0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
18 visualizzazioni8 pagine
O documento fornece informações sobre o pimentão e o tomate, incluindo sua origem, características, cultivo e aspectos culturais. O pimentão é originário do México e é cultivado no Brasil, principalmente em São Paulo. Apesar de pertencer à mesma família do tomate, o pimentão não é picante. Já o tomate tem origem no norte do Chile e é a segunda hortaliça mais importante economicamente. Sua produção no Brasil é liderada por Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
O documento fornece informações sobre o pimentão e o tomate, incluindo sua origem, características, cultivo e aspectos culturais. O pimentão é originário do México e é cultivado no Brasil, principalmente em São Paulo. Apesar de pertencer à mesma família do tomate, o pimentão não é picante. Já o tomate tem origem no norte do Chile e é a segunda hortaliça mais importante economicamente. Sua produção no Brasil é liderada por Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
O documento fornece informações sobre o pimentão e o tomate, incluindo sua origem, características, cultivo e aspectos culturais. O pimentão é originário do México e é cultivado no Brasil, principalmente em São Paulo. Apesar de pertencer à mesma família do tomate, o pimentão não é picante. Já o tomate tem origem no norte do Chile e é a segunda hortaliça mais importante economicamente. Sua produção no Brasil é liderada por Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Informações gerais: Origem: México. Família Solanácea ( mesma do tomate e batata ). Fonte de vitamina C e vitamina A ( esta, quando maduro ). No pimentão, não há o sabor picante das pimentas devido a ausência da substância (alcalóide ) capsicina ou capsaicina, que dá o ardume característico . É uma hortaliça muito popular no Brasil. Em SP, a produção anual gira em torno de 70 mil toneladas/ano. O pimentão em pó é chamado de páprica. Morfologia: Planta arbustiva, típica de clima tropical e subtropical, com caule semi- lenhoso que pode passar de 1 metro. Suporta carga leve de frutos, mas na maioria das vezes exige tutoramento para maiores podutividades. As raízes atingem até 1 m, com pouco desenvolvimento lateral. As flores são hermafroditas (na mesma flor, possui aparelho reprodutor masculino e feminino ), isoladas Clima: Desenvolve-se bem em temperaturas elevadas. O ideal é de 25 a 28 ° C. É uma planta sensível a baixa temperatura. É beneficiada por uma termoperiodicidade diária de 6o C, ou seja, a noite deve ser 6° C mais fria que o dia, em média cultivares. Três tipos básicos de pimentão quanto ao formato: quadrado, retangular e cônico Exemplos de cultivares com esses formatos: Cônico → Hércules, Apolo, híbrido Vermelho Samurai – Saís. Retangular → Rúbia R, Elisa, Melody. Quadrado → Sentinel, Valência, Sofia. Com relação a coloração, com exceção do roxo e do creme, os frutos de pimentão são verdes quando imaturos e tornam-se vermelhos, amarelos ou alaranjados quando maduros. Solo e Adubação: O pimentão tem alta demanda (procura) por cálcio. Por isso, é importante uma boa calagem. O pH ideal é de 5,5 a 6,8. Valor desejável de saturação de bases: 70% (V) Adubação orgânica → 20/25 t/ha esterco de curral Mineral: N → 150 Kg/ha; parcelar de 4 a 6 vezes (aplicar de 25 a 30 Kg a cada 20 dias) P2O5→ 100 a 300 Kg/ha K2O → 80 a 2040 Kg/ha; parcelar de 4 a 6 vezes. Plantio: A propagação é feita por semeio indireto. A formação de mudas é feita em bandejas de 128 células ou em copinhos de jornal ( 10 x 6 cm ). Como substrato são utilizadas 3 partes de solo peneirado e 1 parte de esterco curtido. Para cada 20 L de substrato