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A elaboração do PDITS ocorreu de forma participativa, constituindo-se num trabalho
solidário, de parceria entre a Consultoria, a SETURDE, o Conselho Municipal de
Turismo e o Ministério do Turismo, através de reuniões técnicas, reuniões comunitárias e
oficinas e reuniões do Conselho Municipal de Turismo, nas quais foram discutidos,
pensados, propostos e validados os resultados desse trabalho.
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1. INTRODUÇÃO
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Pano de Ação foi estruturado e evoluiu para o presente documento a Versão Final do PDITS
de Natal.
Contempla o presente documento a consolidação de todos os estudos e relatórios
elaborados nas diversas etapas de construção do PDITS de Natal. Assim, o trabalho foi
estruturado em capítulos específicos, sendo iniciado com os Objetivos para a AT de Natal,
seguido de um Diagnóstico Estratégico expandido com o maior número possível das
informações técnicas (infraestrutura, oferta turística, demanda turística, mercado turístico,
rede urbana, aspectos ambientais, quadro institucional, economia e sociedade, etc.).
Para alcançar os objetivos do Diagnóstico Estratégico da AT de Natal foi privilegiada a
coleta de dados direta nos órgãos municipais e estaduais, entidades representativas do
setor e visitas campo pela cidade. As informações que não puderam ser obtidas de modo
direto foram organizadas conforme disponibilidade em instituições afins em âmbito federal,
estadual e municipal.
Ele compreende a caracterização geral da cidade de Natal, com dados sobre os aspectos
históricos, ambientais, de infraestrutura básica, sociais e econômicos, que permite melhor
situar o turismo em um espaço geográfico definido e delimitado. Em seguida apresenta-se a
situação do turismo na cidade de Natal, destacando os principais atrativos e produtos
turísticos, suas potencialidades, a infraestrutura de equipamentos e serviços turísticos, como
se dá a gestão do turismo, dentre outros.
Em seguida foram destacados os principais produtos turísticos e realizada a sua
classificação, determinando o seu grau de importância no quadro geral da AT de Natal,
sendo possível a partir desse ranking estabelecer as prioridades de intervenção, expressas
nas estratégias e ações.
Com a finalização do Diagnóstico Estratégico foi possível proceder a Justificativa da
Seleção da Área Turística da AT de Natal, ou seja, aquele território apto a receber
investimentos, ações e projetos de desenvolvimento do turismo.
Após esses itens em que foram apontadas as principais potencialidades e as fragilidades
em diversos aspectos e justificada a área turística de Natal, passou-se à fase de proposição
e definição de estratégias e ações que potencializem e fortaleçam a atividade turística de
maneira sustentável.
Nessa construção, assim como ocorreu nas etapas anteriores da elaboração do PDITS, as
propostas elaboradas pela Consultoria foram discutidas em conjunto com gestores públicos,
técnicos da SETUR, empresários, entidades de classe, sociedade civil, instituições de
ensino e capacitação etc.; e, validadas pelo Conselho Municipal de Turismo. Também
contou com as contribuições da representante do Ministério do Turismo, sempre respeitando
o entendimento de que o turismo sustentável requer o envolvimento e participação de todos
os setores da sociedade, a fim de que as diretrizes elencadas reflitam o desejo coletivo
daqueles que serão notadamente afetados: comunidade, empresários, poder público.
Para a Formulação de Estratégias de Desenvolvimento Turístico foi necessário,
considerar os cruzamentos dos pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças da
Matriz SWOT definida na 2ª etapa de trabalho. Os resultados da Matriz SWOT originaram as
estratégias norteadoras para a definição das ações propostas para implementação do
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PDITS, como resposta às fragilidades da Área Turística do Município de Natal, bem como
alternativas para fortalecer e impulsionar as práticas de sucesso já consolidadas.
Prosseguindo, foi elaborado o Plano de Ação que tem uma visão geral do conjunto de
atividades e projetos de investimentos a serem realizados para o alcance dos objetivos de
desenvolvimento do turismo sustentável da AT de Natal, independente da fonte de
financiamento a ser mobilizada e dos órgãos responsáveis. Além disso, foram definidas as
ações a serem financiadas pelo PRODETUR NACIONAL e feita a seleção e priorização das
ações para os 18 primeiros meses. Também fez parte do Plano de Ação a Avaliação dos
Impactos Socioambientais e o Marco Lógico, espécie de marco de resultados que
apresenta os indicadores de acompanhamento e avaliação das ações propostas, além da
linha de base, meta e o meio de verificação de cada ação, a fim de que se possa mensurar
o nível de efetividade do PDITS de Natal.
Por fim apresenta-se um capítulo, Participação Pública e Validação do PDITS, com
detalhamento de todo o processo participativo, que incluiu oficinas, reuniões técnicas e
comunitárias e as diversas reuniões do Conselho Municipal de Turismo, instância
representativa e legítima, onde se congrega os mais diversos segmentos da atividade
turística da cidade de Natal.
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2. OBJETIVOS
Para uma melhor compreensão das ações contidas no Plano de Ação apresenta-se abaixo,
os objetivos do PDITS de Natal.
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3. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
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Natal foi fundada em 25 de dezembro de 1599 por João Rodrigues Colaço, na época
Capitão da Fortaleza dos Reis Magos. As primeiras nucleações começaram a surgir no
entorno da Fortaleza, com a construção da Igreja Matriz. Entretanto, não houve uma
preocupação voltada para a construção de prédios públicos. A fortaleza era suficiente.
Nessa época duas atividades principais se desenvolveram na cidade: a construção da
fortaleza realizada por soldados, os quais sofriam constantes ataques dos nativos e o
trabalho de catequese dos religiosos que procuravam conciliar o homem branco com o
nativo e auxiliar no tratamento e recuperação daqueles que adoeciam.
De acordo com Medeiros Filho (2002), em 1598, Natal já era freguesia e já possuía uma
paróquia – que mais tarde se transformaria na Igreja Matriz – com o título de Igreja Matriz de
Nossa Senhora da Apresentação, podendo ser visitada ainda hoje no bairro da Cidade Alta.
Os anos seguintes apresentaram uma lenta expansão. A maneira de viver da população se
resumia as atividades agrícolas de subsistência através dos roçados, quase nenhuma
criação de gado e algum sal marinho que era extraído nas marinhas localizadas no Rio
Igapó.
O desenvolvimento lento da cidade de Natal foi ainda mais prejudicado no período posterior,
quando houve a invasão holandesa, que deixou prédios e documentos destruídos,
retardando ainda mais o crescimento da cidade.
Até a ocorrência da invasão holandesa, a primeira “casa” existente na cidade de Natal, foi a
Fortaleza dos Reis Magos. Essa edificação servia de residência do Capitão-Mor, além de
abrigar a sede da administração da capitania, concentrar o comando militar e o quartel,
oferecer moradia aos soldados e servir de refúgio para os colonos.
Apesar de antiga, em 1700, a região tinha apenas a Rua Grande, em frente à Igreja Matriz e
as atuais ruas de Conceição e Santo Antônio. Já, em 1810, tinha praça, três igrejas, o
Palácio da Câmara e a prisão, mas o seu crescimento foi muito lento vindo a se desenvolver
a partir de 1922, tendo como seus primeiros bairros a Ribeira e Cidade Alta, de acordo com
Koster (2002).
A privilegiada localização da cidade de Natal, que lhe faz próxima dos continentes europeu e
africano, lhe rendeu momentos de glória no cenário mundial. Durante a II Guerra Mundial,
Natal deu significativa contribuição ao sucesso dos países aliados. Isso porque em 1942,
com a construção da Base Militar Americana, a cidade abrigou mais de 10.000 soldados
americanos, o que influenciou diretamente na mudança dos hábitos dos natalenses,
principalmente na população feminina. Foram incorporados na vida do natalense hábitos
que não faziam parte do cotidiano como frequentar bailes, o hábito de fumar para as
mulheres, as moças passaram a agir com mais autonomia, entre outras mudanças que
passaram a dar à Natal um estilo tipicamente americano.
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grandes e bastante luxuosas localizadas em Natal. Em paralelo a exploração da cana-de-
açúcar, destacou-se o cultivo do algodão, entre a década de 1880 e 1905, que
posteriormente, ultrapassaria em importância as exportações do açúcar na economia norte-
rio-grandense. Apesar do cultivo do algodão se dá no espaço rural, ele teve o poder de
alavancar o desenvolvimento regional, estruturando o espaço urbano de forma bastante
significativa. Esse modo de produção impulsionou a arquitetura e o urbanismo da cidade,
fazendo surgir ruas, praças e lotes urbanos estreitos/longos e de traçados razoavelmente
regulares, como também, os sobrados, comuns em alguns bairros, de acordo com Medeiros
(2002).
Os sobrados denotavam linhas arquitetônicas mais simples, retilíneas, com influência do
período colonial brasileiro. Em muitos edifícios as fachadas apresentavam portas e janelas
com vergas em arcos circulares arredondados, ou retos. Muito frequente na região foram as
platibandas de balaustres. O “status” social das edificações se afirmava não só pelas
dimensões e número de pisos, como também pelos adornos, pelos porões altos e forros de
madeira, janelas com vidros ou venezianas e fachadas com cunhais e frisos decorados.
De todos os imóveis da época, classificados sobre o estilo arquitetônico, identifica-se a
predominância do ecletismo em Natal. Destacam-se os elementos e adornos formais
característicos da Europa do fim do século XVIII, com a presença de cornijas (elementos
horizontais salientes, originalmente com a função de pingueiras) decorativas nas platibandas
(retas ou triangulares) e molduras dos vãos; platibandas em forma de frontão (triangulares)
e vãos em arco pleno.
Já o modernismo característico dos anos 1950/1960 presentes nos centros urbanos
brasileiros é predominantemente encontrado nas residências de Natal (basicamente, nos
bairros de Petrópolis e Tirol), com formas próprias ou derivadas do chamado "Estilo
Internacional". A reunião das características formais comuns dos anos 1920 e 1930 que
receberam atualizações estilísticas posteriores, através da incorporação dos elementos
formais modernistas, definiram-se o estilo eclético moderno. Logo, à tendência colonial
modernista é a união das características formais comuns à arquitetura vernácula, legada de
tempos coloniais, a aspectos modernistas.
Quanto às condições dos imóveis em relação à estrutura, grande maioria está em bom
estado de conservação. Como mencionado anteriormente, do patrimônio histórico
arquitetônico urbano avaliado, ganha destaque os conjuntos pela variedade de estilos
arquitetônicos, graus de conservação dos imóveis e número de edificações de
representativo valor histórico. Portanto, serão mencionadas a seguir algumas características
peculiares em termos das qualidades edilícias ou pelo conjunto arquitetônico definidor de
um cenário histórico-cultural.
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Figura 2 - Memorial Câmara Cascudo Figura 3 - Palácio da Cultura (Pinacoteca)
Fonte: START - Pesquisa e Consultoria Técnica Fonte: START - Pesquisa e Consultoria Técnica
Ltda. 2013. Ltda. 2013.
Hoje, essa área é reconhecida como Centro Antigo de Natal e concentra cerca de 74% (33
edificações) do total de 45 bens móveis e imóveis tombados no município. Segundo Valério
Medeiros (2002), os bairros apresentam cerca de 1.719 edificações com filiações estilísticas
variadas.
Na região da Cidade Alta observa-se que os poucos exemplares remanescentes do período
colonial estão no entorno da Praça André de Albuquerque. Já, os imóveis ecléticos se
dispõem mais uniforme, embora haja um agrupamento no eixo da Av. Junqueira Aires, e os
modernistas na área de concentração comercial. A respeito do estado de preservação, 52%
do total das edificações apresentam vestígios arquiteturais do seu período estilístico.
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Quadro 1 - Elementos de destaque da culinária e artesanato.
Culinária Artesanato
Castanha de caju, doces de frutas, Bordado, bijuterias fabricadas com metal e minerais diversos, redes,
carne de sol, frutos do mar tapeçarias, roupas de praia feitas de crochê e objetos de enfeite em
(notadamente o camarão) e a ginga couro ou madeira, como barcos em miniatura, peixes, ferramentas
com tapioca. indígenas e até santos.
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Bambeloucos, Khrystal, entre outros tantos. Além das bandas: Perfume de Gardênia,
Uskaravelho, Peixe Coco e Jane Fonda, etc. Também tem aqueles que trabalham e
constroem o circuito musical da terra, ou seja, Elino Julião, Hianto de Almeida, Tonheca
Dantas, Felinto Lúcio, Trio Iraquitan, Núbia Lafayette e Glorinha Oliveira, entre outros.
Os festejos juninos e religiosos podem ser considerados bens culturais de grande
significação para a cultura local e fazem parte do calendário da cidade. O festejo religioso
tem o poder de redirecionar as práticas do cotidiano, onde toda a cidade participa se
vestindo com roupa nova e de festa, em louvor ao seu padroeiro(a), reforçando a identidade
de uma região festiva e acolhedora. Destacam-se, principalmente, as festividades religiosas
de Santos Reis, em janeiro, e da Padroeira Nossa Senhora da Apresentação, em novembro.
As comemorações juninas estão relacionadas com a festa de São João, com quadrilha
junina, culinária típica, entre outros.
Em relação aos costumes direcionados as manifestações literárias, musicais, plásticas,
cênicas e lúdicas, estes ainda não têm grande expressão. O incentivo do poder público
ainda é muito tímido, embora existam os Pontos de Cultura que são iniciativas
desenvolvidas pela sociedade civil que, após seleção por edital público, firmam convênio
com a Secretaria de Cultura do Estado e o Ministério da Cultura, e tornam-se responsáveis
por articular e impulsionar ações que já existem nas comunidades como as que envolvem a
Arte e Educação, Cidadania com Cultura e Cultura com Economia Solidária.
Quadro 3- Lista dos Museus e Pontos de Cultura.
Entidade responsável pelos Projetos
Museus Pontos de Cultura Culturais desenvolvidos nos Pontos Projetos Culturais
de Cultura
Museu de Cultura Popular Escola Potiguar das Artes do Circo Escola Potiguar das
Djalma Maranhão (EPAC) Artes do Circo
Museu Memorial Manoel Lino Associação de Moradores da Redinha
No Balanço da Redinha
de Paiva Martins (AMOR)
Cascudo: Conta Lá que
Museu de Odontologia Trotamundos Cia e Arte
Eu Conto Cá
Museu da Imprensa Eloy de Instituto Técnico de Estudos
Cinema Para Todos
Souza Cinematográficos (ITEC)
Bodega Digital - Favela
Museu Memorial de Medicina Posse de Hip Hop Lelo Melodia
Sorri
Pontos de Cultura Grupo de Teatro Clowns de Ponto de Cultura
Museu Memorial Aluízio Alves Suplente, Pontos Shakespeore Barracão Mambembe
de Cultura da FJA
Memorial Monsenhor Expedito Associação Gira Dança Giratório
e Ponte de Cultura
Movimento de Valorização Arte
Museu Câmara Cascudo MINC O Pium
Educação
Centro de Estudos, Pesquisa e Ação
Museu Ary Parreiras Tecido Cultural
Cultural
Museu Fortaleza dos Três
Associação República das Artes Boivivo
Reis Magos
Museu Casa Café Filho Organização Feminista Bandeira Lilás Mulheres Arteiras
Museu Arte Sacra do RN Associação Cultural do Bom Pastor Avança Bom Pastor
Memorial Câmara Cascudo Artes e Traquinagens Mãos nas Artes
Museu Câmara Cascudo Associação Grupo de Teatros e Ponto de Cultura
Pinacoteca do Estado Facetas, Mutretas e outras histórias Reboliço
Do que foi exposto aqui sobre o patrimônio histórico e cultural é importante reforçar a
subutilização desses bens, enquanto potenciais atrativos turísticos. A realidade desse
patrimônio tem sido bastante denunciada pela imprensa, uma vez que os remanescentes
históricos da cultura material sequer recebem dos organismos públicos a devida
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preservação e conservação. Os poucos existentes que obtiveram alguma atenção
apresentam aproveitamento turístico incipiente. É comum o visitante chegar a um bem
histórico e arquitetônico e apenas se limitar à simples admiração passiva. Quando muito são
realizadas visitas monitoradas, frequentemente enfadonhas em suas explanações, sempre
iguais e repetitivas, independente do perfil dos visitantes. Pouquíssimos, ou quase nada de
esforço tem sido feito até agora para se levantar as características dessa demanda e
adequar às visitas a seus interesses específicos.
Com esse quadro fica fácil de entender por que o turismo cultural em Natal não ganha
espaço. Embora alguns sintomas já se façam presentes, especialmente, no discurso de
planejadores e estudiosos, levados pelo apelo que sacode o país da necessidade de
resgate da história regional. Tudo isso, em médio prazo, tende a produzir benefícios para o
turismo cultural.
É preciso que seja entendido que o turismo cultural mesmo ocupando posição secundária
em relação ao turismo de sol e mar, ele tem sua importância do ponto de vista econômico,
pois não depende das condições climáticas, como acontece com os recursos naturais. A
sazonalidade, embora exista, é menor quando a atrativo é a cultura. Assim, tanto no verão,
com o calor intenso, quanto no período chuvoso à cidade pode se manter atrativa.
A discussão e análise dos Planos Nacionais de Turismo permitem que se faça uma reflexão
sobre as perspectivas de desenvolvimento do Turismo brasileiro para os próximos anos,
bem como se constitui num marco para orientar a elaboração de planos de desenvolvimento
para o turismo articulados com a política nacional.
A partir de 2003 o governo brasileiro conferiu ao Turismo um status importante na
administração pública federal com a criação do Ministério do Turismo, em 01.01.03 (Medida
Provisória nº 103). Acompanhando essa medida, pouco tempo depois, em 29 de abril de
2003, foi formulada a política de turismo para o Brasil, através do Plano Nacional de Turismo
2003/2007, num claro reconhecimento da importância que tem este setor na economia do
país, por sua capacidade de dinamizar diversos setores produtivos, gerar riqueza, empregos
e renda e, ainda em momentos de crise o setor de turismo se sobressai pelo importante
papel que assume para as sociedades.
Entre os objetivos gerais que o PNT apresenta estão: desenvolver o produto turístico
brasileiro com qualidade, contemplando as diversidades regionais, culturais e naturais; e,
estimular e facilitar o consumo do produto turístico brasileiro nos mercados nacional e
internacional.
Com base nessa orientação, estados e municípios foram estimulados com a participação da
sociedade a estabelecer suas prioridades, construindo planos de desenvolvimento para o
turismo, a exemplo do PDITS, voltados para seus interesses, mas tendo como bússola o
Plano Nacional de Turismo.
Tendo como referência os resultados obtidos com o PNT 2003/2007 algumas questões
foram reformuladas e, a partir disso foi construído um novo documento, o Plano Nacional de
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Turismo lançado para o período de 2007/2010. Tal plano contemplou alguns aspectos antes
não previstos, ampliou a perspectiva do fortalecimento do mercado interno e trouxe um novo
elemento para ser incorporado nos programas e ações a serem implementadas pelo setor
para o desenvolvimento da atividade. Trata-se da inclusão social, onde o brasileiro deve ser
o principal beneficiado pelo desenvolvimento do turismo. Para isso o PNT destacou a
importância de se aumentar a oferta doméstica e a interiorização com objetivo de ampliar a
participação do turismo no consumo das famílias. Além disso, foram expressos nos objetivos
gerais do PNT que o produto turístico deve contemplar as diversidades regionais, culturais e
naturais e que deve fomentar a competitividade nos mercados nacional e internacional.
No final de 2010 o Ministério do Turismo com base na necessidade de ampliar a oferta
turística valorizando as diversidades regionais e as particularidades do Brasil e
reconhecendo as tendências de consumo que vêm mudando reafirmou a segmentação
como estratégia para estruturação e comercialização de destinos e roteiros turísticos
brasileiros. Tal atitude se efetivou na estruturação, desenvolvimento e promoção de novos
produtos como resultado de um esforço coletivo para diversificar e interiorizar o turismo no
Brasil, com o objetivo de promover o aumento do consumo dos produtos no mercado
nacional e inseri-los no mercado internacional. Para facilitar o conhecimento sobre os
diversos segmentos de turismo o Ministério do Turismo divulgou nove Cadernos de
Orientações Básicas de Segmentos Turísticos com o objetivo de difundir informações
atualizadas para interessados que atuam no setor, entre os destacam-se: Negócios e
Eventos, Cultural, Sol e Praia, Náutico, Ecoturismo, Rural, Aventura, de Pesca, de Saúde.
Com o PNT 2007/2010 observou-se um avanço do turismo como fator de inclusão social,
com mais brasileiros viajando, o aumento na geração de emprego e renda e uma maior
integração do poder público, iniciativa privada e a população local na definição de
programas e ações para o desenvolvimento da atividade turística, No entanto ficou
evidenciado que maiores benefícios resultantes da implementação do PNT 2007/2010
somente poderiam ocorrer em médio prazo, em função da lógica de exclusão imposta pela
economia mundial.
Como se podem observar os dois planos o turismo apresentaram resultados bastante
positivos nos últimos anos e a atividade se encontra em pleno processo de consolidação no
país como importante vetor de desenvolvimento socioeconômico. Tais resultados têm sido
conseguidos, graças ao contexto favorável que os planos de 2003 e 2007 criaram de gestão
descentralizada do turismo, que permitiu uma ampla interlocução entre as diversas
instâncias de governo e os diversos órgãos colegiados nos âmbitos nacional, estaduais,
municipais, regionais e macrorregionais.
Nesse contexto foi elaborado o Documento Referencial Turismo no Brasil 2013/2016 com
reflexões, análises, projeções e proposições que traduzem o pensamento e as expectativas
desses diversos atores que integram o sistema de gestão do turismo brasileiro. Esse
documento constituiu-se em referência fundamental para a elaboração do Plano Nacional de
Turismo 2013/2016 lançado recentemente pela presidente Dilma Rousseff.
A ideia que norteia o Plano Nacional do Turismo 2013/2016 é que ele seja um instrumento
poderoso para que o país enfrente a crise econômica internacional. Para isso estão sendo
definidos seis grandes objetivos: o incremento das viagens nacionais; a ampliação do
turismo internacional no Brasil; o fortalecimento da gestão descentralizada do turismo;
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aumento da qualidade com foco no turista; aumento da competitividade do setor e, por
último, a realização de megaeventos, em especial a Copa do Mundo de 2014.
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A primeira fase do PRODETUR/NE contemplou os estados nordestinos, e no Rio Grande do
Norte abrangeu os municípios de Natal, Parnamirim, Extremoz, Ceará-Mirim e Nísia
Floresta, sendo caracterizada por investimentos em infraestrutura de serviços públicos,
notadamente nas áreas de acessos rodoviários e aeroportos, causando um significativo
impacto nas regiões beneficiadas.
O PRODETUR I - RN foi instrumento indutor de desenvolvimento socioeconômico da área
costeira do Estado do Rio Grande do Norte com aplicação de recursos nos seguintes
componentes:
Saneamento Básico (esgotamento sanitário);
Implantação de Centro de Visitação do Parque das Dunas em Natal;
Desenvolvimento Institucional;
Melhoramento do Aeroporto de Natal; e
Melhoramento de Estradas.
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A Área de Planejamento do PDITS/2003 foi composta pelos municípios de Arez, Ceará-
Mirim, Extremoz, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Senador
Georgino Avelino e Tibau do Sul.
O Contrato de Empréstimo que possibilitou o Rio Grande do Norte executar as ações do
PRODETUR/NE II previa um financiamento no valor de US$ 21.300 milhões, tendo sido
100% desse valor comprometido, e, até junho de 2011 houve um desembolso de 77,5%, o
que corresponde a aproximadamente US$ 16.500 milhões.
Ressalta-se que do valor total do contrato, a contrapartida local representou 40%, ou seja,
caberia ao Estado executar ações, seja com recursos próprios ou oriundos de convênios
com o Ministério do Turismo, que somassem um valor total de US$ 17.775 milhões.
É inegável que as duas etapas do PRODETUR/NE conferiram ao turismo uma posição
privilegiada, como uma das principais atividades econômicas do Estado. Com suas ações
múltiplas o PRODETUR II ajudou a formar um ambiente plenamente competitivo e
concorrencial para o turismo potiguar, atraindo investidores de vários países europeus,
trazendo um impacto bastante positivo não apenas para o desenvolvimento do turismo do
Polo Costa das Dunas, bem como irradiou dinamismo para outras regiões do estado,
proporcionando a criação de mais quatro Polos Turísticos: Costa Branca, Seridó,
Agreste/Trairi e Serrano.
Se por um lado, as ações do PRODETUR I e II associadas ao esforço continuado do poder
público estadual na implementação de políticas de desenvolvimento permitiram ao turismo
potiguar assumir uma magnitude diferenciada no Nordeste e no Brasil, por outro passou a
exigir das regiões turísticas ações que buscassem a consolidação de um modelo de
desenvolvimento do setor que contribuísse para uma visão integrada do turismo brasileiro.
Assim, as regiões que pleitearam recursos do PRODETUR Nacional tiveram que elaborar
novos PDITS sob a égide da nova política. O Rio Grande do Norte buscando integrar-se ao
Programa de Regionalização do Governo Federal e expandir o turismo para outras regiões
elaborou PDITS para os polos Costa das Dunas, Costa Branca e Seridó.
O PDITS do Polo Costa das Dunas na sua segunda versão, concluída em junho de 2011,
teve caráter de revisão e complementação do PDITS/2003, e abrangeu os seguintes
municípios: Pedra Grande, São Miguel do Gostoso, Touros, Rio do Fogo, Maxaranguape,
Ceará-Mirim, Extremoz, Natal, Senador Georgino Avelino, Tibau do Sul, Baía Formosa,
Canguaretama, Arez, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e
São José de Mipibú, conforme figura abaixo.
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Figura 4- Polo Costa das Dunas.
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NÍVEL 4: São Gonçalo do Amarante, Macaíba, São José de Mipibu, Pedra Grande,
Senador Georgino Avelino, Arez: início das atividades.
Ficou evidenciado que na AT do Polo Costa das Dunas o segmento principal com forte
poder de atratividade é o turismo de sol e praia, presente em maior ou menor escala nos 14
municípios litorâneos, mas com potencialidade para desenvolver e fortalecer o turismo
cultural, de aventura e ecoturismo e desenvolver o turismo náutico. Estes sendo alvo de
inversões poderiam se tornar um complemento à oferta atual, seja pela possibilidade de
maior aproveitamento dos recursos naturais e culturais existentes, ou na perspectiva de se
incorporar outros fatores na motivação principal (sol e praia) para os turistas que chegam ao
Polo.
Como síntese das análises realizadas o PDITS/2011 definiu as estratégias de
desenvolvimento turístico considerando na área turística a existência de produtos e destinos
turísticos em diferentes estágios de desenvolvimento e aproveitamento, tendo no turismo de
sol e praia o seu segmento de maior projeção.
Foram definidos três destinos turísticos principais para o Polo Costa das Dunas,
considerando os segmentos de turismo prioritários (sol e praias, náutico, cultural e de
aventura/natureza): Natal, Pipa e São Miguel do Gostoso, cada um dos quais apresentando
características específicas e, portanto, necessidades distintas de ações para a consecução
de seus objetivos estratégicos para o incremento do turismo nos segmentos priorizados.
O Destino Natal abrangeu o Produto Natal, Produto Pirangi/Nísia Floresta e Produto
Jenipabú, exercendo ainda forte influência nos destinos São Miguel do Gostoso e Pipa.
Para efeito do presente estudo será detalhado apenas o Produto Natal, conforme
apresentado no PDITS/2011:
Produto Natal:
Descritivo: Natal é o principal portão de entrada de turistas do Rio Grande do Norte. A
capital do estado é a cidade com melhor infraestrutura turística, tornando-se o centro
distribuidor de turistas para todo o Polo. Além de sua própria oferta, que conta com
atrativos naturais (praias, reserva de mata atlântica) e histórico-culturais (Fortaleza dos
Reis Magos, Corredor Cultural, Museu da Rampa, etc.) ainda agrega produtos e
atrativos oferecidos pelos demais municípios do Polo Costa das Dunas, especialmente
aqueles associados ao turismo de sol e praia.
Tipo de Turismo: Turismo de sol e praia; Turismo cultural; Turismo de
natureza/aventura; Turismo náutico.
Estágio de desenvolvimento: Destino maduro.
Objetivo estratégico: Diversificar a oferta de sol e praia a partir da incorporação de
outros espaços naturais e da estruturação e utilização do patrimônio histórico-cultural
para fins turísticos, como forma de aumentar o gasto turístico na localidade.
Entendendo-se que a atividade turística de Natal está prioritariamente relacionada ao
segmento de sol e praia, bem como associada à ideia de estruturar novos atrativos e
produtos turísticos para um aumento da demanda, o PDITS/2011 propôs ações e projetos
distribuídos pelos componentes de planejamento do PRODETUR Nacional, convergindo
para esses objetivos estratégicos. Tais ações e projetos foram concebidos para Natal e
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demais municípios abrangidos pelo Plano visando, especialmente o desenvolvimento do
turismo de sol e praia, turismo cultural, turismo náutico e turismo de natureza/aventura,
buscando-se como um dos resultados imediatos o aumento do gasto médio por turista.
Desse modo ficou bastante claro que as ações propostas para Natal fazem parte de um
contexto de fortalecimento dos produtos já existentes e também do incentivo a novos
segmentos e destinos turísticos, tendo como base o turismo de sol e mar, o turismo cultural,
bem como o turismo náutico.
No entanto, há que se ressaltar que até o momento o Governo do Estado ainda não assinou
contrato de empréstimo com o BID para dar início e execução dos serviços e efetivar as
ações propostas no PDITS/2011, o que tem ocasionado muitas expectativas negativas
quanto ao futuro do turismo no estado.
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a) aumentar o fluxo de turistas na cidade e, por conseguinte crescer o percentual da
receita turista acima do fluxo turístico;
b) aumentar a permanência do turista;
c) intensificar a segmentação e descobrir nichos de mercado que permitam ampliar a
gama de produtos oferecidos pelo destino, no intuito de diversificar a oferta, atrair turistas
com as mais diversas motivações de viagem e com maior poder aquisitivo; e,
d) aproximar o turista do morador para que ele viva um pouco a vida do natalense.
Partindo desse quadro de referência o Plano estabeleceu um novo posicionamento para o
turismo de Natal, qual seja:
“Um destino de turismo de experiências, através da criação de uma
pirâmide de emoções, tendo como foco principal, além do sol e mar, as
famílias, os turistas de aventura, o turismo da melhor idade e o turismo
de eventos”.
Portanto, definiu que para o cenário futuro deveria continuar com a estratégia do turismo de
massa, proporcionado pelas grandes operadoras nacionais, com foco no turismo de sol e
mar. O documento admitiu que, dificilmente, Natal conseguirá aumentar o volume de turistas
internacionais pela crise mundial existente e com perspectivas de continuidade. A
expectativa, então, é o crescimento do fluxo doméstico impulsionado por investimentos em
infraestrutura, qualificação profissional, promoção turística e capacidade institucional para
gerir a atividade turística.
A partir da estratégia de segmentação do mercado o Plano estabeleceu vários nichos que
deveriam ser priorizados: turismo de aventura, turismo de eventos, turismo da melhor idade
e, relaciona outros segmentos com grande potencial para a sua exploração: o turismo
náutico, gastronômico, turismo de charme, turismo cultural e turismo religioso.
Os mercados alvo a serem trabalhados, segundo o Plano apontaram para as três escalas:
regional, nacional e internacional. No âmbito internacional a Europa Ocidental seria ainda o
grande mercado a ser buscado, notadamente, Portugal, Espanha, Holanda, Itália e
Inglaterra. O Leste Europeu, a América do Norte e a América do Sul também foram
apontados como mercados a serem conquistados e, na escala nacional os principais
mercados relacionados foram o Nordeste e o Sudeste.
Finalmente, ficou evidenciado que para o turismo de Natal atingir as estratégias
estabelecidas no Plano seria necessário um novo posicionamento da Marca Natal com base
numa comunicação entendida como adequada ao conceito de Economia das Experiências –
A Sociedade dos Sonhos. Assim, pactuou-se um novo slogan para o destino Natal: Natal,
Cidade das Emoções.
32
3.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS
3.3.1.1. Corredor 1
O primeiro corredor, formado pelas Avenidas Prudente de Morais, Omar O’Grady
(Prolongamento da Av. Prudente de Morais), Nilo Peçanha e Presidente Getúlio Vargas,
atravessa a cidade no sentido sudoeste-sudeste, com início no bairro do Pitimbú
(entroncamento das Avenidas Xavantes e Omar O’Grady) e término no bairro de Areia Preta
(entroncamento das Avenidas Getúlio Vargas e Presidente Café Filho), passando por 08
bairros: Pitimbú, Candelária, Lagoa Nova, Lagoa Seca, Barro Vermelho, Tirol, Petrópolis e
Praia do Meio.
34
Em sua totalidade, o corredor apresenta duplo sentido de circulação, pavimentação
asfáltica, em geral, em bom estado de conservação. Em cerca de 90% do percurso, a via
possui 03 faixas de rolamento para cada sentido de circulação, com exceção no trecho
correspondente à Avenida Omar O’Grady, que apresenta duas faixas e uma ciclo-faixa, e no
trecho correspondente à Rua Getúlio Vargas, com apenas duas faixas de circulação por
sentido.
A largura média da via varia de 7,0 a 9,5 metros, no primeiro caso, no trecho final, com
apenas duas faixas de circulação. Há canteiro central em quase todo o corredor, com
ausência deste apenas nas proximidades da Praça Cívica e do Hospital Onofre Lopes. No
trecho entre a Avenida Jerônimo Câmara e a Rua Dr. Paulo de Abreu, no bairro de
Candelária (arredores do Estádio Arena das Dunas), há uma via marginal, pavimentada em
paralelepípedo, com duas fixas de rolamento.
Quanto às condições de inclinação do greide longitudinal das via (rampas), observam-se
segmentos com inclinação significativa, como a aproximação com a Avenida da Integração,
no início do bairro de Candelária, e o trecho após a Rua Raimundo Chaves (sentido Bairro-
Centro).
A velocidade permitida é de 60 km/h, uma vez que este corredor é classificado com via
arterial pela hierarquização viária do Plano Diretor. Contudo, as sinalizações eletrônicas
presentes ao longo do corredor limitam a velocidade máxima a 50 km/h. Ainda sobre as
condições de circulação, destaca-se a quantidade de retornos ao longo do percurso, sendo
07 no sentido Bairro-Centro e 15 no sentido oposto, todos eles com baia segregada para a
manobra de retorno.
Não é permitido o estacionamento de veículos ao longo do corredor. Entretanto, fluxo de
tráfego é dificultado pelo estacionamento de veículos em trechos pontuais, em geral, em
frente a estabelecimentos comerciais. O uso e ocupação do solo neste corredor é misto,
com predominância das atividades de serviços e comércio.
Ao longo do percurso podem ser identificados alguns pontos de gargalo, que se configuram
com pontos críticos em relação à fluidez do tráfego. São eles: Interseção entre as Avenidas
Omar O’Grady e Integração, arredores do Estádio Arena das Dunas, Interseção entre a
Avenida Nilo Peçanha e Rua Joaquim Manoel. A figura a seguir, localiza os pontos críticos
identificados.
35
Figura 6 - Pontos/trechos críticos ao longo do corredor 1
36
das Dunas, aos principais shoppings centers de Natal, bem como chegar aos destinos das
praias urbanas, rio Potengi e o Corredor Cultural.
3.3.1.2. Corredor 2
O segundo corredor, formado pela BR-101, Avenidas Senador Salgado Filho, Hermes da
Fonseca e Coronel Joaquim Manoel, também corta a cidade no sentido sudoeste-sudeste,
com início no limite entre os Municípios de Natal e Parnamirim e término no bairro de
Petrópolis (interseção da Rua Coronel Joaquim Manoel com Avenida Nilo Peçanha),
passando por 08 bairros: Pitimbú, Neópolis, Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Lagoa
Seca, Tirol e Petrópolis.
Este é o principal corredor de acesso à cidade de Natal a partir de importantes rodovias
federais que ligam a Região Metropolitana de Natal às demais regiões do Estado e a outros
Estados, tais como Rodovias BR-101 e BR-304. É, também, o corredor que liga a cidade de
Natal ao Aeroporto Augusto Severo, localizado em Parnamirim.
Em todos os seus segmentos, o corredor possui dois sentidos de circulação separados por
canteiro central ou barreira rígida (segmento nas proximidades do Natal Shopping e Campus
da UFRN). Em sua maior extensão, possui 03 faixas de rolamento por sentido de circulação.
Em boa parte do segmento correspondente à BR-101, o corredor conta com vias marginais,
dotadas de duas faixas de circulação em cada um dos sentidos de tráfego.
Este primeiro segmento, correspondente à BR-101, é caracterizado por grandes volumes de
tráfego, já que abriga os volumes provenientes dos bairros ao sul e ainda de outras cidades
e Estados, com variados destinos dentro da cidade de Natal. Este trecho é caracterizado por
possuir interseções em níveis diferentes (túneis e viadutos) e passagens de pedestres
elevadas (passarelas).
Todo o corredor possui, em geral, topografia plana e pavimentação asfáltica, em bom estado
de conservação. Possui acostamento apenas no primeiro segmento, correspondente à BR-
101.
A velocidade máxima permitida no corredor é variável segundo a jurisprudência do trecho:
na BR-101 a velocidade máxima é de 80 km/h e nas Avenidas Senador Salgado Filho e
Hermes da Fonseca é de 60 km/h, uma vez que este corredor é classificado com via arterial
pela hierarquização viária do Plano Diretor. Contudo, as sinalizações eletrônicas presentes
ao longo do corredor limitam a velocidade máxima a 50 km/h.
Existem ao longo do trecho correspondente as Avenidas Senador Salgado Filho e Hermes
da Fonseca 09 retornos, sendo 04 no sentido Centro-Sul e 05 no sentido Sul-Centro. Todos
os retornos possuem baia segregada para a manobra de retorno, em pintura horizontal ou
tachões. Em geral, a sinalização horizontal é presente ao longo do percurso, com alguns
pontos passíveis e manutenção. A sinalização vertical de informações turísticas é
deficiente. Todas as principais interseções são semaforizadas.
O estacionamento é proibido ao longo da via, contudo, assim como na Avenida Prudente de
Morais, verificam-se interferências no fluxo geral de tráfego provocadas pelas manobras de
acesso aos estacionamentos dos lotes, principalmente no trecho correspondente à Avenida
Hermes da Fonseca, onde há grande concentração de atividade de comércio e serviços.
37
Em todo o corredor são observados importantes polos de atração de viagens, dentre eles
shoppings centers, supermercados, escolas e universidades, igrejas, centros de negócios,
hospitais e postos de combustível. Destacam-se, ainda, importantes sedes de serviços
públicos como o Centro Administrativo do Estado do RN, a CAERN e o CREA, além do
maior hospital público do Estado, o Walfredo Gurgel.
Este corredor configura-se, ainda, como principal corredor de transporte público da cidade e
Região Metropolitana. Circulam pelo corredor 41 linhas de transporte público regular da
cidade e 15 linhas de transporte opcional, além das diversas linhas de transporte
intermunicipal e metropolitano. Devido à elevada oferta de transporte público ao longo do
percurso, áreas de grande volume de embarque e desembarque de passageiros
caracterizam pontos críticos no que se refere ao desempenho do tráfego. A seguir, a figura
aponta três das principais áreas de embarque e desembarque de passageiros que
provocam impactos diretos no desempenho do tráfego geral de circulação no corredor.
3.3.1.3. Corredor 3
O terceiro corredor, formado pela RN-063 (Rota do Sol Sul) e Avenida Engenheiro Roberto
Freire, corresponde ao principal acesso de regiões com grande potencial e desenvolvimento
turístico à cidade de Natal, ligando as praias do litoral Sul (Cotovelo, Pirangi, Búzios,
Tabatinga, Barreta e, etc.) e os bairros de Ponta Negra e Capim Macio à Avenida Senador
Salgado Filho.
O corredor possui dois sentidos de circulação, com três faixas cada, separados por canteiro
central. A topografia das pistas é plana, pavimento em asfalto, em gera, em bom estado de
conservação, com necessidades pontuais de serviços de conservação ao longo do percurso.
Ao longo da Avenida Engenheiro Roberto Freire existe trechos que possuem via marginal.
No sentido centro/sul o trecho de via marginal começa nas imediações do Praia Shopping, e
vai até a feira de artesanato, na Av. Praia de Tibau; esta marginal possui fluxo de veículos
nos dois sentidos, e por ser muito larga e ser basicamente comercial (lojas, bares,
restaurantes, prestadores de serviços) é utilizada como estacionamento, nos dois sentidos,
por clientes destes estabelecimentos comerciais e de muitos outros existentes nas
imediações.
No sentido sul/centro, existe um trecho de via marginal que começa no Shopping CCAB Sul,
e vai até o posto com bandeira Ipiranga; esta marginal é estreita, e apresenta fluxo de
veículo em um único sentido (mesmo sentido sul/centro), existe nesta marginal um ponto de
táxi para sete veículos, e por estarem nela localizados um shopping e restaurantes, é
utilizada em toda a sua extensão como estacionamento, apenas em uma pequena parte é
permitido, o que faz com que ocorra uma obstrução ao fluxo de veículos.
A velocidade permitida é distinta segundo a jurisprudência do trecho. Na Avenida
Engenheiro Roberto Freire, sob jurisprudência municipal, a velocidade máxima permitida é
de 70 km/h, uma vez que este corredor é classificado com via arterial pela hierarquização
viária do Plano Diretor. Contudo, as sinalizações eletrônicas presentes ao longo do corredor
limitam a velocidade máxima a 50 km/h. No segundo trecho, correspondente à RN-063 sob
custódia do DER, a velocidade permitida passa a 80 km/h.
Ao longo da Av. Eng. Roberto Freire existem 06 retornos a esquerda tanto no sentido
centro/sul quanto no sul/centro, todos com baias, além de duas rotatórias (no início da Via
Costeira e da Rota do Sol); e ao longo da Rota do Sol existe uma rotatória (na entrada do
bairro Cidade Verde) e um retorno no sentido sul/centro. Em geral, a sinalização horizontal é
presente ao longo do percurso, com alguns pontos passíveis e manutenção. A sinalização
vertical de informações turísticas é deficiente. Todas as principais interseções são
semaforizadas.
39
Quanto às condições de estacionamento, a Rota do Sol não possui quantidade significativa
de empreendimentos comerciais além de grandes extensões de lotes lindeiros protegidos
pelo Governo Federal. Tais fatos explicam a baixa demanda por estacionamento no trecho,
exceto em dias de jogo no estádio Maria Lamas Farache - Frasqueirão, em que todas as
calçadas e acostamentos são utilizados como estacionamento.
Já a Roberto Freire, que é basicamente comercial, gera forte demanda por estacionamento
e, como a não é, em geral, permitido estacionamento na via (exceção para alguns trechos
no sentido sul/centro, a saber: na via marginal em frente ao CCAB Sul e em baia junto ao
calçadão em frente ao campo de aeromodelismo), os veículos utilizam as vias marginais
para estacionar, os estacionamentos privados nos lotes de empreendimentos comerciais
como shoppings e supermercados, estacionam obstruindo o passeio público ou utilizam vias
locais transversais à via.
Quanto aos pontos de gargalo, no que se refere ao desempenho do tráfego, destaca-se o
elevado volume de tráfego em horários de pico, principalmente no pico da noite, dada a
demanda que se destina às diversas faculdades localizadas o longo do percurso. Um ponto
crítico a ser considerado corresponde o trecho localizado nas proximidades do
supermercado Nordestão, destacado na figura a seguir.
Figura 8 - Pontos/trechos críticos ao longo do corredor 3
40
Neste ponto, em horários de picos de tráfego, além dos elevados volumes de passagem da
Avenida Roberto Freire, principalmente provenientes do Viaduto, no sentido Centro-Ponta
Negra, destaca-se o grande volume de conversão à esquerda, no sentido Ponta Negra-
Centro, com destino à Avenida Ayrton Senna. Esta interseção é semaforizada, com faixa
exclusiva para a manobra de conversão à esquerda, segregada por tachões. Os elevados
volumes refletem em elevados tempos de espera e, por consequência, ponto de
congestionamento.
Principal acesso a Ponta Negra, onde está localizada a maior quantidade de equipamentos
turísticos de hospedagem, alimentação e pontos de venda de artesanato, o corredor 3
também possibilita a integração com as praias do sul da cidade, pertencentes aos
municípios próximos.
3.3.1.4 Corredor 4
O quarto corredor, formado pelas Avenidas Dinarte Mariz (Via Costeira) e Café Filho,
corresponde ao principal percurso utilizado pela demanda turística proveniente da rede
hoteleira concentrada no bairro de Ponta Negra aos destinos turísticos localizados nas
regiões leste norte da cidade, ligando a região de origem à Ponte Newton Navarro.
O corredor tem início na Avenida Engenheiro Roberto Freire e término na ponte Newton
Navarro. Em seu primeiro trecho, correspondente à Avenida Dinarte Mariz, comumente
denominada Via Costeira, o sentido de circulação é duplo, com duas faixas de circulação
por sentido, separadas por canteiro central. Este trecho passou por uma recente obra de
duplicação, dotando o trecho de amplo passeio público e ciclovia.
Ao longo de todo este primeiro trecho estão localizadas importantes redes hoteleiras, ao
lado do litoral, estando do lado oposto localizada área de preservação ambiental relativa ao
Parque das Dunas. Este trecho possui pavimentação asfáltica e sinalização horizontal em
bom estado de conservação.
A geometria deste primeiro trecho é bastante sinuosa, dado o contorno necessário à
preservação da área do Parque das Dunas. A velocidade permitida é de 70 km/h, com
fiscalização por radares. Existem diversos retornos ao longo do percurso, com baias
segregadas e protegidas. Face às condições expostas, o fluxo de tráfego é facilitado e
apresenta bons desempenhos.
Em seu segundo trecho, correspondente à Avenida Café Filho, entre a Via Costeira e a
Ponte Newton Navarro, o percurso possui duas situações distintas: a primeira ao longo do
calçadão até o encontro com a Rua Vinte e Cinco de Dezembro, onde sentido de circulação
passa a ser único (Ponta Negra – Ponte Newton Navarro), com redução da velocidade de
circulação provocada pela grande movimentação de pedestres, alta concentração da
atividade turística e conflitos devido às manobras de estacionamento, permitido ao longo
deste segmento.
No segundo segmento, o sentido de circulação volta ser duplo, com pistas separadas por
canteiro central e melhores condições de circulação e velocidades. Neste segmento há uma
interseção em níveis diferentes. Após o cruzamento da ponte, destaca-se um ponto crítico
de tráfego, ilustrado na figura a seguir:
41
Figura 9 - Pontos/trechos críticos ao longo do corredor 4
Neste ponto, que consiste na interseção entre o final da Ponte Newton Navarro com a
Avenida João Medeiros Filho, observa-se a redução das faixas de tráfego disponíveis para o
volume de tráfego que segue em direção às praias da Redinha. As duas faixas provenientes
da Ponte se transformam em apenas uma, ainda somado aí o volume proveniente da
própria Avenida ao Medeiros Filho, também com duas faixas de circulação. Os elevados
volumes refletem em elevados tempos de espera e, por consequência, ponto de
congestionamento.
Planejado para ser o corredor turístico da cidade, é um importante acesso aos atrativos,
pois, fornece a alternativa de circulação pela parte externa da cidade, evitando passar por
dentro da cidade, onde tem um fluxo intenso. Além disso, permite ligação com todas as
praias urbanas da cidade.
3.3.1.5. Corredor 5
O quinto corredor, formado pela BR-226, Avenidas Presidente Ranieri Mazzili, Napoleão
Laureano, Felizardo Moura, Ponte de Igapó e João Medeiros Filho, liga a região oeste da
42
cidade aos bairros da zona norte. Configura-se, ainda, como acesso metropolitano da
cidade de Natal. Este corredor passa por 8 bairros: Guarapes, Felipe Camarão, Bom Pastor,
Nordeste, Igapó, Potengi, Pajuçara, Redinha.
O primeiro trecho até o viaduto da Urbana, correspondente a BR-226, Avenida Presidente
Ranieri Mazzili e Avenida Napoleão Laureano, possui as seguintes características:
No trecho da BR-226 a pista de rolamento tem uma faixa para cada sentido, com
aproximadamente 3,10m de largura cada uma, totalizando em torno de 7,20m, de
asfalto em boas condições e separação de pistas por pintura em bom estado de
conservação. A velocidade permitida é de 80 Km/h, indicado por uma placa de
sinalização. Não é permitido estacionamento na via.
Já no trecho da Av. Pres. Ranieri Mazzili a pista de rolamento tem uma faixa para
cada sentido, com aproximadamente 3,10m de largura cada, totalizando em torno de
7,20m, de asfalto em boas condições e separação de pistas também por pintura em
bom estado de conservação. Não é permitido estacionamento na via.
