujeto y objeto, sobre las distinciones
cartesianas que Kant y Hegel usaron para formular su problemática
y sobre las distinciones griegas que constituyeron el m arco del pen­
samiento de Descartes. El aspecto más importante que v in cula unos
a otros los grandes nombres de cada tradición, y a cada una de éstas
con la otra, es el recelo con respecto al mismo con junto de distin­
ciones griegas, las que hicieron posible, natural y casi inevitable
preguntar “¿encontrado o hecho?”, “¿absoluto o relativ o ?”, “¿real o
aparente?”.
Sin embargo, antes de extendernos sobre lo que m antiene unidas
estas dos tradiciones, debería hablar un poco de lo que las separa.
Aunque la tradición europea debe mucho a Darwin por intermedio de
Nietzsche y M arx, lo típico fue que los filósofos europeos distinguie­
ran muy agudam ente entre lo que hacen los científicos empíricos y los
filósofos. En esta tradición, es frecueiate que los filósofos hablen des­
pectivamente del “naturalismo”, el “empirismo” y el “reduccionismo”.
A veces condenan sin proceso a la reciente filosofía anglòfona, porque
suponen que está infectada por estas enfermedades.
En contraste, la tradición pragm atista norteam ericana ha insisti­
do en analizar las distinciones entre filosofía, ciencia y política. Sus
representantes a menudo se describen como “n atu ralistas”, aunque
niegan ser reduccionistas o empiristas. Su objeción tanto al empirismo
británico tradicio nal como al reduccionismo cien tificista caracterís­
tico del C írculo de V iena es precisamente que ninguno de los dos es
suficientemente naturalista. En mi tal vez chauvinista opinión, los
americanos hemos sido más coherentes que los europeos. Puesto que
los filósofos norteam ericanos han comprendido que la idea de una
actividad cultural distintiva y autónoma llamada “filosofía” se torna
dudosa cuando se pone en tela de juicio el vocabulario que dominó

300
,sa actividad. C uando los dualismos platónicos se m archan, la distin-
:ión entre la filosofía y el resto de la cultura está en peligro.
Otro modo de m ostrar la diferen cia entre las dos tradiciones es
decir que los europeos presentaron típicam ente un nuevo “método”,
distintivo y posnietzscheano, para uso de los filósofos. A sí, en el pri­
mer Heidegger y el prim er Sartre escucham os hablar de “ontología
fenomenológica”, en el Heidegger tardío de algo bastante mis'terioso
j? maravilloso llam ado “pensam iento”, en Gadamer de “herm enéuti-
:a”, en Foucault de “la arqueología del saber” y de “genealogía”. Sólo
Derrida parece libre de esta tentación; su término “gram atología” fue
un capricho evanescente más que un intento serio de proclam ar el
descubrimiento de un nuevo método o estrategia filosófica.
En contraposición, los norteam ericanos no han sido muy propensos
a tales proclam aciones. Dewey, es cierto, hizo muchas alusiones a la
incorporación del “método científico” a la filosofía, pero nunca pudo
explicar cuál era ese método ni qué se suponía que agregaría a las vir­
tudes de la curiosidad, la receptividad y la sociabilidad. Jam es habló
en ocasiones del “método pragm ático”, pero éste significaba poco más
que la insistencia en subrayar la pregunta antiplatónica “¿Representa
nuestra presunta diferencia teórica alguna diferencia en la práctica
Esa insistencia no era tanto el empleo de un método como la asunción
de una actitud escéptica hacia los problemas y los vocabularios filo­
sóficos tradicionales. Q uíne, Putnam y Davidson son rotulados como
“filósofos an alíticos”, pero ninguno de los tres se considera a sí mismo
practicante de un método llamado “análisis conceptual”, ni de ningún
otro. La así llam ada versión “pospositivista” de la filosofía an alítica
que estos tres filósofos contribuyeron a crear está notablem ente libre
de la metodolatría.
Los diversos contribuyentes contem poráneos a la tradición pragma­
tista no sienten m ucha inclinación a insistir en la naturaleza distinti­
va de la filosofía o en el lugar preem inente de ésta dentro de la cultura
en general. N inguno de ellos cree que los filósofos piensan o deberían
pensar de una m anera dram áticam ente diferente de los físicos o los

301
políticos. Todos estarían de acuerdo con Thomas K uhn en que la
ciencia, como la política, consiste en resolver problemas. De modo
que les resultaría agradable describir su actividad como la de resolver
problemas filosóficos. Pero el principal problema que quieren resolver
es el origen de los problemas que nos ha legado el problem a filosófi­
co: ¿por qué —preguntan—los problemas corrientes y de libro de texto
de la filosofía son a la vez tan intrigantes y tan áridos? ¿Por qué, hoy
como en los días de Cicerón, los filósofos siguen debatiendo de mane­
ra tan poco concluyente y rondando una y otra vez los mismos círculos
dialécticos, sin convencerse nunca unos a otros y pese a ello aún son
capaces de atraer discípulos?
Esta cuestión, la cuestión de la naturaleza de los problemas que nos
dejaron como herencia los griegos, Descartes, Kant y H egel, vuelve a
llevarnos a la distinción entre el encontrar y el hacer. La tradición filo­
sófica ha insistido en que estos problemas se encuentran, en el sentido
de que cualquier mente reflexiva se topa inevitablem ente con ellos.
La tradición pragmatista insistió en que se hacen —son artificiales y no
naturales- y pueden deshacerse utilizando un vocabulario diferente del
empleado por la tradición filosófica. Pero tales distinciones entre lo
encontrado y lo hecho, lo natural y lo artificial, no son, como ya lo dije,
distinciones con las cuales los pragm atistas psuedan sentirse cómodos.
De modo que sería mejor que éstos dijeran simplemente que el vocabu­
lario en el cual se formularon los problemas tradicionales de la filosofía
occidental fue útil en un momento, pero ya no lo es. Plantear el asunto
de esa manera evitaría que apareciéramos diciendo que en tanto que
la tradición se ocupó de lo que en realidad no estaba allí, nosotros los
pragmatistas nos ocupamos de lo que efectivam ente está allí.
Desde luego, los pragmatistas no podemos decir eso. Puesto que no
tenemos necesidad de emplear la distinción realidad-apariencia, como
así tampoco la existente entre lo encontrado y les hecho. Tenemos la
esperanza de reemplazar la primera por la distinción entre lo más útil
y lo menos útil. De manera tal que decimos que el vocabulario de la
metafísica griega y la teología cristiana —el vocabulario usado en lo que

?Q2
J-Jeidegger llamó la “tradición ontoteológica”—fue útil para los objetivos
Je nuestros predecesores, pero que n o so tro s tenemos diferentes objeti­
vos, que serán mejor atendidos si empleam os un vocabulario diferente.
Muestres predecesores treparon a una escalera que hoy estamos en con­
diciones de desechar. Y podemos hacerlo no porque hayamos llegado a
un último lugar de descanso, sino porque tenemos que resolver proble­
mas diferentes de los que dejaron perplejos a nuestros predecesores.

Hasta ahora he eshozado la actitud de los pragm atistas h acia sus opo­
nentes, y las dificultades que enfrentan para evitar el uso efe térm inos
cuyo empleo haría presum ir zanjada la cuestión en discusión entre
ellos y sus adversarios. A hora me gustaría describir un poco más por-
menorizadamente cuál es el aspecto que tien e la indagación hum ana
desde un punto de vista pragmatista: cuál es su aspecto una vez que
uno deja de describirla como un intento de corresponder a la n atu ra­
leza intrínseca de la realidad, y empieza a describirla como un in ten to
de cumplir objetivos transitorios y resolver problemas transitorios.
Los pragmatistas tienen la esperanza de romper con la im agen que,
en palabras de W ittgenstein, “nos m an tien e cautivos”, la im agen car-
tesiano-lockeana de una mente que procura ponerse en con tacto con
una realidad exterior a ella. De modo que empiezan con una descrip­
ción dárwiniana de los seres humanos com o anim ales que h acen los
máximos esfuerzos para manejarse con el m edio ambiente: los m áxim os
esfuerzos para elaborar herramientas que les perm itan experim entar más
placer y menos dolor. Las palabras se cuen tan entre las herram ientas
desarrolladas por estos animales inteligentes.
No hay manera de que esas herram ientas puedan hacernos perder
contacto con la realidad. Independientem ente de que se trate de un
martillo, un arma, una creencia o una en unciación, su uso es parte de
la interacción del organismo con su m edio am biente. V er el em pleo
de palabras como el use) de herram ientas para manejarse con el m edio,
y no como un intento de representar la naturaleza intrínseca de ese
medio, significa rechazar la cuestión de si las mentes hum anas están

303
en con tacto con la realid ad , la cuestión p lan tead a por el escépti­
co epistem ológico. N ingún organismo, hum ano o no humano, está
nunca más o menos en contacto con la realidad que cualquier otro
organismo. La idea misma de “estar fuera de contacto con la realidad”
presupone la imagen cartesiana y antidarwinista de una mente que en
cierto modo se mueve libre de las fuerzas causales que se ejercen sobre
el cuerpo. La mente cartesiana es una entidad cuyas relaciones con el
resto del universo son representacionales más que causales. De modo
que para liberar a nuestro pensam iento de los vestigios del cartesianis­
mo, para ser plenam ente darwinistas en nuestra m anera de pensar, es
necesario que dejemos de pensar en las palabras como representacio­
nes y empecemos a considerarlas como nudos en la red causal que vin­
cula al organism o con su medio ambiente.
Ver el len guaje y la investigación de esta m anera biologista, una
m anera que en años re cie n te s hizo fam iliar la obra de Humber­
to M aturana y otros, nos perm ite desechar la im agen de la mente
humana com o un espacio interior dentro del cual se sitúa la perso­
na hum ana. Como lo ha sostenido el filósofo estadounidense de la
mente D aniel D ennett, es únicam ente esa im agen de un teatro car­
tesiano la que hace que uno piense que la naturaleza o el origen de la
conciencia es un gran problem a filosófico o cien tífico . Podemos sus­
tituirla por una imagen del organism o hum ano adulto según la cual
el com portam iento de éste es tan complejo que sólo es posible pre­
decirlo m ed ian te la atribución de estados-intencionales -creencias y
deseos- al organism o. Por esa razón, las creencias y los deseos no son
modos prelingüísticos de co n cien cia, que pueden ser expresables o no
en el len guaje. Tampoco son los nombres de acontecim ientos inm a­
teriales. A n tes bien, son lo que en la jerga filosófica se denomina
“actitudes oracionales”, es decir, disposiciones por parte de los orga­
nismos, o de las com putadoras, para afirmar o negar ciertas oraciones.
A tribuir creencias y deseos a no usuarios del len guaje (como perros,
lactantes y term ostatos) es, para nosotros, los pragm atistas, hablar
m etafóricam ente.