acrescenta-se 500 g de 4-14-8. O transplantio é feito quando as mudas tiverem de 10 a 15 cm de altura, com 4 a 5 folhas definitivas. O espaçamento mais comum é de 1,0 a 1,3 x 0,4 a 0,6 m Tratos culturais: Irrigação → suprimento irregular, com maior exigência na floração e frutificação. Para cultivares híbridas (maior produtividade) → uso de tutoramento, devido ao peso da carga de frutos. Usa-se, frequentemente, estacas de bambu (± 80 cm), inseridas quando as plantas estiverem com , aproximadamente, 40 cm. Desbrota → pode-se retirar os brotos que surgem lateralmente até a altura da 1a bifurcação da haste principal. Poda → não se recomenda, com exceção se a produção visa obter frutos grandes. Manejo de plantas daninhas → há pouca tradição no uso de herbicidas Anomalias. Podridão apical → podridão seca na ponta dos frutos, devido a deficiência localizada de Ca. Para evitar, sugere-se uma correção bem feita do solo ou aplicação via foliar de fertilizantes com Ca, como o nitrato de cálcio. Escaldadura → queima dos frutos pela exposição ao sol, ocasionando uma mancha esbranquiçada. Como controle, sugere-se a manutenção da planta sadia, com boa cobertura foliar (adubação bem-feita, controle de pragas e doenças). As solanáceas são severamente atacadas por inúmeras pragas. Como exemplos temos: - Mosca branca - Pulgões - Vaquinha - Ácaros Controle → MIP. Doenças: As solanáceas, de modo geral, são muito afetadas por doenças. Sendo assim, muitas são as doenças que podem atacar o pimentão. Como exemplos, citamos duas: 1. Requeima do pimentão ou podridão do colo (Phytophtora capsici): Sintomas → apodrecimento do colo (região de contato da planta com o solo) e das raízes e murcha repentina da planta. Controle → uso de solos não infestados (áreas livres); rotação; eliminação de plantas doentes, etc 2. Mancha de cercospora (Cercospora capsici): Sintomas → lesões circulares nas folhas, aquosas (aspecto encharcado), de bordos escuros. Controle → rotação, uso de matéria orgânica no solo (estimula o aparecimento de agentes no solo que combatam o fungo Cercospora) Colheita: Da semeadura até o início da colheita são de 100 a 110 dias. Como o pimentão apresenta crescimento indeterminado, a colheita se prolonga por 3 a 6 meses. Logicamente, se o objetivo é colher frutos maduros, o ciclo supera os 110 dias. O ponto de colheita são frutos verdes, com 14 a 18 cm. Corta-se o pedúnculo de 1 a 2 cm do fruto. Produtividade → 30 a 60 t/ha. Com híbridos, normalmente, as produtividades são maiores. O pimentão conserva-se no ambiente por 2 a 4 dias. Em geladeira, conserva-se por até 15 dias.
Tomate ( Lycopersicon esculentum Mill. )
Informações gerais: O tomate pertence a família das Solanáceas, onde estão as olerícolas mais importantes em termos econômicos, sociais e de volume de produção. A cultura do tomate é considerada a segunda em importância entre as olerícolas, em termos econômicos e de volume de produção. A cultura olerácea mais complexa, do ponto de vista agronômico, é o tomate, ou seja, é a hortaliça com maior número de tratos culturais, a mais pesadamente adubada e a que mais sofre com pragas e doenças. O tomate é classificado em função do segmento comercial a que se destina: para mesa, ou consumo “in natura”, e para a indústria, onde sofrerá processamento. Centro de origem → Norte do Chile ao sul do Equador. A produção brasileira gira em torno de 3,6 milhões de t, sendo que os maiores estados produtores são Goiás (com 1,02 milhões de t), SP e MG (com cerca de 700 mil t). Estima-se que, em 2009/2010, SP tenha assumido a liderança . Em termos mundiais os maiores produtores são China e EUA. Com relação ao valor alimentício, o