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CIÊNCIA CÓSMICA
I
A MENTALIZAÇÃO CURATIVA
3
“Vós sois deuses; vós podeis fazer tudo que Eu faço e muito
mais ainda.”
(Jesus Cristo)
INTRODUÇÃO
Na Terra, no geral, as pessoas podem ser comparadas
aos habitantes de uma ilha, da qual se avistam outras, mas
cujo atraso tecnológico não lhes permite se comunicarem, de
qualquer forma que seja, com os habitantes dessas outras
ilhas e, assim, aqueles primeiros acreditam que a única ilha
habitada é a sua e todas as demais são desabitadas.
A ignorância é a pior das cegueiras, sendo que, por isso,
Jesus disse: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.”
Assim, voltando à realidade dos terráqueos, pensam, no
seu geral, que o Universo é vazio e que, tirante a Terra,
pequenino grão de areia no Universo infinito, pensam que os
demais astros não servem para outra coisa que não seja para
enfeitar as noites terrenas, imaginando que a abóbada celeste
ficaria pobre sem o brilho das estrelas e dos outros astros que
povoam o firmamento noturno.
No fundo, a maioria das pessoas da Terra, se não
manifesta explicitamente essa forma de pensar, na verdade
assim acredita, ou seja, que o Universo é um imenso vazio,
sem sentido, uma pura e simples inutilidade, tal como
pensavam, há muitos milênios atrás, os habitantes do Egito
antigo, da Atlântida e da Lemúria.
O primarismo mental da maioria dos terráqueos é
entristecedor, porque, mesmo aqueles que ostentam
vaidosamente seus diplomas universitários, costumam ser
rudimentares no que pertine às grandes realidades universais,
ou seja, a Ciência Cósmica, se compararmos esses homens e
mulheres com os habitantes, por exemplo, de Marte, Vênus e
Saturno, para mencionarmos apenas planetas próximos da
Terra em termos evolutivos.
Todavia, muitos seres desses outros planetas têm
reencarnado seguidas vezes na Terra a fim de fazerem-na
evoluir intelectual e moralmente, pois esse é um dos deveres
dos Espíritos Superiores, tal como aos adultos compete
ensinar as crianças a ler e escrever, cuidarem da própria
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PRIMEIRA PARTE:
A MEDIUNIDADE
1 – OS MÉDIUNS DE CURA
Devemos entender o tempo como um referencial relativo,
pois cada civilização conta-o de uma forma diferente, sendo
que os índios se baseiam na sucessão das luas, os ocidentais no
calendário cristão, os judeus de outra forma e assim por
diante.
Um médium de qualidade notável vem desenvolvendo
essa faculdade há milhares de anos e não se improvisam
médiuns em dois ou três séculos.
Daremos como exemplo um desses, que, no Egito antigo,
de há cinco milênios atrás, já desempenhava tarefas na
mediunidade de cura.
Dizemos isso, porque estamos tratando da Ciência
Cósmica e não dos valores puramente terráqueos.
Tenhamos em mente a necessidade de aprendermos a
Verdade, que está presente em todo o Universo e também na
Terra, revelada principalmente pela mediunidade de cada
medianeiro sintonizado com a humildade, o desapego e a
simplicidade a serviço do Amor Universal.
Curar a si próprio e a outrem demanda o aprendizado
de milhares de anos no auto aprimoramento moral e
intelectual.
Conhecer a si mesmo, conhecer a Natureza, conhecer a
Lei de Deus: isso é o que possibilita o engrandecimento da
mediunidade curativa.
O pensamento, aplicado no Bem, é a ferramenta,
manipulando o ectoplasma, que é a energia veiculadora de
todas as mudanças para melhor.
Como dissemos, são necessários milhares de anos de
desenvolvimento, de aprendizado diário, para se formar um
bom médium.
Quem quer se habilitar tem de deixar para trás uma
série de interesses mundanos, pois somente um coração puro
consegue curar, mesmo quando pareça o contrário, uma vez
que somente a água limpa dessedenta sem adoecer.
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2 – A MENTALIZAÇÃO
É importante não pensarmos que somente os adeptos da
nossa corrente religiosa ou filosófica têm acesso à Verdade, ou
seja, à Ciência Cósmica, pois ela existe em todo o Universo e
não escolhe credos ou seitas, porque Deus é Pai de todas as
criaturas.
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SEGUNDA PARTE:
AS CONDIÇÕES PESSOAIS DO MÉDIUM
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CAPÍTULO I – AS VIRTUDES
O desenho abaixo é uma pirâmide de base triangular,
onde estão representadas as três virtudes: humildade,
desapego e simplicidade, sem as quais qualquer investimento
tende para o Mal.
No intercâmbio mental cada um emite pensamentos
caracterizados pela quantidade e qualidade das próprias
virtudes, defeitos morais e vícios.
Não há como despregarem-se as duas realidades: o
pensamento e sua caracterização ética.
Todo pensamento viaja carregado de intenções boas ou
ruins e é assim que cada um se identifica perante o Universo
todo, formado pelos demais seres.
Por isso é conveniente a auto reforma moral, uma vez
que nossa impressão digital no mundo mental é o tipo de
emissão psíquica que se desprende de nós.
Consideramos as virtudes resumíveis a três porque
bastam elas para nos distanciarmos do “homem velho”, que
fomos até há pouco tempo, e nos transformarmos em cidadãos
cósmicos, que pretendemos ser.
Cada uma das virtudes depende das outras, mas, para
efeitos didáticos, vamos analisá-las separadamente.
1 – HUMILDADE
Jesus era humilde, tanto que disse: “Eu, de Mim mesmo,
nada posso.”
Se Ele, como Divino Governador da Terra, fez essa
afirmação, por conhecer Seus limites, que dirá de nós, quando
nos julgamos todo poderosos, superiores aos nossos irmãos e
irmãs e os desprezamos como inferiores?
