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Culturas Olericulas

PIMENTÃO (Capsicum annuum L. )


Informações gerais:
Origem: México.
Família Solanácea ( mesma do tomate e batata ).
Fonte de vitamina C e vitamina A ( esta, quando maduro ).
No pimentão, não há o sabor picante das pimentas devido a ausência da substância
(alcalóide ) capsicina ou capsaicina, que dá o ardume característico .
É uma hortaliça muito popular no Brasil. Em SP, a produção anual gira em torno de 70
mil toneladas/ano. O pimentão em pó é chamado de páprica.
Morfologia: Planta arbustiva, típica de clima tropical e subtropical, com caule semi-
lenhoso que pode passar de 1 metro. Suporta carga leve de frutos, mas na maioria das
vezes exige tutoramento para maiores podutividades. As raízes atingem até 1 m, com
pouco desenvolvimento lateral. As flores são hermafroditas (na mesma flor, possui
aparelho reprodutor masculino e feminino ), isoladas
Clima: Desenvolve-se bem em temperaturas elevadas. O ideal é de 25 a 28 ° C. É uma
planta sensível a baixa temperatura. É beneficiada por uma termoperiodicidade diária de
6o C, ou seja, a noite deve ser 6° C mais fria que o dia, em média cultivares.
Três tipos básicos de pimentão quanto ao formato: quadrado, retangular e cônico
Exemplos de cultivares com esses formatos: Cônico → Hércules, Apolo, híbrido
Vermelho Samurai – Saís.
Retangular → Rúbia R, Elisa, Melody.
Quadrado → Sentinel, Valência, Sofia.
Com relação a coloração, com exceção do roxo e do creme, os frutos de pimentão são
verdes quando imaturos e tornam-se vermelhos, amarelos ou alaranjados quando
maduros.
Solo e Adubação: O pimentão tem alta demanda (procura) por cálcio. Por isso, é
importante uma boa calagem. O pH ideal é de 5,5 a 6,8.
Valor desejável de saturação de bases: 70% (V) Adubação orgânica → 20/25 t/ha
esterco de curral Mineral:
N → 150 Kg/ha; parcelar de 4 a 6 vezes (aplicar de 25 a 30 Kg a cada 20 dias) P2O5→
100 a 300 Kg/ha K2O → 80 a 2040 Kg/ha; parcelar de 4 a 6 vezes.
Plantio: A propagação é feita por semeio indireto. A formação de mudas é feita em
bandejas de 128 células ou em copinhos de jornal ( 10 x 6 cm ).
Como substrato são utilizadas 3 partes de solo peneirado e 1 parte de esterco curtido. Para
cada 20 L de substrato acrescenta-se 500 g de 4-14-8. O transplantio é feito quando as
mudas tiverem de 10 a 15 cm de altura, com 4 a 5 folhas definitivas.
O espaçamento mais comum é de 1,0 a 1,3 x 0,4 a 0,6 m
Tratos culturais: Irrigação → suprimento irregular, com maior exigência na floração e
frutificação.
Para cultivares híbridas (maior produtividade) → uso de tutoramento, devido ao peso da
carga de frutos.
Usa-se, frequentemente, estacas de bambu (± 80 cm), inseridas quando as plantas
estiverem com , aproximadamente, 40 cm.
Desbrota → pode-se retirar os brotos que surgem lateralmente até a altura da 1a
bifurcação da haste principal.
Poda → não se recomenda, com exceção se a produção visa obter frutos grandes.
Manejo de plantas daninhas → há pouca tradição no uso de herbicidas Anomalias.
Podridão apical → podridão seca na ponta dos frutos, devido a deficiência localizada de
Ca.
Para evitar, sugere-se uma correção bem feita do solo ou aplicação via foliar de
fertilizantes com Ca, como o nitrato de cálcio.
Escaldadura → queima dos frutos pela exposição ao sol, ocasionando uma mancha
esbranquiçada.
