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Vida Ativa

UFCD 8600-Competências Empreendedoras e


Técnicas de Procura de Emprego

Manual de Apoio

Formador/a: Carolina Augusta Silva Caixinha Barrocas


Local: Serpa
Data: Novembro 2015
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ÌNDICE
Introdução ……………………………………………………………………………………….. 3
Objetivos ………………………………………………………………………………………… 3

I. COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS
1 – Introdução ao tema do 5
empreendedorismo………………………………………………...
2. 6
Conceitos………………………………………………………………………………………..
3. Características do 6
empreendedor…………………………………………………………….
3.1. Aspetos a ter em conta antes de se tornar 8
empreendedor…………………………
4. Dez competências essenciais para se tornar empreendedor……………………………. 9
4.1. Perfil do empreendedor de sucesso…………………………………………………. 11
4.2. Vantagens e desvantagens de ser empreendedor…………………………………. 12
5. Desenvolvimento da Ideia e Projeto de Negócio ………………………………………….. 13
5.1. Quais as competências chave para criar uma empresa…………………………… 13
5.2. Que cursos e formações relevantes estão 14
disponíveis……………………………..
6. Da ideia ao projeto…………………………………………………………………………….. 14
6.1. Aspetos a ter em conta antes de se tornar empreendedor………………………... 16
6.2. Competências essenciais para se tornar empreendedor………………………..... 17
7. Perfil do empreendedor de sucesso………………………………………………………… 19
8. Sete passos para criar um negócio…………………………………………………………. 20
9. Alguns conceitos …………………………………………………………………………….... 23
II- TÉCNICAS DE PROCURA DE EMPREGO
2.1. A procura ativa de emprego……………………………………………………………….. 25
2.2. Modalidades de trabalho/emprego………………………………………………………... 25
2.2.1. Trabalhar como independente/por conta própria………………………………… 25
2.2.2. Teletrabalho………………………………………………………………………….. 26
2.2.3. Trabalho temporário…………………………………………………………………. 26
2.2.4. Franchising…………………………………………………………………………… 27
2.2.5. Trabalhar por conta de outrem…………………………………………………….. 27
2.3. Mercado de trabalho visível e encoberto…………………………………………………. 27
2.4. Mobilidade Geográfica…………………………………………………………………....... 28
2.5. Como integrar o mercado de trabalho……………………………………………………. 28
2.5.1. Auto avaliação……………………………………………………………………….. 29
2.5.2. Recursos e estratégias …………………………………………………………….. 29
2.5.3. Prepare e arranje documentos tais como………………………………………… 30
2.5.4. Onde procurar emprego ……………………………………………………………. 30
2.6. Técnicas de procura de emprego ……………………………………………………….... 32
2.7. Candidate-se online………………………………………………………………………… 32
2.7.1.Vantagens da candidatura online………………………………………………….. 32
2.7.2. Dicas para quem procura emprego via net……………………………………….. 34
2.7.3. Faça candidaturas espontâneas 35
……………………………………………………
2.8. Elabore o seu currículo…………………………………………………………………….. 35
2.8.1.Funções do Curriculum…………………………………………………………….... 36
2.8.2. Regras para elaboração do curriculum……………………………………………. 37
2.8.3. Tipos de 38
curricula……………………………………………………………………..
2.9. Prepare-se para a entrevista de emprego. 39
………………………………………………..
2.9.1.A entrevista tem como pontos fundamentais

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……………………………………….
Web 39
Sites…………………………………………………………………………………………..
Anexo I – Dinâmica
Anexo II – Perfil do empreendedor – Indicadores comportamentais
Anexo III – Pontos Fortes e Pontos Fracos

Introdução
Este Manual é um instrumento de apoio aos formandos do módulo de Competências
Empreendedoras e Técnicas de Procura de Emprego – Medida Vida Ativa, com a
duração de 25 horas.
Resulta de uma pesquisa exaustiva baseada em informação disponível, com especial
enfoque nos sítios e documentos produzidos pelo IEFP.
Organiza-se em duas partes: a primeira parte centra-se no empreendedorismo,
competências empreendedoras, perfil do empreendedor, vantagens e desvantagens de
ser empreendedor; a segunda parte incide sobre estratégias de procura de emprego e
instrumentos de apoio à procura ativa de emprego.
Por último, inclui uma listagem de páginas Web consultados.

Objetivos
Este manual foi elaborado com base nas orientações descritas na UFCD 8600 –
Competências empreendedoras e Técnicas de Procura de Emprego: Os objetivos visam:
Definir o conceito de empreendedorismo;
Identificar as vantagens e os riscos de ser empreendedor;
Identificar o perfil do empreendedor;
Reconhecer a ideia de negócio;
Definir as fases de um projeto;
Identificar e descrever as diversas oportunidades de inserção no mercado e
respetivos apoios, em particular as Medidas Ativas de Emprego;
Aplicar as principais estratégias de procura de emprego;

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Aplicar as regras de elaboração de um curriculum vitae;
Identificar e selecionar anúncios de emprego;
Reconhecer a importância das candidaturas espontâneas;
Identificar e adequar os comportamentos e atitudes numa entrevista de emprego.

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I. Competências Empreendedoras

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1 – Introdução ao tema do empreendedorismo

O tema do Empreendedorismo está bastante divulgado; no entanto, é comum existir uma


ideia pouco clara, ou até mesmo vaga, quanto ao conceito. Observa-se muitas vezes a
associação exclusiva entre Empreendedorismo e a criação de empresas, nomeadamente
por fundadores jovens ou empresários de sucesso. Esta visão restrita não permite que se
reflita sobre as vantagens da «atitude empreendedora» no quotidiano, nem como o
espírito empreendedor pode ajudar a concretizar o próprio projeto de vida.

Ser empreendedor é sobretudo uma atitude, mais do que qualquer outra coisa. É a
atitude para explorar novas oportunidades, para assumir riscos e criar coisas novas.
Hoje, precisamos desta atitude a vários níveis: a nível individual, porque o
empreendedorismo é uma via eficaz para a auto-realização e felicidade; a nível
organizacional, porque as empresas precisam de uma cultura de empreendedorismo para
sobreviver (no dia em que uma empresa acha que está segura na sua velocidade
cruzeiro, torna-se um alvo perfeito para a concorrência); e por fim, a nível das
sociedades, porque o empreendedorismo já provou ser uma poderosa solução para os
problemas que os governantes não conseguem resolver.

Numa famosa citação, George Bernard Shaw afirmou que "O homem lúcido adapta-se ao
mundo; o homem errante persiste em tentar adaptar o mundo a si próprio. Portanto, todo
o progresso depende do homem errante". O empreendedor vê oportunidades, sob a
forma de necessidades insatisfeitas, onde muitas vezes os outros não vêm e procura
desenvolver uma maneira de satisfazer essas necessidades.
A atitude deste "homem errante" pode ser caracterizada a três níveis:

a. É uma reação do empreendedor para com o mundo, um sentimento que as coisas


podem sempre ser melhoradas;

b. É "pensar fora da caixa", procurando soluções diferentes das usuais, analisando


os problemas por outra perspetiva, usando recursos que menos comuns,

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cruzando criativamente diferentes saberes e experiências adquiridas, desafiando
os pressupostos;
c. É ser pragmático em relação aos resultados, não se conformando com nada
menos do que o melhor possível, gastando o mínimo de recursos com o máximo
impacto.

Ter a atitude empreendedora no desenvolvimento pessoal é importante, embora


implique remar contra a corrente. A maioria das pessoas vê as suas vidas com várias
limitações e geralmente agarra a primeira oportunidade que lhes é oferecida, procurando
não desafiar muito as suas capacidades. O empreendedor, pelo contrário, conhece-se a
si próprio e sabe como se pode auto-desenvolver. Constantemente reavalia as suas
capacidades e luta por melhorar continuamente a sua vida.

O desenvolvimento das sociedades também exige este tipo de atitude empreendedora.


Na maioria das vezes, problemas como o subdesenvolvimento parecem intransponíveis,
quando os abordamos pela primeira vez. Mas ser capaz de manter uma atitude
empreendedora, permite-nos olhar para as coisas não como elas são, mas como
poderiam ser se realmente quiséssemos e, assim, problemas que pareciam à primeira
vista intransponíveis, seja por falta de financiamento ou de infraestruturas - ou qualquer
outra panóplia de razões - são resolvidos com soluções inovadoras.

2. Conceitos

Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e


habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem
origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar.

O Empreendedorismo é acima de tudo uma atitude mental que engloba a motivação e a


capacidade de um indivíduo, isolado ou integrado numa organização, para identificar uma
oportunidade e para concretizar com o objetivo de produzir um determinado valor ou
resultado econômico.

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O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para


criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

“ Onde os outros vêem problemas o empreendedor vê oportunidades.”