Baste isso para refletirmos sobre a humildade.
Ser humilde não é ser subserviente, mas consciente de
que, apesar de importante no trabalho no Bem, não é
insubstituível, pois Jesus mesmo não é insubstituível no
Governo do planeta, havendo inúmeros outros, do Seu nível,
que podem ocupar-Lhe o lugar, com igual proficiência.
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2– DESAPEGO
O egoísmo é uma das chagas da humanidade, sendo-lhe a
virtude oposta correspondente o desapego, que significa a
capacidade de renunciar a tudo que não seja realmente
essencial, não se restringindo aos bens materiais, mas também
a qualquer outro tipo de benefício.
O nível de desapego de cada Espírito revela sua estatura
espiritual, podendo-se considerar como referencial máximo
Jesus, que no-lo ensinou quando disse: “Não tenho uma pedra
onde descansar a cabeça.”
Por ter ciência de que o Mundo Espiritual é nossa
verdadeira pátria, sendo a vida terrena mera passagem
temporária necessária, principalmente para quem ainda se
encontra nos degraus inferiores da evolução moral, os
Espíritos Superiores não se apegam às coisas e interesses
materiais.
Assim, quem pretende evoluir moralmente necessita
desapegar-se, o máximo que conseguir, de tudo que não possa
levar para o Mundo Espiritual, ou seja, o que não sejam suas
próprias aquisições intelecto-morais. Tudo o mais, inclusive o
corpo físico, como se sabe, fica para trás na trajetória para a
pátria verdadeira.
Exemplifiquemos, para melhor compreensão, por que
compensa desapegarmo-nos desde já.
O Espírito André Luiz descreve a cidade espiritual de
Nosso Lar e as regras que ali vigoram, podendo-se entender
que regulamentos semelhantes se aplicam às demais urbes
espirituais de igual categoria.
Ali cada habitante ou família pode possuir apenas um
imóvel para a própria moradia, não havendo a mínima
possibilidade de alguém, mesmo os dirigentes, monopolizarem
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3– SIMPLICIDADE
Para se entender o que é a simplicidade analisemos seu
oposto, que é a vaidade, ou seja, o desejo de evidência inútil.
Há situações em que se deve aceitar a evidência, ou seja,
quando o Bem se propagará. Por isso Jesus disse: “Colocai a
candeia sobre o candeeiro, a fim de que dê luz a todos os que
estão na casa.”
Afora essas situações especiais, estaremos contrariando a
regra da simplicidade.
Observemos nosso Modelo Máximo, que é Jesus: quando
encarnado procurou evidência em raras situações, tanto que a
maior parte dos Seus Ensinamentos veio a lume muito tempo
depois, inclusive atualmente através dos livros, por exemplo,
de Amélia Rodrigues, Cneio Lúcio etc.
O gosto, declarado ou disfarçado, pela evidência
prejudica totalmente o trabalho a que nos propomos, pois o
anonimato é a regra básica.
Ninguém precisa saber que beneficiamos determinada
pessoa, pois o mérito que temos é o de trabalhar como mais
um numa multidão de outros trabalhadores.
Entendamos essa outra regra básica: a adoção do
anonimato como regra, sujeita a uma ou outra exceção.
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1 – REENCARNAÇÕES PASSADAS
Alguns médiuns são informados, normalmente através
da própria mediunidade, sobre vidas passadas que viveram
no exercício da mediunidade, mas isso somente acontece com
uma finalidade útil e nunca para mera satisfação da
curiosidade.
Assim, de acordo com a necessidade, os Orientadores
Espirituais esclarecem sobre vidas passadas, ficando esses
médiuns mais seguros e vigilantes, a fim de não reincidirem
nos mesmos erros de antes.
Todavia, é importante cada um pensar da seguinte
forma: o passado não mais existe e o que vale é o “aqui e
agora”.
Quem se orgulha ou se envergonha do que foi perde
precioso tempo, que deve ser dedicado à auto reforma moral e
ao desenvolvimento do poder mental no Bem.
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2 – O EXEMPLO DE CHOPIN
Yvonne do Amaral Pereira informava que Chopin estava
se preparando para encarnar como médium curador, o que
deve ter-lhe exigido extensa mudança na própria mentalidade,
porque, durante milênios, dedicou-se à Arte, mas, pelo que
consta, nada tinha investido ainda em termos de Terapia
Espiritual.
Todavia, cada Espírito segue a trajetória que mais lhe
convém, mas estamos mencionando este exemplo não para
falar gluma coisa contra esse missionário da Arte e sim
apenas analisarmos, com os prezados leitores, a questão da
preparação anterior, porque não se improvisam faculdades
em séculos, mas consolidam-se em milênios.
Não pretendemos desanimar ninguém, mas esclarecer
sobre essa faculdade tão difundida, mas, ao mesmo tempo, tão
desconhecida.
Há muitos mitos em torno da mediunidade, mas ela é
como todas as competências: o resultado do esforço e
seriedade de cada um.
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TERCEIRA PARTE:
UM EXEMPLO DE MEDIUNIDADE DE CURA
1 – ESCLARECIMENTOS PRÁTICOS
Duas recomendações finais devem ser feitas: 1- é
necessária a auto reforma moral urgente e 2 – somente devem
se aventurar pela área da cura aqueles que já trazem de
muitos milênios passados uma bagagem de conhecimentos
relevantes, pois, tal como não se fazem médicos em cursinhos
de uma semana, não se fazem médiuns de cura pela mera
leitura de manuais simples ou complexos.
Louvados sejam Deus e Jesus!
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II
RECONCILIA-TE COM TEU ADVERSÁRIO
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INTRODUÇÃO
Não pretendemos, com este livro, fazer jogo de palavras
nem distorcer um Ensino tão conhecido de Jesus aos
terrícolas, mas apenas tentar informá-los sobre a
profundidade da Ciência Cósmica, que o Divino Governador
Planetário veio transmitir.