Como controle, sugere-se a manutenção da planta sadia, com boa cobertura foliar
(adubação bem-feita, controle de pragas e doenças). As solanáceas são severamente
atacadas por inúmeras pragas.
Como exemplos temos: - Mosca branca - Pulgões - Vaquinha - Ácaros Controle → MIP.
Doenças: As solanáceas, de modo geral, são muito afetadas por doenças. Sendo assim,
muitas são as doenças que podem atacar o pimentão. Como exemplos, citamos duas: 1.
Requeima do pimentão ou podridão do colo (Phytophtora capsici):
Sintomas → apodrecimento do colo (região de contato da planta com o solo) e das raízes
e murcha repentina da planta.
Controle → uso de solos não infestados (áreas livres); rotação; eliminação de plantas
doentes, etc 2.
Mancha de cercospora (Cercospora capsici):
Sintomas → lesões circulares nas folhas, aquosas (aspecto encharcado), de bordos
escuros.
Controle → rotação, uso de matéria orgânica no solo (estimula o aparecimento de agentes
no solo que combatam o fungo Cercospora)
Colheita: Da semeadura até o início da colheita são de 100 a 110 dias.
Como o pimentão apresenta crescimento indeterminado, a colheita se prolonga por 3 a 6
meses.
Logicamente, se o objetivo é colher frutos maduros, o ciclo supera os 110 dias. O ponto
de colheita são frutos verdes, com 14 a 18 cm. Corta-se o pedúnculo de 1 a 2 cm do fruto.
Produtividade → 30 a 60 t/ha. Com híbridos, normalmente, as produtividades são
maiores. O pimentão conserva-se no ambiente por 2 a 4 dias. Em geladeira, conserva-se
por até 15 dias.

Tomate ( Lycopersicon esculentum Mill. )


Informações gerais:
O tomate pertence a família das Solanáceas, onde estão as olerícolas mais importantes
em termos econômicos, sociais e de volume de produção.
A cultura do tomate é considerada a segunda em importância entre as olerícolas, em
termos econômicos e de volume de produção.
A cultura olerácea mais complexa, do ponto de vista agronômico, é o tomate, ou seja, é a
hortaliça com maior número de tratos culturais, a mais pesadamente adubada e a que mais
sofre com pragas e doenças.
O tomate é classificado em função do segmento comercial a que se destina: para mesa,
ou consumo “in natura”, e para a indústria, onde sofrerá processamento.
Centro de origem → Norte do Chile ao sul do Equador. A produção brasileira gira em
torno de 3,6 milhões de t, sendo que os maiores estados produtores são Goiás (com 1,02
milhões de t), SP e MG (com cerca de 700 mil t).
Estima-se que, em 2009/2010, SP tenha assumido a liderança . Em termos mundiais os
maiores produtores são China e EUA.
Com relação ao valor alimentício, o fruto fresco de tomate apresenta baixo poder calórico,
baixo teor de matéria seca e é muito rico em cálcio e vitamina C. Ressalta-se a presença
do licopeno, que confere a cor vermelha ao tomate e é um poderoso antioxidante.
Características da planta:
O tomateiro é uma planta perene, de porte arbustivo, sendo, porém, conduzida como
planta anual. A planta pode desenvolver-se de forma rasteira, semi-ereta ou ereta.
O crescimento é limitado nas variedades de crescimento determinado e ilimitado nas de
crescimento indeterminado. Planta herbácea, com caule flexível, incapaz de manter a
posição vertical num estágio de desenvolvimento mais avançado.
O tomateiro possui sistema radicular constituído de raiz principal, raízes secundárias e
raízes adventícias. No caso de transplante, as raízes secundárias desenvolvem-se
rapidamente, tornando-se mais ramificadas e superficiais. Folhas alternadas, compostas,
com um grande folíolo terminal e cerca de 6 a 8 folíolos laterais, que também podem ser
compostos.