304
Los p ragm atistas co m p lem en tan este enfoque hiologista con la
definición que da C harles Sanders Peirce de una creencia como un
hábito de ac c ió n . De acuerdo con esta d e fin ic ió n , adjudicar una
creencia a algu ien es sim plem ente decir que esa persona tenderá a
comportarse como lo hago yo cuando estoy dispuesto a afirmar la ver­
dad de cierta oración. A djudicam os creencias a cosas que usan o cabe
imaginar que usan oraciones, pero no a las piedras y las plantas. Esto
no se debe a que las primeras tengan un órgano o capacidad especial
_la conciencia—de la que carecen las últimas, sino simplemente a que
los hábitos de acción de piedras y plantas son suficientem ente fam ilia­
res y simples para predecir su com portam iento sin adjudicarles actitu ­
des oracionales.
De acuerdo con esta perspectiva, cuando pronunciam os oraciones
como “tengo ham bre”, no hacem os externo lo que previamente era
interno, sino que sencillam ente ayudamos a quienes nos rodean a pre­
decir nuestras futuras acciones. T ales oraciones no se usan para infor­
mar de sucesos que ocurren dentro del sellado cuarto interno que es la
conciencia de una persona. Se trata sim plem ente de herramientas para
coordinar nuestro com portam iento con el de los demás. Esto no signi­
fica decir que estados m entales como las creencias y los deseos puedan
“reducirse” a estados fisiológicos o com portam entales. Implica decir,
meramente, que no tiene sentido preguntar si un a creencia representa
con exactitud la realidad, ya sea m ental o física. Para los pragmatistas,
ésa es no sólo una mala pregunta, sino la raíz del dispendio de mucha
energía filosófica.
La pregunta correcta es: “¿Para qué propósitos sería útil sostener esa
creencia?” Se trata de algo sim ilar a plantear “¿Para qué propósitos sería
útil cargar este programa en mi computadora?” De acuerdo con el pun­
to de vista que sugiero, el cuerpo de una persona es análogo al hardware
de una computadora, y sus creencias y deseos se asem ejan al software.
Nadie sabe ni le importa si un elem ento dado d el so ftw a re de una com­
putadora representa con exactitud la realidad. Lo que nos importa es si
ése es el so ftw a r e que cumplirá con la mayor e ficien cia una determ ina­

305
da tarea. De manera análoga, los pragmatistas creen que la pregunta a
formular acerca de nuestras creencias no es si se refieren a la realidad o
meramente a la apariencia, sino sim plem ente si son los mejores hábitos
de acción para dar satisfacción a nuestros deseos.
En esta perspectiva, decir que, hasta donde sabemos, una creen­
cia es verdadera, significa decir que, hasta donde sabemos, ninguna
creencia altern ativ a es un m ejor hábito de actuación. Cuando deci­
mos que nuestros ancestros creían , erróneam ente, que el sol giraba
alrededor de la tierra, y que nosotros creemos, correctam ente, que
la tierra gira alrededor del sol, lo que decimos es que tenemos una
herramienta que es mejor que la de nuestros ancestros. Estos podrían
replicar que su herram ienta les perm itía creer en la verdad literal de
las Escrituras cristianas, lo que no sucede con la nuestra. Creo que lo
que deberíamos contestarles es que los beneficios de la astronomía
moderna y los viajes espaciales superan las v en tajas del fundamen-
talismo cristiano. La discusión entre nosotros y nuestros antepasa­
dos medievales no debería referirse a cuál de las dos partes entendió
correctamente el universo. M ás bien, tendría que estar relacionada
con el sentido de sostener puntos de vista sobre el m ovim iento de los
cuerpos celestes, los fines a alcanzar con el uso de ciertas herram ien­
tas. Confirmar la verdad de las Escrituras es una de esas metas; los
viajes espaciales son otra.
Otra manera de hacer hincapié en este último punto es decir que los
pragmatistas no podemos comprender la idea de que deberíamos buscar
la verdad por la verdad misma. No la podemos considerar una meta de la
investigación. El propósito de ésta es llegar a un acuerdo entre los seres
humanos acerca ele qué hacer, generar un consenso sobre los fines que
deben alcanzarse y los medios a em plear para alcanzarlos. La investi­
gación que no logra una coordinación del com portam iento no es una
investigación!, sino m eram ente un juego de palabras. Sostener una
teoría determ inada sobre la m icroestructura de los cuerpos m ateria­
les, o sobre el adecuado equilibrio de poderes entre las distintas ramas
del gobierno, es argumentar acerca de lo que deberíam os hacer: cómo

306
deberíamos usar las herram ientas a nuestra disposición a fin de lograr
un progreso teciaológico o político. De modo que para los pragm atistas
no hay un corte tajante entre la c ie n c ia natural y las cien cias sociales,
ni entre las ciencias sociales y la p o lítica, ni entre la po lítica, la filo ­
sofía y la literatura. Todas las áreas de la cultura son parte del mismo
esfuerzo por mejorar la vida. No h ay una división profunda entre la
teoría y la práctica, porque según una perspectiva pragm atista' todo lo
así llamado “teoría” que no sea un juego de palabras ya es siempre una
práctica.
Abordar las creencias no como representaciones sino como hábitos
de acción y las palabras no como representaciones sino como herra­
mientas es hacer que resulte in ú til preguntar “¿estoy descubriendo o
inventando, haciendo o encontrando?”. No tiene sentido sectorizar de
esta m anera la interacción de los organismos con el m edio ambiente.
Consideremos un ejemplo. Por lo común decimos que una cuenta ban­
cada es una construcción social más que un objeto del mundo n atu ­
ral, en tanto que una jirafa es un objeto del m undo natural más que
una construcción social. Las cuentas bancadas se h acen , las jirafas se
encuentran. Ahora bien, la verdad de este punto de vista radica sim ­
plemente en que si no hubiera habido seres humanos, pese a ello habría
habido jirafas, pero no cuentas bancadas. Pero esta independencia cau­
sal de las jirafas con respecto a los humanos no sign ifica que aquéllas
sean lo que son al margen de las necesidades y los intereses humanos.
A l contrario, las describimos d el modo en que lo hacem os, c o m o
jirafas, debido a nuestras necesidades e intereses. H ablam os una len ­
gua que incluye la palabra “jirafa” porque conviene a nuestros objeti­
vos hacerlo así. Lo mismo vale para palabras como “órgano”, “célula”,
“átomo”, etc.; por así decirlo, los nombres de las partes de que están
hechas las jirafas. Todas las descripciones que dam os de las cosas son
descripciones adecuadas para nuestros objetivos. N o puede atribuirse
ningún sentido —sostenemos los pragm atistas—a la afirm ación de que
algunas de estas descripciones seleccionan “clases n a tu ra le s”, que cor­
tan la naturaleza por las líneas de puntos. La línea e n tre una jirafa y el

307
aire circundante es bastante clara si usted es un ser humano interesado
en cazar para obtener carne. Si es una horm iga o una ameba usuarias
de un lenguaje, o un viajero espacial que nos observa desde muy arriba,
la lín ea no es tan clara, y tampoco es claro que necesite o tenga en su
lengua una palabra que signifique “jirafa”. En términos más generales
no es claro que alguno de los millones de modos de describir el peda­
zo de espacio-tiempo ocupado por lo que llamamos jirafa esté más cerca
de la m anera en que las cosas son en sí mismas que cualquiera de los
demás. A sí como parece carente de sentido preguntar si una jirafa es en
realidad una colección de átomos, o una colección de sensaciones rea­
les y posibles en los órganos sensoriales humanos, o alguna otra cosa,
del mismo modo la pregunta “¿Estamos describiéndola como realm ente
esi’” parece un interrogante que nunca es necesario formular. Todo lo
que necesitamos saber es si alguna descripción rival podría ser más útil
para alguno de nuestros propósitos.
La relatividad de las descripciones con respecto a los propósitos es
el principal argumento del pragmatista en favor de su visión antirre-
presentacion al del conocim iento —la visión de que la investigación
apunta a la utilidad para nosotros más que a una descripción precisa de
cómo son las cosas en sí mismas—. Como todas las creencias que tene­
mos deben formularse en uno u otro lenguaje, y como los lenguajes no
son intentos de copiar lo que está ahí afuera sino más bien herram ien­
tas para ocuparse de ello, no hay manera de separar “la contribución
que el objeto hace a nuestro conocim iento” de la “contribuciórn hecha
por nuestra su bjetivid ad ”. T anto las palabras que empleamos como
nuestra disposición a afirm ar ciertas oraciones usando esas palabras
y no otras son el producto de conexiones causales fantásticam ente
com plejas entre los organismos humanos y el resto del universo. No
hay m anera de fragm entar esta red de conexiones causales para poder
com parar el peso relativ o de la subjetividad y la objetividad en una
cree n c ia dada. C om o d ijo W ittgen stein , no hay m anera de in ter­
ponerse entre el len guaje y su objeto, separar a la jirafa en sí misma
de nuestros modos de hablar de las jirafas. Com o lo expresó Hilary

308
Putnam , el principal pragm atista contem poráneo: “elem entos de lo
que llamamos ‘len guaje’ o ‘m ente’ penetran tan profundamente en la
realidad que el proyecto mismo de representarnos como ‘cartógrafos’
de algo ‘independiente del lenguaje’ se ve fatalm ente comprometido
desde el principio”.
El sueño platónico del conocim iento perfecto es el sueño de des­
pojarnos de todo lo que proviene de nuestro interior y abrirnos sin
reservas a lo que está afuera de nosotros. Pero esta distinción entre
adentro y afuera, como lo señalé antes, no puede hacerse una vez que
adoptamos un punto de vista biologista. Si el platónico pretende insis­
tir en ella, tiene que tener una epistem ología que no se vin cule en
ningún aspecto interesante con las otras disciplinas. Term inará con
una versión del conocim iento que da la espalda al resto de la cien cia.
Esto equivale a convertir el conocim iento en algo sobrenatural, una
especie de milagro.

La sugerencia de que todo lo que decimos, hacem os y creemos es una


cuestión de satisfacción de necesidades e intereses humanos podría
parecer sim plem ente una m anera de form ular el secularism o de la
Ilustración: una m anera de decir que los seres humanos dehen actuar
por sí solos y que no tien en una luz sobrenatural que los guíe h acia la
Verdad. Pero, desde luego, la Ilustración reemplazó la idea de esa guía
sobrenatural por la de una facultad casi divin a llamada “razón”. Esta
es la idea que atacan los pragmatistas norteam ericanos y los filósofos
europeos posnietzscheanos. Lo que parece más llamativo en sus c ríti­
cas a ella no es la descripción de la cien cia natural como un intento
de m anejar la realidad más que de representarla. Antes bien, es su
planteam iento de que la elección moral es siempre una cuestión! de
compromiso entre bienes antagónicos y no una elección entre el bien
absoluto y el mal absoluto.
Las controversias entre los fundacionalistas y los antifundaciona-
listas en la teoría del conocim iento parecen algo así como la clase
de disputas m eram ente escolásticas que pueden dejarse libradas sin

309
inconvenientes a los profesores de filosofía. Pero las disputas
ca del carácter de la elección moral parecen más importantes En eí
resultado de esas elecciones ponemos en juego la percepción de quié
nes somos. De modo que no nos gusta que nos digan que nuestras elec
ciones son entre bienes alternativos más que entre el bien y el mal
Cuando los profesores de filosofía comienzan a decir que no hay nada
absolutam ente malo o absolutam ente bueno, el tópico del relativis
mo empieza a ponerse interesante. Los debates entre los pragmatistas
y sus adversarios, o los nietzscheanos y los suyos, comienzan a parecer
demasiado importantes para dejarlos librados a los profesores de filoso­
fía. Todo el mundo quiere intervenir en la cuestión.
Es por eso que los filósofos como yo descubrimos que se nos d en un­
cia en diarios y revistas que uno habría creído ignorantes de nuestra
existencia. Estas denuncias afirm an que si no se educa a la juventud
para que crea en absolutos morales y en la verdad objetiva, la civiliza­
ción está condenada. A menos que las generaciones más jóvenes ten­
gan el mismo apego que nosotros a sólidos principios morales -dicen
los artículos de estos diarios y revistas—, habrá term inado la lucha por
la libertad y la decencia hum anas. Cuando los docentes de filosofía
leemos esta clase de artículos, comprobamos que se nos atribuye un
inmenso poder sobre el futuro de la hum anidad. Puesto que todo lo
que hace falta para derrumbar siglos de progreso moral, sugieren estos
artículos, es una generación que acepte las doctrinas del relativismo
moral, los puntos de vista com unes a Nietzsche y Láewey.
Dewey y Nietzsche, por supuesto, estaban en desacuerdo en muchas
cosas. N ietzsche consideraba que las masas felices y prósperas que
hab itarían la utopía so ciald em ó crata de D ewey eran “los últimos
hombres”, criaturas indignas e incapaces de grandeza. Nietzsche era
tan instintivam ente antidem ócrata en su p o lítica como Dewey ins­
tintivam ente dem ocrático en la suya. Pero am bos concordaban no
sólo acerca de la naturaleza del conocim iento sino sobre la de la elec­
ción moral. Dewey decía que todo mal es un bien rechazado. W illiam
James dijo que toda necesidad hum ana tiene p rim a fa cie derecho a la

