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AUTOR
•Manuel Bandeira – Recife – 1881 – Rio de janeiro – 1968.
•Estuda arquitetura na escola Politécnica em São Paulo
•Aos 19 anos, com tuberculose, vai para o sanatório de Clavadel, na Suíça.
•Foi professor de Literatura e pertenceu à Academia Brasileira de Letras.
CARACTERÍSTICAS DO AUTOR
•Uso do verso-arremate (ou Fiinda): é uma conclusão normalmente separada por
travessão.
•Composições líricas tradicionais reconstituídas: o poeta reconstitui, por
exemplo, cantigas de amor medievais.
•Referências explícitas a Portugal: o poeta reconhece sua ligação com a poesia
portuguesa inclusive dedicando versos a poetas como António Nobre e Camões.
•Influência do Parnasianismo e do Simbolismo.
•Como poeta modernista, Bandeira apresenta características marcantes: a
liberdade formal e temática, a revolta contra o convencionalismo
(Parnasianismo), a valorização do cotidiano, a expressão literária carregada de
coloquialismos (linguagem simples do dia-a-dia), o domínio do verso livre, o
contraponto entre as situações da realidade exterior e a interior, expressões
antipoéticas).
•O passado, a infância, a confidência – herança do Romantismo.
•
O tédio, a morte e a melancolia.
•A presença do popular e do folclórico.
•A fuga do espaço – o escapismo.
•A poesia erótico-sentimental.
•O cotidiano, a ternura e a solidariedade.
•O humor amargo.
•As experiências concretistas.
COMENTÁRIOS
Clame
Em a saparia
críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Da beira do rio...
Elementos fundamentais do poema
• O poema é uma crítica aos parnasianos chamados aqui de sapos. Por quê?
Porque o sapo produz sempre o mesmo som, num mesmo ritmo, tem sempre o
mesmo cantar.
• Também o poeta parnasiano (segundo Bandeira) escreve sempre num mesmo
ritmo, com um formalismo exagerado.
• O poema foi lido em 15 de fevereiro de 1922, na segunda noite da Semana de
Arte Moderna, por Ronald Carvalho.
• O sapo-tanoeiro é uma caricatura do poeta-artesão – joalheiro ou estatuário
(escultor) – que deseja martelar os seus versos para torná-los perfeitos conforme
•
o modelo que
Lembrar parnasiano.
Bilac, em ‘Profissão de fé’, associa o trabalho do poeta ao do
ourives, ressaltando o aspecto artesanal, detalhista e perfeccionista da concepção
parnasiana de poesia.
• Bandeira critica o formalismo usando o mesmo expediente parnasiano ao dividir
uma frase entre dois versos (o enjambement). É o caso de ‘Meu cancioneiro/É
bem martelado’ ou ainda ‘E nunca rimo/os termos cognatos’.
• É o mesmo caso das rimas ricas (entre palavras de classes gramaticais
diferentes) caras aos parnasianos. Bandeira apresenta esse tipo de semelhança
sonora em ‘bom’ e ‘com’ ou ‘boi’ e ‘foi’.
• ‘A grande arte é como/Lavor de joalheiro’ é uma referência ao poema de Bilac
‘Profissão de fé’.
• O trocadilho ‘Reduzi sem danos/A fôrmas a forma’ é uma ironia à rigidez
parnasiana que reduzia a forma da poesia a um molde, uma fôrma.
• ‘Enfunar’, no início do texto, está em sentido figurado: os sapos enchem os
papos e os parnasianos se enchem de vaidade.
• Note a aliteração expressiva do p (desde o primeiro verso) sugerindo os pulos
dos sapos.
• Os versos ‘Outros, sapos-pipas/(Um mal em si cabe)’ referem-se ao poeta gordo
Emílio de Menezes.
•
pela luta desesperada
As imagens pela subsistência.
de impotência e imobilidade indicam que o cacto adquire uma
simbologia universal uma vez que esses horrores existiram e ainda existem em
qualquer tempo e lugar.
• O poema é marcado, portanto, por uma universalidade própria da arte clássica
uma vez que a fome, a imobilidade e a impotência são conceitos que ultrapassam
o tempo e o espaço e se projetam no universo mítico.
LA OCOO NTE HUG OLINO
PNEUMOTÓRAX (do livro Libertinagem)
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•
Tema autobiográfico
• Tom coloquial e irônico
• O segundo verso poderia ser considerado como síntese da vida do poeta.
• O humor absurdo diante da morte sem remédio.
• Poema-piada típico do modernismo.
• O poema pode ser dividido em três partes:
• Primeira: a agonia do enfermo. O sofrimento é anunciado pelas aliterações dos
fonemas /b/ e /p/ e /t/ e /d/ sugerindo o som da tosse e intensificado pela
onomatopéia (Tosse, tosse, tosse).
•
Segunda: marcando
pontilhada o exame uma
médico. Vemos
quebra a respiração
na narrativa entrecortada
e na respiração e a linha
(do doente e do
leitor).
• Terceira: o diagnóstico. O doente se agarra a uma esperança mas o médico acha
tudo inútil e recomenda que toque um tango argentino. Isso é um eufemismo
(forma delicada de dizer, um abrandamento) para desenganar o paciente.
• A comicidade cruel: o médico usa as mesmas aliterações procurando imitar a
tosse do enfermo (tocar um tango argentino).
Se consoada
final é também
de um ciclo (a vidaceia de natal
terrena) (fim de
e pronto ano),
para o eu – lírico
se projetar numaestá celebrando
outra dimensãoo
(a vida após a morte).
• Essa é uma atitude próxima do que propunham os filósofos do estoicismo:
aceitação da realidade como ele é. O ideal de vida dos estóicos (a apathéia) era
alcançar a serenidade diante dos acontecimentos.
• Formalmente, temos o uso de linguagem coloquial e versos livres – uma
constante na poesia de Bandeira.
EXERCÍCIOS
3 - CONSOADA
-Alô, Iniludível
Poética
RESPOSTAS
1–b
2–a
3–e
4–a
5-e