A floração do tomateiro caracteriza-se pela emissão de uma inflorescência, com número
variável de flores pequenas e amarelas. A inflorescência é do tipo racimo (cacho),
possuindo, em média, de 6 a 30 flores. As flores são hermafroditas, ou seja, possuem na
mesma flor os aparelhos reprodutores masculino e feminino. Dessa forma a flor do tomate
se auto poliniza. O fruto é do tipo baga, carnosa, bi, tri ou plurilocular.
O tomate apresenta dois padrões de crescimento vegetal:
a) Crescimento indeterminado (ou estaca): Caracteriza-se por apresentar crescimento
vegetal contínuo, junto com produção de flores e frutos, ou seja, ao mesmo tempo a planta
cresce vegetativamente, emite flores e frutos. Outra característica é a presença de
dominância apical, em que o ramo principal cresce mais que as ramificações laterais. A
cada três folhas lançadas, há a emissão de um ramo floral. Em função desse crescimento
a planta deve ser tutorada e podada. A maioria das cultivares para mesa são desse padrão
b) Crescimento determinado (ou tomate “meia estaca”)
Neste padrão, o crescimento vegetativo pára com o início do florescimento. As plantas
assumem forma de moita. As hastes atingem ± 1 m, com um cacho de flores na
extremidade. Neste caso, há ausência de dominância apical. As cultivares para a
agroindústria geralmente tem esse padrão de crescimento.
Condições climáticas: O ideal para o tomate são temperaturas amenas, de dia em torno
de 21 a 28°C, e a noturna de 15 a 20°C. A diferença, da noite para o dia, deve ser de ± 6
a 8° C. Temperaturas altas prejudicam a frutificação e o pegamento. Além disso inibe a
formação do licopeno, substância presente no tomate responsável por dar ao mesmo a cor
vermelha e considerado, também, um antioxidante, ou seja, anti-cancerígeno. Já
temperaturas baixas retardam a germinação e o crescimento vegetativo. Com um período
entre 9 e 15 horas de luminosidade diárias, o tomateiro é indiferente com relação ao
desenvolvimento e produção. A alta intensidade luminosa, porém, contribui para
aumentar o teor de vitamina C dos frutos.
Cultivares: As cultivares são classificadas, basicamente, em dois tipos: para mesa e para
a agroindústria. No Brasil, em 2004, haviam mais de 500 cultivares registradas. Já em
2007, mais de 700 cultivares estavam registradas no RNC (Registro Nacional de
Cultivares).
De acordo com FILGUEIRA, 2000, existem 5 grupos de tomates:
a) Grupo Santa Cruz: São tomates para mesa, com crescimento indeterminado.
Caracterizam-se por serem tomates resistentes e produtivos, porém com menor valor
comercial. Possuem de 2 a 3 lóculos. O tomate mais comum desse grupo é o chamado
Santa Clara. Possuem um diâmetro longitudinal maior que o transversal (ou seja, é mais
alongado). O fruto possui peso médio variando de 80 a 220 gramas
b) Grupo Salada (caqui ou maçã): São tomates para mesa, sendo que a maioria tem
crescimento indeterminado.
Os frutos são graúdos, com peso variando de 250 a 500 gramas. Tem formato
globular, com vários lóculos, e são mais largos que alongados. São tomates grandes,
adocicados, com maior cotação comercial. Entretanto são mais difíceis de serem
produzidos, exigindo mais cuidados no manejo. Exs: Carmen, Monalisa c) Grupo Cereja.
São os chamados minitomates. Tomates para mesa, de crescimento indeterminado .