Na Av. Napoleão Laureano a pista de rolamento tem duas faixas para cada sentido
com aproximadamente 6,20m de largura, de asfalto em boas condições e regulares
com separação de pistas, em geral, por canteiro central. Os estacionamentos
existem nos lotes dos comércios, em sua maioria irregular, atrapalhando o passeio
público, ocupando parte dele. Em um bom trecho (até o viaduto, no sentido centro)
os estacionamentos são na via, pois o passeio público em ambos os lados é
bastante irregular. Este fato elimina uma faixa da pista de rolamento atrapalhando o
trânsito e o tornando mais lento nos horários de “pico”.
A Avenida Felizardo Moura apresenta 04 faixas de rolamento no trecho que vai da ponte do
Igapó até a Rua Jandira, sendo duas para cada sentido de tráfego, cada faixa apresenta
largura de aproximadamente 3,00m. A separação entre as faixas com sentidos de tráfego
diferentes é feita através de canteiro central. A partir do ponto de interseção com a Rua
Jandira, a Avenida Felizardo Moura segue com duas faixas de rolagem e com fluxo de
tráfego em um sentido já que o outro sentido de fluxo segue pela Rua Jandira.
O pavimento apresenta um estado de conservação de regular para ruim ao longo de toda
Avenida Felizardo Moura e a pintura entre as faixas de rolamento necessita de reparo. Este
trecho é dotado de acostamento. A Rua Jandira apresenta duas faixas de rolagem e com
fluxo de tráfego em um sentido já que o outro sentido do fluxo de veículos segue pela
Avenida Felizardo Moura; cada faixa de rolagem apresenta largura de aproximadamente
3,00m. O pavimento apresenta um estado de conservação ruim.
Na Av. Felizardo Moura existe um semáforo um pouco depois da ponte do igapó. Existem
placas para a orientação de pedestres e motoristas: placas indicando o limite de velocidade,
placa indicando faixa de pedestre, placa indicando a existência de fiscalização eletrônica. A
sinalização horizontal, em geral, também se encontra mal conservada.
A Avenida João Medeiros Filho é o mais importante corredor transversal da zona norte,
ligando as duas pontes da cidade. A avenida possui duas faixas de rolamento por sentido
de circulação, separados por canteiro central. Nesta avenida estão importantes polos de
atração de viagem, como shopping Center e instituições de ensino. A predominância de
estabelecimentos ao longo do percurso é de atividades de comércio e serviços. O tráfego é
43
intenso e apresenta um gargalo no encontro com a ponte Newton Navarro, como
descrito em item anterior.
O principal ponto crítico de todo o percurso corresponde ao trecho entre o viaduto da urbana
e o final da ponte de Igapó, como ilustrado na figura a seguir:
Figura 10 - Pontos/trechos críticos ao longo do corredor 5
Economias ativas
De acordo com figura abaixo é possível verificar a distribuição espacial do total de ligações
de água no município por faixas.
45
Figura 11 - Mapa do município de Natal - ligações de água por bairros.
46
Tabela 2 - Tabela tarifária referente ao ano de 2012.
Residencial popular 10,00 16,04 2,81 3,33 3,75 4,32 5,58 6,35
Assim, tomando como base o ano de 2010, considerando a tabela tarifária apresentada
anteriormente e o consumo anual de cada tipo de consumidor, dispõe-se do volume faturado
pela companhia, conforme Quadro abaixo.
Quadro 4 - Volume faturado por classe de consumidor.
2
Valor Faturado (m )
48
Quadro 6 - Demonstrativo das análises de qualidade da água referente à Regional Natal-Sul (Zonas Sul, Leste e Oeste).
Parâmetro Cloro Residual (mg/l) Turbidez (uT) Cor Aparente (uH) Nitrato (mg/l - N) Coliformes Totais
2009 2460 3621 3499 720 3623 3313 720 3516 3705 - - - 2460 3626 3615
2010 2.466 3.676 3.623 721 3.674 3.623 721 3.676 3.074 176 352 272 2.466 3.678 3.651
2011 2466 3604 3503 720 2348 2334 721 3556 3491 176 348 282 2466 3602 3558
2012 4.488 2.027 1.897 960 2.018 1.883 960 2.018 1.861 176 252 231 4.488 2.009 1.972
Fonte: Relatórios de qualidade da água emitidos pela CAERN referente aos anos de 2009 a 2012.
Quadro 7 - Demonstrativo das análises de qualidade da água referente à Regional Natal-Natal (Zona Norte).
Parâmetro Cloro Residual (mg/l) Turbidez (uT) Cor Aparente (uH) Nitrato (mg/l - N) Coliformes Totais
2009 2131 1137 1020 654 1137 1134 654 1137 1085 - - - 2131 1138 1137
2010 2.124 1.722 1.409 456 1.688 1.687 456 1.686 1.669 56 252 168 2.124 1.460 1.399
2011 2124 2633 2287 456 2635 2630 456 2635 2630 56 270 158 2124 2635 2581
2012 4.488 2.027 1.897 960 2.018 1.883 960 2.018 1.861 176 252 231 4.488 2.009 1.972
Fonte: Relatórios de qualidade da água emitidos pela CAERN referente aos anos de 2009 a 2012.
49
3.3.3. Sistema de Esgotamento Sanitário
Em Natal, a CAERN atende 277.175 pessoas, equivalente a 55.446 ligações e 518,5 km de
rede de coletora de esgotos (CAERN, 2010). Segundo dados do SNIS (2010), o índice de
atendimento com coleta e tratamento de esgotos no município é de 32,8%.
De acordo com o quadro abaixo é possível verificar a quantidade de economias de acordo
com cada classe de consumidor (Residencial, Comercial, Industrial e Outros).
18.415.7
Natal 90.666 72.735 11.800.289 14.363 2728567 555 2.559.827 3.013 1.327.078
61
50
Figura 12 - Mapa do município de Natal - ligações de esgoto por bairros.
51
No tocante à área de influência direta do PDITS, ela é compreendida pelas seguintes bacias
de esgotamento, detalhadas no quadro abaixo por bairros: A, B, C, M e N (Zona Sul) e H, J,
M e Q (Zona Norte).
Quadro 9 - Bacias de esgotamento sanitário correspondentes aos bairros da Área de Influência
Direta do PDITS.
Todos os bairros pertencentes à Área Turística são totalmente cobertos por redes de coleta
de esgotos, com exceção da Redinha. Contudo, o bairro de Mãe Luíza, mesmo com o
sistema de esgotamento sanitário funcionando, apresenta uma resistência pela população
em relação à ligação domiciliar à rede de esgotos, devido, muitas vezes, à carência e
ausência de recursos financeiros dos próprios moradores.
Os esgotos provenientes desses bairros (excluindo Ponta Negra, Via Costeira e Redinha)
são tratados em nível terciário pela Estação de Tratamento Central do Baldo. A ETE é
constituída através de reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB),
tratamento biológico secundário através de câmara anóxica, reator com biodiscos aerados,
com capacidade de nitrificação e desnitrificação, decantação secundária e retorno de lodo, e
por fim, desinfecção por ultravioleta. O ponto de lançamento do efluente tratado se dá no
riacho do Baldo e em seguida no rio Potengi.
O SES da Redinha está em execução, tendo sido financiado com recursos do PRODETUR
II. O sistema contempla 28.346 metros de rede coletora de esgoto, 3.200 ligações prediais,
07 estações elevatórias e estação de tratamento de esgotos (ETE Redinha).
Já o Sistema de Esgotamento Sanitário de Ponta Negra conta com uma ETE (tipo Lagoas
de Estabilização 01 Lagoa Facultativa e 02 Lagoas de Maturação), recebe contribuições de
esgotos da Praia e Vila de Ponta Negra, do Conjunto Ponta Negra e parte de Capim Macio,
do Praia Shopping e adjacências, bem como de toda rede hoteleira da Via Costeira. O
efluente é infiltrado através de valões em terrenos adjacente à última lagoa de maturação.
Devido a necessidades de ampliação do atendimento desse sistema foi elaborado um novo
projeto para atender os bairros integrantes da Região Administrativa Sul. Todavia, o projeto
passou por diversos entraves políticos e socioambientais no que concerne à técnica de
52
tratamento/disposição, Emissário Submarino. O projeto de ampliação do sistema previa a
implantação do emissário como solução para a disposição dos efluentes de Ponta Negra e
demais bairros da Zona Sul, tendo sido amplamente questionado e discutido por gestores,
técnicos, promotores públicos e pela própria população. A discussão inviabilizou a execução
e a utilização dos recursos financeiros obtidos, de modo que a companhia idealizou um novo
projeto. Agora, compreendido por uma Estação de Tratamento localizada no bairro de
Guarapes, nos mesmos moldes da ETE do Baldo (UASB+Câmara Anóxica e desinfecção
por UV). A nova estação de tratamento receberá os efluentes da Zona Oeste e Sul da
cidade e o ponto de lançamento dos efluentes será na bacia do rio Jundiaí/Potengi.
Apesar de possuírem sistemas de esgotamento sanitário os bairros de Areia Preta,
Praia do Meio, Santos Reis, Rocas, Ribeira e Cidade Alta, apresentam muitos
problemas relacionados a obstruções e extravazamentos provocados principalmente por
serem sistemas, em geral, bem antigos. A vida operacional dos elementos do sistema está
muito acima da vida útil definida nos projetos atuais.
Alguns sistemas funcionam desde a década de 1930, sofrendo modificações de caráter
emergencial, como reforços e consertos, o que descaracteriza um sistema de esgotamento
sanitário operado de forma tecnicamente correta, com manutenções e ampliações previstas
a cada fim do alcance de projeto, baseada em cálculos de dimensionamento e parâmetros
operacionais. Portanto, para melhorias operacionais desses sistemas devem ser tomadas
medidas no sentido de redimensionar, ampliar e/ou substituir trechos da rede e/ou outros
equipamentos do sistema.
Mesmo o município possuindo um baixo percentual da população atendida com
esgotamento sanitário, a Área Turística, com exceção da Redinha, possui SES em
operação. No que concerne ao bairro da Redinha, após entrar em operação o sistema
previsto, o mesmo tende a suprir as demandas turísticas previstas neste plano para os
próximos 10 anos, visto que o alcance de projeto do SES é para 20 anos.
Na Via costeira, a capacidade atual de prestação do serviço relacionada à demanda
turística, onde há uma grande concentração da rede hoteleira da cidade, o sistema opera de
forma razoável. No entanto, nas demais áreas, o SES se situa em uma faixa de insuficiente
a razoável a depender do bairro em questão, sendo mais insuficiente na área histórica da
cidade (Cidade Alta, Ribeira e Rocas). Para projeções futuras já existe o projeto de
implantação do esgotamento sanitário da Zona Sul, com a implantação da ETE do
Guarapes. Esse projeto tende a ampliar a cobertura dos serviços de esgotamento em Natal
para algo em torno de 80%. Portanto, se implantado, o projeto tende suprir as prováveis
demandas turísticas apresentadas neste plano para os próximos 10 anos, nos bairros de
Ponta Negra e na Via Costeira. Da mesma forma, a ETE Central do Baldo, pelo fato de ser
uma obra recente e não está operando em 100% da capacidade, possivelmente, atenderá o
incremento na demanda turística nos demais bairros. Contudo, é importante ressaltar que
são necessários investimentos relacionados à substituição/ampliação de redes coletoras de
esgotos e em melhorias nos aspectos operacionais.
53
Oeste. Posteriormente, a classificação das bacias foi ampliada para todo o Município
utilizando os mesmos critérios da divisão das bacias do Sistema de Esgotamento Sanitário
de Natal. De maneira que não se levou em consideração a infraestrutura existente de
integração das sub-bacias de drenagem da Cidade.
No Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais (PDDMA), elaborado pela
SEMOPI (2009), foi feita a atualização da divisão das bacias de drenagem de Natal,
unificando-se o sistema para todo o Município. O critério de definição e a delimitação de
cada bacia de drenagem foram baseados em uma análise integrada das áreas que
poderiam gerar escoamento das águas pluviais para cada corpo d’água receptor final.
Atualmente, o sistema de drenagem de águas pluviais de Natal é operado pelo próprio
titular, o Município, e conforme o PDDMA é constituído por 20 bacias de drenagem.
Quadro 10 - Bacias de drenagem da Zona Norte de Natal.
Área (ha)
Bacia
Aberta Fechada
I. Rio Doce 617,50
II. Lagoa Azul 2417,5
III. Lagoa de Extremoz 100,2
IV. Rio Golandim 181,5
V. Redinha 108,2
VI. Rio Potengi / Salinas 885,4
Total da Zona Norte 4309,9
Área (ha)
Bacia
Aberta Fechada
VII. Potengi / Rocas – Ribeira 376,3
VIII. Praias Urbanas 218,2
IX. Riacho do Baldo 714,8
X. Potengi / Quintas-Base Naval 304,1
XI. Parque das Dunas 1194,0
XII. Rio das Lavadeiras 1264,8
XIII. Via Costeira 116,2
XIV. Rio Potengi / Felipe Camarão 712,6
XV. Lagoas da Jaguarari 431,8
XVI. Rio Pitimbu 1048,9
XVII. San Vale / Cidade Satélite 1145,4
XVIII. Rio Jundiaí / Guarapes 398,0
XIX. Lagoinha 1016,0
XX. Praia de Ponta Negra 949,3
Total da Zona Leste / Oeste / Sul 6103,2 3787,2
54
Das 20 bacias de drenagem, 06 estão na zona norte da cidade e 14 encontram-se nas
zonas leste, oeste e sul, drenando uma área total de 14.200,3ha. A principal concepção do
PDDMA foi planejar o sistema de drenagem urbana com bacias abertas. Tanto que das 20
bacias apenas 04 são fechadas. Essa concepção por um lado facilita bastante a operação e
integração entre bacias de drenagem, o que tende a reduzir a ocorrência de alagamentos.
Por outro lado, esse tipo de infraestrutura através de galerias e túneis de drenagem
aumenta as vazões de pico, consequentemente, o risco de enchentes e inundações à
jusante.
Figura 13 - Bacias de drenagem da Zona Norte
55
Figura 14 - Bacias de drenagem das Zonas Sul, Leste e Oeste.
As bacias fechadas de Natal encontram-se nas zonas Leste e Sul, nas quais as águas têm
destino predominante para as seguintes Lagoas: Lagoas da Jaguarari (bacia XV); Lagoas de
San Vale (bacia XVII); e, Lagoinha (XIX). Ademais, as bacias abertas das zonas Leste,
Oeste e Sul têm os seguintes exutórios: Rio Potengi (bacias VII, IX, XII, XVIII, XIV); Praias
Urbanas (bacia VIII); Via Costeira (bacia XIII); Rio Pitimbu (bacia XV); Praia de Ponta Negra
(bacia XX).
Ainda conforme o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais da Cidade do
Natal, as bacias de drenagem estão subdividas em 85 sub-bacias. Assim, as águas
provenientes de uma determinada sub-bacia seguem, em geral para lagoas de drenagem,
rios ou praias. A seguir, é apresentado um mapeamento das lagoas em Natal e sua
condição de urbanização.
56
Figura 15 - Lagoas de drenagem no município de Natal.
57
No que concerne aos pontos críticos de alagamentos e inundações estão mapeados
(destacados em preto no mapa) e compreendem mais de 100 pontos em toda a cidade,
conforme figura abaixo:
Figura 16 - Pontos Críticos de Alagamentos e Inundações no município de Natal.
58
Quadro 12 - Relação dos Pontos Críticos de Alagamentos e Inundações na Área Turística de Natal.
Codificação do
Bairro Logradouro
Ponto Crítico
Lagoa da Av. Praia de Genipabu 38
Rua Florença 39
Ponta Negra Lagoa do Alagamar 40
Rua Por do Sol 41
Rua Oswaldo F. do Rêgo 42
Parque das Dunas (Via Costeira) - -
Mãe Luíza Rua João XXIII 12
Areia Preta - -
Praia do Meio - -
Rua Café Filho 1
Santos Reis
Rua Bela Vista 2
Rua Beberibe 18
Redinha
Lagoa Jardim das Flores 19
Ribeira Ribeira (Generalizado) 5
Rua Areia Branca 3
Rua Caubi Barroca 3
Rocas Rua Pastor Climaco Bueno Asa 3
Rua Pereira Simões 3
Entorno da antiga SEMURB 4
Cidade Alta Canal do Passo da Pátria 13
59
Quadro 13 - Bacias e sub-bacias de drenagem da Área de Influência Direta do PDITS.
Bacia e sub-bacias de drenagem
Bairro
Bacia de drenagem Sub-bacia de drenagem Corpo receptor
XIX.2
XIX Lagoinha
XIX.5
XX.1
Ponta Negra XX.2
Oceano Atlântico
XX XX.3
(Praia de Ponta Negra)
XX.4
XX.5
XI XI.1 Parque das Dunas
Parque das Dunas (Via Costeira) Oceano Atlântico
XIII XIII
(Praias da Via Costeira)
VIII.4 Oceano Atlântico
Mãe Luíza VIII VIII.5 (Praias de Barreira d'água e
VIII.6 Areia Preta)
Oceano Atlântico
Areia Preta VIII VIII.4
(Praia de Areia Preta)
VII VII.2 Rio Potengi
Praia do Meio VIII.2 Oceano Atlântico
VIII
VIII.3 (Praia do Meio e dos Artistas)
VII VII.1 Rio Potengi
Santos Reis VIII.1 Oceano Atlântico
VIII
VIII.2 (Praia do Meio e do Forte)
I I.6 Rio Doce
V.1 Oceano Atlântico
V
Redinha V.2 (Praia da Redinha)
VI.2
VI Rio Potengi
VI.3
VII.2
Ribeira VII Rio Potengi
VII.3
VII.1
VII Rio Potengi
Rocas VII.2
Oceano Atlântico
VIII VIII.2
(Praia do Meio)
VII VII.3 Rio Potengi
Cidade Alta
IX IX.2 Riacho do Baldo
60
Ao analisar os impactos decorrentes da ausência de drenagem e manejo de águas pluviais
na Área de Influência do plano, destacam-se como áreas mais problemáticas os bairros de
Ponta Negra, Ribeira, Rocas, Santos Reis, Mãe Luíza, Cidade Alta e Redinha.
Mesmo ao considerar que o aumento da demanda turística não influenciará
significativamente nos problemas provocados pela ausência de drenagem urbana, a
ocorrências de transtornos desse tipo influenciam negativamente na impressão turística
sobre a região e consequentemente diminui essa demanda. A capacidade de suporte atual
na Área Turística não é satisfatória, sendo necessários investimentos em relação à
implantação de micro e macrossistemas de drenagem visando eliminar os pontos de
alagamentos registrados na área.
61
Atualmente os serviços de limpeza pública da cidade são executados da seguinte forma: a)
na Região Oeste e Sul pela empresa terceirizada Marquise e na Região Leste pela empresa
Líder – estas empresas fornecem a mão de obra e os equipamentos; b) na Região Norte, os
serviços realizados ficam a cargo da URBANA, com mão de obra pertencente ao quadro de
funcionários da URBANA e equipamentos locados à Empresa Trópicos e pequenos
transportadores. Os quadros abaixo detalham os bairros atendidos com coleta domiciliar
pelas empresas Marquise e Líder nos 02 roteiros (segundas, quartas e sextas- feiras; e
terças, quintas e sábados).
Diário
Praia de Ponta Negra – Pousadas (Via Costeira – Restaurante Guinza até a Av. Praia de Pirangi / Rua
Praia de Camurupim até Rua Francisco Gurgel)
62
Quadro 15 - Frequência de coleta domiciliar na Zona Leste.
LÍDER
COMPACTADORES / DLU – NATAL
Turno Trecho Frequência
Mãe Luiza – Via Costeira Diária
Repasse Mãe Luiza Domingo
Repasse Feira Domingo
Repasse Avenidas Principais Seg./Qua./Sex.
Repasse Conteineres Seg./Qua./Sex.
Tirol – Morro Branco Seg./Qua./Sex.
DIURNO
Para os serviços de varrição, a URBANA conta com um plano que estabelece as ruas a
serem varridas, os dias e frequência de varrição de acordo com as características
específicas das vias e das regiões. Em termos gerais, na Área de Influência Direta do
PDITS, as avenidas principais são varridas 02 vezes por semana em Ponta Negra e,
diariamente nos demais bairros.
Nas demais vias, as equipes que fazem os serviços de capinação, raspagem e pintura de
meio fio, executam conjuntamente a varrição nas áreas onde estão executando esses
serviços. Para esta atividade não existem roteiros pré-estabelecidos, sendo os mesmos
efetuados geralmente em regime de mutirão, seguindo solicitações da comunidade.
Em relação à limpeza de feiras existem equipes exclusivas para essa finalidade, sendo uma
para atender a zona Norte e outra para as demais zonas da cidade. Para limpeza de praias
são utilizadas equipes específicas. Na praia da Redinha o serviço é executado diretamente
por equipe de garis da URBANA, na praia de Ponta Negra o serviço é realizado pela
empresa Marquise e nas praias do Centro (Forte, Meio, Artistas, Areia Preta e Miami) pela
empresa Líder.
O destino final dos resíduos domiciliares e comerciais vai para o Aterro Sanitário
Metropolitano, que tem capacidade para atender a todos os municípios da Região
63
Metropolitana de Natal. O Aterro Sanitário compreende uma área de aproximadamente 90
há e encontra-se em operação desde 2004 sob responsabilidade da empresa BRASECO,
por meio de Contrato de Concessão. A área está localizada no município de Ceará Mirim, no
distrito de Massaranduba, a uma distância de 7 Km em relação a Sede Municipal e de 22
Km da capital do estado.
Figura 17 - Imagem aérea do Aterro Sanitário da Região Metropolitana de Natal/RN.
64
Mesmo com incremento turístico acentuado previsto para os próximos anos devido à Copa
do Mundo, mantendo-se a mesma situação explicitada anteriormente, o atual Aterro
Sanitário Metropolitano atenderá a demanda da geração de resíduos sólidos pela população
flutuante. Assim, pode-se considerar que atualmente existe uma boa capacidade de suporte
desses serviços e que estes tendem a atender as necessidades futuras da área de visitação
turística. O problema está mais relacionado com os aspectos da coleta regular de lixo e da
limpeza realizada nos produtos e atrativos turísticos, que não atende de maneira satisfatória,
causando uma imagem negativa da Área Turística, bem como a falta de lixeiras nos
espaços públicos.
As linhas de transporte público são classificadas quanto à sua forma como radiais,
perimetrais (ou diametrais) ou circulares.
As linhas radiais realizam a ligação de um bairro, subúrbio ou periferia com o centro da
cidade, sendo indicadas para atender grandes fluxos de passageiros com destino ao centro
da cidade. As linhas diametrais realizam a ligação entre dois bairros ou setores da cidade,
passando pelo centro da cidade (quando não passam, são classificados como perimetrais),
sendo indicadas para cidades de pequeno e médio porte por evitarem transferências e
pagamento de duas ou mais tarifas. Já as linhas circulares realizam a ligação entre dois ou
65
mais bairros e setores da cidade, sendo seu itinerário de ida não coincidente com o itinerário
de volta.
Verifica-se que o sistema de Natal é composto basicamente por linhas diametrais e radiais,
que prestam serviço convencional de ligação direta passando pelo centro, ou seja, exercem
as funções de captar os usuários na região de origem, transportá-los até o destino e
distribuí-los nas regiões de destino.
Quanto à dependência entre as linhas, as linhas radiais por vezes são utilizadas como etapa
de uma viagem entre bairros diametralmente opostos ao centro. Havendo essa necessidade
de viagem, os usuários dessas linhas deverão ter a sua disposição outras linhas para
complementação da viagem, excetuando-se as viagens com destino final no centro. Já as
linhas diametrais são utilizadas em viagens diretas, passando pelo centro ou fazendo
ligação entre bairros. São, portanto, linhas que dificilmente operam na condição de
dependência de outras linhas.
Quanto à renovação, temos que, linhas radiais têm como características a baixa renovação,
ou seja, há fluxo de passageiros apenas nos pontos terminais das linhas, locais em que se
observa a renovação. As linhas diametrais, pelo fato de passarem pelo Centro no percurso
de ligação entre duas regiões, têm uma boa renovação, pois atendem às necessidades de
usuários que desejam realizar deslocamentos nos sentidos bairro-centro, centro-bairro e
bairro-bairro.
As linhas de ônibus coletivos em Natal têm uma extensão média de 31,85 km, o que é
considerado alto para uma cidade deste porte. No geral, cerca de 63% das linhas possuem
extensão superior a média, o que configura um forte tendência de ligações perimetrais
(bairro-a-bairro).
A elevada extensão média das linhas produz, além das dificuldades operacionais, a
necessidade de uma frota elevada para manter em níveis aceitáveis a frequência e a
ocupação dos veículos, aspectos fundamentais para a determinação do padrão de serviço
oferecido ao usuário. Por outra parte, a baixa rotatividade de passageiros em algumas
linhas, longos deslocamentos em veículo, exclusividade de atendimento ao conjunto
habitacional de origem, tem como resultado um baixo IPK (índice de passageiros por km
rodado), o que pressiona para cima a tarifa quando esta é estipulada em temos reais.
Estudos realizados quando da elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Natal revelam
que o Percurso Médio Mensal (PMM) de cerca de 7.110,89 quilômetros por veículo. O
Banco Mundial estabelece um PMM de cerca 8.000 km/veículos mensais como sendo o
valor mínimo para utilização da frota. Qualquer valor abaixo revela uma subutilização dos
veículos e, consequentemente, elevação desnecessária de custos.
Considerando as características do sistema de transporte público por ônibus de Natal
apresentadas acima, verifica-se que existem alguns obstáculos que atravancam um melhor
desempenho do serviço.
Dentre os elementos dessa problemática destaca-se inicialmente a configuração das linhas
do serviço. O sistema apresenta uma estrutura de forte centralidade que utiliza os principais
eixos viários da cidade, cujas características também são radioconcêntricas. Corresponde a
um sistema troncalizado com grande parte das linhas dirigindo-se ao centro. É preciso
adequar o sistema de transporte às necessidades da demanda.
66
Sobre o desenho da rede é importante destacar que o fenômeno de autarquização da
cidade, caracterizado pela constituição de ilhas urbanas pouco relacionadas funcionalmente
com a dinâmica social e econômica da cidade, fez com que a população e as atividades se
dispersassem mais pela geografia urbana, o que, de certa forma, prejudicou a rede de
transporte público.
Em seu formato mais convencional, composto principalmente por linhas radiais, a rede de
transporte de massa aposta na concentração de desejos de viagem em grandes corredores
de transporte, com a dispersão ocorrida, para se ajustar às novas necessidades do
mercado, o transporte público coletivo terminou tornando sua rede irracional, com muitas
ligações de longa distância, ligações diretas entre os mais variados destinos (e origens) da
cidade, diversificação espacial desses deslocamentos e superposição de itinerários com
coincidência especialmente nos principais corredores de tráfego comuns ao transporte
coletivo e ao privado.
Esse quadro termina não só gerando problemas no trânsito em face da maior quantidade de
veículos na rua, como também elevando o custo do sistema em decorrência do aumento da
quilometragem percorrida. Frente a tal situação, é importante racionalizar a rede
aproveitando-se os benefícios gerados pela bilhetagem eletrônica e integrações, o que já
vem sendo feito em Natal.
Neste contexto, o Plano de Mobilidade Urbana de Natal propõe a substituição da rede atual
por uma nova rede, concebida em função dos deslocamentos desejados pela população
atual e potencial e considerando a real articulação do sistema com polos de
desenvolvimento da cidade, incluídos, aí, os turísticos. A efetivação do Plano depende
regulamentação do setor, mediante processo de licitação e contratualização das novas
linhas do sistema.
Verifica-se que o sistema de Natal é composto basicamente por linhas diametrais e radiais,
que prestam serviço convencional de ligação direta passando pelo centro, ou seja, exercem
as funções de captar os usuários na região de origem, transportá-los até o destino e
distribuí-los nas regiões de destino. Entretanto, parte da AT não é atendida satisfatoriamente
pelo serviço de transporte público, principalmente, na área do produto Via Costeira, o que
dificulta o deslocamento dos turistas aos demais produtos e atrativos. Os produtos do
Corredor Cultural e rio Potengi são atendidos de maneira razoável pelo sistema de
transportes, mas, existem reclamações quanto a sua qualidade.
67
trecho ferroviário ligando Mossoró a Natal. Nesse estudo, estavam previstas a recuperação
dos trechos Ceará-Mirim/Macau e do trecho urbano da linha 1 da CBTU, além da construção
de ligações ferroviárias entre Mossoró/Assú, Mossoró/Areia Branca, Assú/Afonso Bezerra,
Guamaré à linha Afonso Bezerra/Macau, Natal/São Gonçalo do Amarante e Jucurutu/Assú.
No total seriam recuperados 242,0 km e construídos 228,2 Km de linhas, revelando
necessidades bem acima das previstas no PNLT.
O transporte de passageiros sobre trilhos de Natal possui uma extensão de 56,2 km e é
composto apenas por duas linhas, O sistema possui 22 estações divididas em 04 municípios
e encontra-se, atualmente, limitado pela baixa capacidade de transporte, pela obsolescência
tecnológica da operação e ainda pela imagem degradada tanto do transporte em si como
das estações ferroviárias.
O transporte urbano de passageiro na Região Metropolitana de Natal é deficiente, tanto em
capacidade como nos trajetos oferecidos. Atualmente o sistema é gerido pela CBTU –
Companhia Brasileira de Trens Urbanos, criada pelo Governo Federal em 1984. A
Superintendência de Trens Urbanos de Natal foi criada em 1988 e seu sistema de transporte
de passageiros sobre trilhos atende a região metropolitana, incluindo os municípios de
Natal, Parnamirim, Extremoz e Ceará-Mirim.
Segundo dados da CBTU, o sistema transporta cerca de 8 mil passageiros por dia, por meio
de locomotivas a diesel, nos subsistemas denominados Linha Norte (Natal / Ceará-Mirim)
com extensão de 38,5 km e Linha Sul (Natal / Parnamirim) com 17,7 km. O mapa a seguir,
apresenta esquema ilustrativo das linhas:
68
Figura 19 - Sistema de Transporte sobre Trilhos da Região Metropolitana de Natal
Ao todo são realizadas 24 viagens diárias distribuídas da seguinte forma: 10 (dez) viagens
para a linha norte, atendendo a 12 estações; 14 viagens para a linha sul, atendendo à 10
estações. Dentro do município de Natal, são atendidos os bairros de Alecrim, Quintas,
Igapó, Santa Catarina, Soledade e Nova Natal.
A CBTU, como gestora da execução de ações e investimentos do Governo Federal em
sistemas de trens urbanos vem desenvolvendo o Projeto de Modernização do Sistema de
Trens Urbanos de Natal, cujo objetivo principal é torná-lo mais moderno, eficiente e seguro,
de modo a viabilizar sua inserção na rede de transportes e viabilizar seu equilíbrio
econômico.
69
O destaque do projeto está na substituição do atual material rodante por veículos leves
sobre trilhos (VLT’s). A proposta pretende a operação de 12 VLT’s, sendo 07 na linha norte,
04 na linha sul e 01 veículo de reserva. Cada VLT’s é composto por dois carros motores e
dois carros reboques, podendo transportar até 680 passageiros por composição, a uma
velocidade de cerca de 35 km/h.
O projeto prevê, ainda, a recuperação de 13 estações, construção de 03 novas estações no
trecho existente, a construção de um novo trecho de 3,5 km com 03 novas estações.
Segundo a CBTU, a efetivação do projeto contribuirá de forma significativa para o processo
de desenvolvimento da cidade proporcionando os seguintes principais resultados:
Melhoria da mobilidade nos corredores de transporte pela introdução do VLT, que
apresenta características superiores aos ônibus, no que se refere a rapidez, conforto
e segurança;
Recuperação e modernização da estrutura e dos serviços oferecidos;
Economia no consumo de combustível estimada em 50%;
Aproximação do trem a importantes polos atrativos de viagens;
Incremento da infraestrutura turística;
Redução do intervalo entre trens e do tempo de viagem dos usuários;
Redução do subsídio de transporte em até 69% por passageiro transportado;
Integração com o modo ônibus;
Redução dos congestionamentos;
Garantia de níveis aceitáveis de poluição atmosférica no conjunto dos
deslocamentos urbanos de passageiros.
Este projeto prevê, ainda, a revitalização da estação central da Ribeira, dentro do contexto
do Plano de Reabilitação do Bairro. A proposta consiste na construção de um complexo de
múltiplos usos associado á Estação Ferroviária, que contemple espaços voltados para
transporte, integração modal, comércio, serviços, cultura e lazer.
A efetivação deste projeto, além de importantes alterações na dinâmica da mobilidade
urbana de Natal, possui um caráter de incentivo à atividade turística na região do Centro
Histórico e Cultural, localizado nos bairros da Ribeira e Cidade Alta.
A falta de sistema ferroviário adequado, devido a inexistência de metrô ou de veículo leve
sobre trilhos, causa transtornos tanto para a população local, como para os turistas que
visitam Natal. Seria oportuna a realização de investimento no setor, uma vez que o atual
sistema não atende turisticamente.
3.3.6.3. Aeroportos
O principal fluxo de transporte aéreo do estado é o de passageiros, formado na sua maior
parte por turistas nacionais e estrangeiros. Atualmente conta-se com apenas um aeroporto
na Região Metropolitana de Natal, o Aeroporto Internacional Augusto Severo, localizado em
Parnamirim, a 10 km de Natal.
70
Figura 20 - Aeroporto Internacional Augusto Severo
O Aeroporto Internacional passou por uma grande reforma para ampliação e modernização
em 2001, mas sua capacidade instalada foi superada em 2006, quando recebeu 996 voos
internacionais e 8.383 domésticos, movimentando cerca de 1,4 milhões de passageiros,
operando a 121% de sua capacidade instalada.
Segundo dados do relatório estatístico de 2011, publicado pela Infraero em 2012, em 2011,
no Aeroporto Internacional Augusto Severo houve movimentação de 2.586.220 passageiros,
entre embarques e desembarques, 64% a mais que em 2007, conforme apresentado na
figura a seguir:
Gráfico 1 - Movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional Augusto Severo
2.586.220
2.415.833
1.894.113
1.578.165 1.643.369
71
A estimativa é de que cinco milhões de passageiros e 16 a 20 mil toneladas de carga serão
transportados em 2020. Esses fluxos deverão ser atendidos principalmente pelo Aeroporto
Internacional de São Gonçalo do Amarante que se encontra em construção.
O projeto do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante deverá ocupar uma área total – 15
milhões de m² – 1.500 hectares – 6 km de comprimento por 2,5km de largura e 1 km na
moldura do aeroporto para área de interesse industrial e comercial. Nasceu de uma
demanda reprimida do Comando da Aeronáutica Brasileira em 1993 que precisava reunir,
num mesmo lugar, um centro de treinamento e formação de piloto.
Natal seria a melhor base, devido à posição estratégica que apresentava, contudo, havia um
conflito entre a base militar e a área civil-comercial, onde se encontra o atual Aeroporto
Internacional Augusto Severo e o crescente fluxo de operações na última década com o
incremento dado pelas atividades turísticas. Para isso, foram realizados vários estudos até
escolher-se o município de São Gonçalo do Amarante. A figura a seguir apresenta maquete
eletrônica do empreendimento:
Figura 21 - Terminal de Passageiros do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante - Maquete
72
atrair empresas de serviços especializadas, e suas atividades deverão ser complementares
à instalação da ZPE de Macaíba.
Entretanto, para o Aeroporto Augusto Severo o Plano Nacional de Logística e Transportes
prevê uma ação de construção, sem prazo para ser realizada, o que mantém o gargalo
representado pela excedente demanda atual.
Desta maneira, após a inauguração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante a demanda
turística será bem atendida, a questão que preocupa é a malha aérea que serve aos
interessados em viajar a Natal, tanto pela dificuldade em encontrar voos diretos, como
também pela oscilação dos preços das passagens.
3.3.6.4 Portos
O porto de Natal foi aprovado pelo Decreto nº 15.277, de 14/01/22, e teve sua execução
iniciada no mesmo ano, pela empresa contratada C. H. Walker & CIA Ltda. As obras foram
interrompidas entre 1924 e 1927. Em 1932, a administração e exploração do porto
passaram a subordinar-se ao Departamento Nacional de Portos e Navegação quando, em
outubro daquele ano, o porto foi inaugurado e passou a funcionar.
Figura 22 - Terminal de Passageiros do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante – Maquete
Está localizado na zona urbana de Natal, na margem direita do Rio Potengi e a cerca de 3
km de sua foz. O acesso marítimo é feito por um canal com 3 km de extensão, com largura
de 100 metros nos trechos retilíneos e 120 metros nas curvas. O calado (parte do navio que
permanece sobre a água) mínimo é de 10 metros, tanto no canal quanto na bacia de
evolução.
O cais comercial, com 540 metros, possui três berços de atracação, sendo dois berços de
200 metros cada e um berço com 140 metros, denominados berço um, berço dois e berço
três, respectivamente. O calado natural no cais atinge uma profundidade de 11,50 metros
em toda a sua extensão. A cerca de 50 metros ao norte do cais comercial encontra-se um
píer para atracação de navio para transporte de combustível.
73
As instalações portuárias oferecem 02 armazéns com 02 galpões contíguos aos armazéns
totalizando 4.436 m². Em regime de arrendamento, existem mais dois (dois) armazéns: 01
(um) frigorífico, com aproximadamente 2.400 m² e capacidade estática de 2.000 toneladas,
e um segundo armazém destinado às cargas perecíveis, com cerca de 1.900 m² e
armazenamento à temperatura ambiente. Há 02 áreas retroportuárias, uma de 6.000 m²,
contígua ao cais, e outra de 7.500 m². O pátio para contêineres possui área de 15.000 m²,
totalmente pavimentada. A capacidade de armazenagem é de 20.000 toneladas e dispõe
ainda de 168 tomadas para contêineres frigoríficos.
Referindo-se ao turismo, o Porto de Natal recepciona anualmente em torno de 36 navios de
cruzeiro, totalizando uma movimentação de aproximadamente 14.000 passageiros/ano,
sendo que as perspectivas são de contínua e plena expansão em razão da vocação turística
da cidade e dos projetos para melhoria da infraestrutura do Porto. O fluxo de passageiros no
Porto de Natal ocorre durante o período de alta estação, compreendido entre os meses de
novembro e março, quando os navios de cruzeiro fazem escala no Porto de Natal com
destinos nacionais e internacionais.
Em regra geral, o Porto de Natal acompanha a realidade de diversos outros portos do país:
falta de infraestrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de turismo.
Segundo Palladino (2010), em Santos as taxas portuárias são 162% mais altas do que no
porto de Lisboa, 122% acima das de Washington e 70% mais caras do que em Veneza. Há
muito a ser revisto nos portos brasileiros para o pleno desenvolvimento do mercado de
turismo marítimo.
Hoje existem no Brasil 30 a 40 portos em funcionamento, mas somente 11 são dotados de
píeres para receber escalas de navios de cruzeiros, mesmo assim, com limitações. No Porto
de Natal, onde também não há terminal turístico e os navios atracam em um berço
destinado à movimentação de cargas, a adaptação de um galpão frigorífico desativado.
Nestes últimos anos, a imagem da cidade de Natal como um dos principais destinos
turísticos do nordeste vem aumentando consideravelmente, como pode ser visto pelo
sensível acréscimo no número de embarcações e turistas, o que obriga a construção de
instalações adequadas para recepção e atendimento dessas pessoas, prevendo espaços
para todos os órgãos federais e estaduais ligados às operações portuárias.
Diante disso, vem à necessidade de se construir um Terminal Marítimo de Passageiros,
para que o Porto de Natal possa atender, de maneira adequada, ao embarque e
desembarque de passageiros. Este terminal encontra-se em fase de construção, sob
fiscalização da CODERN, pela empresa Constremac. Este Terminal ocupará uma área total
de aproximadamente 5.060 m², onde atualmente se encontram o armazém n° 04, o antigo
frigorífico, os escritórios que são utilizados para aluguel, além da casa de geração de força
do Armazém Frigorífico.
Os serviços previstos na obra são: demolição do armazém n° 04; demolição dos escritórios
que são utilizados para aluguel e demolição da casa de geração de força do Armazém
Frigorífico; recuperação das instalações físicas do antigo frigorífico; prolongamento do berço
01 em 27 metros, passando a ter um comprimento total de 236 metros; recuperação
estrutural da viga do paramento do cais do berço 01; construção de retroárea equivalente ao
prolongamento do berço, totalizando 990 m²; construção de um dolfin de amarração,
74
distante 20 metros do berço 01, interligado por uma passarela; e a construção de prédio
com dois pavimentos e um mirante. As obras estão estimadas em R$ 51.015.936,26 e
encontram-se em fase de implantação.
Os quadros acima mostram que no município de Natal existem um total de 136.807 linhas
telefônicas, sendo 131.566 de particulares e 5.241 de linhas públicas. Em relação as
emissoras de rádio Natal possui 06 AM e 06 FM, 06 sinais de recepção de TV e 05 jornais
em circulação.
Diversos pontos comerciais disponibilizam internet grátis, principalmente, os equipamentos
turísticos. Uma expectativa para Natal é a liberação de internet 4G, quarta geração da
telefonia móvel, conforme estabelecido pela Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações). O serviço começou a operar nas seis cidades sedes da Copa das
Confederações, em 30 de abril passado. O serviço 4G suporta tarefas bem mais pesadas do
que o 3G, como baixar aplicativos e arquivos grandes. As operadoras Claro, Oi, Tim e Vivo
têm que implantar a tecnologia até 31 de dezembro deste ano, em mais seis cidades, que
compõem o grupo que sediará as competições da Copa do Mundo de 2014, no qual Natal
está incluída.
A crítica existente é que o acesso a internet não é grátis em todos os lugares,
principalmente nos equipamentos de hospedagens, que cobram taxa diária pelo uso.
Considerando que os turistas nacionais contam com a opção do serviço 3G ou modem, o
75
problema é minimizado, entretanto, para os turistas estrangeiros nem sempre existe esta
opção, e os mesmos ficam na depedência da oferta do serviço nos locais em que visitam.
76
segundo informações do Sistema de Atenção Básica da Saúde – SIAB- foram atendidas
170.647 pessoas de famílias cadastradas no Programa Estratégia Saúde da Família, sendo
desse montante 8.460 atendimentos fora da área de abrangência. Isso indica aquelas
pessoas que não residem, estão em trânsito pelos bairros e necessitaram de algum tipo de
procedimento.
No tocante a inferência de quantitativo de turistas, não é possível determinar, pois ainda não
há esse detalhamento estatístico nos relatórios elaborados pelo DATASUS, visto que
quando é realizada a consulta ou atendimento não é dada relevância a origem específica do
paciente. Segundo informações obtidas na Secretaria Municipal de Saúde há uma previsão
em médio prazo para implantação de um sistema no qual será possível identificar a
localidade do paciente.
Para atender tanto aos turistas, assim como aos habitantes da capital, foi verificado que
existem no total 423 unidades de saúde. Dessas, estão incluídas Unidades Básicas de
Saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAS 24h) Hospitais, Policlínicas, Unidades
Mistas de Saúde, Centro de Referência Infantil, Unidades Móveis de nível pré-hospitalar,
Clínicas Especializadas em Odontologia, Saúde Mental, Saúde do Idoso, Saúde do
Trabalhador, Unidade de Vigilância à Saúde e Serviços de residência terapêutica. Dentre os
hospitais, apenas os Hospital dos pescadores e a Maternidade Leide Morais pertencem à
rede pública, os demais são da rede privada.
Gráfico 2 -Gráfico dos Estabelecimentos de Saúde
Fonte: IBGE,2010
Quantitativamente percebe-se que há uma proporção muito maior das unidades hospitalares
particulares em detrimento das públicas, sejam essas municipais, federais ou estaduais,
como podemos obervar no gráfico abaixo:
77
Gráfico 3 - Relação das Unidades de Saúde do Município de Natal - RN
Fonte: IBGE,2010
No que se refere à capacidade de internação foi verificado que em todo município existem
31 Estabelecimentos de Saúde com internação, desse total, 14 são hospitais e/ou unidades
públicas. Dos 17 hospitais e/ou clínicas privadas, 12 oferecem atendimento em convênio
com o Sistema Único de Saúde – SUS.
A disponibilidade de leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde corresponde a
um total de 2.434. Para atendimento público estão disponíveis 1.217, nos hospitais federais
há 395, no estadual 753 leitos, na rede municipal 69 leitos. Concernente aos leitos para
unidades de saúde da rede privada há 1.617 leitos, e com convênio SUS 1088.
Para o atendimento ambulatorial existe no município um quantitativo de 301 unidades
ambulatoriais, desse total apenas 46 não dispõem de atendimento médico, as demais
executam as especialidades básicas, como pronto socorro em odontologia.
Estabelecimentos que atuam com as emergências totalizam 28, sendo distribuídos em
pediatria, obstetrícia, psiquiatria, clínica, cirurgia, traumato-ortopedia, neurocirurgia, cirurgia
buco-maxilofacial.
78
Gráfico 4 - Número de Estabelecimentos de Saúde - Emergências
79
Além dos hospitais públicos e privados mencionados, existem ainda clínicas particulares e
pronto-socorro de médio porte, com atendimento laboratorial. Para atendimento ao turista a
maioria das unidades está concentrada na zona leste, estando um pouco afastada do
cinturão hoteleiro de Ponta Negra até a Via Costeira.
Delegada Titular 01
Delegada Substituta 01
Escrivão 01
Chefe de Investigação 01
Agentes 12
Agentes bilíngues 03
Viaturas 03
Fonte: SESED DEATUR, 2013
80
O horário de funcionamento da DEATUR é de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h, não há
plantões. Sobre o quadro de funcionários da DEATUR verificou-se que há apenas 01
escrivão que responde tanto para esta delegacia como também para a Delegacia
Especializada em Proteção ao Meio Ambiente – DEPREMA.
Quanto aos agentes, dos 12 indicados, dois estão de licença prêmio. Dos 10 que estão na
ativa, foi informado que três falam fluentemente inglês, com experiências de intercâmbio no
Canadá e Austrália. Entre os sete restantes, atualmente quatro estudam inglês e
conseguem se comunicar, embora de forma ainda não fluente.
Sobre a disponibilidade de viaturas foi dito que há uma descaracterizada, sendo o veículo
um Ford Fiesta, existe também um buggy e uma caminhonete.
b) Guarda-Vidas
A Seção de Salvamento Aquático de Natal possui em torno de 65 militares que atuam
distribuídos em escalas de serviços. Ou seja, cerca de 25 guarda vidas operam diariamente
na região metropolitana de Natal. Desses, nem todos ficam na praia, pois existem aqueles
que agem no apoio (motoristas, almoxarifados, refeição). Na praia permanecem em volta de
15 por dia, apenas atendendo as praias de Ponta Negra, do Meio e Redinha. Nos finais de
semana ativa-se o atendimento no posto da praia de Búzios. No verão e feriados
prolongados aumenta-se o efetivo e mais postos são ativados.
c) Resgate e Salvamento
Para realização de resgate a instituição informou que possui duas ambulâncias para prestar
socorro nas ocorrências. Quanto a equipes de Salvamento a corporação possui a mesma
quantidade.
81
Dessa forma, todas as imagens capturas pelas câmeras são gravadas, o que permite
documentar as ações empreendidas pela Polícia, possibilitando análise e controle de
informações. Assim, o sistema de segurança pode atuar para a redução da criminalidade e
violência urbana, pois auxiliam nas investigações de crimes, identificação e prisão de
acusados de furtos e tráfico de drogas.
Além dessas medidas de segurança foi informado também, que 1/3 da frota de ônibus do
município conta com um mecanismo de emergência para acionar a polícia, sendo esses
monitorados pelo CIOSP.
Vale também acrescentar que estão sendo realizadas operações em conjunto com Polícia
Militar, Polícia Civil, Bombeiros, SAMU, Polícia Rodoviária, sob o título de Operação Verão –
Praia Segura que obteve um decréscimo de 16% no número de afogamento nas praias da
capital.
A PM e a PC tem realizado apreensões de drogas, armas e desbaratamento de quadrilhas.
Em 2012 a PM apreendeu duas toneladas de drogas, já a PC realizou 14 operações com
138 presos no total.
Tipos de Ocorrências
De acordo com as estatísticas do último trimestre, entre dezembro a fevereiro de 2013, os
números indicam que a maior parte das ocorrências que prevalece é de furtos e roubos.
Devido ao turista sentir-se seguro e acreditar estar protegido, acaba por relaxar demais e
comporta-se de maneira diferente daquela que faria se estivesse no seu espaço habitual, se
tornando uma vítima fácil para os malfeitores.
Foi informado que as situações de roubo ocorrem geralmente em lugares ermos, com pouca
iluminação, áreas como a Via Costeira localizada próxima a um bairro considerado perigoso,
82
Mãe Luiza, que por muitas vezes os turistas andam na praia sem se dar conta que estão
sendo observados, carregando objetos de valor como colares, relógios, celulares, câmeras e
dinheiro.