fruto fresco de tomate apresenta baixo poder calórico, baixo teor de matéria seca e é muito rico em cálcio e vitamina C. Ressalta-se a presença do licopeno, que confere a cor vermelha ao tomate e é um poderoso antioxidante. Características da planta: O tomateiro é uma planta perene, de porte arbustivo, sendo, porém, conduzida como planta anual. A planta pode desenvolver-se de forma rasteira, semi-ereta ou ereta. O crescimento é limitado nas variedades de crescimento determinado e ilimitado nas de crescimento indeterminado. Planta herbácea, com caule flexível, incapaz de manter a posição vertical num estágio de desenvolvimento mais avançado. O tomateiro possui sistema radicular constituído de raiz principal, raízes secundárias e raízes adventícias. No caso de transplante, as raízes secundárias desenvolvem-se rapidamente, tornando-se mais ramificadas e superficiais. Folhas alternadas, compostas, com um grande folíolo terminal e cerca de 6 a 8 folíolos laterais, que também podem ser compostos. A floração do tomateiro caracteriza-se pela emissão de uma inflorescência, com número variável de flores pequenas e amarelas. A inflorescência é do tipo racimo (cacho), possuindo, em média, de 6 a 30 flores. As flores são hermafroditas, ou seja, possuem na mesma flor os aparelhos reprodutores masculino e feminino. Dessa forma a flor do tomate se auto poliniza. O fruto é do tipo baga, carnosa, bi, tri ou plurilocular. O tomate apresenta dois padrões de crescimento vegetal: a) Crescimento indeterminado (ou estaca): Caracteriza-se por apresentar crescimento vegetal contínuo, junto com produção de flores e frutos, ou seja, ao mesmo tempo a planta cresce vegetativamente, emite flores e frutos. Outra característica é a presença de dominância apical, em que o ramo principal cresce mais que as ramificações laterais. A cada três folhas lançadas, há a emissão de um ramo floral. Em função desse crescimento a planta deve ser tutorada e podada. A maioria das cultivares para mesa são desse padrão b) Crescimento determinado (ou tomate “meia estaca”) Neste padrão, o crescimento vegetativo pára com o início do florescimento. As plantas assumem forma de moita. As hastes atingem ± 1 m, com um cacho de flores na extremidade. Neste caso, há ausência de dominância apical. As cultivares para a agroindústria geralmente tem esse padrão de crescimento. Condições climáticas: O ideal para o tomate são temperaturas amenas, de dia em torno de 21 a 28°C, e a noturna de 15 a 20°C. A diferença, da noite para o dia, deve ser de ± 6 a 8° C. Temperaturas altas prejudicam a frutificação e o pegamento. Além disso inibe a formação do licopeno, substância presente no tomate responsável por dar ao mesmo a cor vermelha e considerado, também, um antioxidante, ou seja, anti-cancerígeno. Já temperaturas baixas retardam a germinação e o crescimento vegetativo. Com um período entre 9 e 15 horas de luminosidade diárias, o tomateiro é indiferente com relação ao desenvolvimento e produção. A alta intensidade luminosa, porém, contribui para aumentar o teor de vitamina C dos frutos. Cultivares: As cultivares são classificadas, basicamente, em dois tipos: para mesa e para a agroindústria. No Brasil, em 2004, haviam mais de 500 cultivares registradas. Já em 2007, mais de 700 cultivares estavam registradas no RNC (Registro Nacional de Cultivares). De acordo com FILGUEIRA, 2000, existem 5 grupos de tomates: a) Grupo Santa Cruz: São tomates para mesa, com crescimento indeterminado. Caracterizam-se por serem tomates resistentes e produtivos, porém com menor valor comercial. Possuem de 2 a 3 lóculos. O tomate mais comum desse grupo é o chamado Santa Clara. Possuem