Pequenos (em média de 15 a 25 g), biloculares . Ex: Sweet Million,S un Cherry
d) Grupo Italiano (Saladete, San Marzano): Tomates para mesa, com crescimento
indeterminado. Biloculares, com formato retangular, alongados (até 10 cm de
comprimento e em média 5 cm de diâmetro). Ex: Júpiter, Colibri.
e) Grupo Agroindustrial: Tomates para indústria, de crescimento determinado,
rasteiro. Pertencem principalmente ao grupo Roma, de formato elíptico, alongado,
biloculares.
São tomates mais resistentes, com coloração vermelho intenso e elevado teor de
sólidos solúveis (brix de 4,5 a 6, em média). A grande maioria dos cultivares
agroindustriais são híbridos, com ciclo médio de 95 a 125 dias. Exs: IPA 5, IPA6,
Viradoro, Redenção
Solo e Adubação: O tomate é adaptável a diferentes tipos de solo . É tolerante a
acidez moderada. Porém, a grande importância da calagem está no fornecimento de
Cálcio e Magnésio, essenciais a cultura . Sendo assim, o pH ideal é de 6,0 a 6,5, com a
saturação de bases ideal em torno de 70 a 80% . O tomate, especialmente o de mesa, é
altamente exigente, sendo uma das hortaliças que melhor responde a doses elevadas de
adubos. Em função disso, é a cultura anual mais pesadamente adubada no Brasil.
Recomendação de adubação
Para tomate tutorado ( mesa )
N → 100 a 400 Kg/ha ( dependendo da produção desejada e do teor de matéria orgânica
do solo ) 10% transplantio - 10% 15 DAT (dias após transplantio) - 10% 30 DAT 20%
45 DAT - 20% 60 DAT - 15% 75 DAT - 15% 90 DAT P2O5 → 300 a 1200 Kg/ha,
dependendo da análise de solo 70% no transplantio e 30% 15 dias após o transplantio (P
em cobertura estimula a emissão de raízes adventícias) K2O → 200 a 800 Kg/ha,
dependendo da análise do solo 10% transplantio - 15% 15 DAT (dias após transplantio)
- 15% 30 DAT 20% 45 DAT - 20% 60 DAT - 15% 75 DAT - 5% 90 DAT Micronutrientes
→ 2 a 3 Kg de B e 4 Kg de Zn
Para tomate rasteiro, na região do cerrado: N → 120 Kg/ha, sendo 50 Kg no plantio
e 70 Kg de 25 a 30 dias após o semeio ou 15 a 20 dias após o transplante P2O5→ 300 a
600 kg, todo no plantio K2O → 50 a 250 Kg/ha, sendo metade no plantio e metade em
cobertura ( mais ou menos 20 a 30 dias após transplante ) Micronutrientes → 2 a 3 Kg de
B e 3 Kg de Zn Plantio . Semeio direto ou semeio e transplante ( mais comum ) . A época
de plantio dependerá da disponibilidade de sistema de irrigação. No centro-oeste o plantio
mais comum é a partir de fevereiro até junho. Em Goiás, a AGRODEFESA, órgão
responsável pela sanidade vegetal e animal do estado delimitou o período de plantio de
acordo com a microrregião local, sendo que os meses em que se permite o plantio vão de
meados de fevereiro a meados de junho. Isto objetiva o controle da mosca branca e,
consequentemente, do geminivírus por ele transmitido. . Na semeadura direta, em que
pode-se usar semeadoras de precisão, gasta-se, aproximadamente, 40 sementes por metro
linear. Recomenda-se deixar de 4 a 5 plantas por metro linear. Para isso, é necessário um
desbaste quando as mudas apresentarem cerca de 12 cm ( ± 25 dias após a germinação).
No método de transplante é muito comum o uso de bandejas, transplantando-se quando a
muda apresentar de 4 a 5 folhas definitivas . O espaçamento recomendado: Cultura
tutorada – 1,0 a 1,2 x 0,4 a 0,7 m ( 1 a 2 mudas )
Grupo Salada ( tomates maiores): – 1,0 x 0,5 m ( uma planta ) Cultura rasteira – 0,8
a 1,2 x 0,2 a 0,25 m.