Um empreendedor identifica uma boa oportunidade e faz acontecer. Ele realiza


atividades antes de solicitado ou forçado pelas circunstâncias, busca novas áreas de
atuação, produtos e serviços para ampliar seu empreendimento e ainda aproveita
oportunidades fora do comum para começar um novo negócio, obter financiamentos,
equipamentos, local de trabalho ou assistência.

3. Características do empreendedor

O empreendedor de um modo geral é caracterizado por ser um indivíduo com muita


determinação, que anseia conquistar novos espaços, desenvolve e cria novos produtos e
métodos de produção. São pessoas apaixonadas pelo que fazem, usam a criatividade,
habilidades e conhecimentos com o propósito de descobrir novas formas de inovar e
trazer vantagens competitivas para o negócio.

O comportamento empreendedor manifesta-se em pessoas com habilidades criativas,


sendo uma complexa função de experiências de vida, oportunidades e capacidades
individuais. No exercício de ações empreendedoras estão sempre presentes a incerteza
e o risco, tanto na vida como na carreira do empreendedor.

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Uma grande parcela de pessoas que optam por se tornar empreendedores são movidos
por vários motivos que podem ir desde a perda do emprego (principal fonte de
rendimento), desejar ter seu próprio negócio e com isso, a possibilidade de ganhar mais
dinheiro.

3.1. Aspetos a ter em conta antes de se tornar empreendedor

Ter capacidade de assumir riscos calculados: uma das qualidades mais importantes
ao futuro empreendedor pois exigirá,do mesmo, coragem para enfrentar os desafios e
buscar as melhores soluções. É o momento também de avaliar se o negócio tem
afinidade com seus interesses e expectativas.

Aproveitar as oportunidades: é não só perceber a oportunidade de um negócio, mas


agir para que se torne realidade por meio da iniciativa e força de vontade.

Procurar informações do ramo empresarial: procurar conhecer o mercado, saber o


que ele pede, se a margem praticada neste mercado irá atender as expectativas dos
empreendedores.

Planear: consiste em organizar atividades, dividir em etapas, estipulando prazos para


seu cumprimento. Com isso será possível verificar o desempenho e até mesmo revisar as
metas, se necessário.

Liderança, comprometimento pessoal e otimismo: liderar é saber definir, orientar a


realização de tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos para conduzir pessoas
ao alcance dos objetivos desejados. Comprometimento pessoal é estar pronto para
assumir o comando quando algo não sai como previsto e por fim o otimismo procura
enxergar sempre o sucesso em vez de imaginar e temer possíveis fracassos.

Persistência e espírito empreendedor: saber agir diante dos obstáculos quando eles
surgem e mudar a estratégia do negócio a fim de enfrentar os desafios e alcançar os
objetivos. O espírito empreendedor procura transformar ideias em fatos, de modo mais
rápido, barato e eficiente.

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Autoconfiança e independência pessoal: são qualidades presentes nas pessoas que


procuram ser os próprios patrões. Muitos empresários de sucesso trocaram bons
empregos pelo risco de montar o próprio negócio e se tornar independentes.

4. Dez competênciasessenciais para se tornar empreendedor

1 Autodisciplina

A autodisciplina é crucial. Se não tiver autodisciplina, nunca terá nada feito a tempo. Para
se tornar um empreendedor, terá que trabalhar a todo o tipo de horas absurdas e por
períodos muito, muito longos. Se você luta para sair da cama de manhã, então este estilo
de vida não será provavelmente para si.

2. Networking

O empreendedorismo não se trata sempre de competências ou de qualidades. Em muitas


circunstâncias é também sobre fazer ligações pessoais. Pode ser difícil descobrir outras
pessoas e tentar vender-lhes algo, mas assim que começar a fazê-lo, verá que se tornará
cada vez mais fácil.

3. Entusiasmo

O entusiasmo é provavelmente a competência mais importante de todas. Se você não


está motivado em relação ao futuro, como vai encorajar os seus empregados e clientes?
Mesmo que não se sinta entusiasmado interiormente, tem de ser sempre capaz de
projetar uma aura de entusiasmo.

4. Falar em público

A ideia de falar em público pode dar-lhe voltas ao estômago, mas se você tem ambição,
então esta competência é essencial. Felizmente, poucas são as pessoas que são
extraordinárias na arte de falar em público e tal como qualquer outra competência,
poderá melhorar com a prática; portanto, mesmo que não se consiga imaginar a si

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próprio a enfrentar uma multidão, existem cursos disponíveis que o ajudam a progredir na
direção certa.

5. Gestão do tempo

Quando começa um novo negócio, tem de pensar muito mais sobre a forma como
aproveita o seu tempo. De facto, na maioria das situações, você terá que se adaptar às
agendas das outras pessoas. Uma boa gestão do tempo é essencial e sem ela, terá
muitas dificuldades.

6. Matemática

Muito bem, você não é um génio da matemática mas terá forçosamente que entender um
pouco sobre contas para gerir as finanças da sua empresas assim como os impostos a
pagar. Se é um desastre total a matemática, apoie-se num bom contabilista para
ultrapassar essa limitação.

7. Conhecimento razoável de informática

Nos dias que correm é impossível ser empreendedor sem dominar pelo menos as
competências básicas da informática. Possuir uma presença na Internet através de um
website ou página nas principais redes sociais é crucial para o sucesso do
empreendedor. É também importante trabalhar num bom computador, já que trabalhar
com computadores lentos pode ser altamente prejudicial ao fluxo de trabalho.

8. Paixão

A paixão é obrigatória. Sem ela nunca será bem sucedido. O dinheiro não deveria ser a
sua única motivação. Se você não está a fazer algo que adore, irá sacrificar a sua
felicidade e com isso nem todo o dinheiro do mundo poderá ajudar.

9. Avaliação de personalidades

Ler a personalidade das pessoas com quem trabalha é uma competência que vai usar
diariamente. Desde adivinhar as táticas de negociação de um cliente até à contratação
das pessoas certas, a avaliação de personalidades é um elemento muito importante na
gestão de empresas.

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10. Equilíbrio

Se está a começar a sua viagem pelo empreendedorismo, a sua vida pessoal poderá ser
dominada pelo mundo do trabalho; no entanto, não deverá ser o seu mundo. Um bom
empreendedor é equilibrado, sabe como separar o trabalho de casa e irá encontrar
formas de dividir o espaço e o tempo entre ambos.
Estas são as competências essenciais. Mas existem muitas mais para ser um
empreendedor. Se lhe faltam algumas destas competências, comece a trabalhar nelas
imediatamente. O mundo dos negócios funciona como uma máquina e se uma única
peça está em falta, tudo poderá parar.

4.1. Perfil do empreendedor de sucesso

O empreendedor de sucesso pode ser considerado como o indivíduo que está sempre a
observar negócios na constante procura de oportunidades, portador das condições
necessárias para empreender e que busca absorver tudo o que contribui para a criação,
desenvolvimento e realização da visão. A criatividade é orientada pela observação de
outros negócios, associação de ideias, sucessos e fracassos.

Entre as várias características presentes nos empreendedores podemos dizer que


possuem alto grau de energia, dedicação ao trabalho, concentração de esforços para
alcançar os resultados, são pessoas altamente comprometidas naquilo que fazem
orientadas para resultados e longo prazo, conhece muito bem o ramo que atua, cultiva a
imaginação e aprende a definir visões.

Segundo Rausp (2006, p.85), os empreendedores não são apenas aqueles que têm
ideias, criam novos produtos ou processos. São os que programam, lideram equipas e
vendem suas ideias. É difícil encontrar todas essas características em uma única pessoa,
por isso, a identificação do perfil de cada uma é fundamental e o trabalho em equipa é
fator essencial para o possível sucesso dos empreendedores dentro de uma organização.

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O empreendedor pode ser considerado também um estratega que procura criar métodos
inovadores para gerar oportunidades nos mercados, transformando possibilidades em
probabilidades e, nessa linha de pensamento as suas ações têm impacto decisivo nos
contextos organizacionais e seu dinamismo praticamente dita o ritmo de andamento dos
processos.

O perfil empreendedor desenvolve-se cada vez mais devido a uma situação de mercado
onde a falta de emprego conduz as pessoas à criação de negócios próprios, visando à
geração de rendimentos. Mostra-se um mercado rico em profissionais prestadores de
serviços, autônomos e/ou proprietários de empresas

Para que uma iniciativa empresarial possa ter maiores oportunidades de sucesso o
empreendedor deve ter uma visão clara de onde pretende chegar e um plano de
negócios sólido que garanta esse objetivo. Frente a isto algumas práticas podem ser
adotadas como:

4.2. Vantagens e desvantagens de ser empreendedor

Vantagens
 A Liberdade de horários, movimentos, escolhas, decisões: Não ter hora de
entrada, decidir a que horas trabalhar, não receber ordens de chefes, decidir sem
restrições o que fazer, como e com quem.
 Desenvolvimento pessoal. Sair fora da zona de conforto é uma constante e as
respostas a ter que dar aos imprevistos,
 Realização pessoal. A sensação de se fazer o que se gosta e de que cumprimos
a nossa missão, que fazemos aquilo em somos realmente bons, que podemos
tocar a vida de outra pessoa e ajudar, não tem mesmo preço.
 Criatividade: inovar, resolver problemas e ter ideias que nascem a partir de
qualquer estímulo.