Na verdade, o foco principal deste livro é mostrar a
necessidade do auto conhecimento, mas que não deve parar
nos primeiros degraus do mergulho interno, como a maioria
faz, mas sim aprofundar-se na revivescência parcial das vidas
passadas, tal como ensinado por Hermínio Corrêa de
Miranda e outros conhecedores das técnicas de terapia de
vidas passadas.
Lá, quando se volta a vivenciar, por segundos ou
minutos, as situações traumáticas, normalmente com o auxílio
de terapeutas especializados e espiritualmente capacitados,
encontram-se os focos infecciosos que geram links com os
obsessores, com Espíritos das Trevas e as criaturas humanas
ficam presas a induções mentais perigosas, que as levam ao
suicídio, à drogadição, à sexolatria, em suma, aos defeitos
morais e vícios em geral.
Depois de auto conhecer-se com essa profundidade, há
condições de reconciliar-se com os adversários externos, que
são as outras criaturas.
Mas, primeiro, é preciso cada um saber quais foram seus
erros, para eliminação do complexo de culpa.
Tratam-se de verdadeiras cirurgias espirituais, em que
os pacientes têm de estar despertos, para participarem do
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PRIMEIRA PARTE:
O ADVERSÁRIO INTERNO
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1 – O TEMPO SUFICIENTE
André Luiz somente fala no tempo quando se refere às
fases em que o livre arbítrio ainda não existe tal como
entendido pelos seres da fase humana.
Mas é certo que há um tempo certo para cada fase
evolutiva, sendo que, na fase humana, como em todas as
outras, o que ocorre é que as influências astrológicas
apresentam-se como favoráveis em determinados períodos e
desfavoráveis em outros.
Dessa maneira, sabendo-se que os ciclos se sucedem em
determinado espaço de tempo, se perdida a oportunidade
evolutiva num determinado ciclo, as condições passam a ser
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2 – O EMPENHO DE CADA UM
Como dito linhas atrás, Jesus é o único, dos Espíritos que
passou pela Terra, que sempre cumpriu Suas metas evolutivas
no tempo certo, sem nenhum atraso, sendo, por isso,
diferenciado, não por favor de Deus, mas pelo Seu próprio
mérito.
O empenho de cada um diferencia uns de outros e os
Espíritos evoluídos não perdem tempo nem com divagações
filosóficas inúteis, mas convertem tudo em ouro, ou seja, em
crescimento espiritual seu e dos outros.
A Ciência Cósmica ensina que há tempo para tudo e
tudo deve ser realizado da forma correta, útil, adequada,
conveniente.
Montaigne dizia que Sócrates tinha a medida certa para
cada ato de sua vida e sabe-se que Jesus esteve presente nas
bodas de Caná, a fim de ali plantar exemplos de Fraternidade
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1 – CONSCIÊNCIAS DESPERTAS
Para nos fazermos entender com a possível clareza,
vamos citar dois exemplos, sendo pessoas que se encontraram
pessoalmente com Jesus: o primeiro é o caso de Paulo de
Tarso, que mudou de vida a partir desse encontro, e o
segundo é o caso do senador Públio Lentulo (Emmanuel), que
ficou reticente e, somente daí a algum tempo, mudou de vida.
A consciência do primeiro despertou de imediato e a do
segundo demorou a começar seu trabalho de apontar os itens
a serem reformulados no psiquismo do orgulhoso político
romano.
Não há um tempo igual para todas as pessoas, mas é
certo que um dia todos despertarão.
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2 – CONSCIÊNCIAS ENTORPECIDAS
Muitos que vivem com a consciência entorpecida
enveredam pelos caminho do Mal, porque acreditam que,
assim, estarão livres do auto encontro, mas não há como
alguém enganar a si mesmo por tanto tempo, porque chega
sempre a hora do despertamento e quanto mais for
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2.1 – O DESPERTAMENTO
O despertamento, muitas vezes, é doloroso, causando,
inclusive, reveses orgânicos, mas isso faz parte do recomeço
em novas bases, como quem tem de demolir uma construção
mal feita para edificar uma perfeita.
Afinal, na vida do Espírito, há inúmeros recomeços, com
a diferença entre uns e outros apenas quanto ao nível de
qualificação, mas sempre há recomeços, porque a área de
atuação de cada Espírito é a metragem quadrada do seu
próprio íntimo.
Nenhuma outra construção perdura para ele, a não ser
essa, sendo que tal construção, ou reconstrução, começou há
bilhões de anos, na fase sub atômica, passou pelos Reinos
inferiores da Natureza e irá em direção ao infinito.
Que não haja medo das mudanças, porque muitas já
houveram e outras tantas haverão, pelo infinito do tempo
afora.
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1 – CONFISSÃO
Temos de considerar, em primeiro lugar, que o
Evangelho não se destina ao conhecimento de um
número restrito de iniciados, mas Jesus o trouxe para
servir de referência para todos os habitantes da Terra,
pois, na qualidade de Divino Governador Planetário,
compete-Lhe conduzir todos os Seus pupilos. Assim, a
orientação de Tiago pode ser adotada por toda a
humanidade e não apenas pelos cristãos.
Dessa maneira, quando fala em confissão, sua
palavra deve ultrapassar os estreitos limites de um povo,
uma corrente religiosa e abarcar a humanidade terrestre,
incluindo-se os Espíritos Superiores, os medianos e os
primitivos.
Conclui-se, portanto, que quem assume o papel
corajoso de confessar suas culpas não deverá,
obrigatoriamente, verificar se os ouvintes são bons ou
maus e se farão bom ou mau uso das informações que
estarão recebendo.