310
- Biblioteca

satisfacción, y la única razón para negarla es que aq u élla entre en con-


flicto con otra necesidad hum ana. Nietzsche h ab ría estado co m p leta'
mente de acuerdo. El habría planteado este argum ento en térm inos
Je com petencia entre poseedores de la voluntad de poder, m ientras
que James y Dewey habrían considerado el térm ino “poder”, con sus
alusiones sádicas, un poco engañoso. Pero estos tres filósofos h icieron
idénticas críticas a los intentos ilum inistas, y específicam ente k a n '
tianos, de considerar los principios morales com o el producto de una
facultad especial llamada “razón”. Los tres creyeron que se trataba de
solapados intentos de m antener con vida algo sim ilar a Dios en m edio
de una cultura secular.
Los crítico s del relativism o m oral creen que, a menos que h ay a
algo absoluto, algo que com parta la im placable negativa de Dios a
ceder ante la debilidad hum ana, no tenemos m otivos para seguir opo­
niendo resistencia al mal. Si el mal es m eram ente un bien m enor, si
toda elección moral es uta compromiso entre bienes rivales, entonces
-dicen—la lucha moral no tiene sentido. Las vidas de quienes m u rie­
ron com batiendo la injusticia se tornan inútiles. Pero para nosotros,
los pragm atistas, no hay solución de continuidad entre la lucha moral
y la lucha por la existencia, y ningún corte taja n te divide lo injusto
de lo im prudente, el mal de lo inconveniente. Lo que cuenta, para
los pragm atistas, es la invención de formas de reducir el sufrim iento
human«>e increm entar la igualdad, aum entando la aptitud de todos
los niños para comenzar su vida con iguales oportunidades de fe lic i­
dad. Esta m eta no está escrita en las estrellas, y así como no es una
expresión de lo que Kant llam ó la “razón pura p ráctica”, tampoco lo
es de la V oluntad de Dios. Es una meta por la que vale la pena morir,
pero no exige el sostén de fuerzas sobrenaturales.
El punto de vista pragm atista sobre lo que sus adversarios llam an
“sólidos principios morales” es que tales principios son denom inacio­
nes abreviadas de prácticas pasadas, modos de sintetizar los hábitos
de los ancestros que más admiramos. Por ejem plo, el principio de la
mayor felicidad de M ili y el im perativo categórico de Kant son m ane­

311
ras de recordarnos ciertas costumbres sociales, las de ciertas partes del
O ccidente cristiano, la cultura que ha sido, en las palabras si no en los
hechos, más ig u alitaria que ninguna otra. La doctrina cristian a de que
todos los miembros de la especie son hermanos y herm anas es la forma
religiosa de decir lo que M ili y Kant dijeron en términos no religiosos:
que las consideraciones de pertenencia a una fam ilia, de sexo, raza,
credo religioso y cosas por el estilo no deberían impedir que tratára­
mos de hacer a los o t r o s lo que nos gustaría que éstos nos hicieran a
nosotros; no deberían impedirnos pensar en ellos en cuanto personas
como nosotros mismos, que merecen el respeto del que nosotros mis­
mos esperamos gozar.
Pero hay otros sólidos principios morales aparte de los sintetizados
por el igualitarism o. U no de ellos es que la deshonra ocasionada a una
m ujer de la fam ilia debe ser lavada con sangre. Otro es que sería mejor
no tener hijos en absoluto antes que tener uno que fuera homosexual.
Aquellos de nosotros a quienes les gustaría poner fin a las disputas de
sangre y los ataques contra los ga ys originados por tales sólidos prin­
cipios morales llam an a éstos “prejuicios” más que “discernim ientos”.
Sería bueno que los filósofos pudieran darnos, la certeza de que los
principios que aprobamos, como los de M ili y Kant, son “racionales”,
y que los de quienes propician la venganza de sangre y los ataques a
los ga ys no lo son o lo son menos: Pero decir que los primeros son más
racionales es sim plem ente otra m anera de decir que son más univer­
salistas, esto es, que consideran que la diferencia entre las mujeres de
la propia fam ilia y las otras mujeres, y la diferencia entre los ga ys y los
“norm ales”, son relativam en te insignificantes. Pero no es claro que
om itir la m ención de grupos determ inados de personas sea un signo de
racionalidad.
Para ver este últim o aspecto, consideremos el principio “no mata­
rás” que es ad m irab lem en te u n iv ersal. Empero, ¿es más o menos
racional que el principio “no mates a menos que seas un soldado que
defiende su patria, o para impedir un asesinato, o a menos que seas un
verdugo del Estado o un compasivo practicante de la eutan asia’’? No

M2
tengo idea de si es más o menos racional, y por esa razón no me pare­
ce que el térm ino “racional” sea ú til en este ámbito. S i se me dice que
una medida polém ica que he tomado tien e que defenderse subsumién-
dola en un principio universal y racional, tal vez yo sea capaz de ima­
ginar un principio así, adecuado para la ocasión, pero es posible que a
veces sólo pueda decir: “Bueno, considerándolo bien, me pareció que
era lo mejor que podía hacer en ese momento”. No es evidente que
esta última defensa sea menos racional que algún principio de aspecto
universal que se me haya ocurrido ad h o c para justificar mi accionar.
No es evidente que los dilemas m orales a los que nos enfrentamos en
un mundo rápidam ente cam biante —dilem as que tienen que ver con
el control demográfico, el racionam iento de la atención de la salud,
y cosas por el estilo—deban esperar h asta que se formulen principios
para su solución.
Tal como la juzgamos los pragm atistas, la idea de que detrás de toda
acción correcta debe estar latente uno de esos principios legitim ado­
res equivale a la idea de que hay algo así como un tribunal de justicia
universal y supranacional ante el que nos presentamos. Sabemos que
las mejores sociedades son las gobernadas por las leyes y no por el
antojo de tiranos o turbas. Sin el imperio de la ley, decimos, la vida
humana cede a los impulsos y la vio len cia. Esto nos hace pensar que
debe haber una especie de tribunal invisible de la razón, que adminis­
tra leyes que todos, en algún lugar situado en lo profundo de nuestro
fuero interno, reconocemos como obligatorias. A lgo así fue la noción
kantiana de la obligación moral. Pero, una vez más, la imagen kantia­
na de cómo son los seres humanos no puede conciliarse con la histo­
ria o la biología. Ambas nos ensetáan que el desarrollo de sociedades
gobernadas por leyes y no por hombres fue un logro lento, tardío, frá­
gil, contingente y evolutivo.
Dewey estim aba que Hegel ten ía razón, una vez más contra Kant,
cuando insistía en que los principios morales universales sólo resul­
taban útiles en la medida en que eran el fruto del desarrollo histórico
de una sociedad determ inada, una sociedad cuyas instituciones dieran

313
contenido al principio, que de lo contrario sería una cáscara vacía. Hace
poco, Michael W alzer, un filósofo político cuya obra más conocida es
Las esferas de la justicia, ha salido en defensa de Hegel y Dewey. En su
nuevo libro, Thick and T hin, Walzer sostiene que no deberíamos con­
siderar las costumbres e instituciones de sociedades particulares como
acrecencias accidentales en tomo de un núcleo común de racionalidad
moral universal, la ley moral transcultural. A ntes bien, deberíamos esti­
mar previo, y rector de la obediencia moral, el denso conjunto de cos­
tumbres e instituciones. La moralidad fina que puede abstraerse de las
diversas moralidades densas no está constituida por los mandamientos
de una facultad hum ana universalmente compartida llam ada “razón”.
Tales semejanzas finas entre estas moralidades densas, en la medida en
que existan, son contingentes, tanto como lo son las semejanzas entre
los órganos adaptativos de diversas especies biológicas.
Si alguien adopta la postura an tikantian a común a H egel, Dewey y
Walzer y se le pide que defienda la m oralidad densa de la sociedad con
la cual se identifica, no podrá hacerlo hablando de la racionalidad de
sus concepciones m orales. Antes bien, tendrá que referirse a las diver­
sas ventajas concretas de las prácticas de su sociedad con respecto a
las de otras sociedades. La discusión acerca de las ventajas relativas
de diferentes m oralidades densas será, naturalm ente, tan poco con­
cluyente como la de la superioridad relativ a de un libro o una perso­
na que nosotros amamos sobre el libro o la persona amados por otro.
Para nosotros, los pragm atistas, la idea de una fuente universalm ente
compartida de verdad, llam ada “razón” o “naturaleza hum ana”, es sim­
plemente la idea de que una discusión tal debería poder llegar a una
conclusión. Vemos esta idea como una m anera engañosa de expresar
la esperanza, que compartimos, de que la raza humana en su conjunto
se una gradualmente en una comunidad global, una com unidad que
incorpore la mayor parte de la m oralidad densa de las dem ocracias
industrializadas europeas. Es engañosa porque sugiere que la aspiración
a una comunidad de ese tipo es, en cierto modo, inherente a todos los
miembros de la especie biológica. Lo que a los pragmatistas nos parece
algo así como la sugerencia de que la aspiración a ser una an acon da es
en cierto modo inherente a todos los reptiles, o la de ser un antropoi-
de a todos los mamíferos. Es por eso que consideramos la acusación de
relativism o sim plem ente como la acusación de que vemos azar don­
de nuestros críticos insisten en ver destino. Creemos que la utópica
comunidad m undial contem plada en la C a rta de las N aciones U nidas
y la Declaración de H elsinski sobre D erechos Humanos no es el desti­
n o de la hum anidad más de lo que lo sería un holocausto atóm ico o el
reemplazo de los gobiernos democráticos por jefes m ilitares rivales. Si
alguna de estas dos últim as cosas es lo que nos depara el futuro, nues­
tra especie habrá sido desafortunada, pero no irracion al. N o habrá
omitido vivir de acuerdo con sus obligaciones morales. Sim p lem ente,
habrá perdido una oportunidad de ser feliz.
No sé cómo plantear la cuestión de si es mejor ver a los seres hum a­
nos de esta manera biologista o verlos de una manera más sim ilar a la
de Platón o Kant. De modo que no sé cómo dar un argum ento con­
cluyente al punto de vista que mis críticos llam an “relativism o” y yo
prefiero denominar “antifundacionalism o” o “antidualism o”. No basta,
por cierto, que por mi lado apele a D arw in y pregunte a mis adversa­
rios cómo pueden evitar una apelación a lo sobrenatural. Esa m anera
de enunciar el problema supone zanjadas muchas cuestiones. No basta,
por cierto, que por su parte mis oponentes digan que una concepción
biologista despoja a los seres humanos de su dignidad y el respeto por
sí mismos. Tam bién eso supone zanjadas la mayoría de las cuestiones
en discusión. Sospecho que todo lo que una y otra parte pueden hacer
es volver a exponer una y otra vez sus argum entos, en un contexto tras
otro. La polémica entre quienes ven tan to a nuestra especie como a
nuestra sociedad como un accidente afortunado y quienes encuentran
una teleología inm anente en ambas es dem asiado radical para permitir
su juzgamiento desde algún punto de vista neutral.

9 de m a y o de 1994

315
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l e t ’s D e s i r e . O n t h e E p i s t e m o l o g y o f I n t e r p r e t a t i o n , C a m b r i d g e , M a s s., H arvard
U n iv e r s it y P ress, 1 9 9 2 .

“ E s c u e la d e C a m b r i d g e ” , A d e m á s d e P o c o c k y S k i n n e r ( v é a s e ) , otros au to ­
res u s u a l m e n t e a s o c i a d o s a e s t a e s c u e l a s o n J o h n D u n n , S t e f a n C o ll in i,
A n t h o n y P a g d e n , R ic h a r d T u c k , J a m e s T u l l y y D o n a ld W i n c h . U n a in tere­
san te r e s e ñ a d e las id e a s y la t r a y e c t o r i a d e l grupo se e n c u e n t r a e n M e lv in

318
R ic h te r , “R e c o n s t r u c t i n g th e H is t o r y o f P o l i t i c a l L a n g u a g e s : P o c o c k , S k i n ­
ner, an d t h e G e s c h i c h t l i c h e G r u n d b e g r i f f e ” , H i s t o r y a n d T h e o r y , 2 9 .1 , 1 9 9 0 , p p .
38 -69 , e n d o n d e su au to r, R ic h t e r , c o m p a r a la o b ra d e e s t a e s c u e l a c o n la d e
sus pares a l e m a n e s O t t o B ru n n e r, W e r n e r C o n z e y R e i n h a r d t K o s e lle c k . C a b e
aclarar q u e n i S k i n n e r n i P o co ck h a n u s a d o e l t é r m in o “e s c u e l a d e C a m b r i d ­
ge” p ara re fe r ir s e a su o b ra y a la d e sus s e g u id o r e s .