E as desvantagens de se ser a própria chefe. Sim, nem tudo são rosas. Aliás, o que não
falta são espinhos e momentos difíceis e desafios a superar:

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 Insegurança pessoal e financeira. A imprevisibilidade e o risco são a única
certeza que se tem. Hoje em dia, nos empregos normais também, por isso, é
desvantagem geral.
 Não ter horários- Trabalharmais horas e aos fins-de-semana quando toda a
gente está em descanso ou passeio;
 Interferência da vida profissional e vida pessoal- Sair do escritório às 18h e
desligar literalmente do trabalho é coisa que não acontece quando somos patrões
de nós mesmos. É inevitável estar sempre atento, responder a e.mails a altas
horas, ter ideias enquanto se fala com amigos, etc. A linha entre trabalho e vida
pessoal é muito ténue e muito fácil de as duas áreas se misturarem.
 Trabalha-se mais -correndo bem a probabilidade é haver muito trabalho, longas
horas, fins-de-semanaetc.
 Desorganização pessoal - dificuldades na auto-motivação e liderança

5. Desenvolvimento da Ideia e Projeto de Negócio

Nota prévia
Os negócios começam e acabam no mercado. O empreendedor deteta uma oportunidade
de negócios, evolui para um conceito ao qual associa um modelo de negócio que tem por
base a venda de um produto ou de um serviço. Seleciona uma equipa em que,
preferencialmente, cada elemento tem competências distintas e complementares, elabora
o plano de negócios, procura financiamento e monta a empresa.

5.1. Quais as competências chave para criar uma empresa?


Um empreendedor é seguro de si, gosta de tomar as suas próprias decisões e de fazer
acontecer. É ambicioso, adapta-se bem a novas atividades e a novas situações, é
persistente nos seus propósitos e resistente na adversidade, tem facilidade relacional e é
hábil na capacidade de fazer os outros acreditarem em si. Finalmente, é responsável e

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organizado, atento a tudo o que lhe possa ser útil no mundo que o rodeia, e não tem
medo de correr riscos. Mas estuda bem a lição para os minimizar.

Muitas destas qualidades são inatas, mas a verdade é que muitas também se aprendem.
Por isso, fundamental não é ter nascido assim, é querer muito e trabalhar para lá chegar.

5.2. Que cursos e formações relevantes estão disponíveis?


Nas áreas da organização produtiva, da gestão em geral e da gestão de recursos
humanos em particular, da contabilidade e fiscalidade, da organização das ideias em
termos de plano de negócio e modelo de negócio, da análise de mercado, da criatividade,
etc. existe em Portugal uma grande oferta de formações relevantes para o
empreendedor, destinada a pessoas com diferentes graus de qualificação, de interesses
específicos e disponibilidades de tempo.

Contacte:
 Associações empresariais
 Associações de desenvolvimento regional, local e outras;
 Escolas profissionais;
 Institutos politécnicos;
 Universidades;
 Centros de formação profissional,
 IEFP;
 Academia de PME’s;
 outras entidades, públicas e privadas que trabalham estas matérias e verifique
quais as formações que mais se adequam a si e ao seu projeto.

6. Da ideia ao projeto

A construção de uma ideia é o ponto de partida para a arquitetura do projeto. Assim, é


essencial trabalhar e desenvolver a ideia de modo a aproximá-la de um anteprojeto de
criação de empresa.

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Para o efeito são utilizados vários métodos normalmente enquadrados em duas
categorias:
 Os relacionados com a envolvente socioeconómica;
 Os relacionados com a criatividade.

Para a análise da envolvente socioeconómica existem, basicamente, quatro técnicas que


permitem aprofundar a ideia:
 a análise documental, consubstanciada no estudo da informação de carácter
técnico e/ou estatístico disponível sobre o assunto;
 Estudo de casos práticos, relacionados com a criação de empresas e publicados
em revistas ou jornais ou obtidos diretamente, através de contactos com
empresários já estabelecidos;
 Recurso a consultores, peritos em determinados domínios vitais para a avaliação
da valia e exequibilidade da ideia;
 Observação do quotidiano e a visita a feiras e exposições, bem como a leitura da
imprensa especializada.

Para o enriquecimento de uma ideia, em termos de criatividade, vários processos podem


ser utilizados, sendo os mais comuns:
 Brainstorming, técnica de grupo que tem por objetivo suscitar o aparecimento do
maior número possível de ideias relacionadas com um problema específico. Este
método compõe-se de duas fases distintas: a expressão livre e a avaliação,
discussão, triagem e hierarquização das ideias que resistiram às críticas;
 As listas de atributos, listagem das características de um produto ou serviço e
posteriores modificações e combinações, com o objetivo de introduzir melhorias;
 Associações forçadas, técnica que consiste em gerar um elevado número de
ideias, relacionando-as, posteriormente, entre si. Esta técnica permite, por vezes,
boas aproximações ao produto ou ao serviço final.

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6.1. Aspetos a ter em conta antes de se tornar empreendedor

i. Ter capacidade de assumir riscos calculados: uma das qualidades mais


importantes ao futuro empreendedor pois exigirá, do mesmo, coragem para
enfrentar os desafios e buscar as melhores soluções. É o momento também de
avaliar se o negócio tem afinidade com seus interesses e expectativas.
ii. Aproveitar as oportunidades: é não só perceber a oportunidade de um negócio,
mas agir para que se torne realidade por meio da iniciativa e força de vontade.
iii. Procurar informações do ramo empresarial: procurar conhecer o mercado,
saber o que ele pede, se a margem praticada neste mercado irá atender as
expectativas dos empreendedores.
iv. Planear: consiste em organizar atividades, dividir em etapas, estipulando prazos
para seu cumprimento. Com isso será possível verificar o desempenho e até
mesmo revisar as metas, se necessário.
v. Liderança, comprometimento pessoal e otimismo: liderar é saber definir,
orientar a realização de tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos para
conduzir pessoas ao alcance dos objetivos desejados. Comprometimento pessoal
é estar pronto para assumir o comando quando algo não sai como previsto e por
fim o otimismo procura enxergar sempre o sucesso em vez de imaginar e temer
possíveis fracassos.
vi. Persistência e espírito empreendedor: saber agir diante dos obstáculos quando
eles surgem e mudar a estratégia do negócio a fim de enfrentar os desafios e
alcançar os objetivos. O espírito empreendedor procura transformar ideias em
fatos, de modo mais rápido, barato e eficiente.
vii. Autoconfiança e independência pessoal: são qualidades presentes nas
pessoas que procuram ser os próprios patrões. Muitos empresários de sucesso
trocaram bons empregos pelo risco de montar o próprio negócio e se tornar
independentes.

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6.2. Competências essenciais para se tornar empreendedor

a. Autodisciplina
A autodisciplina é crucial. Se não tiver autodisciplina, nunca terá nada feito a tempo. Para
se tornar um empreendedor, terá que trabalhar a todo o tipo de horas absurdas e por
períodos muito, muito longos. Se você luta para sair da cama de manhã, então este estilo
de vida não será provavelmente para si.

b. Networking
O empreendedorismo não se trata sempre de competências ou de qualidades. Em muitas
circunstâncias é também sobre fazer ligações pessoais. Pode ser difícil descobrir outras
pessoas e tentar vender-lhes algo, mas assim que começar a fazê-lo, verá que se tornará
cada vez mais fácil.

c. Entusiasmo
O entusiasmo é provavelmente a competência mais importante de todas. Se você não
está motivado em relação ao futuro, como vai encorajar os seus empregados e clientes?
Mesmo que não se sinta entusiasmado interiormente, tem de ser sempre capaz de
projetar uma aura de entusiasmo.

d. Falar em público
A ideia de falar em público pode dar-lhe voltas ao estômago, mas se você tem ambição,
então esta competência é absolutamente essencial. Felizmente, poucas são as pessoas
que são extraordinárias na arte de falar em público e tal como qualquer outra
competência, poderá melhorar com a prática; portanto, mesmo que não se consiga
imaginar a si próprio a enfrentar uma multidão, existem cursos disponíveis que o ajudam
a progredir na direção certa.

e. Gestão do tempo
Quando começa um novo negócio, tem de pensar muito mais sobre a forma como
aproveita o seu tempo. De facto, na maioria das situações, você terá que se adaptar às

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agendas das outras pessoas. Uma boa gestão do tempo é essencial e sem ela, terá
muitas dificuldades.

f. Matemática
Muito bem, você não é um génio da matemática mas terá forçosamente que entender um
pouco sobre contas para gerir as finanças da sua empresas assim como os impostos a
pagar. Se é um desastre total a matemática, apoie-se num bom contabilista para
ultrapassar essa limitação.

g. Conhecimento razoável de informática


Nos dias que correm é impossível ser empreendedor sem dominar pelo menos as
competências básicas da informática. Possuir uma presença na Internet através de um
website ou página nas principais redes sociais é crucial para o sucesso do
empreendedor. É também importante trabalhar num bom computador, já que trabalhar
com computadores lentos pode ser altamente prejudicial ao fluxo de trabalho.

h. Paixão
A paixão é obrigatória. Sem ela nunca será bem sucedido. O dinheiro não deveria ser a
sua única motivação. Se você não está a fazer algo que adore, irá sacrificar a sua
felicidade e com isso nem todo o dinheiro do mundo poderá ajudar.

i. Avaliação de personalidades
Ler a personalidade das pessoas com quem trabalha é uma competência que vai usar
diariamente. Desde adivinhar as táticas de negociação de um cliente até à contratação
das pessoas certas, a avaliação de personalidades é um elemento muito importante na
gestão de empresas.

j. Equilíbrio
Se está a começar a sua viagem pelo empreendedorismo, a sua vida pessoal poderá ser
dominada pelo mundo do trabalho; no entanto, não deverá ser o seu mundo. Um bom
empreendedor é equilibrado, sabe como separar o trabalho de casa e irá encontrar
formas de dividir o espaço e o tempo entre ambos.