Alguém pode contrapor a esta fala o argumento de
que há pessoas de má índole, que irão desmoralizar o
homem ou a mulher de boa fé e boa vontade que
confessarem suas culpas. No entanto, vejamos que Santo
Agostinho, Gandhi, Yvonne do Amaral Pereira e
Emmanuel não procuraram escolher as pessoas que
tomariam conhecimento das suas confissões: cumpriram
seu dever consciencial e ficaram livres de parte do peso
que os torturava e lhes tirava a paz. Realizaram uma
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1.1 - AS CULPAS
Quando Jesus afirmou que a Lei e os profetas
poderiam ser resumidos no “Amor a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo” estava querendo
dizer que quem agisse de forma contrária incidiria em
culpa.
As culpas, portanto, são os pensamentos, sentimentos
e ações que contrariem essa Regra Divina. É impossível
relacionar todas as situações em que alguém contrarie a
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INTRODUÇÃO
A expressão: “Vai e não peques mais” costuma ser
interpretada como uma “determinação” do Sublime
Governador da Terra aos seres humanos, os quais,
todavia, na verdade, são Espíritos imperfeitos. Fica
parecendo para os ortodoxos que os habitantes deste
planeta, a partir dessa fala, “nunca” mais poderiam
cometer nenhum equívoco moral. Todavia, pelo fato
mesmo de serem imperfeitos, cometem erros, tanto quanto
acertam durante sua trajetória evolutiva a partir do
momento em que adquiriram a razão.
Somente Jesus, dentre todos os Espíritos ligados à
Terra, nunca errou. Como Espírito que seguiu esse rumo
diferenciado, não por algum privilégio divino, mas por ter
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2 – PRECE
Em qualquer manifestação de religiosidade existe
sempre algum meio dos adeptos se dirigirem aos Seres
por eles considerados Superiores: daí a existência das
preces.
No caso do Cristianismo, há uma oração tida como a
mais expressiva, que é “Pai Nosso”, ditada pelo próprio
Divino Mestre, e que consideramos, com razão, a mais
perfeita de todas, pois resume tudo que se possa dizer ao
Pai Celestial.
Há uma outra de grande valor, que é a “Ave Maria”,
como se sabe, dirigida à Mãe Santíssima, Espírito cuja
evolução sequer temos condições de avaliar, mas que se
preocupa com todos os habitantes da Terra na qualidade
de sua verdadeira Mãe Espiritual, a quem dedica
atenções maternais, principalmente aos suicidas.
Uma terceira, de imenso potencial espiritual, é a que
ficou conhecida como “Prece de Francisco de Assis”.
Podemos acrescentar a esse rol uma quarta, que é a
“Prece de Cáritas”, muito conhecida dos espíritas em
geral.
Quando Tiago aconselhou a oração, sugeriu que,
através dela, uns pedissem em favor dos outros. Cabem
aqui as seguintes indagações: 1) os pedidos devem ser
dirigidos a quem? 2) a expressão “outros” englobaria
apenas os irmãos e irmãs da mesma corrente religiosa? 3)
quais os tipos de pedidos devem ser feitos?
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3 – SARAR
Enquanto um Espírito não se conscientiza das suas
faltas, permanece “doente” nos aspectos a elas
relacionados. Sejamos mais claros: Jésus Gonçalves, cujo
retrato está acima, quando em estágio avançado da
hanseníase, foi cada vez mais se conscientizando dos seus
defeitos morais e aceitou a doença com o máximo de
serenidade possível, pois viu nela a “drenagem” da
acumulação psíquica negativa de muitos séculos de
consagração da violência e do egoísmo.
Sarar vem depois da confissão, esta última que
funciona como catarse, bem como faz o Espírito crescer
em humildade, ao mesmo tempo em que exemplifica que
o Mal não compensa e mais outras consequências
benéficas.
A “cura” não se processa de imediato, pois a
evolução é infinita: depois de criado, o Espírito evolui
para sempre. Maria de Magdala teve de vivenciar muitas
outras encarnações para se transformar em Madre
Tereza de Calcutá e Zaqueu em Bezerra de Menezes.
Entendamos isso, sob pena de repetirmos os pontos de
vista equivocados da Idade Média, em que a ideia da
“cura” miraculosa e instantânea dos defeitos morais fez
muita gente adquirir complexos de culpa que até hoje
reverberam no seu psiquismo, causando sofrimentos
morais mais ou menos dolorosos.
A expressão “sarar” deve ser interpretada como
evoluir.
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3.1 – A EVOLUÇÃO
Precisamos entender claramente o que é a evolução.
Emmanuel afirma, numa bela figura de linguagem,
que o Espírito tem duas asas: a inteligência e a
moralidade, sendo que a primeira significa o nível de
conhecimento teórico e prático que decorre da vivência de
cada minuto, enquanto que a segunda é consequência da
opção de pensar, sentir e agir conforme as Leis de Deus.
Com a simples vivência, mesmo que ociosa ou
maldosa, o Espírito evolui intelectualmente, mas só
evoluirá moralmente quando se decidir a pensar, sentir e
agir no Bem.
Ninguém, na verdade, estaciona, porque, mesmo a
prática do Mal, ao gerar o sofrimento, faz o Espírito
concluir que deve optar pelo Bem.
Deus impulsiona todos os seus filhos para o
progresso.
Cada um deve analisar-se e verificar se está
realmente investindo no próprio progresso intelecto-
moral, pois chegará fatalmente a hora da desencarnação
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4 – OS JUSTOS
A expressão “justo” tem sido atribuída a pessoas que
simplesmente analisam situações e as demais pessoas
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5 – PODER ESPIRITUAL
Somente Deus tem Poder, pois Ele cria, através do
simples ato de Pensar, e mantém cada ser como tal pelo
fato de continuar Pensando em cada um como um ser
individualizado.
