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Rowan Williams for Dummies: On Human Sexuality

“É muito bom, mas lê-o quando estiveres bem desperta”, foi o


que o meu marido me disse quando me enviou um link, por volta
das 22:00 horas na outra noite. O aviso, no entanto, parecia mais
um desafio que outra coisa, por isso como é obvio comecei a lê-
lo no momento.
O link levava-me para palestra de Rowan Williams chamado
“The Body’s Grace” (“The Body’s Grace.”). Tinha surgido há
superfície nas redes sociais de Ron depois das consequências
do confronto entre a CRC e RCA no mês passado. A palestra foi
apresentada em 1989 numa coleção de lições patrocinadas pelo
Movimento Lésbico e Gay cristão (“Lesbian and Gay Christian
Movement.”), com base no Reino Unido. A palestra foi depois
recolhida no livro “Theology and sexuality” (“ Theology and
Sexuality”), uma antologia editada pelo UNC-Greensboro
especialista em ética, Eugene Rogers (“Eugene Rogers”).
Rogers chamou a palestra de “as 10 melhores páginas alguma
vez escritas em relação á sexualidade no seculo 20”.
Eu não sei se o Rogers estava certo, mas o Ron estava
completamente certo quando me avisou para não ler isto
enquanto sonolenta. Isto é um típico exemplo da escrita Rowan
Williams: densa, teórica, subtil, erudita e geradora de muita
reflexão. Williams- que até 2012 foi o Arcebispo de Canterbury-
menciona não menos que três escritores, quatro filósofos e cinco
passagens da escritura num pequeno espaço de 6000 palavras.
Eu definitivamente recomento aquecer uma boa caneca de um
café e ler esta palestra por você mesmo. No entanto, não seria
bom ter uma versão simplificada, com anotações, por perto?
Algum tipo de sumario?
Bem, aqui está. Eu fiz o meu melhor. As ousadas frases de
Williams são os seus pontos principais, frases regulares indicam
os subpontos sumarizados e os meus próprios comentários
estão em itálico.
Tentar perceber por completo a sexualidade humana
é uma tarefa impossível. Vamos admitir isso desde o
principio.
(Trying to get human sexuality right is a “doomed
task.” Let’s just admit that from the start.)
Nós experienciamos sexualidade de uma maneira tanto trágica
como cómica. Nós conseguimos encontrar os nossos corpos em
situações que nos fazem parecer tolos ou que nos fazem sentir
profundamente magoados. Se começarmos por admitir isso,
podemos se calhar chegar mais rapidamente há nossa
necessidade de graça.
(Neste ponto, Williams entra numa loooooonga disquisição(?)
numa serie de quatro livros por Paul Scott. Francamente, podes
passar esta parte, a não ser que tenhas lido os quatro livros, o
que ninguém fez. Ele passa por estes livros para usar a frase “A
graça do corpo”. Pronto.)
Antes de chegarmos há parte sobre corpo, vamos
definir graça. Graça é a transformação na qual nós
nos começamos a ver como alguém desejado e
significante.
(Before we get to the body part, let’s define grace.
Grace is a transformation through which we see
ourselves as desired, significant, wanted.)
Esta é a razão para qual fomos criados. Criação, Encarnação,
Comunidade Crista- Estas são as maneiras em que nós somos
convidados para comunhão da Trindade, para que possamos
perceber verdadeiramente que nós somos a “the occasion of
joy”.
Comentário: Eu acho que este é o pior (ou menos famoso) lado
do Breve Catecismo de Westminster. Qual é que é a maior
preocupação dos seres humanos: Ser amados por Deus e
receber a sua graça para sempre. OK!
Este é o ideal da intimidade sexual: Estar envolvido
neste enorme projeto de graça. Isto requisita que
cada parceiro seja transformado pelo desejo do
outro. O corpo comunica. “Eu vejo-te, eu reconheço-
te e tu és felicidade para mim,” e essa comunicação
transforma o seu recetor. É mútuo.
(Here’s the ideal for sexual intimacy: to be caught up
in this larger project of grace. This requires that each
partner be transformed by the other’s desire. The
body communicates, “I perceive you, and you are a
joy to me,” and that communication transforms the
receiver of it. It’s mutual. Here’s the ideal for sexual
intimacy: to be caught up in this larger project of
grace. This requires that each partner be transformed
by the other’s desire. The body communicates, “I
perceive you, and you are a joy to me,” and that
communication transforms the receiver of it. It’s
mutual.)
Vamos dividir por pontos algumas coisas.
1) O corpo, de uma maneira sexual, comunica;
2) Isto tem de ser mutuo. O que quer dizer que o desejo tem de
ser compreendido/percebido. E bem-vindo. E reciproco. Cada
elemento é importante;
3) Isto implica risco e vulnerabilidade de ambas as pessoas;
4) Desejar/Ser desejado desta maneira é transformador. Faz-
nos sentir significantes, amados.
Aqui estão algumas coisas que não são de graça.
“Atividade sexual solidaria” pode aliviar alguma tensão, mas não
tem muito que ver com o que falamos anteriormente (ser
compreendido/percebido e transformado). Por isso não tem
muita graça envolvida.
Sempre que existir uma diferença de poder, não estamos a falar
de graça. De facto, nós podemos estar a falar de perversão,
como na violação, pedofilia, etc. Isto é, quando alguém possui
do controlo, essa pessoa não toma riscos e nao tem de “esperar
que o outro também queira”
Comentário: Williams não menciona aqui complicações éticas
relacionadas com sedução e consentimento, mas muito mais
poderia ser feito nestas áreas, como te dirá qualquer
universitário depois do seu primeiro ano em workshops sobre
violação e a sua prevenção. Caroline Simon tem um bom
capitulo sobre sedução no seu livro “Bringing Sex Into Focus”
(“Bringing Sex Into Focus”) (IVP, 2012) mas, com eu disse, esta
é uma área necessitada de reflexão. OK, de volta a ti, Rowan…
Alem disso, certas éticas sexuais comuns não são suficientes.
Por exemplo:
“Sexo é só o que duas pessoas consentidas fazem com o seu
corpo para se divertirem”, isso não é bom o suficiente. Vocês
estão se simplesmente a usar com permissão do outro. Isso não
é ser vulnerável para a graça.
“Sexo tem só que ver com o corpo. O meu eu interior é que
importa”. Tu estas te a enganar a ti próprio quando pensas que
tu te consegues desapegar o interior do exterior.
Comentário: Eu acho interessante imaginar não responder a
estas duas supostamente “inocentes” moralidades
simplesmente dizendo, “Bem, isso é pecado,” (Sendo que, no
entanto, eu acho que estas atitudes representam um pecado),
mas invés disso responder assim, “Isso não é bom o suficiente.
Isso não respeita ou honra a possibilidade humana o
suficiente(?)”. Esta maneira de falar pode passar uma ideia mais
legitima do que simplesmente dizer que isso é “pecado”.
Nós estamos a marcar uma alta aspiração para ética
sexual, e isso significa que simplesmente seguir as
regras não é bom o suficiente.
Vamos admitir que existe por aí sexo heterossexual muito mau
nos casamentos. Sim ok, eles são “dentro dos limites”. É um
homem e uma mulher, e eles tem o “ok” social para a sua união
sexual. Mas isso quer dizer que as suas vidas sexuais estão na
graça? É mutuo e transformador para ambas as pessoas? Isto
são perguntas muito serias.
Vamos resumir isto:
“A questão moral…busca saber quanto é que nós queremos que
a nossa atividade sexual seja comunicativa, o quanto queremos
exibir a larga possibilidade humana e o sentido da capacidade
que o nosso corpo tem de curar e engradecer a nossa vida
noutros assuntos”.
(“The moral question … ought to be one of how much we want
our sexual activity to communicate, how much we want it to
display a breadth of human possibility and a sense of the body’s
capacity to heal and enlarge the life of other subjects.”)
Comentário: Sim, é crucial que nós não deixemos o sexo
heterossexual no casamento fora da nossa supervisão só
porque “cumpre as regras”. Como se nós não tivéssemos de
desafiar as pessoas dentro do casamento a caminhar na direção
de uma visão para uma vida sexual elevada.
Negligenciar isto é uma maneira muito boa de se fazer vista