“Escuela de H istoria de las Ideas” . E s ta e s c u e la se a s o c i a e n e s t e p aís c o n e l


ya m e n c i o n a d o A r t h u r L o v e jo y , P e r r y M i l l e r y sus s e g u i d o r e s (y , e v e n t u a l ­
m e n te, c r í t i c o s ) . L a m is m a co b ra f o r m a i n s t i t u c i o n a l e n 1 9 2 3 c o n la c r e a c i ó n
del H i s t o r y o f I d e a s C l u b e n la J o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y . S u s f u n d a d o r e s fu e r o n
L o vejo y, G i l b e r t C h i n a r d y G e o r g e B o a s , y p a r t i c ip a r o n t a m b i é n d e é l M a r ­
jorie N i c h o l s o n , W . F. A l b r i g h t ( a r q u e ó l o g o ) , L u d w i g E d e l s t e i n y H a r o ld
C h e rn is s ( c l a s i c i s t a s ) , B e n t le y G la s s ( b i ó l o g o ) , O w s e i T o m k i n ( h is t o r ia d o r
de la m e d i c i n a ) , y otros. El m é t o d o c a r a c t e r í s t i c o d e e s t a e s c u e l a , e j e m p l i f i ­
cado e n T h e G r e a t C h a i n o f B e i n g , d e L o v e j o y , c o n s i s t ía e n e l a n á li s is d e los
sistem as d e p e n s a m i e n t o a í i n d e d e s c u b r i r sus i d e a s - u n i d a d e s c o m p o n e n t e s
y rastre ar lu e g o su e v o lu c ió n e n los d i f e r e n t e s c o n t e x t o s e n q u e a p a r e c e n . El
D i c t i o n a r y o f t h e H i s t o r y o f I de a s , e d i t a d o p o r P h . W i e n e r e t a l . ( N u e v a Y o rk ,
C h . S c r i b n e r ’s S o n s , 1 9 6 8 ) c o n s t i t u y e u n a s u e r te d e c u l m i n a c i ó n d e l p r o ­
yecto lo v e j o y a n o . P a ra un a r e s e ñ a d e la t r a y e c t o r ia d e d i c h a e s c u e la v é a s e
Boas, T h e H i s t o r y o f ¡ d e a s . A n I n t r o d u c t i o n , N u e v a Y o r k , C h . S c r i b n e r ’s S o n s ,
1969 ( e s p e c ie d e “h is to r ia o f ic ia l” ); D o n a l d K e lle y , “H o r iz o n s o f I n t e l l e c t u a l
H istory. R e t r o s p e c t , C i r c u m s p e c t , P r o s p e c t ”, J o u r n a l o f H i s t o r y o f I d e a s , 4 8 ,
1987, pp. 1 4 3 - 1 6 9 ; y “W h a t is H a p p e n i n g to th e H is t o r y o f I d e a s ? ” , J o u r n a l o f
the H i s t o r y o f I d e a s , 50 .1 , 19 90 , p p . 3 - 2 6 . S o b r e la t r a n s i c i ó n a la n u e v a in te ­
llectual h i s t o r y v é a n s e los ya m e n c i o n a d o s tr a b a jo s d e B o u w s m a y D a r n to n , y
ta m b ié n K e ll e y , “W h a t is H a p p e n i n g to t h e H is to r y of I d e a s ”, J o u r n a l o f t h e
H i s t o r y o f I d e a s , 5 1 .1 , 1990, pp. 3 - 2 6 . El n ú m e r o 4 8 . 2 , 1 9 8 7 , d e l J o u r n a l o f
the H i s t o r y o f I d e a s e stá d e d ic a d o a u n a r e s e ñ a d e la t r a y e c t o r i a y p e r s p e c t i­
vas de e s ta e s c u e la a c in c u e n t a a ñ o s d e la p u b l i c a c i ó n d e T h e G r e a t C h a i n o f
Being. Éste c o n t i e n e artícu lo s d e D a n i e l W i l s o n , G l a d y s G o r d o n - B o u r n i q u e ,
Edward M a h o n e y , F ran cis O a k l e y y M e l v i n R i c h t e r . S o b r e las t e n d e n c i a s

319
m ás r e c ie n t e s , véase F r a n k A n k e r s m i t h y H a n s K e ll n e r ( c o m p s .) , A N e w P h i ­
lo s op h y o f History. R e fl ec t i o n s o n P o s t m o d e r n Historicizing, C h ic a g o , T h e U n i ­
v ers ity o f C h ic a g o Press, 1 9 9 5 ; y K e ith J e n k in s , O n " W h a t is H i s t o r y : F r o m
C a r r a n d E l t o n t o R o r t y a n d W h i t e , L o n d res y N u e v a Y o rk , R o u t le d g e , 1 9 9 5 .

“ F ilo s o f ía s d e l l e n g u a j e ” . P a r a u n a reseñ a d e los o r íg e n e s y la h i s t o r i a d e


las d iv e r s a s filoso fías d e l l e n g u a j e , v é as e E rn st C a s s i r e r , The P h i l o s o p h y o f
S y m b o l i c F o r m s , vol. 1, N e w H a v e n , 1953. U n p a n o r a m a m ás a c t u a liz a d o se
e n c u e n tr a e n l a n H a c k in g , W h y D o e s L a n g u a g e M a t t e r t o P h i l o s o p h y ?, C a m b r i d ­
ge, C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1975; y R i c h a r d R o r t y , P h i l o s o p h y a n d t h e
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tic T u r n : R e c e n t E s s a y s i n P h i l o s o p h i c a l M e t h o d , C a m b r i d g e , C a m b r i d g e U n i ­
v ers ity Press, 1967.

F is h , S t a n l e y E u g e n e . J e fe d e l D e p a r ta m e n to d e A r t e s y C i e n c i a s I n g le s a s ,
Profesor D is tin g u id o d e L it e r a t u r a Inglesa y P rofesor d e L e y e s e n la U n i v e r ­
sidad d e D u k e. Sus obras s o n : J o h n S k e l t o n ’s P o e t r y , N e w H a v e n , Y a le U n i ­
v e r s ity Press, 1965; S u r p r i s e d b y Sin: T h e R e a d e r in P a r a d i s e Lo st , B e r k e l e y ,
U n i v e r s it y o f C a lif o r n ia Press, 1971; S e l f - C o n s u m i n g Ar ti f ac t s; . T h e E x p e r i e n c e
o f S e v e n t e e n t h - C e n t u r y L i t e r a t u r e , B e r k e le y , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a Press,
1972; T h e L i vin g T e m p l e : G e o r g e H e r b e r t a n d C a t e c h i z i n g , B e rk e le y , U n i ­
v e rs ity o f C a l if o r n ia Press, 1 9 7 8 ; Is t h e r e a T e x t e n this C l a s s ? T h e A u t h o r i t y
o f I n t e r p r e t a t i v e C o m m u n i t i e s , C a m b r id g e , H a r v a r d U n i v e r s i t y P ress, 1 9 8 0 ;
D oin g W h a t C o m e s N aturally: C h a n g e , Rhetoric, a n d the P ractice o f T h e o r y e n
Li t e r a r y a n d L e g a l S t u d i e s , D u r h a m , Duke U n i v e r s i t y Press, 1989; y T h e r e ' s n o
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320
T h e o r y ” , U n i v e r s i t y o f C h i c a g o L e g a l R e v i e w , 5 8 . 3 , 1 9 9 2 , pp. 1 0 3 3 - 1 0 4 3 ;
J. W o r t h e n , “O n t h e M a t t e r o f t h e T e x t ( A S t u d y o n S t a n l e y F is h ’s L i t e ­
rary T h e o r y ) ”, U n i v e r s i t y o f T o r o n t o Q u a r t e r l y , 6 0 . 3 , 1 9 9 1 , pp. 3 3 7 - 3 5 3 ; C .
L o n g i n e s , “P o w e r, M e a n i n g a n d P e r s u a s io n e n F r e u d ’s t h e ‘W o l f - M a n ’ . A
R e s p o n s e to S t a n l e y F is h ” , M i n n e s o t a R e v i e w , 3 4 . 3 , 1 9 9 0 , pp. 1 1 8 - 1 3 4 ; M .
S p ik e s , “A K r ip k e a n C r i t i q u e o f S t a n l e y F is h ” , S o u n d i n g s , 7 3 .2 - 3 , 1 9 9 0 , pp.
3 2 7 - 3 4 1 ; y J. M i c h a e l , “R h e t o r i c a l Q u e s t io n s in S t a n l e y F is h ’s D o i n g w h a t
C o m e s N a t u r a l l y " , D i a c r i t i c s , 2 0 .1 , 19 90 , pp. 5 4 - 7 3 ; R . D w o r k in , “M y R e p l y to
S t a n l e y F is h ( a n d W a l t e r B e n n M i c h a e l s ) : P l e a s e D o n ’t T a l k A b o u t O b j e c ­
t i v i t y A n y M o r e ”, e n W . J. T . M i t c h e l l ( c o m p . ) , T h e P o l i t i c s o f I n t e r p r e t a t i o n ,
C h i c a g o , T h e C h i c a g o U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 3 , p p . 2 8 7 - 3 1 4 .

G e e r t z , C l i f f o r d . H a r o l d L i n d e r P r o f e s s o r o f S o c i a l S c i e n c e e n el I n s t i t u t e f o r
A d v a n c e d S t u d y , P r i n c e t o n , N u e v a Jersey. Los lib r o s m á s im p o r t a n t e s p u b l i c a ­
dos p o r e s te au to r so n: A g r i c u l t u r a l I n v o l u t i o n : T h e P r o c e s s o f E c o l o g i c a l C h a n g e
in I n d o n e s i a , B e r k e le y , L J n iv e r s it y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 63 ; I s l a m O b s e r v e d .
R e l i g i o u s D e v e l o p m e n t i n M o r o c c o a n d I n d o n e s i a , N e w H a v e n , Y a le U n i v e r ­
sity Press, 19 6 8 ; T h e I n t e r p r e t a t i o n o f C u l t u r e s ; S e l e c t e d E s s a y s , N u e v a Y o rk ,
B a s ic B o o k s , 1973 ( la s c i t a s e n el te x to c o r r e s p o n d e n a la e d ic ió n c a s t e l l a ­
n a , l oa i n t e r p r e t a c i ó n d e las c u l t u r a s , M é x ic o , G e d i s a , 1 9 8 7 ) ; L o c a l K n o w l e d g e :
F u r t h e r E s s a y s in I n t e r p r e t i v e A n t h r o p o l o g y , N u e v a Y o r k , B asic B o o k s , 1 9 8 3 ;
P e d d l e r s a n d P r i n c e s ; S o c i a l C h a n g e a n d E c o n o m i c M o d e r n i z a t i o n in T w o I n d o ­
n e s i a n T o w n s , C h i c a g o , T h e U n i v e r s i t y of C h i c a g o Press, 19 63 ; W o r k s a n d
L i v e s : T h e A n t h r o p o l o g i s t a s A u t h o r , S t a n fo r d , S t a n f o r d U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 8
(la s c i t a s e n el te x to c o r r e s p o n d e n a la e d i c i ó n c a s t e l l a n a p u b lic a d a b a jo el
t ít u lo : El a n t r o p ó l o g o c o r n o a u t o r , B a r c e lo n a , P a id ó s , 1 9 8 9 ); y A f t e r t h e F act:
T w o C o u n t r i e s , F o u r D e c a d e s , O n e A n t h r o p o l o g i s t , C a m b r id g e , M a s s ., L la v a r d
U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 5 . En C u r r e n t A n t h r o p o l o g y , 3 2 .5 , 19 9 1 , pp. 6 0 3 - 6 1 3 ,
a p a r e c e u n a i n t e r e s a n t e e n t r e v i s t a a G e e rtz r e a li z a d a p o r R ic h a r d H a n d le r .
La o b r a d e G eertz d is p a r ó u n a s e r ie im p r e s io n a n t e d e tex to s, t a n t o f a v o r a b le s
c o m o c r ít ic o s . P au l S h a n k m a n ( “T h e T h i c k a n d t h e T h i n ”, C u r r e n t A n t h r o ­
p o l o g y 2 5 , 1 9 8 4 ), R o n a l d W a l t e r s ( “S ig n s of t h e T i m e s : C liffo rd G e e r t z a n d
H i s t o r i a n s ” , S o c i a l R e s e a r c h , 4 7 , 1980, pp. 5 3 6 - 5 5 6 ) y M e lfo r d S p ir o ( “C u l ­