Suas criaturas, inclusive os Espíritos Puros, apenas
trabalham os elementos existentes no Universo, em
obediência direta às Leis Divinas, mas não têm poder, no
sentido de decidirem arbitrariamente, sem obedecerem às
Leis Divinas.
Por isso Jesus, nos orientando, afirmou: “Eu, de
Mim, nada posso.”
Se Jesus assim disse quanto a Si mesmo, que poder
teremos: nós que sequer sabemos ao certo quem somos,
uma vez que desconhecemos nossas aquisições intelecto-
morais, arquivadas no fundo da nossa memória
espiritual?
Devemos reconhecer, humildemente, nosso
primarismo intelecto-moral, uma vez que até Espíritos da
envergadura de um Chico Xavier se julgam,
acertadamente, verdadeiras insignificâncias perto da
grandeza de outros Espíritos que lhes são superiores: essa
humildade já representa um início de expressiva evolução
espiritual.
Chico Xavier afirmou, certa vez, que Emmanuel se
apresenta de joelhos diante de Ismael: eis uma
constatação de como há diferença gritante de graus
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6.1 – CONFISSÃO
Não basta alguém arrepender-se e efetuar a
reparação dos males que causou, sendo necessário que
entre ambas as iniciativas esteja a confissão como forma
de lavar as sujidades acumuladas no nosso interior e, ao
mesmo tempo, exemplificar para os nossos irmãos e irmãs
no sentido dos benefícios do Bem e das desvantagens do
Mal, dentre as quais, quanto ao Mal, o “peso na
consciência”.
O receio de confessar suas culpas é sinal de falta de
autoconfiança e fé em Deus, pois, na verdade, tirante a
figura pura de Jesus, nenhum ser que passou pela Terra
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6.1.4 – EMMANUEL
Emmanuel retratou-se com toda fidelidade à verdade
ao relatar fatos das suas encarnações como Públio
Lêntulo Sura e Públio Lêntulo Cornélio, na sua obra “Há
Dois Mil Anos”, psicografada por Chico Xavier.
Sua confissão drenou-lhe da consciência as
acumulações de culpa, que deveriam martirizá-lo ainda,
apesar de todo o progresso espiritual realizado.
6.2 – PRECE
Se a confissão é necessária para alívio da
consciência, a prece é imprescindível para adquirirmos a
força interior suficiente para todo o processo evolutivo
(curativo).
Quando Jesus aconselhou: “Vigiai e orai a fim de
não cairdes em tentação” estava introduzindo a prece e a
auto análise como requisitos para chegarmos à
reparação.
Veja-se, portanto, que, além da confissão e da prece,
ao lado do arrependimento e da reparação, há ainda a
vigilância (auto análise).
Não estudaremos, todavia, neste livro, sobre a
vigilância, pois iria engrossar mais ainda nosso opúsculo,
que pretende ser apenas uma cartilha de alfabetização
espiritual.
6.2.2.1 – VOLUNTÁRIOS
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FIM
NOTA
SEGUNDA PARTE:
OS ADVERSÁRIOS EXTERNOS
1.1– OS ADULADORES
André Luiz afirmava que “o elogio costuma ser lodo
verbal”, pois, se não for trabalhado com bom senso,
transforma-se em visgo, que se agarra ao psiquismo da sua
vítima e fá-la pensar que é realmente um ser privilegiado,
encaminhando-a para o orgulho, o egoísmo e a vaidade, com
sérios resultados negativos.
Os Espíritos Superiores não aceitam elogios e nem
distribuem elogios por toda parte, pois sabem que incentivar é
uma coisa, mas bajular é outra totalmente diferente.
Jesus, por exemplo, recusou o qualificativo de Bom,
dizendo que apenas Deus o é.
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1.2 – OS CÚMPLICES
A cumplicidade no Mal molda laços de trevas, que
devem ser desfeitos o quanto antes.
Quem se alia no Mal depois tem de quebrar essas
algemas que atam os cúmplices uns aos outros por muito
tempo, com péssimos resultados.
Devemos desfazer esses elos com a maior rapidez
possível, pois os cúmplices nos cobrarão a continuidade nas
realizações negativas.
Daí surgem muitas obsessões, que costumam perdurar
por muito tempo se não forem desfeitas imediatamente.
III
TRATAMENTO ESPIRITUAL
132
INTRODUÇÃO
Em primeiro lugar, devemos esclarecer sobre o título
deste estudo: “Tratamento Espiritual – implementação da
Ciência Cósmica”, pois abordaremos a evolução espiritual,
que só ocorre com a cura moral, proveniente da auto reforma
moral profunda, o que exige a limpeza gradativa dos corpos
espirituais das feridas nele registradas pelos comportamentos
negativos do passado e do presente, sendo que todas essas
questões pertinem à Ciência Cósmica.
Temos muito a dizer aos principiantes nestas reflexos,
mas nada de novo aos que já sabem lidar com as viagens
astrais, já realizaram a auto reforma moral profunda,
inclusive tendo controle sobre os próprios pensamentos,
direcionando-os para o Bem.
O entrosamento entre os seres que habitam o mundo
material e os Espíritos desencarnados é muito intenso, apenas
que a maioria dos primeiros não consegue perceber essa
interação, pois têm embotados os sentidos espirituais, não
somente pelo efeito abafador do próprio grosseiro corpo
físico, como também e, principalmente, pelo próprio
primitivismo evolutivo, que não os despertou ainda para o
sexto sentido, que é apanágio dos Espíritos evoluídos.
A comunicação entre os seres, mesmo encarnados, é
muito mais mental que verbal, apenas das pessoas comuns
pensarem o contrário, pois umas percebem as intenções das
outras pela irradiação positiva ou negativa que todas emanam
e, durante o sono, comunicam-se exclusivamente pelo
pensamento, mesmo quando acreditam que estão falando,
porque trata-se de mero condicionamento do hábito dos
encarnados.
