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Histórico
Há relatos de que os egípcios já usavam anúncios e forma de estimular vendas em papiros e cartazes,
mas naquela época isso era algo intuitivo. Não existia uma ciência ou metodologia definida como
existe hoje.
No século XV, a prensa mecânica permitiu e facilitou a reprodução de textos e manuscritos. Isso foi
fundamental para a produção de jornais impressos e também para a publicidade.
O primeiro anúncio com fins comerciais data de 1625 e foi publicado em um jornal inglês. Nos Estados
Unidos, o primeiro anúncio em jornal só foi publicado em 1704. Já no Brasil, as primeiras propagandas
apareceram nos jornais depois da segunda metade do século XIX.
Conforme os meios de comunicação foram avançando, assim também aconteceu com a publicidade,
pois ela também foi ganhando espaço nos diferentes meios (jornal, rádio, TV, internet) e agregando e
criando técnicas específicas.
No início, a ética não era preocupação. Como tudo estava iniciando, não havia uma agência reguladora,
nem nada do tipo. Então, era comum circularem anúncios falsos com informações falsas.
Publicidade e Sociedade
A publicidade pode tanto refletir como confrontar as ideias sociais vigentes. À medida que a sociedade
muda, as demandas também mudam e a publicidade deve acompanhar para que não fique ultrapassada
e perca seu poder persuasivo.
Para alguns teóricos, a pós-modernidade favorece a divisão da sociedade em tribos. Tribos não apenas
convivem entre si, mas partilham valores. Nesse contexto, o valor das mercadorias publicitárias está
no signo que elas representam socialmente, ou seja, na “emoção” ou “ideia” que elas transmitem.
Num contexto de sociedade mercadológica, existir é consumir. O consumo define se você está inserido
ou não em determinado meio. Na Sociedade de Consumo, os signos são constantemente construídos,
desconstruídos e reconstruídos, a fim de dar continuidade na insaciabilidade e volatilidade do
consumo, gerando o que a teórica Suely Rolnik chama de “kits de subjetividade”. Esses kits refletem
na publicidade e são refletidos por ela. Isto é, ocorrem em via de mão-dupla: a sociedade dita
determinadas mudanças e a publicidade as integra para não ficar para trás; mas, ao mesmo tempo, a
publicidade está sempre ditando novos valores e ideais do que significa “ser” para manter o
consumidor sempre insatisfeito e consumindo.
Essas mudanças e a criação/reformulação desses kits e ideais de sujeito podem ser percebidos ao longo
do tempo em toda forma de publicidade e aqui vamos tratar das campanhas de bebidas alcoólicas.
- Ataque de Desbordamento.
Na estratégia de ataque de desbordamento, a organização desenvolve seu ataque através da
diversificação em novos territórios, produtos ou tecnologias.
- A onda “ice”
A “onda” de bebidas ice surgiu nos anos 90 como uma estratégia de marcas de destilado de
estimularem o consumo de outras parcelas a partir da fabricação desses “coquetéis” (bebidas
misturadas e adocicadas). Pouco se encontra na internet sobre a ascensão dessas bebidas, que
marcaram uma geração de jovens.
- Surgimento da Skol Beats
Depois do Skol Rock, ocorreu em 2000 a primeira edição do Skol Beats, evento patrocinado
pela Skol que reuniu grandes astros da música eletrônica em Curitiba e São Paulo. O Skol Rock
não se perdeu e foi resgatado em festas em Curitiba e no interior de São Paulo. 2002 chegou
com uma embalagem especialmente desenvolvida para o verão. Também foi lançado uma
extensão de linha da cerveja: Beats. Este foi feito com base no que o consumidor quer para
festas de agito. Trouxe mudanças no sabor e no teor alcoólico e uma embalagem long neck de
330 ml transparente. Desde então, a marca se envolve em publicidades que se relacionam ao
público jovem.
- Catuaba e Corote
“ O gosto adocicado fez com que
quebrassem a resistência de quem torcia
o nariz para cachaça e o uísque. O
compartilhamento de experiências e a
fidelidade aos produtos fizeram com
que o ramo se consolidasse
espontaneamente entre os jovens,
principalmente nas redes sociais”.
Considerações Finais
Como vimos na parte conceitual do trabalho, com as mudanças da sociedade, as demandas também
mudam e a publicidade e as propagandas devem acompanhar para que as estratégias funcionem nos
novos contextos e mantenham seu poder persuasivo.
Percebemos, portanto, que por causa dessas novas demandas, as campanhas de bebidas (e outros
diversos ramos) têm valorizado cada vez mais o engajamento, seja da própria marca com as causas
sociais ou do público consumidor com a marca (através das redes sociais, por exemplo).
De acordo com o que vimos sobre a diferença conceitual de publicidade e propaganda, notamos
também quem as campanhas atuais estão apostando em mais publicidade dentro das estratégias,
diferente do que se percebia há algum tempo, onde a aposta se dava nas propagandas diretas, focando
apenas no produto.
Dentro do contexto das bebidas alcóolicas, vale mencionar que o fato de ainda existir toda essa
publicidade em cima do álcool, mostra a força do lobby dessas empresas no congresso. Porque o álcool
é uma droga não só legalizada como incentivada, apesar de causar problemas. Diferente do cigarro,
que apesar de ser legalizado, propagandas não são permitidas.