Gráfico 5 -Estatística das Ocorrências por Tipo e Período
O gráfico acima demonstra que o mês do trimestre da alta estação com maior índice de
ocorrência é o mês de janeiro, que atingiu o número de 90 no total, entre roubos, furtos e
outros crimes. Seguido do mês de dezembro que totalizou 66 e por último fevereiro que teve
60 registros.
Com relação ao período de fevereiro foi explicado que em Natal não há um carnaval que
atraia um volume maior de pessoas, logo o movimento e as ocorrências tendem a ser
menores do que nos outros meses, mesmo sendo ainda alta estação. Outro período citado
como de alta incidência é no segundo trimestre entre os meses de junho a agosto,
exatamente no período de alta estação, o que comprova que a medida que aumenta o fluxo
de turistas na cidade o número de ocorrências também cresce. Esses dados alertam para
um maior policiamento nas áreas de circulação do turista, principalmente as praias da
cidade.
83
3.4. CAPACIDADE INSTITUCIONAL MUNICIPAL
84
organizacionais desses órgãos são compostas por servidores do quadro geral do Estado,
com situação funcional de cessão ou redistribuição, e também por técnicos sem vínculo
empregatício, para o exercício de cargo comissionado. Ambos possuem pequena estrutura
funcional, entretanto, não foi realizado estudo sobre a necessidade do número de efetivos,
inclusive não existe regimento interno com definição das competências, o que dificulta
dimensionar o quantitativo de pessoal para o exercício das atividades.
A Secretaria de Estado do Turismo - SETUR é composta, parcialmente, pela equipe técnica
que pertencia à antiga Empresa de Promoções do Turismo do Rio Grande do Norte –
EMPROTURN, que foi a responsável pela promoção do turismo do Estado no período de
1971 a 1995, quando foi extinta. Com a extinção EMPROTURN foi criada a Subsecretaria
de Turismo, em 1995, vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo. Contudo,
diante da demanda do setor, em 1996, foi criada a Secretaria de Estado do Turismo –
SETUR, mas que apresenta dificuldades operacionais, na medida em que a burocracia
imposta pela legislação, aos órgãos da administração direta, engessa e trava as atividades.
Diante dessa situação, em 2007, foi criada a Empresa Potiguar de Turismo – EMPROTUR.
O quadro de pessoal da Secretaria de Turismo dispõe atualmente de 65 servidores
originários principalmente da extinta EMPROTURN, sendo 26 servidores ocupantes de
cargos comissionados (42%), sendo alguns destes cedidos de outros órgãos estaduais.
Entretanto, mesmo com essas mudanças no formato da sua estrutura administrativa,
percebe-se que há deficiências no órgão estadual de turismo e no de promoção,
necessitando de transformações institucionais para que a SETUR promova a gestão do
turismo estadual marcada pela qualidade e competência.
Partindo de uma visão macroestrutural pode-se apontar a ausência de um planejamento
estratégico, que é o instrumento que define os rumos da organização para o longo prazo.
Desta forma, a SETUR precisa melhorar sua estruturação para cumprir plenamente seu
papel de desenvolver o turismo, e tornar sólida esta atividade econômica no Rio Grande do
Norte. Na percepção da Consultoria isto ocorre devido à frequente troca de gestores na
Secretaria, que provoca a descontinuidade das ações, gerando dificuldades para as
lideranças colocarem em prática o processo de planejamento.
No que tange à equipe técnica para operacionalizar a política e os programas de turismo
para o Rio Grande do Norte, a SETUR, precisa definir uma estrutura técnica efetiva. Todos
os servidores públicos foram cedidos por outras repartições públicas, além de haver um
número significativo de cargos comissionados que exercem funções temporárias. Este
último fator dificulta a continuidade das ações na SETUR, já que, a cada nova gestão
política, tende-se a mudar os cargos comissionados, necessitando de novo tempo de
aprendizagem e adaptação das equipes às atividades. É válido ressaltar que até hoje nunca
foi realizado sequer um concurso público para atender aos quadros de técnicos efetivos na
Secretaria do Estado de Turismo.
Por estar prevista a possibilidade de terceirização na Administração Pública para atividades
não afins, a SETUR tem contratos de terceirização para locação dos veículos e
equipamento de fotocópia, bem como para a realização de atividades de capacitação e
treinamentos para os Municípios, através de processo licitatório, com o SENAC e SEBRAE,
ou através de convênios, via PRODETUR.
85
3.4.1.2. Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico - SETURDE
O órgão municipal de turismo de Natal tem personalidade jurídica como Entidade da
Administração Direta Municipal. A data de fundação foi 31 de dezembro de 1968 (publicação
em Diário Oficial em 04 de janeiro de 1969), através da Lei da Criação nº 1.789/68. A
referida Lei criou a Secretaria Municipal de Turismo e Certames, extinguiu o Departamento
de Turismo e Certames e deu outras providências. Após essa data o órgão passou por
diversas alterações, conforme reformas administrativas realizadas pelo poder público
municipal.
Em 2009, na última reforma administrativa realizada pela Prefeitura Municipal de Natal,
através da Lei Complementar nº108, de 24 de junho de 2009, que dispõe sobre a
Organização Administrativa da Estrutura de Órgãos da Prefeitura Municipal da Cidade do
Natal e dá outras providências, foi instituída a Secretaria Municipal de Turismo e
Desenvolvimento Econômico – SETURDE, dentro do âmbito das Secretarias Municipais de
Execução Programática. De acordo com o Art. 50, Inciso IV da Lei IV foi autorizada a
transformação da Secretaria Municipal de Comércio e Turismo – SECTUR, na Secretaria
Municipal Turismo e Desenvolvimento Econômico – SETURDE.
Conforme o Art. 32 da referida Lei compete à Secretaria Municipal de Turismo e
Desenvolvimento Econômico – SETURDE foram destacadas algumas competências do
órgão:
I – definir as diretrizes para o desenvolvimento econômico tendo como principal indutor
a atividade turística;
II – promover o turismo dando o suporte institucional para a integração social e
econômica com os demais setores da sociedade, estimulando a dinâmica e a
capacitação dos recursos voltados para a atividade;
III – planejar, organizar, executar as ações na área do turismo, de forma integrada com
as demais secretarias e instituições públicas e privadas;
IV – administrar tecnicamente a política municipal do turismo incorporando à mesma,
novos conceitos tecnológicos e científicos;
V – elaborar estudos e pesquisas sobre a demanda e oferta turística do Município, em
parceria com as demais esferas de governo, bem como as instituições que atuam e
representam o setor, mantendo um sistema de informações atualizado e funcional;
É importante registrar que no Anexo II da Lei Complementar da reforma administrativa a
Fundação Cultural Capitania das Artes – FUNCARTE é entidade pública da administração
indireta com vinculação a SETURDE.
A Estrutura Organizacional da SETURDE, conforme Organograma disponibilizado no site:
http://www.natal.rn.gov.br/seturde/paginas/ctd-849.html:
86
Figura 23 - Organograma da SETURDE
87
A divisão do trabalho de cada servidor é feita sem o apoio de nenhuma norma,
possibilitando a ocorrência de duplicidade de funções ou mesmo a não execução de
algumas atividades. A ausência dessa definição dificulta de forma intensa a gestão
administrativa do órgão, não permitindo que os servidores envolvidos tenham clara noção
das atividades sob sua responsabilidade, bem como a quem se reportar mediante
necessidade. Fato esse que compromete a execução eficaz das demandas internas e
prejudica o alcance dos objetivos da gestão municipal.
Por outro lado, quando se pensa no turismo e na importância dele para a economia do
município, imagina-se a existência de uma estrutura organizativa municipal para planejar e
gerir o turismo com base em indicadores de desempenho para o alcance das metas
estabelecidas. Porém, a realidade encontrada é bem distante da ideal. O órgão se ressente
de corpo técnico qualificado, preferencialmente composto por um quadro efetivo, com
espaço físico adequado com equipamentos que facilite o desenvolvimento de ações. Não há
uma estrutura compatível para dar as respostas que uma política de turismo requer, com
profissionais qualificados e capacitados para atuar no setor e com os avanços tecnológicos
atuais, notadamente no aspecto, informações a estrutura existente está defasada.
Percebem-se poucos profissionais com formação em turismo ou em áreas afins
desenvolvendo atividades de planejamento, e quando há, geralmente são cargos
comissionados.
Nota-se que a estruturação do órgão de turismo é pequena, possuindo um quadro com 26
funcionários efetivos e 19 cargos comissionados, sendo a área técnica dirigida,
majoritariamente por pessoas fora do quadro permanente, o que dificulta o desenvolvimento
de ações de longo prazo. Com formação específica de turismólogo apenas um profissional
que exerce cargo de confiança.
Os mecanismos de interação entre a gestão pública municipal e a sociedade civil surgiram
basicamente com a criação do Conselho Municipal de Turismo com o objetivo central de
apoiar a gestão do município, tendo atribuições normativas, consultivas, deliberativas e
fiscalizadoras. É certo que os conselhos não possuem funções conclusivas em processos
de decisão quanto aos assuntos que dizem respeito à administração pública, mas por outro
lado, são capazes, se bem geridos, de elevar os resultados das decisões políticas.
Todavia, mesmo considerando a relevância da participação da sociedade civil, raramente
esse mecanismo vem sendo utilizado com a intensidade e frequência que deveria.
Considerando essa situação, a atual administração com o PDITS poderá dar início a uma
ação transformadora para elevar a capacidade de governo para o cumprimento de metas
estratégicas que conduzirão à qualidade ideal do produto turístico, situação que interessa
tanto a todos os segmentos: setor público e privado, sociedade civil organizada, e, a
população residente e os turistas.
A gestão é um dos componentes mais importantes de qualquer sistema, visto que objetiva
gerir e administrar recursos, planejar e propor ações e melhorias para o pleno
desenvolvimento de certa atividade, de forma integrada com seus clientes internos e
externos. No caso do órgão municipal do turismo é preciso um estudo mais detalhado sobre
as necessidades de um corpo técnico, em conformidade com a definição das competências
88
do órgão para realizar com eficiência e eficácia as ações de planejar e gerir o turismo de
Natal.
Ainda numa perspectiva avaliativa o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores
do Turismo que é um instrumento que tem como objetivo identificar os níveis de
competitividade turística de cada município, na sua edição de 2010, apontou que o destino
Natal:
possui um órgão municipal – Secretaria de Turismo e de Desenvolvimento
Econômico - com atribuição, ainda que não exclusiva, de coordenar ou incentivar o
desenvolvimento do turismo e que dispõe de recurso próprio;
possui uma instância de governança – em formato de conselho municipal de turismo
– dedicada ao acompanhamento da atividade turística, mantendo uma representação
junto ao Conselho Estadual de Turismo – CONETUR;
recebeu, no ano anterior, investimentos diretos do governo estadual em projetos que
visam a competitividade do turismo e, além de atuar em cooperação com o Ministério
do Turismo em programas ou convênios, registrou também, no mesmo ano
investimentos diretos do governo federal no destino em projetos ligados ao turismo;
existência de ações ou projetos executados em parceria com a iniciativa privada ou
com entidades de classe representativas do setor ao longo do ano anterior.
(Ministério do Turismo, Estudo de Competitividade, 2010);
presença de um número pequeno de servidores concursados ativos dedicados às
atividades do setor, sendo a maior parte do quadro composta por cargos
comissionados, sem vínculo efetivo com o município;
no quesito de monitoramento do Estudo de Competitividade, que deveria ser
realizado pela SETURDE, consta que não são elaborados no destino relatórios de
conjuntura turística, e modelos para a análise das questões relacionadas ao
desenvolvimento turístico;
o destino não acompanha, de forma contínua, os objetivos da política de turismo e
não monitora os impactos sociais e culturais gerados pelo turismo, aspectos que,
uma vez melhorados, poderiam auxiliar o destino no incremento do índice de
competitividade.
89
O município de Natal, até então considerado Indutor de Turismo no Programa de
Regionalização do Turismo do MTur, é membro do Conselho Estadual do Turismo –
CONETUR desde 2009. No âmbito regional existe o Conselho de Turismo do Polo Costa
das Dunas, do qual o município também faz parte, entretanto, neste último mandato iniciado
em 2011, Natal por reiteradas ausências das reuniões ficou sem assento no Conselho,
podendo participar apenas como membro. Mesmo nessa condição Natal não se fez
presente até o término da gestão anterior, dezembro de 2012.
É importante esclarecer que integram o Conselho do Polo Costa das Dunas todos os
municípios do Polo, no entanto apenas 08 têm assento.
No contexto municipal, existe o Conselho Municipal de Turismo – CMTUR que foi criado
como órgão de colegiado através da Lei Complementar nº.108, de 24 de junho de 2009, que
dispõe sobre a Organização Administrativa da Estrutura de Órgãos da Prefeitura Municipal
da Cidade do Natal.
Conforme o Regimento Interno, aprovado em reunião por seus membros, o Conselho
Municipal de Turismo é órgão colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e fiscalizadora
vinculado diretamente à Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico –
SETURDE. Consta que o Conselho Municipal de Turismo é integrado por representantes do
Município de Natal e do Estado do Rio Grande do Norte e de instituições representativas
dos diversos setores que compõem o turismo local.
O objetivo do Conselho é assessorar o Secretário de Turismo e Desenvolvimento
Econômico na formulação da Política Municipal de Turismo, bem como acompanhar a
gestão do Fundo Municipal de Turismo – FUNATUR.
A composição do Conselho Municipal de Turismo é estabelecida no Regimento Interno, com
os Representantes das seguintes entidades envolvidas com a prestação turística no
Município de Natal.
O Conselho Municipal de Turismo de Natal têm diversas competências, entretanto, não tem
conseguido funcionar regularmente. Constata-se uma fragilidade de atuação do Conselho,
os membros não têm clareza dos papéis do setor público e privado e a gestão municipal não
prioriza o turismo no município, além de haver um desinteresse e desmotivação das
entidades empresariais e da sociedade civil em relação às instâncias de governança, ou
seja, falta empoderamento dos atores locais.
90
empregos e de divisas, além de promover a dinamização da economia e ser capaz de
envolver a população local no processo de desenvolvimento local.
Apesar dessa importância, é possível observar que a expansão da atividade turística se deu
mais em decorrência de programas e iniciativas externas, notadamente dos investimentos
do PRODETUR I e II, do que de uma atuação coordenada de âmbito municipal, que
refletisse claramente programas de governo.
Dentre as atuais demandas, não se percebe uma articulação das políticas setoriais com a
política de turismo. O maior exemplo de limitação que se tem para a implementação de
ações para o turismo na cidade, ou seja, para a estruturação de novos produtos turísticos,
bem como atualização, regeneração, renovação e modernização de diversos produtos
turísticos é a legislação urbanística e ambiental que cria barreiras para a implantação de
qualquer empreendimento turístico na zona costeira do município, quando o turismo que se
pratica na cidade é o de “Sol e Mar”. Tais obstáculos denotam a falta de diálogo entre os
setores e a inexistência de um projeto de governo para o turismo.
Por isso, é preciso que as ações do turismo sejam articuladas dentro de um projeto de
governo, onde o turismo ocupe o espaço, de acordo com a importância que a atividade tem
para a economia da cidade. Que se estabeleçam na esfera do planejamento governamental
estratégias, com objetivos claros e concisos, integrando-o efetivamente às demais políticas
públicas e compatíveis com os resultados que ele apresenta para a economia local.
91
podendo ser estrategicamente utilizado como mitigador para os problemas de desigualdade
social e falta de emprego, tão presentes no nosso contexto.
3.4.4. Legislação
Um dos desafios do Poder Público consiste em elaborar as legislações de sua competência,
ou seja, aquelas que interferem diretamente no interesse público municipal, bem como
cumpri-las, gerindo o território municipal bem como outras temáticas com o objetivo do bem
comum. Para isso, necessitam tanto de instrumentos de planejamento coerentes com o que
preconiza as legislações federais, bem como relativos à sua estrutura administrativa, de
modo a ser capaz de gerir tais instrumentos, fiscalizar a sua aplicação e permitir o uso
sustentável dos seus recursos naturais. Essa, talvez, seja a tarefa mais difícil, porém
possível.
92
Quadro 19 - Principais normas ambientais e urbanísticas
93
Entende-se que a legislação ambiental e urbanística orienta o processo de urbanização do
município, estabelecendo as condições adequadas para o uso e ocupação do solo
no município, devendo ser considerada como um instrumento normativo na condução do
desenvolvimento e implantação da atividade turística de forma sustentável. Assim, a referida
legislação pode contribuir para o planejamento e gestão da atividade, de forma a minimizar
os impactos negativos ao meio ambiente desde que, sejam considerados os aspectos
ambientais, econômicos e socais no procedimento de formulação das citadas normas,
visando a integração da conservação ambiental com o desenvolvimento da economia local,
através da atividade turística.
Não se pode esquecer que Natal com seu ambiente quase totalmente urbanizado, requer
atenção especial nos quesitos legais que versam sobre o urbano e o ambiental, devendo a
legislação passar periodicamente por revisão pela sociedade e provocação pelos gestores,
para harmonizar cada vez mais a atividade turística, o ambiente urbano e os ambientes
naturais dinâmicos, resolvendo questões como os passivos ambientais.
94
A Portaria nº 268, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011, dá nova redação aos Arts. 13 e 15 da
Portaria nº 177, de 13 de setembro de 2011, que estabelece o Sistema Nacional de Registro
de Hóspedes - SNRHos, regulamenta a adoção da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes
- FNRH e do Boletim de Ocupação Hoteleira - BOH.
No âmbito do Estado do Rio Grande do Norte existe a Lei nº 8.817, de 29 de março de 2006,
que disciplina as permissões administrativas para realização do serviço de buggy-turismo.
De acordo com a Lei o serviço de Buggy-Turismo, considerado de utilidade pública, é
explorado por conta e risco de seus prestadores, mediante remuneração dos usuários. O
serviço é autorizado através de ato de permissão formalizado e expedido pela Secretaria de
Estado do Turismo - SETUR, após procedimento licitatório específico. O serviço de que trata
esta Lei é prestado para satisfazer uma necessidade pública secundária, de natureza
turística, importante na realização de passeios de automóveis do tipo buggy, nas praias,
dunas, lagoas e sítios de valor histórico e cultural do Estado, observadas as normas de
segurança, proteção do meio ambiente e do patrimônio turístico e paisagístico do Estado
Variação do PIB de
Natal 4.68% 2.34% 1.91% 8.43%
95
Gráfico 6 - Crescimento do Produto Interno Bruto de Natal – 2005 a 2009
1
Dados do Emprego formal publicado pelo IPEA: texto para discussão 1580: Ocupação do setor de turismo no Brasil.
96
Tabela 5 - PIB por Setor
PIB Municipal - PIB Municipal -
PIB Municipal - serviços -
indústria - valor agropecuária - valor
Ano valor adicionado - preços
adicionado - preços adicionado - preços
básicos
básicos básicos
2005 556,369.56 2,934,032.35 15,902.00
2006 543,006.69 3,143,555.61 10,120.47
2007 569,194.54 3,271,868.45 7,450.34
2008 659,870.62 3,210,629.41 6,227.86
2009 681,744.97 3,620,938.89 7,359.90
97
Dada à contextualização acima especificada, fica clara a importância do setor para o
Estado. Para Natal talvez essa importância seja ainda mais forte. Tipicamente uma cidade
turística, Natal se apresenta com um potencial extraordinário para a atividade, quer seja ela
aplicada ao lazer como também às questões empresariais. Esses aspectos trazem para a
cidade características positivas, mas muitos aspectos negativos precisam ser corrigidos
para que Natal possa apresentar a qualidade do serviço como diferencial competitivo, frente
aos estados circunvizinhos que apresentam características semelhantes.
Os gargalos da atividade em Natal ainda estão muito ligados às questões infraestruturais e
de capacitação técnica para a execução das atividades que compõem o setor. A
informalidade e a baixa renda média dos trabalhadores desse setor dificultam e
problematizam o desempenho do setor.
98
Tabela 7 - Dados de ocupação e renda na atividade turística (2010).
Agências de viagens,
operadores turísticos e 1.336 3.138.322,89 2.348,68
serviços de reservas
Transporte aquaviário 121 194.011,90 1.597,73
Transporte aéreo 328 808.114,40 2.465,64
Alojamento 5.524 5.003.833,76 905,82
Restaurantes e outros
estabelecimentos de serviços 11.445 9.579.061,02 836,96
de alimentação e bebidas
Transporte rodoviário de
6.984 7.098.168,83 1.016,32
passageiros
Fonte: IBGE – Microdados Censo 2010
Agências de viagens,
operadores turísticos e 79000 1.336 3.138.322,89 2.348,68
serviços de reservas
Transporte aquaviário 50000 121 194.011,90 1.597,73
Transporte aéreo 51000 328 808.114,40 2.465,64
Alojamento 55000 5.524 5.003.833,76 905,82
Restaurantes e outros
estabelecimentos de serviços 56011 11.445 9.579.061,02 836,96
de alimentação e bebidas
Transporte rodoviário de
49030 6.984 7.098.168,83 1.016,32
passageiros
99
3.5.2. Análise Social
3.5.2.1. População
Observando a distribuição populacional de Natal por gênero, verifica-se que o percentual de
mulheres é maior que a de homens. Isso tem implicações quando se observa outros fatores
conjuntos, como por exemplo, a renda e outros fatores sociais.
É interessante ressaltar ainda que a variação populacional ao longo das décadas vem
caindo, isso é uma tendência natural dos países em desenvolvimento, como é o caso do
Brasil. Assim percebe-se que Natal segue a tendência nacional de inversão da pirâmide
etária, o que apresenta alguns pontos positivos, mas que, a longo prazo produz
consequências que podem provocar sérios problemas, sobretudo na força de trabalho.
A tabela supracitada dispõe sobre a divisão da população local por gênero, nela pode-se
perceber que há um número maior de pessoas do sexo feminino habitando na cidade,
contudo nota-se também que essa diferença é incipiente, tendo em vista que essa
prevalência corresponde a apenas 6% (seis por cento) da população total do município.
Pode-se perceber mais claramente tal divisão a partir da visualização do gráfico abaixo:
100
de urbanização. Do período recente apreende-se que a cidade teve um aumento
populacional pequeno, isso porque houve uma redução do fluxo migratório, ocorrendo um
aumento apenas pelo crescimento vegetativo2.
Tabela 11 - Evolução da População em Natal
Ano Total Variação
1980 416.898 -
1991 606.887 45,57%
2000 712.317 17,37%
2010 803.739 12,83%
Na tabela acima, identifica-se que a zona norte é a região que apresenta o maior
crescimento percentual, tal configuração acontece devido à concatenação de inúmeros
fatores socioeconômicos, dos quais se pode destacar o baixo nível de renda da população
oriunda de diversas regiões do estado atrelado ao menor custo de vida dessa área da
cidade.
Observações empíricas demonstram que de fato na ultima década ocorreu um demasiado
crescimento urbano fazendo com que surgissem vários problemas sociais e de prestação de
serviços básicos. Entretanto, observa-se também que o crescimento da renda produziu
efeitos positivos que de certa forma freou um pouco o efeito negativo do inchaço
populacional.
2
Entende-se como crescimento vegetativo a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade.
101
Tabela 13 - Tipo de domicílio por Região Administrativa em Natal - 2010
Vila ou
Região Casa Apartamento Outro
Condomínio
Norte 94,81 4,82 0,32 0,04
Sul 60,75 6,55 32,48 0,22
Leste 66,54 6,46 26,66 0,34
Oeste 87,84 9,09 2,66 0,41
Total 81,35 6,58 11,85 0,22
Ao analisar os dados relativos ao tipo de ocupação dos domicílios, fica claro que a zona
norte é a única região da cidade cujo tipo de ocupação em domicílios próprios é acima da
média da cidade e o número de residências alugadas está abaixo da média.
Tabela 14 - Tipo de ocupação dos domicílios por Região Administrativa em Natal – 2010
Região Próprio Alugado Cedido Outro
Norte 71,43 24,35 4,12 0,10
Sul 67,79 28,19 3,73 0,29
Leste 65,24 29,04 5,49 0,24
Oeste 65,09 29,22 5,41 0,28
Total 68,03 27,18 4,58 0,21
102
Tabela 16 - Informalidade
A tabela abaixo mostra a relação entre pessoas ocupadas e aquelas que atuam na
informalidade. Observando o número de pessoas ocupadas, percebe-se que o maior
percentual de informalidade está na atividade de transporte de passageiros. Não por acaso
que a renda no setor informal é proporcionalmente maior nessa atividade.
103
turismo. O hiato negativo observado na atividade de transportes aéreos representa a única
das atividades em que as mulheres têm uma renda maior que a dos homens.
Índice de
Atividade do turismo Pobres (%)
GINI
Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas 3.3 0.552
Transporte aquaviário 0.0 0.358
Transporte aéreo 0.0 0.552
Alojamento 0.4 0.379
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e
2.5 0.427
bebidas
Transporte rodoviário de passageiros 0.6 0.297
104
3.5.3. Caracterização Ambiental
O município de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, está localizado no litoral
oriental da costa potiguar, apresentando como coordenadas 5º 47’ 42’’ a sul e 35º 12’ 34’’ a
oeste.
Natal, que constitui 0,32% do território potiguar, é município polo da Região Metropolitana
de Natal, composta também pelos municípios de Parnamirim, Extremoz, São Gonçalo do
Amarante, Macaíba, Ceará Mirim, com os quais se delimita, e São José de Mipibu, Nísia
Floresta, Vera Cruz, Monte Alegre.
105
Figura 25 - Mapa da Região Metropolitana de Natal
Em uma área de 168,53 km², Natal abriga em seus atributos naturais, relevante diversidade
paisagística e ambiental, retratadas, sobretudo, na zona costeira, através de suas praias,
dunas e estuários, combinados com temperaturas elevadas e alta insolação ao longo do
ano.
Associados à disponibilidade de infraestrutura e oferta de serviços, os atributos naturais de
Natal podem ser considerados atrativos turísticos, que se inseridos em planos e programas
estratégicos que visam seu uso sustentável, poderão ter suas características naturais
preservadas, garantindo o bem estar da população.
106
a) Geologia
Geologicamente, Natal está assentada em rochas sedimentares do período cenozoico, de
idade mais recente (MEDEIROS et al, 2010). Dentre as deposições mais significativas são
de destaque os arenitos da Formação Barreiras, que remontam a deposições fluviais. Os
arenitos podem ter intercalações de siltitos e argilitos, e que variam de granulometria, desde
fina e média à conglomerática.
Ainda bastante recorrente no município, têm-se as paleodunas e as dunas móveis. Ambas
são constituídas por areias finas e médias de quartzo, com grãos bem selecionados e
arredondados, remontando a deposições eólicas. Diferenciam-se conforme o período de
deposição e diferença na textura e coloração, uma vez que as paleodunas são mais antigas,
formando um substrato para as dunas móveis, e possuem coloração amarelada. As dunas
móveis, por sua vez, são de idade mais recente, podem estar cobertas por vegetação e são
constituídas por areias mais esbranquiçadas (MEDEIROS et al, 2010).
Por fim, há de se destacar os depósitos praiais e os depósitos de planície, que bem
representam a estrutura geológica associada à influência marinha e fluvial. Os depósitos
praiais podem indicar duas litologias: aquela que é composta por areias finas, grossas e
conglomeráticas, e que estão associados às praias e dunas móveis, e a que compõe os
beach rocks, formados por arenitos com cimentação carbonática, localizados como cordões
em trechos do estirâncio da Praia de Areia Preta. Os depósitos de planícies, por sua vez,
estão localizados no estuário do Rio Potengi, e são constituídos por pelitos arenosos e
carbonáticos.
b) Geomorfologia
Quanto à geomorfologia do território natalense, pode-se afirmar que suas feições se
restringem a terrenos planos, suavemente ondulados, não ultrapassando 100 metros de
altitude. O relevo pode ser classificado segundo dois tipos principais de feições: tabuleiro e
planície costeira.
A planície costeira configura-se como a unidade geomorfológica localizada entre a linha de
costa e o tabuleiro costeiro, representada no município de Natal pelos campos de dunas
móveis e fixas, resultantes do transporte eólico de areias finas e médias, e pelas planícies
flúvio-marinhas, representadas pelo baixo curso do Rio Potengi.
Os tabuleiros costeiros, por sua vez, têm maior representatividade no município de Natal.
Podem estar recobertos por dunas, vegetação ou ocupação urbana, devido a sua topografia
que vai de plana a suavemente ondulada. Suas cotas variam entre 30 e 100 m, e quando
terminadas abruptamente na linha de costa formam as falésias (DANTAS; FERREIRA,
2010).
c) Pedologia e vegetação
Em relação à tipologia dos solos de Natal podem-se destacar cinco principais classificações:
as Areias Quartzosas Distróficas, correspondentes à Formação Barreiras, as Areias
Quartzosas Marinhas Distróficas, que remetem à pedologia das dunas; o Latossolo
Vermelho-Amarelo, também originário das rochas sedimentares da Formação Barreiras; o
Solo Aluvial, encontrado no vale do Rio Potengi, decorrente de deposições através de
107
enchentes; e os Solos de Mangue, resultantes da interação flúvio-marinha do ambiente
estuarino.
Quanto à vegetação, a formação característica do município de Natal é a Mata Atlântica,
presente também em toda a zona úmida do litoral leste do Rio Grande do Norte. A Mata
Atlântica se apresenta em Natal sob três principais formas: Floresta de Tabuleiro, Mangue e
Vegetação de Dunas e Restingas. A Floresta de Tabuleiro está localizada nos baixos platôs
dos Tabuleiros Costeiros, constantemente em intervenção pelo uso e ocupação humana. Já
a vegetação de Mangue, localizada no estuário do Rio Potengi, é resultante da interação
entre a água salobra e o constante movimento das marés, desempenhando importante
papel na estabilidade da linha de costa, e funcionando como abrigo para fauna e flora
características desse ambiente. Por fim, há a Vegetação de Dunas e Restingas, presentes
em todo o município, sobretudo próximo à linha de costa. A vegetação das dunas exerce
importante papel na sua fixação e na infiltração das águas pluviais, culminando com a
manutenção do lençol freático. As espécies mais comuns são o coqueiro, cajueiro, murici,
gameleira, araçá, dentre outras (NUNES, 2006). A vegetação de dunas tem grande
representatividade no Parque Estadual das Dunas de Natal Jornalista Luiz Maria Alves, que
por sua importância ecológica foi criado pelo Decreto Estadual nº 7237/1977 e
regulamentado como a primeira Unidade de Conservação Ambiental do estado do Rio
Grande do Norte. A vegetação de restinga, por sua vez, ocorre sob as dunas móveis ou
recentes, predominantemente na linha de costa. As restingas estão submetidas a
instabilidade e estresse hídrico, causados pelo transporte das dunas pelos ventos, por seu
elevado teor salino e sua alta permeabilidade, resultando em vegetação de pequeno porte
(NUNES, 2006).
d) Clima
O clima que abrange o município de Natal é o Tropical Litorâneo Úmido. A massa de ar que
influencia diretamente a sua configuração climática é a Massa Tropical Atlântica (mTa), que
por ser quente e úmida culmina em temperaturas médias de 26º, e na umidade relativa do ar
de 76%. A média de precipitação pluviométrica segundo a estação meteorológica de Natal
varia em torno de 1.500 mm/ano, com chuvas concentradas entre fevereiro e julho, e 2.700
horas de insolação por ano.
Tais características se devem, sobretudo, à localização geográfica do município de Natal,
que por estar localizado próximo ao Equador e na zona costeira, registra altos níveis de
umidade e temperaturas elevadas ao longo do ano.
e) Hidrografia
Em relação aos aspectos hidrográficos de Natal, pode-se afirmar que o município é
abrangido pelas bacias do Rio Doce, do Rio Pirangi e do Rio Potengi, importantes na
drenagem de Natal e municípios vizinhos.
É de destaque, a Bacia do Rio Potengi, que abrange em sua extensão vários municípios do
Rio Grande do Norte, correspondendo a 7,7% do território estadual, e compreendendo em
seu curso importantes afluentes como os rios Jundiaí, Guarapes, Guajiru e Jaguaribe.
Destaca-se a representatividade da Bacia do Rio Potengi no município de Natal, que forma
o maior estuário do estado quando deságua no Oceano Atlântico. A expressividade do
estuário do Rio Potengi se faz refletir na singularidade do ecossistema manguezal aí
108
existente, além de sua função social, na medida em que propicia atividades como pesca e
passeios turísticos.
Os aspectos fisiográficos do município de Natal agem de forma sistêmica e resultam em
belas paisagens e ecossistemas característicos. Por sua particularidade, são
adequadamente regulamentados em Áreas de Proteção Ambiental, visando perpetuar seus
benefícios em prol da qualidade de vida da população e direcionar seus usos como
possibilidades de desenvolver atividades turísticas, de forma adequada, planejada e
sustentável.
a) Praias
O município de Natal limita-se a leste com o Oceano Atlântico, e ao longo de toda a sua
linha de costa apresenta configuração geológica e geomorfológica associada ao ambiente
marinho. As praias, mais expressivas na formação litorânea de Natal sob as mais diversas
paisagens, e associadas ao clima tropical e às mais de 2.700 horas de insolação por ano, se
constituem como principal destino turístico daqueles que visitam o município. Por sua
representatividade, podem ser a seguir destacadas:
Praia do Forte
A Praia do Forte é assim denominada por estar aí localizado o Forte dos Reis Magos, marco
inicial que remonta à história da cidade de Natal (CAVALCANTI NETO, 2006). Suas águas
são caracterizadas por sua calmaria, adequadas para o banho e prática de windsurfe.
Registra-se ainda a presença de dunas isoladas e de arrecifes, dotando-a de relevância
natural, histórica e paisagística.
Figura 26 - Vista aérea da Praia do Forte, Natal/RN
109
Praia do Meio
Por estar localizada entre a Praia do Forte e a Praia dos Artistas, a Praia do Meio foi assim
denominada. Apesar de não ser propícia para banho devido às condições de correnteza da
maré e por existir formação de recifes, nas proximidades da Praia do Meio localizam-se
hotéis de médio porte, destacando-se a construção do Hotel Internacional dos Reis Magos,
inaugurado em 1965 e marco para o desenvolvimento hoteleiro e turístico do Rio Grande do
Norte, mas, que atualmente não mais se encontra em funcionamento.
Figura 27 - Praia do Meio, Natal/RN
110
Praia de Miami
Consta na literatura, Cavalcanti Neto (2006), que no início do século XX, havia ranchos de
pescadores na praia. Em meados da década de 70 foi construída uma bela residência, na
extremidade norte da praia. Posteriormente, o local passou a ser considerado um dos mais
cobiçados cartões postais da cidade de Natal.
Possui área adequada à prática de surf, devido as suas ondas propícias ao esporte, e areias
batidas e áreas cobertas parcialmente por pedras. Tem uma ponta com vegetação espessa
que guarnece altos coqueiros.
111
Praia da Redinha
A Praia da Redinha, primeira das praias do território de Natal no sentido norte-sul, é uma
das mais tradicionais do Estado do Rio Grande do Norte e é regularmente frequentada ao
longo do ano. Sua localização geográfica permite que nela seja visualizado o encontro do
Rio Potengi com o Oceano Atlântico. Possui extensa área apropriada para banho,
excetuando-se apenas as localidades de maior inclinação do terreno, próximas ao trapiche,
e as áreas de arrecifes.
Por ser uma praia densamente urbanizada, possui infraestrutura de oferta de serviços, como
restaurantes e bares, além de monumentos históricos e culturais, como a Igreja de Nossa
Senhora dos Navegantes, ou Igreja de Pedras e o Aquário Natal, que expõe diversas
espécies de animais marinhos.
Figura 30 - Praia da Redinha, Natal/RN
112
Além da presença das feições naturais que destacam sua paisagem, as praias da Via
Costeira são equipadas por estabelecimentos que garantem a seus visitantes o provimento
do total bem-estar.
A rede hoteleira de grande porte garante a hospedagem e lazer de turistas de escala
nacional e internacional. Dentre os principais hotéis destacam-se: Natal Mar Hotel, Barreira
Roxa Praia Hotel, Hotel Vila do Mar, Marsol Hotel, Jacumã Praia Hotel, Imirá Plaza Hotel,
Hotel Parque da Costeira, Ocean Palace, Hotel Porto do Mar, Pestana Natal Beach Resort e
Grand Hotel Serhs. Os hotéis são estruturados para oferecer hospedagem de alta categoria
(entre três e cinco estrelas), além de serem equipados por restaurares, bares e
infraestruturas de lazer, como casas de show e boates.
Ainda cabe salientar que na Via Costeira localiza-se o Praia Devassa e o Centro de
Convenções de Natal, estabelecimento no qual são realizados eventos culturais, artísticos,
de negócios, universitários e expositivos, e que conta com uma área total de quase 70.000
m².
Por fim, destaca-se a presença do Parque Estadual Dunas de Natal Jornalista Luiz Maria
Alves, instalado no mesmo contexto da criação da Via Costeira, que foi o de dotar a área de
infraestrutura, lazer e turismo, e ao mesmo tempo atentar para a conservação do
ecossistema dunar. O Parque das Dunas além de abrigar remanescentes da fauna e flora
do bioma Mata Atlântica e do ecossistema dunar, se constitui como agradável espaço de
convivência e lazer, voltados para a educação e preservação ambiental.
113
Ponta Negra, bairro onde se localiza a famosa praia de Natal, que recebe o mesmo nome,
ainda conta com uma extensa rede hoteleira, agências de viagem e passeios turísticos.
Fortificando seus atrativos, há ainda centros de artesanato e de cultura, que contam com
artefatos e programações que valorizam a cultura potiguar e nordestina.
b) Recifes
Os recifes presentes no município de Natal estão localizados na Praia dos Artistas, Praia do
Forte e Praia do Meio, proporcionam particularidade à paisagem costeira e exercem função
primordial no movimento das marés e na formação de ondas, amenizando sua força e
contribuindo para o equilíbrio do aporte de sedimentos das praias.
Figura 33 - Recifes na Praia dos Artistas, Natal/RN
Os recifes ocorrem sob duas diferentes classificações: os recifes de arenito, ou beach rocks,
que são formados por arenitos consolidados por cimentos carbonáticos oriundos do mar, e
os recifes de corais, que são resultantes da acumulação de corais e organismos de
composição carbonática na linha de costa.
c) Dunas
As dunas constituem-se como singular formação geológica e geomorfológica de idade
recente, que remonta a deposições de areias transportadas por ação eólica. Cobertas ou
não por vegetação são recorrentes em toda Natal, sobretudo na linha de costa, que em
conjunto com as praias e lagoas, resultam em um ecossistema singular e frágil.
A beleza das dunas de Natal se faz refletir nos cartões postais, como é o caso do Morro do
Careca (segundo a Lei n. 08/2007 ZPA 06 – FIGURA 48). Além disso, sua
representatividade e fragilidade ambiental fez com que fosse criado o Parque das Dunas de
Natal (segundo a Lei n. 08/2007 ZPA 10 – FIGURA 49), Unidade de Conservação instituída
pelo Estado (Decreto Estadual nº 7.237, de 22 de novembro de 1977) e reconhecida pelo
município como Zona de Proteção Ambiental, por ter como função proteger o ecossistema
dunar e preservar a vegetação remanescente de Mata Atlântica no município de Natal.
114
Figura 34 - Morro do Careca, Natal/RN Figura 35 - Parque das Dunas margeando a Via
Costeira, Natal/RN
d) Manguezais
Ambiente misto, característico da zona estuarina, resultante da interferência entre as
inundações das marés e de deposições continentais, o manguezal se constitui como
ecossistema formado por singularidades quanto à fauna e flora existentes e funções únicas
na manutenção do sistema de controle de erosão.
Por ser uma área alagadiça, susceptível às inundações das marés, o manguezal desenvolve
vegetação, organismos e solo próprios a este ambiente, sendo frágeis e vulneráveis a
qualquer tipo de intervenção.
No município de Natal os manguezais se desenvolvem no estuário do Rio Potengi, e
possuem bastante representatividade socioambiental, na medida em que exercem equilíbrio
ecológico na dinâmica flúvio-marinha e contribuem economicamente para o sustento das
comunidades ribeirinhas.
Dentre as principais espécies vegetais são de destaque o mangue-vermelho, mangue
branco, mangue ratinho, dentre outras, que na cadeia alimentar do manguezal, se
constituem como alimento para os animais que ali vivem, como caranguejos, goiamuns,
camarões, siris e aratus (NUNES, 2006).
Postas suas características físicas, os ecossistemas ocorrentes no território de Natal
constituem-se não somente paisagens potenciais ao uso turístico, mas se colocam como
essenciais no desenvolvimento econômico, no equilíbrio ecológico e na manutenção da
qualidade de vida da população natalense.
115
e) Estuário do Rio Potengi
O Estuário do Rio Potengi apresenta condições atuais que, segundo Cunha (2005), mostra
uma insignificante contribuição da drenagem continental, devido a grande parcela das águas
precipitadas na região ser infiltrada nas dunas vizinhas, restringindo o escoamento
superficial. Quanto aos cursos fluviais, notamos, tanto no rio Potengi como no rio Jundiaí,
um caráter intermitente com pequenas vazões durante o período chuvoso e quase nulo
durante a estiagem. O Rio Doce apresenta uma descarga permanente, porém, com taxas
muito baixas.
Como resposta, temos um estuário com influência tipicamente marinha, onde a ação das
marés penetra com vazões que variam de 5.000 até 20.000m³/s, contribuindo com volumes
d’água (prisma de maré) de até 32.910.000m³.
Portanto, com essa total predominância das águas oceânicas, temos, no Potengi, um
estuário do tipo homogêneo, com águas claras e cujas condições abrigadas se mostram
extremamente apropriadas à implantação de equipamentos náuticos.
Os estuários sempre foram fator determinante para o desenvolvimento urbano e econômico
promovendo o surgimento de cidades no seu entorno, a exemplo de 7 (sete) das 10 (dez)
maiores metrópoles do mundo, como Nova York, Tóquio Londres, Shangai, Buenos Aires,
Osaka e Los Angeles, sediadas nessas áreas. No Brasil, constatamos que a existência de
portos naturais, como estuários e baías, foram determinantes no aparecimento dos
primeiros núcleos populacionais, ou seja, a Baía de Todos os Santos e a Cidade de
Salvador; a Baía da Guanabara e a Cidade do Rio de Janeiro; a Baía de São Marcos e a
Cidade de São Luiz; o Estuário do rio Capibaribe e a cidades de Recife; entre outras.
A cidade do Natal, no Estado do Rio Grande do Norte (Brasil), se enquadra perfeitamente
nessa situação, cujas condições naturais do Estuário Potengi como um ancoradouro seguro
para embarcações, favoreceram a criação de um sítio populacional no final do século XVI.
116
Figura 36 - Morro do Careca – Ponta Negra, Natal/RN
3.5.3.2. Identificação e Avaliação dos Impactos ao Meio Ambiente Causados pela Atividade
Turística
Pela fragilidade ambiental que caracteriza os seus atributos naturais (praias, dunas, mata
atlântica, rios) o município de Natal, acumula problemas ambientais gerados pelo crescente
processo de urbanização que vem pressionando a região em razão da concentração
populacional na Região Metropolitana de Natal. Entre os diversos problemas identificados
117
que resultam em impactos sobre os recursos naturais, ressalta-se: ocupação irregular em
áreas de preservação permanente - APP (dunas, mata atlântica, margens de rios e lagoas);
inadequação no manejo de resíduos sólidos; a reduzida cobertura da rede de esgotos; os
riscos de contaminação dos mananciais de abastecimento de água; desordenada supressão
de vegetação, sem a devida gestão e recuperação de áreas degradadas; a instalação de
pequenos e grandes empreendimentos ocorre, por vezes, em áreas próximas de APPs,
interferindo na dinâmica natural dos ecossistemas e unidades geomorfológicas, associados
ao desconhecimento e descumprimento das diretrizes e normas da legislação ambiental e
urbanísticas existente no município.
Especificamente, os impactos ambientais decorrentes da atividade turística, em geral, estão
relacionados ao fortalecimento dos destinos turísticos, sejam pela melhoria de infraestrutura,
da gestão e do planejamento, por campanhas de comercialização mais eficientes ou por
oportunidades de geração de postos de trabalho. Destacam-se, como principais, os
impactos que resultem em intervenções diretas sobre o meio físico, a exemplo de obras de
infraestrutura, que geram tanto impactos negativos como positivos. Os impactos negativos
previstos são: geração de ruídos, produção má gerida de resíduos sólidos, surgimento de
processos erosivos, supressão vegetal, afugentação da fauna nos ambientes mais naturais,
problemas no tráfego quando há interferência em acessos, entre outros. Quanto aos
impactos positivos, espera-se a melhoria da qualidade ambiental nos destinos turísticos,
traduzidas na conservação de áreas ambientalmente frágeis (regulamentação das ZPAs e
respectivos Planos de Manejo), na identificação de áreas de risco, com maior controle sobre
os recursos naturais, aumento da gestão de resíduos, redução de riscos de acidentes nos
acessos aos destinos turísticos, entre outros (PDITS, pp.380 e 381, 2011).
Como forma de reduzir os impactos negativos que possam decorrer das ações voltadas
para a atividade turística, é necessária à implantação de medidas de acompanhamento e
monitoramento, as quais poderão ser adotadas tanto pelos planejadores e gestores, como
pelos empreendedores tais como: licenciamento ambiental junto aos órgãos ambientais
competentes para as ações de intervenção no meio físico; monitoramento ambiental, que
deve ocorrer durante a implementação das ações que resultem em obras de intervenção
(urbanização da orla e infraestrutura) devendo incluir à fiscalização contínua nas Zonas de
Proteção Ambiental e outras áreas potenciais para utilização pela atividade turística, para
prevenir o uso descontrolado e a degradação dos recursos naturais, principalmente em
áreas de preservação permanente, assim tratadas, pela legislação municipal, estadual e
federal.
118
No Estado, a gestão ambiental, vem seguindo e respeitando a legislação ambiental
brasileira, bem como definindo normas específicas de acordo com as diretrizes
estabelecidas na Política Estadual de Meio Ambiente sendo exercida pelo Instituto de
Defesa do Meio Ambiente do estado do Rio Grande do Norte – IDEMA – autarquia,
vinculada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH,
responsável pelo licenciamento ambiental de todas as atividades e empreendimentos,
inclusive os turísticos, em grande parte dos municípios do Estado. Ainda vinculado à
SEMARH, há o Instituto de Gestão das Águas – IGARN, responsável pela gestão dos
recursos hídricos do estado.
Natal conta, atualmente, além de uma boa base legal, composta por leis de decretos e
portarias, de uma estrutura administrativa e de participação social que mesmo sofrendo
descontinuidade administrativa inerente a mudança da gestão pública dispõe de um aparato
institucional mínimo, constituído de órgãos públicos e colegiados. Cabe, portanto, destacar,
portanto, as seguintes instâncias administrativas:
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – SEMURB, criada pela Lei
Complementar nº 20, de 02 de março de 1999 (Secretaria Especial de Meio
Ambiente e Urbanismo – SEMURB, vinculada à Secretaria da Administração,
Planejamento e Previdência – SEMAP).
De acordo com a Lei Complementar n. 082/2007 em seu Art. 93 estabelece que
“Art.93. O Sistema de Planejamento e Gestão Urbana do Município
compõe-se, nos termos do que dispõem as normas federais de
desenvolvimento urbano e a Lei Orgânica do Município do Natal, de órgãos
ou unidades administrativas de planejamento, política urbana e meio
ambiente, trânsito, transporte e mobilidade urbana, habitação de interesse
social e saneamento ambiental” (PMN. LC n.082/2007).
119
parâmetros ambientais, sociais e econômicos. Alguns autores destacam que o desejado
equilíbrio entre a atividade antrópica, o desenvolvimento e a proteção do meio ambiente,
exige uma divisão de responsabilidades equitativas e bem definidas relacionadas ao
consumo e ao comportamento frente aos recursos naturais. E, o alcance dessa postura
significa a integração de considerações ambientais na formulação e implementação das
políticas econômicas e setoriais, nas decisões das autoridades públicas, na operação e
desenvolvimento dos processos de produção e nos comportamentos e escolhas individuais.
Implica ainda, a existência de um diálogo real e colaboração entre parceiros.
O turismo, muitas vezes é apontado como uma das atividades econômicas responsável pela
degradação de diferentes ecossistemas naturais e urbanos. Entre os problemas decorrentes
da atividade turística merece destaque: a redução da balneabilidade das praias como
consequência do despejo dos esgotos sanitários diretamente no mar; problemas
relacionados a abastecimento de água e energia nas altas temporadas; e, a
descaracterização da orla marítima, como afirmam SantÁna e Zambonim (2002) [...]afetando
o ambiente e destruindo a beleza natural das praias, que são o atrativo principal do turismo
local”. Acrescentam os autores, que em função dessas características, proteger o cenário
natural dos impactos ambientais negativos decorrentes da atividade turística significa,
promover o desenvolvimento sustentável do turismo (SANTÁNA E ZAMBONIM, 2002, p.2).