Precisamos nos desvincular dos padrões primitivistas do
mundo encarnado e pensarmos em termos de Ciência
Cósmica, segundo a qual a Lei de Deus não está em livro
algum ou biblioteca alguma, mas dentro do íntimo de cada
criatura, que Ele criou e que chegará à perfeição cada vez
maior, direcionada por essa essência luminosa.
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1 – ORIENTADOR ESPIRITUAL
Yvonne do Amaral Pereira dizia sempre da importância
da sintonização com o Orientador Espiritual ou no plural.
Cada pessoa deveria saber quem são seus Orientadores
Espirituais, tal como sabe o nome de cada um dos seus
grandes amigos.
2 – ANIMAL DE PODER
Há algumas formas de cada um descobrir seu animal de
poder, havendo pessoas que detectam mais de um, mas o mais
comum é cada um identificar apenas um.
Quando a pessoa não sabe qual é o seu deve procurar a
ajuda de um terapeuta ou médium encarnado, inclusive para
o fim do animal de poder dessa outra acompanhar o trabalho.
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1 – OS DEZ DEGRAUS
Alguém pode querer imaginar mais degraus, mas isso
fica a critério de cada um.
O importante é que seja aprofundado o relaxamento
físico e tranquilizada a mente.
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CAPÍTULO IV – O GRAMADO
Ao final da escadaria, é conveniente imaginar um imenso
gramado.
Podemos nos ver pisando descalços nesse gramado,
sentindo todas as energias negativas que trazemos em nós
saindo do nosso corpo e entrando no solo, o que nos dará
grande alívio.
Devemos sentir esse prazer e essa serenidade.
1 – DUAS OPÇÕES
As suas opções são aquelas a que já nos referimos:
encaramos com humildade a identificação das nossas falhas
do passado, sem nosso íntimo se alterar com elas, mas
procurarmos aprender com os próprios erros, ou nos
deprimimos ou revoltamos com a identificação daquilo que
procuramos esconder a sete chaves, ou sejam, nossas mazelas
morais e nossos vícios.
Detalharemos adiante cada uma dessas situações.
1 – CONFISSÃO
Temos de considerar, em primeiro lugar, que o
Evangelho não se destina ao conhecimento de um
número restrito de iniciados, mas Jesus o trouxe para
servir de referência para todos os habitantes da Terra,
pois, na qualidade de Divino Governador Planetário,
compete-Lhe conduzir todos os Seus pupilos. Assim, a
orientação de Tiago pode ser adotada por toda a
humanidade e não apenas pelos cristãos.
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1.1 - AS CULPAS
Quando Jesus afirmou que a Lei e os profetas
poderiam ser resumidos no “Amor a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo” estava querendo
dizer que quem agisse de forma contrária incidiria em
culpa.
As culpas, portanto, são os pensamentos, sentimentos
e ações que contrariem essa Regra Divina. É impossível
relacionar todas as situações em que alguém contrarie a
Lei de Amor, devendo cada qual analisar a si próprio
para verificar como está sua posição frente à própria
consciência.
Os Espíritos Superiores que orientaram o trabalho
de Allan Kardec na Codificação informaram-lhe que A
Lei de Deus está escrita na consciência de cada um.
Assim, todos têm condições de saber se estão pensando,
sentindo e agindo conforme a Lei Divina: basta auto
analisar-se com sinceridade e honestidade moral.
Todavia, é necessário que se leve em conta
igualmente o nível evolutivo de cada um para a avaliação
da culpa: “àquele a quem muito é dado muito é pedido”.
Quem já alcançou um nível mais elevado de compreensão
deve Amar mais, enquanto que aqueles que ensaiam os
primeiros passos na escalada evolutiva, naturalmente,
serão considerados meras crianças espirituais, vivendo
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INTRODUÇÃO
A expressão: “Vai e não peques mais” costuma ser
interpretada como uma “determinação” do Sublime
Governador da Terra aos seres humanos, os quais,
todavia, na verdade, são Espíritos imperfeitos. Fica
parecendo para os ortodoxos que os habitantes deste
planeta, a partir dessa fala, “nunca” mais poderiam
cometer nenhum equívoco moral. Todavia, pelo fato
mesmo de serem imperfeitos, cometem erros, tanto quanto
acertam durante sua trajetória evolutiva a partir do
momento em que adquiriram a razão.
Somente Jesus, dentre todos os Espíritos ligados à
Terra, nunca errou. Como Espírito que seguiu esse rumo
diferenciado, não por algum privilégio divino, mas por ter
optado, desde o começo da Sua fase humana, livremente,
pelo Bem incondicionalmente, detém determinados
conhecimentos que não temos e talvez nunca venhamos a
ter, bem explicado que não pela Vontade de Deus, que
nunca seria parcial, mas pelos próprios méritos do Filho
obediente, que nunca se enquadraria na parábola do
filho pródigo, mas também não foi o irmão egoísta, que
ficou em companhia do Pai somente por comodismo, mas
sim se encaixaria Sua situação em outra parábola, que
não foi ensinada a nós talvez por humildade do Seu
protagonista, que sempre esteve ao lado do Pai ajudando
Seus demais irmãos e, gradativamente, tornando-se Seu
Mestre, como Ele o é.
Nós, os restantes dos homens e mulheres terrenos,
não fazemos a mínima ideia do que é “nunca ter
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2 – PRECE
Em qualquer manifestação de religiosidade existe
sempre algum meio dos adeptos se dirigirem aos Seres
por eles considerados Superiores: daí a existência das
preces.
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Assim Seja.