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Estas são as competências essenciais. Mas existem muitas mais para ser um
empreendedor. Se lhe faltam algumas destas competências, comece a trabalhar nelas
imediatamente. O mundo dos negócios funciona como uma máquina e se uma única
peça está em falta, tudo poderá parar.

7. Perfil do empreendedor de sucesso

O empreendedor de sucesso pode ser considerado como o indivíduo que está sempre a
observar negócios na constante procura de oportunidades, portador das condições
necessárias para empreender e que busca absorver tudo o que contribui para a criação,
desenvolvimento e realização da visão. A criatividade é orientada pela observação de
outros negócios, associação de ideias, sucessos e fracassos.

Entre as várias características presentes nos empreendedores podemos dizer que


possuem alto grau de energia, dedicação ao trabalho, concentração de esforços para
alcançar os resultados, são pessoas altamente comprometidas naquilo que fazem
orientadas para resultados e longo prazo, conhece muito bem o ramo que atua, cultiva a
imaginação e aprende a definir visões.

Segundo Rausp (2006, p.85), os empreendedores não são apenas aqueles que têm
ideias, criam novos produtos ou processos. São os que programam, lideram equipas e
vendem suas ideias. É difícil encontrar todas essas características em uma única
pessoa, por isso, a identificação do perfil de cada uma é fundamental e o trabalho em
equipa é fator essencial para o possível sucesso dos empreendedores dentro de uma
organização.

O empreendedor pode ser considerado também um estratega que procura criar


métodos inovadores para gerar oportunidades nos mercados, transformando
possibilidades em probabilidades e, nessa linha de pensamento as suas ações têm
impacto decisivo nos contextos organizacionais e seu dinamismo praticamente dita o
ritmo de andamento dos processos.

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O perfil empreendedor desenvolve-se cada vez mais devido a uma situação de mercado
onde a falta de emprego conduz as pessoas à criação de negócios próprios, visando a
geração de rendimentos.

 Desorganização pessoal - dificuldades na auto-motivação e liderança, sem “vida


própria”, sem disponibilidade para tarefas pessoais e familiares.
 Maiores níveis de stresse e ansiedade.

8. Sete passos para criar um negócio

Em tempos de crise, há muitos que veem oportunidades – e arriscam arrancar com o seu
próprio negócio -, onde outros nada veem. Sim, criar uma empresa é um bicho-de-sete-
cabeças, mas são cabeças simples, desde que a ideia esteja bem estruturada e que
saiba as portas certas onde bater. Se pensa que criar um negócio é um ‘bicho de-sete-
cabeças’… está absolutamente correto. Desmistificamos-lhe aqui a ideia de que este
‘bicho’ possa ser complicado. A “fórmula” é da agência municipal de Cascais que, em
cinco anos, proporcionou a criação de 140 novas empresas e emprego a 450 pessoas. A
sua ideia pode ser o princípio de um projeto de sucesso.
(Ideias da DNA Cascais para criar empresas)

Passo 1 - Gerar uma ideia


Um projeto empresarial pode ter várias fontes de inspiração: a sua experiência
profissional, hobbies ou a constatação de uma necessidade do mercado. O fundamental
é não perder a noção de que o projeto tem de ser, acima de tudo, realista.
Nesta fase, deve colocar à prova o seu perfil de empreendedor, bem como analisar a
viabilidade da ideia, respondendo a algumas questões: “Tenho um perfil empreendedor?

A quem se destina o meu produto/serviço? O mercado necessita daquilo que tenho para
oferecer? Que produtos/serviços tenho para oferecer? Quais os benefícios do meu
produto/serviço? Quem é a minha concorrência e como posso diferenciar-me dela? Que
preço cobrar? Qual o investimento inicial de que vou precisar? Como vou financiar o
projeto? Qual a melhor localização para o negócio? A atividade que quero desenvolver

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carece de algum licenciamento especial? Existe algum tipo de apoio para a minha
atividade? Como vou escolher os meus sócios e qual o número de sócios ideal para o
projeto?”. Não se esqueça: algumas ideias, pela sua inovação, deverão ser protegidas
legalmente. Em Portugal, compete ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial atribuir
o registo de direitos

Passo 2. Testar a ideia


Já lá vão os tempos em que “o segredo é a alma do negócio”. Hoje em dia, não faz
sentido criar uma empresa se o mercado não precisar do produto/serviço que tem para
oferecer. Por isso, enquanto empreendedor, o melhor que pode fazer é falar sobre o seu
projeto com pessoas que sejam da sua confiança. Mais tarde, deve ainda apresentá-lo a
potenciais clientes, de forma a tentar avaliar as potencialidades da ideia. É também nesta
fase que vai começar a procurar informação sobre como concretizar o seu negócio: fazer
um levantamento das questões legais a cumprir, consultando entidades competentes
nesta matéria (as questões legais variam de acordo com a tipologia dos negócios).

Passo 3. Selecionar a equipa certa


Esta é a altura em que vai fazer uma primeira abordagem à constituição da sua equipa.
Rodeie-se de parceiros (eventuais sócios) que possam enriquecer o projeto, não só pela
sua capacidade de investimento financeiro, mas também pelas suas qualidades técnicas.
Procure pessoas que partilhem a sua visão de negócio e ambição, para evitar posteriores
incompatibilidades e ruturas na gestão quotidiana do negócio. Se apostou numa área na
qual não tem particular experiência e conhecimento, pode suprir eventuais lacunas de
formação recrutando especialistas nesses setores. Rodeie-se de profissionais
empreendedores e com capacidade de iniciativa.

Passo 4. Elaboração do plano de negócios


É nesta fase que vai passar para o papel todas as ideias que teve até agora,
estruturando-as. Discutir estratégias, definir prioridades, descartar ideias menos boas são
alguns dos passos a tomar. O plano de negócios será o cartão de visita da sua empresa
junto a potenciais investidores, por isso deve expor de forma realista como pensa
transformar a ideia num negócio exequível, sustentável e lucrativo. Na elaboração deste
plano, devem constar os produtos/serviços que a empresa pretende desenvolver,

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políticas de distribuição, preços e formas de promoção, tudo com orçamentos previsíveis,
dados referentes à análise de mercado, plano de investimentos, fontes de financiamento,
plano de tesouraria e rentabilidade do projeto.

Passo 5. Como financiar o projeto


Na altura de decidir, em conjunto com a sua equipa, como o projeto será sustentado, há
várias opções possíveis. O ideal seria financiar com capitais próprios, mas a
percentagem de empreendedores que consegue criar uma empresa sem recorrer a
investidores externos é residual. Assim, deve estar preparado para defender o seu
projeto junto da banca, investidores privados, business angels ou empresas de capital de
risco. É importante ter uma estimativa muito realista das necessidades de capital para o
arranque do negócio. A partir daqui, será mais fácil definir onde se deve dirigir para
conseguir esse capital. Mas, independentemente da sua escolha, deverá ter uma
estratégia definida para atrair os investidores e convencê-los de que a sua ideia é viável e
que o projeto está mitigado em termos de riscos, como o caso de riscos operacionais, de
mercado, de equipa, legais, tecnológicos, financeiros, entre outros.