Neste sentido, um dos instrumentos que tem sido exigidos e utilizados pelas empresas
privadas é a certificação ambiental equivalente ao “selo verde”, para os estabelecimentos e
prestadores de serviços na área do turismo, o que vem se tornando cada vez mais
importante e necessária (DIAS e TEIXEIRA).
Com a inclusão do contexto de sustentabilidade nas empresas e a obrigatoriedade de
cumprimento da legislação ambiental vigente, surgiu a serie de normas ISSO 14000, como
uma referência na busca da implementação de uma gestão ambiental efetiva nas empresas
privadas (MORAES, 2012, p.3). No entanto, a gestão ambiental segundo o autor, não deve
ser apenas” para evitar a inadimplência legal e restrições ou riscos ambientais, mas também
uma forma de adicionar valor a organização (MORAES, 2012, p.4). Segundo Moraes (2012)
são várias as razões que levam as empresas privadas a buscarem a certificação ambiental
como prática de gestão ambiental. Para ele, essas razões podem transcender os
procedimentos obrigatórios de atendimento a legislação ambiental, chegando até a fixar
políticas ambientais cujo objetivo seja a conscientização de todo pessoal da organização.
(MORAES, 2012, p. 5)
Diversos modelos de sistema de gestão ambiental envolvendo as empresas privadas foram,
ao longo das décadas, sendo estabelecidas e aperfeiçoadas, dentre as quais se tem como
principal referência, a NBR ISO 9001(Sistema de Gestão da Qualidade), a NBR ISO 14001
(Sistema de Gestão Ambiental e a NBR 14900), (Sistema de Gestão da Analise de Perigo e
Pontos Críticos de Controle) RBM, 2004, pág. 13.
Destaca o documento do Conselho da RBM (2004) que muitas iniciativas têm sido
desenvolvidas com o objetivo de promover o turismo, no Brasil, de forma sustentável, dentre
elas a construção de normas que estabeleçam os requisitos mínimos para o turismo aliados
aos mecanismos de certificação já destacado nesse documento (RBM, 2004, p.15).
Entretanto, apesar dos diversos avanços identificados na gestão pública na área do meio
ambiente, em Natal, não se identifica registro da emissão de certificação ambiental para
120
estabelecimentos e prestadores os serviços na área de turismo o que, certamente, deverá
ser uma das recomendações deste trabalho.
121
Quadro 20 - Principais normas municipais, estaduais e federais (ambiental e urbanística)
122
Os estudos realizados para a região de influência do Polo Costa das Dunas (PDITS, 2011)
concluíram que as formas de uso e ocupação do solo e o crescimento urbano acelerado nas
ultimas décadas vêm pressionando as áreas de relevância e fragilidade ambiental do
município exigindo, cada vez mais, a adoção dos princípios de conservação no âmbito de
todas as políticas e programas governamentais. Neste sentido, recomenda-se a observância
às normas de proteção e controle existentes e a regulamentação das Zonas de Proteção
Ambiental (ZPA), estabelecendo as condições e formas de uso e manejo das áreas de
relevância ambiental, histórica e paisagística que constituem o principal potencial turístico da
cidade. Dentre os instrumentos de gestão, destacamos:
a) Áreas protegidas, áreas de preservação e unidades de conservação de usos direto e
indireto.
A percepção mundial quanto à importância da conservação da biodiversidade evoluiu, ou
seja, antes se apresentava restrita à proteção de determinadas espécies símbolos,
passando a ser entendida de forma mais abrangente e, relacionada à necessidade de
conservação da biodiversidade, num contexto mais funcional, incluindo os ecossistemas,
suas funções e serviços ambientais além, da exploração econômica e do uso sustentável
dos mesmos, tendo como uma das estratégias mais importantes a conservação e a
proteção da biodiversidade dentro de uma dada área geográfica. Para isso, a instituição de
áreas protegidas tornou-se um dos principais mecanismos adotados, pelas instituições
responsáveis pela gestão ambiental, para a preservação e conservação dos recursos
ambientais.
No Brasil, esses espaços territoriais se constituem instrumentos preconizados pela Política
Nacional do Meio Ambiente, cujo objetivo fundamental é compatibilizar o desenvolvimento
socioeconômico com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico, buscando a sustentabilidade ambiental (CABRAL, 2002).
Sua criação pode ser considerada importante estratégia de controle do território já que
estabelece limites e dinâmicas de uso e ocupação específicos. Este controle e os critérios
de uso que normalmente a elas se aplicam são frequentemente atribuídos em razão da
valorização dos recursos naturais nelas existentes ou, ainda, pela necessidade de
resguardar biomas, ecossistemas e espécies raras ou ameaçadas de extinção (MEDEIROS,
2006).
A criação de áreas protegidas tornou-se uma das estratégias mais efetivas e recomendadas
na preservação e recuperação dos recursos naturais, representando uma das principais
barreiras contra a degradação ambiental, entretanto, a degradação pelo uso indevido tem,
progressivamente, avançado sobre essas áreas, exigindo a implementação de medidas
efetivas de gestão desses espaços que, até o início dos anos noventa, surgiam baseados
em diferentes iniciativas voltadas para a criação de tipologias distintas de espaços
protegidos e, como consequência, instituiu-se no país um sistema complexo e desarticulado
dessas áreas, cujo resultado foi uma precária gestão, com grande desperdício de recursos e
oportunidades. Era necessário, que fosse criado um sistema que possibilitasse corrigir
essas distorções, o que só se efetivou, com a aprovação da Lei do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza-SNUC (Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000).
123
E, em se tratando áreas urbanas, só a partir do Estatuto da Cidade (Lei nº10. 257, de 10 de
julho de 2001), com a obrigatoriedade da adoção do Plano Diretor, como instrumento básico
da política urbana, estabelecendo como diretriz “a proteção, preservação e recuperação do
meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico” (artigo 2º), tendo como instrumento o zoneamento ambiental (artigo 4º) é que
começou a se ter a preocupação com esses espaços (CESTARO, FERNADES e PEREIRA,
p.1392,2012).
Assim, a criação de áreas protegidas, onde se aplicam medidas restritivas para ordenar o
uso e a ocupação desses ambientes, se constitui hoje, a principal e mais eficiente medida
para conter a crescente exploração dos recursos ambientais e a contínua fragmentação das
formações naturais, que ameaçam a conservação da biodiversidade.
Em Natal, o Plano Diretor de 1994, considerando a totalidade do município Zona Urbana,
dividiu a cidade em três macrozonas: Zona de Adensamento Básico, Zona Adensável e
Zona de Proteção Ambiental. Em 2007, o Plano Diretor (Lei Complementar nº 082/2007)
manteve as Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) com a finalidade de “proteção, manutenção
e recuperação dos aspectos ambientais, ecológicos, paisagísticos, históricos, arqueológicos,
turísticos, culturais, arquitetônicos e científicos” (art. 17) do município cujos objetivos de
proteção se coadunam com o estabelecido no SNUC, as quais, embora não façam parte do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação, são consideradas como unidades de
proteção ambiental e envolvem a quase totalidade de espaços naturais com pouca
intervenção humana do município.
O Plano Diretor de 2007 (art.18) instituiu 10 (dez) Zonas de Proteção Ambiental (ZPA)
incluindo as áreas, nas quais as características do meio físico restringem o uso e a
ocupação, podendo estar subdividida em três subzonas: Preservação, conservação e uso
restrito cujas prescrições de uso e ocupação são estabelecidas na regulamentação
específica de cada ZPA (AZEVEDO, 2010, p.52).
124
Figura 38 - Macrozoneamento delimitação das Zonas de Proteção Ambiental - ZPA
O quadro abaixo resume a situação de cada uma das ZPAs com relação à regulamentação
e observando o que dispõe o art.19 da citada Lei, que estabelece, ainda no mesmo artigo,
“Não serão permitidas construções em áreas situadas nas Zonas de Proteção enquanto não
houver a devida regulamentação” (art.19,§3º).
125
Quadro 21 - Situação atual das ZPAs com relação ao cumprimento do Art.19, da Lei n º82/2007.
126
Tabela 19 - As Zonas de Proteção Ambiental - ZPAs, no território municipal.
Zonas de Área das ZPAs (ha) Área das ZPAs /
Proteção Superfície do Bairros envolvidos
Ambiental Absoluta % município (%)
Cidade Nova, Candelária e
ZPA 01 703,4 11,337 4,173
Pitimbu
Mãe Luíza, Tirol, Nova
Descoberta, Lagoa Nova,
ZPA 02 1.080,2 17,410 6,409
Capim Macio e Ponta
Negra
ZPA 03 151,1 2,436 0,896 Planalto e Pitimbú
ZPA0 4 649,5 10,470 3,854 Felipe Camarão, Guarapes e Planalto
ZPA 05 191,1 3,080 1,133 Ponta Negra
ZPA0 6 363,2 5,854 2,154 Ponta Negra
ZPA 07 107,0 1,725 0,635 Santos Reis
Potengi, Redinha, Salinas, Quintas, Nordeste,
ZPA 08 2.209,7 35,617 13,111
Bom Pastor, Felipe Camarão e Guarapes
ZPA 09 734,1 11,832 4,355 Lagoa Azul, Pajuçara e Redinha
ZPA 10 14,8 0,239 0,087 Mãe Luíza
Total 6.189,3 100 36,725
127
3.6. ANÁLISE DO MERCADO TURÍSTICO
Com base no que foi brevemente exposto, tem-se que o tipo predominante de turismo
praticado hoje em Natal é o turismo de sol e praia que acontece de forma intensa nas
praias da cidade e na Via Costeira. Tem o caráter massivo, tendo em Natal seu portão de
entrada e base desse turismo. Deve-se, entretanto, atentar para um maior controle e
fiscalização na utilização dos atrativos naturais (praias, dunas, etc.) para reduzir os impactos
ambientais e promover um sistema de gestão e uso sustentável.
A grande diversidade de atrativos naturais também favorece a prática de turismo de
aventura, através do surf, kite surf, wind surf, mergulho com cilindro e passeios de buggy. É
um segmento ainda não muito difundido, mas de potencial nacional.
Em se tratando do turismo náutico, percebe-se que Natal possui grande potencial para
desenvolvê-lo, notadamente no estuário do Rio Potengi, sendo necessário, pois, um estudo
e planejamento mais detalhado de identificação de estruturas adequadas, além de formas
de gestão e captação de visitantes. Este tem potencial para atrair até visitantes
internacionais, em função do elevado padrão de poder aquisitivo dos mesmos.
O turismo cultural é atualmente pouco aproveitado, estando o contato com o patrimônio-
histórico e as tradições locais restritas a city tours com passagens pelo Corredor Cultural e
paradas na Fortaleza dos Reis Magos e Centro de Turismo. Contudo, vê-se que a região
apresenta inúmeros elementos ligados à II Guerra Mundial, personalidades no ramo da
cultura de projeção internacional, gastronomia, artesanato, patrimônio-histórico material
capazes de assegurar um novo produto turístico à cidade: o cultural. Em sua maior parte,
128
terá alcance regional, podendo impulsionar turistas nacionais a partir de um produto cultural
distinto dos demais do país, como o Museu da Rampa.
Natal tem uma boa estrutura de equipamentos específicos (Centro de Convenções), hotéis,
restaurantes, e já recebe eventos de porte nacional. O turismo de eventos, para ser
dinamizado, entretanto, precisa de ações de captação mais agressivas, especialmente em
função da grande concorrência dos estados do Ceará e Pernambuco, que possuem Centros
de Convenções bem maiores do que o potiguar. O Centro de Convenções da capital, apesar
da recente reforma, apresenta problemas de acessibilidade, estacionamento e grande
dificuldade em ser ampliado por estar situado em área de proteção ambiental.
129
Figura 39 - Mapa de Segmentos Turísticos
130
3.6.1. Demanda Turística Atual
Para a análise dos dados sobre a demanda atual será considerada o fluxo turístico em
Natal, no período de 2006 a 2011, conforme as informações existentes na Secretaria de
Estado de Turismo e no Anuário Natal 2011/12.
Considerando a totalidade dos turistas nos dados registrados na Secretaria de Estado do
Turismo, os turistas que chegaram a Natal, neste período, eram predominantemente
residentes no Brasil. Observa-se um crescimento variável no fluxo total (21,96%), no período
de 2006 a 2011, entretanto, ao se analisar a demanda nacional e estrangeira os dados
mostram que existe uma variação: enquanto que o fluxo de turistas brasileiros cresceu
35,33%, os números mostram queda no fluxo estrangeiro de 54,09% no mesmo período,
conforme tabela abaixo.
Tabela 20 - Variação do Fluxo Turístico de Natal – 2006 a 2011
Fonte: SETUR-RN
Natal como a capital do estado do Rio Grande do Norte e por concentrar maior infraestrutura
turística, é considerada a entrada de turistas para o Estado, assim nota-se que a relação
entre o número total de turistas da cidade é bastante significativo ao se considerar o fluxo
total no Rio Grande do Norte, mantendo uma relação acima de 60%.
Fonte: SETUR-RN
131
Tabela 22 - Fluxo Turístico entre Natal e RN – 2006 a 2011
Discriminação 2006 2007 2008 2009 2010 2011
NATAL
Brasileiros 1.147.221 1.155.009 1.218.104 1.344.415 1.529.511 1.552.589
Estrangeiros 226.012 196.118 173.047 131.322 120.591 122.264
TOTAL 1.373.233 1.351.127 1.391.151 1.475.737 1.650.102 1.674.853
RN
Brasileiros 1.887.718 1.923.974 1.971.502 2.146.466 2.406.697 2.427.281
Estrangeiros 299.162 255.951 229.979 181.020 168.276 168.741
TOTAL 2.186.880 2.179.925 2.201.481 2.327.486 2.574.973 2.596.022
Fonte: SETUR/RN
Fonte: SETUR-RN
132
representatividade e a confiabilidade e possibilita inferências estatísticas para o universo de
turistas que entram e saem da cidade do Natal. Cada item será detalhado abaixo:
I. Características Socioeconômicas
A pesquisa de Demanda Turística de Natal indica o seguinte perfil socioeconômico do
turista: conforme o gênero há uma predominância do sexo masculino; as faixas etárias com
maior incidência é a de idade entre 26 e 50 anos, sendo a maioria casada. A área de
atuação profissional da maior parte dos turistas é profissional liberal e/ou funcionário
público, tendo a maioria nível superior de instrução. A faixa salarial predominante é acima
de cinco salários mínimos, conforme se pode verificar nas tabelas e gráficos abaixo:
i. Gênero
Tabela 23 - Gênero dos Turistas que visitam o Município de Natal
Tipo de turista
Sexo Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 629 568 61
Masculino
% 61,7 61,5 64,2
Nº. 390 356 34
Feminino
% 38,3 38,5 35,8
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 9,3
Fonte: SETUR – RN / Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
A maior parte dos turistas que participou da pesquisa era do sexo masculino (61,7%), sendo
que destes, 61,5% eram nacionais e 64,2% eram estrangeiros.
ii. Faixa Etária
Tabela 24 - Faixa Etária dos turistas que visitam Natal
Tipo de turista
Faixa etária Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 17 16 01
Até 17
% 1,7 1,7 1,1
Nº. 161 161 25
18 a 25
% 1,7 1,7 1,1
Nº. 367 331 36
26 a 35
% 36,0 35,8 37,9
Nº. 321 297 24
36 a 50
% 31,5 32,1 25,3
Nº. 99 91 08
51 a 65
% 9,7 9,8 8,4
Nº. 29 28 01
Acima de 65
% 2,8 3,0 1,1
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 9,3
A faixa etária predominante entre os turistas era de 26 a 35 anos (36%); faixa esta que
entre os turistas nacionais correspondeu a 35,8% e a 37,9% nos estrangeiros. A segunda
faixa etária mais predominante foi a de 36 a 50 anos (31,5%); que abarcou 32,1% e 25,3%
do total de turistas brasileiros e estrangeiros, respectivamente. O somatório das referidas
faixas etárias correspondeu a 77,5% do universo de turistas, valor maior do que o observado
na pesquisa de maio/junho de 2012 (70,3%).
133
iii. Estado Civil
Tabela 25 - Estado Civil dos turistas que visitam Natal
Tipo de turista
Estado civil Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 537 509 28
Casado
% 52,7 55,1 29,5
Nº. 18 16 02
Unido
% 1,8 1,7 2,1
Nº. 373 315 58
Solteiro
% 36,6 34,1 61,1
Nº. 46 40 06
Divorciado
% 4,5 4,3 6,3
Nº. 21 21 00
Separado
% 2,1 2,3 0,0
Nº. 24 23 01
Viúvo
% 2,4 2,5 1,1
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0% 90,7 9,3
Fonte: SETUR – RN / Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
Quanto ao estado civil dos turistas entrevistados, a maioria era de casados (52,7%) e, em
seguida, solteiros (36,6%). Considerando-se apenas o turista nacional, verificou-se que
55,1% destes eram casados; enquanto entre o turista internacional o percentual caiu para
29,5%. Dos que se disseram solteiros, 36,6% eram brasileiros e 61,1%, turistas
estrangeiros. É interessante observar que a pesquisa de maio/junho de 2012 apresentou um
número bastante elevado de turistas estrangeiros casados (52,1%), fato que mereceu
destaque, uma vez que no histórico de pesquisas de demanda o percentual de turistas
internacionais solteiros era predominantemente maior.
iv. Grau de Escolaridade
Tabela 26 - Grau de Escolaridade dos Turistas que visitam Natal
Tipo de turista
Nível de escolaridade Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 02 02 00
Sem instrução formal
% 0,2 0,2 0,0
Nº. 11 11 00
Fundamental I (1ª a 4ª)
% 1,1 1,2 0,0
Nº. 26 26 00
Fundamental II (5ª a 9ª)
% 2,6 2,8 0,0
Nº. 256 227 29
Médio (1° ao 3° técnico)
% 25,1 24,6 30,5
Nº. 131 117 14
Universitário
% 12,9 12,7 14,7
Nº. 441 396 45
Superior
% 43,3 42,9 47,4
Nº. 152 145 07
Pós-graduação
% 14,9 15,7 7,4
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0% 90,7 9,3
Fonte: SETUR – RN / Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
134
Em se tratando do nível de escolaridade, a maioria dos turistas entrevistados tinha nível
superior completo (43,3%), percentual que cai para 42,9% quando analisados apenas
nacionais e sobe para 47,4% em relação aos estrangeiros. Em maio/junho de 2012, 40,3%
dos entrevistados afirmaram possuir nível superior completo.
v. Ocupação Principal
Tabela 27 - Ocupação Principal dos Turistas que visitam Natal
Tipo de turista
Principal ocupação Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 117 102 15
Estudante
% 11,5 11,0 15,8
Nº. 105 102 03
Funcionário Público
% 10,3 11,0 3,2
Nº. 87 78 09
Profissional liberal
% 8,5 8,4 9,5
Nº. 83 72 11
Comerciante
% 8,1 7,8 11,6
Nº. 75 69 06
Professor
% 7,4 7,5 6,3
Nº. 62 61 01
Aposentado/pensionista
% 6,1 6,6 1,1
Nº. 40 30 10
Área da Saúde
% 3,9 3,2 10,5
Nº. 39 34 05
Comerciário
% 3,8 3,7 5,3
Nº. 33 31 02
Advogado (a)
% 3,2 3,4 2,1
Nº. 21 21 00
Industriário
% 2,1 2,3 0,0
Nº. 19 19 00
Dona de casa
% 1,9 2,1 0,0
Nº. 15 13 02
Empresário (a)
% 1,5 1,4 2,1
Nº. 14 12 02
Enfermeiro (a)
% 1,4 1,3 2,1
Nº. 14 14 00
Vendedor (a)
% 1,4 1,5 0,0
Nº. 12 09 03
Administrador (a)
% 1,2 1,0 3,2
Nº. 12 11 01
Contabilidade
% 1,2 1,2 1,1
Nº. 12 09 03
Industrial
% 1,2 1,0 3,2
Nº. 11 10 01
Analista de Sistemas
% 1,1 1,1 1,1
Nº. 09 07 02
Gerente
% 0,9 0,8 2,1
Nº. 09 09 00
Psicólogo (a)
% 0,9 1,0 0,0
Nº. 07 06 01
Arquiteto (a)
% 0,7 0,6 1,1
Nº. 07 05 02
Autônomo (a)
% 0,7 0,5 2,1
Nº. 07 06 01
Farmacêutico (a)
% 0,7 0,6 1,1
Nº. 06 06 00
Militar
% 0,6 0,6 0,0
Nº. 05 04 01
Auxiliar Administrativo (a)
% 0,5 0,4 1,1
Nº. 05 05 00
Biólogo (a)
% 0,5 0,5 0,0
Nº. 05 05 00
Executivo (a)
% 0,5 0,5 0,0
Nº. 05 05 00
Motorista
% 0,5 0,5 0,0
Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012
135
No que tange à ocupação principal desenvolvida pelos turistas nacionais, destacaram-se
os funcionários públicos (11%), os estudantes (11%) e os profissionais liberais (8,7%). Já
entre os internacionais, os estudantes (15,8%), os comerciantes (11,6%) e os profissionais
da área de saúde (10,5%).
Tabela 29 - Faixa Salarial dos Turistas Nacionais que visitam o município de Natal
Renda mensal individual (em SM) Nº. %
Até R$ 622,00 (Até 1 SM)
81 8,8
De R$ 622,01 a R$ 1.866,00 (+ 1 a 3 SM)
181 19,6
R$ 1.866,01 a R$ 3.110,00 (+ 3 a 5 SM)
186 20,1
De R$ 3.110,00 a R$ 4.976,00 (+ 5 a 8 SM)
104 11,3
De R$ 4.976,01 a R$ 9.330,00 (+ 8 a 15 SM)
265 28,7
Mais de R$ 9.330,00 (+ de 15 SM)
107 11,6
Total
924 100,0
Fonte: Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
Nota: É a renda total de todas as pessoas moradoras, somando-se todas as suas fontes de renda.
Quanto à renda mensal individual, 59,8% dos turistas nacionais responderam auferir renda
mensal de até 8 salários-mínimos, ou seja R$ 4.976,00. Esse percentual foi bem similar ao
registrado pelos mesmos turistas na pesquisa de maio/junho de 2012, que foi de 56,4%,
evidenciando um turista com baixo poder aquisitivo. Já a renda mensal individual da maior
parte dos turistas internacionais (84,3%) foi de até US$ 4.000,00. Esse valor é bem menor
do que o apresentado na pesquisa de maio/junho de 2012, quando a maioria dos turistas
internacionais afirmou ter renda acima de U$ 6.001,00. Em ambos os casos, nacionais e
estrangeiros, é possível que a quantidade de estudantes tenha influenciado na renda
registrada.
Analisando-se a renda mensal individual dos turistas nacionais considerando os principais
estados emissores, tem-se o seguinte resultado: São Paulo (R$ 4.318,86), Pernambuco (R$
4.964,49) e Ceará (R$ 5.004,43). No que tange aos principais países emissores de turistas
para Natal, a renda média individual registrada foi: Argentina (R$ 3.116,07), Alemanha (R$
9.801,15), Itália (R$ 5.806,55) e Portugal (R$ 7.244,00).
Dentre os turistas nacionais, os que apresentaram maior renda média individual foram os
alagoanos (R$ 7.739,74), seguidos de perto pelos turistas do Distrito Federal (R$ 7.279,06).
Considerando-se apenas os estrangeiros, os com a maior renda média individual foram os
136
canadenses (R$ 22.167,00), que também ficaram entre os de maior renda em maio/junho de
2012.
II – Procedência
i. Procedência Internacional
Tabela 30 - País de Procedência dos Turistas Estrangeiros
País Nº. %
Brasil 924 90,7
Argentina 15 1,5
Alemanha 13 1,3
Itália 12 1,2
Portugal 12 1,2
EUA 07 0,7
Espanha 05 0,5
Holanda 05 0,5
Inglaterra 05 0,5
Chile 03 0,3
Suíça 03 0,3
Canadá 02 0,2
França 02 0,2
Noruega 02 0,2
Trindad e Tobago 02 0,2
Angola 01 0,1
Austrália 01 0,1
Áustria 01 0,1
Dinamarca 01 0,1
Hungria 01 0,1
Reino Unido 01 0,1
Venezuela 01 0,1
TOTAL 1019 100,0
Fonte: SETUR – RN / Pesquisa de Demanda Turística - Julho/2012.
Os países que mais emitiram turistas estrangeiros para a capital potiguar em julho de
2012 foram Argentina (15,8%), Alemanha (13,7%) e, empatados em terceiro lugar, Itália e
Portugal (12,6%). Esse resultado difere um pouco do encontrado em maio/junho de 2012,
quando os italianos ficaram em primeiro lugar (16,0%), sendo seguidos por alemães e
portugueses, ambos com 12,8%, e, logo abaixo, argentinos (9,6%).
ii. Procedência Nacional
Tabela 31 - Estados de Procedência dos Turistas Nacionais
Estado Nº. %
São Paulo 145 15,7
Pernambuco 117 12,7
Ceará 109 11,8
Rio de Janeiro 101 10,9
Rio Grande do Norte 73 7,9
Distrito Federal 64 6,9
Paraíba 59 6,4
Bahia 53 5,7
Minas Gerais 51 5,5
Alagoas 27 2,9
Sergipe 18 1,9
Goiás 17 1,8
Santa Catarina 13 1,4
Amazonas 12 1,3
Pará 12 1,3
Paraná 10 1,1
137
(CONTINUAÇÃO) Tabela 31 - Estados de Procedência dos Turistas Nacionais
Estado Nº. %
Piauí 09 1,0
Rio Grande do Sul 08 0,9
Maranhão 06 0,6
Acre 06 0,6
Espírito Santo 05 0,5
Mato Grosso 03 0,3
Tocantins 03 0,3
Rondônia 02 0,2
Roraima 01 0,1
Total 924 100,0
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
Nota: Os valores são relativos apenas aos 924 turistas nacionais.
No que tange ao turismo nacional, os maiores estados emissores de turistas para Natal
foram São Paulo (16,7%), Pernambuco (12,7%) e Ceará (11,8%). O Rio de Janeiro ficou em
quarto lugar, tendo enviado 10,9% dos turistas entrevistados. Tais resultados ratificam os
encontrados na pesquisa de maio/junho de 2012, dada a constância dos estados emissores,
fazendo parte dos entrevistados, naquela oportunidade, 14,4% de turistas oriundos de São
Paulo, 13,7% provenientes de Pernambuco e outros 10,1% da Paraíba.
O principal meio de transporte utilizado pelos turistas que chegaram a Natal em julho de
2012 foi o avião (72,1%), percentual que ficou em 69,7% considerado-se apenas os turistas
nacionais e 95,8%, os estrangeiros. O automóvel ocupou a segunda posição, com 19,5%.
138
Esse meio de transporte foi utilizado apenas por turistas nacionais (21,5%). Em maio/junho
de 2012, o percentual dos que chegaram em voo regular foi menor (62,9%) do que o
registrado. O crescimento apresentado na pesquisa mais recente deve-se, especialmente,
aos estrangeiros que utilizaram, em massa, o voo regular. Na pesquisa passada, utilizaram-
se também de outros meios de transporte como o automóvel e o ônibus fretado.
b) Meios de Hospedagem
Tabela 33 - Meios de Hospedagens utilizados pelos Turistas
Tipo de turista
Meio de hospedagem Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 425 380 45
Hotel
% 41,7 41,1 47,4
Nº. 311 303 08
Casa de parentes/amigos
% 30,5 32,8 8,4
Nº. 164 145 19
Pousada
% 16,1 15,7 20,0
Nº. 29 26 03
Flat/Apart Hotel
% 2,8 2,8 3,2
Nº. 27 26 01
Casa própria
% 2,6 2,8 1,1
Nº. 20 07 13
Albergue
% 2,0 0,8 13,7
Nº. 16 12 04
NS/NR
% 1,6 1,3 4,2
Nº. 11 10 01
Casa/apto. aluguel
% 1,1 1,1 1,1
Nº. 04 03 01
Pensão/hospedaria
% 0,4 0,3 1,1
Nº. 02 02 00
Quartel
% 0,2 0,2 0,0
Nº. 02 02 00
Resort
% 0,2 0,2 0,0
Nº. 02 02 00
Trabalho
% 0,2 0,2 0,0
Nº. 02 02 00
UFRN
% 0,2 0,2 0,0
Nº. 01 01 00
Camping
% 0,1 0,1 0,0
Nº. 01 01 00
Hospital
% 0,1 0,1 0,0
Nº. 01 01 00
Igreja
% 0,1 0,1 0,0
Nº. 01 01 00
Voltou no mesmo dia
% 0,1 0,1 0,0
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 10,3
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
Em geral, o principal meio de hospedagem utilizado pelos turistas em Natal foi o hotel
(41,7%), sendo seguido pela casa de parentes/amigos (30,5%) e pousada (16,1%). Entre os
brasileiros, o meio de hospedagem predominante foi o hotel (41,1%), vindo em seguida a
casa de parentes/amigos (32,8%). Já entre os turistas estrangeiros: hotel (47,4%) e pousada
(20%). Destacou-se como outra opção de hospedagem entre os estrangeiros o albergue,
que foi o terceiro de maior destaque (13,7%). A renda dos turistas estrangeiros em
maio/junho de 2012 foi maior do que a renda registrada em julho, talvez influenciando o
percentual dos albergues – que possuem, em sua maioria, preços mais competitivos que os
139
hotéis e pousadas. Diferentemente da pesquisa de maio/junho de 2012, os turistas
brasileiros optaram, em sua maioria, pelo hotel em detrimento da casa de parentes/amigos.
c) Forma de Organização da Viagem
Tabela 34 - Forma de Organização de Viagens dos Turistas
Tipo de turista
Resposta Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 578 519 59
Não
% 56,7 56,2 62,1
Nº. 441 405 36
Sim
% 43,3 43,8 37,9
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 9,3
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
Quanto à forma de organização da viagem, 56,7% dos turistas afirmaram não ter utilizado
os serviços de agência de viagens. Esse número é maior entre os estrangeiros (62,1%) do
que brasileiros (56,2%). Esse é um dado bem diferente do encontrado na pesquisa de
maio/junho de 2012, quando 22,3% dos turistas estrangeiros e 69,8% dos brasileiros
disseram não terem utilizado os serviços de uma agência na organização da viagem. Dos
que foram auxiliados por uma agência de viagens (43,3%), os serviços mais buscados foram
o de emissão de bilhetes (43,4%) e a reserva da hospedagem (39,6%). 17,3% dos
estrangeiros ainda contrataram as agências para organizar roteiros de visita.
d) Marco da Motivação
Tabela 35 - Marco de Motivação dos Turistas
Tipo de turista
Motivo Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 584 504 80
Passeio
% 57,3 54,5 84,2
Nº. 182 177 05
Visita parente/amigo
% 17,9 19,2 5,3
Nº. 147 141 06
Negócio/Trabalho
% 14,4 15,3 6,3
Nº. 34 32 02
Outros
% 3,3 3,5 2,1
Nº. 22 22 00
Lua de mel
% 2,2 2,4 0,0
Nº. 19 19 00
Eventos/Congressos
% 1,9 2,1 0,0
Nº. 13 12 01
Intercâmbio/Estudo
% 1,3 1,3 1,1
Nº. 13 12 01
Saúde
% 1,3 1,3 1,1
Nº. 04 04 00
Religião
% 0,4 0,4 0,0
Nº. 01 01 00
NS/NR
% 0,1 0,1 0,0
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 9,3
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
140
O passeio foi o principal motivador da viagem (57,3%) dos turistas à Natal. Entre os
brasileiros, esse valor foi de 54,5%, enquanto entre os estrangeiros foi de 84,2%. Outros
motivos apontados como responsáveis pela viagem a Natal foram a visita a parente/amigo
(17,9%) e o negócio/trabalho (14,4%), especialmente pelos turistas brasileiros 19,2% e
15,3%, respectivamente, já que a grande massa de estrangeiros veio à passeio.
3.6.1.4. Tendências da Estrutura do Gasto Turístico
Os aspectos econômico-financeiros permitem estimar a receita do turismo e seu impacto
sobre a economia de Natal e do Rio Grande do Norte. Em média, os turistas internacionais
gastam mais do que os nacionais, em todos os anos. O tempo de permanência em Natal do
turista estrangeiro é superior a dos brasileiros, isso reafirma a importância de uma política
mais agressiva para atrair turistas de outros países, face aos resultados econômicos e
financeiros favoráveis.
a) Permanência Média do Turista em Natal
Tabela 36 - Permanência Média em dias em Natal
Dias de permanência na localidade
Tipo de turista
Média Mínimo Máximo Mediana
Nacional 07 00 180 05
Estrangeiro 14 05 90 10
Geral 08 00 180 10
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
141
A maior parte dos turistas entrevistados viajava com suas famílias (46,5%). 33,1%
viajavam sozinhos e outros 19,8% acompanhados de amigos. Entre os brasileiros,
destacaram-se os que viajavam com a família (48,5%) e sozinhos (33,4%); e entre os
estrangeiros, os acompanhados por amigos (41,1%) e sozinhos (29,5%). Na pesquisa de
maio/junho de 2012, verificou-se que 45,5% dos turistas viajavam com suas famílias. Nessa
pesquisa, os estrangeiros casados (47,9%) superaram os nacionais (45,2%).
Gasto Médio Total – GMT 2.182,68 1.080,53 1.928,98 954,94 4.407,66 2.182,01
Gasto Médio Individual – GMI 1.356,41 671,49 1.039,80 514,75 3.634,86 1.799,44
Gasto Médio Diário Individual - GMDI 225,62 111,69 201,74 99,87 309,74 153,34
142
3.6.1.5. Tendências de Valorização da Qualidade da Oferta Atual e Imagem Percebida
As tendências de valorização da qualidade da oferta atual e determinação da imagem
percebida da Área Turística são observadas através dos pontos positivos do destino, das
principais falhas na qualidade dos serviços, esperadas e percebidas, grau de fidelidade,
porcentagem de recomendações positivas ou negativas a potenciais visitantes etc.
Dos turistas entrevistados, 96,7% expressaram interesse em voltar a Natal, enquanto 98,6%
disseram que recomendariam a cidade como destino turístico a outras pessoas, resultados
que atestam a satisfação dos turistas com a localidade.
Tabela 40 - Recomenda o Destino Natal a outras Pessoas
Tipo de turista
Resposta Geral
Nacional Estrangeiro
Nº. 1005 911 94
Sim
% 98,6 98,6 98,9
Nº. 11 10 01
Não
% 1,1 1,1 1,1
Nº. 03 03 00
Não sabe
% 0,3 0,3 0,0
Nº. 1019 924 95
Total
% 100,0 90,7 9,3
Fonte: SETUR/RN – Pesquisa de Demanda Turística - Natal, Julho/2012.
143
Grande, João Pessoa e Fortaleza. Os resultados dessas campanhas foram bastante
satisfatórios, comprovadas através do crescente aumento no fluxo turístico regional.
Sempre em parceria com a EMPROTUR (Empresa de Promoção e Desenvolvimento do
Turismo do RN), a SETURDE participou durante os anos de 2009 e 2010 de eventos que
fazem parte do Calendário Turístico Nacional. Por falta de recursos nos anos de 2011 e
2012 a participação do órgão foi mais tímida, sendo percebida pela queda no fluxo turístico
para Natal.
Foram realizadas campanhas de promoção do destino em parceria com emissoras de
televisão, em minisséries e programas de lazer e aventura, permitindo uma maior
visibilidade do produto Natal no Brasil e em outros países. Dentre eles, na minissérie
Sansão e Dalila, da Rede Record de Televisão, e nos programas Por Aí, da GNT, Riquezas
do Ceará e do Nordeste e Mundo Afora, da Rede Record de Televisão. Parcerias também
com revistas especializadas e revistas de bordo, gerando capas, páginas de matérias e
fotografias do destino Natal, dentre elas, a revista de bordo da AVIANCA. Destaca-se ainda,
campanhas com outras companhias aéreas nacionais, tais como a AZUL Linhas Aéreas e
com a TAM.
Em relação à parceria com companhia aérea internacional, foi realizada a ação “Natal em
Lisboa”, juntamente com a TAP e com as principais operadoras de turismo de Portugal:
Terra Brasil, Mundo Vip, Abreu, Iberojet e Entremares. A ação teve como objetivo principal
aumentar a visibilidade do produto Natal no mercado português.
Figura 40 - Folder de divulgação do turismo em Natal.
Visando atrair o maior número de eventos para Natal, foi realizado em 2009, com resultados
muito satisfatórios, o Programa Natal Cidade Eventos, em parceria com as companhias
aéreas TAM, GOL e o Natal Convention Bureau. Em virtude desse programa, houve um
aumento significativo no número de eventos captados para Natal, nos anos seguintes.
Em 2009 foi produzido um filme de Natal como destino turístico, que ganhou uma premiação
no Festival Internacional Art & Tour, em Barcelos, Portugal, como melhor filme turístico de
destino (2010).
144
A SETURDE coordenou em Natal a Campanha “Um Gol pelos Direitos de Crianças e
Adolescentes”, em parceria com o Ministério do Turismo, Secretaria do Estado do Turismo,
Instituições de Ensino Superior do RN e INFRAERO. A mobilização foi feita no Aeroporto
Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, no dia 09 de dezembro de 2010. A
Campanha foi em nível nacional, com material do Ministério do Turismo, distribuído aos
turistas desembarcados em Natal.
A seguir, eventos que fazem parte do Calendário Turístico Nacional e Internacional, dos
quais a SETURDE participa desde 2009:
Quadro 23 - Eventos do Calendário Turístico
Evento Local Cidade/Estado
Expo Center Norte – Pavilhão
Workshop & Trade Show CVC São Paulo - SP
Branco / São Paulo – SP
Encontro Comercial BRAZTOA Frei Caneca São Paulo - SP
Centro de Fecomércio de Eventos /
Fórum PANROTAS São Paulo - SP
São Paulo - SP
AVIESTUR – Feira de Turismo do
Campos do Jordão São Paulo - SP
Estado de SP
BNTM – Brasil Nacional Tourism
Cidades do NE Nordeste
Mart
Salão Brasileiro do Turismo Parque Anhembi São Paulo – SP
AVIRRP - Associação das
Agências de Viagens de Ribeirão Centro de Convenções Taiwan Ribeirão Preto – SP
Preto e Região
Congresso da ABAV – Feira das
Riocentro Rio de Janeiro – RJ
Américas
Festival de Turismo de Gramado Gramado – RS Gramado – RS
Fortaleza - CE, João Pessoa - PB,
Workshop da ABIH Hotéis em cidades do NE Recife - PE, Campina Grande - PB,
Caruaru - PE e Maceió - AL
AVIESP – Associação. das
Agências de Viagens Centro de Convenções Águas de Lindoia – SP
Independentes do Interior de SP
WTM Londres Inglaterra
BTL Lisboa Portugal
Leisure – Feira de Turismo de
Moscou Rússia
Moscou
FITUR Madri Espanha
Semana de Natal em Lisboa Lisboa Portugal
145
Com o objetivo de divulgar os atrativos turísticos da cidade, a SETURDE disponibiliza um
Centro de Atendimento Turístico na Praia do Meio e dois Centros Móveis, que funciona em
sistema itinerante, entre Ponta Negra, Aeroporto e em locais de acesso ao turista. Esses
locais têm como objetivo distribuir folhetaria aos turistas, prestar informações turísticas e
conscientizar o turista/população sobre o combate à exploração sexual de crianças e
adolescentes. No entanto, o material de distribuição é insuficiente e precário, podendo ser
comprovado pela falta de mapas e de folhetaria oficial nos locais.
Observou-se também que não existe central telefônica específica de informações turísticas
através da qual os visitantes possam obter informações sobre atrativos, equipamentos e
serviços disponíveis no destino.
Nos últimos três anos, produziu-se material promocional institucional de qualidade,
disponível em idioma estrangeiro. Inclusive apresentando informações sobre a estrutura
completa da cidade (belezas naturais, gastronomia, artesanato, cultura, equipamentos
turísticos, de eventos, o Arena das Dunas, entre outras).
Vale destacar, que a divulgação internacional tem acontecido mais através das campanhas
que conta com a participação da equipe do Governo do Estado, através da
EMPROTUR/SETUR, uma vez que a presença da SETURDE tem sido tímida, nos últimos
três anos. Na Europa, os principais eventos que contam com a divulgação de Natal, têm
sido nos seguintes países: Alemanha, Escandinávia, Portugal, Noruega, Dinamarca,
Espanha, Finlândia, França, Itália, Holanda. O destino também tem sido divulgado em
eventos que ocorrem na América do Sul, mas, especificamente os realizados na Argentina e
Chile.
Natal como cidade-sede da Copa 2014, tem participado do programa Goal to Brasil,
preparado pelo Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) para divulgação internacional
das doze cidades-sede da Copa do Mundo 2014. A iniciativa tem parceria com o Ministério
do Turismo, Ministério do Esporte, Ministério das Relações Exteriores/Embaixadas
Brasileiras, governo dos estados (secretarias municipais e estaduais de Turismo e da Copa
das cidades-sede e FIFA). O Goal to Brasil tem acontecido em diversas cidades do mundo e
mostra a preparação do país para o mundial, sua diversidade e os principais atrativos
turísticos. Ao todo serão 14 apresentações, 12 de cada sede e duas feitas pelo próprio
Governo Federal. Até o mês de fevereiro de 2013 o programa já foi realizado no Chile,
Colômbia, Argentina, França, Portugal, Canadá, Espanha e Itália. Os próximos serão na
Alemanha, Inglaterra, Peru, Uruguai, México e Estados Unidos.
Coube a Natal a responsabilidade de organizar a apresentação que ocorreu na Itália, na
cidade de Milão, no mês de fevereiro de 2013, como cidade anfitriã do evento. Em cada
Goal to Brasil, um estado brasileiro possui maior destaque para mostrar com riqueza de
detalhes, seus atrativos turísticos. Em Milão o Rio Grande do Norte homenageou Luiz
Gonzaga na voz da cantora Camila Masiso, além de apresentar a gastronomia regional.
146
devido, principalmente, as peculiaridades do setor que além de serem decisivas no processo
estratégico de turismo são, em grande medida, suscetíveis às variações do sistema.
Neste contexto, constata-se um forte processo de competitividade existente dentro do setor
turístico, uma vez que os principais elementos da atividade, como atrativos, infraestrutura e
transportes, no presente, mesmo que tenham uma gestão adequada, que relacione a
impulsão do turismo a melhorias na qualidade de vida da população local, estão,
constantemente, submetidos à competição com outros destinos turísticos, que agora, além
de apresentarem as mesmas características “turísticas”, apresentam inúmeras facilidades
de acesso.
Nesse contexto, o número de produtos turísticos existentes e a oferta de novos produtos
turísticos é um importante fator para aumentar o seu número de visitantes e aumentar a taxa
de permanência de turistas na cidade.
Além de suas belas praias e dunas, Natal dispõe de um grande atrativo de interesse turístico
e diferencial – o passeio de buggy. No entanto, a cidade tem potencial para oferecer muitos
outros locais de entretenimento não apenas aos turistas, mas também a toda população.
As ações descritas no planejamento estratégico têm o intuito de criar novos produtos que
vão ajudar a abrir a exploração de novos nichos de mercado. A formatação de produtos não
depende apenas do poder público, mas sem dúvida, é dele o papel de indutor e de
coordenador da atividade turística.
Constam do Plano Estratégico para o Turismo de Natal sugestão de nichos de mercado com
potencial de exploração, dentre eles destacam-se: Turismo Náutico e Cultural.
a) Turismo Náutico
Natal é privilegiada por possuir duas vias de acesso ao turismo náutico: uma pela costa
marítima e outra pela costa fluvial do rio Potengi. Com a instalação de uma marina em Natal,
será possível ampliar a oferta de passeios pelo rio e será uma boa alternativa de direcionar
a cidade para o turismo náutico com uma nova área de lazer, tanto para os moradores,
como para os visitantes.
A partir do desenvolvimento desse segmento pode ser estimulada a realização de eventos
como regatas, mergulho e pesca oceânica, nichos que atraem um público bem específico e
de alto poder aquisitivo, segmentando a demanda, tanto por interesse, como por nível de
renda.
O segmento mergulho também encontra espaço para crescer, pois é grande a quantidade
de navios fundeados no entorno próximo à cidade, além da cor e transparência, a
temperatura água somam características relevantes que estão presentes nesse produto e
com condições muito favoráveis de competitividade.
A própria implantação da marina será um passo importante no intuito de fortalecer o turismo
náutico e será grande aliada na melhoria de eventos de vários segmentos.
147
b) Turismo Cultural
Natal é rica culturalmente. Existem muitas manifestações das diversas linguagens artísticas:
dança, artes plásticas, música, além do seu folclore, mas é preciso que essas
manifestações sejam fortalecidas, apoiadas, conhecidas e divulgadas.
A cidade, principalmente na região da Ribeira, possui uma destacada arquitetura própria e
diferenciada, além de ser o depositário de muitos equipamentos destinados a variadas
linguagens artísticas. Potencial não falta.
Estruturando-se um circuito cultural que apresente ao público essas pérolas escondidas e
ausentes do dia-a-dia do próprio natalense, o turista poderá conhecer mais da arte
produzida em Natal. O apelo cultural agrada a qualquer turista, seja ele brasileiro ou
estrangeiro. O modo de vida e os saberes e fazeres das pessoas, do Rio Grande do Norte e
de Natal, precisam ser reverenciados, explicitados e difundidos, sobretudo porque Natal é a
terra mãe do grande folclorista Câmara Cascudo, estudioso que mais escreveu sobre os
saberes e fazeres do Rio Grande do Norte e do povo brasileiro.
A criação de rotas de interesse cultural, como a Rota dos Ateliers de Artes Plásticas, abrirá
espaço para que não só os turistas, mas também os moradores possam se aproximar mais
da cultura local, inclusive como consumidores de arte.
A rota cultural que integraria a sociedade e o turista é a Rota dos Mercados Populares, que
hoje são pouco frequentados pelos visitantes. Grande parte dos próprios natalenses não
tem o hábito de viver os mercados. Uma programação cultural de lazer poderia levar os
moradores a incluir a visitação aos mercados e feiras nos seus momentos de distração com
a família e amigos e, assim, preparar o ambiente de recepção para o visitante.
Complementando os projetos culturais, a Rota dos Monumentos, com iluminação de
destaque em monumentos e estátuas, colocaria em maior exposição as riquezas culturais
de Natal, ressaltando as belezas dos monumentos históricos que hoje podem passar
despercebidos pelos natalenses e pelos turistas.
A inclusão dessas Rotas nos city tours existentes e a criação dos passeios noturnos serão
fundamentais, tanto para a ampliação da visitação turística, como para que os próprios
natalenses valorizem suas raízes históricas e culturais.
148
3.6.2.1. Estimativa Quantitativa Aproximada e Caracterização do Perfil Qualitativo
Para elaborar uma estimativa quantitativa dos turistas é importante perceber a dinâmica
recente, os grandes eventos que serão realizados na cidade e no Brasil nos próximos anos.
Dessa forma, é importante ressaltar aspectos positivos e negativos que influenciam na
escolha do destino.
Dentre os vários fatores positivos já apresentados na caracterização da região, ressalta-se a
copa do mundo de futebol como sendo um evento de grande importância para a atividade
turística. Esse evento colocará Natal mais uma vez na vitrine do mundo, mostrando todos os
potenciais e todas as belezas naturais e toda a infraestrutura básica para a prática do
turismo. Uma estimativa da SECOPA, publicada inclusive no site oficial do Governo Federal,
é que em 2010 o número de turistas em Natal atingiu a marca de 2 milhões de pessoas e
estima-se que em função da copa, no ano de 2014 esse número atinja 3 milhões.
Entretanto, também existem fatores negativos a serem observados. O que se apresenta
com maior potencial de influência é a questão cambial. Nos últimos anos a variação do
câmbio tem sido bastante significativa, ora o real encontra-se mais valorizado em relação ao
dólar, o que produz fuga de turistas para outros lugares do mundo, ora há uma
desvalorização da moeda nacional que impulsiona a atividade turística tanto interna, pois o
brasileiro que deseja viajar o fará dentro do país, como externa, pois com o câmbio
apreciado fica mais barato para os turistas de outros países visitarem o Brasil. Sendo Natal
um destino já consolidado para pratica do turismo o caminho fica mais curto.
As informações que serão tratadas a partir de agora se referem aos dados constantes nas
tabelas do item 7.1.
A variação média do número de pessoas que visitam Natal é de 4,15% entre os anos de
2006 e 2011. Alguns aspectos importantes são necessários serem destacados.
Primeiramente ressalta-se que o período é marcado por uma crise econômica global, e que
por isso o número de turistas internacionais caiu sensivelmente e o fluxo de pessoas que
visitaram Natal no período é alavancado principalmente por turistas brasileiros.