321
tu ral R e l a t i v i s m a n d th e F u t u r e o f A n t h r o p o l o g y ”, C u l t u r a l A n t h r o p o l o g y , 1
19 86 ) h a c e n c o m e n t a r io s s i m i l a r e s r e s p e c t o d e las c o n s e c u e n c i a s r e la t iv is t a s
de la p o s t u r a d e G ee rtz d a d o q u e é s t a n o ofrece m é t o d o s d e c o m p a r a c ió n y
s is te m a tiz a c ió n d e las o b s e r v a c io n e s n i c r ite r io s p a r a e v a l u a r e n tre d if e r e n ­
tes in t e r p r e t a c io n e s . R o g e r K e e s i n g ( “A n t h r o p o l o g y as I n t e r p r e t i v e Q u e s t ”
C u r r e n t A n t h r o p o l o g y , 2 8 , 1 9 8 7 ) s e ñ a l a a G e e r tz su a c e p t a c i ó n a c r í t i c a de
la n a t u r a le z a r e p r e s e n t a t i v a d e la c u l t u r a s in p r e g u n t a r s e h a s t a q u é p u n t o
ésta n o e n m a s c a r a m ás b i e n l a r e a l i d a d s o c ia l. W i l l i a m R o s e h e r r y ( “B a l i ­
nese C o c k f i g h t s a n d th e S e d u c t i o n o f A n t h r o p o l o g y ” , S o c i a l R e s e a r c h , 49 (
1982) p l a n t e a e l p ro b le m a d e la d e l i m i t a c i ó n d e las “c u l t u r a s ” c o m o o b je to s
de e s tu d io y la le g it i m i d a d , e n e l p r e s e n t e , d e a i s l a r l a s a n a l í t i c a m e n t e . V .
P éco ra ( “T h e L im it s of L o c a l K n o w l e d g e ”, e n H . V e e s e r ( c o m p .) , T h e N e w
H i s t o r i c i s m , N u e v a Y ork, R o u t l e d g e , 1 9 8 9 , pp. 2 4 3 - 2 7 6 ) s e ñ a l a la o m is ió n
de G eertz d e la c o n s i d e r a c ió n d e las c ir c u n s t a n c ia s p o l í t i c a s e n I n d o n e s ia ( la
caíd a d e l g o b i e r n o de S u k h a r n o ) e n el m o m e n t o e n q u e r e a liz a b a sus es tu d io s
y las c o n s e c u e n c i a s q u e ta l o m i s i ó n t u v o p a ra la c o m p r e n s i ó n d e los h e c h o s
ob servado s. P a r a u n a b u e n a r e s e ñ a d e las c r ít ic a s a G e e r t z y las n u e v a s t e n ­
d e n c ia s e n la a n tr o p o lo g ía a c t u a l , v é a s e la s erie d e a r t í c u l o s r e c o p ila d o s por
Jam es C lif f o r d y G eo rg e M a r c u s , W r i t i n g C u l t u r e . T h e P o e t i c s a n d P o l i t i c s o f
E t h n o g r a p h y , B e r k e le y , U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a P r e s s , 1 9 8 6 [ tr a b a jo s p r e ­
se n ta d o s e n e l S e m i n a r i o d e S a n t a Fe, N u e v o M é x i c o , ll e v a d o a c a b o e n
la S c h o o l o f A m e r i c a n R e s e a r c h , e n a b r il de 1 9 8 4 ]; y A l e t t a BLersack, “L o c a l
K n o w le d g e , L o c a l H is to r y : G e e r t z a n d B e y o n d ” , e n L y n n H u n t ( c o m p . ) ,
T h e N e w C u l t u r a l H i s t o r y , B e r k e l e y , U n i v e r s it y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 8 9 , pp.
72-96. O t r a s re s e ñ a s y a r t íc u lo s s o n : M . M a r t in , “G e e r t z a n d th e I n te r p r e tiv e
A p p r o a c h in A n t h r o p o l o g y ”, S y n t h e s e s , 9 7 .2 , 1 9 9 3 , p p . 2 6 9 - 2 8 6 ; M . D u n ­
can , “I n t r o d u c t io n to a R e t r o s p e c t i v e o n C liffo r d G e e r t z ’s D e e p P l a y . N o t e s
o n t he B a l i n e s e C o c k f i g h t ”, P l a y & C i d t u r e , 5 .3, 1 9 9 2 , p p . 2 2 1 - 2 2 3 ; G . C h i c k
y L. D o n lo n , “G o in g O u t o n a L i m n . G e e r tz ’s D e e p P l a y . N o t e s o n t h e B a l i -
n e s e C o c k f i g h t a n d T h e A n t h r o p o l o g i c a l S t u d y o f P l a y ”, P l a y & C u l t u r e , 5.3,
1992, pp. 2 3 3 - 2 4 5 ; T . M c C a r t h y , “R e v i e w o f W o r k s a n d L i v e s ”, Et hic s, 1 0 2 .3 ,
19 92 , p p . 6 3 5 - 6 4 9 ; L. T e n n e n h o u s e , “S i m u l a t i n g H i s t o r y . A C o c k f i g h t
for O u r T i m e s ( A p p l i c a t i o n s O f G e e r t z ’ D e e p - P la y C o n c e p t ) ”, T h e D r a m a

322
R e v i e w , 3 4 - 4 , 19 90 , pp. 1 3 7 - 1 5 5 ; T . Y o u n g , “R e v i e w of W o r k s A n d L i v e s . TThe
A n t h r o p o l o g i s t A s A u t h o r ”, T h e o r y a n d S o c i e t y , 1 9 .3 , 1 9 9 0 , pp. 3 8 2 - 3 8 6 ; A .
F o n t a n a , “R e v i e w o f W o r k A n d L i v e s . T h e A n t h r o p o l o g i s t A s A u t h o r ” , J o u r n a l
o f C o n t e m p o r a r y E t h n o g r a p h y , 1 9 .2 , 1 9 9 0 , p p . 2 2 6 - 2 3 0 . S o b r e la i n f l u e n c i a
q u e G e e r t z t u v o e s p e c í f i c a m e n t e e n t r e los h i s t o r i a d o r e s , v é a s e R o n a l d G .
W a l k e r s , “S i g n o f th e T im e s : C lif f o r d G e e r tz a n d H i s t o r i a n s ”, S o c i a l R e s e a r c h ,
19 8 0 , p p . 5 3 7 - 5 5 6 . En “H i s t o r y a n d A n t h r o p o l o g y ” , N e w L i t e r a r y H i s t o r y ,
2 1 .2 , 1 9 9 0 , p p . 3 2 1 - 3 3 7 , G e e r t z a f ir m a las a f i n i d a d e s m e t o d o l ó g i c a s e n t r e
d is c ip lin a s d iv e rsas . A este a r t í c u l o s ig u e o tro t i t u l a d o “R e p l y to G e e r t z ” (p p .
3 3 7 - 3 4 2 ) , e n e l q u e R e n a t o R o s a l d o e v a l ú a las p o s i b l e s d e r iv a c io n e s p r o b l e ­
m á t i c a s d e t a l a s o c ia c ió n .

H i r s c h , J r . , E r ic D o n a ld ( 1 9 2 8 - ). W i l l i a m R. K e n a n P r o f e s s o r o f E n g l i s h e n
la U n i v e r s i d a d de V i r g i n i a y m ie m b r o d e l C o m i t é E d it o r ia l d e N e w L i t e ­
r a r y H i s t o r y . Es ta m b ié n a u t o r d e: I n n o c e n c e a n d E x p e r i e n c e ; A n I n t r o d u c t i o n
t o B l a k e , N e w H a v e n , Y a le U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 4 ; V a l i d i t y in I n t e r p r e t a t i o n ,
N e w H a v e n , Y a le U n i v e r s i t y P ress, 1 9 67 ; T h e A i m s o f I n t e r p r e t a t i o n , C h i c a ­
go, U n i v e r s i t y o f C h ic a g o Press, 19 7 6 ; T h e P h i l o s o p h y o f C o m p o s i t i o n , C h i c a g o ,
U n i v e r s i t y o f C h ic a g o Press, 1 9 7 7 ; “T h e P o li t ic s of I n t e r p r e t a t i o n ”, e n W . J.
T . M i t c h e l l ( c o m p .) , T h e P o l i t i c s o f I n t e r p r e t a t i o n , C h i c a g o , T h e U n i v e r s i t y
of C h i c a g o Press, 19 83 , pp. 321 -3 3 4 . “B e y o n d C o n v e n t i o n ? ”, N e w L i t e r a r y
H i s t o r y , 1 4 .2 , 1983, pp. 3 8 9 - 3 9 8 ; “O n T h e o r i e s a n d M e t a p h o r s : A C o m m e n t
on M a r y H e s s e ’s P ap er”, N e w L i t e r a r y H i s t o r y , 1 7 .1 , 1 9 8 5 , pp. 4 9 - 5 9 ( e n ese
m is m o n ú m e r o ap a re c e -la r e s p u e s t a d e M a r y H e s s e , p p . 5 7 - 6 0 ) ; “T r a n s h i s t o -
ric a l I n t e n t i o n s an d th e P e r s is t e n c e of A l l e g o r y ” , N e w L i t e r a r y H i s t o r y , 2 5 .3 ,
1 9 9 4 , p p . 5 4 9 - 5 6 7 . H ir s c h e s t u d i a a c t u a l m e n t e a s u n t o s r e la c i o n a d o s c o n la
e n s e ñ a n z a d e la literatu ra.

H o y , D a v i d C o u s e n z . P ro fe s o r d e F ilo so fía e n la U n i v e r s i d a d d e C a l i f o r n i a
en S a n t a C r u z . H a p u b lic a d o : T h e C r i t i c a l C i r c l e , B e r k e l e y y Los A n g e l e s ,
U n i v e r s i t y of C a l if o r n ia Press, 1 9 7 8 ; c o n T h o m a s M c C a r t h y , C r i t i c a l T h e o r y ,
O x fo r d , B l a c k w e l l , 19 94 ; “Is H e r m e n e u t i c s E t h n o c e n t r i c ? ”, e n D. H i l e y , J.
B o h m a n d v R. S c h u ste rm a n (c o m p s.), T h e I n t e r p r e t a t i v e T u r n . P h i l o s o p h y ,

323
S c ie n c e , C u l t u r e , I t h a c a , C o r n e l l U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 1 , pp. 15 5 , 17 3 . y
“D e c o n s t r u c t in g ‘I d e o l o g y ’” , P h i l o s o p h y a n d L i t e r a t u r e , 1 8 .1 , 1 9 9 4 , p p . I -17
T a m b i é n es e d it o r d e T h e F o u c a u l t R e a d e r , O x f o r d , B la c k w e l l, 1 9 8 6 .

Jam eson, Fredric. P r o f e s o r d e L it e r a t u r a C o m p a r a d a e n la U n i v e r s i d a d de


D u k e , d o n d e d ir ig e e l P r o g r a m a de G r a d u a d o s e n L ite r a tu ra . A n t e r io r m e n t e
e n s e ñ ó e n las u n iv e r s id a d e s d e H arv a rd , C a l i f o r n i a ( S a n D ieg o y S a n t a Cruz)
y Y a le . S u o b ra i n c l u y e , S a r t r e : T h e O r i g i n s o f a St yl e , N e w H a v e n , Y a le U n i ­
v e r s i t y Press, 1 9 6 1 , r e i m p r e s o e n N u e v a Y o r k , C o l u m b i a U n i v e r s i t y Press,
1 9 8 4 (o b r a a n t e r i o r a su c o n v e r s ió n al m a r x i s m o ) ; M arx ism a n d F o r m . T w en­
tieth C e n t u r y D i a l e c t i c a l T h e o r i e s o f L i t e r a t u r e , P r in c e to n , P r i n c e t o n U n iv e r s ity
Press, 19 71 ; T h e P r i s i o n - H o u s e o f L a n g u a g e . A C r i t i c a l A c c o u n t o f S t r u c t u r a l i s m
a n d R u s s i a n F o r m a l i s m , P r in c e t o n , P r i n c e t o n U n i v e r s it y Press, 1 9 7 2 ; Fabl e s o f
A g r e s s i o n : W y n d h a m L e w is , T h e M o d e r n i s t a s F a s ci s t, B e r k e le y , U n i v e r s it y of
C a l i f o r n i a Press, 1 9 7 9 ; T h e Pol it ic al U n c o n s c i o u s : N a r r a t i v e a s a S o c i a l l y S y m b o ­
lic A c t , I th a c a , C o r n e l l U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 1 ; T h e I d e o l o g i e s o f T h e o r y , Essays
1 9 7 L 1986. V o l . l : S i t u a t i o n s o f T h e o r y , vol. 2: T h e S y n t a x o f H i s t o r y , M in n e a p o ­
lis, U n i v e r s it y of M i n n e s o t a Press, 19 8 8 ; L a t e M a r x i s m . A d o m o , o r , t h e Persis­
t e n c e o f t h e D i a l e c t i c , L o n d r e s , Verso, 1 9 90 ; P o s t m o d e r n i s m , or, t h e C u l t u r a l Logic
o f Late C a p i t a l i s m , L o n d r e s , V erso, 1 9 9 1 ; S i g n a t u r e s o f t he Visible, N u e v a York,
R o u t le d g e , 1 9 9 2 ; T h e S e e d s o f T i m e , N u e v a Y o rk , C o lu m b ia U n i v e r s i t y Press,
1 9 94 . D o uglas K e l l n e r ( c o m p .) , P o s t m o d e r n i s m / J a m e s o n / C r i t i q u e , W a s h in g t o n ,
D .C ., M a i s o n n e u v e P ress, 19 8 9 , c o n t ie n e u n a d e t a lla d a b ib lio g r a f ía (a c tu a li­
z ad a a la fe c h a d e la e d i c i ó n ) , que in c lu y e u n a lista, e n o r d e n c r o n o ló g ic o , de
las 11 8 c o n t r ib u c i o n e s ( l a m ay o ría de las c u a le s se e n c u e n t r a n in c lu i d a s e n la
b ib lio g r a fía a n te s c i t a d a ) realizadas h a s ta e n t o n c e s por J a m e s o n . P a r a b ib lio g ra­
fía so bre este a u to r , v é a n s e n o ta s 91 y ss.