Tratos culturais: É recomendável a rotação de culturas ( nunca plantar tomate
seguidamente nem espécies da mesma família ) . Irrigação: Na fase inicial, do semeio até
4 a 6 folhas definitivas ou 5 a 6 dias após o transplante, são necessárias irrigações leves
e freqüentes A fase de florescimento, do início da floração ao pegamento de frutos, é a
fase mais crítica, ou seja, que mais necessita de água A fase de maturação é a menos
sensível. Para a Agroindústria, suspende-se a irrigação quando 20 a 40% dos frutos
estiverem maduros, mais ou menos 10 a 15 dias antes da colheita A irrigação por aspersão
facilita doenças. As irrigações localizadas ( gotejamento) e por infiltração (superfície) são
as mais adequadas.
- Podas: Não é necessário podas para cultivares agroindustriais Desbrota → eliminar
brotos laterais que surgem na axila de cada folha Para cultivares de crescimento
indeterminado, recomenda-se deixar uma planta com duas hastes ou duas plantas (na
mesma cova) com uma haste. Para o grupo Salada, recomenda-se deixar uma planta com
uma haste.
- Desponta ou capação Somente para cultivares de mesa: e com crescimento
indeterminado. A desponta consiste em cortar o broto terminal, para limitar o crescimento
No sistema convencional, recomenda-se fazer a capação após a 8a penca. No sistema
orgânico capa-se a partir do 3o ou 6o cacho ou penca
- Desbaste: Somente para o sistema de semeio direto.
- Tutoramento : Somente para cultivares de mesa e de crescimento indeterminado. Não
se tutora cultivares para a indústria. Pode-se usar o sistema de cerca cruzada ou com
fitilhos. O tutoramento facilita o manejo, permite melhor insolação e evita o contato do
fruto com o solo.
Amontoa: Pode ser feito logo que as mudas transplantadas retomem o crescimento
Consiste em chegar terra ao pé da planta. Para tomate agroindustrial raramente é feito. Já
para cultivares para a mesa, é feito com frequência.
Raleamento: É um trato vantajoso para o grupo Salada, onde recomenda-se deixar de 4
a 6 frutos por penca.

Manejo de plantas daninhas: O tomateiro tem desenvolvimento inicial lento ( 30 a 45


dias ) Existem vários herbicidas registrados, como por exemplo: Metribuzin ( nome
técnico ) – PRÉ – controle de folha larga Trifluralin –PPI – gramínea + folha larga
Fluazifop-p-butil – PÓS – gramínea.
Cuidado → o tomate tem alta susceptibilidade a herbicidas a base de 2,4-D. Nunca usá-
los.
Anomalias: são várias as anomalias que podem acometer o tomate. Algumas delas
são:
a) Podridão apical → caracteriza-se por apresentar uma mancha negra, dura e seca, na
extremidade apical do fruto Causa → deficiência localizada de Cálcio Controle →
calagem e adubação adequadas, cultivares melhoradas e, caso necessário, pulverização
foliar com 6g/Litro de CaCl2, semanalmente.
b) Lóculo aberto/rachadura → caracteriza-se pela exposição do interior do fruto. É
mais comum em frutos pluriloculares (Salada) Causas → desbalanço hídrico, variações
bruscas de ta, carência de B Controle → cultivares resistentes, aplicações de B.
c) Queda de flores e frutos Causa → excesso de N, condições climáticas adversas.
d) Frutos amarelados causa → alta temperatura.
e) Escaldadura ou queima de sol → são depressões e enrugamentos na área do fruto,
que fica amarelo-esbranquiçado. Causa → exposição do fruto ao sol, pouca área foliar.