Projetando um cenário futuro, estima-se que com a melhoria da infraestrutura da cidade,
com o advento da Copa do Mundo e admitindo um câmbio ligeiramente apreciado, ou seja,
o dólar mais valorizado em relação ao real, para que haja um efeito mais potencializado de
atração de turistas, a tendência é que o número de turistas que vem a Natal tenha um
crescimento de 45% em relação ao número observado em 2010.
O perfil qualitativo seria bastante variado, tendo em vista que dada as muitas possibilidades,
haverá uma ampla diversidade, tanto em termos financeiros, quanto na busca pelas
atrações. Estima-se que haja um ligeiro aumento dos turistas com maior poder aquisitivo
num primeiro momento, mas que haja posteriormente um equilíbrio qualitativo.
Contudo, para que se alcance um percentual de turistas com maior poder aquisitivo se faz
necessário um trabalho de captação e divulgação turística em mercados emissores em
potencial, bem como, que seja realizada uma avaliação dos resultados das campanhas
turísticas, ou seja, que seja feito um monitoramento e avaliação do trabalho do setor de
marketing, comparado com os dados das pesquisas de demanda turística, para verificar o
crescimento do fluxo e o perfil do turista.
149
3.6.2.2. Identificação de Elementos Críticos que Influem no Processo de Tomada de
Decisões de Compra da Viagem
A cidade de Natal apresenta como tendência os mesmos problemas listados pela média dos
turistas brasileiros pesquisado pelo Ministério do Turismo. O Anuário Estatístico do Turismo
(MTUR, 2009) apresenta que os principais problemas apontados pelo turista que visita as
cidades brasileiras e que estão presentes em Natal são a infraestrutura local, má qualidade
do atendimento, transporte público local e segurança.
Embora a expectativa de retorno do turista e o percentual de recomendação do lugar sejam
altos, a tomada de decisão quanto ao destino da viagem levará em conta esses aspectos,
ora listados. Entretanto, como observado no item anterior, percebe-se que além da
infraestrutura, questões cambiais podem afetar as estimativas do número de turistas que
venham para Natal nos próximos anos.
Outro fator que tem influenciado de maneira negativa o processo de escolha de Natal como
destino turístico é o crescimento da criminalidade no município.
Além disso, tem crescido também a propaganda negativa nas redes sociais. Nos últimos
anos a cidade sofreu com sérios problemas nos serviços básicos e na infraestrutura que
influenciou na indicação de Natal como destino a ser visitado.
Fatores como estes podem prejudicar a demanda pelos produtos e serviços turísticos de
Natal e atuar negativamente numa decisão de compra da viagem. Políticas públicas
voltadas para esse tipo de ações são necessárias para que não haja prejuízo da atividade e
o impacto negativo na economia local.
150
3.6.2.4. Hábitos de Informação e Compra
O conhecimento mínimo do hábito dos turistas pode produzir efeitos muito positivos num
processo de desenvolvimento de políticas públicas e em ações a serem desenvolvidas na
promoção do turismo local. A pesquisa de hábito do MTUR (2009), assim como dados do
Anuário Estatístico do mesmo Ministério e informações obtidas pelas pesquisas de demanda
turísticas da SETUR/RN apontam para um perfil bastante semelhante dos turistas
potenciais.
O primeiro aspecto é que as três fontes de informação sobre o destino turístico são os
próprios parentes e amigos, a internet e as agências de viagem. Essas três juntas
correspondem à principal fonte de informação para mais de 80% dos turistas entrevistados.
Além disso, 70% dos entrevistados também respondem que habitualmente viajam com
cônjuges, filhos e outros parentes, e que as viagens ocorrem no período de férias.
Foi constatado também que o cliente potencial da cidade de Natal planeja sua viagem com
antecedência (70%) e que o faz pelo menos com 90 dias de antecedência (20%). Além
disso, no quesito pagamento das viagens, os turistas potenciais (64%, em média) realizam
suas transações à vista, o que aumenta a liquidez e a velocidade de giro da economia local.
Dado o crescente nível de preços das tarifas cobradas nos hotéis de Natal, há uma
tendência de aumento pela procura de pousadas, cujo preço normalmente é bem menor que
dos hotéis e resorts instalados na cidade.
Com essas informações, é possível compreender as características específicas dos turistas
que procuram Natal e assim promover ações para que a demanda pela atividade no
município cresça ainda mais.
151
Por fim, mas que ganha cada vez mais força, é o marketing através de redes sociais. Essa
ferramenta de divulgação tem se difundido de maneira exponencial, assumindo um papel de
fundamental importância na promoção de destinos turísticos.
152
Figura 41 - Destino Turístico Escolhido (2009)
Fonte: MTUR
A oferta turística engloba todos os elementos com valor para o turismo que Natal tem a
oferecer aos seus visitantes atuais e potenciais. Portanto, é representada pelo conjunto de
recursos e atrativos turísticos, assim como bens e serviços que motivam ou com potencial
de motivar as pessoas a visitarem especificamente uma localidade.
153
Dentro desse enfoque o produto deve englobar a experiência completa, desde o momento
que o turista sai de casa para viajar, até o retorno (Ruschmann, 2001, p. 69). Ou seja, o
produto turístico é composto de atrações, facilidades que são oferecidas ao turista, na forma
de estrutura de receptivo e de vias e meios de acesso. Assim, apesar do grande número de
atrativos existentes em Natal, 07 (sete) podem ser considerados os mais expressivos
produtos turísticos, com poder de agregar outros atrativos e produtos, conforme ilustrado no
quadro abaixo:
A avaliação dos recursos ou atrativos turísticos, de base natural ou patrimonial, foi realizada
em função dos tipos de turismo existentes no Município, entretanto, foram destacados os de
maior relevância que serão priorizados no PDITS, de conformidade com os objetivos
propostos. É importante deixar clara a diferenciação entre os dois termos utilizados, uma
vez que os recursos turísticos constituem-se na matéria-prima do turismo, são os
elementos identificados na localidade com potencialidade de se tornarem atrativo turístico,
enquanto os atrativos turísticos são recursos explorados pela atividade turística, ou seja,
já têm estrutura para propiciar uma experiência turística.
No planejamento turístico, a oferta turística é bastante ampla, sendo árduo o trabalho de
estudá-la por completo. Por isso, neste estudo, optou-se por dividi-la em três grupos:
recursos e atrativos turísticos, equipamentos e serviços turísticos e infraestrutura básica.
O primeiro item a ser abordado no estudo da oferta turística de Natal são os recursos e
atrativos turísticos, naturais e culturais, identificando cada elemento, para facilitar as
padronizações e a compreensão dos termos técnicos, a equipe de planejamento
estabeleceu a seguinte base conceitual:
Valor turístico: é o conjunto da produção humana material e imaterial, individual e coletiva,
fruto de relações sociais historicamente estabelecidas por uma comunidade em sua
localidade, as quais são capazes de gerar um sistema organizado que agregue um
composto de bens e serviços - como informação, transporte, hospedagem, alimentação,
entretenimento, eventos, fatores climáticos e geográficos (in natura), e os elementos das
infraestruturas geral e específica. Esse conjunto tem por unidade a força de atração que
mobiliza o deslocamento e a permanência nessa localidade de pessoas residentes em
espaços sociais distintos, chancelando seu valor e estabelecendo uma nova relação social:
a hospitalidade. Por ser essa a dinâmica, requer que sua sustentabilidade seja investigada
no processo de valorização (LEMOS, 2005).
Recursos turísticos: elementos identificados na localidade com potencialidade de se
tornarem atrativo turístico sem, contudo, terem sido apropriados pela atividade turística.
Assim, se apresentam em sua forma original, não sendo mais do que a matéria-prima de
futuros atrativos, e revelam o potencial existente em determinado local ou região para a
exploração do turismo.
Atrativos turísticos: são recursos explorados pela atividade turística, ou seja, já têm
estrutura para propiciar uma experiência turística. Compreendem locais, objetos,
equipamentos, pessoas, fenômenos, eventos ou manifestações capazes de motivar o
deslocamento de pessoas para conhecê-los. Da mesma forma que os recursos os atrativos
foram classificados e apresentados em 05 categorias: naturais; histórico-culturais;
manifestações e usos tradicionais e populares; realizações técnicas e científicas
contemporâneas e acontecimentos programados.
154
Os atrativos turísticos também podem ser classificados segundo a localização geográfica da
demanda que ele atrai, de acordo com a seguinte escala:
155
Figura 42 - Litoral central de Natal
As praias são os elementos mais comuns, sendo todas em uma mesma área e próximas
uma das outras. Todas são urbanas, uma vez que todo o território municipal é urbanizado,
destacando-se: Praia de Ponta Negra, Via Costeira, Praia do Meio, Praia de Areia Preta,
Praia dos Artistas, Praia do Forte, Praia de Miami e a Praia da Redinha. O litoral de Natal
abrange áreas que possuem, por sua vez, praias procuradas por turistas de diversas
origens, e até mesmo praias mais procuradas pela população local, como a praia do Meio.
Além das praias, Natal tem o Parque das Dunas importante Unidade de Conservação e o
Rio Potengi com grande potencial para ser explorado.
a) Ponta Negra / Morro do Careca
Localizada no bairro do mesmo nome a uma distância aproximada do aeroporto de 15 km, e
à 14 km do centro da cidade, seu acesso pode ser feito por carro e ainda por ônibus; a praia
tem cerca de 4 km de extensão e pode ser considerada uma pequena baía, com o Morro do
Careca ao extremo sul que é um atrativo/símbolo da cidade. Caminhando ao extremo norte
percorrem-se ao redor de 2 km da Avenida Erivan França, onde estão localizados bares,
restaurantes, hotéis, pequenas galerias e com calçadão.
A Praia de Ponta Negra tem um fluxo de turistas durante todo o ano, havendo maior
concentração nos meses de alta estação, o que estimula a presença de trabalhadores
informais, que vendem na areia da praia e no calçadão os mais variados produtos,
especialmente petiscos, bebidas, artesanato, além de outros produtos consumidos pelos
banhistas. O calçadão, idealizado como local de passeio público, hoje se encontra com
parte dele danificada, pela ação das fortes marés, o que não impede de ser frequentemente
bloqueado pela presença de ambulantes e ou artistas que ali se fixam diariamente,
dificultando a passagem do pedestre, em especial no trecho que vai do Morro do Careca até
o final da Av. Erivan França.
156
Figura 43 - Natal: Praia de Ponta Negra - Morro do careca
b) Praia de Miami
Localizada entre a praia de Areia Preta e as praias da Via Costeira, a Praia de Miami abriga
em sua orla diversos prédios residenciais de alto padrão. A Praia de Miami recebeu essa
denominação devido à presença dos norte-americanos em Natal durante a Segunda Guerra
Mundial. . Do lado direito, oferece um belo visual, com uma faixa de terra que avança sobre
o oceano. É também desta praia que se dá para ver o Farol de Mãe Luiza no alto das dunas
do Parque das Dunas. Essa praia costuma receber um grande número de banhistas,
principalmente os adeptos à prática do surf, sendo considerado um dos melhores espaços
para a realização de campeonatos de surf.
c) Areia Preta
O acesso pode ser feito de carro ou ônibus vindo pela BR101, seguindo pela Av.Engenheiro
Roberto Freire ou ainda pelo centro da cidade. Areia Preta é um bairro nobre de Natal,
segundo registro de Câmara Cascudo; era um recanto de pescadores até 1920. Com o
passar dos anos os pescadores foram vendendo suas casas dando espaço à diversas
construções. Ainda segundo Câmara Cascudo era uma área onde ocorriam festas,
serenatas, banhos de mar à fantasia e piqueniques. Hoje conta com um grande número de
prédios à beira mar e o conhecido relógio do sol. Conta-se que o nome pode ter sido
originado pela cor da areia mais escura que as demais praias vizinhas. No seu
prolongamento tem a praia também conhecida por Miami, pois americanos instalaram por lá
sua base militar em plena Segunda Guerra Mundial e hoje apesar de ser mais frequentada
pela população do bairro periférico Mãe Luiza que fica por trás dos prédios luxuosos é
também um local ideal para a prática do surfe, sediando vários eventos esportivos da
modalidade.
157
d) Via Costeira
A Av. Senador Dinarte Mariz, também conhecida por Via Costeira, é uma via expressa e
litorânea de, aproximadamente de 8 km fazendo ligação entre as zonas sul e leste da
cidade, localizada entre o oceano atlântico e as dunas do Parque das Dunas. O lado da
praia é tomado por hotéis luxuosos de 3 a 5 estrelas e alguns poucos restaurantes e, do
lado oposto fica o Parque das Dunas que possui uma ampla área verde preservada pelo
IDEMA. É uma praia bastante tranquila, frequentada geralmente pelos hóspedes dos hotéis
daquela área. Lá se encontra o Centro de Convenções um amplo espaço para os mais
diversos eventos.
Figura 44 - Via Costeira – Natal/RN
f) Praia do Meio
Localizada no bairro de mesmo nome, é a praia mais utilizada pelos natalenses por sua
maior facilidade de acesso. Até 1980 era a praia mais turística da cidade junto com a praia
dos Artistas, porém, após a criação da Via Costeira houve uma mudança, provocada pelo
novo acesso e pela construção dos hotéis. Com a criação desse novo espaço turístico, os
visitantes passaram a frequentar mais a praia de Ponta Negra, ficando a praia do Meio mais
para o uso da população local. Esse fato fez com que a área entrasse em crise e o primeiro
sinal foi a falência do hotel Reis Magos, que por muitos anos foi o maior e a referência de
hotel de Natal. Em 2003, começou um projeto de revitalização da praia e das vizinhas, com
algumas ações como o calçadão e uma área de lazer e esportes na extremidade norte. Lá
158
se encontra a grande estátua de Iemanjá, onde geralmente no fim de ano são observadas
várias manifestações de fiéis.
g) Praia do Forte
Praia tranquila de mediana extensão costuma receber um grande número de visitantes e
turistas durante a alta temporada. É um lugar aconchegante e uma boa opção para um dia
agradável principalmente em família. Com uma boa faixa de areia dourada possui mar
calmo de águas transparentes, muito propícias para o banho; conta com alguns quiosques,
barracas, é uma praia com recifes e piscinas naturais, onde está localizada a Fortaleza dos
Reis Magos. Tem uma excelente vista para a ponte Newton Navarro que liga as praias
centrais à zona norte da cidade.
Figura 45 - Praia do Forte, Natal/RN
h) Praia da Redinha
A praia da Redinha é um exemplo que mostra claramente o processo de crescimento pelo
qual Natal passou nas últimas décadas. Essencialmente um polo de veraneio, o lugar se
converteu em uma praia urbana da capital. Com a construção da ponte que liga a Praia do
Forte à Redinha, sua orla se tornou bem mais frequentada. A Redinha conta também com a
vantagem de servir de rota para quem se dirige ao litoral Norte, como Jenipabu, Muriú e
Maracajaú, entre outras praias do Estado. A Redinha Velha, como é conhecida a parte da
praia que primeiro foi ocupada pelos veranistas, mantém até hoje não só o seu Mercado,
mas um conjunto de bares e barracas que vendem peixe com tapioca, característico do
local, além da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, toda construída em pedra, à beira-
mar.
159
Figura 46 - Praia da Redinha, Natal/RN
i) Rio Potengi
Devido ao seu leito e extensão, foi denominado Rio Grande pelos primeiros colonizadores
dando assim origem ao nome da então Capitania do Rio Grande. O nome Potengi foi dado
pelos índios potiguares, apelidados de “comedores de camarão”, que viviam em uma grande
aldeia à sua margem esquerda. Em tupi, Poti-gí, rio dos camarões. (CASCUDO). O Rio
Potengi é um marco zero na história de Natal, uma vez que a cidade foi erguida à margem
direita dele.
O Rio Potengi nasce numa região serrana a 500 metros de altitude, próximo ao município de
Cerro Corá. O Potengi de sua nascente até a foz percorre uma distância de 176 km,
perfazendo uma bacia hidrográfica com superfície de 3.180 km².
A apreciação do por do sol é um diferencial para o turismo da cidade, nele se podem
desfrutar alguns atrativos localizados nas suas margens: o Iate Clube, a Pedra do Rosário,
entre outros. No rio também acontece passeios de barco, competições náuticas e possui um
atracadouro nas proximidades do Iate Clube. O local também é propício para exploração do
turismo náutico, porém, necessita da estrutura adequada para receber e abrigar as
embarcações que passam pelo litoral de Natal.
A implantação de uma Marina no Estuário do rio Potengi, além de possibilitar a recuperação
urbanística de uma área que se encontra deteriorada, próxima da Praia do Forte, poderá se
constituir em um produto turístico irradiador de dinamismo para a economia urbana da
cidade.
160
Figura 47 - Ponte Newton Navarro sobre o Rio Potengi
161
Recursos Turísticos
Apesar de grande parte dos elementos naturais já terem sido apropriados pelo turismo,
ainda existe um local visto como recurso que pode ser utilizado de forma combinada com os
atrativos ou produtos principais, de modo a incrementar o leque de produtos ofertados ao
visitante/turista.
O Parque da cidade Dom Nivaldo Monte é um espaço rico em elementos naturais,
localizado em uma zona de proteção ambiental (ZPA 01), na zona oeste da cidade. Seu
nome é em homenagem ao arcebispo da cidade; sendo inaugurado em 21 de junho de
2008. Passou poucos meses a disposição da população com algumas obras inacabadas e,
em janeiro de 2009 foi interditado por uma série de fatores, inclusive a falta de provisão
financeira para a sua conclusão e manutenção. Hoje se encontra fechado, mas, é um local
onde é possível fazer trilhas, caminhadas, cooper, entre outras atividades físicas, esportivas
e de cunho ecológico.
Figura 49 - Parque da cidade Dom Nivaldo Monte
162
casarões da Rua Chile, a Capitania das Artes, Solar Bela Vista, Centro de Turismo, que no
passado foi a casa de Câmara Cascudo e Cadeia do município, Palácio da Cultura, onde se
localiza a Pinacoteca do Estado, as Igrejas (de Santo Antônio, Nossa Senhora do Rosário
dos Pretos e Matriz), Palácio Felipe Camarão, Memorial Câmara Cascudo, dentre tantos
outros que formam o chamado Corredor Cultural.
A visitação ao centro histórico de Natal e/ou do Corredor Cultural de Natal é bastante
prejudicada pela falta de infraestrutura receptiva. Faz parte do roteiro turístico da cidade,
mas a sua visitação acontece de maneira bastante rápida, em city-tours promovidos pelas
agências de viagens. Os city-tours costumeiramente, por problemas de mobilidade urbana,
só passam pelo centro histórico, não dando oportunidade para os turistas descerem e
conhecerem a cidade “mais de perto”. A infraestrutura é precária, não há equipamentos de
apoio, de sinalização ou de interpretação turística, que permita ao turista se guiar pelo
centro histórico sozinho. Os espaços não são acessíveis, não há rotas de ônibus específicas
para isso ou passeios guiados para turistas que não estão em grupos ou mesmo aqueles
em grupo que não estejam viajando por agência de viagens. Abaixo estão apresentados
parte dos atrativos histórico-culturais da cidade:
Figura 51 - Palácio Felipe Figura 52 - Igreja de Santo Antônio
Figura 50 - Capitania das artes
Camarão
Fonte: START Consultoria, 2013. Fonte: START Consultoria, 2013. Fonte: START Consultoria, 2013.
Fazendo parte do patrimônio histórico e artístico, Natal possui 46 bens tombados a nível
estadual ou federal, bens imóveis e móveis. Apesar de a cidade oferecer um número
reduzido de edificações tombadas, ainda reúne conjuntos arquitetônicos desde o século XVI
à primeira meada do século XX.
Quadro 24 - Lista dos Bens Móveis e Imóveis Tombados.
Estado de
Bens móveis e imóveis Tipologia Tombamento
conservação
163
(CONTINUAÇÃO) Quadro 24 - Lista dos Bens Móveis e Imóveis Tombados.
Estado de
Bens móveis e imóveis Tipologia Tombamento
conservação
Fundação José
Casarão da Av Deodoro nº 518 Arquitetura Civil Precário
Augusto
Fundação José
Casarão da Junqueira Aires Arquitetura Civil Precário
Augusto
Fundação José
Colégio Salesiano Arquitetura Civil Bom
Augusto
Fundação José
Coluna Capitolina (IHGRN) Escultura Bom
Augusto
Fundação José
Antiga Estação Central de Natal Arquitetura Civil Bom
Augusto
Fundação José
Farol de Mãe Luíza Arquitetura Militar Bom
Augusto
Fundação José
Grupo Escolar Augusto Severo Arquitetura Civil Precário
Augusto
Hospital Infantil Varela Santiago Fundação José
Arquitetura Civil Regular
Augusto
Instituto Histórico e Geográfico Fundação José
Arquitetura Civil Bom
do RN (IHGRN) Augusto
Igreja Nossa Senhora do Fundação José
Arquitetura Religiosa Regular
Rosário dos Pretos Augusto
Igreja Matriz de Nossa Senhora Fundação José
Arquitetura Religiosa Bom
da Apresentação Augusto
Igreja Santo Antônio (Igreja do Fundação José
Arquitetura Religiosa Bom
Galo) Augusto
Biblioteca Pública Câmara Fundação José
Arquitetura Civil Regular
Cascudo Augusto
Fundação José
Cidade da Criança Arquitetura Civil Regular
Augusto
Fundação José
Fundação José Augusto Arquitetura Civil Bom
Augusto
Fundação José
Travessa Pax Arquitetura Civil
Augusto
Fundação José
Grupo Escolar Augusto Severo Arquitetura Civil Precário
Augusto
Fundação José
Caixa d' Água das Rocas Arquitetura Civil Regular
Augusto
Fundação José
Cinema Nordeste Arquitetura Civil Bom
Augusto
Fundação José
Catedral Metropolitana de Natal Arquitetura Religiosa Bom
Augusto
Fundação José
Antigo Liceu Industrial Arquitetura Civil ----------
Augusto
Fundação José
Antigo Grande Hotel Arquitetura Civil Bom
Augusto
Fundação José
Antiga Escola Doméstica Arquitetura Civil Bom
Augusto
Antiga Casa de Detenção - Fundação José
Arquitetura Militar Bom
Centro de Turismo Augusto
Fundação José
Antiga Capitania dos Portos Arquitetura Militar Bom
Augusto
Antiga Base de Hidroaviões de Fundação José
Arquitetura Militar Bom
Natal - Clube Rampa Augusto
Atual Sede do IPHAN Arquitetura Civil Bom IPHAN
Sobradinho da Rua da
Arquitetura Civil Bom IPHAN
Conceição
Antigo Palácio do Governo Arquitetura Civil Bom IPHAN
Marco de Touros Escultura Bom IPHAN
Fortaleza dos Reis Magos Arquitetura Militar Bom IPHAN
Maternidade Escola Januário Fundação José
Arquitetura Civil Bom
Cicco Augusto
Ordem dos Advogados do Fundação José
Arquitetura Civil Bom
Brasil Augusto
164
(CONTINUAÇÃO) Quadro 24 - Lista dos Bens Móveis e Imóveis Tombados.
165
Quadro 25 - Manifestações e usos Populares
Município Manifestações e usos populares Escala
Festa de Santos Reis Local
Festa de Nossa Senhora da Apresentação Local
Natal Gastronomia Internacional
Muitos Carnavais Local
Natal em Natal Local
166
atrai turistas de todas as partes do país e até mesmo a nível internacional. Atualmente, o
evento está sendo realizado, no perímetro que compreende a Av. Prudente de Moraes, Av.
Romualdo Galvão e Av. Amintas Barros, algumas das principais vias de circulação da
cidade, com área comercial e residencial, causando muitos transtornos tanto para os
comerciantes como para a população que mora nessas vias e adjacências.
O Carnatal é reconhecido pelos postos de trabalho e de empregos eventuais e informais que
produz durante o seu período de realização, bem como os benefícios que traz para o setor
turístico na forma de aumento da ocupação hoteleira e consumo de outros serviços e
equipamentos turísticos na cidade do Natal. Contudo, a continuidade da realização do
evento inspira cuidados, pois com a seleção de Natal como uma das 12 sedes para a Copa
do Mundo da FIFA, está sendo construída o Arena das Dunas, que é o novo estádio que
sediará os jogos da copa do mundo de 2014, exatamente na área ocupada anualmente pelo
Carnatal. Mas, durante o período de construção do estádio os organizadores do evento
encontraram uma alternativa para a realização do evento, faltando definir como ficará a
realização do evento a partir de 2014.
O Agosto da Alegria é um evento cultural, promovido pelo Governo do Estado, que vem
atraindo um público variado, além de valorizar o folclore e a cultura popular, o “Agosto da
Alegria” também tem como objetivo aquecer o turismo no estado num período de baixa
estação. Outro evento que tem impacto no turismo é o Natal em Natal, que se constitui por
um conjunto de eventos promovido pela prefeitura da cidade do Natal durante o final do mês
de novembro (marcado pela festa da padroeira de Natal Nossa senhora da apresentação) e
o início de janeiro (marcado pela festa de santos reis). Especificamente, esses dois últimos
eventos, tratam-se de apresentações folclóricas, festas, shows, eventos culturais; havendo
ainda a festa de réveillon com shows pirotécnicos à beira-mar.
167
desenvolvimento do turismo da cidade, sendo o maior deles a erosão marítima que destruiu
o calçadão da orla. Além disso, identificam-se problemas de estacionamento tanto para
carros particulares como para ônibus turísticos; de acessibilidade para as pessoas que têm
dificuldades de locomoção; falta de estrutura de banheiros públicos; de limpeza, e de
alternativas de lazer para o turista. A questão de segurança é outro ponto crítico, não
apenas para a orla, mas, para todo o bairro de Ponta Negra, havendo também casos de
drogas e prostituição que contribuem para o aumento da violência urbana. Esses problemas
também são comuns às demais praias da cidade, como também ao corredor cultural e aos
outros atrativos, devendo ser destacada a falta de sinalização turística.
Os pontos avaliados no presente diagnóstico também são corroborados pelo Relatório
Técnico de Natal, elaborado pelo Instituto Marca Brasil, no acompanhamento da Gestão dos
65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. No referido relatório do
período de 2008 a 2010 são citados problemas com relação ao acesso: registro de
congestionamentos durante a alta temporada; estrutura do terminal aquaviário para o
atendimento ao fluxo turístico; e, dificuldades para encontrar estacionamento nas áreas
turísticas. E no item dos atrativos turísticos foram citados problemas relacionados: a
infraestrutura disponível nos atrativos naturais e culturais que necessitam de melhorias; ao
não cumprimento aos quesitos de acessibilidade nos atrativos naturais e culturais; e, ao
destino que não possui nenhum tipo de realização técnica, científica ou artística trabalhado
turisticamente.
168
Considerando que Natal é um destino consolidado, com uma enorme oferta de meios de
hospedagem, sendo impossível para o objeto do presente trabalho fazer um inventário
dessa oferta optou-se por utilizar as informações já armazenadas nos órgãos de turismo e
algumas visitas aos próprios equipamentos.
169
capacidade de hospedagem. A referida pesquisa foi estruturada de modo a relacionar os
tipos de estabelecimentos com as diversas variáveis investigadas, permitindo níveis
diferenciados de abordagens. Para isso, o IBGE utilizou como base os dados da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0 para seleção dos
estabelecimentos, definindo o âmbito das atividades econômicas que compõem o segmento
de serviços de hospedagem.
Em sua maioria, os equipamentos de hospedagem da cidade do Natal possui quartos
amplos com a prevalência dos detalhes regionais na decoração. Das unidades habitacionais
existentes, observa-se que a maioria dispõe de ar condicionado ou ventiladores, televisão,
telefone, e boa parte desses equipamentos possuem facilidades como serviço de internet
sem fio.
No quesito de acessibilidade, percebe-se ser um item negligenciado pela maior parte dos
equipamentos de hospedagem. Isso é constatado ao se verificar que a área social, em sua
grande maioria apresenta-se acessível aos portadores de deficiência e pessoas com
dificuldade de locomoção, entretanto, apenas uma pequena parte desses dispõe de UHs
acessíveis e banheiros adaptados na área social.
Alguns equipamentos contam ainda com outras infraestruturas, tais como salas de reuniões,
restaurantes, piscinas, etc.. A concentração de equipamentos hoteleiros pode ser verificada
no mapa abaixo:
Figura 53 - Incidência de Hotéis por bairros.
170
A figura acima evidencia na área turística a incidência de hotéis por bairros, colocando
Ponta Negra como o especo que concentra o maior número de MH, seguido pela Via
Costeira com uma ocupação moderada, depois Areia Preta e praia do Meio com baixa
ocupação e a parte da cidade com muito baixa incidência. Essa distribuição espacial ratifica
o tipo de turismo predominante na cidade que é o turismo de sol e praia.
Serviços oferecidos
Os serviços ofertados pelos equipamentos de hospedagem observados em Natal são os
serviços de alimentos e bebidas, sendo que parte deles tem seus restaurantes abertos ao
público; outros servem apenas café da manhã aos hóspedes. Além desses, são
disponibilizados o serviço de internet, e outros oferecem ao hospede serviços de
entretenimento, não estando inclusos no valor da diária. Um destino será mais competitivo
se apresentar, além de um maior número de possibilidades de serviços de hospedagem
para seus clientes, facilidades, como acesso a internet, TV a cabo e aceitação de cartões de
credito e debito.
Sazonalidade
Por se tratar de uma cidade cuja principal atividade turística explorada fundamenta-se no sol
e praia, as estações são muito bem definidas, com a alta estação representada pelos meses
de verão, iniciando normalmente no mês de outubro e se estendendo até fevereiro, como
também o mês de julho, das férias escolares; a baixa estação é representada pelos demais
meses do ano. Entretanto, os feriados prolongados, distribuídos ao longo do ano
apresentam-se como perspectivas de boa ocupação. Evidentemente que a variação
percentual da ocupação apresenta-se diferente de acordo com o tipo de feriado e com a
proposta de viagem associada ao tipo de hospedagem. Como já mencionado, o
equipamento de hospedagem é apenas um item de um complexo conjunto de elementos
que compõe o produto/destino turístico.
Tarifas praticadas
As tarifas praticadas pelos meios de hospedagem de Natal distribuem-se numa escala de
valores, bastante elástica, variando, na maioria das vezes, de acordo com o nível de
sofisticação oferecido pelo equipamento de hospedagem ou pelas facilidades agregadas,
tais como serviços e infraestrutura do entorno. Entende-se que os valores são cobrados de
acordo com o período de alta ou baixa estação, comportamento do mercado e de acordo
com os serviços oferecidos.
171
Tabela 42 - Equipamentos de Alimentação de Natal
Lanchonetes e
Restaurantes Bares Total
outros
44 06 13 63
Pela figura acima, a lógica visualizada para distribuição de hotéis por bairros na cidade não
é a mesma para restaurantes. Ponta Negra prevaleceu com o maior número de
restaurantes, seguido pelos bairros da cidade que estão fora do eixo das praias, mas que
também possuem uma variedade de equipamentos e de tipos.
172
3.6.3.2.3. Agências de Viagens e Serviços de Receptivo
A oferta de agências de viagens, operadoras e serviços de receptivo, conforme discriminado
abaixo, está concentrada em alguns bairros na cidade de Natal. O quadro abaixo apresenta
73 agências e empresas de receptivo, localizadas em Natal e que estão afiliadas à
Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV.
Quadro 27 - Agências de Viagem, Receptivo e Operadoras de Tours
Município Tipo Quantidade Serviços oferecidos
Emissivos e Pacotes, roteiros, passagens
44
Receptivos aéreas, city tour, traslados etc.
Natal Pacotes, roteiros, passagens
Emissivos 24
aéreas
Receptivos 09 City tour, traslados etc.
TOTAL - 73
A proximidade dos outros municípios em relação à capital é fator que facilita a utilização
dessa oferta pela comunidade e ou turistas de outros municípios próximos.
173
a venda de artesanato ocorre em feirinhas, próximas aos pontos turísticos importantes. Em
Natal, existem espaços criados especialmente para essa finalidade, que conseguem reunir
num mesmo espaço stands com tipos variados de artesanatos, produzidos em várias
regiões do Rio Grande do Norte.
Alguns equipamentos oferecem uma boa estrutura como: estacionamento, sanitários,
segurança e uma gama enorme de lojas com produtos que vai desde jóias em pedras
brasileiras e prata, até objetos de decoração para casa, alimentos regionais como castanhas
e bebidas típicas. O mais tradicional é o Centro de Turismo que funciona em uma antiga
casa de detenção, cujo prédio é histórico, oferecendo uma linda vista do Rio Potengi ao
visitante, além de várias lojas instaladas nas antigas celas que comercializam produtos de
cama, mesa e banho, artigos de vestuário, souvenires e até uma galeria com objetos de arte
e mobília antiga, no último andar. Tudo á disposição dos turistas.
Além desses equipamentos formais, existem ainda barracas localizadas nos principais
pontos turísticos da cidade, como é o caso do Forte dos Reis Magos, e ambulantes que
circulam nas praias. Os principais pontos de comercialização de artesanato são identificados
no mapa abaixo:
Figura 55 - Incidência de Lojas de Artesanato
174
ao setor público prover a estrutura para desenvolvimento da atividade, enquanto o setor
privado deve dotar a cidade de meios de hospedagem, equipamentos de lazer, e outros
serviços consumidos pelo turista.
Portanto as manifestações do turismo resultam das ações articuladas dos poderes públicos,
setor privado e comunidade nos territórios turísticos, cabendo a cada destino travar
constante luta para a busca de sua competitividade no mercado turístico, por meio de suas
diversidades, individualidades e capacidades para a formação da imagem, que vinculada
aos seus produtos e atrativos, tenha capacidade de atrair os fluxos turísticos para o turismo
de eventos.
Essa imagem pode estar associada à infraestrutura que o destino tem para realizar eventos
ou pela quantidade de eventos que já realizou.
Nesse sentido, em Natal existem locais adequados para abrigar eventos, exposições,
congressos, seminários, conferências entre outros, de diversos tamanhos, contudo, não
atende a captação de eventos de grande porte. Abaixo, listamos os equipamentos mais
significativos:
Quadro 28 - Equipamentos e Serviços para Reuniões e Eventos
Equipamentos e serviços para reuniões e
Capacidade
eventos
Centro de Convenções 12.000
Bello Mare Hotel 150
Holiday Inn 200
Hotel Parque da Costeira 700
Manary Praia Hotel 90
Natal Mar Hotel 65
Natal Praia Hotel 100
Ocean Palace Beach 400
Pestana Natal 760
Pirâmide Natal 3.680
Ponta Negra 60
Porto Suítes 1.500
Serhs Natal 3000
Praiamar Hotel 560
Hotel Imirá 600
FIERN 234
IFRN 600
Teatro Riachuelo 1.490
175
adaptável para servir de cenário a outros tipos de eventos, profissionais, empresariais ou
artísticos. Suas dependências contam ainda com chapelaria, loja, bar, total acesso para
pessoas portadoras de necessidades especiais, duas salas de convenções com capacidade
para 70 e 40 pessoas, além de ambientes para eventos menores e coquetéis.
Entretanto, mesmo com a variedade de oferta para realização de eventos, existe uma
solicitação por parte do setor de captação de eventos, que Natal não tem local com
infraestrutura adequada para realização de grandes eventos, o que faz com que a cidade
perca espaço para concorrentes vizinhos como Recife e Fortaleza.
176
desempenhar suas funções para a solução dos problemas de infraestrutura e de atividades
de fomento ao turismo para que os problemas identificados sejam realmente eliminados.
Além disso, a promoção de cursos de capacitação, quando ofertado, de maneira integrada
entre as esferas do governo tem contribuído com melhoria da qualidade do serviço.
Em Natal, a iniciativa privada tem desempenhado papel importante no fortalecimento dessas
estruturas e na capacitação para prestação de serviços. Além disso, estratégias de
divulgação e as formações de redes entre os agentes que atuam na atividade turística têm
produzidos efeitos positivos e ofertam um serviço mais completo e na maioria das vezes
barateando o preço para o consumidor final.
O surgimento de novas atividades, eventos e a diferenciação dos serviços somados à
qualificação destes serviços têm sido um diferencial que os agentes das atividades do
turismo têm investido para que Natal torne-se cada vez mais competitivo no mercado
turístico nacional e internacional.
c) Níveis de preço
Existem algumas características importantes e peculiares em relação aos preços médios
praticados pela atividade turística em seus diversos segmentos e serviços. Primeiro que o
nível de preços é definido a partir da demanda e sofrem alta influência da sazonalidade. Isso
significa que, em média, os preços variam bastante ao longo do ano e apresentam picos
durante os períodos de férias e no verão. (MOTA, 2001)
Outro fator importante é que, comparativamente com os principais destinos concorrentes, o
nível de preços apresenta-se com uma dinâmica e com um nível semelhante se observados
estabelecimentos com características parecidas, o que aponta que a concorrência se dá por
outros fatores que não necessariamente o preço.
Percebeu-se ainda que atividades de apoio ou de fomento apresentam pouca influência da
sazonalidade, como por exemplo bares e restaurantes.
A atividade turística impulsiona a economia local, mas também produz um efeito colateral
que é o aumento do nível médio dos produtos. Dessa maneira, os residentes sofrem com o
processo inflacionário na cidade provocado pela atividade turística. Isso também faz surgir
práticas abusivas como o dumping, ou seja, cobranças discriminatórias de preços, ou ainda,
a prática de preços diferenciados para residentes e turistas.
É importante destacar que em termos de estudo de preços, não há como trabalhar de
maneira precisa com a variável preço, tendo em vista que ela é muito volúvel e isso impacta
diretamente na análise gerando possibilidades de existência de alguns viéses. Dessa
maneira, a variável que mais se aproxima do preço e que é mais fácil de se trabalhar é a
variável de gasto do turista, que está sendo usado como proxy para os preços. (BNB, 2004)
Por fim, é necessário ressaltar que a extensão dos preços dos serviços do turismo é muito
grande e a gama de possibilidades apresentadas na cidade atende tanto àqueles de pouca
renda como os mais abastados.
177
d) Sistema de promoção e comercialização
A principal entidade que gerencia a promoção e a comercialização da atividade turística no
estado do Rio Grande do Norte é a EMPROTUR, a partir de redes de divulgação e do
desenvolvimento de ações que envolvem marketing e propaganda com a função de captar
eventos. Em parceria com a SETURDE, que é o órgão responsável pela promoção e
divulgação na esfera municipal, verifica-se um esforço de colocar Natal (e o estado do RN)
na vitrine do turismo nacional e internacional.
Há um ponto de crítica à gestão desses órgãos que é a falta de planejamento, controle e
monitoramento para a avaliação das ações desenvolvidas. Verifica-se a baixa capacidade
de planejamento e as intervenções realizadas por estes muitas das vezes são realizadas de
maneira desconexas, o que na verdade termina por prejudicar a sequência e a efetividade
das ações tornando-as pouco eficientes. Postula-se que com a implementação de um
sistema de monitoramento e avaliação das ações de promoção do turismo nesses órgãos
pode haver uma melhoria de maneira bastante satisfatória na imagem de Natal, enquanto
destino turístico.
Além destas, as próprias empresas privadas atuando em redes de cooperação e se
associando com outros agentes dentro e fora do Brasil, podem desenvolver ações
promotoras de eventos e divulgação da cidade. Entretanto, avalia-se que as ações de
promoção e comercialização são realizadas de forma pontual, sendo importante uma maior
articulação entre as próprias empresas locais para potencializar os poucos recursos
governamentais alocados para a promoção turística da cidade.
Vale destacar os resultados positivos quando há parceria entre o setor público, estadual e
municipal, e o setor privado na captação de eventos e na divulgação do destino nos diversos
eventos turísticos que ocorrem no Brasil e no mundo.
178
atividade turística. Essa integração se limita muitas vezes à elaboração de projetos que
atendam ao Polo Costa das Dunas, onde Natal está inserida.
Contudo, nas atividades desenvolvidas pelo setor privado, existe um grau de integração
bem mais estruturado. Empresas que estão situadas em municípios diferentes se integram
às empresas de Natal para que os turistas possam conhecer todos os atrativos que o RN
pode proporcionar.
Os municípios cuja integração com Natal é forte, quer seja das atividades do setor público,
quer sejam da iniciativa privada, estão inseridas no mesmo Polo Costa das Dunas, entre
elas pode-se destacar: Extremoz, Parnamirim, Nísia Floresta e Tibau do Sul.
Percebe-se a necessidade de maior integração entre os municípios na promoção das
atividades turísticas com o intento de fortalecer o turismo local e regional com foco no
desenvolvimento socioeconômico dessas cidades.
179
Redinha e Cidade Alta, além da aquisição de duas vans, a serem utilizadas como centros
móveis. As obras foram iniciadas em 2010, embargadas, não dando continuidade ao projeto.
Houve a aquisição dos dois centros móveis, que funcionam como Centro de Informações
Turísticas de forma itinerante entre Ponta Negra, Aeroporto, Centro de Convenções e,
outros pontos estratégicos.
180
As aulas são presenciais e intensivas. A proposta do curso é inserir o maior número possível
de pessoas que já pertençam ao segmento turístico ou aqueles que pretendam capacitar-se
para atuar na área de turismo.
Realização de cursos de capacitação para formação de multiplicadores na prevenção à
exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo. A campanha, promovida pelo
Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília e do Ministério do Turismo,
contou com a parceria da Secretaria Municipal de Turismo de Natal e da ONG Resposta,
onde foram traçadas algumas ações na fase Pró-Copa do Mundo de 2014 –
novembro/2010;
Com a participação da SETUDE, realizado em novembro de 2010, o curso de idiomas OLÁ!
TURISTA – Projeto do Ministério do Turismo e da Fundação Roberto Marinho, com o
objetivo de capacitar profissionais da cadeia produtiva do turismo.
181
Tabela 43 - Cursos realizados pelo PRODETUR
Número de Número de Número de
Item Curso Total
aprovados reprovados evadidos
01 Garçom Básico 281 46 73 400
02 Barman 147 24 29 200
03 Administração Hoteleira 87 04 49 140
04 Recepcionista em Meios de 147 14 39 200
Hospedagem
05 Cozinheiro Básico 228 17 75 320
06 Camareira 73 12 15 100
07 Recreador 48 15 17 80
08 Confeiteiro 53 11 0 64
09 Organizador de Eventos 90 33 17 140
10 Vendedor 95 02 03 100
11 Agente de Turismo Receptivo 64 06 10 80
12 Auxiliar Turístico Pontual 85 23 32 140
13 Qualidade no Atendimento 514 30 81 625
14 Relações Humanas 230 - 20 250
15 Empreendedorismo 105 02 18 125
16 Manipulação Segura de 316 05 47 368
Alimentos
17 Inglês 591 108 381 1.080
18 Italiano 32 11 29 72
19 Espanhol 176 22 72 270
20 Informática 516 88 71 675
21 Artesanato 71 05 14 90
22 Português 271 22 57 350
TOTAL 4.220 500 1.149 5.869
Fonte: SETUR, 2012
182
vez mais concorrencial, uma vez que a qualidade assume como uma condição essencial de
competitividade.
Frente a esse quadro as empresas além da excelência na qualidade dos serviços buscam a
certificação como um requisito essencial para a sua sobrevivência. Esse fenômeno pode
ser constatado ao se verificar o crescente número de publicações dedicadas a esse tema.
O Ministério do Turismo preocupado com essa questão está promovendo o cadastramento
de equipamentos e serviços turísticos, não havendo especificação sobre certificação. A Lei
Federal nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008, regulamentada pelo Decreto nº 7.381, de
02 de Dezembro de 2010, dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, estabelece normas
sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no
planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico e disciplina a prestação
de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de
serviços turísticos. Para os fins desta Lei, considera-se turismo as atividades realizadas por
pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual,
por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras.
O Art. 22. da citada Lei dispõe sobre o cadastramento junto ao Ministério do Turismo: “Os
prestadores de serviços turísticos estão obrigados ao cadastro no Ministério do Turismo, na
forma e nas condições fixadas nesta Lei e na sua regulamentação”. Consideram-se
prestadores de serviços turísticos, para os fins da Lei, as sociedades empresárias,
sociedades simples, os empresários individuais e os serviços sociais autônomos que
prestem serviços turísticos remunerados e que exerçam atividades econômicas
relacionadas à cadeia produtiva do turismo. Com relação ao padrão de qualidade, alguns
hotéis já possuem o Certificado ISO 9001.
Em Natal, o cadastro acima citado é realizado por um setor específico da Secretaria de
Estado do Turismo, responsável pelo CADASTUR - Cadastro dos Prestadores de Serviços
Turísticos, que tem o objetivo de reunir todos aqueles que estejam legalmente constituídos e
em operação. O CADASTUR é executado pelo MTur, em parceria com os Órgãos Oficiais
de Turismo das Unidades da Federação, sendo feita a análise da documentação e
homologação do cadastro e consequente disponibilização do certificado pelo órgão
delegado nos estados e Distrito Federal.
O CADASTUR é disponibilizado pelo MTur, ao prestador de serviço, para cada uma das
atividades exercidas dentre aquelas referidas na legislação específica, com codificação
específica. O certificado é recomendado que seja exposto pelo prestador do serviço, em sua
área de atendimento, visíveis ao público. A autenticidade dos Certificados poderá ser
constatada no sítio www.cadastur.turismo.gov.br.
O órgão de turismo municipal segue as legislações federais para assegurar a qualidade dos
serviços turísticos, quando parte desses serviços é fiscalizado pela Secretaria Estadual de
Turismo. O CADASTUR abrange sociedades empresariais de qualquer natureza,
sociedades simples, empresários individuais, profissionais autônomos, os serviços sociais
autônomos, bem como cada uma de suas projeções em qualquer parte do País.
O cadastro é processado gratuitamente e obriga também optantes ao cumprimento dos
termos da Portaria. Para o exato enquadramento nas atividades referidas, o sítio
www.cadastur.turismo.gov.br, link CNAE, franqueia a Classificação Nacional das Atividades
Econômicas - CNAE.
183
O microempreendedor individual poderá solicitar cadastramento das atividades de:
I - agência de turismo;
II - meio de hospedagem - tipo "cama e café";
III - transportadora turística municipal;
IV - organizadora de eventos;
V - acampamento turístico.
Outra normatização que entrou em vigor nos últimos tempos é a Portaria Nº 268, de 22 de
Dezembro de 2011 que dá nova redação aos Arts. 13 e 15 da Portaria nº 177, de 13 de
setembro de 2011, que estabelece o Sistema Nacional de Registro de Hóspedes - SNRHos,
regulamenta a adoção da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes - FNRH e do Boletim de
Ocupação Hoteleira - BOH. A Portaria tem o objetivo de estabelecer os prazos para
implantação do Sistema.
184
Boa parte dos atrativos naturais de Natal possui características semelhantes e dinâmicas de
visitação inter-relacionadas. Muitos atrativos são bem próximos uns dos outros,
apresentando utilização e paisagem similares, configurando-se como um único produto.
A dinâmica de visitação é inter-relacionada quando um produto serve de ponto de apoio
para a visita de produto/atrativo. É bastante comum a existência de praias servidas de boa
infraestrutura e acesso que acabam por ser utilizadas não apenas como locais de visitação,
mas também como ponto de apoio para a visita de outros atrativos próximos, como são os
casos, por exemplo, de Ponta Negra. O turista que se dirige a esses lugares, pode
facilmente fazer um passeio a qualquer um dos outros atrativos. Neste caso, o atrativo
secundário fica quase que totalmente dependente do principal, tanto em termos de oferta
técnica quanto de demanda.
O Quadro acima mostra que muitos produtos ganham força em virtude de concentrarem
uma quantidade significativa de produtos complementares, enriquecendo a experiência
turística e ampliando o leque de opções de oferta à disposição do visitante. São eles: Ponta
Negra, Via Costeira, Corredor Cultural, Rio Potengi e Carnatal.
A avaliação dos recursos ou atrativos turísticos, de base natural ou patrimonial, foi realizada
em função dos tipos de turismo existentes no Município, entretanto, foram destacados os de
maior relevância que serão priorizados no PDITS, de acordo com os objetivos propostos. É
importante deixar clara a diferenciação entre os dois termos utilizados, uma vez que os
recursos turísticos constituem-se na matéria-prima do turismo, são os elementos
identificados na localidade com potencialidade de se tornarem atrativo turístico, enquanto os
atrativos turísticos são recursos explorados pela atividade turística, ou seja, já têm estrutura
para propiciar uma experiência turística.
Boa parte dos atrativos naturais de Natal possui características semelhantes e dinâmicas de
visitação inter-relacionadas. Muitos atrativos são bem próximos uns dos outros,
apresentando utilização e paisagem similares, configurando-se como um único produto.
A dinâmica de visitação é inter-relacionada quando um produto serve de ponto de apoio
para a visita de outro produto/atrativo. É bastante comum a existência de praias servidas de
boa infraestrutura e acesso que acabam por ser utilizadas não apenas como locais de
visitação, mas também como ponto de apoio para a visita de outros atrativos próximos,
como é o caso, por exemplo, de Ponta Negra. O turista em Natal, por mais que tenha o
desejo específico de se dirigir a um lugar determinado, pode facilmente no seu
deslocamento ou passeio conhecer e visitar outros atrativos. Neste caso, o atrativo
secundário fica quase que totalmente dependente do principal, tanto em termos de oferta
técnica quanto de demanda. São estes os principais produtos turísticos de Natal, com uma
breve avaliação de cada um.
