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REVISÃO PARA P2 – QUESTÕES COMPLEMENTARES

(Kananda Magalhães – monitora)


1. Ares, objetivando passear com a bicicleta de Ártemis, desfere contra esta um
soco. Ártemis cai, Ares pega a bicicleta e a utiliza durante todo o resto do dia,
devolvendo-a ao anoitecer. Considerando os dados acima descritos, assinale a
alternativa correta.

a) Ares praticou o crime de roubo.


b) Ares praticou o crime de constrangimento ilegal. Nota-se que o dolo de Ares não era
o de assenhoreamento da coisa, tendo, então, se utilizado de violência para coagir
Ártemis a fazer o que a lei não manda, que seria ceder sua bicicleta para outra pessoa
usar.
c) A conduta de Ares é atípica.
d) Ares praticou roubo com diminuição de pena por arrependimento posterior.

2. Flávia conheceu Paulo durante uma festa de aniversário. Após a festa, ambos
foram para a casa de Paulo, juntamente com Luiza, amiga de Flávia, sob o
alegado desejo de se conhecerem melhor. Em determinado momento, Paulo,
sem qualquer violência real ou grave ameaça, ingressa no banheiro para
urinar, ocasião em que Flávia e Luiza colocam um pedaço de madeira na
fechadura, deixando Paulo preso dentro do local. Aproveitando-se dessa
situação, subtraem diversos bens da residência de Paulo e deixam o imóvel,
enquanto a vítima, apesar de perceber a subtração, não tinha condição de
reagir. Horas depois, vizinhos escutam os gritos de Paulo e chamam a Polícia.
De imediato, Paulo procura seu advogado para esclarecimentos sobre a
responsabilidade penal de Luiza e Flávia.

a) Roubo com aumento de pena por concurso de pessoas. Luiza e Flávia praticaram
roubo mediante violência imprópria, tendo enganado Paulo, para diminuir sua
capacidade de resistência, e aproveitando-se disso, subtrair seus bens. Não pode
ser furto, porque Paulo percebeu a ação das autoras do crime, assim como não será
cárcere privado em razão do dolo não ser o de privar da liberdade, mas sim de
diminuir a capacidade de resistência afim de apoderar-se de bem de valor
econômico. Uma vez que foi praticado por 2 pessoas, há concurso de agentes.
b) Furto qualificado por concurso de pessoas.
c) Cárcere privado.
d) Furto qualificado por concurso de pessoas e cárcere privado.

3. Com relação aos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta.

a) A conduta da vítima não é fator de distinção entre os delitos de roubo e extorsão.


b) O crime de extorsão consuma-se com a obtenção da indevida vantagem econômica.
c) Para ocorrer extorsão qualificada pela privação de liberdade da vítima é indispensável
que a restrição da liberdade seja necessária para a obtenção da vantagem econômica.
De fato, na extorsão qualificada pela privação de liberdade da vítima, sua configuração
depende da indispensabilidade da restrição da liberdade, pois é meio para a obtenção
da indevida vantagem econômica. Caso não fosse indispensável, poderia ser outro
crime, como roubo, por exemplo.
d) Tanto o crime de constrangimento ilegal quanto o crime de extorsão objetivam obter
indevida vantagem econômica.

4. Visando abrir um restaurante, José pede vinte mil reais emprestados a Caio,
assinando, como garantia, uma nota promissória no aludido valor. No dia do
pagamento, Caio nada recebe, telefona, então, para José e, educadamente,
cobra a dívida, obtendo do devedor a promessa de que o valor seria pago em
uma semana. Findo o prazo, Caio novamente contata José, que, desta vez,
afirma estar sem dinheiro. Indignado, Caio comparece ao restaurante e,
mostrando para José uma pistola que trazia consigo, afirma que a dívida
deveria ser saldada imediatamente, pois, do contrário, José pagaria com a
própria vida. Aterrorizado, José entrega o dinheiro. Nesse sentido, Caio
praticou o crime de:

a) Roubo com aumento de pena pelo emprego de arma.


b) Ameaça.
c) Exercício arbitrário das próprias razões. Uma vez que o dolo específico de Caio
era o de obter vantagem econômica legítima, e não meramente incutir medo em
José, incorre em exercício arbitrário das próprias razões, pela especialidade do
delito, e levando em conta que a ameaça é crime subsidiário. Não poderia ser roubo
pela ausência do elemento coisa móvel “alheia”, uma vez que a vantagem
econômica, de fato, pertencia a Caio.
d) Roubo simples por meio de grave ameaça, uma vez que a arma não foi utilizada.