Passo 6. Escolher a localização


O local que escolhe para instalar a empresa faz toda a diferença. Além de ser uma das
primeiras imagens que os clientes terão do negócio, deverá adequar-se à atividade que
quer desenvolver e aos targets que pretende alcançar. É claro que a localização é mais
importante em certos tipos de negócios do que noutros. No caso de um projeto business
to consumer, que implique a existência de um espaço comercial, a localização poderá
mesmo ser determinante. A primeira decisão a tomar é se vai procurar um espaço próprio
ou arrendado. Aqui não se deve precipitar. Um erro pode causar-lhe um gasto
desnecessário de dinheiro. Seja prudente nas escolhas: uma má localização, uma área
desadequada, uma renda exagerada ou um compromisso de arrendamento
excessivamente longo podem fazer de uma escolha aparentemente acertada um mau
investimento. De qualquer forma, o arrendamento é sempre uma melhor opção do que a
aquisição, uma vez que, se o negócio não correr bem, não fica preso a um ativo.

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Passo 7. Criação formal da empresa


Uma vez ultrapassada a questão do financiamento, deve escolher a forma jurídica ideal
para a empresa, e posteriormente avançar para a sua constituição formal, utilizando para
o efeito um dos vários balcões “Empresa na Hora” que se encontram espalhados pelo
país.

9. Alguns conceitos

Os Business Angels são investidores individuais que investem, diretamente ou através


de sociedades veículo, no capital de empresas com potencial de crescimento e
valorização. Além do investimento monetário, aportam também aos projetos empresariais
conhecimentos técnicos ou de gestão bem como redes de contactos.

Business-to-consumer, B2C, também business-to-customer, é o comércio efetuado


diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o
consumidor final, através da Internet (Note-se: consumidor e não ainda necessariamente
cliente, pois o consumidor pode estar ainda apenas a conhecer os produtos e serviços).

Startupé uma empresa nova, até mesmo embrionária ou ainda em fase de constituição,
que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento
de ideias inovadoras. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra
característica dela é possuir risco envolvido no negócio. Mas, apesar disso, são
empreendimentos com baixos custos iniciais e são altamente escaláveis, ou seja,
possuem uma expectativa de crescimento muito grande quando dão certo.

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II- Técnicas de Procura de Emprego

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2.1. A PROCURA ATIVA DE EMPREGO

A Procura Ativa de Emprego é o conjunto de iniciativas efetuadas pelo candidato a


emprego, tendo em vista a sua inserção no mercado de trabalho, por conta de outrem ou
por conta própria, constituindo uma etapa do Plano Pessoal de Emprego. Visa entre
outros aspetos:

i. Identificar oportunidades emprego (modalidades de trabalho e mobilidade


geográfica);
ii. Reconhecer o mercado de trabalho visível e encoberto
iii. Identificar medidas ativas de emprego

2.2. Modalidades de trabalho/emprego

2.2.1. Trabalhar como independente/por conta própria

Se queres ser patrão de ti próprio iniciando uma atividade independente há muitos fatores
que deves ter em conta.

Informa-te aqui:

http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/

 Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego


(PAECPE)
O PAECPE tem como objetivos:

Apoiar a criação do próprio emprego por beneficiários do subsídio de desemprego e


apoiar a criação de empresas de pequena dimensão, que originem a criação de emprego
e contribuam para a dinamização das economias locais.

Url: Apoios_Criacao_Proprio_Emprego_Beneficiarios_Prestacoes_Desemprego.aspx

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 Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Economia Social
Consulta aqui o conjunto de medidas de apoio à economia social que vai permitir que as
entidades que integram o sector social da economia reforcem a sua intervenção na
criação de emprego e empreendedorismo. Entre as medidas está um Programa Nacional
de Microcrédito e uma linha de crédito bonificado.

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Governo/ConselhoMinistros/ComunicadosCM/Pages/
20100304.aspx

2.2.2. Teletrabalho

Em Portugal o Código do Trabalho (Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro) possui


legislação relacionada com o teletrabalho (artigos 165.º a 171.º).

Aos olhos da Lei considera-se teletrabalho “a prestação laboral realizada com


subordinação jurídica, habitualmente fora da empresa do empregador, e através do
recurso a tecnologias de informação e de comunicação”.
http://www.portaldocidadao.pt/

2.2.3. Trabalho temporário


 A legislação sobre trabalho temporário
Define que os contratos de utilização de trabalhotemporário podem renovar-se até ao
limite máximo de dois anos. Consulta a lei!

http://www.dre.pt/pdf1sdip/2007/05/09800/33873397PDF

 Registo nacional das Empresas de Trabalho Temporário


Lista disponibilizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional que identifica as
empresas de trabalho temporário que estão licenciadas e as que não estão autorizadas a
exercer a atividade.
http://www.iefp.pt/emprego/SolucoesEntidades/TrabalhoTemporario/Paginas/TrabalhoTe
mporario.aspx

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2.2.4. Franchising

Franchising- Consiste num modelo ou sistema de desenvolvimento de negócios em


parceria, através do qual uma empresa, com um formato de negócio já testado, concede
a outra empresa/empresário o direito de utilizar a sua marca, explorar os seus produtos e
serviços bem como o respetivo modelo de gestão, mediante uma contrapartida financeira.

http://www.iapmei.ptp

2.2.5. Trabalhar por conta de outrem


Se és ou pretendes ser trabalhador por conta de outrem, deves conhecer os teus direitos
e os teus deveres face à entidade empregadora.

Para seres um trabalhador exemplar e executares bem as tuas funções é fundamental,


entre outros, que te mantenhas bem informado sobre uma série de questões inerentes à
tua condição de empregado. Começa já a inteirar-te

http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/

2.3. Mercado de trabalho visível e encoberto

• Visível (oferta divulgada)


• Encoberto (oferta não divulgada)

2.4. Mobilidade Geográfica

Trabalhar noutraregião do país, na europa ou em outro país do mundo significa um


conjunto de desafios para os quais todos se devem preparar adequadamente.
Consulte:
http://www.iefp.pt/emprego
https://ec.europa.eu/eures/

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2.5. Como integrar o mercado de trabalho?

O IEFP disponibiliza-lhe o acesso a um conjunto de recursos facilitadores da sua


inserção no mercado de trabalho. Explore esses recursos!

Tome a iniciativa/procure as oportunidades de trabalho que melhor se ajustam ao


seu perfil!

A decisão de procurar emprego surge a partir das diferentes situações em que cada
pessoa se encontra, mas antes de começar ativamente a responder a anúncios, e a
enviar curriculos, é necessário pensar, no contexto dos objetivos de longo prazo qual o
melhor procedimento a adotar. Um emprego é apenas um passo que se deve inserir em
projetos quer de carreira quer de vida.

Lembre-se que, antes de se candidatar, deve conhecer bem as suas capacidades, o tipo
de emprego que pretende e ao qual melhor se adapta, ou aquilo que está disposto a dar
ou a sacrificar em prol do desempenho laboral.

2.5.1. Auto avaliação


Comece por fazer uma avaliação de si próprio. Para ter um conhecimento de si mais
aprofundado tente responder às algumas questões, com o objetivo de fazer o seu
balanço pessoal e profissional

i. O que sei fazer?


ii. O que gosto de fazer?
iii. O que não gosto de fazer?
iv. Que tarefas gosto de executar nos meus tempos livres?
v. Que ideia têm os outros de mim?
vi. Em que aspetos poderei melhorar?

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vii. Terei necessidade de formação para atualizar os meus conhecimentos e
competências profissionais? Em que áreas?
viii. Prefiro arranjar um emprego perto de casa?
ix. Não me importo de trabalhar a quilómetros de distância?
….

A atual situação do mercado de trabalho exige uma procura ativa de emprego, isto
é, torna-se fundamental procurar emprego de uma forma persistente e organizada.

2.5.2. Recursos e estratégias

OCentro de Emprego apoia-o nos seus esforços e iniciativas através da aquisição de


estratégias de aproximação ao mercado de trabalho e disponibiliza recursos e meios:
 Livre serviço de emprego
 Quiosques eletrónicos
 Acesso à Internet
 Anúncios de emprego
Se for beneficiário de prestações de desemprego tem o dever de procurar ativamente
emprego pelos seus próprios meios e efetuar a sua demonstração perante o Centro de
Emprego.

Existem muitas estratégias que se podem seguir quando se pretende encontrar um


emprego. Que podem ser as seguintes:

 Resposta a um anúncio
 Candidatura Espontânea
 Colocação de Anúncio
 Criação do próprio emprego
 Inscrição no Centro de Emprego
 Redes de Amigos

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A mais tradicional é a resposta a anúncios publicados sob as diversas formas e
recorrendo a vários meios. Esta forma reúne grandes vantagens pois além de dirigir as
candidaturas a vagas reais também reduz os custos, os riscos e o tempo perdido.

2.5.3. Prepare e arranje documentos tais como:


 Criar uma pasta sobre a sua carreira
 Cartas de resposta a anúncios;
 O seu currículo;
 Cartas de recomendação;
 Certificados de formações;
 Cartões de visita de empresas, de contactos.

Quem procura emprego não está a pedir nada!

Está é a oferecer um serviço!

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2.5.4. Onde procurar emprego?