Praia de Ponta Negra
É o grande produto turístico, apresentando uma visitação significativa durante todo o ano,
tanto pelos turistas como pela população local, pois consegue agregar vários produtos
complementares como Morro do Careca, a Gastronomia, o Artesanato e Equipamentos
Turísticos, além do Passeio de Buggy. É o grande símbolo do turismo da cidade,
destacando-se por atrair grandes fluxos de turistas e a própria população local em seus
momentos de lazer; oferece uma ampla oferta de equipamentos turísticos, como hotéis,
restaurantes, bares, entre outros, ressaltando a variedade gastronômica expressa nas
185
receitas a base de camarão e carne de sol, que são pratos bastante comercializados. Na
área existem diversos pontos de comercialização de artesanato, sendo também local de
saída dos passeios de buggy para todo o litoral do estado.
No entanto, o principal produto turístico de Natal carece de melhorias, apresentando
problemas estruturais que prejudicam diretamente o desenvolvimento do turismo da cidade,
sendo o maior deles a erosão marítima que destruiu o calçadão da orla. Além disso,
identificam-se problemas de estacionamento, tanto para carros particulares como para
ônibus turísticos; de acessibilidade para as pessoas que têm dificuldades de locomoção;
falta de estrutura de banheiros públicos; de limpeza, e de alternativas de lazer para o turista.
A questão de segurança é outro ponto crítico, não apenas para a orla, mas, para todo o
bairro de Ponta Negra, havendo também casos de drogas e prostituição que contribuem
para o aumento da violência urbana.
Via Costeira
Marco do desenvolvimento turístico da cidade é na Via Costeira onde estão concentrados os
maiores e melhores equipamentos de hospedagem da cidade, além de alguns restaurantes.
Também margeando a via está o Parque das Dunas uma Unidade de Conservação
Ambiental que exerce uma grande importância para a qualidade de vida da população
natalense. Com suas praias que servem para o desfrute dos hóspedes, a Via Costeira
abriga o principal equipamento de eventos da cidade, o Centro de Convenções, responsável
pelo grande número de eventos que acontecem em Natal. Por sua capacidade de agregar
diversos atrativos a Via Costeira junto com a Praia de Ponta Negra constituem-se no espaço
privilegiado para a prática turística, atraindo milhares de visitantes que chegam a Natal.
A Via Costeira apesar de sua importância para o turismo da cidade apresenta problemas
que dificultam o incremento do turismo da cidade. O maior deles é a questão da legislação
urbanística e ambiental que inibem a implantação de novos equipamentos turísticos no mais
propício espaço para desenvolvimento e dinamismo do turismo na cidade de Natal,
prejudicando assim, a renovação, atualização e modernização da atividade turística.
Por ser um espaço, historicamente, de fundamental importância para o desenvolvimento da
atividade turística na cidade e no estado, a Via Costeira sempre foi alvo de preocupação do
setor quanto a sua conservação e melhoria, tendo sido a duplicação um dos aspectos mais
reivindicados ao poder público. Apesar do atendimento pelo governo estadual, a tão
sonhada duplicação teve apenas seu traçado modificado com pequena melhoria na faixa de
rolamento. Houve a eliminação da ciclovia, a diminuição da largura dos passeios públicos, o
comprometimento da visualização da paisagem e trouxe graves problemas de visibilidade
nos retornos, principalmente o que dá acesso ao Centro de Convenções. Com todos esses
problemas, fica evidente que a intervenção governamental de “melhoria” da Via Costeira não
foi pensada nem projetada para uma área que tem função turística, apenas como uma via
que interliga dois bairros.
Há reclamações ainda da acessibilidade, sinalização turística, acessos a praia e ao Centro
de Convenções, transporte público, iluminação e segurança.
Corredor Cultural
Apresenta ao visitante de forma breve um perfil dos principais pontos turísticos da cidade.
Local onde abriga grande parte do patrimônio histórico e cultural de Natal, onde estão
186
inseridos os principais conjuntos arquitetônicos e as edificações isoladas, como igrejas e
monumentos. Dentre os bens tombados merece destaque a Fortaleza dos Reis Magos.
Também existem pontos de comercialização de artesanato.
A visitação ao centro histórico de Natal e/ou ao Corredor Cultural de Natal é bastante
prejudicada pela falta de infraestrutura receptiva. Este é visitado pelos turistas de maneira
bastante rápida, em city tours promovidos pelas agências de viagens. Não há qualquer
infraestrutura quer seja de equipamentos de apoio, de sinalização ou de interpretação
turística, que permita ao turista se guiar pelo centro histórico sozinho. Também não há rotas
de ônibus específicas para isso ou passeios guiados para turistas sozinhos ou mesmo em
grupo que não estejam viajando por agência de viagens.
Todos esses problemas já foram contemplados em planos e projetos de desenvolvimento do
Turismo Cultural para Natal, no entanto, percebe-se que não passaram de intenções. Até
hoje as ações previstas nos planos ainda não foram implantadas, a expectativa é que sejam
realizadas nesse novo programa do Governo Federal para as cidades históricas a ser
executado com recursos do PAC.
Rio Potengi
É um produto em evolução e que pode ter grande repercussão para o turismo da cidade.
Apresenta pequena visitação turística, sendo mais utilizado pela população local, embora
ofereça um excepcional atrativo - o por do sol. Também é possível apreciar sua bela
paisagem, onde estão situados, às suas margens, importantes equipamentos como a
Rampa, Iate Clube, atracadouro e Pedra do Rosário. Sobre o rio, ou mais precisamente na
foz do rio, está localizada a Ponte Newton Navarro. No local acontecem competições
náuticas e é um local propício para exploração do turismo náutico.
O produto é pouco explorado turisticamente, apesar do potencial que possui para o turismo
náutico e de contemplação cênica. Para viabilizá-lo como um produto turístico de grande
expressão são necessárias ações que possibilitem a revitalização da área com definição de
um projeto integrado de urbanização que contemple a implantação de novas estruturas,
sinalização turística, melhoria da acessibilidade, equipamentos como ancoradouros, marinas
e incentivo para investimentos voltados à criação de novas opções de lazer para a cidade.
Na parte ambiental é preciso ações para despoluição do rio e campanhas educativas de
preservação do meio ambiente, além da remoção da comunidade do Maruim que se situa
em área contígua a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN).
Eventos em Natal
O evento de maior expressão é o Carnatal, conhecido como um dos mais famosos
carnavais fora de época da região, atraindo um número significativo de pessoas. Outro
evento que tem impacto no turismo é o Natal em Natal, que se constitui por um conjunto de
eventos promovido pela prefeitura da cidade do Natal durante o final do mês de novembro
(marcado pela festa da padroeira de Natal Nossa Senhora da Apresentação) e o início de
janeiro (marcado pela Festa de Santos Reis). Especificamente, são apresentações
folclóricas, festas, shows, eventos culturais, e a festa de réveillon com shows pirotécnicos à
beira-mar.
Mesmo sendo importante evento para o turismo local, o Carnatal traz muitos transtornos
para a cidade e sua população. Localizado numa área de grande movimentação o Carnatal
187
prejudica a mobilidade urbana, provoca poluição sonora e ambiental, além da falta de
segurança para os foliões. É importante que seja realizado estudo para identificação de um
local mais adequado para o evento. Já o Natal em Natal necessita de melhor estruturação
para se consolidar como um grande evento da cidade, uma vez, que tem potencial para ser
um evento de atração turística.
O projeto Natal em Natal também inclui o Carnatal, a cidade não tem necessariamente um
local definido para os eventos do projeto, porém a maioria acontece nas praias de Ponta
Negra (Zona Sul), do Meio (Zona Leste) e Redinha (Zona Norte), e também acontecia no
antigo estádio Machadão. É durante esse período que acontecem às comemorações do
aniversário da cidade, em 25 de dezembro. Outro evento é o Encontro Natalense de
Escritores realizado desde 2006, que visa reunir nomes da literatura do estado e de outras
partes do país e do mundo. Também é realizado o Auto do Natal que é uma grande peça ao
ar livre que encena o nascimento de Jesus Cristo, e a Festa de Reis, comemorada no dia de
Santos Reis, 06 de janeiro, no bairro que traz o seu nome, que reúne missas, novenas,
procissão, apresentações de grupos folclóricos, barracas e comidas típicas no dia de Santos
Reis, encerrando o Natal em Natal.
Desde 2011 foi lançado o projeto Agosto da Alegria, pelo Governo do Estado, evento
cultural que vem atraindo cada vez mais um maior número de participantes, tanto morador
como turistas. Durante o "Agosto da Alegria" várias linguagens artísticas têm o seu espaço.
São apresentadas manifestações de Folclore e Brincantes; Parafolclóricas; Artesanato;
Gastronomia; Estudos Acadêmicos; Publicações; Áudio e Artes Visuais; Cultura Afro-
Brasileira; Cinema e Música. Além de valorizar o folclore e a cultura popular, o "Agosto da
Alegria" também tem como objetivo de ser um evento capaz oferecer lazer cultural para o
turista num período de baixa estação.
Os turistas que participam dos eventos em Natal aproveitam a oportunidade também para
desfrutar das praias da cidade, fazer passeios de buggy, bem como apreciar a gastronomia
local e o artesanato potiguar.
Praias Urbanas
São apreciadas pelos turistas e população local. Apresentam estrutura com equipamentos
de hospedagem e alimentação. São compostas pelas praias: da Redinha, Praia do Forte,
Praia do Meio, Praia dos Artistas, Praia de Areia Preta e Praia de Miami. Na área estão
localizados importantes equipamentos de comercialização de artesanato para o turismo. Os
passeios de buggies são o grande diferencial para os turistas, que além de conhecerem
quase todas as praias urbanas, têm a oportunidade de ir a diversos destinos do litoral do
estado.
As praias são importantes produtos do segmento sol e mar, mas, necessitam de
investimentos para melhoria de infraestrutura para sanar problemas como falta de
estacionamento, sinalização turística, mobilidade urbana, acessibilidade e sujeira nas praias.
Além disso, sofre limitações para sua revitalização impostas pelo Plano Diretor da cidade. É
preciso pensar em um projeto de reurbanização e revitalização da área, de modo que
propicie a vinda de novos investimentos privados para aquele espaço, principalmente
alternativas de lazer para os turistas e a população local. A questão da violência urbana,
provocando insegurança nas áreas, demanda atenção específica.
188
Vale ressaltar também que o projeto da ponte Newton Navarro não foi totalmente concluído
do lado da Redinha, faltando construir os acessos daquele lado e fazer a urbanização
previstos no projeto.
Como resultado dos estudos do diagnóstico, a questão da melhoria da infraestrutura urbana
e de apoio ao turismo foi um dos aspectos mais ressaltados para o desenvolvimento
turístico, uma vez que muitos problemas são comuns à maioria dos atrativos. Tais
problemas foram identificados tanto pelos consultores como também na opinião dos
gestores públicos e da comunidade, sendo também identificados na análise da Matriz
SWOT.
Para definição da importância dos atrativos e recursos, no diagnóstico foi realizada a
classificação dos produtos turísticos, determinando o seu grau de importância no quadro
geral da região, sendo possível estabelecer prioridades para a escolha e a tomada de
decisões para os governantes e empreendedores do Município. Para isso, foi utilizada a
metodologia do modelo de Ruschmann Consultores. Neste modelo, são determinados:
potencial de atratividade, critérios de hierarquização e critérios de priorização, a partir dos
quais irá se calcular o Potencial de Implantação do produto turístico.
189
Quadro 30 - Classificação de Hierarquias
Hierarquia Características
É todo atrativo turístico excepcional e de grande interesse, com significação para o
3 mercado turístico internacional, capaz de, por si só, motivar importantes correntes de
visitantes, atuais ou potenciais.
Atrativos sem mérito suficiente para serem incluídos nas hierarquias superiores, mas
que formam parte do patrimônio turístico como elementos que podem complementar
0 outros de maior hierarquia, no desenvolvimento e funcionamento de quaisquer das
unidades do espaço turístico que, em geral, podem motivar correntes turísticas locais,
em particular a demanda de recreação popular.
190
atividade turística tradicional. Entretanto, ressalta-se que, para o segmento de
ecoturismo, muitas vezes o difícil acesso acaba por constituir-se como um fator
positivo. Além disso, um atrativo tradicional com um alto grau de interesse, porém
com acessibilidade precária deve ter seu acesso melhorado a fim de gerar um fluxo
turístico efetivo.
Condições receptivas (f): analisa a infra-estrutura receptiva instalada no atrativo e
em seu entorno, levando em conta elementos como banheiros públicos, serviços de
alimentação e hospedagem, estacionamento e outros. Atrativos com um alto grau de
interesse e condições receptivas precárias são prioritários para ações de
implantação de infraestrutura.
Fragilidade (g): valoriza a capacidade de suporte das pressões de visitação, ou
seja, quanto menos frágil o elemento em relação à visitação, mais interessante será
para seu desenvolvimento turístico; quanto mais frágil, maiores serão os obstáculos
para sua incorporação ao turismo.
191
Quadro 31 - Valoração dos critérios de hierarquização e priorização.
Valores
Critérios
0 1 2 3
Médio,
Potencial de Atratividade Baixo, pequena Alto, grande
Nenhum Atratividade
(a) Atratividade Atratividade
Mediana
Fluxo Turístico Pouco intenso, pequeno Média intensidade e Muito intenso, grande
Grau de Uso Atual (b)
Hierarquização
192
Tabela 44 - Classificação dos Principais Produtos Turísticos em Natal.
Potencial de Grau de
Representatividade Apoio local e Acessibilidade Condições
Produto/Atrativo atratividade uso atual
(c) Comunitário (d) (e) Receptivas (f)
Fragilidade (g)
(a) (b)
Ponta Negra 3 3 3 3 2 1 3
Via Costeira 3 3 1 2 1 1 2
Corredor cultural 1 1 1 1 3 2 1
Rio Potengi/Por do Sol 1 1 1 1 2 2 3
Eventos em Natal 2 3 1 1 1 3 1
Praias Urbanas 1 3 1 1 1 2 2
193
A partir da valoração das variáveis de cada produto turístico foi montado um ranking que
expressa à ordem de importância dos produtos e que pode servir como sinalizador de
prioridades de investimentos a serem realizados na AT de Natal.
Índice de Hierarquia: Analisa a importância de um determinado atrativo ou recurso
para a atividade turística no Município. Quanto maior o valor numérico atribuído,
maior a importância do elemento. É calculado pela soma das quatro variáveis de
hierarquia (IH = b + c + d).
Índice de Priorização: Indica o grau de prioridade de ações de conservação,
estruturação do acesso, das condições receptivas e relativas à fragilidade. O maior
valor indica aqueles de maior necessidade de intervenções. Calcula-se a partir da
multiplicação das variáveis de priorização (IP = e x f x g).
Índice de Implantação: É um número arbitrário obtido da multiplicação direta dos
índices de Hierarquização, Priorização e do Potencial de Atratividade. Avalia a
prioridade de intervenção segundo a importância do atrativo, sendo que aqueles de
maior importância e prioridade ocupam as primeiras posições (I = a x IH x IP).
Tabela 45 - Índices dos Produtos Turísticos – Natal.
194
importante evento consolidado no calendário turístico de Natal, que apresenta o alto grau de
uso, como também condições receptivas positivas, seguido do Natal em Natal.
Depois, ficou o produto Praias Urbanas que é um atrativo de grande significado para o
segmento de sol e mar, mas, que por não terem alto índice de representatividade e nem de
potencial de atratividade, apresentou um ranking mais baixo. Contudo, o produto necessita
da realização de ações e projetos que melhore sua infraestrutura.
Por último, o produto Corredor Cultural que apresenta forte potencial para ser desenvolvido,
mas que demanda ações de melhoria estruturantes para sua comercialização. No PDITS do
Polo Costa das Dunas e em outros programas governamentais estão previstos a captação
de recursos federais para investimento em diversos projetos.
197
4. MATRIZ SWOT
A análise SWOT é uma técnica de planejamento estratégico que identifica e cruza os Pontos
Fortes (Strength), Pontos Fracos (Weaknessess), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats) de um determinado elemento. Aspectos próprios do elemento analisado fazem
parte do Ambiente Interno (Pontos Fortes e Fracos), enquanto na análise do Ambiente
Externo, o foco é o ambiente no qual ele se encontra (Oportunidades e Ameaças). Essa
metodologia possibilita o cruzamento das quatro categorias de informação, resultando em
estratégias a serem seguidas a fim de conseguir o sucesso do elemento analisado.
Quadro 32 - Matriz SWOT
DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO
198
Quadro 33 - Análise SWOT – Estratégia de Produto Turístico – Produto Natal.
199
Quadro 34 - Análise SWOT – Estratégia de Produto Turístico – Infraestrutura de Apoio ao Turismo e
Serviços
200
Quadro 35 - Análise SWOT – Estratégia de Comercialização.
201
Quadro 36 - Análise SWOT – Fortalecimento Institucional.
202
Quadro 37 - Análise SWOT – Infraestrutura e Serviços Básicos.
203
Quadro 38 - Análise SWOT – Gestão Ambiental
204
5. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
205
Figura 56 - Áreas de Influência do Turismo em Natal
209
versam sobre o urbano e o ambiental, devendo a legislação passar periodicamente por
revisão pela sociedade e provocação pelos gestores, para harmonizar cada vez mais a
atividade turística, o ambiente urbano e os ambientes naturais dinâmicos, resolvendo
questões como os passivos ambientais.
Na elaboração do Diagnóstico Estratégico ficou evidenciado na identificação das principais
características sociais, econômicas, ambientais e turísticas que a AT de Natal possui uma
certa homogeneidade em vários aspectos, podendo-se atribuir, de fato, a esse espaço o
título de Área Turística, entendida como um espaço geográfico definido, contínuo,
vocacionado para o desenvolvimento da atividade turística por meio de atrativos turísticos
similares e também complementares.
Com a definição da AT de Natal fica estabelecido em qual espaço geográfico a prática
turística da cidade acontece e para onde devem ser focados os esforços e os recursos para
dinamizar o turismo em bases sustentáveis.
Para os gestores públicos e privados do turismo além da indicação de qual espaço deva
receber a atenção governamental, a definição da AT poderá gerar vantagens competitivas
ligadas a uma posição diferenciada se comparada a outras áreas turísticas competidoras, e
poderá facilitar a escolha de quais atividades e recursos culturais ou naturais serão
priorizados na comercialização e divulgação.
A AT selecionada também será capaz de criar vínculos entre elementos e iniciativas
turísticas existentes, que inicialmente estavam dispersos e não relacionados entre si, como
no caso de exploração do turismo náutico, e maior integração do setor cultural com o
turístico.
Por fim, o reconhecimento da existência de uma AT deverá ser objeto de uma política de
governo com início, meio e fim para organizar o desenvolvimento do turismo em Natal no
presente e no futuro.
210
6. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
O Cenário de Desenvolvimento é tomado como referência para a formulação das
estratégias propostas apresentadas para o PDITS. As estratégias irão determinar as
grandes linhas de ação necessárias para o alcance dos objetivos propostos durante
o período de vigência do PDITS. Em função do diagnóstico realizado e das áreas
críticas de intervenção identificadas, as estratégias devem determinar as prioridades
de desenvolvimento da atividade turística na Área Turística.
212
Quadro 41. Cenário de Desenvolvimento de Comercialização
SITUAÇÃO ATUAL CENÁRIO DE DESENVOLVIMENTO
Divulgação de Natal nos mercados nacional e internacional Divulgação de Natal realizada com base em um Plano
realizada de forma aleatória de Marketing
Realização do Salão de Turismo Rota 101 Roteiros turísticos regionais integrados a partir da BR
101
Turismo do Nordeste atua de forma desarticulada Capitais do Nordeste divulgando o turismo em Ações de
divulgação contínua nas capitais mais próximas
Eventos reconhecidos turisticamente (Carnatal, Agosto da Eventos consolidados turisticamente com forte poder de
Alegria e Natal em Natal) atração comercial
Ações de promoção turísticas desarticuladas e Promoção e divulgação turísticas monitoradas e
descontínuas avaliadas regularmente
Inexistência de marca que identifique o destino Natal Marca Natal conhecida mundialmente
Falta de segmentação na promoção e comercialização Promoção turística comercializada atendendo aos
turística. segmentos
Investimentos de promoção priorizam o mercado Maior investimento em divulgação turística no mercado
internacional em detrimento do nacional, embora este seja o nacional e regional
que mais gera fluxo para o destino Natal
Site institucional defasado, sem informações específicas, Site do município com informações sobre produtos e
que serve apenas para fins de divulgação. serviços, apoiado em parcerias entre empresas
privadas e órgãos governamentais
Improvisação na avaliação dos resultados de divulgação e Processo de monitoramento e avaliação dos resultados
marketing das ações de turismo implantado, fundamentado em
indicadores criados a partir das bases de dados do
sistema de informações turísticas
Desinteresse na divulgação para mercados regionais Intensificação na divulgação nos mercados regionais
com aumento do fluxo turístico
Poucas opções de voos para Natal e oscilação dos preços Destino servido com mais voos diretos e preços
das passagens aéreas competitivos nos mercados nacional e internacional
Fonte: START – Pesquisa e Consultoria Técnica Ltda., 2013.
213
Quadro 43. Cenário de Desenvolvimento de Infraestrutura e Serviços Básicos
SITUAÇÃO ATUAL CENÁRIO DE DESENVOLVIMENTO
Acessos principais entre os destinos em bom Destinos e atrativos com acessos bem
estado de conservação e manutenção conservados e com acessibilidade adequada a
todos
Facilidade de acesso Aeroporto-Parque Hoteleiro Acesso amplo e funcional entre aeroporto e
equipamentos e serviços turísticos
Índice de violência mais elevado na área turística, Ampliação e qualificação dos efetivos policiais e
principalmente nas praias melhores equipamentos favorecendo a melhoria
da segurança pública da cidade;
Postos da DEATUR estruturados e com número de
efetivo adequado prestando segurança aos
atrativos turísticos
Aterro sanitário metropolitano Resíduos com destinação adequada e usinas de
reciclagem em funcionamento
Insuficiência da cobertura de saneamento básico Redes de coleta e tratamento de esgotos
implantados e fiscalização efetiva para impedir o
lançamento de esgoto nas redes de drenagem,
contribuindo para a redução da poluição dos
cursos d’água e do mar
Terminal de passageiros desestruturado Terminal rodoviário com estrutura turística
Transporte público deficiente Sistema de transporte para o turista ampliado; e
Sistema de transporte público adaptado para
atender o turista e os trabalhadores do setor
turístico
Atrativos e produtos turísticos com acessibilidade Atrativos e produtos turísticos com acessibilidade a
precária todos os turistas
Limpeza urbana da AT deficiente Área Turística limpa e com coletores de lixo
implantados
Fonte: START – Pesquisa e Consultoria Técnica Ltda., 2013.
214
As estratégias apresentadas abaixo resultam da síntese das análises realizadas
anteriormente e definem as linhas de planejamento que deverão ser seguidas para o
planejamento turístico da Área Turística de Natal.
217
7. PLANO DE AÇÃO
O Plano de Ação reúne o conjunto de ações necessárias para serem implementadas na AT
de Natal. Para definição das ações, além das identificadas nos estudos do presente plano
foram considerados os projetos a serem executados para Natal, previstos no Plano de Ação
do PDITS do Polo Costa das Dunas; bem como os projetos a serem executados com
recursos do PAC das cidades históricas e projetos que serão viabilizados com recursos
captados pela administração pública municipal, como é o caso da requalificação urbanística
das praias urbanas de Natal, exceto Redinha e a sinalização turística estão sendo executas
através de recursos da Prefeitura.
Tais ações, após o detalhamento, serão apresentadas em 03 (três) quadros distintos: a) no
primeiro serão listadas todas as ações propostas para a AT independentemente da fonte de
financiamento a ser mobilizada e dos órgãos responsáveis; b) as ações elegíveis pelo
PRODETUR Nacional serão objeto do segundo quadro, e, c) finalizando o item será
apresentado o terceiro quadro com as ações selecionadas para serem financiadas nos 18
primeiros meses de execução do Programa.
218
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim, é ação
exigida por lei.
Descrição da ação: Elaboração de projetos para requalificação urbanística e paisagística
dos trechos das praias urbanas de Natal, incluindo a drenagem, esgotamento sanitário e
melhoria da pavimentação das vias adjacentes à orla. Delimitação das especificações
técnicas e de execução dos projetos de requalificação urbanística. Um dos produtos desse
projeto deverá ser um Plano de Praias, que irá definir a capacidade de carga e os tipos de
serviços necessários (banheiros, estacionamento, postos de guarda-vidas etc.).
Custo Estimado: R$ 200.000,00
Produtos e Resultados: Projeto Básico, Projeto Executivo e Licença Ambiental; Plano de
Praias; Melhoria da qualidade cênica, paisagística e ambiental da orla, com infraestrutura
adequada para receber banhistas; Diminuição da sazonalidade.
Ação 03. Elaborar estudo com diagnóstico, projeto básico e projeto executivo para melhorar
a acessibilidade nos espaços urbanos e edificados no Alto de Ponta Negra e Praia da
Redinha.
Objetivo: Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e
materiais a serem utilizados, de modo a garantir a viabilidade técnica e ambiental das obras
e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa: A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução
de obras e para a prestação de serviços devem obedecer a seguinte ordem: elaboração de
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim, é ação
exigida por lei.
Descrição da ação: Elaboração de diagnóstico, projeto básico e projetos executivos para
melhorar a acessibilidade, sinalização viária e estacionamentos das áreas turísticas de
Natal.
Custo Estimado: R$ 300.000,00
Produtos e Resultados: Projeto básico, Projeto executivo e Licença Ambiental.
219
Ação 04. Executar obras para a melhoria da acessibilidade nos espaços urbanos e
edificados no Alto de Ponta Negra e Praia da Redinha.
Objetivo: Melhorar a acessibilidade aos produtos, atrativos turísticos e espaços urbanos do
entorno, especialmente para os deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida.
Justificativa: A maioria dos produtos e atrativos turísticos de Natal e os espaços urbanos
do seu entorno apresentam grande fluxo de pessoas e de automóveis, necessitando, pois,
de uma readequação para dotá-los de condições adequadas ao deslocamento e
permanência de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Descrição da ação: Execução de obras de acordo com o projeto executivo para melhorar a
acessibilidade, sinalização viária e estacionamentos das áreas turísticas de Natal.
Custo Estimado: R$ 3.000.000,00
Produtos e Resultados: Melhoria da acessibilidade dos produtos e atrativos turísticos e
dos espaços urbanos do seu entorno; Melhoria no deslocamento de pessoas e veículos;
Maior comodidade para motoristas.
Ação 05. Elaborar estudo de concepção, projeto básico e projeto executivo para
requalificação urbanística e paisagística da margem direita do Rio Potengi, se estendendo
da Ponte Newton Navarro até a Ponte de Igapó.
Objetivo: Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e
materiais a serem utilizados, de modo a garantir a viabilidade técnica e ambiental das obras
e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa: A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução
de obras e para a prestação de serviços devem obedecer a seguinte ordem: elaboração de
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim, é ação
exigida por lei.
Descrição da ação: Elaboração de estudos de concepção, projeto básico e projeto
executivo, além de estudos de viabilidade econômica e ambiental para requalificação
urbanística e paisagística da margem direita do Rio Potengi, a partir da Ponte Velha de
Igapó até a Ponte Newton Navarro, em conformidade com a legislação ambiental e o Plano
Diretor Municipal. O projeto deverá contar também com projeto de interpretação turística do
lugar, utilizando-se diversas técnicas de interpretação, a fim de proporcionar ao visitante
uma experiência mais enriquecedora com o patrimônio natural e histórico-cultural da área.
Custo Estimado: R$ 500.000,00
Produtos e Resultados: Projeto básico, Projeto Executivo e Licença Ambiental.
221
bastante reduzida, tanto na maré alta como na baixa, criando conflito pelo uso do espaço
para lazer entre os visitantes e os trabalhadores formais ou informais.
Descrição da Ação: Deverá ser realizado estudo de viabilidade técnica, econômica e
ambiental para promover a recuperação da faixa terrestre da praia (faixa de areia emersa),
de modo que as estruturas urbanas existentes não sejam comprometidas frente a processos
de erosão costeira, que devem ser evitados ou reduzidos. E ainda, estudos sobre a
viabilidade de acrescer material arenoso adequado para aumentar a largura da referida faixa
de areia, criando um ambiente em equilíbrio dinâmico, que possa ser melhor utilizado pelas
pessoas, eliminando os conflitos de espaço e aumentando a qualidade do produto turístico.
Custo Estimado: 3.000.000,00
Produtos e Resultados: Estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental elaborado
para evitar processos de erosão costeira nas praias urbanas de Natal e melhorar a
qualidade do produto turístico. Estudo submetido ao licenciamento ambiental pelo órgão
competente para receber as devidas contribuições.
Ação 01. Apoiar as ações previstas no PDITS do Polo Costa das Dunas e do PAC das
Cidades Históricas previstas para Natal, de modo a promover a qualificação do patrimônio
histórico-cultural e o seu aproveitamento turístico.
Objetivo: Complementar a oferta de sol e praia mediante a inclusão de produtos culturais
como forma de atrair um maior número de turistas.
Justificativa: A ações de recuperação e estruturação do patrimônio histórico-cultural
agregará mais atrativos culturais à oferta turística da AT de Natal, bem como beneficiará a
população natalense e potiguar com mais espaços de lazer e cultura. A sua concretização
situa-se num contexto de fortalecimento do turismo cultural como complementação ao
turismo de sol e praia no Destino Natal, possibilitando incremento do gasto médio por turista.
Descrição da ação: Articulação entre a SETURDE e os órgãos estaduais que irão implantar
as ações do PDITS do Polo Costa das Dunas.
Custo Estimado: Zero.
Produtos e Resultados: Maior competitividade do produto turístico; Aumento número de
empregos formais no turismo; Aumento no número de eventos culturais como atração
turística.
223
Objetivo: Realizar diagnóstico visando obter subsídios para a elaboração de nova proposta
de qualificação profissional para o setor turístico da AT de Natal, identificando os segmentos
que precisam de aperfeiçoamento.
Justificativa: A necessidade de realização do Diagnóstico de Oferta e Demanda da
Capacitação Profissional deve-se ao dinamismo do turismo e, conseqüentemente, à
constante necessidade de atualização e aprendizado de inovações. O primeiro Diagnóstico
foi realizado em 2005 para o Polo Costa das Dunas e parte de suas metas já foram
alcançadas.
Descrição da ação: Realização do Diagnóstico de Oferta e Demanda da Capacitação
Profissional do Setor Turístico da AT de Natal, para possibilitar a definição do Plano de Ação
para capacitação de profissionais do setor e da população. Contudo, espera-se que o novo
diagnóstico seja focado para atender à demanda de capacitação para os segmentos de
turismo priorizados no PDITS de Natal: turismo de sol e praia, turismo náutico, turismo de
eventos, turismo cultural e turismo de aventura/natureza, de modo que sejam capacitados
população e profissionais para atuarem nessas áreas. O Plano de Ação deverá ainda propor
indicadores de acompanhamento da eficácia dos Programas de Capacitação Profissional,
como nível de satisfação com os cursos, taxa de empregabilidade após o curso, etc.
Custo Estimado: R$ 200.000,00.
Produtos e Resultados: Diagnóstico de Oferta e Demanda de Capacitação Profissional;
Plano de Ação para Capacitação Profissional.
225
Descrição da Ação: Execução dos projetos e contratação de pessoal conforme indicado no
projeto executivo.
Custo Estimado: R$ 3.000.000,00
Produtos e Resultados: Melhoria da qualidade do produto turístico; Melhoria dos níveis de
satisfação com as informações turísticas; Novas ferramentas para coleta de dados sobre
turistas.
Ação 01. Apoio na Identificação de espaço mais adequado para realização de grandes
eventos de rua (Carnatal e outros).
Objetivo: Buscar um local mais adequado para a realização de grandes eventos de ruas,
como Carnatal, de modo que o evento proporcione conforto, comodidade e tranquilidade
para quem participa e não traga transtorno para a população (comerciantes, residentes na
área e pessoas que se deslocam pelas imediações do local do evento).
Justificativa: O Carnatal é o evento mais expressivo do calendário da cidade, atraindo
milhares de pessoas, tanto turistas como residentes. No entanto, no período de preparação
do evento como durante a sua realização a população da cidade sofre diversos transtornos
pela sua localização ser em bairro de grande movimentação, onde se localizam residências,
comércio, além de prejudicar a mobilidade urbana por ser passagem para outros bairros da
cidade.
Descrição da ação: Relocação do Carnatal para um local mais adequado com menos
impacto negativo para a população local.
Custo Estimado: Zero
Produtos e Resultados: Carnatal realizado em local adequado, sem causar muitos
impactos negativos para a população da cidade.
Ação 02. . Elaborar estudos de concepção, projeto básico e projeto executivo para um
Espaço Multiuso para Feiras e Eventos com infraestrutura capaz de atrair grandes eventos
nacionais e internacionais nas mais diversas modalidades e com acesso e estacionamento
compatível para a sua capacidade.
Objetivo: Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e
materiais a serem utilizados, de modo a garantir a viabilidade técnica e ambiental das obras
e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa: A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução
de obras e para a prestação de serviços devem obedecer a seguinte ordem: elaboração de
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim, é ação
exigida por lei.
Descrição da ação: Elaboração de estudos de concepção, projeto básico e projeto
executivo de engenharia, arquitetura e avaliação de impactos ambientais e
socioeconômicos, com vistas à implantação de um novo Centro de Convenções para Natal.
Os projetos devem atentar para a acessibilidade para portadores de necessidades
especiais, sistema de segurança, bem como a incorporação de novos espaços de interesse
para o turista.
Custo Estimado: R$ 15.000.000,00
226
Produtos e Resultados: Projeto básico; Projeto executivo e Licença Ambiental.
Ação 03. Implantar Espaço Multiuso para Feiras e Eventos com infraestrutura capaz de
atrair grandes eventos nacionais e internacionais nas mais diversas modalidades e com
acesso e estacionamento compatível para a sua capacidade.
Objetivo: Incrementar o turismo de eventos com a construção de Espaço Multiuso para
Feiras e Eventos com condições de atrair grandes eventos e competitividade com disputar
mercado com os demais estados da região Nordeste.
Justificativa: Natal conta com um Centro de Convenções, localizado na Via Costeira,
responsável pelo grande número de eventos que ocorrem na cidade. Apesar de já ter
passado por ampliação e reforma o Centro de Convenções da Via Costeira tem sérias
limitações, não comportando mais ampliações para aumento de capacidade.
Descrição da Ação: Execução das obras conforme recomendações dos estudos e projetos
básico e executivo.
Custo Estimado: R$ 300.000.000,00
Produtos e Resultados: Espaço Multiuso para Feiras e Eventos com capacidade para
atrair diversos eventos de grande porte; Incremento do turismo de eventos; Diminuição da
sazonalidade do turismo.
228
vinculados ao plano comunicacional e dos objetivos gerais relacionados ao plano de
marketing do destino Natal.
Custo Estimado: R$ 3.700.000.00
Produtos e Resultados: Maior divulgação do destino; Fortalecimento da imagem de Natal;
Aumento do fluxo e receita turística; Diminuição da sazonalidade; Material promocional com
enfoque educativo-informativo e diferencial; Turistas mais informados e com atitudes de
respeito ao meio ambiente e ao patrimônio histórico-cultural.
229
Ação 05. Implantar sistema de informação e controle das campanhas de divulgação
turística.
Objetivo: Implantar sistema de informação e controle das campanhas de divulgação
turística, com vistas a tornar as ações de comunicação e marketing mais eficientes e
eficazes.
Justificativa: A ausência de um plano de marketing que oriente as ações comunicacionais
gera perda de coerência na tomada cotidiana de decisões e, sobretudo, nos ajustes
necessários às mudanças que se pretendam empreender na promoção turística. A
existência de um plano é como a escolha da rota de viagem, propicia estabelecer direção,
nexo e rumo para as ações de marketing. Além disso, o plano estabelece os mecanismos de
acompanhamento e controle para garantir que as ações sejam implantadas corretamente,
tanto em seu conteúdo como no tempo e no cumprimento do orçamento disponível. Por tudo
isso, um sistema de informação e controle deve ser implantado para os gestores do turismo
possam realizar a avaliação dos resultados.
Descrição da Ação: Estudos e pesquisas baseados em dados disponíveis que devem ser
atualizados com um calendário conhecido; controles de aplicação que permita comparar se
o que foi planejado foi realizado e, informes técnicos de aplicação que deve ser exigido dos
responsáveis tanto técnicos como gestores sobre o progresso da implantação.
Custo Estimado: R$ 100.000,00.
Produtos e Resultados: Eficiência e eficácia nas ações de marketing; Otimização dos
gastos com promoção turística; Turistas com o perfil desejado.
230
Objetivo: Dotar a gestão municipal de um plano com ações que possibilite um
fortalecimento das competências institucionais como forma de incrementar o
desenvolvimento do turismo.
Justificativa: A gestão do órgão municipal de turismo carece de ações que possibilite o
melhor de desenvolvimento de ações para a atividade turística. Não possui ferramentas e
equipamentos modernos, com equipe efetiva e qualificada que atendam as exigências do
mercado.
Descrição da Ação: Elaborar diagnóstico da situação atual do órgão de turismo e propor
ações da estruturação, com estabelecimento de estratégias para formação de quadro
técnico efetivo no órgão, programa de capacitação dos técnicos, aquisição de ferramentas e
equipamentos, bem como fortalecimento da instância de governança.
Custo Estimado: R$ 200.000,00
Produtos e Resultados: Plano de fortalecimento institucional elaborado com detalhamento
de ações a serem implantadas.
232
Ação 03. Estruturar um Sistema de Informações Turísticas.
Objetivo: Armazenar dados e disponibilizá-los de maneira adequada para que possam ser
transformados em conhecimento e apoiem a tomada de decisão e o controle do processo de
planejamento e gestão do turismo.
Justificativa: O turismo tem um significado muito importante, tanto para os profissionais do
setor, pesquisadores, estudantes, empresários, gestores públicos, como para os que
desfrutam desta atividade. Nesse sentido, a informação é especialmente vital para
movimentar, aproximar, viabilizar e dar visibilidade a todos os seus elementos. Como o
turismo também se espalha por territórios ao redor do planeta – por meio de políticas locais
para atrair demandas, ou como resultado dos deslocamentos dos viajantes, espontâneos ou
incentivados –, a tecnologia tornou-se elemento fundamental para que o setor opere de
forma eficiente, eficaz, competitiva e qualificada e para que os usuários, ou seja, os turistas
tenham suas necessidades e desejos atendidos e os gestores da atividade possam planejar
com base em informações confiáveis.
Descrição da Ação: Criação de um sistema de informações turísticas, amplo e integrado,
com acesso separado por área de interesse (gestão pública, empresários, investidores,
estudantes e sociedade), contendo dados sobre a demanda e oferta turística de Natal, e
informações sobre as políticas, planos, programas, projetos e ações de interesse turístico,
além da elaboração de manual para o usuário do sistema.
Custo Estimado: R$ 300.000,00.
Produtos e Resultados: Sistema de Informações Turísticas estruturado e funcionando;
Softwares disponíveis para os usuários; Manual para o usuário do sistema elaborado.
Ação 01. Criar e Implantar Projeto de Educação Turística, com enfoque socioambiental e
cultural.
Objetivo: Permitir que a população local e os visitantes façam uma reflexão sobre as
práticas turísticas, de modo a promover mudanças nas formas de pensar e agir em relação
a questão socioambiental e cultural
Justificativa: Em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e
do seu ecossistema, cria-se a necessidade de uma articulação com a produção de sentidos
sobre a educação ambiental. O desafio que se coloca é de formular uma educação
ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve
ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social.
Descrição da Ação: Como se trata de uma ação no campo educativo com um caráter
transversal, há de se prever a realização de experiências concretas de educação ambiental
de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de
formação. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o
homem, a natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se
esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano.
Custo Estimado: R$ 200.000,00.
Produtos e Resultados: Mudanças de atitudes em relação ao turismo e ao meio ambiente;
Experiências educativas criativas e inovadoras.
233
7.1.4. Ações do Componente IV - Infraestrutura e Serviços Básicos
ESTRATÉGIA 01. Incremento e recuperação a infraestrutura e serviços básicos para o
turismo, como forma de qualificar o produto turístico, e melhorar a qualidade de vida das
comunidades locais.
Ação 01. Elaborar projeto básico e projeto executivo para a requalificação urbanística e
paisagística dos acessos a Ponte Newton Navarro.
Objetivo: Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e obras,
de modo a garantir a viabilidade técnica dos serviços e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa: A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução
de obras e para a prestação de serviços devem obedecer a seguinte ordem: elaboração de
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Além da
obtenção da Licença Ambiental.
Descrição da Ação: Elaboração de projetos básico e executivo e estudos de impacto
econômico, ambiental e social para conclusão dos acessos à Ponte Newton Navarro.
Custo Estimado: R$ 250.000,00.
Produtos e Resultados: Projeto básico; Projeto executivo, Estudo de impactos econômico,
social e ambiental e Licença ambiental.
Ação 02. Implantar a requalificação urbanística e paisagística dos acessos a Ponte Newton
Navarro.
Objetivo: Melhorar o acesso que vai da Ponte Newton Navarro a praia da Redinha e demais
praias do litoral norte, bem como a urbanização e a paisagem da área.
Justificativa: O acesso é precário, dificultando a circulação de carros de passeio e de
veículos de turismo.
Descrição da Ação: Execução das obras conforme definido nos projetos básico e
executivo.
Custo Estimado: R$ 5.000.000,00.
Produtos e Resultados: Acesso implantado; Maior facilidade para locomoção da
população local e dos turistas.
Ação 06. Implantar sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais nos bairros
de Ponta Negra, Ribeira, Rocas, Passo da Pátria e Redinha.
Objetivo: Melhorar a qualidade na prestação dos serviços de manejo de águas pluviais.
Justificativa: Eliminar os pontos de alagamentos nessas áreas.
Descrição da Ação: Elaborar ou atualizar projetos de macrodrenagem em conformidade
com o Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.
Custo Estimado: R$ 23.500.000,00.
Produtos e Resultados: Projetos de macro e microdrenagem; e, Implantação de
infraestruturas de drenagem.
Ação 10. Articular, apoiar e discutir a implantação de VLT (veículo leve sobre trilhos) na
Região Metropolitana de Natal.
Objetivo: Promover a articulação junto ao Governo Federal para captação de recursos para
implantação de VLT na Região Metropolitana de Natal.
Justificativa: Natal como os demais centros urbanos apresentam sérios problemas
relacionados ao transporte público e trânsito. Estudos mostram que investimento em
transportes coletivos é uma solução adequada para a mobilidade das cidades. Para Natal o
VLT será um novo modal de transporte para dinamizar o desenvolvimento da Região
Metropolitana de Natal e, especialmente para o turismo poderá interligar o aeroporto de São
236
Gonçalo do Amarante a área turística da cidade, oferecendo um serviço de qualidade,
confortável, pontual e barato.
Descrição da Ação: Fazer gestões junto ao Governo Federal para viabilizar recursos para a
execução do projeto do VLT na Região Metropolitana de Natal.
Custo Estimado: Zero.
Produtos e Resultados: VLT implantado em Natal, integrando a Área Turística de Natal, ao
Aeroporto de São Gonçalo do Amarante.
Ação 03. Criar programa de gestão ambiental das obras e atividades voltadas para o
turismo.
Objetivo: Subsidiar os procedimentos de licenciamento ambiental das obras e atividades
turísticas.
Justificativa: O licenciamento ambiental é obrigatório para a implantação de qualquer obra,
e deve ser iniciado ainda na fase de planejamento do projeto, quando se avalia se uma área
tem condição ambiental de receber projetos específicos. Ainda que se exija o licenciamento
ambiental, é comum não se acompanhar a execução da obra, ou o cumprimento das
condicionantes pontuadas nas licenças ambientais, o que geralmente requer uma gestão
ambiental contínua do projeto. Geralmente para os projetos contemplados para o PDITS, já
se prevê o procedimento de licenciamento ambiental, mas por vezes o projeto não destina
recursos suficientes para a elaboração de estudos ambientais, que fica a cargo do órgão
ambiental defini-los, sendo uma incógnita quanto ao custo de elaboração do mesmo. Além
disso, mesmo após o licenciamento, há uma série de condicionantes a serem cumpridas, ou
mesmo, acompanhados os impactos ambientais e executadas as mitigações previstas, que
caem no esquecimento do planejamento do projeto. Por isso é importante alocar recursos
para que se tenha garantia da execução de uma gestão ambiental dos projetos turísticos.
Descrição da Ação: Projetos executivos serão licenciados junto aos órgãos competentes;
havendo necessidade de acompanhamento na execução do projeto no âmbito de sua
gestão ambiental. Nesse caso, estudos ambientais e pareceres porventura exigidos por
órgãos ambientais competentes serão elaborados por equipe multidisciplinar competente e;
deve haver cumprimento das condicionantes das licenças ambientais, para manter os
projetos turísticos em obediência aos padrões ambientais exigíveis. Isto porque as licenças
ambientais são dotadas de prazo de validade e requerem gestão ambiental continuada para
pleitear a devida renovação.
Custo Estimado: R$ 3.000.000,00.
238
Produtos e Resultados: Projetos turísticos licenciados ambientalmente; estudos
ambientais elaborados; monitoramento contínuo dos projetos licenciados para o
cumprimento de possíveis exigências da licença ambiental e; licenças mantidas dentro do
prazo de validade.
Ação 04. Elaborar plano para a melhoria das condições ambientais do estuário do Rio
Potengi com potencial para o turismo.
Objetivo: Elaborar um Plano de Recuperação das Áreas Degradadas ao longo do estuário
do Rio Potengi.
Justificativa: A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução
de obras e para a prestação de serviços devem obedecer a seguinte ordem: elaboração de
projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim, é ação
exigida por lei.
Descrição da Ação: Para que o estuário do Rio Potengi possa ser melhor aproveitado pela
atividade turística, seu aspecto paisagístico deve ser contemplado. Como existem diversas
atividades econômicas ao longo do estuário, muitas das quais geram impactos em espaços
não mais utilizados atualmente, e outros que apresentam passivos ambientais, há
necessidade de elaboração de um plano de recuperação das áreas degradadas, para que a
rota turística possa desfrutar do por do sol no Rio Potengi. O plano deverá contemplar a
área localizada entre as duas pontes.
Custo Estimado: R$ 400.000,00.
Produtos e Resultados: Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) elaborado
para o estuário do Rio Potengi.
Ação 05. Implantar ações para melhorar as condições ambientais do estuário do Rio
Potengi com potencial para o turismo.
Objetivo: Executar as ações previstas no Plano de Recuperação das Áreas Degradadas
(PRAD) para o estuário do Rio Potengi.
Justificativa: Existe atualmente potencial turístico no estuário do Rio Potengi, o qual não é
aproveitado ou é subutilizado, principalmente na apreciação da paisagem ao por do Sol.
Observam-se necessidades de recuperação da qualidade de suas águas, o que já é
contemplado em outros projetos fora do PDITS, e no próprio PDITS quando sugeridas as
ações de implantação de esgotamento sanitário com tratamento. Entretanto, o aspecto
paisagístico do rio é muito importante, o que nem sempre tem sido observado para a sua
valorização visando o crescimento do turismo na área.
Descrição da Ação: Para que o estuário do Rio Potengi possa ser melhor aproveitado pela
atividade turística, seu aspecto paisagístico deve ser contemplado. Como existem diversas
atividades econômicas ao longo do estuário, muitas das quais geram impactos em espaços
não mais utilizados atualmente, e outros que apresentam passivos ambientais, há
necessidade de elaboração de um plano de recuperação das áreas degradadas, para que a
rota turística possa desfrutar do por do sol no rio Potengi.
Custo Estimado: R$ 10.000.000,00.
Produtos e Resultados: Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) executado
para o estuário do Rio Potengi.
Ação 06. Elaborar Plano de educação ambiental para a população situada na bacia
hidrográfica do Rio Potengi.
Objetivo: Elaborar plano de educação ambiental para a população na bacia hidrográfica do
Rio Potengi.
239
Justificativa: A recuperação da qualidade ambiental das águas do Rio Potengi passa não
somente pela execução de obras e implantação de esgotamento sanitário. É importante a
participação da população que reside diretamente na área de abrangência da bacia do Rio
Potengi, quanto à mudança de atitudes em sua relação com o rio. As pessoas podem ter
educação ambiental com orientações específicas, que irão contribuir na recuperação do rio,
através de ações como ligação de esgoto na rede pública, quando houver, eliminação de
ligação clandestina em redes de drenagem, o acondicionamento adequado dos lixos
produzidos, entre outras ações individuais necessárias, que indiretamente servirão de
caráter preventivo e corretivo na mitigação de impactos adversos.