grossa ao abuso, ou de levar há desilusão de pessoas que

aparentemente fazem tudo “bem ou da maneira correta” e que

mesmo assim se sentem desapontadas com a sua vida sexual.

Então como é que criamos um contexto em que fazer

sexo é recompensador e cheio de graça? A resposta

chave é: Tempo.
(“So how do we create a context for making sex this

meaningful and grace-filled? A key answer is: time.”)

Olhem, isto não é fácil. Mas tu não consegues graça sem risco.

Então nós precisamos de criar um contexto de compromisso, a

onde as pessoas confiem uma na outra o suficiente para ficarem

vulneráveis.

Uma ação publica para marcar este compromisso é importante

e necessário. Nós precisamos que todos reconheçam, “Hey,

vocês os dois estão a trabalhar nisto juntos e nós vamos-vos

ajudar.” Mas o casamento civil não é suficiente, sozinho, para

garantir graça.

No entanto, nós precisamos de admitir a verdade, que existem

pessoas que conseguem encontrar graça só no casamento civil.

Fingir que isso não acontece ou rotula-lo logo como pecado,

simplesmente não se estaria a reconhecer a realidade.

Vamo-nos lembrar que graça é no final de contas

uma relação com Deus.


(“Let’s remember that sexual grace is ultimately

about a relationship with God.”)

“Ser formado na nossa humanidade pelo amor de outro é uma

experiencia cujos contornos nós podemos identificar melhor, se

nós já tenhamos aprendido ou estejamos a aprender há cerca

do espantoso amor de Deus, ser o objeto do amor de Deus por

Deus através da incorporação na comunidade do Espirito Santo

e a decisão de carregar a identidade de filho de Deus.”

(“To be formed in our humanity by the loving delight of another is

an experience whose contours we can identify most clearly and

hopefully if we have also learned or are learning about being the

object of the causeless loving delight of God, being the object of

God’s love for God through incorporation into the community of

God’s Spirit and the taking-on of the identity of God’s child.”)