J a y , M a r t i n ( 1 9 4 4 - ). P rofesor e n la U n i v e r s i d a d de C a l if o r n ia e n B e rk e le y y
a u t o r d e T h e D i a l e c t i c a l I m a g i n a t i o n ; A H i s t o r y o f t h e F r a n k f u r t S c h o o l a n d the
I n s t i t u t e o f S o c i a l R e s e a r c h , 1 9 2 3 - 1 9 5 0 , B o s t o n , L it tle , B r o w n & C o . , 1973;
A d o r n o , C a m b r i d g e , H a r v a r d U n i v e r s i t y Press, 19 84 ; M a r x is m a n d T o t a l i t y :
T h e A d v e n t u r e s o f a C o n c e p t f r o m L uk á c s t o F l a b e n n a s , B e r k e le y , U n i v e r s it y of

324
C alifo rn ia Press, 1 9 8 4 ; P e r m a n e n t Exiles: E s s a y s o n t h e I n t e l l e c t u a l M i g r a t i o n f r o m
G e r m a n y to A m e r i c a , N u e v a York, C o l u m b i a U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 5 ; F i n - d e - s i e -
c l e S o c ia li s m, N u e v a Y o rk , R o u tle d g e , 1 9 8 8 ; F o r c e Fields, N u e v a Y o rk y Londres,
Routledge, 19 9 3 ; y D o w n c a s t E y e . T h e D e n i g r a t i o n o f Vision in T w e n t i e t h - C e n ­
t ury F r e n c h T h o u g h t , B e r k e le y , C a l if o r n ia U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 3 .

L a C a p r a , D o m i n i c k ( 1 9 3 9 - ). G o l d w i n S m i t h P r o f e s s o r de h is t o r ia i n t e le c t u a l
e u ro p ea e n la C o r n e l l U n i v e r s i t y . S u s o b r a s so n ; E m i l e D u r k h e i m : S o c i o l o g i s t
a n d P h i l o s o p h e r ( 1 9 7 2 ) , A P r e f a c e t o S a r t r e ( 1 9 7 8 ) , “M a d a m e B o v a r y ” O n T ri a l
(1 9 8 2 ), R ethin k in g I n t e l l e c t u a l H istory. T e x t s , C o n t e x t s , a n d L a n g u a g e (1 9 8 3 ),
History a n d C r iticis m ( 19 85 ), H istory, P olitics, a n d the N o v e l (1 9 8 7 ), S ou n d in gs
in C r i t i c a l T h e o r y ( 1 9 8 9 ) ; to das p u b l i c a d a s e n I th a c a , N u e v a Y o r k , C o r n e ll
U n i v e r s it y Press. P a r a a n á li s is c r ít ic o s d e la o b r a de L a C a p r a v é a n s e ; J o h n
E. T o ew s , “I n t e l l e c t u a l H is to ry a fte r t h e L i n g u i s t i c T u r n : T h e A u t o n o m y of
M e a n i n g a n d t h e I r r e d u c ib ili t y of E x p e r i e n c e ”, A m e r i c a n H i s t o r i c a l R e v i e w ,
9 2 , 1 9 8 7 , p p . 8 7 9 - 9 0 7 ; M i c h a e l E r m a t h , “M i n d f u l M a t t e r s : T h e E m p i­
re ’s N e w C o d e s a n d t h e P li g h t of M o d e r n I n t e l l e c t u a l H i s t o r y ” , J o u r n a l o f
M o d e r n H i s t o r y , 5 7 , 1 9 8 5 , pp. 5 0 6 - 5 2 7 ; W i l l i a m B o w s m a , “R e v ie w - E s s a y of
M o d e r n E u r o p ea n I n t e l l e c t u a l H istory by L aC ap ra-K ap lan (e d s .)”, H istory an d
T h e o r y , 23, 1 9 8 4 , p p . 2 2 9 - 2 36; J o h n P a g d e n , e n J o u r n a l o f t h e H i s t o r y o f I de a s ,
48 , 1 9 87 , pp. 1 4 3 - 1 6 9 ( a c u y a s c r ít ic a s L a C a p r a re s p o n d e e n “A R e v i e w of a
R e v ie w ”; J o u r n a l o f t h e H i s t o r y o f I d e a s , 4 8 , 1987, pp. 6 7 7 - 6 8 7 ) ; T . Kloppen-
berg, “D e c o n s t r u c tiv e a n d H e r m e n e u t ic S t r a t e g i e s for I n t e lle c t u a l Elistory: T h e
R e c e n t W o r k s oí D o m i n i c k L a C a p r a a n d D a v id H o llin g e r ”, I n t e l l e c t u a l H i s t o r y
N e w s l e t t e r , 9, 1 9 8 7 , p p . 3-22; R u sse ll J a c o b y , “A N e w I n t e lle c t u a l H isto ry?”,
A m e r i c a n H i s t o r i c a l R e v i e w , 9 7 .1 , 1 9 9 2 , pp. 4 0 5 - 4 2 4 ( s e g u id o d e la ré p lic a de
L a C a p r a , “I n t e l l e c t u a l H is to ry a n d Its W a y s ”, pp. 4 2 5 - 4 3 9 ) ; y S u z a n n e G e a r ­
h a r t, “H is to ry a n d C r i t i c i s m : T h e D ia lo g u e of H is to r y a n d L i t e r a t u r e ”, D i a c r i ­
t ic s, 17.3, 1 9 8 7 , p p . 5 6 - 6 5 .

L o v e j o y , A r t h u r O . ( 1 8 7 3 - 1 9 6 9 ) . E ste a u t o r h a sido l l a m a d o “e l p r in c ip a l
in s p ira d o r d e la h i s t o r i a d e las id e a s ”. S u o b r a in c lu y e : T h e G r e a t C h a i n o f
B e i n g . A S t u d y o f t h e El is to ry o f a n I d e a , C a m b r i d g e , M a s s ., H a r v a r d U n i v e r ­

325
s ity Press, 19 38 ; “R e f l e c t i o n s o n t h e H is to r y o f I d e a s ” , J o u r n a l o f t h e H istory o f
I d e a s , 1.1, 1940, pp. 3 - 2 3 ; E s s a y s in t h e H i s t o r y o f I d e a s , B a ltim o r e , T h e Jo h n s
H o p k in s U n iv e rs ity P ress, 19 48 ; R e f l e c t i o n s o n H u m a n N a t u r e , B a ltim o re
T h e J o h n s H o p k in s U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 1 ; T h e R e a s o n , t h e U n d e r s t a n d i n g ,
a n d T i m e , B a ltim o r e , T h e J o h n s H o p k in s U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 1 ; T h e T h i r ­
t e e n P r a g m a t i s m a n d O t h e r E s s a y s , B a lt im o r e , T h e J o h n s H o p k in s U n i v e r s i t y
Press, 1963.

M a c I n t y r e , A l a s d a i r ( 1 9 2 9 - ). W . A l t o n J o h n e s P r o f e s s o r o f P h i l o s o p h y e n
la V a n d e r v i l t U n i v e r s i t y . A n t e s fue p ro feso r d e s o c i o lo g ía e n la U n i v e r s i d a d
d e Essex, profesor d e f ilo s o f ía y c ie n c ia s p o l í t i c a s e n la U n i v e r s i d a d d e B o s­
to n , c o n f e r e n c is t a e n r e l i g i ó n e n la U n i v e r s i d a d d e M a n c h e s t e r , y R i c h a r d
K o r e t P r o f e s s o r d e h i s t o r i a d e las id e a s e n la B r a n d é i s U n i v e r s i t y . S u o b ra
in c l u y e : M a r x i s m : A n I n t e r p r e t a t i o n , L o n d r e s , H u m a n i t i e s Press, 1 9 5 3 ; T h e
U n c o n s c i o u s : A C o n c e p tu a l A n a ly s is , N u e v a Y o r k , R o u t le d g e , 1 9 5 8 ; A Short
H i s t o r y o f Ethics, N u e v a Y o r k , M a c m i l l a n , 1 9 6 6 ; H e r b e r t M a r c u s e : A n E x p o ­
s i t i o n a n d a P o l e m i c , N u e v a Y o rk, V ik in g , 1 9 7 0 ; A g a i n s t the S e l f - I m a g e s o f the
A g e, N o t r e D am e , N o t r e D a m e U n i v e r s i t y P ress, 1 9 7 1 ; A f t e r V i r t u e , N o t r e
D a m e , N o tr e D am e U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 4 ( s e g u n d a e d ic ió n c o n u n p o s t s c r i p -
t u r n ) ; W h o s e J u s t i c e ? W h i c h R a t i o n a l i t y ?, N o t r e D a m e , N o tr e D a m e U n i v e r s i t y
Press, 1 9 8 8 ; y T h r e e R i v a l V e r s i o n s o f M o r a l E n q u i r y . E n c y c l o p e d i a , G e n e a l o g y ,
a n d T r a d i t i o n , N o tre D a m e , N o t r e D a m e U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 0 . C o n P au l
R i c o e u r p u b lic ó T h e R e l i g i o u s S i g n i f i c a n c e o f A t h e i s m , N u e v a Y o rk , C o l u m ­
b ia U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 7 . T a m b i é n p a r t i c ip ó d e c o m p i la c io n e s d e lib ro s y
p u b lic ó d iverso s a r t íc u lo s e n m e d io s e s p e c i a liz a d o s . S o b r e a r t íc u lo s c r ít ic o s
d e su o b ra v é a n s e : J u l i a A n n a s , “M a c I n t y r e o n T r a d i t i o n s ”, P h i l o s o p h y a n d
P u b l i c A ff a i r s , 1989, pp. 3 8 8 - 4 0 8 ; R ic h a r d B e r n s t e i n , “N ie tz s c h e or A r i s t o t l e ?
R e f le c t io n s on A l a s d a i r M a c I n t y r e ’s A f t e r V i r t u e " , S o u n d i n g s , 6 7 , 1 9 8 4 , pp.
6 - 2 9 (s e g u id o de la r é p l i c a d e M a c I n t y r e , “ B e r n s t e i n ’s D is to r tin g M i r r o r s ”,
pp. 3 0 - 4 1 ; S t e p h e n C l a r k , “ M o r a ls , M o o r e , a n d M a c I n t y r e ”, I n q u i r y , 26,
1 9 8 4 , pp. 4 2 5 - 4 4 5 ; R a i m o n d G a it a , “V ir t u e s , H u m a n G ood a n d t h e U n i t y
of a L if e ”, I n q u i r y , 2 6 , 1 9 8 4 , p p . 4 0 7 - 4 2 4 ; C h a r l e s M a r t i n d a l e , “T r a d i t i o n
a n d M o d e r n i t y ”, H i s t o r y o f t h e H u m a n S c i e n c e s , 5 .3 , 1 9 92 , pp. 10 5-1 19; P e te r

326
M c M y lo r , Alasdair M a c I n t y r e . C r i d e o f M o d e r n i t y , Londres, R o u tle d g e , 19 94 ;
O n o r a O ’N e ill, “K a n t A f t e r V i r t u e ”, I n q u i r y , 2 6 , 1 9 8 4 , pp. 3 8 7 - 4 0 5 ; J . B.
S c h n e e w i n d , “V i r t u e , N a r r a t i v e , a n d C o m m u n i t y ” , J o u r n a l o f P h i l o s o p h y ,
7 9 , 1 9 8 2 , pp. 6 5 3 - 6 6 3 ; y G . K it c h e n , “A l a s d a i r e M a c I n t y r e : T h e E p i t a p h o f
M o d e r n i t y ”, P h i l o s o p h y a n d S o c i a l C r i t i c i s m , 2 3 . 1 , 1 9 9 7 , pp. 7 1 - 9 8 . U n a s e r ie
d e 14 es tu d io s c r ít ic o s , s e g u id o s d e la r e s p u e s t a a los m is m o s d e e s t e a u t o r , se
e n c u e n tra en Jo h n H o rto n y Susan M en d u s (c o m p s.), A fter M a c I n t y r e . C r iti­
c a l P e r s p e c t i v e s o n t he W o r k o f A l a s d a i r e M a c I n t y r e , N o t r e D a m e , U n i v e r s i t y o f
N o t r e D a m e Press, 1 9 9 4 (e s t e lib ro t a m b i é n i n c l u y e u n a b ib l i o g r a f í a a c t u a l i ­
z ad a d e y sobre M a c I n t y r e ) .