Descrição da Ação: Deverá ser elaborado um plano de educação ambiental para a
população que reside nas áreas que contribuem de alguma forma para a qualidade
ambiental do Rio Potengi, direcionando ações específicas que podem ser adotadas
individualmente pelas pessoas para contribuir na melhoria da qualidade das águas do rio.
Para tanto será necessário definir a área de influência a ser afetada com as ações de
educação ambiental.
Custo Estimado: R$ 200.000,00.
Produtos e Resultados: Plano de educação ambiental elaborado para o estuário do Rio
Potengi.
Ação 07. Implantar plano de educação ambiental para a população situada na bacia
hidrográfica do Rio Potengi.
Objetivo: Implantar plano de educação ambiental para a população com vistas a orientar a
população residente na área a colaborar na recuperação do Rio Potengi.
Justificativa: A recuperação da qualidade ambiental das águas do Rio Potengi passa não
somente pela execução de obras e implantação de esgotamento sanitário. É importante a
participação da população que reside diretamente na área de abrangência da bacia do Rio
Potengi, quanto à mudança de atitudes em sua relação com o rio. As pessoas podem ter
educação ambiental com orientações específicas, que irão contribuir na recuperação do rio,
através de ações como ligação de esgoto na rede pública, quando houver, eliminação de
ligação clandestina em redes de drenagem, o acondicionamento adequado dos lixos
produzidos, entre outras ações individuais necessárias, que indiretamente servirão de
caráter preventivo e corretivo na mitigação de impactos adversos.
Descrição da Ação: Deverá ser elaborado um plano de educação ambiental para a
população que reside nas áreas que contribuem de alguma forma para a qualidade
ambiental do Rio Potengi, direcionando ações específicas que podem ser adotadas
individualmente pelas pessoas para contribuir na melhoria da qualidade das águas do rio.
Para tanto será necessário definir a área de influência a ser afetada com as ações de
educação ambiental.
Custo Estimado: R$ 1.000.000,00.
Produtos e Resultados: Plano de educação ambiental implementado para o estuário do
Rio Potengi.
240
ESTRATÉGIA 02. Melhoria dos instrumentos de controle e gestão ambiental.
Ação 01. Apoiar a Revisão da legislação municipal, para compatibilizá-la com o ritmo de
crescimento da cidade.
Objetivo: Revisar a legislação urbanística e ambiental vigente para proposição de
alterações com base nos interesses da atividade turística.
Justificativa: Diversos projetos turísticos, por vezes tornam-se inexequíveis em decorrência
de incompatibilidades com a legislação urbanística e ambiental vigente, ocasionando a não
implantação de projetos, alterações de área ou mesmo a total alteração de projeto, de modo
que não atendem as demandas necessárias para a atividade turística.
Descrição da Ação: A legislação ambiental e urbanística do município do Natal deve ser
revisada para que os projetos turísticos com previsão de implantação, possam ser melhor
orientados já em suas etapas iniciais de planejamento, antes da sua elaboração. Isso
evitaria que no caso de incompatibilidades de projetos com a legislação vigente, os projetos
turísticos tenham que passar por grandes alterações da sua concepção arquitetônica.
Custo Estimado: Zero.
Produtos e Resultados: Projetos turísticos ajustados à legislação urbanística e ambiental;
Novas proposições para o setor turístico a serem consideradas nas revisões das leis
municipais.
242
Quadro 4 - Dimensionamento do Investimento do Componente Produto Turístico - Plano de Ação da
AT de Natal
9.Elaborar projeto executivo para o engordamento das praias de Natal. 3.000.000,00 1.339.285,71
11. Apoiar as ações previstas no PDITS do Polo Costa das Dunas para Natal e do
PAC das Cidades Históricas que promovam o aproveitamento do patrimônio 0,00 0,00
histórico-cultural.
15. Implantar Consultoria para Apoio ao empreendedor turístico de Natal. 250.000,00 111.607,14
243
Quadro 46 - Dimensionamento do Investimento do Componente Comercialização - Plano de Ação da
AT de Natal
COMPONENTE – COMERCIALIZAÇÃO:
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1. Elaborar Plano de Marketing para a AT de Natal. 400.000,00 178.541,43
2. Implantar ações do Plano de Marketing. 3.700.000,00 1.651.785,71
3. Elaborar o calendário de eventos da cidade. 150.000,00 66.964,29
4. Implantar o calendário de eventos da cidade. 300.000,00 133.928,57
5. Implantar sistema de informação e controle das campanhas de
100.000,00 44.642,86
divulgação turística.
6. Reestruturar e atualizar o site institucional da SETURDE. 150.000,00 66.964,29
SUBTOTAL COMPONENTE 4.800.000,00 2.142.857,14
244
Quadro 48 – Dimensionamento do Investimento do Componente Infraestrutura e Serviços Básicos –
Plano de Ação da AT de Natal
COMPONENTE – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS:
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1. Elaborar projeto básico e projeto executivo para a requalificação urbanística e paisagística
dos acessos a Ponte Newton Navarro. 250.000,00 111.607,14
10. Apoiar e discutir a implantação de VLT na Região Metropolitana de Natal 0,00 0,00
11. Elaborar Plano de Transporte Seguro para o turismo de Natal. 200.000,00 89.285,71
245
7.2.2. Dimensionamento das Ações Elegíveis para o PRODETUR
Após a realização do dimensionamento total das ações necessárias para Área Turística de
Natal, foram selecionadas as que deveriam ser objeto de financiamento pelo PRODETUR
Nacional, estando apresentadas no quadro abaixo. As ações foram selecionadas por
componente de planejamento, com estimativa de custo em real e em dólar, estando este
último valor na cotação do dia 25 de julho de 2013, de R$ 2,24 = US$ 1.00. O valor global
das Ações Elegíveis para serem executadas com recursos do PRODETUR Nacional é
de R$ 73.000.000,00 equivalentes a US$ 32.589.285,71.
Quadro 50 - Dimensionamento das Ações elegíveis para o PRODETUR
COMPONENTE – PRODUTO TURÍSTICO:
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1.Elaborar estudos de concepção, projeto básico e projeto executivo de
requalificação urbanística e paisagística da orla da praia da Redinha. 200.000,00 89.285,71
246
(CONTINUAÇÃO) Quadro 50 - Dimensionamento das Ações elegíveis para o PRODETUR
COMPONENTE – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1. Elaborar Plano de Fortalecimento Institucional da gestão do turismo de Natal. 200.000,00 89.285,71
2. Implantar ações do Plano de Fortalecimento Institucional da gestão do turismo de
1.200.000,00 535.714,29
Natal.
3. Elaborar Plano Municipal de Turismo. 300.000,00 133.928,57
4. Realizar Pesquisas de Demanda Turística. 400.000,00 178.571,43
5. Realizar Inventário Turístico. 600.000,00 267.857,14
6. Estruturar um Sistema de Informações Turísticas. 300.000,00 133.928,57
7. Criar e Implantar Projeto de Educação Turística, com enfoque socioambiental e
200.000,00 89.285,71
cultural.
SUBTOTAL COMPONENTE 3.200.000,00 1.428.571,42
COMPONENTE – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1. Elaborar projeto básico e projeto executivo para a requalificação urbanística e
paisagística dos acessos a Ponte Newton Navarro. 250.000,00 111.607,14
247
financiamento existentes e, assim, chegar-se a um plano operativo para os primeiros 18
meses de execução.
As ações priorizadas para esses 18 primeiros meses para a AT de Natal fazem parte de um
contexto de fortalecimento dos produtos já existentes e também do incentivo a novos
segmentos e produtos turísticos, tendo como base o turismo de sol e mar, o turismo náutico.
turismo cultural, o turismo de eventos e também o turismo de aventura.
A relação das ações segue especificada abaixo, por componente de planejamento, sendo o
valor global das Ações Priorizadas para os 18 primeiros meses de R$ 17.300.000,00
equivalente a US$ 7.723.214,28.
Quadro 51- Ações Priorizadas para os 18 primeiros meses
COMPONENTE – PRODUTO TURÍSTICO
Ação/Projeto Valor R$ Valor US$*
1. Elaborar estudos de concepção, projeto básico e projeto executivo de
requalificação urbanística e paisagística da orla da praia da Redinha. 200.000,00 89.285,71
249
7.4. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS DURANTE OS DEZOITO
PRIMEIROS MESES DE FINANCIAMENTO DO PRODETUR NACIONAL
Para as ações elegíveis para realização durante os 18 primeiros meses de financiamento
pelo PRODETUR NACIONAL as mesmas foram caracterizadas, contendo as descrições
contidas no Plano de Ação, conforme fichas abaixo:
250
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar estudo com diagnóstico, projeto básico e projeto executivo para melhorar a acessibilidade nos espaços urbanos e
edificados no Alto de Ponta Negra e Praia da Redinha.
Objetivo:
Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e materiais a serem utilizados, de modo a garantir a
viabilidade técnica e ambiental das obras e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim,
é ação exigida por lei.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhorar a acessibilidade em pontos de interesse turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Fortalecimento do turismo; pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Descrição da Ação:
Elaboração de diagnóstico, projeto básico e projetos executivos para melhorar a acessibilidade, sinalização viária e
estacionamentos das áreas turísticas de Natal.
Responsável pela execução:
Prefeitura do Natal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOPI
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
300.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Plano Diretor Municipal e leis complementares; Normas de acessibilidade.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a execução de obras para melhoria da acessibilidade nos espaços urbanos e edificados no Alto de Ponta Negra e
Praia da Redinha.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Projeto básico, Projeto executivo e Licença Ambiental / Relatório Governamental
251
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar estudo de concepção, projeto básico e projeto executivo para requalificação urbanística e paisagística da margem
direita do Rio Potengi, se estendendo da Ponte Newton Navarro até a Ponte de Igapó.
Objetivo:
Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e materiais a serem utilizados, de modo a garantir a
viabilidade técnica e ambiental das obras e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim,
é ação exigida por lei.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Qualificação de produto turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Fortalecimento do turismo; A cidade, os turistas e a população local.
Descrição da Ação:
Elaboração de estudos de concepção, projeto básico e projeto executivo, além de estudos de viabilidade econômica e
ambiental para requalificação urbanística e paisagística da margem direita do Rio Potengi, a partir da Ponte Velha de Igapó até
a Ponte Newton Navarro, em conformidade com a legislação ambiental e o Plano Diretor Municipal. O projeto deverá contar
também com projeto de interpretação turística do lugar, utilizando-se diversas técnicas de interpretação, a fim de proporcionar
ao visitante uma experiência mais enriquecedora com o patrimônio natural e histórico-cultural da área.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOPI
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
500.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Observar informações do Projeto Orla, se já houver sido implantado; Plano Diretor Municipal e leis complementares; Decreto-
Lei nº 9.760/1946 – Bens imóveis da União; Lei estadual nº 7.871/2000 – Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Oriental;
Resolução CONAMA nº 303/2002 – Áreas de preservação permanente; Lei nº 4.771/1965 – Código Florestal Brasileiro;
CONAMA nº 369/2006 – Casos excepcionais de ocupação em áreas de preservação permanente; Resolução CONAMA nº
341/2003 – Empreendimentos turísticos e ocupação de dunas móveis.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação e requalificação urbanística e paisagística na margem direita do Rio Potengi.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Projeto básico, Projeto Executivo e Licença Ambiental./ Relatório Governamental.
252
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Apoiar a realização de estudos e projetos para a implantação de Marinas e Projetos de infraestrutura náutica para consolidação
do Turismo Náutico na cidade de Natal.
Objetivo:
Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e materiais a serem utilizados, de modo a garantir a
viabilidade técnica e ambiental das obras e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim,
é ação exigida por lei.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Qualificação de produto turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Fortalecimento do turismo; A cidade, os turistas e a população local.
Descrição da Ação:
Elaboração de estudos de concepção, projeto básico, além de estudos de viabilidade econômica e ambiental para implantação
de marina ou projeto de infraestrutura náutica.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
500.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Observar informações do Projeto Orla, se já houver sido implantado; Plano Diretor Municipal e leis complementares; Decreto-
Lei nº 9.760/1946 – Bens imóveis da União; Lei estadual nº 7.871/2000 – Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Oriental;
Resolução CONAMA nº 303/2002 – Áreas de preservação permanente; Lei nº 4.771/1965 – Código Florestal Brasileiro;
CONAMA nº 369/2006 – Casos excepcionais de ocupação em áreas de preservação permanente; Resolução CONAMA nº
341/2003 – Empreendimentos turísticos e ocupação de dunas móveis.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação e requalificação urbanística e paisagística na margem direita do Rio Potengi.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Estudo de Concepção, Projeto básico e Licença Ambiental./ Relatório Governamental.
253
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Realizar estudos para engordamento das praias de Natal.
Objetivo:
Elaborar estudos para recuperar o ambiente praial emerso da orla urbana do município do Natal.
Justificativa:
Nos últimos 10 anos têm sido comumente verificados processos de erosão costeira ao longo das praias urbanas na cidade do
Natal. Praias famosas como Ponta Negra, do Meio e Areia Preta, que são intensamente utilizadas pela atividade turística. As
estruturas urbanas construídas, por vezes em ambientes dinâmicos, acabam sofrendo desmoronamento devido a ação das
ondas, nas marés mais elevadas. Já há projetos de melhoria das estruturas urbanas existentes, recuperando as áreas
artificiais, tal como calçadões, entretanto a faixa de areia disponível para as pessoas fica comprometida e bastante reduzida,
tanto na maré alta como na baixa, criando conflito pelo uso do espaço para lazer entre os visitantes e os trabalhadores formais
ou informais.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Evitar processos de erosão costeira nas praias urbanas de Natal e melhorar a qualidade do produto turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Fortalecimento do turismo; A cidade, os turistas e a população local.
Descrição da Ação:
Descrição da Ação: Deverá ser realizado estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para promover a recuperação
da faixa terrestre da praia (faixa de areia emersa), de modo que as estruturas urbanas existentes não sejam comprometidas
frente a processos de erosão costeira, que devem ser evitados ou reduzidos. E ainda, estudos sobre a viabilidade de acrescer
material arenoso adequado para aumentar a largura da referida faixa de areia, criando um ambiente em equilíbrio dinâmico,
que possa ser melhor utilizado pelas pessoas, eliminando os conflitos de espaço e aumentando a qualidade do produto
turístico.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOPI
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
3.000.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Observar informações do Projeto Orla, se já houver sido implantado; Plano Diretor Municipal e leis complementares; Decreto nº
5.300/2004 – Regras de uso e ocupação da zona costeira; Lei nº 7.661/1988 – Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro;
Decreto-Lei nº 9.760/1946 – Bens imóveis da União; Lei estadual nº 7.871/2000 – Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral
Oriental; Resolução CONAMA nº 303/2002 – Áreas de preservação permanente; Lei nº 4.771/1965 – Código Florestal
Brasileiro; CONAMA nº 369/2006 – Casos excepcionais de ocupação em áreas de preservação permanente; Resolução
CONAMA nº 341/2003 – Empreendimentos turísticos e ocupação de dunas móveis.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a elaboração de projeto de engordamento das praias de Natal e sua respectiva implantação.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental elaborado./ Relatório Governamental
254
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Realizar Diagnóstico da Oferta e Demanda de Capacitação Profissional para Natal.
Objetivo:
Realizar diagnóstico visando obter subsídios para a elaboração de nova proposta de qualificação profissional para o setor
turístico da AT de Natal, identificando os segmentos que precisam de aperfeiçoamento.
Justificativa:
A necessidade de realização do Diagnóstico de Oferta e Demanda da Capacitação Profissional deve-se ao dinamismo do
turismo e, consequentemente, à constante necessidade de atualização e aprendizado de inovações. O primeiro Diagnóstico foi
realizado em 2005 para o Polo Costa das Dunas e parte de suas metas já foram alcançadas.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhoria da qualidade dos serviços turísticos.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Capacitação profissional; Melhoria da qualidade dos serviços.
Descrição da Ação:
Realização do Diagnóstico de Oferta e Demanda da Capacitação Profissional do Setor Turístico da AT de Natal, para
possibilitar a definição do Plano de Ação para capacitação de profissionais do setor e da população. Contudo, espera-se que o
novo diagnóstico seja focado para atender à demanda de capacitação para os segmentos de turismo priorizados no PDITS de
Natal: turismo de sol e praia, turismo náutico, turismo de eventos, turismo cultural e turismo de aventura/natureza, de modo que
sejam capacitados população e profissionais para atuarem nessas áreas. O Plano de Ação deverá ainda propor indicadores de
acompanhamento da eficácia dos Programas de Capacitação Profissional, como nível de satisfação com os cursos, taxa de
empregabilidade após o curso, etc.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
200.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação do Programa de Capacitação Profissional para AT de Natal.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Diagnóstico de Oferta e Demanda de Capacitação Profissional elaborado./ Relatório Governamental
255
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Implantar Consultoria para Apoio ao empreendedor turístico de Natal.
Objetivo:
Incentivar e estimular os empreendedores turísticos de Natal a investirem no setor, com base na economia criativa.
Justificativa:
Ser mais uma forma de orientação, incentivo e capacitação de empreendedores para o setor turístico, mostrando vantagens,
benefícios e os caminhos legais para investir no setor e/ou para promover a sua formalização visando estimular novas
oportunidades de negócios.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhoria da qualidade do serviço turístico e maior oferta de serviços.
Benefícios e Beneficiários:
Aumento no número de empreendimento e de serviços turístico; Fortalecimento do turismo;
Descrição da Ação:
Implantação de Consultoria para apoio aos empreendedores turísticos de Natal estimulando o aparecimento de novos negócios
para o setor turístico. Esta atividade deverá ter como base o conceito de Economia Criativa que engloba um conjunto de
atividades mercadológicas provenientes da capacidade criativa de pessoas empreendedoras que possibilita a geração de
produtos e serviços em áreas diversas e com retorno econômico.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
250.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Aumento na arrecadação de ISS.
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Aumento do número de empreendedores no setor turístico de Natal / JUCERN
256
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar Projeto de Rede de Postos de Atendimento integrado ao Sistema de Informações Turísticas do órgão de turismo.
Objetivo:
Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e obras, de modo a garantir a viabilidade técnica dos
serviços e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim,
é ação exigida por lei.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Turistas com acesso a informações turísticas.
Benefícios e Beneficiários:
Fortalecimento do turismo; Imagem corporativa de informação turística.
Descrição da Ação:
A rede será utilizada para apoiar a gestão turística municipal. O orçamento deverá incluir: a) o projeto conceitual da rede, e o
modelo de gestão da rede, b) o manual de imagem corporativa da rede, c) o estabelecimento de ferramentas tecnológicas de
intercâmbio de informações (Intra e Extranet) d) a elaboração de material promocional com parâmetros homogêneos e) a
capacitação do pessoal; e f) o orçamento para a contratação do pessoal durante o período de execução. Quanto aos postos de
atendimento: devem seguir aos parâmetros visuais e técnicos informados no projeto; ter funcionários efetivos e capacitados
para passar informações; servir de ponto de fornecimento de informações, bem como de obtenção de informações e dados
sobre os turistas que procuram os postos pelo preenchimento de questionários ou outros métodos de coleta de dados.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
200.000,00 Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Aumento da receita turística.
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Reestruturar e atualizar o site institucional da SETURDE
Realizar Pesquisas de Demanda Turística
Realizar Inventário Turístico
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Projeto de Rede e de Gestão Local de informações turísticas / Relatório Governamental
257
7.4.2. Fichas de Detalhamento de Ação – Estratégia de Comercialização
258
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar o calendário de eventos da cidade.
Objetivo:
Proporcionar um ordenamento cronológico dos eventos realizados em Natal, de modo a incentivar os promotores com a
divulgação gratuita de seus eventos, além de promover a dinamização da infraestrutura turística receptiva com aumento do
gasto turístico e das receitas turísticas.
Justificativa:
O setor de eventos cresce de maneira acentuada exigindo cada vez mais planejamento e organização, espaços bem
equipados, profissionais especializados e marketing competitivo na disputa por uma fatia do mercado. A existência de um
Calendário de Eventos para um destino turístico como Natal é uma forma de agregar valor aos seus produtos turísticos e um
dos fatores fundamentais para o desenvolvimento, tanto socioeconômico como histórico-cultural, da cidade. Além disso, a
realização de eventos traz bons resultados para seus núcleos receptores, contribuindo com a movimentação de fluxos
turísticos que se deslocam em busca de uma rede de infraestrutura e serviços. Com um calendário de eventos bem definido e
divulgado a cidade garante um fluxo de turistas durante todo o ano.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Mapeamento de eventos para divulgação, aumento do fluxo turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Diminuição da sazonalidade turística; Turismo de eventos fortalecido; A cidade com uma programação de eventos.
Descrição da Ação:
Um mapeamento dos eventos antecipadamente programados, de cunho social, cívico, histórico, esportivo, científico, técnico,
religioso, popular, etc., enumerados em ordem cronológica. O calendário constitui-se numa forma mais eficaz de concentrar,
divulgar e indicar os acontecimentos, além de ser o procedimento mais racional e imediato de propagá-los até os núcleos
emissores.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
150.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação do calendário de eventos da cidade.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Calendário de eventos elaborado / Relatório Governamental;
259
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Implantar o calendário de eventos da cidade.
Objetivo:
Divulgar e captar eventos para a cidade de Natal com vistas a incrementar o turismo de eventos e combater os efeitos da
sazonalidade.
Justificativa:
A divulgação do calendário de eventos é a solução para a crescente necessidade de ampliação dos setores de agenciamento,
hotelaria, catering e transporte, frente à expansão do volume de negócios desenvolvidos no mix de eventos. Por isso os
eventos são considerados como um agregador de valor ao produto turístico, sendo capaz de por si só, de gerar fluxos e
aumentar a permanência do turista no destino receptor.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Integração da cadeia produtiva do turismo; Fortalecimento do turismo.
Benefícios e Beneficiários:
Aumento no número de eventos turísticos; Diminuição da sazonalidade turística;
Descrição da Ação:
Divulgação do calendário de eventos nos mercados emissores para fugir da sazonalidade e, por meio dele manter a principal
atividade econômica do município em pleno desenvolvimento.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
300.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Aumento da arrecadação de ISS.
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Calendário de eventos elaborado e divulgado;/ Relatório Governamental
260
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Implantar sistema de informação e controle das campanhas de divulgação turística.
Objetivo:
Implantar sistema de informação e controle das campanhas de divulgação turística, com vistas a tornar as ações de
comunicação e marketing mais eficientes e eficazes.
Justificativa:
A ausência de um plano de marketing que oriente as ações comunicacionais gera perda de coerência na tomada cotidiana de
decisões e, sobretudo, nos ajustes necessários às mudanças que se pretendam empreender na promoção turística. A
existência de um plano é como a escolha da rota de viagem, propicia estabelecer direção, nexo e rumo para as ações de
marketing. Além disso, o plano estabelece os mecanismos de acompanhamento e controle para garantir que as ações sejam
implantadas corretamente, tanto em seu conteúdo como no tempo e no cumprimento do orçamento disponível. Por tudo isso,
um sistema de informação e controle deve ser implantado para os gestores do turismo possam realizar a avaliação dos
resultados.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Eficiência e eficácia nas ações de marketing; Turistas com o perfil desejado.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Otimização dos gastos com promoção turística;
Descrição da Ação:
Estudos e pesquisas baseados em dados disponíveis que devem ser atualizados com um calendário conhecido; controles de
aplicação que permita comparar se o que foi planejado foi realizado e, informes técnicos de aplicação que deve ser exigido dos
responsáveis tanto técnicos como gestores sobre o progresso da implantação.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
100.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Plano de Marketing
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Sistema implantado/ Relatório Governamental
261
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Reestruturar e atualizar o site institucional da SETURDE.
Objetivo:
Proporcionar aos turistas e a sociedade em geral acesso rápido e gratuito as informações sobre a cidade sua oferta e serviços
turísticos e outros aspectos institucionais de interesse público, buscando dar maior competitividade ao destino Natal.
Justificativa:
A internet mostrou ser uma ferramenta estratégica de distribuição direta para todo tipo de serviços turísticos, causando
mudanças e levando os órgãos públicos e as empresas privadas a aderirem a essa tecnologia revolucionária de comunicação.
Para o turismo ela é essencial, pois possibilita disponibilizar, amplamente, a informação de maneira rápida, fácil e de baixos
custos.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Aumento do fluxo turístico e maior divulgação do destino.
Benefícios e Beneficiários:
Novo canal de comunicação; Plataforma adequada para disponibilizar informações e serviços de maneira direta, ao turista e
sociedade. Gratuidade nas informações.
Descrição da Ação:
Criar e implantar site institucional do órgão municipal de turismo, como ferramenta facilitadora de informações e dados sobre o
turismo de Natal, que permita a divulgação e comercialização do destino. Deverá ter dados que atendam ao consumidor final,
empresários, estudantes e sociedade, permitindo ainda ser utilizado como um canal de prestação de contas.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
150.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Realizar Inventário Turístico
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Site atualizado/ Relatório Governamental
262
7.4.3. Fichas de Detalhamento de Ação – Estratégia de Fortalecimento Institucional
Nome da Ação:
Elaborar Plano de Fortalecimento Institucional da gestão do turismo de Natal.
Objetivo:
Dotar a gestão municipal de um plano com ações que possibilite um fortalecimento das competências institucionais como forma
de incrementar o desenvolvimento do turismo.
Justificativa:
A gestão do órgão municipal de turismo carece de ações que possibilite o melhor de desenvolvimento de ações para a
atividade turística. Não possui ferramentas e equipamentos modernos, com equipe efetiva e qualificada que atendam as
exigências do mercado.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhoria da gestão do turismo.
Benefícios e Beneficiários:
Fortalecimento do turismo; O setor de turismo com um órgão de turismo planejando e gerindo com competência.
Descrição da Ação:
Elaborar diagnóstico da situação atual do órgão de turismo e propor ações da estruturação, com estabelecimento de
estratégias para formação de quadro técnico efetivo no órgão, programa de capacitação dos técnicos, aquisição de
ferramentas e equipamentos, bem como fortalecimento da instância de governança.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
200.000,00 Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação das ações do Fortalecimento Institucional.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Plano de fortalecimento institucional elaborado / Relatório Governamental.
263
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar Plano Municipal de Turismo.
Objetivo:
Dotar a gestão municipal de instrumento de planejamento para implementar, promover e gerenciar integral e parcialmente a
Política Municipal de Turismo, bem como harmonizar programas, projetos e atividades turísticas municipais com as políticas,
diretrizes e orientações dos governos estadual e federal.
Justificativa:
Todo e qualquer plano de turismo em nível municipal deve ser entendido como parte integrante do Plano Nacional de Turismo,
ou seja, deve articular no nível local a política traçada no nível federal. Caso contrário, haverá uma multiplicidade de ações que
poderão apresentar discordância e que não agregarão valor ao produto. Por outro lado, há uma recomendação de que os
municípios deverão elaborar seus planos de turismo sintonizados com o Plano Nacional de Turismo 2013-2016.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Desenvolvimento do turismo realizado de forma ordenado e previamente definido.
Benefícios e Beneficiários:
Instrumento de Planejamento turístico; Fortalecimento do turismo; O setor de turismo e a cidade..
Descrição da Ação:
Plano elaborado de forma participativa e integrado aos demais instrumentos de planejamento do município. O documento
deverá reunir objetivos, diretrizes, estratégias e ações para os próximos quatro anos e consolidar a política de turismo em
consonância com o Plano Plurianual. O plano deverá também ser alinhado com a Política Nacional de Turismo, traduzida no
Plano Nacional de Turismo 2013-2016.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
300.000,00. Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Plano Municipal de Turismo elaborado; / Relatório Governamental.
264
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Realizar Pesquisas de Demanda Turística.
Objetivo:
Conhecer a opinião dos turistas que visitam a cidade de Natal, durante um período determinado, procedentes de qualquer
parte do país ou do exterior, identificando o perfil dos visitantes, seus hábitos, principais motivações, gastos e suas avaliações
dos bens e serviços ofertados pelo destino visitado, bem como necessidades e expectativas desses turistas, tendo em vista
orientar as ações dos setores públicos e privados para um planejamento adequado da atividade turística.
Justificativa:
No turismo é necessário que o planejamento do turismo seja pensado de modo a beneficiar não só o setor e seus empresários,
mas toda a comunidade receptora, além disso, faz-se mister que ele seja elaborado com base em informações concretas a
respeito das características da localidade, do perfil do turista, de estudos sobre o que se pretende no futuro. Para isso,
pesquisas como a de Demanda Turística são uma fonte vasta de informações, que podem indicar as melhores ações a serem
planejadas e as tendências a serem consideradas.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Aumento do fluxo turístico..
Benefícios e Beneficiários:
Dados estatísticos disponibilizados para a sociedade sobre o perfil do turista que visita a cidade; Planejamento turístico;
Fortalecimento do turismo;
Descrição da Ação:
Realização de pesquisas sistematizadas, compreendendo a alta e a baixa estação, com dados sobre o perfil do turista, hábitos
de viagem, opinião sobre o destino, etc.. Deverão ser realizadas 12 pesquisas, ao longo de três anos, nos meses de janeiro,
maio, julho e setembro. A pesquisa deverá apresentar relatório com análise quantitativa e qualitativa, além de relatório anual
consolidado.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
400.000,00. Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Pesquisas de Demanda realizadas; / Relatório Governamental.
265
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Realizar Inventário Turístico.
Objetivo:
Levantar, identificar e registrar os atrativos, serviços e equipamentos turísticos, as instâncias de governança e a infraestrutura
de apoio ao turismo existente no município, como instrumento-base de informações para fins de planejamento e gestão da
atividade turística.
Justificativa:
O município de Natal não possui um inventário turístico. Este instrumento de geração de dados possibilita a criação do Sistema
de Informações Turísticas, que permitirá ao poder público, em suas diferentes esferas de governo e à sociedade civil o acesso
a informações sistematizadas e hierarquizadas sobre os atrativos, serviços e equipamentos turísticos, além da infraestrutura de
apoio ao turismo.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Maior divulgação dos atrativos e serviços turísticos.
Benefícios e Beneficiários:
Sistema de Informações Turísticas ativo e com informações atualizadas; Planejamento turístico mais eficiente; O setor
turístico..
Descrição da Ação:
Realização do inventário turístico com todas as informações sobre a oferta turística existente no município, com utilização de
GPS e conforme padronização do Ministério do Turismo e recomendações do Plano Nacional de Turismo 2013-2016. O
inventário servirá como instrumento-base de informações para fins de planejamento e gestão da atividade turística.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
600.000,00. Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Aumento na arrecadação do ISS.
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Reestruturar e atualizar site institucional da SETURDE.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Inventário turístico elaborado / Relatório Governamental.
266
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Criar e Implantar Projeto de Educação Turística, com enfoque socioambiental e cultural.
Objetivo:
Permitir que a população local e os visitantes façam uma reflexão sobre as práticas turísticas, de modo a promover mudanças
nas formas de pensar e agir em relação a questão socioambiental e cultural.
Justificativa:
Em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria-se a necessidade de
uma articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. O desafio que se coloca é de formular uma
educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato
político voltado para a transformação social.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
.Maior integração do setor público com a sociedade e melhoria da receptividade turística.
Benefícios e Beneficiários:
Mudanças de atitudes em relação ao turismo e ao meio ambiente; Experiências educativas criativas e inovadoras.
Descrição da Ação:
Como se trata de uma ação no campo educativo com um caráter transversal, há de se prever a realização de experiências
concretas de educação ambiental de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de
formação. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo,
tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser
humano.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
267
7.4.4. Fichas de Detalhamento de Ação – Estratégia de Infraestrutura e Serviços
Básicos
Nome da Ação:
Elaborar projeto básico e projeto executivo para a requalificação urbanística e paisagística dos acessos a Ponte Newton
Navarro.
Objetivo:
Definir e detalhar as especificações técnicas e de execução dos serviços e obras, de modo a garantir a viabilidade técnica dos
serviços e às adequações às normas da ABNT.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Além da
obtenção da Licença Ambiental.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Ações de turismo planejadas.
Benefícios e Beneficiários:
Planejamento turístico; Os turistas e a população de Natal; Melhoria no acesso ao litoral norte.
Descrição da Ação:
Elaboração de projetos básico e executivo e estudos de impacto econômico, ambiental e social para conclusão dos acessos à
Ponte Newton Navarro.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOPI
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
250.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Plano Diretor Municipal; Lei de uso e ocupação do solo.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação da requalificação urbanística e paisagística dos acessos a Ponte Newton Navarro.
Nível de Avanço:
Nenhum.
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Projeto básico; Projeto executivo, Estudo de impactos econômico, social e ambiental e Licença ambiental./Relatório
Governamental.
268
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Implantar a requalificação urbanística e paisagística dos acessos a Ponte Newton Navarro.
Objetivo:
Melhorar o acesso que vai da Ponte Newton Navarro a praia da Redinha e demais praias do litoral norte, bem como a
urbanização e a paisagem da área.
Justificativa:
O acesso é precário, dificultando a circulação de carros de passeio e de veículos de turismo.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Incremento da atividade turística.
Benefícios e Beneficiários:
Os turistas e a população de Natal; Melhoria no acesso aos bairros da zona norte e para o litoral norte. .
Descrição da Ação:
Execução das obras conforme definido nos projetos básico e executivo.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOPI
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
5.000.000,00. 487.500,00
Mecanismos de Recuperação de Custo:
ICMS, ISS
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Plano Diretor Municipal; Lei de uso e ocupação do solo.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Elaborar o Projeto Básico e projeto Executivo
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Acessos requalificados/Relatório Governamental.
269
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar Plano de Transporte Seguro para o turismo de Natal.
Objetivo:
Definir regras para os setores que fazem transporte de turistas, de forma que a oferta do serviço garanta a qualidade, conforto
e segurança aos seus usuários.
Justificativa:
Atualmente apenas parte dos serviços de transportes turísticos é regularizado em Natal, havendo grupos de prestadores de
serviços sem o devido credenciamento atuando no setor e contando com a negligência do setor público a quem cabe fiscalizar
esse serviço. Essa situação vem colocando em risco a imagem do destino.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Maior segurança no serviço de transporte turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Serviços de transportes turísticos regulamentados; Maior segurança aos turistas; Instrumento de fiscalização com amparo
legal.
Descrição da Ação:
Elaboração de plano de transporte abrangendo os diversos prestadores de serviços (buggy, van, alternativos, carros 4 x 4, e
outros) com definição de percursos e atribuições. Deverá ser incluso minuta de projeto de lei para regulamentar os diversos
serviços de transportes turísticos no âmbito do município, em consonância com a Lei Geral do Turismo.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMOB
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
200.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Não se aplica
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Plano de Transportes Seguro elaborado/Relatórios Governamentais.
270
7.4.5. Fichas de Detalhamento de Ação – Estratégia de Gestão Ambiental
Nome da Ação:
Criar programa de gestão ambiental das obras e atividades voltadas para o turismo.
Objetivo:
Subsidiar os procedimentos de licenciamento ambiental das obras e atividades turísticas.
Justificativa:
O licenciamento ambiental é obrigatório para a implantação de qualquer obra, e deve ser iniciado ainda na fase de
planejamento do projeto, quando se avalia se uma área tem condição ambiental de receber projetos específicos. Ainda que se
exija o licenciamento ambiental, é comum não se acompanhar a execução da obra, ou o cumprimento das condicionantes
pontuadas nas licenças ambientais, o que geralmente requer uma gestão ambiental contínua do projeto. Geralmente para os
projetos contemplados para o PDITS, já se prevê o procedimento de licenciamento ambiental, mas por vezes o projeto não
destina recursos suficientes para a elaboração de estudos ambientais, que fica a cargo do órgão ambiental defini-los, sendo
uma incógnita quanto ao custo de elaboração do mesmo. Além disso, mesmo após o licenciamento, há uma série de
condicionantes a serem cumpridas, ou mesmo, acompanhados os impactos ambientais e executadas as mitigações previstas,
que caem no esquecimento do planejamento do projeto. Por isso é importante alocar recursos para que se tenha garantia da
execução de uma gestão ambiental dos projetos turísticos.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Projetos turísticos regularizados e sem entraves ambientais.
Benefícios e Beneficiários:
Projetos turísticos licenciados ambientalmente; estudos ambientais elaborados; monitoramento contínuo dos projetos
licenciados para o cumprimento de possíveis exigências da licença ambiental e; licenças mantidas dentro do prazo de validade.
Descrição da Ação:
Projetos executivos serão licenciados junto aos órgãos competentes; havendo necessidade de acompanhamento na execução
do projeto no âmbito de sua gestão ambiental. Nesse caso, estudos ambientais e pareceres porventura exigidos por órgãos
ambientais competentes serão elaborados por equipe multidisciplinar competente e; deve haver cumprimento das
condicionantes das licenças ambientais, para manter os projetos turísticos em obediência aos padrões ambientais exigíveis.
Isto porque as licenças ambientais são dotadas de prazo de validade e requerem gestão ambiental continuada para pleitear a
devida renovação.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal.
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
3.000.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Lei Complementar nº 140/2011; Resolução CONAMA nº 237/1997; Plano Diretor de Natal – Lei nº 082/2007; Código de Obras
– Lei nº 055/2004 e Código de Meio Ambiente – Lei nº 4.100/1992.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Não se aplica
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Licenças ambientais na validade; relatórios ambientais de condicionantes.
271
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar plano para a melhoria das condições ambientais do estuário do Rio Potengi com potencial para o turismo.
Objetivo:
Elaborar um Plano de Recuperação das Áreas Degradadas ao longo do estuário do Rio Potengi.
Justificativa:
A Lei 8.666/93, em seu artigo 7º, determina que as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços devem
obedecer a seguinte ordem: elaboração de projeto básico, projeto executivo e, por fim, execução das obras e serviços. Assim,
é ação exigida por lei.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Ampliação da oferta turística com possibilidade de expansão com turismo náutico.
Benefícios e Beneficiários:
Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) elaborado para o estuário do Rio Potengi; Melhor aproveitamento
turístico do Rio Potengi.
Descrição da Ação:
Para que o estuário do Rio Potengi possa ser melhor aproveitado pela atividade turística, seu aspecto paisagístico deve ser
contemplado. Como existem diversas atividades econômicas ao longo do estuário, muitas das quais geram impactos em
espaços não mais utilizados atualmente, e outros que apresentam passivos ambientais, há necessidade de elaboração de um
plano de recuperação das áreas degradadas, para que a rota turística possa desfrutar do por do sol no Rio Potengi. O plano
deverá contemplar a área localizada entre as duas pontes.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMURB
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
400.000,00. Não se aplica.
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Constituição Federal; Proteção da vegetação nativa - Lei nº 12.651/2012; Plano Diretor de Natal – Lei nº 082/2007; Código de
Meio Ambiente – Lei nº 4.100/1992.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Antecede a implantação do Plano.
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Plano de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) elaborado/ Relatório Governamental.
272
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaborar Plano de educação ambiental para a população situada na bacia hidrográfica do Rio Potengi.
Objetivo:
Elaborar plano de educação ambiental para a população na bacia hidrográfica do Rio Potengi.
Justificativa:
A recuperação da qualidade ambiental das águas do Rio Potengi passa não somente pela execução de obras e implantação de
esgotamento sanitário. É importante a participação da população que reside diretamente na área de abrangência da bacia do
Rio Potengi, quanto à mudança de atitudes em sua relação com o rio. As pessoas podem ter educação ambiental com
orientações específicas, que irão contribuir na recuperação do rio, através de ações como ligação de esgoto na rede pública,
quando houver, eliminação de ligação clandestina em redes de drenagem, o acondicionamento adequado dos lixos produzidos,
entre outras ações individuais necessárias, que indiretamente servirão de caráter preventivo e corretivo na mitigação de
impactos adversos.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhoria das condições ambientais do Rio Potengi, potencialmente de uso turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Plano de educação ambiental implementado para o estuário do Rio Potengi.
Descrição da Ação:
Deverá ser elaborado um plano de educação ambiental para a população que reside nas áreas que contribuem de alguma
forma para a qualidade ambiental do Rio Potengi, direcionando ações específicas que podem ser adotadas individualmente
pelas pessoas para contribuir na melhoria da qualidade das águas do rio. Para tanto será necessário definir a área de
influência a ser afetada com as ações de educação ambiental.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SEMURB
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
200.000,00. Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Lei nº 9795/1999 – Política Nacional de Educação Ambiental; Plano Diretor de Natal – Lei nº 082/2007; Código de Meio
Ambiente – Lei nº 4.100/1992.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Nenhum
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Plano de educação ambiental elaborado/ Relatório Governamental.
273
FICHA DE DETALHAMENTO DE AÇÃO
Nome da Ação:
Elaboração de estudos para realizar a Avaliação Ambiental Estratégica do conjunto de ações integrantes do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS de Natal.
Objetivo:
Realizar estudos visando realizar uma Avaliação Ambiental Estratégica do conjunto de ações integrantes do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS de Natal, como forma de mitigar os impactos socioambientais do
PDITS de Natal.
Justificativa:
: A realização de uma AAE tem por objetivo principal a incorporação dos princípios de sustentabilidade na elaboração de uma
Política, de um Plano ou de um Programa (PPP). Para o PDITS a AAE tem por objetivo realizar avaliação geral de todas as
ações propostas pelo Plano, propondo, em alguns casos, ações e recomendações para mitigar impactos que tais investimentos
acarretarão no meio ambiente e na comunidade receptora. Esse instrumento contribuirá para viabilizar o equilíbrio do
desenvolvimento do turismo em Natal, possibilitando a consolidação e o uso sustentável dos recursos e atrativos turísticos
(naturais, histórico-culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, realizações técnicas e científicas e eventos
programados), com destaque para os atributos naturais existentes na AT de Natal, sendo, portanto, um procedimento de
avaliação da qualidade do ambiente e das consequências da implantação do conjunto de ações-investimentos decorrentes dos
componentes previstos no PRODETUR NACIONAL.
Efeito esperado no Desenvolvimento Turístico:
Melhoria das condições ambientais do Rio Potengi, potencialmente de uso turístico.
Benefícios e Beneficiários:
Plano de educação ambiental implementado para o estuário do Rio Potengi.
Descrição da Ação:
Na AAE serão executadas as seguintes tarefas: definição dos objetivos da AAE; consolidação e sistematização dos dados
existentes que constituirão a Linha de Base e o Diagnóstico; identificação e avaliação dos possíveis impactos positivos e
negativos decorrentes da implantação das ações-investimentos estabelecidas no PDITS; construção dos cenários; e,
identificação de alternativas mais adequadas e menos impactantes que subsidiem os tomadores de decisão. Para isso, deverá
ser utilizada uma metodologia qualitativa e participativa, que conte com a contribuição de especialistas nas diversas áreas de
conhecimento relacionadas às ações-investimentos previstas nos PDITS.
Responsável pela execução:
Prefeitura Municipal
Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço:
SETURDE
Custo Estimado (R$): Gasto estimado de Operação (R$):
300.000,00 Não se aplica
Mecanismos de Recuperação de Custo:
Não se aplica
Normas de licenciamento ambiental exigidas:
Lei nº 9795/1999 – Política Nacional de Educação Ambiental; Plano Diretor de Natal – Lei nº 082/2007; Código de Meio
Ambiente – Lei nº 4.100/1992.
Relação com outras ações quanto ao Cronograma:
Nenhum
Nível de Avanço:
Nenhum
Indicadores de Resultado/Fonte de Verificação
Avaliação Ambiental Estratégica elaborada/ Relatório Governamental.
274
8. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS
A seguir é apresentada uma Avaliação de Impactos Potenciais, contendo os principais
pontos positivos e negativos advindos da implantação das ações do PDITS no que tange
aos aspectos cultural, econômico, social e ambiental.
A partir das ações definidas por componentes e estratégias a serem contempladas no
PDITS Natal, foram avaliados os potenciais impactos socioambientais gerados no
planejamento e implantação das ações previstas neste PDITS.
Ressalta-se que na avaliação, foram identificados os possíveis impactos decorrentes das
ações do PDITS, sem pretensão de ser conclusiva, o que depende de uma análise mais
minuciosa dos detalhes de cada projeto previsto e das exigências dos órgãos licenciadores,
na fase do licenciamento ambiental. Destaca-se que as ações referentes a apoio
institucional apesar de não gerarem impacto ambiental significativo foram incluídas nesta
avaliação.
O PDITS Natal inclui ações variadas e relacionadas nas fase de planejamento, incluindo
estudos, diagnósticos e elaboração de projetos. Enquanto que a implantação envolve
execução de obras com intervenção direta no meio físico ambiental, gerando impactos de
diferentes naturezas.
Destaque pode ser dado para aqueles impactos de natureza: social, econômica e cultural,
especialmente na fase de planejamento, ou seja, ações relacionadas aos dezoitos primeiros
meses de implantação do Plano. Os impactos de natureza ambiental, na fase de
planejamento, apresetam-se, em sua maioria, positivos conforme pode ser observado na
Matriz de Impactos Potenciais.
Para a identificação e avaliação dos potenciais impactos resultantes da implementação do
conjunto de ações propostas, observaram-se as recomendações do Manual de
Planejamento e Gestão Socioambiental do PRODETUR NACIONAL, bem como de outros
documentos de referência (Termo de Referência), com aplicação do método das matrizes,
cuja função é a identificação dos impactos no âmbito de cada meio impactado: ambiental,
social, econômico e cultural.
A matriz utilizada apresenta, no eixo vertical, as ações identificadas por Componente e
Estratégia, e no eixo horizontal, os meios passíveis de serem impactados, com o objetivo de
melhor visualizar as ações e respectivos impactos, sejam positivos ou negativos.
A identificação dos impactos ambientais potenciais neste Plano foi baseada nos princípios
que regem a avaliação de impacto nos Estudos de Impacto Ambiental e, feita a partir do
conjunto de ações e intervenções propostas no PDITS Natal, agrupadas em cinco
componentes: Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional,
Infraestrutura e Serviços Básicos e Gestão Ambiental.
Dessa forma, o procedimento adotado para identificação dos impactos, constituiu uma
matriz de interação, como forma de organização que permita a visualização, em uma
mesma estrutura, dos impactos positivos e negativos nos meios: ambiental, social,
econômico e cultural.
275
8.1. MATRIZ DE IMPACTOS POTENCIAIS – ESTRATÉGIA DE PRODUTO TURÍSTICO
Quadro 53 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente I - Estratégia de Produto Turístico
AMBIENTAIS SOCIAIS ECONÔMICOS CULTURAIS
Ação
Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos Negativos
Estudos de concepção,
projetos básico e executivo Participação da
Planejamento do uso
de requalificação urbanística - comunidade na - - - - -
dos recursos naturais
e paisagística da orla da tomada de decisões
praia da Redinha
Especulação
Valorização do solo;
imobiliária e
Melhoria das condições Modificação da Ocupação ordenada Atração de novos Criação de áreas
alteração na
de saneamento paisagem do território; investimentos de lazer;
Implantar a requalificação Alteração no forma de
(drenagem e natural; Melhoria da turísticos; Valorização da Perda da
urbanística e paisagística da cotidiano da apropriação do
esgotamento sanitário) Interferências na infraestrutura; Maior arrecadação paisagem identidade cultural
orla da praia da Redinha população local solo urbano;
e do sistema viário dinâmica Geração de emprego de tributos; ambiental e
Aumento da
(pavimentação de vias) costeira e renda Fortalecimento do urbanística.
carga tributária
comércio
(IPTU)
Planejamento de
Diagnóstico, projeto básico acessos compatíveis Risco de
e executivo de melhoria da com as características Geração de crescimento da
Definição de acesso
acessibilidade nos espaços dos recursos naturais emprego e renda e especulação
- planejado aos - - -
urbanos e edificado das frágeis; dinamização da imobiliária e
destinos turísticos
localidades Alto de Ponta Identificação das atividade turística. mudança de uso
Negra e Praia da Redinha fragilidades ambientais no entorno
e áreas de risco
Valorização do solo;
Atração de novos
investimentos
Execução das obras de Ocupação ordenada Especulação
Aumento do tráfego turísticos; Melhoria no
acessibilidade nos espaços Valorização da Modificação da do território; imobiliária; Mudança de
de veículos e Maior arrecadação acesso aos
urbanos e edificado das paisagem ambiental e paisagem Melhoria da Aumento da hábitos da
máquinas com risco de tributos; atrativos turísticos
localidades Alto de Ponta urbanística natural infraestrutura viária carga tributária população local
de acidentes Fortalecimento do locais.