 Sites de emprego na Internet;


 Classificados publicados na imprensa;
 Agências de trabalho temporário;
 Agências privadas de colocação;
 Emprego na Europa através da Rede EURES;
• Instituições de Solidariedade Social;
• Sites de emprego na internet, como por exemplo:
• Jornais diários; semanários; Jornais regionais;
• Centro de Emprego e nas Unidades de Inserção na Vida Activa (UNIVA) em que
podemos consultar as listagens:

Segue listagem de sites de emprego

www.portalemprego.pt;
www.netempregos.com;
www.empregos.online.pt;
http://www.iefp.pt/iefp/publicacoes/Dirigir/Documents/2012/DIRIGIR_117.pdf
http://www.iefp.pt/emprego/procurar/Paginas/ProcuraActivaEmprego.aspx
http://www.empregosonline.pt/
http://www.portalemprego.pt/
http://www.net-empregos.com/
http://www.portalemprego.pt/
http://clds-fv.com/assets/content/files/emprego/Manual_apoio_procura_de_emprego.pdf
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt
http://portal.iefp.pt/cdrom/introducao.html
http://www.portaldaempresa.pt/CVE/entidades/servico.htm?guid={B06ED7FE-347F-4863-8FA3-
99DC91647D5B}
Emprego XL
Sapo Empregos
Empregos Online
Bolsa de Emprego Público
Emprego.pt
http://www.online24.pt/os-melhores-sites-de-emprego-online/

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2.6.Técnicas de procura de emprego

Dê-se a conhecer:
a. Responda a anúncios de emprego;
b. Elabore cartas de apresentação e de candidatura;
c. Faça candidaturas espontâneas;
d. Elabore o seu currículo;
e. Prepare-se para a entrevista de emprego.

2.7. Responda a anúncios de emprego

Interpretar anúncios

O tempo em que os anúncios de emprego diziam pouco mais que 'Procura-se m/f' já
passaram há muito. Hoje em dia, os anúncios de emprego contêm mais informações do
que à primeira vista parece. Se ler nas entrelinhas ficará com uma boa ideia do lugar
oferecido e do ambiente. Vamos ajudá-lo a descodificar os anúncios.

Informação obrigatória num anúncio

Um anúncio deve conter informações relativas a:

 Empresa – nome, nacionalidade, localização, sector de atividade, perspetivas de


expansão no mercado, tipo de produtos, volume de negócios;
 Posto de trabalho – título, funções a exercer, local, possibilidade de promoção
na carreira, nível de responsabilidade, deslocações, regalias sociais e
remunerações;
 Exigências de candidatura – nível de formação, experiência profissional,
estágios, conhecimentos no domínio da informática e línguas, por exemplo, carta
de condução, capacidade de comunicação oral e escrita, idade e disponibilidade;

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Poderão ainda ser referidas outras exigências tais como, capacidade de adaptação, de
liderança, de iniciativa e sentido de responsabilidade.

Aprenda a interpretar os anúncios de emprego e não se deixe impressionar, pois é quase


impossível alguém preencher todos os requisitos.

2.8. Candidate-se online


Seja criativo! Seja você mesmo! A maneira tradicional de se candidatar não é
suficientemente rápida para si? Candidatar-se on-line é rápido, fácil e transmite desde
logo a ideia que é uma pessoa dos tempos modernos! Uma cyber-candidatura não é
muito diferente da carta de candidatura e do CV clássico. Mas são as pequenas coisas
que fazem a diferença e, como cybercandidato, tem ainda muitas possibilidades de
redigir um CV criativo.

2.8.1. Vantagens da candidatura online


O procedimento pela Internet fica um pouco menos complicado.

@ Ofertas de emprego

Quase todas as empresas que têm página na Internet têm uma área de candidaturas
através da qual os utilizadores podem enviar o seu CV a essa mesma empresa. Assim,
são muitas as oportunidades de encontrar emprego através da Internet!

@ Procura personalizada

Os serviços personalizados, permitem aos candidatos receber na sua caixa de e-mail as


últimas ofertas de emprego adaptadas ao seu perfil. Mais fácil é impossível!

@ A Internet ao seu alcance

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A maioria das pessoas têm computador e muitas ligações à Internet são grátis. Além
disso, há locais públicos onde se pode consultar a Internet, caso dos cyber-cafés e de
algumas bibliotecas.

@ A Internet é fácil

Pode procurar um novo emprego confortavelmente sentado à secretária, sem selos,


papel de carta, envelopes, idas aos correios e pode enviar naquele instante o seu CV e a
carta com um único clique do rato.

@ A Internet é rápida

A sua carta de candidatura chega ao destino num piscar do olho. Já não é preciso ficar
sem saber se a carta chegou, e está a dar à outra parte a possibilidade de reagir com a
mesma velocidade.

@ Tempos modernos

Candidatar-se via Internet mostra ao seu futuro empregador que acompanha o mundo
atual.

2.8.2. Dicas para quem procura emprego via net


1. Não envie curricula como attachment da mensagem de e-mail. Com medo dos
vírus, muitas empresas ignoram-nos.
2. Use e abuse de um pequeno parágrafo em que fala sobre si. É o momento ideal
para se diferenciar e chamar a atenção.
3. Recorra sempre a um endereço de e-mail privado. Usar o endereço do local de
trabalho pode trazer-lhe problemas sérios.
4. Utilize palavras-chave relacionadas com a função a que vai candidatar-se. Mostra
que conhece a linguagem profissional e o seu curriculum torna-se mais fácil de
encontrar pelo recrutador.
5. Informe-se sobre a pessoa ou entidade para quem está a enviar o curriculum .
Evite enviá-lo indiscriminadamente, para não parecer “desesperado”.
6. Nunca pague para que o seu curriculum seja publicado. Os sites de recrutamento
são gratuitos.

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7. Verifique o seu e-mail pessoal com regularidade.
8. Responda rapidamente às solicitações. Sempre que uma empresa o contactar,
mostre-se disponível, para não perder oportunidades.
9. Dê sempre um contacto telefónico pessoal. A não ser que queira que lhe deixem
recados indiscretos no local de trabalho.
10. Faça aquilo de que realmente gosta

2.8.3. Faça candidaturas espontâneas


Atualmente deve dar-se a devida importância à candidatura espontânea. Nos tempos que
vão correndo as grandes empresas já têm nas suas bases de dados tantos candidatos
que muitas delas já não colocam anúncios ou consultam empresas de recursos
humanos. A melhor maneira de começar a procurar de emprego será preparar uma boa
carta de candidatura espontânea e criar um CV simples, limpo, completo, bem
apresentado em formato digital. O passo seguinte é fazer "chegar" às empresas estes
documentos em conjunto com os seus dados.

Funções da candidatura espontânea:i. Despertar o interesse e a curiosidade do


empregador; ii. “Chamar” atenção para a leitura do CV, que deve ser enviado em anexo;
iii. Mostrar a sua motivação para o trabalho; iv. Expressar interesse pela empresa; v.
Conseguir obter uma entrevista.

A candidatura espontânea é uma forma de apresentação da disponibilidade e vontade de


um candidato em oferecer os seus serviços a uma empresa, o que pode ser feito através
do envio de uma carta de candidatura espontânea ou pela colocação do currículo num
dos diversos sites de emprego.

2.9. Elabore o seu currículo


Um curriculum vitae é um resumo de dados pessoais, formação recebida, experiência
profissional e outras atividades desenvolvidas. É, no fundo, um auto retrato que tem
como objetivo convencer um desconhecido da capacidade de realizar uma qualquer
tarefa para a qual se candidata.

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O objectivo do seu CV é, em primeiro lugar, "vendê-lo" a si e às suas capacidades face a
uma futura entidade patronal. Basicamente, as empresas querem um currículo que
especifique o que o Candidato sabe fazer, que lhes permita compreender de que forma
ele/ela será útil para a empresa e porque é que se hão-de dar ao trabalho de o/a
contactar.

2.9.1. Funções do Curriculum


Existem funções específicas que um curriculum vitae deve desempenhar e que é útil ter
em conta na fase da elaboração.