M a r c u s , G e o r g e E. P ro feso r d e a n tr o p o lo g ía e n la R i c e U n i v e r s i t y y d i r e c t o r d e
C u l t u r a l A n t h r o p o l o g y (s u e r t e d e vo cero d e las n u e v a s t e n d e n c ia s e t n o g r á f ic a s
d e n t r o d e la m ás tr a d ic io n a lis t a A m e r i c a t t A n t h r o p o l o g i c a l A s s o c i a t i o n ) . Es a u t o r
d e : “R h e t o r i c a n d t h e E t h n o g r a p h ic G e n r e in A n t h r o p o l o g i c a l R e s e a r c h ” ,
C u r r e n t A n t h r o p o l o g y , 2 1 , 1 9 8 0 , pp. 5 0 7 - 5 1 0 ; j u n t o c o n D. C u s h m a n , “E t h n o ­
g r a p h y as T e x t ”, C u r r e n t A n t h r o p o l o g y , 11, 1 9 8 2 , pp. 2 5 -6 9 ; y c o n M . F is c h e r ,
A n t h r o p o l o g y as C u l t u r a l C r i t i q u e , C h i c a g o , C h i c a g o U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 6 .
T a m b i é n ed itó R e r e a d i n g C u l t u r a l A n t h r o p o l o g y , y , c o n J a m e s C lif f o r d , W r i t i n g
Culture.

“ N e w C r i t i c i s m ” . L a N e w C r i t i c a l S c h o o l f l o r e c e e n los a ñ o s 1 9 3 0 y. 1 9 4 0
( a u n q u e r e c o n o c e sus a n t e c e d e n t e s e n los e s c r it o s d e la d é c a d a a n t e r i o r d e
T . S . Eliot, Y. A . R ic h a r d s y W i l l i a m E m p so n , e n I n g la te r r a , y C r o w e R a n s o m
y A l l e n T a te e n los Estados U n id o s ). A d e m á s d e los m e n c io n a d o s , p a r t i c ip a r o n
d e la m ism a R. P. B la c k m u r, C l e a n t h Brooks, R e n é W e l l e k , W . K. W i n t e r s , y , e n
a lg u n a m ed ida, ta m b ié n K e n n e th Burke, F. R . L e a v is , e Y vor W i n t e r s . El m o v i ­
m ie n to co n tó con v a r ia s p u b lic ac io n es a fin e s , c o m o T h e C r i t e r i o n ( 1 9 2 2 -
1 9 2 9 ) , dirigi-da p o r E li o t , y S c r u t i n y ( 1 9 3 2 - 1 9 5 3 ) d i r i g i d a p o r L e a v i s , e n
I n g la t e r r a , y la S o u t h e r n R e v i e w ( 1 9 3 5 - 1 9 4 2 ) e d i t a d a p o r B ro o k s y W a r r e n , la
C a n o n R e v i e w ( 1 9 3 8 - 1 9 5 9 ) d ir ig id a por R a n s o m , y la S e w a n e e R e v i e w ( 1 9 4 4 -
1 9 4 5 ) d ir ig id a p o r T a t e e n los Estados U n i d o s . H a c i a la d é c a d a s i g u i e n t e ,
la N e w C r i t i c a l S c h o o l p i e r d e su a u r a “ r e v o l u c i o n a r i a ” p a r a i n t e g r a r s e al

327
e s t a b l i s h m e n t . L a e s c u e l a a d o p ta u n t o n o “p r o f e s io n a lis ta ”, q u e se c o n e c ta con
su e n fo q u e f o r m a l i s t a . E n to n c e s se p r o d u c e n ta m b ié n sus t e x t o s teóricos más
im p o r ta n t e s , c o m o T h e o r y o f L i t e r a t u r e ( 1 9 4 9 ) de W a r r e n , T h e Verba l I c o n
( 1 9 5 4 ) de W . K. W i m s a t t , T h e N e w A p o l o g i s t s f o r P o e t r y ( 1 9 5 6 ) d e Krieger
y Li t e r a r y C r i t i c i s t n : A S h o r t H i s t o r y ( 1 9 5 7 ) de B rooks y W i m s a t t . Para u n a
b u e n a s ín te s is d e las id e a s f u n d a m e n t a l e s d e l grupo, v é a s e la e n t r a d a “N e w
C r i t i c i s m " , e s c r i t a p o r C l e a n t h B r o o k s , e n A l e x P r e m i n g e r e t al . (co m p s.)
P r i n c e t o n E n c y c l o p e d i a o f P o e t r y a n d P o e t i c s , P r in c e t o n , P r i n c e t o n U n iv e r s ity
Press, 1 9 7 4 , p p . 5 6 7 - 5 6 8 . S o b r e la c ris is d e l N e w C r i t i c i s m y la t r a n s ic ió n a las
n u e v a s e s c u e la s c r ít ic a s , v é a s e M u r r a y K rieger, W o r d s a b o u t W o r d s . T h e o r y ,
C r i t i c i s m , a n d t h e L i t e r a r y T e x t , T h e J o h n s H o p k in s U n i v e r s i t y Press, 1988-
T h e I n s t i t u t i o n o f T h e o r y , B a lt i m o r e y L o n d re s , T h e J o h n s H o p k i n s U n iv e r s ity
Press, 1 9 9 4 ; y L e n t r i c c h i a , F ra n k , A f t e r t h e N e w C r i t i c i s m , C h i c a g o , T h e U n i ­
v e r s ity o f C h i c a g o Press, 1983.

P o c o c k , J . G . A . P ro feso r d e H is t o r i a e n T h e J o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y . A n te s
en s e ñ ó h i s t o r i a y c i e n c i a p o lít ic a e n la W a s h i n g t o n U n i v e r s i t y . S u s obras más
im p o r t a n t e s s o n : T h e A n c i e n t C o n s t i t u t i o n a n d t he F e u d a l L a w , C a m b r id g e ,
C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1 9 5 7 ; P o l i t i c s , L a n g u a g e , a n d T i m e . E ss a ys o n
P ol i ti ca l T h o u g h t a n d H i s t o r y , N u e v a Y o rk , A t h e n a e u m , 1 9 7 1 , reim preso en
C h i c a g o , T h e C h i c a g o U n i v e r s i t y Press, 1 9 89 ; T h e M a c h i a v e l l i a n M o m e n t .
F l o r e n t i n e P o l i t i c a l T h o u g h t a n d t h e A t l a n t i c R e p u b l i c a n T r a d i t i o n , P rin c e to n ,
P r i n c e t o n U n i v e r s i t y Press, 1 9 7 5 ; y V i r t u e , C o m m e r c e , a n d H i s t o r y , C a m ­
bridge, C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P ress, 1 9 8 5 . U n a b ib lio g r a f ía c o m p l e t a de este
au to r se e n c u e n t r a e n la i n H a m p s h e r - M o n k , “R e v ie w A r t i c l e : P o litic a l L a n ­
g uage in T i m e - T h e W o r k of J. C . A . P o c o c k ”, T h e B r i t i s h J o u r n a l o f Political
S c i e n c e , 14, 1 9 8 4 , pp. 1 1 2 -1 1 6 .

R a b i n o w , P a u l . P ro feso r de A n t r o p o l o g í a e n la U n i v e r s i d a d d e C a lifo rn ia
e n B e r k e le y . S u o b r a ( a n t r o p o l ó g ic a ) i n c lu y e , S y m b o l i c D o m i n a t i o n : C u l t u r a l
F o r m a n d H i s t o r i c a l C h a n g e in M o r o c c o , C h ic a g o , C h i c a g o U n i v e r s i t y Press,
1975; R e f l e c t i o n s o n F i e l d i v o r k in M o r o c c o , B e rk e le y , U n i v e r s i t y of C a lifo rn ia
Press, 1 9 77 ; ‘“ F a c t s a r e a W o r d of C o d ’: A n Essay R e v i e w ”, e n G . W . S t o c ­

528
k in g ( c o m p . ) , O b s e r v e r s O b s e r v e d ( “H i s t o r y o f A n t h r o p o l o g y I ”) , M a d i s o n ,
U n i v e r s it y o f W i s c o n s i n Press, 198.3; F r e n c h M o d e r n : N o r m s a n d F o r m s o f t h e
S o ci al E n v i r o n m e n t , C a m b r i d g e , T h e M I T Press, 1 9 8 9 ; “R e p r e s e n t a t io n s A r e
S o c ia l F a c ts: M o d e r n i t y a n d P o s t - M o d e r n i t y in A n t h r o p o l o g y ”, e n C liffo rd
y M arcus (c o m p s .), W r itin g C u l t u r e , 2 3 4 -2 6 1 ; y E ss a ys o n the A n t h r o p o l o g y o f
R e a s o n , P r i n c e t o n , P r i n c e t o n U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 6 . R a b i n o w es t a m b ié n u n
estud io so d e la o b ra d e F o u c a u lt ( s o b r e q u i e n h a r e a li z a d o d is tin to s e s tu d io s
y r e c o p ila c io n e s d e t e x to s ). A c t u a l m e n t e se e n c u e n t r a t r a b a ja n d o sobre las
c o n s e c u e n c i a s d e l H u m a n O e n o m a I n i t i a t i v e y a s u n t o s r e l a t i v o s a las c o n ­
s e c u e n c ia s é t i c a s d e los d e s a r r o llo s b i o - t e c n o ló g ic o s ( v é a s e R a b i n o w , “T h e
T h ird C u l t u r e ” , H i s t o r y o f t h e H u n v a n S c i e n c e s , 7.2, 1 9 9 4 , pp. 5 3 -6 4 ). A lg u n a s
de las r e s e ñ a s d e F r e n c h M o d e r n so n : D. C l a r k e , T e c h n o l o g y a n d C u l t u r e , 32.1,
1991, p. 13 7. J. K o laja, A n n a l s o j t h e A m e r i c a n A c a d e m y o f Pol it ic al a n d S o c i a l
Science, 5 1 4 , 1 9 9 1 , pp. 1 8 5 -1 8 6 ; D. G o ld b la t t , J o u r n a l o f A e s t h e t i c s a n d A r t C r i ­
t i c i sm, 4 9 . 1 , 1 9 9 1 , pp. 9 2 - 9 5 .

R o r t y , R i c h a r d . K e n a n P r o c e s s o r o f H u m a n i t i e s e n la U n i v e r s i d a d de V i r g i ­
n ia. Es a u t o r d e : P h i l o s o p h y a n d t h e M i r r o r o f N a t u r e , P r i n c e t o n , P r i n c e t o n
U n iv e rs ity Press, 1980; C onsequences o f P r a g m a t i s m , M in n e a p o lis , U n i v e r ­
sity of M i n n e s o t a Press, 1 9 8 2 ; C o n t i n g e n c y , I r o n y a n d S o l i d a r i t y , C a m b r id g e ,
C a m b r id g e U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 9 ; O b j e c t i v i t y , R e l a t i v i s t a , a n d T r u t h , C a m ­
bridge, C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P ress, 1 9 9 1 ; y E s s a y s o n H e i d e g g e r a n d O t h e r s ,
C a m b r id g e , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 19 91 . En 1 9 7 9 o c u p ó e l c a rg o de
P r e s id e n te d e la s e c c ió n o r i e n t a l tie la A m e r i c a n P h i l o s o p h i c a l A s s o c i a t i o n . La
m e n c ió n d e los e s tu d io s r e a liz a d o s so b re la o b ra d e R o r t y b ie n p o d ría o c u p a r
un v o l u m e n c o m o el p r e s e n t e . U n a s e r ie d e ta le s e s t u d io s fu ero n p u b lic a d o s
por A l a n M a l a c h o w s k i , R e a d i n g R o r t y , O x fo rd , B asil B l a c k w e l l , 1990. O tr o s
trabajo s p u b lic a d o s son: F. R e s t a i n o , F i l o s o f í a e p o s t - f i l o s o f i a in A m e r i c a : R o r t y ,
B e r n s t e i n , M a c I n t y r e , M i l á n , F r a n c o A n g e l í , 19 9 0 ; K. K o le n d a , R o r t y ’s H u m a ­
nis tic P r a g m a t i s m : P h i l o s o p h y D e m o c r a t i z e d , T a m p a , U n i v e r s i t y of S o u t h F lo r i­
da Press, 1 9 9 0 ; K. N ie ls e n , A f t e r t h e D e m i s e o f t h e T r a d i t i o n : R o r t y , C r i t i c a l
T h e o r y , a n d t h e F a t e o f P h i l o s o p h y , B o u ld e r , W e s t v i e w Press, 1991; H . F la b e r,
B e y o n d P o s t m o d e r n P o l it ic s: L y o t a r d , R o r t y , F o u c a u l t , N u e v a Y ork, R o u t le d g e ,

329
1 9 9 4 ; H. V a d e n , W i t h o u t G o d o r H i s D o u b l e s : R e a l i s m , R e l a t i v i s m , a n d R o r t y
L e id e n , N u e v a Y o rk , E. J. B r ill, 1 9 9 4 ; D. H a l l , R i c h a r d R o r t y : P r o p h e t a n d P o e t
o f t h e N e w P r a g m a t i s m , A l b a n y , S t a t e U n i v e r s i t y o f N u e v a Y o r k Press, 1994-
y R . H a lib u r t o n , “R i c h a r d R o r t y a n d t h e P r o b le m o f C r u e l t y ”, P h i l o s o p h y a n d
S o c i a l C r i t i c i s m , 2 3 .1 , 1 9 9 7 , pp. 4 9 - 7 0 .

