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20/11/2019 Empresas recriam jogos de tabuleiro e crescem dez vezes em cinco anos - 03/12/2018 - Mpme - Folha

Empresas recriam jogos de tabuleiro e crescem dez


vezes em cinco anos
Produtos ganham aplicativos que dão voz a personagens e deixam as partidas
mais dinâmicas

3.dez.2018 às 2h00

EDIÇÃO IMPRESSA (https://www1.folha.uol.com.br/fsp/fac-simile/2018/12/03/)

Renan Marra

SÃO PAULO Em plena era do videogame, aumenta o consumo de jogos de


tabuleiro. As empresas que produzem esses brinquedos relatam uma
expansão de mercado nos últimos cinco anos: o total de editoras pulou de
3 para 30.

O crescimento é justificado pelo desejo crescente de diversão em grupo


sem intermediação de máquinas, de reunião de amigos em volta da mesa e
de conversas olho no olho à moda antiga.

Mas diferentemente das gerações passadas, os jogos de tabuleiro são


sofisticados e dinâmicos. Alguns contam com recursos tecnológicos, como
aplicativos que guiam os jogadores, dão voz aos personagens ou
possibilitam a realidade aumentada durante as partidas. A promessa ao
participante é de maior imersão.

Quando ainda estudante, Yuri Fang, 33, e dois amigos da faculdade foram
para a Austrália fazer intercâmbio. Lá perceberam que a cultura dos jogos
de tabuleiro era muito mais disseminada. Em 2009, fundaram no Brasil
a Galápagos Jogos.

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O sócio da Galápagos Jogos Yuri Fang joga o tabuleiro Ticket to Ride - Karime
Xavier/Folhapress

O faturamento da empresa saltou de R$ 2 milhões, em 2013, para R$ 16


milhões em 2017 —aumento de 700% em quatro anos. A Galápagos
importa e comercializa os chamados tabuleiros modernos. Hoje a marca
lança, em média, 50 jogos por ano.

“Por muito tempo a indústria brasileira ficou parada, sem acompanhar as


inovações dos jogos que aconteciam lá fora”, afirma Fang.

A mecânica dos novos jogos tem atraído consumidores jovens. Nas edições
modernas, são raros os produtos em que um jogador pode ser eliminado
durante a partida. Isso diminui a chance de o participante logo se entediar.

Para quem não tem paciência, há opções de jogos com pouca ou nenhuma
espera entre os turnos. No 7 Wonders, por exemplo, todos os jogadores
escolhem e repassam as cartas aos adversários ao mesmo tempo.

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Jogos de franquias, que contam com personagens e o enredo de obras


como “Breaking Bad”, “O Poderoso Chefão” e “Star Wars” atraem para as
mesas de tabuleiros os cinéfilos e os amantes de séries.

Se por um lado há aumento da demanda pelos jogos, clássicos como


gamão, xadrez e dama estão sumindo das prateleiras. Isso acontece porque
suas regras são simples e as pessoas podem jogá-los com facilidade online,
até pelo celular.

A Conclave Editora foi fundada em 2003 e, no início, dedicava-se a livros de


RPG, sigla em inglês para “role-playing game”, em que os jogadores
assumem papéis de personagens e criam narrativas.

Dez anos depois, a editora viu potencial de mercado e, aos poucos, ampliou
o investimento para os jogos de tabuleiro. Com crescimento médio de
400% ao ano, hoje 90% dos seus produtos são do gênero. O faturamento
anual é de R$ 1,8 milhão.

Os jogos digitais não são temidos pelas editoras como ameaça aos
produtos físicos. No caso da Conclave, curiosamente, o primeiro tabuleiro
lançado foi possível graças a um financiamento coletivo online. Além disso,
a internet fortalece o mercado dos jogos físicos porque facilita a
comunicação e estimula quem mantém esse hobby.

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O empresário Rafael Sales na Encounter Board Game Café, que fica na Vila Madalena (SP) e
disponibiliza cerca de 400 jogos - Karime Xavier/Folhapress

Outro fator determinante para a expansão das editoras no Brasil é que não
compensa financeiramente piratear um jogo de tabuleiro, de acordo com o
sócio da Conclave Cristiano Cuty. Segundo ele, a impressão das cartas e das
peças deixaria o produto mais caro do que nas lojas.

Apesar de um jogo custar em média R$ 150, Cuty diz que a durabilidade e a


possibilidade de revenda ajudam o crescimento do mercado em época de
crise econômica.

“Uma ida ao cinema com a família quase atinge esse valor com uma
diversão de duas horas”, compara o empresário. Ele informa que, em 2013,
três empresas eram concorrentes. Hoje são mais de 30.

O perfil dos jogadores também é outro. Antes predominantemente


masculino, hoje eventos de jogos de tabuleiro são divididos entre homens e
mulheres. Ainda que o público jovem seja a maioria, o interesse de pessoas
acima de 40 anos é crescente, diz Cuty.

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A maior parte dos jogos da Devir é fabricada no exterior, segundo Ana


Carolina Ito, a gerente de produtos.

Segundo ela, são poucas as empresas no Brasil com tecnologia de ponta.


No país, a maioria das gráficas imprime uma folha com as cartas dos
jogos que, quando são destacadas, ficam com rebarbas de papel nas
bordas.

Na esteira do crescimento dos jogos de tabuleiros, aumentam também os


estabelecimentos comerciais que disponibilizam esses produtos, como
bares e tabuleirias, de acordo com o gerente do Sebrae-SP Elton Yokomizo.

Inicialmente, o empresário Rafael Sales teve a ideia de importar jogos para


vender no Brasil. Ele afirma que, quando viu que o mercado de editoras
estava crescendo de forma muito rápida, optou por criar um ambiente
onde as pessoas pudessem jogar, comer e beber ao mesmo tempo.

Em 2016 foi aberto o Encounter Board Game Café, na Vila Madalena, bairro
boêmio da capital paulista. O estabelecimento tem 400 jogos modernos de
tabuleiro disponíveis.

Yokomizo diz, entretanto, que a maior parte do faturamento desses


estabelecimentos vem do consumo de comidas e bebidas, e não dos jogos
em si. Para garantir esse consumo, o garçom corre todos os ambientes e
mesas do lugar tentando incentivar a venda dos produtos.

A tabuleiria Lends Club, criada em 2013, atingiu a meta de 50 jogadores


associados em cinco meses. Quem é cadastrado e paga mensalidade tem
acesso a 400 jogos e pode ir ao estabelecimento quantas vezes quiser.

Com a demanda crescente, a Lends aumentou a mensalidade de R$ 35 para


R$ 44,90 ao mês. Além disso, entrou para o mercado das franquias e hoje
está em Porto Alegre e Santa Maria. Outras duas unidades serão
inauguradas no ano que vem em Recife e Curitiba. O objetivo, segundo o
fundador Wyllian Hossein, é levar a marca à região sudeste do país.

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