um diâmetro longitudinal maior que o transversal (ou seja, é mais alongado). O fruto possui peso médio variando de 80 a 220 gramas b) Grupo Salada (caqui ou maçã): São tomates para mesa, sendo que a maioria tem crescimento indeterminado. Os frutos são graúdos, com peso variando de 250 a 500 gramas. Tem formato globular, com vários lóculos, e são mais largos que alongados. São tomates grandes, adocicados, com maior cotação comercial. Entretanto são mais difíceis de serem produzidos, exigindo mais cuidados no manejo. Exs: Carmen, Monalisa c) Grupo Cereja. São os chamados minitomates. Tomates para mesa, de crescimento indeterminado . Pequenos (em média de 15 a 25 g), biloculares . Ex: Sweet Million,S un Cherry d) Grupo Italiano (Saladete, San Marzano): Tomates para mesa, com crescimento indeterminado. Biloculares, com formato retangular, alongados (até 10 cm de comprimento e em média 5 cm de diâmetro). Ex: Júpiter, Colibri. e) Grupo Agroindustrial: Tomates para indústria, de crescimento determinado, rasteiro. Pertencem principalmente ao grupo Roma, de formato elíptico, alongado, biloculares. São tomates mais resistentes, com coloração vermelho intenso e elevado teor de sólidos solúveis (brix de 4,5 a 6, em média). A grande maioria dos cultivares agroindustriais são híbridos, com ciclo médio de 95 a 125 dias. Exs: IPA 5, IPA6, Viradoro, Redenção Solo e Adubação: O tomate é adaptável a diferentes tipos de solo . É tolerante a acidez moderada. Porém, a grande importância da calagem está no fornecimento de Cálcio e Magnésio, essenciais a cultura . Sendo assim, o pH ideal é de 6,0 a 6,5, com a saturação de bases ideal em torno de 70 a 80% . O tomate, especialmente o de mesa, é altamente exigente, sendo uma das hortaliças que melhor responde a doses elevadas de adubos. Em função disso, é a cultura anual mais pesadamente adubada no Brasil. Recomendação de adubação Para tomate tutorado ( mesa ) N → 100 a 400 Kg/ha ( dependendo da produção desejada e do teor de matéria orgânica do solo ) 10% transplantio - 10% 15 DAT (dias após transplantio) - 10% 30 DAT 20% 45 DAT - 20% 60 DAT - 15% 75 DAT - 15% 90 DAT P2O5 → 300 a 1200 Kg/ha, dependendo da análise de solo 70% no transplantio e 30% 15 dias após o transplantio (P em cobertura estimula a emissão de raízes adventícias) K2O → 200 a 800 Kg/ha, dependendo da análise do solo 10% transplantio - 15% 15 DAT (dias após transplantio) - 15% 30 DAT 20% 45 DAT - 20% 60 DAT - 15% 75 DAT - 5% 90 DAT Micronutrientes → 2 a 3 Kg de B e 4 Kg de Zn Para tomate rasteiro, na região do cerrado: N → 120 Kg/ha, sendo 50 Kg no plantio e 70 Kg de 25 a 30 dias após o semeio ou 15 a 20 dias após o transplante P2O5→ 300 a 600 kg, todo no plantio K2O → 50 a 250 Kg/ha, sendo metade no plantio e metade em cobertura ( mais ou menos 20 a 30 dias após transplante ) Micronutrientes → 2 a 3 Kg de B e 3 Kg de Zn Plantio . Semeio direto ou semeio e transplante ( mais comum ) . A época de plantio dependerá da disponibilidade de sistema de irrigação. No centro-oeste o plantio mais comum é a partir de fevereiro até junho. Em Goiás, a AGRODEFESA, órgão responsável pela sanidade vegetal e animal do estado delimitou o período de plantio de acordo com a microrregião local, sendo que os meses em que se permite o plantio vão de meados de fevereiro a meados de junho. Isto objetiva o controle da mosca branca e, consequentemente, do geminivírus por ele transmitido. . Na semeadura direta, em que pode-se usar semeadoras de precisão, gasta-se, aproximadamente, 40 sementes por metro linear. Recomenda-se deixar de 4 a 5 plantas por metro linear. Para isso, é necessário um desbaste quando as mudas apresentarem cerca de 