Interessar o selecionador em conhecer o candidato – um curriculum deve dar uma


imagem real do candidato, e deve incluir certas informações que despertem a curiosidade
do selecionador em relação às suas realizações ou capacidades – é a inclusão de
pormenores que aparentemente poderiam ser considerados insignificantes como a
liderança ou participação em qualquer atividade extraprofissional que distingue os
curricula e os candidatos;

 Dar uma imagem da pessoa pretendida – cada emprego necessita de uma


pessoa com características específicas, uma motivação, conhecimentos
adequados e únicos;
 Dar uma visão rápida da sua evolução e potencial – o tempo que um
empregador gasta com cada curriculum é bastante reduzido, daí que ao analisar o
documento, as características que são consideradas mais importantes devem
destacar-se e ser captadas imediatamente;
 Passar a primeira fase de seleção – os curricula representam na maioria dos
casos uma primeira fase no processo de recrutamento, que se revela um pouco
injusta devido às poucas informações que contém sobre os candidatos;
 Apoiar a entrevista – o curriculum é o ponto de partida para a conversa, servindo
de base para as questões do entrevistador como respostas do candidato

2.9.2. Regras para elaboração do curriculum

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Independentemente da estrutura que utilizar, siga sempre estas regras:

 Seja simples- um curriculum não é mais do que a descrição resumida da sua


história académica e profissional. Utilize-o para chamar a atenção sobre as suas
potencialidades, sem se perder demasiado em pormenores que dificultem a
leitura.
 Estilo empreendedor-recorra o mais possível a verbos ativos, por exemplo:
alcançar, iniciar, administrar, realizar, ser responsável por, dirigir. Apresente os
seus mais importantes sucessos profissionais um a um, em pontos separados.
Utilize frases curtas e concisas. Evite os parágrafos longos.
 Inversão cronológica - comece pelo emprego atual e recue cronologicamente,
não se esquecendo de incluir o nome e o país de origem das entidades para
quem trabalhou; assinale sempre, nas datas, o princípio e o fim do período de
tempo a que se referem; mencione sempre o seu cargo nas empresas e façauma
breve descrição das mesmas, acrescentando as realizações pessoais que
considere pertinentes. Se está à procura do primeiro emprego, registe qualquer
primeira experiência de trabalho relevante quer tenha sido remunerada ou não.
 Molde o seu curriculum à empresa - as entidades patronais reconhecem a
milhas um currículo enviado em série. Assim, por exemplo, se se candidata a um
emprego em Informação Tecnológica assegure-se que a ênfase é dada aos seus
trabalhos realizados nessa área.
 Seja honesto - mentir é uma perda do seu tempo e do tempo do seu potencial
empregador. Acrescentar seis meses à sua permanência num emprego pode
parecer uma boa ideia, mas se for apanhado nessa mentira terá decerto perdido a
nova oportunidade.
 Educação - dê a devida relevância aos objetivos que conseguiu alcançar durante
os seus estudos, empregos anteriores; Capitão de equipa, representante da
associação de estudantes, … tudo isso demonstra que é entusiasta e tem espírito
de iniciativa.
 Não escreva testamentos - tente escrever o seu currículo numa só página com
uma folha em anexo para referências. Se não couber tudo, não reduza o corpo de
letra. Qualquer dificuldade de leitura levará o seu potencial patrão a pôr de lado o
seu curriculum.

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 Atenção à ortografia - erros tipográficos e gramaticais significam que o seu
curriculum vai diretamente para o arquivo geral. Nenhuma empresa quererá
empregar alguém que nem se deu ao trabalho de retificar o seu próprio
curriculum. Não confie na correção automática do seu computador, leia-o você
mesmo.
 As referências - confirme as suas referências antes de as acrescentar ao seu
curriculum. Nada pior do que usar o nome de alguém que já não pode ser
localizado na morada indicada ou que tem quaisquer ressentimentos contra si. As
melhores pessoas para se usar como referências são o seu atual patrão, ou um
professor do liceu ou da universidade – alguém que saiba como você reage em
ambiente de trabalho-

2.9.3. Tipos de curricula


Existem vários tipos de curricula que podem ser utilizados como orientadores para a
feitura de um curriculum personalizado. Esta variedade deve-se principalmente ao facto
de que os percursos e vivências são diferentes, por ter existido um período de estudos
maiores, ou uma experiência mais significativa que requer mais ênfase.

Os curricula que apresentamos a seguir, devem sempre ser adaptados à situação


pessoal de cada candidato.

A. Curriculum cronológico
Este tipo de curriculum é o mais vulgar e caracteriza-se por apresentar todas as
informações pela ordem em que foram acontecendo ao longo da vida. Assim, começando
pela formação e habilitações adquiridas, passa em seguida para a atividade profissional,
que pode ser ordenada de forma decrescente desde a situação atual até ao emprego
mais antigo.

B. Curriculum funcional
O que se destaca neste tipo de curriculum é a atividade desempenhada, a competência
profissional, as realizações obtidas. Comparam-se e enumeram-se todas as funções e
tarefas assim como todas as experiências obtidas.

C. Curriculum misto

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É uma junção do formalismo do tipo cronológico e da adaptabilidade do funcional. Para
isso, a seguir à identificação do candidato deve vir imediatamente uma descrição da
situação atual de emprego. Segue-se a enumeração das habilitações académicas e outra
informação e por fim serão descritas as restantes experiências profissionais em ordem
decrescente como no curriculum cronológico.

D. Curriculum vitae europeu


http://europass.cedefop.europa.eu

2.10. Prepare-se para a entrevista de emprego.

Quaisquer que sejam os seus objetivos e a sua natureza, é uma situação formal de
comunicação, na qual os quadros se encontram frequentemente implicados e que
nem sempre lhes são favoráveis ou agradáveis.

A definição de entrevista pode ser algo como uma comunicação bilateral em que uma
das partes se procura informar dos conhecimentos, motivações e sentimentos da
outra parte. Num contexto de uma candidatura para um emprego, a ideia geral é que
o entrevistador controla a situação e é o único a colocar questões de uma forma
bastante mais unilateral. Mas isso não é necessariamente assim. Um candidato pode
e deve tentar influenciar o rumo da entrevista, colocar questões sobre a empresa e
sobre as suas atividades, e tentar estabelecer uma relação de maior profundidade
com o seu entrevistador.

Assim, uma entrevista deve ser encarada como uma forma de comunicação em dois
sentidos, e se bem que as perspetivas sejam diferentes, os objetivos de ambos são
semelhantes: conhecerem-se melhor, candidato e empresa, e estabelecer as
compatibilidades entre eles.

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2.10.1. A entrevista tem como pontos fundamentais:


 Determinar a relevância da experiência e treino do candidato em termos das
exigências específicas para o desempenho da função
 Conseguir perceber a personalidade, motivação, carácter e história de vida do
candidato.
 Na ausência de testes de conhecimentos, capacidades e atitudes, avaliar as
características do indivíduo.
Lembre-se que este é o ponto fundamental de qualquer processo de seleção, pelo que,
deve estar preparado e na posição de quem domina a situação.

Há uma estrutura padrão para entrevistas, que é geralmente adotada e que segue
mais ou menos este modelo:

 Aperto de mão e cumprimento


 Conversa de carácter geral, para descontrair o candidato e estabelecer o
contacto.
 Breve resumo de si próprio, feito pelo candidato.
 Meio familiar.
 Passado educacional e habilitações.
 Porque muda de emprego/se candidata a este emprego?
 Que tipo de emprego pretende?
 Uma apreciação sobre o emprego em causa e/ou a empresa.
 Termos e condições.
 Oportunidade de o entrevistado fazer perguntas.
Agradecimentos e despedida (incluindo: quando e como o candidato deve saber o
resultado e/ou outros assuntos que eventualmente tenham que ser verificados ou
clarificados).

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WEBSITES CONSULTADOS
http://www.candidaturas-espontaneas.com/fazer-candidatura-espontanea.html
http://www.iefp.pt/iefp/publicacoes/Dirigir/Documents/2012/DIRIGIR_117.pdf
http://www.iefp.pt/emprego/procurar/Paginas/ProcuraActivaEmprego.aspx
http://www.empregosonline.pt/
http://www.portalemprego.pt/
http://www.net-empregos.com/
http://www.portalemprego.pt/
http://clds-fv.com/assets/content/files/emprego/Manual_apoio_procura_de_emprego.pdf
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt
http://www.portaldaempresa.pt/CVE/entidades/servico.htm?guid={B06ED7FE-347F-4863-8FA3-
99DC91647D5B}
http://www.ei.gov.pt/guia-empreendedor/detalhes.php?id=71
http://gapi2-0.ning.com/
http://www.adi.pt/3315.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_startup
http://www.iapmei.pt/resources/download/plat_finicia_070110.xls
http://www.iapmei.pt/resources/download/FundosFINICIA_130212.xls
www.ei.gov.pt/passaporte
http://www.iapmei.pt/iapmei-mstplartigo-01.php?temaid=108&msid=12
http://www.iapmei.pt/iapmei-art-02.php?id=232&temaid=18
http://www.empreender.aip.pt/?lang=pt&page=kit/kit.jsp
http://www.anje.pt/portal/ferramentas
http://www.net-sa.pt/
https://www.portal-gestao.com/item/
http://pt.slideshare.net/vanderleimoraes/o-que-empreendedorismo
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/empreendedorismo-e-caracteristicas-
comportamentais-dos-empreendedores/38277/
http://www.ei.gov.pt/guia-empreendedor/
https://www.portal-gestao.com/item/7486-10-compet%c3%
http://www.online24.pt/os-melhores-sites-de-emprego-online/

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ANEXOS
Anexo I – Dinâmica
Anexo II – Perfil do empreendedor – Indicadores comportamentais
Anexo III – Pontos Fortes e Pontos Fracos

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ANEXO I – DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO

Objetivo
Facilitar o conhecimento e interação entre os elementos do grupo.