3 – SARAR
Enquanto um Espírito não se conscientiza das suas
faltas, permanece “doente” nos aspectos a elas
relacionados. Sejamos mais claros: Jésus Gonçalves, cujo
retrato está acima, quando em estágio avançado da
hanseníase, foi cada vez mais se conscientizando dos seus
defeitos morais e aceitou a doença com o máximo de
serenidade possível, pois viu nela a “drenagem” da
191
3.1 – A EVOLUÇÃO
193
4 – OS JUSTOS
A expressão “justo” tem sido atribuída a pessoas que
simplesmente analisam situações e as demais pessoas
como se estivessem resolvendo friamente um problema de
Matemática. Não terá sido esse o sentido que Tiago quis
dar à palavra quando fez a afirmação de que: “A oração
feita por um justo pode muito em seus efeitos.”
Quando Jesus apresentou os traços identificadores
dos Seus discípulos disse: “Reconhecereis Meus
discípulos pelo muito Amor que manifestarem.” Portanto,
podemos concluir que as preces feitas por quem muito
Ama pode muito nos seus efeitos.
Não pretendemos mergulhar na pesquisa dos textos
antigos para procurar interpretar literalmente a
expressão que ora é estudada: seria uma forma de
polemizar, ao invés de evangelizar.
Infelizmente, sempre houve quem estudasse a Boa
Nova como se estivesse tratando de mais um ramo do
Conhecimento terreno, como a Matemática, a História, a
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5 – PODER ESPIRITUAL
Somente Deus tem Poder, pois Ele cria, através do
simples ato de Pensar, e mantém cada ser como tal pelo
fato de continuar Pensando em cada um como um ser
individualizado.
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6.1 – CONFISSÃO
Não basta alguém arrepender-se e efetuar a
reparação dos males que causou, sendo necessário que
entre ambas as iniciativas esteja a confissão como forma
de lavar as sujidades acumuladas no nosso interior e, ao
mesmo tempo, exemplificar para os nossos irmãos e irmãs
no sentido dos benefícios do Bem e das desvantagens do
Mal, dentre as quais, quanto ao Mal, o “peso na
consciência”.
O receio de confessar suas culpas é sinal de falta de
autoconfiança e fé em Deus, pois, na verdade, tirante a
figura pura de Jesus, nenhum ser que passou pela Terra
deixou de errar com maior ou menor gravidade: somos
todos aprendizes na Escola da Evolução, variando apenas
de grau a diferença entre os Espíritos Superiores e os
medianos e primitivos.
Normalmente, os Espíritos Superiores são muito mais
antigos que nós e aprenderam mais, acertando e errando.
Os que são menos evoluídos que nós costumam ser
Espíritos mais jovens, portanto, menos experientes.
Veremos alguns casos de Espíritos de uma
superioridade incontestável, que confessaram a todos
suas culpas.
6.1.4 – EMMANUEL
Emmanuel retratou-se com toda fidelidade à verdade
ao relatar fatos das suas encarnações como Públio
Lêntulo Sura e Públio Lêntulo Cornélio, na sua obra “Há
Dois Mil Anos”, psicografada por Chico Xavier.
Sua confissão drenou-lhe da consciência as
acumulações de culpa, que deveriam martirizá-lo ainda,
apesar de todo o progresso espiritual realizado.
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6.2 – PRECE
Se a confissão é necessária para alívio da
consciência, a prece é imprescindível para adquirirmos a
força interior suficiente para todo o processo evolutivo
(curativo).
Quando Jesus aconselhou: “Vigiai e orai a fim de
não cairdes em tentação” estava introduzindo a prece e a
auto análise como requisitos para chegarmos à
reparação.
Veja-se, portanto, que, além da confissão e da prece,
ao lado do arrependimento e da reparação, há ainda a
vigilância (auto análise).
Não estudaremos, todavia, neste livro, sobre a
vigilância, pois iria engrossar mais ainda nosso opúsculo,
que pretende ser apenas uma cartilha de alfabetização
espiritual.
6.2.2.1 – VOLUNTÁRIOS
Bem aventurados os voluntários, que, de variadas
formas, trabalham para a implantação de uma
mentalidade de serviço ao próximo, contribuindo para a
elevação do nível espiritual da Terra!
A eles se aplica as palavras de Jesus: “Todas as vezes
em que beneficiardes a um destes pequeninos é a Mim
que o fazeis.”
Vemos uma quantidade enorme de pessoas vivendo
em estado de sofrimento, vítimas da solidão, mas que,
saindo da auto piedade desarrazoada, poderia desenvolver
tarefas filantrópicas junto a algumas das milhares ou
milhões de Entidades Caritativas espalhadas pelo mundo
afora.
207
“CAPÍTULO III
A sugestão mental verdadeira
Dediquei minha atenção a uma dama afetada de
histeroepilepsia e cuja doença, já antiga, foi agravada por
acessos de mania de suicídio.
A Sra. M., de 27 anos, forte e bem constituída, tem a
aparência de uma saúde perfeita. Ataques convulsivos de
grande histeria datam da infância. Influências
hereditárias muito fortes. Há algum tempo, além dos
ataques clássicos em muitos períodos, acessos de loucura
com congestões dos lobos anteriores e anemia dos lobos
posteriores. Desmaios nervosos paralíticos e acessos
epileptiformes de curta duração. Um só ponto histerógeno
abaixo da clavícula esquerda. Um ponto delirógeno no
occiput direito correspondente à fossa occipital superior.
Nada de anestesia. A pressão ovariana detém o ataque
momentaneamente. Sensível ao estanho, mas também a
outros metais em graus diferentes e inconstantes.
Temperamento ativo e alegre unido a uma extrema
sensibilidade moral, interior, isto e, sem sinais exteriores.
Caráter verídico por excelência, tendência ao sacrifício.
Inteligência notável, talento, sentido de observação. Em
momentos, falta de vontade, indecisão penosa, depois
uma firmeza excepcional.
Um certo dia, ou melhor, uma certa noite, terminado seu
ataque (inclusive a fase de delírio), a doente adormeceu
tranquilamente.
