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2. Flávia conheceu Paulo durante uma festa de aniversário. Após a festa, ambos
foram para a casa de Paulo, juntamente com Luiza, amiga de Flávia, sob o
alegado desejo de se conhecerem melhor. Em determinado momento, Paulo,
sem qualquer violência real ou grave ameaça, ingressa no banheiro para
urinar, ocasião em que Flávia e Luiza colocam um pedaço de madeira na
fechadura, deixando Paulo preso dentro do local. Aproveitando-se dessa
situação, subtraem diversos bens da residência de Paulo e deixam o imóvel,
enquanto a vítima, apesar de perceber a subtração, não tinha condição de
reagir. Horas depois, vizinhos escutam os gritos de Paulo e chamam a Polícia.
De imediato, Paulo procura seu advogado para esclarecimentos sobre a
responsabilidade penal de Luiza e Flávia.
a) Roubo com aumento de pena por concurso de pessoas. Luiza e Flávia praticaram
roubo mediante violência imprópria, tendo enganado Paulo, para diminuir sua
capacidade de resistência, e aproveitando-se disso, subtrair seus bens. Não pode
ser furto, porque Paulo percebeu a ação das autoras do crime, assim como não será
cárcere privado em razão do dolo não ser o de privar da liberdade, mas sim de
diminuir a capacidade de resistência afim de apoderar-se de bem de valor
econômico. Uma vez que foi praticado por 2 pessoas, há concurso de agentes.
b) Furto qualificado por concurso de pessoas.
c) Cárcere privado.
d) Furto qualificado por concurso de pessoas e cárcere privado.
4. Visando abrir um restaurante, José pede vinte mil reais emprestados a Caio,
assinando, como garantia, uma nota promissória no aludido valor. No dia do
pagamento, Caio nada recebe, telefona, então, para José e, educadamente,
cobra a dívida, obtendo do devedor a promessa de que o valor seria pago em
uma semana. Findo o prazo, Caio novamente contata José, que, desta vez,
afirma estar sem dinheiro. Indignado, Caio comparece ao restaurante e,
mostrando para José uma pistola que trazia consigo, afirma que a dívida
deveria ser saldada imediatamente, pois, do contrário, José pagaria com a
própria vida. Aterrorizado, José entrega o dinheiro. Nesse sentido, Caio
praticou o crime de:
a) Jeremias, após o trabalho, por volta das 18h, notando que não chegará a tempo
para ver o jogo televisionado de seu time de coração, entra no saguão de um hotel,
misturando-se a hóspedes e funcionários, pois ali há um telão transmitindo a
partida.
b) Ferdinando. fotógrafo, é contratado para trabalhar em um evento privado. No dia
agendado, erra o endereço e ingressa - de forma não autorizada - no aniversário de
Violeta. Instado pelos seguranças a deixar o local, ainda desconhecendo seu
equívoco, Ferdinando se recusa a sair, o que só acontece com a chegada da polícia
militar.
c) Maria, ao ir para o trabalho, ordena a seu filho de 13 anos, Juninho, que não
permita a entrada de ninguém no apartamento. Lúcio, rapaz de 18 anos, amigo de
Juninho, toca a campainha e pede para que o menino abra a porta para que possam
jogar videogame. Juninho informa que a mãe não permite, mas convencido por
Lúcio, decide deixa-lo entrar. Juninho, por ser menor absolutamente incapaz, não
pode dar consentimento para que outro entre em sua casa, uma vez que a mãe,
quem é de direito, havia expressamente proibido a entrada de qualquer pessoa.
Lúcio, mesmo sabendo da proibição, entrou no apartamento.
d) Osvaldo é casado com Elenice, porém, mantém um caso extraconjugal com
Dadivosa. Elenice sai para o trabalho, momento em que Osvaldo convida Dadivosa
para ir à sua casa. Ocorre que Elenice retorna para pegar o celular que havia
esquecido, e flagra Dadivosa dentro de seu quarto.
a) Bárbara praticou o crime de constrangimento ilegal uma vez que o privou de sua
liberdade para fazê-lo repensar o término do namoro.
b) Bárbara praticou o crime de tortura, pois sua intenção era causar intenso
sofrimento físico em Felipe em razão do término do namoro.
c) Bárbara praticou o crime de cárcere privado, pois objetivava privar Felipe de sua
liberdade em razão do término do namoro. Não pode ser constrangimento ilegal,
pois neste a privação da liberdade, se ocorrer, deve ser momentânea, apenas para
coagir a vítima a fazer o que a lei não manda ou a não fazer o que a lei permite. A
tortura não se configura porque o dolo de Bárbara não era o de fazer Felipe sofrer
desnecessariamente para obter confissão, declaração, etc. Por fim, o crime de
cárcere privado resta configurado, pois Bárbara privou Felipe de sua liberdade por
tempo juridicamente relevante, sendo desnecessário que o tempo planejado se
completasse, pois o crime se consuma com a efetiva privação da liberdade.
d) Bárbara praticou o crime de cárcere privado tentado, uma vez que objetivava
privar Felipe de sua liberdade por 10 dias, no entanto, por circunstâncias alheias à
sua vontade, esse tempo não se completou.
7. Lucas é empregador dos trabalhadores Manuel, Francisco e Pedro em sua
fazenda na zona rural. Analise as três situações apresentadas:
a) Latika, jovem indiana de 25 anos, é recrutada para trabalhar no Brasil, lhe tendo
sido apresentadas fotos e outros documentos de uma grande empresa imobiliária,
local onde trabalharia. Porém, ao chegar, Latika descobre que foi enganada e que
iria trabalhar em uma fazenda no interior do Maranhão, com alimentação escassa
e um salário muito baixo. Ocorre que ainda assim, a situação de Latika no Brasil
é melhor do que em seu país de origem, onde vivia na miséria. Dessa forma, a
conduta não é punível.
b) Jordana é abordada por Cláudio, este, com o objetivo de aliciá-la para exploração
sexual, a ameaça dizendo que se não obedecer, seus pais serão mortos. Jordana,
porém, não cede às investidas, conseguindo livrar-se de Cláudio. O crime de
tráfico de pessoas, porém, resta consumado. Por se tratar de crime formal, é
desnecessário que a vítima seja transportada para outro lugar ou que sequer
pratique um único ato de exploração sexual. Basta que seja aliciada com a
finalidade pretendida pelo agente, que não precisa ser alcançada.
c) Antônio, motorista, trabalha levando jovens de cerca de 20 anos para um sítio no
interior de São Paulo, onde, ao chegar, têm seus documentos pessoais retidos e
necessitam comprar ferramentas para o trabalho em uma plantação, o que lhes
acarreta dívidas altíssimas, impedindo que deixem o trabalho. Nesse sentido,
Antônio pratica o crime de redução à condição análoga de escravo contra esses
jovens.
d) Susana, 30 anos, funcionária da Vara da Infância e da Juventude de sua cidade,
conhece o casal Adalberto e Justina, que têm um desejo imenso de adotar uma
criança. Diante da imensa vontade do casal, e precisando de dinheiro, Susana lhes
informa de que pode facilitar o processo de adoção mediante o pagamento de trinta
mil reais, ao passo que o casal concorda. Susana, então, recebe o pagamento,
encontra a criança, mas, antes de entrega-la ao casal, é presa pela polícia. Porém,
como a adoção ilegal não foi efetivada, o delito de tráfico de pessoas não se
consumou e Susana não responde pelo crime.