Comentário: Eu acho que o que isto quer dizer é, que um bom

casamento nos ensina também há cerca do amor de Deus. Ok!

Celibato é um chamado muito serio e é um presente

que não deve ser forçado nas pessoas.


O celibato também tem que ver com a graça do corpo, celibatos

encontram graça somente na presença de Deus. Nem toda a

gente é capaz de tal coisa! Alguma vez reparaste que não são

as pessoas celibatas que insistem que os homossexuais

deveriam praticar também o celibato?

Uma razão para as pessoas se “passarem” quando

deparadas com sexo do mesmo género é porque isso

as forças a pensar sobre o propósito do desejo,

propriamente dito. Assustador

(“One reason people freak out over same-sex

sexuality is that it forces us to think about the

purpose of desire as such. Scary!”)

Nós justificámos e ainda agora tentamos não falar muito há

cerca da comedia, do perigo e do desconforto que é a

sexualidade quando não tem que ver com o objetivo de procriar.

Contudo, quando consideramos a sexualidade fora disso,

quando simplesmente tem haver com o desejo e a alegria, aí

precisamos de uma ética e propósito para tais desejos. E isso é

complicado!
A pergunta é, o que que nós fazemos com a “verdade não

funcional”, onde o resultado não são crianças, onde a “alegria

cujo ‘material produzido’ é uma pessoa consciente da graça?”

A maneira como as Escrituras falam sobre o

propósito e o significado da sexualidade não pode

ser reduzido a uns quantos textos.

Aqui, Williams explora de uma maneira muito breve a ideia de

vulnerabilidade mutua nas Escrituras, citando metáforas sobre o

relacionamento de Deus com as suas pessoas, assim como as

passagens diretamente relacionadas com a sexualidade. Ele diz

que precisa de refletir mais sobre este assunto. (Essa

necessidade, felizmente, foi respondida por pessoas como

James Brownson, cujo o livro “Bible, Gender, Sexuality” /”Bible,

Gender, Sexuality”) menciona bastante esta palestra.)

Então para resumir:

“As decisões sobre a nossa vida sexual são há cerca

do quanto nós queremos que os nossos corpos

signifiquem ou melhor que necessidades


emocionais estamos a responder ou que leis

estamos a satisfazer”

“(So, to sum it up:


‘Decisions about sexual lifestyle are about how much
we want our bodily selves to mean rather than what
emotional needs we’re meeting or what laws we’re
satisfying.’)”
Ok, agora vamos passar para aos últimos pontos.

Williams delineia uma grande aspiração para a sexualidade da

humanidade. É uma decisão que engloba um grande propósito

de graça, uma decisão que transcende as regras e limites sem

nulificar a nossa necessidade de os ter.

Duas questões que me apareceram automaticamente:

1) Pode qualquer casamento chegar a este nível de

aspiração? Sim, eu acredito que sim. Eu até afirmaria que

já experienciei tal aspiração. Mas mesmo os melhores


casamentos não vão corresponder a esta visão

constantemente. E isso é ok! Eu diria que a ideia é criar o

melhor contexto de graça e todos os dias tentar alcança-lo.

2) Como é que isto se transmite para não académicos e/ou

pessoas pouco teóricas? Nós precisamos de pensar muito


calmamente sobre a distinção entre aspirações e regras.
Pessoas querem regras. E é por essa razão que muitas pessoas

na igreja estão a requisitar uma “resposta para este problema”.

É por esta razão que a RCA chamou um extra-synodical

“Assembleia Especial” este verão passado, ou que o coitado do

CRC synodical comité tem uma missão de cinco anos (a five-

year mission) “para prover um guia conciso, claro e ético sobre

o que constitui uma vida sexual crista santa e saudável”. Boa

sorte, pessoal…Tal como Kate Kooyaman chamou a atenção no

seu ultimo post no mês passado (Kate Kooyman pointed out in

her post last month), aquele mandato nem chegava a começar a

falar sobre as complexidades que eram precisas de responder

para ajudar as pessoas em situações reais.

As pessoas querem regras, porque gostamos de distinguir o que

é certo do que é errado. E algumas vezes nós realmente

precisamos de saber o que é certo e o que é errado. Mas regras

são perigosas quando não acompanhadas por uma visão. Eu

acho que a melhor contribuição de Williams nesta palestra é

dizer que as nossas regras “não são boas o suficiente”. Não é

bom o suficiente concluir, tal como muita pessoa o fazem, que


se simplesmente seguires as regras está tudo bem, e que se por

alguma razão passares a linha nalguma dessas regras já estás

a pecar e és um pecador. Isto é a definição de legalidade. É justo

dizer que quando se trata de Legalidades, Jesus não é um fã.

Regras são a cerca de por um certo na caixinha no final do dia.

Sabedoria é aspirar em direção a uma visão. Regras são fáceis

de explicar, e por isso é que as pessoas as querem. Sabedoria

é mais difícil. E nenhum comité synodical nos vai levar até uma

resposta.

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