5. Assinale a alternativa que contempla uma hipótese de violação de domicílio:

a) Jeremias, após o trabalho, por volta das 18h, notando que não chegará a tempo
para ver o jogo televisionado de seu time de coração, entra no saguão de um hotel,
misturando-se a hóspedes e funcionários, pois ali há um telão transmitindo a
partida.
b) Ferdinando. fotógrafo, é contratado para trabalhar em um evento privado. No dia
agendado, erra o endereço e ingressa - de forma não autorizada - no aniversário de
Violeta. Instado pelos seguranças a deixar o local, ainda desconhecendo seu
equívoco, Ferdinando se recusa a sair, o que só acontece com a chegada da polícia
militar.
c) Maria, ao ir para o trabalho, ordena a seu filho de 13 anos, Juninho, que não
permita a entrada de ninguém no apartamento. Lúcio, rapaz de 18 anos, amigo de
Juninho, toca a campainha e pede para que o menino abra a porta para que possam
jogar videogame. Juninho informa que a mãe não permite, mas convencido por
Lúcio, decide deixa-lo entrar. Juninho, por ser menor absolutamente incapaz, não
pode dar consentimento para que outro entre em sua casa, uma vez que a mãe,
quem é de direito, havia expressamente proibido a entrada de qualquer pessoa.
Lúcio, mesmo sabendo da proibição, entrou no apartamento.
d) Osvaldo é casado com Elenice, porém, mantém um caso extraconjugal com
Dadivosa. Elenice sai para o trabalho, momento em que Osvaldo convida Dadivosa
para ir à sua casa. Ocorre que Elenice retorna para pegar o celular que havia
esquecido, e flagra Dadivosa dentro de seu quarto.

6. Bárbara, nascida em 23 de janeiro de 1999, no dia 15 de janeiro de 2017,


decide sequestrar Felipe, por dez dias, para puni-lo pelo fim do
relacionamento amoroso. No dia 16 de janeiro de 2017, efetivamente restringe
a liberdade do ex-namorado, trancando-o em uma casa e mantendo consigo a
única chave do imóvel. Nove dias após a restrição da liberdade, a polícia toma
conhecimento dos fatos e consegue libertar Felipe, não tendo, assim, se
realizado, em razão de circunstâncias alheias, a restrição da liberdade por
dez dias pretendida por Bárbara. Diante do narrado acima, assinale a
alternativa correta:

a) Bárbara praticou o crime de constrangimento ilegal uma vez que o privou de sua
liberdade para fazê-lo repensar o término do namoro.
b) Bárbara praticou o crime de tortura, pois sua intenção era causar intenso
sofrimento físico em Felipe em razão do término do namoro.
c) Bárbara praticou o crime de cárcere privado, pois objetivava privar Felipe de sua
liberdade em razão do término do namoro. Não pode ser constrangimento ilegal,
pois neste a privação da liberdade, se ocorrer, deve ser momentânea, apenas para
coagir a vítima a fazer o que a lei não manda ou a não fazer o que a lei permite. A
tortura não se configura porque o dolo de Bárbara não era o de fazer Felipe sofrer
desnecessariamente para obter confissão, declaração, etc. Por fim, o crime de
cárcere privado resta configurado, pois Bárbara privou Felipe de sua liberdade por
tempo juridicamente relevante, sendo desnecessário que o tempo planejado se
completasse, pois o crime se consuma com a efetiva privação da liberdade.
d) Bárbara praticou o crime de cárcere privado tentado, uma vez que objetivava
privar Felipe de sua liberdade por 10 dias, no entanto, por circunstâncias alheias à
sua vontade, esse tempo não se completou.
7. Lucas é empregador dos trabalhadores Manuel, Francisco e Pedro em sua
fazenda na zona rural. Analise as três situações apresentadas:

I. Lucas retém a carteira de identidade de Manuel, único documento deste,


impedindo que deixe o local de trabalho.
II. Lucas autoriza que Francisco gaste apenas 15 minutos todo dia para horário
de almoço, de modo que Francisco somente pode comprar uma refeição na
pequena cantina de Lucas que funciona dentro da fazenda. Em razão dos altos
preços dos produtos, Francisco contrai dívida alta e é impedido de deixar a
fazenda antes do pagamento dos valores devidos.
III. Lucas instala diversas câmeras e outros mecanismos de vigilância ostensiva
na fazenda com o fim de reter Pedro em seu local de trabalho.

Considerando as situações apresentadas, o comportamento de Lucas em relação


a Manuel, Francisco e Pedro configura, respectivamente, o(s) crime(s) de:

a) Redução à condição análoga à de escravo, nas três situações; Na primeira situação


nota-se que Manoel tem sua liberdade suprimida em razão da retenção de sua
carteira de identidade, seu único documento, sem o qual não pode ficar. Na
segunda situação, Francisco é submetido a condição degradante de trabalho com
apenas 15 min para almoçar, o que fere a lei trabalhista, e tendo sua liberdade
restringida em razão de dívida contraída na cantina do empregador. Na terceira
situação, vemos que Pedro tem sua liberdade suprimida pela instalação das
câmeras.
b) Redução à condição análoga à de escravo, maus tratos, sequestro;
c) Sequestro, redução à condição análoga à de escravo, sequestro;
d) Redução à condição análoga à de escravo, redução à condição análoga à de
escravo, sequestro.

8. Sobre o crime de tráfico de pessoas, marque a alternativa correta:

a) Latika, jovem indiana de 25 anos, é recrutada para trabalhar no Brasil, lhe tendo
sido apresentadas fotos e outros documentos de uma grande empresa imobiliária,
local onde trabalharia. Porém, ao chegar, Latika descobre que foi enganada e que
iria trabalhar em uma fazenda no interior do Maranhão, com alimentação escassa
e um salário muito baixo. Ocorre que ainda assim, a situação de Latika no Brasil
é melhor do que em seu país de origem, onde vivia na miséria. Dessa forma, a
conduta não é punível.
b) Jordana é abordada por Cláudio, este, com o objetivo de aliciá-la para exploração
sexual, a ameaça dizendo que se não obedecer, seus pais serão mortos. Jordana,
porém, não cede às investidas, conseguindo livrar-se de Cláudio. O crime de
tráfico de pessoas, porém, resta consumado. Por se tratar de crime formal, é
desnecessário que a vítima seja transportada para outro lugar ou que sequer
pratique um único ato de exploração sexual. Basta que seja aliciada com a
finalidade pretendida pelo agente, que não precisa ser alcançada.
c) Antônio, motorista, trabalha levando jovens de cerca de 20 anos para um sítio no
interior de São Paulo, onde, ao chegar, têm seus documentos pessoais retidos e
necessitam comprar ferramentas para o trabalho em uma plantação, o que lhes
acarreta dívidas altíssimas, impedindo que deixem o trabalho. Nesse sentido,
Antônio pratica o crime de redução à condição análoga de escravo contra esses
jovens.
d) Susana, 30 anos, funcionária da Vara da Infância e da Juventude de sua cidade,
conhece o casal Adalberto e Justina, que têm um desejo imenso de adotar uma
criança. Diante da imensa vontade do casal, e precisando de dinheiro, Susana lhes
informa de que pode facilitar o processo de adoção mediante o pagamento de trinta
mil reais, ao passo que o casal concorda. Susana, então, recebe o pagamento,
encontra a criança, mas, antes de entrega-la ao casal, é presa pela polícia. Porém,
como a adoção ilegal não foi efetivada, o delito de tráfico de pessoas não se
consumou e Susana não responde pelo crime.

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