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Direitos Fundamentais
1 . O conceito de Direitos Fundamentais
- Após a II Guerra Mundial, tornou-se necessária uma maior proteção dos direitos
fundamentais ao nível da comunidade internacional
- Começaram a surgir um conjunto de documentos internacionais que se propunham a
garantir os direitos do Homem:
- Sociedade das Nações (1919), Carta das Nações Unidas (1945), Declaração
Universal dos Direitos do Homem (1948), Pacto Internacional dos Direitos Cívis e
Políticos (1966), Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais
(1966)
- A nível regional, também surgiram um conjunto de documentos com o mesmo objetivo:
- Convenção Europeia dos Direitos do Homem (1950), Carta Social Europeia (1965)
- Surgem os Direitos Humanos ou Direitos do Homem: alargamento dos DF’s aos
direitos dos grupos, das minorias étnicas, dos povos e à operacionalização dos meios de
tutela
- nestes diferentes níveis de tutela é possível reclamar os DF’s, podendo surgir conflitos
entre sistemas:
- Princípio do primado das normas da UE (8º/4): em caso de conflito entre as normas
europeias e as normas nacionais, prevalecema as normas europeias
- este princípio não é absoluto: estão salvaguardados os “princípios fundamentais do
Estado de Direito Democrático”
- Existe uma interconstitucionalidade: fragmentação do direito acarreta concorrência
entre diferentes ordens jurídicas, mas essa concorrência não é necessariamente
negativa se houver cooperação entre estas e aprendizagem mútua
2. A evolução histórico-valorativa dos direitos fundamentais
- Estado positivo: começa a intervir cada vez mais a nível económico e social, passando
a ser responsável pelo bem-estar do indivíduo: apogeu do Estado de Direito Social
- Surgem os direitos a prestações ou de quota-parte: requerem comportamentos
positivos por parte do Estado, que se encontra limitado pelos recursos existentes e
opções políticas do momento - direitos sob a reserva do possível (direito à habitação,
saúde, ensino, segurança social)
- Alargamento das liberdades, concretizando necessidades sociais: direito à greve,
liberdade de escolha de profissão, liberdade sindical
- Aprofundamento da dimensão objetiva DF’s: o ser humano não é encarado como um ser
totalmente livre, mas sim como um ser inserido numa determinada sociedade à qual tem
de se sujeitar
- função social dos DF’s define o seu conteúdo e limites (limites à liberdade contratual, à
integridade física como a imposição de vacinação…)
- Proibição do défice legislativo: Estado tem de legislar e atuar de acordo com os
interesses da comunidade, garantido a proteção dos DF’s da forma mais adequada
- Alargamento da obrigatoriedade dos DF’s às relações entre privados, em casos de
desigualdade
Gomes Canotilho e Vital Moreira defendem que o artigo 17º da CRP pressupõe a distinção
entre os DLG e os DESC
- é a partir do regime que o artigo 17º manda aplicar aos DLG e direitos análogos que
se alcança o critério de distinção entre duas categorias de DF’s