Doenças: O tomate é a espécie mais sujeita ao ataque de doenças. Existem relatos que
relacionam a cultura a mais de 100 doenças. De modo geral, existem doenças mais e
menos agressivas, as que podem e as que dificilmente são controladas, mesmo com a
aplicação de defensivos. O manejo integrado de doenças envolve vários métodos de
controle: cultivares melhoradas, mudas sadias, época de plantio, queima de restos
culturais, rotação de culturas, fertilização adequada, uso de fungicidas, etc, etc . Algumas
doenças: - Cancro bacteriano ( Clavibacter michiganensis ) → difícil controle. Como
sintomas, os frutos apresentam lesões circulares, brancas, com o centro escuro ( chamada
“olho de perdiz” ); os folíolos apresentam fina queimadura marginal - Mancha bacteriana
( Xanthomonas campestris pv vesicatoria ) → lesões grandes nos frutos e queima das
folhas - Murcha bacteriana ( Ralstonia solanacearum ) → difícil controle; prefere solos
encharcados e altas tas; a planta apresenta murcha irreversível, sem amarelecimento das
folhas - Mela ou Requeima ( Phytophthora infestans) → doença altamente destrutiva, de
proliferação rápida mas que pode ser controlada com fungicidas protetores e erradicantes.
- Pinta preta (Alternaria solani) → caracteriza-se por manchas com lesões concêntricas
nas folhas ( aspecto de tiro ao alvo ) e frutos com podridão negra na região do pedúnculo.
- Vírus do Vira-cabeça → arroxeamento ou bronzeamento das folhas; enrolamento das
folhas para cima.
- Mosaico dourado (Geminivírus) → tornou-se um grande problema em Morrinhos. O
vetor da doença é a mosca-branca (e o tripes).
As folhas mais novas apresentam um mosaico amarelo intenso, com deformações
(encarquilhamento, afinamento, etc). A planta fica “enfezada”, ou seja, não se
desenvolve.
Pragas: Vários são os insetos que podem atacar a cultura do tomate. Alguns deles são:
- Traça do tomateiro (Tuta absoluta) → minam (formam galerias ) folhas e frutos; é
uma lagarta verde-parda, ágil, com listras transversais. O nível de controle é quando 10%
dos frutos estiverem danificados.
Pode-se usar inseticidas como: Vertimec, Decis, Karate, etc .
- Mosca branca ( Bemisia argentifolii) → é vetora de viroses O manejo inclui mudas
sadias, uso de armadilhas, eliminação de restos culturais, uso de inseticidas como:
Orthene, Tamaron ( cuidado com ele !), Bulldock, etc.
- Pulgões ( Mysus persicae ) → vetor de viroses Manejo: fertilização adequada, uso de
inseticidas específicos ( Pirimicarb ).
No MIP, a utilização de produtos alternativos pode ser uma prática recomendável. Entre
os produtos alternativos podemos citar:
- Sabão → previne ataque de pulgões e cochonilhas.
- Urtiga → age como repelente de pulgões e lagartas .
- Pimenta do reino → usado para o controle de lagartas, pulgões e mosca minadora
- Neem → árvore utilizada como inseticida natural, existindo registros de controle para
mais de 200 espécies de pragas
A preparação dos produtos alternativos deve seguir um receituário próprio, que
logicamente deve ser consultado antes da utilização dos produtos
Colheita: Tomate para agroindústria: Ciclo: 85 a 125 dias após a semeadura.
A colheita, geralmente, é feita em duas etapas: 1a → com 70 a 80% dos frutos maduros
2a → 10 a 15 dias após. A colheita pode ser manual ou mecanizada (corta-se a planta
rente ao solo, recolhe-se a parte aérea e os frutos são destacados por meio de vibração;
possuem esteira de seleção). A produtividade gira em torno de 70 a 100 t/há.
Tomate para mesa Ciclo: 120 a 150 dias, com colheita nos últimos 30 a 45 dias (não se
esqueçam que o tomate para mesa é de crescimento indeterminado). A produtividade é
de cerca de 100 a 180t/há.

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