Subitamente despertou e eu e seu amigo chegamos junto
dela. Ela pediu-nos que fôssemos embora, que não nos
preocupássemos.
209
IV
COMO FUNCIONA A
CONSCIÊNCIA
222
INTRODUÇÃO
O caminho da evolução das criaturas da fase humana
passa pela harmonização do ego com o Eu, sendo que o ego é o
Espírito humano, o qual deve procurar identificar-se com o
Eu, ou seja, a essência divina que há dentro de si.
Pode parecer estranha a afirmativa acima, que, para
muitos, dará a ideia da presença de dois seres numa única
criatura, mas a verdade é que cada Espírito traz dentro de si
um verdadeiro “adversário”, ou seja, aquele que “está do outro
lado”, que é a consciência.
Quando Jesus disse que devemos nos reconciliar com
nosso adversário visualizou o adversário interno e os externos.
Quanto à compreensão do que significa reconciliarmo-nos
com nosso adversário interno isso quer dizer que devemos
adequar nosso mundo interior à qualidade espiritual da
centelha divina que está dentro de nós, colocada por Deus e
que é o que se chama de consciência.
Allan Kardec perguntou sobre onde está escrita a Lei
Divina e seus Orientadores responderam: na consciência.
Para os Espíritos Superiores e os que já aprenderam a
consultar seu Eu, através da introspecção profunda, não há
mais necessidade de nenhum registro material, em livros ou
equivalentes, porque cada um desses Espíritos enxerga,
compreende, através desse registro, o caminho a seguir, tal
como a semente, enterrada no solo, atende ao tropismo
irresistível que a leva a dirigir-se para a superfície,
transformando-se, gradativamente, em um ser adulto.
A luta interna de cada criatura humana ainda não
harmonizada é muito intensa, porque o orgulho, o egoísmo e a
vaidade a faz rejeitar essa luz exigente, que é a consciência,
mas sua presença é indispensável, porque aponta o caminho
do aperfeiçoamento.
Jesus não lutou contra esse elemento cobrador, desde
quando iniciou-se na fase da razão, mas submeteu-se a ele,
porque sabia que é a Voz de Deus.
226
PRIMEIRA PARTE:
A LEI DIVINA REGISTRADA EM LIVROS
2 – HELENA BLAVATSKY
A grande missionária cumpriu sua tarefa de ensinar o
que pode ou sabia da Verdade, mas já abandonou aquele
terreno elitista e reencarnou como uma missionária da
mediunidade, sem as luzes da instrução formal, a fim de
servir ao povo, sem nenhum destaque.
Ninguém a reconheceria na pessoa de uma médium de
alta potencialidade, mas que não sabe ler nem escrever.
Mas assim acontece com os verdadeiros propagadores da
Verdade: não se pejam de enfrentar a pobreza, o anonimato,
as dificuldades e desprivilégios de toda ordem, a fim de
ensinarem aquilo que realmente é importante para a
humanidade, ou seja, a espiritualização.
236
3 – RUDOLF STEINER
Pode parecer que, neste livro, nos propomos a assumir o
papel de sensores da vida alheia, mas a verdade é que, como
dissemos, se os verdadeiros missionários eram movidos pelo
idealismo mais puro, muitos dos seus seguidores se
transformaram em desvirtuadores da mensagem inicial, pois
não tinham o idealismo dos mestres.
Assim é que cristalizam-se ideias maravilhosas, tal como
aconteceu, por exemplo, em relação a Sócrates, Jesus, Moisés
e outros tantos.
O mestre germânico realizou um trabalho maravilhoso,
mas não estão muitos dos seus seguidores à altura da sua
mentalidade generosa.
Essa é a verdade que temos o dever de apontar.
7 – O XAMANISMO
Quem nunca ouviu falar no Xamanismo, pensa, talvez,
que se trate de uma forma de religiosidade indígena,
primitiva, mas, na verdade, é uma manifestação filosófica
surgida em vários pontos da Terra, trazida por Espíritos aqui
reencarnados provenientes de mundos da Constelação de
Órion.
Procuram despertar a humanidade terráquea para o
auto conhecimento e não têm como meta principal
organizarem-se como partido religioso, à moda do que
aconteceu com cristãos, hinduístas etc. etc.
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9 – O HOLISMO
Trata-se de outra tentativa de despertamento espiritual
da humanidade da Terra, tão apegada às exterioridades.
10 – A CIÊNCIA CÓSMICA
A denominação Ciência Cósmica, pelo menos de nossa
parte, não pretende transformar-se em mais uma facção para
disputar com as já existentes.
O que pretendemos é, em Nome de Jesus, Única
Autoridade na Terra, convidar as criaturas humanas ao auto
conhecimento no sentido mais profundo da palavra, por
reconhecermos que lei externa alguma tem o condão de suprir
a necessidade da viagem de cada um para dentro de si, na
procura do encontro com a própria essência divina que habita
em cada criatura.
Não somos sectários, não pretendemos a auto
valorização, somos anônimos trabalhadores do Bem no
Universo.
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SEGUNDA PARTE:
A LEI DIVINA REVELADA A CADA CRIATURA
HUMANA PELA PRÓPRIA MEDIUNIDADE
2 – A PACIFICAÇÃO
Seja procurando adquirir logo a humildade, seja depois
de muito sofrer por causa do orgulho, não há quem fique
eternamente lutando contra a própria consciência.
Um dia cada um retorna à Casa Paterna.
Aí terá ocorrido a pacificação, mas, para os rebeldes está
reservado o degredo ao planeta Quírom, muito mais atrasado
do que a Terra, enquanto que para quem se humilhar perante
a própria consciência, se seja, perante Deus estará reservada a
própria Terra, tanto que Jesus disse que esses herdarão a
Terra.