Material
Uma folha para desenho e um lápis colorido ou caneta feltro para cada participante.

Desenvolvimento
1- Distribuídos os materiais da dinâmica, o formador explica o exercício: Cada qual
terá que responder, através de desenhos, à seguinte pergunta:
- Quem sou eu? (Dispõem de 15 minutos para preparar a resposta)
2- Os participantes desenham sua resposta
2- A apresentação dos desenhos é feita em plenário.
3- O grupo procura interpretar as respostas.
4- Feita essa interpretação, os interessados, por sua vez, comentam a própria
resposta.

Avaliação da Dinâmica
- O que aprendemos com este exercício?

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ANEXO II – TESTE O SEU PERFIL EMPREENDEDOR


Atribua a cada um dos seguintes comportamentos uma pontuação entre 0 e 3, de acordo
com a frequência de ocorrência do mesmo, sendo que deverá pontuar:

0 - Caso o comportamento seja inexistente ou ocorra ocasionalmente;


1 - Caso o comportamento ocorra com alguma frequência (até 50% das situações);
2 -Caso o comportamento ocorra com elevada frequência (entre 50 e 90% das
situações);
3 - Caso o comportamento ocorra quase sempre (em mais de 90% das situações).

Indicadores Comportamentais
´
1. Enfrento riscos não tendo medo de fracassar.
2. Consigo gerir a credibilidade facilmente e/ou de forma rápida.
3. Tenho independência de julgamento, ou seja, não me guio apenas pelos pontos de
vista dos outros.
4. Manifesto confiança nas minhas capacidades e pontos de vista, mesmo quando
enfrento opiniões opostas à minha.
5. Assumo riscos antecipando e resolvendo problemas.
6. Sou capaz de contactar pessoas desconhecidas apesar do risco de uma possível
rejeição.
7. Aceito críticas construtivas, aprendo com os erros e adapto o meu comportamento.
8. Enfrento os desafios com uma atitude positiva e acho que consigo fazer aquilo a que
me proponho.
9. Sou capaz de apresentar as minhas ideias a um grupo, com confiança e clareza.
10. Reconheço facilmente as minhas limitações e recorro às pessoas que mais sabem
sobre um determinado assunto sempre que necessário.
11. Tenho interesse e procuro oportunidades para aprender
12. Experimento novas ideias após considerar os fatores envolvidos e as potenciais
consequências das minhas ações.
13. Mantenho um bom ritmo de atividade/trabalho. Procuro informação antes de formar
uma opinião ou de decidir o que fazer.
14. Pesquiso para além do que aparentemente é necessário para chegar aos factos,
mesmo que não me solicitem.
15. Antecipo as dificuldades, identificando ou preparando alternativas.
16. Atuo antes de ter recebido instruções ou de ser forçado pelos acontecimentos.

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17. Sou enérgico(a), estando sempre pronto(a) para agir.
18. Apresento sugestões para realizar uma determinada tarefa ou resolver problemas.
19. Deteto oportunidades e atuo de forma a aproveitá-las.
20. Desenvolvo sistemas para organizar o desenvolvimento de uma tarefa ou atividade,
de forma a assegurar qualidade, precisão e cumprimento de prazos.
21. Antecipo de forma realista os possíveis obstáculos quando estou a planear uma dada
atividade.
22. Solicito elementos que me permitem efetuar um correto planeamento e organização
das atividades a desenvolver.
23. Consigo gerir o tempo eficazmente para cumprir o que tem de ser feito.
24. Planeio e afeto corretamente os recursos, estando consciente das inter-relações entre
diversas atividades num projeto.
25. Controlo o desenvolvimento das ações planeadas de forma a não afetar os prazos
com que me comprometo.
26. Converto ou traduzo os objetivos em atividades e/ou tarefas.
27. Faço perguntas quando não estou seguro(a) de qual é o problema ou para obter mais
informação.
28. Consigo gerir eficazmente múltiplas tarefas, estabelecendo prioridades para o que é
mais importante de forma a cumprir o plano.
29. Planeio tendo uma noção realista do tempo necessário para desenvolver as
atividades.
30. Demonstro uma atitude controlada através do tom de voz, da atitude e da mímica
corporal em situações geradoras de ansiedade.
31. Cumpro as metas com eficiência e eficácia mesmo quando tenho de cumprir prazos
apertados.
32. Mantenho a capacidade de trabalho quando sob pressão de tempo, cansado(a) ou
em desacordo com o tema.
33. Utilizo diplomacia e tato na relação com outros no âmbito de contextos de cooperação
atual ou potencial.
34. Mantenho-me focalizado(a) na tarefa ou objetivo apesar de eventuais distrações.
35. Aceito as críticas dos outros encarando-as como oportunidades.
36. Controlo a impulsividade evidenciando um bom domínio das emoções, de forma a
não comprometer o cumprimento das metas.
37. Mantenho a calma perante a falta de controlo dos outros ou quando confrontado(a)
com comportamentos mais agressivos.
38. Aceito decisões coletivas mantendo o autocontrolo.
39. Mantenho o ritmo de trabalho/concretização de objetivos em situações de oposição,
falta de meios ou tensão.

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40. Não desisto quando alguém me diz que algo não vai funcionar ou que é uma má
ideia.
41. Procuro ideias ou sugestões de outros para desenvolver novas abordagens.
42. Desafio as práticas convencionais para encontrar melhores formas de fazer.
43. Transformo as adversidades em oportunidades de melhoria utilizando a experiência.
44. Tento novos métodos para desenvolver as atividades, refinando os métodos até
encontrar uma «forma melhor».
45. Demonstro um elevado nível de curiosidade, que se traduz em novas abordagens
para encontrar soluções.
46. Identifico novas ideias, soluções ou alternativas para lidar com situações diárias.
47. Melhoro a minha forma de pensar e/ou actuar em função dos resultados. Desenvolvo
novas abordagens para assegurar as minhas responsabilidades com maior eficácia.
48. Resolvo problemas contemplando vários pontos de vista.
49. Utilizo a rede de relações interpessoais para conseguir apoio para ideias/projetos e
atingir os meus objetivos.
50. Apoio e atuo de acordo com a decisão final do grupo, mesmo quando essa decisão
não reflete a minha própria opinião.
51. Atuo para melhorar o relacionamento com pessoas-chave, de forma a conseguir a
cooperação necessária à resolução de problemas e ao cumprimento de objetivos.
52. Solicito a contribuição dos colegas para o cumprimento de objetivos.
53. Expresso a minha opinião sem desrespeitar a opinião dos outros.
54. Partilho informação e conhecimento com os outros para permitir o cumprimento dos
objetivos do grupo.
55. Atuo de modo a privilegiar os resultados da equipa, em vez de procurar crédito
pessoal.
56. Aceito corresponsabilidade e atuo cooperativamente para atingir os resultados
partilhados.
57. Demonstro interesse em ajudar os outros a resolverem problemas e a cumprirem
objetivos.
58. Utilizo um elevado grau de diplomacia e tato quando interajo com os outros.

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ANEXO III - ANÁLISE DE PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

Para conhecer os seus pontos fortes e pontos fracos extraindo, deste modo, o seu
perfil, tente responder com sinceridade às seguintes perguntas:

Quais são as minhas


habilitações literárias?
Na Escola quais as disciplinas
em que era melhor?
Na Escola, em que atividades
extracurriculares me envolvi?

O que é que isso revela sobre


os meus interesses?

O que é que isso revela sobre a


minha capacidade de mostrar
Iniciativa e poder de
organização?
Prefiro trabalhar sozinho ou
integrado numa equipa?
O que é que isso diz acerca de
mim próprio/a?
Por que tipos de emprego me
sinto atraído/a?
O que quero da minha vida
profissional?
O que é que elogiam no meu
trabalho?
O que é que criticam no meu
trabalho?
Qual é a minha reação à crítica?
Qual é a minha reação ao
elogio?
A segurança de emprego é
importante para mim?
Como me descrevo?

Como acho que os outros me


descreveriam?
Que livros e jornais leio? Que
programas de televisão vejo?
Que esforços adicionais
desenvolvi para aumentar os
meus conhecimentos gerais
- O que faço no meu tempo
livre?
Qual a minha atitude face á

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realização de viagem de
trabalho?
Estou preparado/a para ganhar
menos dinheiro, em prol da
aprendizagem de algo novo?
Estarei preparado/a para ganhar
menos dinheiro por um emprego
“de que gosto” ou que seja
muito criativo?
Tenho alguns compromissos
familiares que me restringem o
tipo de emprego que posso vir a
aceitar?
Sinto-me estimulado/a ou
assustado/a com a ideia de
mudança?
Que idade tenho?
Isso pode ser encarado como
um problema?
Como posso mostrar que isso é
uma vantagem?

O tempo despendido a reunir provas de que possui estas ou outras qualidades,


ser-lhe-á agradavelmente retribuído quando, numa entrevista, lhe pedirem para
comprovar o seu valor.

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