S k i n n e r , Q u e n t i n ( 1 9 4 1 -)- P ro feso r d e C i e n c i a s P o lít ic a s e n la C a m b r i d g e


U n i v e r s i t y . M e a n i n g a n d C o n t e x t . Q u e n t i n S k i n n e r a n d his C r i t i c s (P r in c e t o n
P r in c e t o n U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 8 ) , e d i t a d o p o r J a m e s T u l l y , o f r e c e u n a b u e n a
a p r o x im a c ió n a su p e n s a m i e n t o y a las p r i n c i p a l e s c r ít ic a s d e q u e e l m ism o
fu e o b jeto . A d e m á s d e la m e n c i o n a d a , sus o b r a s m ás im p o r t a n t e s so n: T h e
F o u n d a t i o n s o f M o d e r n P o l i t i c a l T h o u g h t , 2 v o l ú m e n e s , C a m b r i d g e , C a m b r id g e
U n i v e r s i t y Press, 1 9 7 8 ; M a c h i a v e l l i , O x f o r d , O x f o r d U n i v e r s i t y P re ss, 1981;
A m b r o g i o L o r e n z a t t i : T h e Art is t a s P o l i t i c a l P h i l o s o p h e r , L o n d r e s , T h e B ritish
A c a d e m y , 19 87 ; y R e a s o n a n d R h e t o r i c in t h e P h i l o s o p h y o f H o b b e s , C a m b r i d ­
g e , C a m b r id g e U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 6 . T a m b i é n p u b lic ó n u m e r o s o s artícu lo s
y p a r tic ip ó c o m o c o m p i l a d o r d e v a r ia s o b r a s . U n a b ib lio g r a f ía d e t a l l a d a se
e n c u e n t r a en T u l l y , M e a n i n g a n d C o n tex t, p p . 3 4 2 -3 4 4 -

T y l e r , S t e p h e n . Es p r o fe so r de a n t r o p o l o g í a e n la R i c e U n i v e r s i t y , se esp e­
c ia liz a en a n t r o p o lo g ía lin g ü ís t i c a y c o g n i t i v a . S u o b ra i n c l u y e : T h e S a i d a n d
t h e U n s a i d , N u e v a Y o r k , A c a d e m i c P re s s , 1 9 7 8 ; “W o r d s for D e e d s a n d the
D o c tr in e of t h e S e c r e t W o r l d ”, e n P a p e r s f r o m t h e P a r a s e s s i o n o n L a n g u a g e
a n d B e h a v i o u r , C h i c a g o U n i v e r s i t y P re s s , 1 9 8 1 ; “T h e V i s i o n Q u e s t in th e
W e s t or W h a t t h e M i n d ’s Eye S e e s ”, J o u r n a l o f A n t h r o p o l o g i c a l R e s e a r c h , 4 0 .1 ,
1 9 8 4 , pp. 2 3 -4 0 ; “ P o s t - M o d e r n E t h n o g r a p h y : Fro m D o c u m e n t of t h e O c c u lt
to th e O c c u lt D o c u m e n t ” , e n C liffo rd y M a r c u s , W r i t i n g C u l t u r e ; y “O n B ein g
O u t o f W o r d s ”, e n Cdeorge E. M a r c u s ( c o m p . ) , R e a d i n g C u l t u r a l A n t h r o p o l o g y ,
D u r h a m y L o n d res, D u k e U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 2 .

H a y d e n W h i t e ( 1 9 2 8 - ). D ir e c to r d e l p r o g r a m a H i s t o r y o f C t m s c i o u s n e s s en
la U n iv e r s id a d d e C a l i f o r n i a en S a n t a C r u z . S u s o b ras m á s im p o r t a n t e s son:
M e t a h i s t o r y . T h e H i s t o r i c a l I m a g i n a t i o n in N i n e t e e n t h - C e n t u r y E u r o p e , B alti-

3 30
m o re y L o n d r e s , T h e J o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y P re s s , 1 9 7 3 ( l a p a g i n a c i ó n
e n el t e x t o c o r r e s p o n d e a la v e r s ió n c a s t e l l a n a , M e t a h i s t o r i a . L a i m a g i n a c i ó n
h i s t ó r i c a e n la E u r o p a d e l s i g l o xix, M é x i c o , f c e , 1 9 9 2 ) ; T r o p i c s o f D i s c o u r s e ,
B a ltim o r e y L o n d r e s , T h e J o h n s H o p k i n s Press, 1 9 7 8 ; “ D i a l o g u e a n d F ic t io n
in E t h n o g r a p h y ”, D i a l e c t i c a l A t h r o p o l o g y , 7, 1 9 8 2 , p p . 9 1 - 1 1 4 ; T h e C o n t e n t
o f t h e F o r m , B a l t i m o r e y L o n d re s, J o h n s H o p k in s Press, 1 9 8 2 ; “M e t h o d a n d
I d e o lo g y in I n t e l l e c t u a l H is to ry : T h e C a s e o f H e n r y A d a m s ” , e n L a C a p r a y
K a p la n ( c o m p s . ) , M o d e r n E u r o p e a n I n t e l l e c t u a l H i s t o r y . R e a p p r a i s a l s a n d N e w
P e r s p e c t i v e s , I t h a c a y L o n d res, C o r n e l l U n i v e r s i t y P re s s , 1 9 8 2 , p p . 2 8 0 - 3 1 0 ;
“T h e P o li t ic s o f H is t o r ic a l I n t e r p r e t a t i o n : D is c ip lin e a n d D e - S u b l i m a t i o n ”,
e n W . J. T . M i t c h e l l ( c o m p .) , T h e P o l i t i c s o f I n t e r p r e t a t i o n , C h i c a g o , T h e
U n i v e r s i t y o f C h i c a g o Press, 1 9 8 3 , p p . 1 1 9 - 1 4 4 ; “T h e Q u e s t i o n o f N a r r a t i ­
v e in C o n t e m p o r a r y H is to r ic a l T h e o r y ” , H i s t o r y a n d T h e o r y , 2 3 .1 , 1 9 8 4 , p p .
1-33; “T h e P o li t ic s o f S t y le in R e a l i s t i c R e p r e s e n t a t i o n : M a r x a n d F la u b e r t ” ,
en B erel L a n g (c o m p .), T h e C o n c e p t o f S ty le , I th a c a , C o r n e ll U n iv e r s ity
Press, 1 9 8 7 . T a m b i é n c o lab o ró e n n u m e r o s a s p u b l i c a c i o n e s p e r ió d ic a s y e n
d iv e r s a s r e c o p i l a c i o n e s d e t e x t o s . E n W u l f K a n s t e i n e r , “H a y d e n W h i t e ’s
C r i t iq u e o f t h e W r i t i n g of H i s t o r y ” , H i s t o r y a n d T h e o r y , 3 2 . 3 , 1 9 9 3 , p. 2 8 5 ,
n. 37 h a y u n a lista d e t a lla d a ( a u n q u e n o c o m p l e t a ) d e lo s ú l t im o s t r a b a jo s
p u b lic a d o s ( y p o r p u b lic a r ) d e e s t e a u t o r . P a ra c o m e n t a r i o s c r ít ic o s s o b r e
M e t a h i s t o r y ele W h i t e , v é a s e la s e r i e d e seis e n s a y o s - r e s e ñ a s a p a r e c i d a s e n
H i s t o r y a n d T h e o r y , B e ih eft 19, 1 9 8 0 , d e d i c a d a a d i c h a o b r a , y q u e c o n t i e ­
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of H is to r y a n d th e H is to ry of R h e t o r i c ”, C o m p a r a t i v e C r i t i c i s m , 3, 1 9 8 1 , pp.
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t o r ic a l R e p r e s e n t a t i o n . G e t t i n g t h e S t o r y C r o o k e d , M a d i s o n , T h e U n i v e r s i t y of

331
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H is to r io g r a p h y : H a y d e n W h i t e ’s T r o p i c s o f D i s c o u r s e ” , e n R e t h i n k i n g I n t e l l e c ­
tu al H i s t o r y , I t h a c a y L o n d r e s, C o r n e l l U n i v e r s it y Press, 1 9 8 3 , pp. 2 3 - 7 1 , y
la r e s p u e s t a d e W h i t e , “T h e A b s u r d i s t M o m e n t in C o n t e m p o r a r y L it e r a r y
H is to r y ” , T r o p i c s o f D i s c o u r s e , p p . 2 6 1 - 2 8 2 . Este m is m o d e b a t e su b y a c e a las
p o n e n c i a s d e am b o s p u b lic a d a s e n L a C a p r a y K a p la n ( c o m p s . ) , M o d e r n E u r o ­
p e a n ¡ r i t e l l e c t u a l H i s t o r y : R e a p p r a i s a l s a n d N e w P e r s p e c t i v e s , I t h a c a y L o n d r e s,
C o r n e ll U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 2 . U n a b u e n a re s e ñ a d e las p o lé m ic a s s u s c ita d a s
e n to r n o a la o b ra d e W h i t e se e n c u e n t r a e n L lo yd K r a m e r , “L it e r a tu r e , C r i t i ­
cism , a n d H is t o r ic a l I m a g i n a t i o n ”, e n L y n n H u n t ( c o m p . ) , T h e N e w C u l t u r a l
H i s t o r y , B e r k e le y , U n i v e r s i t y oí C a l i f o r n i a Press, 1 9 8 9 ; e n W u l f K a n s te in e r ,
“H a y d e n W h i t e ’s C r i t i q u e of t h e W r i t i n g of H i s t o r y ” , H i s t o r y a n d T h e o r y ,
32 .3 , 1 9 9 3 , pp. 2 7 3 - 2 9 5 ; y e n R u s s e l l J a c o b y , “A N e w I n t e l l e c t u a l H is to r y ? ”,
A m e r i c a n H i s t o r i c a l R e v i e w y 9 7 , 1 9 9 2 , pp. 4 0 5 - 4 2 4 . O tr a s r e s e ñ a s in t e r e s a n t e s
q u e s it ú a n la o b ra d e W h i t e e n e l c o n t e x t o d e l “g iro l i n g ü í s t i c o ” son las d e
E. T o w s , “I n t e l l e c t u a l H is to r y a f t e r t h e L in g u is tic T u r n : T h e A u t o n o m y o f
M e a n i n g a n d th e I r r e d u c ib ilit y of E x p e r ie n c e ”, A m e r i c a n H i s t o r i c a l R e v i e w ,
9 2 , 1 9 8 7 , pp. 8 7 9 - 9 0 7 ; la r e s e ñ a - e n s a y o por B o u w s m a de L a C a p r a y K a p la n
(c o m p s .), M o d e r n E u r o p e a n I n t e l l e c t u a l H i s t o r y , H i s t o r y a n d T h e o r y , 23, 1 9 8 4 ,
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n a l m e n t e p u b l i c a d o s e n e s t e i d i o m a ) c i t a d o s e n e l p r e s e n t e t r a b a j o . E n t r e c o r c h e t e s se
i n d i c a a q u é v e r s i ó n o r i g i n a l c o r r e s p o n d e e n los c a s o s e n q u e la t r a d u c c i ó n d e l t í t u l o
p u e d e d ar lugar a contusiones.

333
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La P lata, P ro v in c ia ríe R u e ñ o s A ire s, A r g e n t i n a
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fjtíperio de los obsesiones. Los siete


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del trabajo artístico, Howard S.
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Nietzsche en Francia y otros


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introducción a la sociología
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