Negra e Praia da Redinha (IPTU)
comércio;
Geração de
emprego e renda
276
(CONTINUAÇÃO) Quadro 53- Matriz dos Impactos Potenciais: Componente I - Estratégia de Produto Turístico
Estudo de concepção,
projeto básico e executivo
para requalificação Planejamento do uso
- - - - - - -
urbanística e paisagística da dos recursos naturais
margem direita do Rio
Potengi
Criação de áreas
Valorização do solo; Risco de de lazer;
Melhoria das condições
Atração de novos alteração na Valorização da
de saneamento Ocupação ordenada Expulsão das
Implantar a requalificação investimentos forma de paisagem
(drenagem e do território; comunidades locais; Mudança de
urbanística e paisagística na - turísticos; apropriação do ambiental e
esgotamento sanitário); Melhoria da Alteração no hábitos da
margem direita do Rio Maior arrecadação solo urbano; urbanística;
Valorização da infraestrutura cotidiano da população local
Potengi. de tributos. Aumento da Melhoria no
paisagem ambiental e população local
Geração de carga tributária acesso aos
urbanística
emprego e renda (IPTU) atrativos turísticos
locais.
Apoiar a realização de
estudos e projetos para a
implantação de Marinas e Participação da
Planejamento do uso
Projetos de Infraestrutura - comunidade na - - - - -
dos recursos naturais
Náutica para consolidação tomada de decisões
do Turismo Náutico na
cidade de Natal.
Participação da
Planejamento da comunidade na
Realizar estudos para
recuperação dos tomada de decisões; Geração de
engordamento das praias de - - - - -
produtos turísticos Criação de emprego e renda
Natal
naturais expectativas para a
população local
Atração de novos
Planejamento da
Elaborar projeto executivo Criação de investimentos para a
recuperação dos
para o engordamento das - expectativas para a - área e entorno - - -
produtos turísticos
praias de Natal população local próximo;
naturais
Geração de
emprego e renda
Recuperação de
Melhor
produto turístico em Possibilidade de
Implantar o projeto de Interferência em Eliminação de aproveitamento do
seus ambientes novos usos e
engordamento das praias de dinâmicas conflitos pelo uso de - - produto turístico e -
degradados; instalação de novos
Natal. naturais espaço lazer por turistas e
Controle da erosão empreendimentos
população local
costeira
277
(CONTINUAÇÃO) Quadro 53 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente I - Estratégia de Produto Turístico
Risco de
desconsideração Fortalecimento da Risco de
Diagnóstico da Oferta e Internalização do de informações competitividade/ desconsideração
Demanda de Capacitação conhecimento sobre as - - empreendedorismo da produção - -
Profissional para Natal socioambiental características dos produtos associada ao
ambientais e turísticos turismo
culturais locais
Melhoria da
qualidade dos
População serviços turísticos;
qualificada; Geração de
Elevação da PEA3; emprego e renda;
Implantar Programa de Sensibilização Internalização de
- Redução da - Aquecimento da - -
Capacitação Profissional ambiental boas práticas
criminalidade; economia;
Melhoria da Aumento do poder
qualidade de vida de compra da
população
Melhoria da
qualidade dos
Implantar Consultoria para serviços turísticos;
Sensibilização Empreendimentos Internalização de
Apoio ao empreendedor - - Geração de - -
ambiental turísticos apoiados boas práticas
turístico de Natal emprego e renda;
Aquecimento da
economia;
Elaborar o Projeto da Rede
de Postos de Atendimento Planejamento das Criação de pontos Aumento do
integrado ao do Sistema de intervenções turísticas - de referência - potencial de - - -
Informações Turísticas do no meio ambiente turística. divulgação
órgão de turismo
Melhoria da
Implantar o Projeto da Rede
Transparência e qualidade dos
de Postos de Atendimento Sensibilização Internalização de
- visibilidade da - serviços turísticos; -
integrado ao do Sistema de ambiental boas práticas
informação turística Geração de
Informações Turísticas
emprego e renda
3
PEA – População Economicamente Ativa.
278
(CONTINUAÇÃO) Quadro 53 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente I - Estratégia de Produto Turístico
Elaborar estudos de Planejamento de Melhoria da
Criação de
concepção, projeto básico e equipamento qualidade dos Espaço para
equipamento de
executivo para um Espaço compatível com a - serviços turísticos; - divulgação dos -
referência para
Multiuso para Feiras e legislação ambiental e Geração de valores culturais
eventos
Eventos. urbanística vigente emprego e renda
Agregação de valor
ao produto turístico,
com adequação de
Valorização das
infraestrutura de
atividades
apoio a realização
associadas ao
de grandes eventos
turismo, com
e aumento da
Criação de espaço para Risco de aumento da
capacidade de
Implantar Espaço Multiuso aproveitamento em alteração da capacidade de
atendimento - - - -
para Feiras e Eventos. eventos turísticos e paisagem realização de
existente;
ambientais natural eventos e de
Fortalecimento do
alternativas de
papel do estado na
emprego e renda
dinamização da
para população
atividade turística e
local.
nas diversas
modalidades de
eventos.
279
8.2. MATRIZ DE IMPACTOS POTENCIAIS – ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO
Quadro 54 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente II - Estratégia de Comercialização
AMBIENTAIS SOCIAIS ECONÔMICOS CULTURAIS
Ação
Negativos
Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos
Aumento do
potencial de
População divulgação do População
Elaborar Plano de
- - envolvida com a - destino; - conhecedora da -
Marketing
atividade turística Aumento do fluxo AT de Natal.
e da receita
turística
Aumento do
potencial de
População divulgação do População
Implantar as ações do
- - envolvida com a - destino; - conhecedora da -
Plano de Marketing
atividade turística Aumento do fluxo AT turística
e da receita
turística
Criação de
Elaborar o calendário de Eventos culturais
- - expectativas para a - - - -
eventos da cidade mapeados.
população
Elevação do pedido Maior
de licenças e Atração de novos participação da
Implantar o calendário de
autorizações - - - investimentos - comunidade e -
eventos da cidade
ambientais para planejados aumento de
eventos planejados visitantes
280
(CONTINUAÇÃO) Quadro 54 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente II - Estratégia de Comercialização
Definição das
condições
Implantar Sistema de Melhor organização
adequada de Difusão dos
Informação e controle das do órgão de turismo
- - - utilização dos - valores culturais
campanhas de divulgação para participação
recursos naturais da cidade
turística. em eventos.
para a finalidade
turística
Aumento do
potencial de
Reestruturar e atualizar o População divulgação do População
site institucional da - - envolvida com a - destino; - conhecedora da -
SETURDE atividade turística Aumento do fluxo AT de Natal.
e da receita
turística
281
8.3. MATRIZ DE IMPACTOS POTENCIAIS – ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
282
8.4. MATRIZ DE IMPACTOS POTENCIAIS – ESTRATÉGIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS
283
(CONTINUAÇÃO) Quadro 56 - Matriz dos Impactos Potenciais: componente IV – Infraestrutura e Serviços
Emissão de Melhoria da
Tratamento dos
Articular a interligação do gases infraestrutura para Aumento da
efluentes; Internalização de
sistema de esgotamento desagradáveis; a população; arrecadação de
Melhoria da Aumento da carga Especulação boas práticas de
sanitário de Ponta Negra ao Possível Melhoria da tributos; -
salubridade tributária imobiliária saneamento
SES da Zona Sul/Oeste. surgimento de qualidade de vida; Valorização
ambiental do meio básico
processos Melhoria da imobiliária
urbano
erosivos ambiência urbana
Apoiar o
Emissão de Melhoria da
redimensionamento Tratamento dos
gases infraestrutura para Aumento da
/Substituição da rede efluentes; Internalização de
desagradáveis; a população; arrecadação de
coletora e de emissários Melhoria da Aumento da carga Especulação boas práticas de
Possível Melhoria da tributos; -
nos bairros de Areia Preta, salubridade tributária imobiliária saneamento
surgimento de qualidade de vida; Valorização
Praia do Meio, Santos Reis, ambiental do meio básico
processos Melhoria da imobiliária
Rocas, Ribeira e Cidade urbano
erosivos ambiência urbana
Alta.
Melhoria da Riscos de
Implantar sistemas de Melhoria da
infraestrutura para Aumento da acidentes com a
drenagem urbana e manejo salubridade Internalização de
a população; arrecadação de circulação de
de águas pluviais nos ambiental do meio Aumento da carga boas práticas de
- Melhoria da tributos; maquinas e -
bairros de Ponta Negra, urbano; tributária saneamento
qualidade de vida; Valorização equipamentos;
Ribeira, Rocas, Passo da Redução dos riscos básico
Melhoria da imobiliária Sobrecarga do
Pátria e Redinha. de alagamento
ambiência urbana sistema viário
Elaborar plano de
Planejamento da
urbanização, manutenção,
qualidade
conservação e limpeza de - - - - - - -
ambiental da
lagoas e reservatórios de
cidade
drenagem.
Melhoria da Riscos de
Melhoria da
Implantar plano de infraestrutura para Aumento da acidentes com a
salubridade Internalização de
urbanização, manutenção, a população; arrecadação de circulação de
ambiental do meio Aumento da carga boas práticas de
conservação e limpeza de - Melhoria da tributos; maquinas e -
urbano; tributária saneamento
lagoas e reservatórios de qualidade de vida; Valorização equipamentos;
Redução dos riscos básico
drenagem. Melhoria da imobiliária Sobrecarga do
de alagamento
ambiência urbana sistema viário
Apoiar a instalação de
plantão para atendimento - - - - - - - -
ao turista na DEATUR.
Apoiar e discutir a
implantação de VLT na
- - - - - - - -
Região Metropolitana de
Natal.
Elaborar Plano de
Transporte Seguro para o - - - - - - -- -
turismo de Natal.
284
8.5. MATRIZ DE IMPACTOS POTENCIAIS – ESTRATÉGIA DE GESTÃO AMBIENTAL
Quadro 57 - Matriz dos Impactos Potenciais: Componente V – Gestão Ambiental
AMBIENTAIS SOCIAIS ECONÔMICOS CULTURAIS
Ação
Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos Negativos Positivos Negativos
Articular políticas setoriais Participação da Integração das
(turismo e meio ambiente) em Planejamento das sociedade civil na Aumento do fluxo e politicas setoriais e
parceria com Estado, políticas setoriais e gestão das políticas da receita turística dos valores
- - - -
especialmente, na gestão da de gestão do turismo setoriais de turismo e compatível como a culturais e
Região Metropolitana de e meio ambiente meio ambiente política ambiental ambientais da
Natal cidade
Estabelecer articulação entre Redução dos Participação dos Aproveitamento Difusão dos valores
os diversos órgãos conflitos diferentes segmentos planejado do culturais e
- - - -
competentes no processo de socioambientais nas sociais na gestão turismo nas áreas ambientais da
gestão das ZPAs já criadas ZPAs ambiental com restrição cidade
Participação da Integração das
Criar Programa de gestão Planejamento das sociedade civil na Aumento do fluxo e politicas setoriais e
ambiental das obras e políticas setoriais e gestão das políticas da receita turística dos valores
- - - -
atividades voltadas para o de gestão do turismo setoriais de turismo e compatível como a culturais e
turismo. e meio ambiente meio ambiente política ambiental ambientais da
cidade
Agregação de valor Definição das
Elaborar plano para a ao produto turístico; condições
Difusão dos valores
melhoria das condições Disponibilização de adequadas de
Planejamento de uso culturais e
ambientais do estuário do Rio - instrumentos de - utilização dos - -
dos recursos naturais ambientais da
Potengi com potencial para o gestão adequados recursos naturais
cidade
turismo para o produto para a finalidade
turístico turística.
Agregação de valor Definição das
Implantar ações para Risco de ao produto turístico; condições
Difusão dos valores
melhorar as condições Melhoria das alteração das Disponibilização de adequada de
culturais e
ambientais do estuário do Rio condições ambientais características instrumentos de - utilização dos - -
ambientais da
Potengi com potencial para o do estuário ambientais do gestão adequados recursos naturais
cidade
turismo estuário para o produto para a finalidade
turístico turística.
Elaborar Plano de educação Participação dos
ambiental para a população Planejamento de uso diferentes segmentos
- - - - - -
situada na bacia hidrográfica dos recursos naturais sociais na gestão
do Rio Potengi ambiental
Implantar Plano de educação Atividades
Melhoria das Melhores condições
ambiental para a população econômicas com População
condições ambientais - ambientais para a - - -
situada na bacia hidrográfica adoção de práticas conscientizada
do estuário população
do Rio Potengi ambientais
Participação da Integração das
Apoiar a Revisão da Planejamento das sociedade civil na Aumento do fluxo e politicas setoriais e
legislação municipal, para políticas setoriais e gestão das políticas da receita turística dos valores
- - - -
compatibilizá-la com o ritmo de gestão do turismo setoriais de turismo e compatível como a culturais e
de crescimento da cidade. e meio ambiente meio ambiente política ambiental ambientais da
cidade
285
Elaboração de estudos para
realizar a Avaliação
Ambiental Estratégica do
Participação dos
conjunto de ações
Planejamento de uso diferentes segmentos
integrantes do Plano de
dos recursos naturais sociais na gestão
Desenvolvimento Integrado
ambiental
do Turismo Sustentável -
PDITS de Natal.
286
Em geral o PDITS Natal, na definição das ações levou em consideração, principalmente, a
potencialidade paisagística de sua orla marítima, com o fortalecimento do produto sol e mar
com a ampliação da oferta através de alternativas de lazer náutico melhor estruturado, e de
espaços com infraestrutura adequada para realização de eventos culturais que
complementem a competitividade do destino Natal através de um conjunto das de ações
voltadas para a melhoria de infraestrutura, fortalecimento da gestão e do planejamento,
estratégias de comercialização mais eficientes ou por oportunidades de geração de postos
de trabalho.
Vale destacar que as ações priorizadas para os primeiros 18 meses compreendem,
principalmente, a elaboração de estudos, planos, programas, projetos (básicos e
executivos), revisão das normas ambientais e urbanísticas que promoverão o planejamento
turístico na AT do municipio de Natal, e ações específicas de implantação de obras de
requalificação de espaços urbanos consolidados, em áreas estratégicas que já atraem
turistas nos dias atuais.
Além desses tipos de ação, destacam-se as voltadas para o fortalecimento da gestão do
turismo através da capacitação e melhoria da gestão ambiental e turística do municipio e,
de ações direcionadas a capacitação profissional para o turismo, possibilitando
oportunidades de inserção ou reposicionamento da população local no mercado de trabalho,
com consequente aumento de renda.
As ações previstas geram, conforme descritos nos quadros acima, impactos sobre a
qualidade de vida das comunidades locais, em vários aspectos: no planejamento, prevê a
intervenção em diferentes espaços através da elaboração e implantação de projetos de
ordenamento do uso do solo e o aproveitamento racional dos recursos naturais,
promovendo a requalificação urbanística e paisagística da orla e margem do rio Potengi, de
forma organizada e planejada.
Noutro aspecto, algumas das ações estão voltadas para execução de obras de
infraestrutura de saneamento, drenagem e pavimentação de vias, bem como espaço para
realização de eventos gerando impactos, sejam positivos ou negativos nos diferentes meios.
Em geral, os impactos sobre os meios social, econômico e cultural são positivos, desde que
o planejamento do turismo assegure a participação dos diversos segmentos sociais no
acompanhamento de sua implantação, seja através dos mecanismos de licenciamento das
obras seja nas ações que envolvem a população integrando o processo participativo.
Os impactos econômicos identificados incidem, em sua maioria, na melhoria e aumento do
potencial dos destinos turísticos, resultando no aumento de receitas municipais e geração
de emprego.
Os impactos ambientais estão mais voltados para aquelas ações que resultem em
intervenções diretas sobre o meio físico, a exemplo de obras de infraestrutura e de
requalificação urbanística e paisagística e a construção do novo Centro de Convenção, que
geram impactos negativos quanto positivos sobre o meio natural e urbano, dependendo do
porte da intervenção.
Os impactos negativos previstos são: risco de modificação da paisagem natural, geração de
ruídos, possível alteração da dinâmica costeira (requalificação da orla), surgimento de
287
processos erosivos, supressão vegetal, problemas no tráfego quando houver interferência
em acessos, entre outros.
Quanto aos impactos positivos, espera-se a melhoria da qualidade ambiental nos destinos
turísticos, a conservação de áreas ambientalmente frágeis, a identificação de áreas de risco,
o maior controle sobre os recursos naturais, entre outros.
Como forma de reduzir os impactos negativos que possam decorrer da implementação das
ações do PDITS Natal, é importante elencar algumas ações de acompanhamento e
monitoramento, seja no planejamento como na implantação, as quais poderão ser adotadas
tanto pelos planejadores e gestores quanto pelos empreendedores.
O primeiro cuidado referem-se às ações que intervenham no meio físico (obras de
infraestrutura e requalificação urbanística e paisagística). Deve ser observada,
rigorosamente, a obrigatoriedade do licenciamento ambiental prévio junto aos órgãos
competentes em cumprimento as exigências legais para o empreendedor, seja público ou
privado.
Os projetos devem estar em conformidade com as legislações urbanísticas e ambientais
municipais (Código de Meio Ambiente, de Obras, Plano Diretor e legislação esparsa), sendo
dever da Prefeitura, através do órgão competente, fiscalizar e cobrar o cumprimento de suas
legislações.
As empresas executoras de obras e os empreendimentos turísticos que produzem grandes
quantidades de resíduos devem acondicionar os resíduos sólidos em locais apropriados
devendo ser dada especial atenção aos resíduos da construção civil.
Para aquelas ações de requalificação da orla e rio assim como, as obras de engorda da
praia, é importante o monitoramento contínuo da dinâmica costeira, para que a intervenção
não resulte em desequilíbrio ambiental nesses locais. Também devem ser adotadas
medidas de segurança nesses espaços, pois as praias são os lugares mais apropriados pelo
turismo de sol e praia, necessitando de maior atenção quanto a sua degradação, mesmo
que temporária no período de implantação de obras, assim como a garantia de conservação
da balneabilidade das águas e o livre acesso as mesmas.
Para isso algumas recomendações adicionais devem ser observadas pelo município e
empreendedores tais como: os projetos de intervenção no meio físico devem ser
acompanhados da elaboração dos respectivos estudos ambientais recomendados pelo
licenciamento ambiental, garantindo a sustentabilidade das obras; definição, prévia, de
parâmetros e critérios ambientais e urbanísticos a serem exigidos pelo município e outros
órgãos licenciadores, na elaboração e execução de obras; obras administradas segundo
protocolo de gestão ambiental determinado pelo órgão estadual executor; estímulo a criação
das condições necessárias à ampla participação social na concepção da integração e do
desenvolvimento do turismo, segundo uma perspectiva de sustentabilidade; fortalecimento
do empresariado local e qualificação da mão de obra, em busca do interesse coletivo.
288
9. FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
290
OBJETIVO DO PROGRAMA: Contribuir para a geração de renda e emprego através da atividade turística
Quadro 58 - Resultados dos Programas.
RESULTADOS INDICADORES DE
OBJETIVO LINHA DE BASE Metas Fonte de verificação
ESTRATÉGICOS RESULTADO
ÁREA TURÍSTICA DE
US$ 111,69 Sistema de Informações
NATAL: Requalificação e Aumento do gasto médio por Gasto médio diário
5% ao final do Programa Turísticas de Natal -
diversificação da oferta turista individual por turista (SETUR 2012) SETURDE
turística
INDICADORES DE
COMPONENTES Resultados Estratégicos LINHA DE BASE Metas Fonte de verificação
RESULTADO
291
Quadro 59 - Marco Lógico – Componente I - Estratégia de Produto Turístico.
SITUAÇÃO Linha de
PROJETOS INDICADOR Meta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Meio de Verificação
ATUAL base
1. Elaborar estudos de concepção, projeto
básico e projeto executivo de requalificação Projetos
TR a ser Projetos Projetos Projetos Relatórios
urbanística e paisagística da orla da praia da Inexistente elaborados - - -
elaborado elaborados licitados elaborados governamentais
Redinha. Ano 2
10. Implantar o projeto de engordamento das Projeto a Obra Obra Projeto Obra
- - - Obra licitada Visita in loco
praias de Natal. ser concluída concluída concluído concluída
292
elaborado Ano 5
Diagnóstico
11. Realizar Diagnóstico da Oferta e Demanda TR a ser Diagnóstico Diagnóstico
Inexistente concluído Ano - - - - Relatórios finais
de Capacitação Profissional para Natal. elaborado concluído concluído
2
4.220
Nº de pessoas Capacitar 1.055 1.055
11. Implantar Programa de Capacitação TR a ser Programa
pessoas capacitadas 2.110 pessoas - pessoas pessoas - Certificados emitidos
Profissional para a AT de Natal. elaborado licitado
capacitadas (PRODETUR em 2012 capacitadas capacitadas
2009)
Consultoria
12. Implantar Consultoria para Apoio ao TR a ser Consultoria Consultoria Consultoria Consultoria Publicação do
Inexistente implantada -
empreendedor turístico de Natal. elaborado implantada licitada ativa ativa Programa
Ano 2
13. Elaborar Projeto de Rede de Postos de Projeto
TR a ser Projeto elaborado Projeto Projeto Relatórios
Atendimento integrado ao Sistema de Inexistente - - -
elaborado elaborado licitado elaborado governamentais
Informações Turísticas do órgão de turismo. Ano 2
Atender 1.800
1.800/mês
14. Implantar Projeto de Rede de Postos de Projeto a Nº de pessoas
(Aeroporto Implantação Atender 600 Atender 600 Atender 600 Registro de
Atendimento integrado ao Sistema de ser turistas atendidas/mês -
Pinto Martins licitada pessoas/mês pessoas/mês pessoas/mês atendimentos
Informações Turísticas. elaborado atendidos no Aeroporto
– Fortaleza)
até Ano 5
Fonte: START Consultoria, 2013.
293
Quadro 60 - Marco Lógico – Componente II - Estratégia de Comercialização.
Situação Linha de
PROJETOS Indicador Meta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Meio de Verificação
Atual base
294
Quadro 61 - Marco Lógico - Componente III - Fortalecimento Institucional.
Situação Linha de
PROJETOS Indicador Meta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Meio de Verificação
Atual base
Plano
1. Elaborar Plano de Fortalecimento TR Plano Plano Relatórios
Inexistente elaborado Plano licitado - -
Institucional da gestão do turismo de Natal. elaborado elaborado elaborado governamentais
Ano 2
Contratação
de técnicos
efetivos em
2. Implantar ações do Plano de Projeto a A ser definida Ações do
quantidade e Plano em Plano em
Fortalecimento Institucional da gestão do ser Inexistente no Plano de - - Plano Folha de pagamento
qualidade implantação implantação
turismo de Natal. elaborado Fortalecimento licitadas
para
desempenho
das funções
Plano
TR Plano Plano
3. Elaborar Plano Municipal de Turismo. Inexistente elaborado Plano licitado - - - Publicação do Plano
elaborado elaborado elaborado
Ano 2
Realização
de 12 Realização Realização Realização
pesquisas ao 02 de 04 de 04 de 04
Realização
longo de 03 pesquisas pesquisas pesquisas pesquisas
4. Realizar Pesquisas de Demanda TR das 12 Pesquisas
anos, nos realizadas nos meses nos meses nos meses - Relatórios de Pesquisas
Turística. elaborado pesquisas nos licitadas
meses em Natal janeiro, janeiro, maio, janeiro,
Anos 2, 3 e 4
janeiro, maio, em 2012 maio, julho julho e maio, julho
julho e e setembro setembro e setembro
setembro
Inventário
TR Inventário Inventário Inventário
5. Realizar Inventário Turístico. Inexistente concluído no - - - Publicação do Inventário
elaborado realizado licitado concluído
Ano 2
Sistema de
Projeto a Sistema de Gerar
6. Estruturar um Sistema de Informações informações Indicadores Sistema de Informações
ser informações Inexistente indicadores - - -
Turísticas. turísticas turísticos Turísticas
elaborado implantado turísticos
licitado
7. Criar e Implantar Projeto de Educação Projeto
TR a ser Projeto Projeto Publicação dos
Turística, com enfoque socioambiental e Inexistente concluído Projeto licitado - - -
elaborado elaborado implantado Resultados do Projeto
cultural. Ano 2
Fonte: START Consultoria, 2013.
295
Quadro 62 - Marco Lógico – Componente IV - Infraestrutura e Serviços Básicos.
Situação Linha de
PROJETOS Indicador Meta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Meio de Verificação
atual base
1. Elaborar projeto básico e projeto
executivo para a requalificação urbanística e TR a ser Projeto Projeto Projeto Relatórios
paisagística dos acessos a Ponte Newton Inexistente - - - -
elaborado elaborado concluído Ano 2 concluído governamentais
Navarro.
296
Quadro 63 - Marco Lógico – Componente V - Gestão Ambiental.
Linha de Meio de
PROJETOS Situação Atual Indicador Meta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Base Verificação
297
Neste item foi apresentado o Marco Lógico, uma ferramenta para avaliação e
acompanhamento de ações que, mostra, entre outras coisas metas e indicadores de
seguimento para cada uma das ações propostas. Neste sentido, o Sistema de Informações
Turísticas, a ser ainda estruturado, deve buscar atualizar os indicadores ora propostos para
acompanhar e avaliar o resultado dos investimentos do PDITS de Natal.
A avaliação deverá levar em conta a capacidade de produção de dados a ser instalada na
SETURDE, assim como a efetivação do Sistema de Informações Turísticas por meio de sua
construção Pós PDITS. Observa-se para isso a formação de uma Plataforma que permita o
recebimento de dados primários (p. exemplo, abertura de novos hotéis ou pousadas,
licenciamento de obras turísticas, quantitativo de IPTU, ISS, etc.) sendo trabalhados
posteriormente por técnicos do órgão gestor do turismo municipal e debatidos no Conselho
Municipal de Turismo, que avaliará a eficácia dos dados e informações. Realizada essa
primeira avaliação, os resultados serão publicizados em Boletim Turístico semestral
(impresso e na internet), de responsabilidade do governo municipal.
298
10. PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E VALIDAÇÃO DO PDITS
300
participantes, os corredores turísticos que compreendem as principais vias de
acesso da cidade aos produtos, atrativos e equipamentos turísticos, bem como aos
shopping centers. Além da definição da AT de Natal, para a construção das
estratégias de desenvolvimento turístico foi pactuado entre os presentes que a
consultoria definisse as estratégias guardando relação e complementaridade com as
propostas do PDITS do Polo Costa das Dunas, reiterando uma preocupação já
expressa pela representante do Ministério do Turismo, a técnica Miranice Lima
Santos.
16.07.2013 – Na sede da Secretaria Municipal de Planejamento foi realizada mais
uma oficina para discutir o Plano de Ação que integra o Produto 04 do PDITS de
Natal. A consultoria optou fazer a apresentação de cada estratégia com as ações
correspondentes por componente de planejamento do PRODETUR e, após a
exposição individualizada o debate era aberto para as contribuições dos presentes.
Foi um debate bastante rico e todas as contribuições ao plano de ação foram
acatadas e incorporadas ao documento final.
Das oficinas participaram os membros do COMTUR, empresários do setor, representantes
das secretarias com afinidade com o turismo, professores, entre outros. Apresentações,
Relatórios fotográficos e listas de presença nos AXEXOS VII a XI.
Seguem abaixo as contribuições:
I – Contribuição 01
Ação proposta: Ação 01. Elaborar estudos de concepção, projeto básico e projeto
executivo de requalificação urbanística e paisagística das orlas das praias de Natal (Ponta
Negra, Via Costeira, Miami, Areia Preta, praia do Meio, praia do Forte e Redinha).
Mudança proposta: Retirar as praias de Ponta Negra, Via Costeira, Miami, Areia Preta,
praia do Meio e praia do Forte, por estar sendo objeto de outro projeto da Prefeitura de Natal
e deixar apenas a praia da Redinha.
Ação alterada: Ação 01. Elaborar estudos de concepção, projeto básico e projeto executivo
de requalificação urbanística e paisagística da orla da praia da Redinha.
II – Contribuição 02
Ação proposta: Ação 03. Elaborar estudo diagnóstico, projeto básico e projeto executivo
para melhorar a acessibilidade nos espaços urbanos e edificados nas áreas turísticas de
Natal.
Mudança proposta: especificar as áreas objeto da ação: praia da Redinha e Alto de Ponta
Negra.
Ação alterada: Ação 03. Elaborar estudo com diagnóstico, projeto básico e projeto
executivo para melhorar a acessibilidade nos espaços urbanos e edificados no Alto de Ponta
Negra e Praia da Redinha.
301
III– Contribuição 03
Ação proposta: Ação 05. Elaborar estudo de concepção, projeto básico e projeto executivo
para requalificação urbanística e paisagística da margem direita do Rio Potengi.
Mudança proposta: foi solicitado aos presentes para delimitarem a área de intervenção,
sendo decidido que seria da Ponte Newton Navarro até a Ponte velha de Igapó.
Ação alterada: Ação 05. Elaborar estudo de concepção, projeto básico e projeto executivo
para requalificação urbanística e paisagística da margem direita do Rio Potengi, se
estendendo da Ponte Newton Navarro até a Ponte de Igapó.
IV– Contribuição 04
Ação proposta: Ação 07. Apoiar a implantação de Marinas para consolidação do Turismo
Náutico na cidade de Natal.
V– Contribuição 05
Ação proposta: Ação 01. Apoiar as ações previstas no PDITS do Polo Costa das Dunas
para Natal que promovam o aproveitamento do patrimônio histórico-cultural.
Ação alterada: Ação 01. Apoiar as ações previstas no PDITS do Polo Costa das Dunas
para Natal e do PAC das Cidades Históricas que promovam o aproveitamento do patrimônio
histórico-cultural.
VI– Contribuição 06
Ação proposta: Ação 03. Implantar Consultoria para Apoio ao empreendedor turístico de
Natal.
VII – Contribuição 07
Ação proposta: Ação 01. Apoio na Identificação de espaço mais adequado para realização
do Carnatal.
302
Mudança proposta: incluir não só o Carnatal, mas os demais eventos de rua.
Ação alterada: Ação 01. Apoio na Identificação de espaço mais adequado para realização
de grandes eventos de rua (Carnatal e outros).
VIII– Contribuição 08
Ação incluída: Ação 11. Elaborar Plano de Transporte Seguro para o turismo de Natal.
IX– Contribuição 09
Ação incluída: Ação 10. Articular, apoiar e discutir a implantação de VLT (veículo leve
sobre trilhos) na Região Metropolitana de Natal.
303
Para isso foi utilizada a metodologia de oficinas, através da formação de grupos para discutir
questões relacionadas à pratica do turismo na cidade e da inserção dessas comunidades na
atividade turística. Os participantes foram distribuídos em mesas onde deveriam responder
perguntas orientadoras, com mediação dos consultores da START e técnicos da SETURDE.
A metodologia previa rodízios dos participantes nas mesas, sendo sempre escolhido um
relator. Ao final, o relator do grupo apresentava de maneira sucinta as respostas do grupo.
As perguntas motivadoras, o relatório fotográfico e as listas de presença se encontram nos
ANEXOS XII a XIV.
A escolha do local e mobilização dos participantes para as reuniões comunitárias/oficinas
ficaram sob a responsabilidade da SETURDE, a quem também coube organizar a logística
para realização das oficinas, cabendo a Consultoria organizar a metodologia e mediar a sua
realização, com a presença de seus consultores.
Síntese da Percepção das Comunidades Sobre a Atividade Turística
Foram elaboradas 12 (doze) questões orientadoras objetivando saber a opinião da
comunidade sobre a atividade turística. É importante destacar que não houve discrepâncias
significativas entre as respostas dos participantes, e que de uma maneira geral, as
comunidades têm uma opinião similar sobre o desenvolvimento do turismo na cidade. A
seguir estão consolidadas as respostas produzidas pelos diversos grupos das comunidades
envolvidas e apresentadas agrupadas por comunidade.
305
Ponta Negra: foi destacado o serviço oferecido pelos buggies, que são bons, no entanto,
deve ser incorporada aos passeios uma programação cultural, que valorize a base
comunitária da cidade e da Vila de Ponta Negra. Observaram que a programação noturna
da Praia de Ponta Negra é escassa; que há poucos atrativos na praia, além de muita
exploração dos turistas com a cobrança de preços altos por parte dos barraqueiros por um
serviço de baixa qualidade. Carrinhos de som e de DVD’s incomodam quem está na praia,
pois causam poluição sonora; táxis caros, falta de material informativo, poucos transportes,
que faz com que a mobilidade do turista seja prejudicada, ressaltando, que não há
transporte público entre a Vila de Ponta Negra e o Aeroporto.
Redinha: a qualidade dos serviços oferecidos na Redinha ao setor turístico é considerada
precária pelos participantes da reunião comunitária. O Mercado, principal equipamento, não
possui higiene para atender os clientes e os preços são altos pelos serviços oferecidos. Os
quiosques presentes na praia, apesar de serem relativamente mais organizados que o
Mercado, ainda não dispõe de adequada estrutura; falta de fiscalização por parte da
SEMSUR. Além disso, foi levantada a deficiência na área esportiva, como a ausência de
campeonatos de vôlei e beach soccer para entreter, tanto a população nativa, quanto os
turistas.
306
Mãe Luíza: identificaram poucos benefícios: a falta de segurança que prejudica um eventual
desenvolvimento da atividade turística; inexistência de centros de artesanato e de outros
atrativos, além do Farol de Mãe Luiza. Afirmaram que no passado houve um projeto para
construção de uma Praça de Eventos, mas não foi realizado.
Ponta Negra: as opiniões se dividiram: enquanto, uma parte do grupo concordou que não
há benefícios significativos, outra parte acredita que a oferta de oportunidade de trabalho,
mesmo que informal é um importante benefício para as pessoas. No entanto, entendem que
faltam incentivos para qualificação e para a inovação dos serviços artesanais.
Redinha: O grupo não conseguiu identificar benefícios diretos para a comunidade.
308
Ponta Negra: percebem que ocorre uma degradação nos atrativos naturais, devido à falta
de conscientização dos próprios trabalhadores da praia, que poluem a área com o comércio
de produtos. Há também a poluição sonora.
Redinha: o turismo provoca poucos impactos ambientais na comunidade. No caso da
Redinha, esses impactos são de origem local, ou seja, da própria população. O único
impacto provocado pelo turismo ao meio ambiente é a destruição dos mangues.
310
I– Contribuição 01
A Conselheira Jurema Dantas, representante das entidades de ensino, informou que leu o
documento na íntegra e destaca que faltou detalhamento da Praia da Redinha na página
150; sugerindo que em relação as informações poderia ser utilizado o cadastro realizado
pelo IBGE para os hotéis, bem como os dados da Revista Veja que traz uma classificação
de equipamentos; sobre os mapas de localização dos equipamentos sugeriu que ele fosse
revisado, pois para quem não conhece a cidade pode entender que o Parque das Dunas é
ocupado e que o mapa deve destacar apenas a Via Costeira. No item institucional destacar
mais a SETURDE, conforme os dados coletados pelo Instituto Marca Brasil nos trabalhos
realizados dos 65 Destinos Indutores; sobre o projeto da recuperação da Ribeira, pediu para
que fossem confirmados os dados sobre o Canto do Mangue, bem como fossem revisados
os dados sobre manifestações e usos populares, como Natal em Natal, que apresenta
escala nacional, e os eventos programados como FIART, com escala internacional.
Todas as solicitações realizadas pela conselheira foram analisadas e incorporadas ao
Diagnóstico, com exceção dos dados da Revista Veja que a consultoria entendeu que não
poderia utilizá-los por não se tratar de fonte oficial de pesquisa, optando por utilizar os dados
do IBGE, uma vez que Natal não possui um inventário turístico.
II– Contribuição 02
A conselheira. Diassis Rosado, representante da ABAV/RN destacou que era importante
confirmar os dados sobre o número de agências de viagens; pois acreditava que as
informações sobre o número de agências de viagens no estado estavam equivocadas e se
prontificou a fornecer todos os dados necessários para a elaboração do PDITS.
A consultoria procurou a ABAV/RN que disponibilizou os dados oficiais da entidade, sendo
feita a correção dos números relativos às agências de viagens no Diagnóstico.
III– Contribuição 03
O conselheiro. Ramzi Elali, representante do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e
Similares, falou da importância de se corrigir o número de leitos, que os dados poderiam ser
mais precisos e cita a Revista Veja, que na edição passada apresentou uma reportagem
sobre o crescimento do setor hoteleiro em Natal. Solicitou também que no Diagnóstico
constasse o atrativo do buggy turismo como produto.
A solicitação sobre os dados do crescimento dos leitos de Natal não foi atendida porque a
Revista Veja não é uma fonte oficial de pesquisa. Quanto ao buggy, este foi incluído como
atrativo agregado de vários produtos turísticos.
IV– Contribuição 04
A conselheira Ana Muller, representante da AMANÁUTICA sugeriu que fossem atualizados
os dados sobre a Pedra do Rosário que não se encontra em bom estado de conservação,
311
para ser considerado um produto turístico, e que a região do Rio Potengi precisa de
atenção, bem como a questão do turismo náutico. Destacou que todos esses recursos
precisam de intervenção pública para melhorar a infraestrutura turística.
A consultoria considerou pertinente todas as observações da conselheira incluindo-as como
ações do PDITS.
V– Contribuição 05
O conselheiro Edson Andrade, representante da Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social, falou da segurança pública e destacou que o turismo é diretamente afetado pela
violência urbana. Informou que existe um vídeo de monitoramento, e precisa que os setores
discutam com a SESED onde instalar novas câmaras.
O PDITS incorporou as sugestões do conselheiro definindo ações para implantação de um
Plano de Transporte Seguro para o turismo de Natal, bem como Apoiar a instalação de
plantão para atendimento ao turista, na Delegacia do Turista – DEATUR.
VI– Contribuição 06
O conselheiro. Paulo Cesar, representante do Sindicato dos Guias de Turismo - SIGNTUR
questionou sobre o corredor cultural, especificamente a Ribeira, perguntando quais os
projetos previstos para a área.
No momento foi explicado ao conselheiro que o que estava sendo apresentado era o
Diagnóstico e que as ações para o turismo de Natal viriam no Plano de Ação, na etapa
seguinte, mas que existiam recursos previstos para o corredor cultural no PDITS do Polo
Costa das Dunas, através do PRODETUR.
11.06.2013 – 6ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Turismo de Natal,
realizada no dia 11 de junho de 2013, iniciada às 9h00, no Auditório Miguel Arraes
da Câmara Municipal de Natal, em Natal/RN, momento em foi apresentado o
Produto 03 do PDITS de Natal – Seleção da Área Turística e Estratégias de
Desenvolvimento Turístico. Ao final da apresentação foi aberto para os debates,
cujas contribuições seguem a seguir:
I– Contribuição 01
A conselheira Jurema Dantas, representante das entidades de ensino, solicitou que fosse
incluída a elaboração do Plano Municipal de Turismo na estratégia de Fortalecimento
Institucional, para atender as recomendações do Plano Nacional de Turismo. Solicitou
também que no diagnóstico se acrescentasse um glossário com os conceitos sobre os
diversos segmentos turísticos: náutico, cultural, e outros.
Solicitação atendida e incluída no Diagnóstico Estratégico.
312
II– Contribuição 02
O conselheiro Renato Fernandes, representante da Secretaria do Estado do Turismo do Rio
Grande do Norte, solicitou o registro do evento ”Agosto Alegria” no item Eventos em Natal.
Solicitação atendida e incluída como atrativo agregado do produto Eventos em Natal.
14.08.2013 – Reunião do COMTUR para apresentação do Produto 05 - PDITS
Versão Preliminar que se realizou no dia 14 de agosto do corrente, no Centro de
Convenções de Natal, com a presença da representante do Ministério do Turismo,
Miranice Lima Santos. Ao final da apresentação foi aberto para os debates, cujas
contribuições seguem a seguir:
I - Contribuição 01
A conselheira Ana Muller, representante da AMANÁUTICA estranhou que o Plano de Ação
não tenha contemplado ações relativas ao Turismo Náutico e solicitou a inclusão. Foi
explicado a conselheira que diversas ações do Turismo Náutico haviam sido incluídas no
PDITS do Costa das Dunas e que por isso não poderia ser repetidas as mesmas ações no
PDITS de Natal.
As reuniões do COMTUR foram documentadas através das Listas de Presença e de
registros fotográficos que se encontram no ANEXO XV a XXVI deste documento.
Por fim, ressalta-se a participação do Secretário Municipal de Turismo e dos técnicos da
SETURDE que tiveram um papel fundamental no desenvolvimento das diversas etapas,
tanto disponibilizando dados e informações oficiais, como dando contribuições importantes
para melhoria dos produtos, tanto nas reuniões técnicas e do COMTUR, bem como nas
notas técnicas de aceite dos relatórios.
11.09.2013 – Na Reunião do COMTUR de 11 de setembro de 2013, no
Auditório da ABIH foi apresentado o Produto 06 - PDITS Versão Final que
compreende além da consolidação dos relatórios de todas as etapas
anteriores foram acrescidos o capitulo - Participação Pública e Validação do
PDITS e as adequações solicitadas no parecer técnico de nº
040/2013/CGPRII/DPRDT/SNPDTur/MTur e das recomendações técnicas da equipe
da SETURDE. Estiveram presentes à reunião do COMTUR diversos conselheiros,
conforme lista de presença, em anexo, e a representante do Ministério do
Turismo, Miranice Lima Santos.
313
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração do PDITS Natal permitiu não apenas centrar na necessidade de planejar, mas
de abordar outras questões que envolvem aspectos de sua implementação eficaz ao definir
um marco lógico para acompanhamento e avaliação dos resultados da implantação do plano
de ação. Além desses aspectos evidencia-se a definição de uma política de turismo, os
aspectos ambientais do uso turístico dos atrativos, os reflexos da atividade turística na
economia da cidade, e a importância da participação da sociedade na construção de um
plano de desenvolvimento turístico. Diante disso, o desafio não reside mais exclusivamente
na elaboração do PDITS de Natal, mas principalmente na gestão do processo, o que
significa desenvolver estratégias de implementação, monitoramento e avaliação dos
resultados que garantam a dinâmica e continuidade do processo.
O primeiro passo, agora para concretizar esse esforço coletivo do PDITS de Natal será
buscar juntos aos organismos internacionais o apoio necessário para o financiamento das
ações propostas neste plano, tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
ou a Corporação Andina de Fomento (CAF). O volume de recursos para financiamento
externo já foi definido com um valor total aproximado a da proposta contida na Carta
Consulta do município de Natal apresentada a CAF, em outubro de 2010.
No entanto, outros recursos serão necessários para implementar o PDITS de Natal na sua
integralidade com a execução das ações não relacionadas como elegíveis para o
PRODETUR Nacional. Um exemplo dessas ações é o caso do projeto e implantação de um
de um Espaço Multiuso para feiras e eventos, além dos projetos de infraestrutura que são
capazes de melhorarem a salubridade ambiental da cidade.
Também merece citar as diversas ações que não demandam custo financeiro direto, que
requer apenas articulação e decisão política para realizá-las. Trata-se das ações que não
estão no âmbito da SETURDE, mas de grande significado para a melhoria da qualidade dos
produtos turísticos que compõem a oferta turista da cidade.
No processo de elaboração deste Plano, contamos com a participação de vários segmentos;
dos que fazem o governo municipal; que compõem o Conselho Municipal de Turismo; do
trade turístico, das instituições de ensino; das comunidades locais, etc., que mesmo com a
sobrecarga de tarefas e encargos, não esmoreceram quando solicitados a permutar horas
de trabalho e ocupação, fora do expediente comum, para dedicar-se a produzir propostas e
ideias que orientassem a discussão na busca da formulação de diretrizes para um turismo
sustentável.
Com este PDITS, resultado de um processo participativo tem-se a certeza de estar
inaugurando um novo marco na administração do turismo da cidade de Natal, de
responsabilidades sociais e ambientais solidárias, na busca da materialização de uma
melhor qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.
314
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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320
GLOSSÁRIO
Dunas - corpos de areia quartzosos acumulados naturalmente pelo vento, dividindo-se entre
móveis e fixas. As móveis são aquelas dunas desprovidas de vegetação e que migram
continuamente; as fixas são aquelas de origem mais antiga e recobertas por vegetação (Lei
7.771/2000). As paisagens dos campos dunares despertam curiosidade para muitas
pessoas e constituem unidades paisagísticas que só ocorrem em pontos localizados do
planeta, servindo de atrativo turístico, não só para apreciação da paisagem, mas para
realização de trilhas e passeios em veículos especiais.
Ecoturismo – um segmento da atividade turística desenvolvido em localidades de grande
potencial ecológico, de forma preservacionista procurando conciliar a exploração do turismo
com o meio ambiente ou harmonizar as atividades de lazer com a natureza.
Estuário – é um corpo aquoso litorâneo raso e geralmente salobro com circulações mais ou
menos restrita, que mantém comunicação constante com o oceano aberto4. Os grandes
estuários são explorados principalmente por atividades econômicas tais como: pesca,
salinas e carcinicultura. São geralmente alvo de instalação de portos e marinas, sendo estas
últimas bastante visadas para o turismo.
Falésia – termo usado indistintamente para designar as formas de relevo litorâneo abruptas
ou escarpadas ou, ainda, desnivelamento de igual aspecto no interior do continente. Deve-
se, no entanto, reservá-lo, exclusivamente, para definir tipo de costa no qual o relevo
aparece com fortes abruptos5. Tais feições forma verdadeiros paredões paralelos a linha de
costa construída nas sequências sedimentares do Barreiras, que despertam o interesse dos
transeuntes que passam pelas praias.
Manguezal – ecossistema costeiro presente em áreas estuarinas, sujeito ao regime das
marés, que apresenta vegetação arbórea, arbustiva e herbácea (mangue) em substrato
lodoso. Sua extensão vai desde o limite inferior da baixa-mar até a zona terrestre acima da
influência das marés (Lei 7.871/2000).
Planícies - constituem terrenos mais ou menos planos, geralmente extensos, onde os
processos de agradação superam os de degradação. Nestas áreas, a topografia caracteriza-
se por apresentar superfícies pouco acidentadas, sem grandes desnivelamentos relativos,
com exceção de pequenos trechos aonde ocorrem quebras de relevo devido ao trabalho
erosivo dos vales.
Praias - entende-se por praia a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas,
acrescida da faixa subsequente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e
pedregulhos até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde
comece um outro ecossistema (Lei 7.661/1988).
4
Kenitiro Suguio. Geologia Sedimentar. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2003. p. 261.
5
Antônio José Texeira Guerra e Sandra Baptista da Cunha. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 6ª ed. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. p. 265.
321
Por sua posição junto a um corpo de água, as praias constituem forte atração para o lazer,
com significativas implicações econômicas por meio das atividades associadas ao turismo e
esportes náuticos (MUEHE, 2004, p. 13-14).
Tabuleiros Costeiros – constituem formas de relevo plano com suaves ondulações (platô
sedimentar), com altitudes que não excedem os 150 metros, possuindo quebras de relevo
quando da presença de vales.
Turismo de Aventura - é um tipo de turismo que compreende o movimento de turistas cuja
principal atração é a prática de atividades de aventura de caráter recreativo, podendo
ocorrer em qualquer espaço natural, construído, rural, urbano, estabelecido como área
protegida ou não.
Turismo de Charme – é um nicho de mercado promissor que aposta no luxo como fator de
atração, oferecendo aos turistas produtos exclusivos com altíssima qualidade e com
requinte de detalhes.
Turismo Cultural – compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do
conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos
culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
Turismo de Eventos – é praticado com interesse profissional e cultural através de
congressos, convenções, simpósios, feiras, encontros culturais, reuniões internacionais,
entre outros.
Turismo Gastronômico – tipo de turismo que tem como principal motivação a gastronomia
com ingredientes tradicionais da localidade.
Turismo de Incentivos – são viagens em que a empresa oferece a empregados,
vendedores, clientes, ou outra pessoa com quem tenha relações, gratuitamente, sob
condições estabelecidas antecipadamente.
Turismo de Natureza – são as experiências turísticas que ocorrem ao ar livre que inclui
práticas diversificadas desde à interpretação e contemplação ao usufruto sustentável da
natureza nas suas diferentes vertentes.
Turismo Náutico – caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas com a finalidade
de movimentação turística.
Turismo de Negócios – é o conjunto de atividades de viagem, de hospedagem, de
aliment5ação e de lazer praticado por quem viaja a negócios referentes aos diversos setores
da atividade comercial ou industrial ou para conhecer mercados, estabelecer contatos,
firmar convênios, treinar novas tecnologias, vender ou comprar bens ou serviços.
Turismo Pedagógico – uma atividade educativa sob a forma de experiência turística, na
qual os alunos assumem a condição temporária de turistas, segundo um plano pedagógico
definido pela escola para melhor exploração e apreensão de conhecimentos, aproveitando-
se da riqueza do meio ambiente.
Turismo Social - Turismo Social é a forma de conduzir e praticar a atividade turística
promovendo a igualdade de oportunidades, a equidade, a solidariedade e o exercício da
cidadania na perspectiva da inclusão.
322
Turismo de Sol e Praia – constitui das atividades turísticas relacionadas à recreação,
entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunto água, sol e calor.
Turismo Religioso – é uma modalidade que movimenta um grande número de peregrinos
em uma viagem pelos mistérios da fé e da devoção a algum santo.
323
ANEXOS
324