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Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

Instituto de Ciências Humanas – ICH


Departamento de Geociências

ALBUQUERQUE, Edu Silvestre de et al. A nova natureza do mundo e a necessidade de


uma biogeografia "social". Geosul, Florianópolis, v. 19, n. 38, p. 141-157. jul./2004.

Fichamento
Introdução
1. Com a revolução industrial o mundo passou por inúmeras transformações ambientais
e sociais. E todas as transformações no espaço, fez a geografia passar um contínuo processo
de renovação nos seus campos de atuação.
2. Em alguns ramos essa renovação teve um maior impacto (como a geopolítica,
geografia agraria, etc). Porem outras passaram por poucas modificações, como é o caso da
biogeografia.
3. Dessa forma o texto busca refletir sobre a atuação dessa área mostrando, na opinião
do autor, possíveis variáveis a serem incorporadas no estudo da Biogeografia atualmente.
4. A biogeografia é uma das disciplinas fundadoras da geografia moderna no fim do
século XIX. Preocupava-se com a distribuição da fauna e flora, apoiando-se na botânica e
zoologia.
5. É possível encontrar em cavernas pinturas rupestres retratando o ambiente e os
animais, comprovando que a observação e descrição de seres pelo homem é antiga e tendo
avançado e se mantido ate hoje.
6. Ate a idade media os estudos eram apenas classificatórios. Com a centralização da
Igreja, inúmeros assuntos passam a ser negligenciados. Somente com Darwin, Lamarck com
seus estudos deram base científica para e explicação da ocorrência e distribuição da
biodiversidade.
7. Antes do fim deste século, não se tinha uma real cientificidade na biogeografia, visto
que sua evolução feita por naturalistas se baseava na descrição, classificação e observação das
espécies e não no entendimento da dinâmica de toda biodiversidade.
8. F. Ratzel que propôs um roteiro biogeográfico com um olhar de associação ao meio
social. Percebendo que a geografia era o entendimento do meio natural no Homem. esse
geopolítico tinha a crença de que o estudo do meio natural era fundamental para a
compreensão da formação das sociedades.
9. Mesmo buscando uma integração, F. Ratzel ainda dividia a geografia em 3
(biogeografia, geografia física e antropogeografia), sendo a biogeografia responsável pelo
estudo dos seres bióticos. Propondo uma biogeografia, pois a vida animal, vegetal e humana
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seriam interdependente.
10. Porem essa proposta integradora para a biogeografia, teve um efeito irrisório para os
biogeógrafos. Fazendo com que está em sua fase clássica se limitasse a uma simples descrição
das áreas de distribuição da fauna e flora.
11. Torna-se marcante que vários viajantes entre os séculos XVIII e XIX, geralmente
financiados pelos Estados, expandiram o conhecimento biogeográfico do mundo. Porem
também houve expedições particulares como a de V Humboldt para a América do Sul.
12. Além de registrar e observar as espécies, Humboldt buscava relacionar relevo, solo,
clima com as espécies estudadas. Ainda desenvolveu o empirismo raciocinado, método esse
usado por demais estudiosos das ciências naturais.
13. O interesse científico na biogeografia no século XIX, tinha a função de aumentar o
poder e controle das metrópoles europeias, pois a descrições dos povos e recursos do novo
mundo e oriente auxiliava na fiscalização e dominação dos impérios.
14. Fica claro a conexão entre as viagens de naturalistas e o aumento das trocas
comerciais nestas áreas.
15. Neste período a ciência positivista separava o objeto(de estudo) do sujeito (cientistas/
sociedade), buscando a neutralidade. Toda a natureza devia ser regida por leis.
16. Os biogeógrafos aceitaram sem questionamentos esse método de empirismo
raciocinado de Humboldt. A analise e coleta de informações traziam novas relações de causas
e efeito entre o meio abiótico, a fauna e flora. Que mesmo com os novos conceitos
geográficos, não se passa a ter uma maior reflexão de sua relação com o meio social.
17. Apesar da ideia de F. F. Ratzel a grande maioria dos biogeógrafos do século XIX se
prenderam a ideia de natureza completamente fora da sociedade. Em toda geografia desse
período é quase um dogma a fissão do espaço geográfico entre o físico natural e o antrópico.
18. Essa discussão do local da biogeografia dentro a geografia ainda se mantêm
atualmente. Mas cabe dizer que a biogeografia para o geógrafo tem uma utilidade
diferenciada, pois esse profissional deve se preocupar com a distribuição da fauna e flora e
ligar essas informações a um caráter antropológico a sua visão.
19. Ocorre a necessidade de considerar a ação humana nestes estudos pois o homem é um
ser ecológico altamente dominante.
20. Mesmo crendo nesta proposta de uma ciência biogeográfica integradora, sua prática
ainda esta distante. No qual a fragmentação entre zoogeografia e fitogeografia torna
dificultoso estudos articulados. Porem é necessário um esforço para essa conquista pela
biogeografia.
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21. Velasco diz que existem duas correntes de pensamentos atuais que consideram a ação
do homem no ecossistema: A biogeografia cultural e a biogeografia histórica. Centrando no
estudo regressivo atual da formação da paisagem, para se entender como o ser humano
interferiu em sua composição.
22. Mesmo os que compreendem que a biogeografia deva se limitar ao papel da
exploração, transformação da fauna e flora pelo homem, novos enfoques são fundamentais
para o seu avanço. O entendimento dos ecossistemas a biogeografia deve criar bases para os
geógrafos compreender os geossistemas, que é uma correlação entre ecossistemas naturais e
antrópicos do Mundo.