12 cm ( ± 25 dias após a germinação). No método de transplante é muito comum o uso de bandejas, transplantando-se quando a muda apresentar de 4 a 5 folhas definitivas . O espaçamento recomendado: Cultura tutorada – 1,0 a 1,2 x 0,4 a 0,7 m ( 1 a 2 mudas ) Grupo Salada ( tomates maiores): – 1,0 x 0,5 m ( uma planta ) Cultura rasteira – 0,8 a 1,2 x 0,2 a 0,25 m. Tratos culturais: É recomendável a rotação de culturas ( nunca plantar tomate seguidamente nem espécies da mesma família ) . Irrigação: Na fase inicial, do semeio até 4 a 6 folhas definitivas ou 5 a 6 dias após o transplante, são necessárias irrigações leves e freqüentes A fase de florescimento, do início da floração ao pegamento de frutos, é a fase mais crítica, ou seja, que mais necessita de água A fase de maturação é a menos sensível. Para a Agroindústria, suspende-se a irrigação quando 20 a 40% dos frutos estiverem maduros, mais ou menos 10 a 15 dias antes da colheita A irrigação por aspersão facilita doenças. As irrigações localizadas ( gotejamento) e por infiltração (superfície) são as mais adequadas. - Podas: Não é necessário podas para cultivares agroindustriais Desbrota → eliminar brotos laterais que surgem na axila de cada folha Para cultivares de crescimento indeterminado, recomenda-se deixar uma planta com duas hastes ou duas plantas (na mesma cova) com uma haste. Para o grupo Salada, recomenda-se deixar uma planta com uma haste. - Desponta ou capação Somente para cultivares de mesa: e com crescimento indeterminado. A desponta consiste em cortar o broto terminal, para limitar o crescimento No sistema convencional, recomenda-se fazer a capação após a 8a penca. No sistema orgânico capa-se a partir do 3o ou 6o cacho ou penca - Desbaste: Somente para o sistema de semeio direto. - Tutoramento : Somente para cultivares de mesa e de crescimento indeterminado. Não se tutora cultivares para a indústria. Pode-se usar o sistema de cerca cruzada ou com fitilhos. O tutoramento facilita o manejo, permite melhor insolação e evita o contato do fruto com o solo. Amontoa: Pode ser feito logo que as mudas transplantadas retomem o crescimento Consiste em chegar terra ao pé da planta. Para tomate agroindustrial raramente é feito. Já para cultivares para a mesa, é feito com frequência. Raleamento: É um trato vantajoso para o grupo Salada, onde recomenda-se deixar de 4 a 6 frutos por penca.
Manejo de plantas daninhas: O tomateiro tem desenvolvimento inicial lento ( 30 a 45
dias ) Existem vários herbicidas registrados, como por exemplo: Metribuzin ( nome técnico ) – PRÉ – controle de folha larga Trifluralin –PPI – gramínea + folha larga Fluazifop-p-butil – PÓS – gramínea. Cuidado → o tomate tem alta susceptibilidade a herbicidas a base de 2,4-D. Nunca usá- los. Anomalias: são várias as anomalias que podem acometer o tomate. Algumas delas são: a) Podridão apical → caracteriza-se por apresentar uma mancha negra, dura e seca, na extremidade apical do fruto Causa → deficiência localizada de Cálcio Controle → calagem e adubação adequadas, cultivares melhoradas e, caso necessário, pulverização foliar com 6g/Litro de CaCl2, semanalmente. b) Lóculo aberto/rachadura → caracteriza-se pela exposição do interior do fruto. É mais comum em frutos pluriloculares (Salada) Causas → desbalanço hídrico, variações bruscas de ta, carência de B Controle → cultivares resistentes, aplicações de B. c) Queda de flores e frutos Causa → excesso de N, condições climáticas adversas. d) Frutos amarelados causa → alta temperatura. e) Escaldadura ou queima de sol → são depressões e enrugamentos na área do fruto, que fica amarelo-esbranquiçado. Causa → exposição do fruto ao sol, pouca área