nuidade e¢ as infinitas possibilid:
s. Embora o exemplo mais ébvio
lo construcionismo do século XX seja a escola marxista da histéria que enfa-
tiza a teoria social da luta de classes como 0 modelo de mudanga histérica, 0
advento na Franga nos anos de 1920 do século XX da escola Annales de his-
toriografia também produziu paralelamente uma historia socioconstrucionista
cientificamente inspirada que propés teorias comportamentais ¢e demogréficas
alternativas. A partir dos anos de 1970 do mesmo século, uma teoria social
antropologigamente fraca emergiu, desafiando a classe como 0 maior constru-
to em explanacio histérica, a favor de tomar eventos isolados ¢ decodificé-los
considerando sua significancia cultural mais ampla. Somado a isso, a escola da
modernizagiio enfatizou os beneficios da produgio de modelos para a histéria
comparativa. A Nova Histéria Econémica dos anos de 1960 e 1970 valori-
zou a quantificagio. O construcionismo se tornou, assim, sujeito a modas €
tendéncias.
O construcionismo socioldgico e antropoldgico é um dos suportes-chave
do que se tornou conhecido como a Nova Histéria Cultural e que eu desig-
narei como histéria desconstrucionista. Como uma variante do construcionis-
mo, a Nova Histéria Cultural trabalha com prinefpios derivados nio somente
da antropologia, mas também de um movimento intelectual mais amplo do
pés-estruturalismo que emergiu da teoria literaria critica nos anos de 1970. A
histéria desconstrucionista considera 0 passado como uma complexa narra-
tiva discursiva, mas que, como aponta 0 critico cultural ¢ historiador francés
Michel Foucault, aceita que a representagao néo é um modo transparente de
comunicacao capaz de conduzir ade so ou gerar sig-
nificados verdadeiros.
Como ja visto, nossa condi-
¢4o posmoderna para o conhecimento implica que a disciplina historia debata
sua propria natureza tanto quanto faz em relagdo ao significado do passado.O
mais recente desenvolvimento tem sido o surgimento de um “novo empirismo”
que reconhece a critica posmoderna, especialmente a que diz respeito 4 cons-
trucio discursiva da histdria”. Parte desse reconhecimento pode ser notada na
énfase a afirma
como sugere 0 termo “novo”, ha também o reconhecimento da virada discur-
de que o empirismo nunca foi aceito ingenuamente. Mas
1? HESSE, Carla. The New Empiricism. Cultural and Social History, vol. 1, 2004, p. 201-207.
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