Por uma nova Biogeografia


23. No século XX a biogeografia passou a ter um papel relevante na economia, medicina
e dos estudos da flora e fauna urbana. No entanto, ainda presa a distribuição da fauna e flora
distante do meio social.
24. O enfoque em um espaço físico natural se fez um falso pilar ao saber do concreto e
subjetivo da espacialidade humana. Pois o espaço pode ser precedente, mas a organização e
todo desenrolar da organização humana é produto de relações sociais entre os Homens.
25. Deste modo a teoria social crítica da geografia, afirma que não se pode separar espaço
e tempo de um elemento estruturante da sociedade. Para os marxistas esse elemento seria a
economia, já para Mílton Santos seria a “técnica”. A geografia como uma ciência social
obriga a biogeografia a explicar a natureza incorporada ou recriada pela humanidade.
26. Não se trata de negar a importância do conhecimento da distribuição e ocorrência da
fauna e flora e da influência de fatores físicos. Mas sim aguçar esses conhecimentos para
abranger as novas demandas sociais.
27. Ha muito tempo o homem vem transformando os ecossistemas, estipulando valores
econômicos a recursos naturais, por exemplo. Neste sentido deveria ser a biogeografia
compreender os fatores sociais e econômicos que modificam as distribuições das espécies?
28. Talvez o novo papel da biogeografia seja a busca por novos caminhos que construam
uma visão de tendência mais social que beneficie no entendimento do arranjo da
biodiversidade. E vários são os assuntos que a biogeografia pode lidar atualmente, tais como:
- Ambiente urbano industrial e agrário que provocam uma corrosão nas condições
físicas do homem e do ambiente, a antropofisação de áreas com espécies que mudam as
cadeias tróficas;
- A utilização da flora e fauna como recurso econômico;
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- A invasão biológica de espécies exóticas que colocam em xeque a biodiversidade
mundial;
29. Tanto a visão econômica quanto a técnica são fundamentais para explicar a natureza
que se cria e recria no presente, com a extinção ou a superação de adversidades por espécies.

Considerações finais
30. O geógrafo ainda se prende a visão vertical da biologia em suas análises. Essa
vinculação com a biologia é metodológica, pois ainda se apoiam no tradicional conceito de
ecossistema, enquanto os geógrafos têm de valer mão dos geossistemas ainda que conscientes
de suas barreiras.
31. Essa biologia tradicional que vem atualmente das escolas e universidades numa noção
cartesiana da natureza para explicar a disposição dos organismos, não é um entendimento
errôneo, porém os avanços metodológicos e sociais anseiam suam evolução.
32. Assim como a biologia se transformou com a genética superando paradigmas
(criacionismo), a biogeografia baseada na teoria critico social deve romper também as
barreiras e se aproximar da realidade século XXI.
33. A aceleração dos processos de extinção deve estar relacionada com o modelo
econômico-social de produção. A recuperação do vínculo sociedade natureza, perdida ao
longo da história deve ser a meta da biogeografia. Não um monte de ideologias utópicas
preservacionistas, mas um caminho harmonioso entre a transformação do espaço pelo homem
e a natureza.
34. A biogeografia se tornou um estudo do homem que é natureza, mas que se encontra
limitado pelo distanciamento entre o natural e o social. Cabendo a essa mostrar como a
humanidade acondiciona o seu próprio desligamento da natureza, resultando em um emburre
cimento.

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