foliar. Doenças: O tomate é a espécie mais sujeita ao ataque de doenças. Existem relatos que relacionam a cultura a mais de 100 doenças. De modo geral, existem doenças mais e menos agressivas, as que podem e as que dificilmente são controladas, mesmo com a aplicação de defensivos. O manejo integrado de doenças envolve vários métodos de controle: cultivares melhoradas, mudas sadias, época de plantio, queima de restos culturais, rotação de culturas, fertilização adequada, uso de fungicidas, etc, etc . Algumas doenças: - Cancro bacteriano ( Clavibacter michiganensis ) → difícil controle. Como sintomas, os frutos apresentam lesões circulares, brancas, com o centro escuro ( chamada “olho de perdiz” ); os folíolos apresentam fina queimadura marginal - Mancha bacteriana ( Xanthomonas campestris pv vesicatoria ) → lesões grandes nos frutos e queima das folhas - Murcha bacteriana ( Ralstonia solanacearum ) → difícil controle; prefere solos encharcados e altas tas; a planta apresenta murcha irreversível, sem amarelecimento das folhas - Mela ou Requeima ( Phytophthora infestans) → doença altamente destrutiva, de proliferação rápida mas que pode ser controlada com fungicidas protetores e erradicantes. - Pinta preta (Alternaria solani) → caracteriza-se por manchas com lesões concêntricas nas folhas ( aspecto de tiro ao alvo ) e frutos com podridão negra na região do pedúnculo. - Vírus do Vira-cabeça → arroxeamento ou bronzeamento das folhas; enrolamento das folhas para cima. - Mosaico dourado (Geminivírus) → tornou-se um grande problema em Morrinhos. O vetor da doença é a mosca-branca (e o tripes). As folhas mais novas apresentam um mosaico amarelo intenso, com deformações (encarquilhamento, afinamento, etc). A planta fica “enfezada”, ou seja, não se desenvolve. Pragas: Vários são os insetos que podem atacar a cultura do tomate. Alguns deles são: - Traça do tomateiro (Tuta absoluta) → minam (formam galerias ) folhas e frutos; é uma lagarta verde-parda, ágil, com listras transversais. O nível de controle é quando 10% dos frutos estiverem danificados. Pode-se usar inseticidas como: Vertimec, Decis, Karate, etc . - Mosca branca ( Bemisia argentifolii) → é vetora de viroses O manejo inclui mudas sadias, uso de armadilhas, eliminação de restos culturais, uso de inseticidas como: Orthene, Tamaron ( cuidado com ele !), Bulldock, etc. - Pulgões ( Mysus persicae ) → vetor de viroses Manejo: fertilização adequada, uso de inseticidas específicos ( Pirimicarb ). No MIP, a utilização de produtos alternativos pode ser uma prática recomendável. Entre os produtos alternativos podemos citar: - Sabão → previne ataque de pulgões e cochonilhas. - Urtiga → age como repelente de pulgões e lagartas . - Pimenta do reino → usado para o controle de lagartas, pulgões e mosca minadora - Neem → árvore utilizada como inseticida natural, existindo registros de controle para mais de 200 espécies de pragas A preparação dos produtos alternativos deve seguir um receituário próprio, que logicamente deve ser consultado antes da utilização dos produtos Colheita: Tomate para agroindústria: Ciclo: 85 a 125 dias após a semeadura. A colheita, geralmente, é feita em duas etapas: 1a → com 70 a 80% dos frutos maduros 2a → 10 a 15 dias após. A colheita pode ser manual ou mecanizada (corta-se a planta rente ao solo, recolhe-se a parte aérea e os frutos são destacados por meio de vibração; possuem esteira de seleção). A produtividade gira em torno de 70 a 100 t/há. Tomate para mesa Ciclo: 120 a 150 dias, com colheita nos últimos 30 a 45 dias (não se esqueçam que o tomate para mesa é de crescimento indeterminado). A produtividade é de cerca de 100 a 180t/há.