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20
.
Curitiba 2019
1 Série
a
ENSINO MÉDIO Livro do PROFESSOR| Física
FICHA CATALOGRÁFICA
S132
SAE, 1. série : Física, 1. série : livro 1 : Ensino Médio : livro do professor / SAE
DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2019.
ISBN 978-85-535-0386-5
CDD: 373
CDU: 373.5
Produção
SAE DIGITAL S/A.
R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150
Mossunguê – Curitiba – PR
0800 725 9797 | Site: sae.digital
Protagonismo
A iniciativa pela busca do conhecimento, fundamentada pela vontade do estudante em
aprender além do que os livros escolares e aulas são capazes de transmitir, pode ser entendida
pelo “protagonismo” do aluno em seu processo de aprendizagem. Nele, o professor continua a
ter um papel ímpar e decisivo nos resultados, conduzindo as aulas e provocando a aprendiza-
gem. Porém, o incentivo a continuar a caminhada de aquisição de conhecimentos, por meios
próprios ou fornecidos por ferramentas do sistema, será constante e permitirá a ele, aluno, ir
além de forma mais autônoma. Essa proposta vai ao encontro do primeiro pilar do relatório da
Unesco para a Educação do Século XXI, que é aprender a conhecer.
Com isso, o ambiente de sala de aula como espaço de aprendizagem quase que único po-
derá ser extrapolado. Desde o momento em que as leituras complementares serão sugeridas,
passando por pesquisas e sugestões de aprofundamentos, até a constante inter-relação de
conteúdos ao contexto dos alunos, a “provocação”, o convite para ir além e construir novos
saberes alinhados a suas preferências e talentos levarão o aprendiz a ver mais sentido no que
se aprende. Os conhecimentos prévios serão sempre valorizados e, mais que isso, utilizados
ativamente como ponto de partida para novos saberes.
Dessa maneira, considera-se que a compreensão do cotidiano do educan-
do, nos dias de hoje, é vital para a elaboração de propostas e mecanismos
pedagógicos eficazes. Além disso, investir no protagonismo juvenil fortale-
ce a perspectiva de educar para uma cidadania plural, ética e responsável.
IV
VI
Transformação da realidade
Finalmente, e não menos importante, parte-se para um questionamento: quais habilidades
os alunos desenvolverão ao longo e ao fim de sua caminhada escolar? Sejam quais forem, de-
vem ser habilidades teóricas, reflexivas, críticas e que param no campo do discurso? Ou que
avançam para a iniciativa concreta, seguindo para a tomada de ações que permitam colocar
em uma prática transformadora aquilo que se aprendeu? Essa capacitação para a iniciativa
concreta, pela busca de ações que levem à mudança da realidade e cheguem à transformação
da sociedade, reflete a intenção do quarto pilar: a transformação da realidade.
Trata-se de explorar com os alunos como é possível o engajamento a uma causa, a busca
das soluções a problemas estudados em ambiente escolar, mas raramente postas em prática.
Isso pode se traduzir na compreensão de como o aluno, sendo um cidadão em um estado de
direito, deve proceder
a) nas reivindicações junto às instituições, exigindo o cumprimento de direitos por parte do
poder público;
b) pelas iniciativas da sociedade civil que tiveram sucesso em obter resultados transforma-
dores de mundo e que inspirem ações semelhantes;
c) nas ações de ONGs ou outras entidades semelhantes que nos mostram resultados inte-
ressantes. O que se aspira é formar cidadãos ativos, críticos, autônomos e comprometi-
dos com a transformação da realidade.
VII
Rigor conceitual
Complexidade e Transformação da
Protagonismo e conteúdo
múltiplos saberes realidade
relevante
Reflexão e Transformação
Situação Ação
transformação e engajamento
Saberes reconstruídos
Saberes iniciais Saberes científicos Saberes questionados
ou ressignificados
Possibilidade de
Aproximação pelo afeto Exposição do conteúdo Ações transformadoras
reflexão
PI_EM19_1_FIS_L1
VIII
Novidades 2019
O Ensino Médio vem passando por profundas transformações e evolução.
Com a sanção da Lei da Reforma do Ensino Médio, em fevereiro de 2017, a carga ho-
rária mínima para esse segmento é alterada, e abre-se a possibilidade do trabalho com
itinerários formativos específicos.
Essas mudanças dependem ainda da publicação da versão definitiva da Base Nacional
Comum Curricular do Ensino Médio e sua posterior homologação pelo Conselho Nacional
de Educação. As previsões apontam para que essa implementação de um novo Ensino
Médio seja efetivada em 2020.
O material didático SAE Digital para o Ensino Médio, acompanhando os desafios que se
apresentam, realizou mudanças em 2018 e apresenta mais algumas para 2019:
1) Encartes bimestrais chamados “Caderno de Atualidades”, que serão disponibilizados
digitalmente em nosso portal, trazendo para os alunos os temas mais relevantes da
política, sociedade e cultura de cada bimestre, auxiliando na preparação para o mun-
do, bem como para possíveis discussões presentes nas provas de redação.
2) Para Literatura, será produzido um encarte digital com o conteúdo de Literatura
Portuguesa, oferecendo aos nossos alunos ainda mais recursos para concorrer em
vestibulares.
3) Em Língua Portuguesa, apresentaremos QRCodes com textos multissemióticos, ga-
rantindo aos alunos o acesso aos textos em seu suporte original e com todas as suas
características híbridas: texto verbal, texto não verbal, áudio, vídeo etc.;
4) Um Objeto Digital constante nos materiais de Química, que apresentará a Tabela Pe-
riódica de forma interativa aos alunos. Em consonância com o Ano Internacional da
Tabela Periódica dos Elementos Químicos, declarado pela ONU, apresentamos esse
simulador que possibilitará ao aluno e ao professor interagir com os 118 elemen-
tos da Tabela, podendo, por exemplo, ver curiosidades e aplicações dos elementos,
mudar a temperatura e ver como se comporta o estado físico de cada elemento etc.
PI_EM19_1_FIS_L1
IX
I. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhe-
cimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos,
da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
XI
Objetos de conhecimento
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Objetos de conhecimento de Física
● Conhecimentos básicos e fundamentais – noções de ordem de grandeza; notação cien-
tífica; Sistema Internacional de Unidades; metodologia de investigação: a procura de re-
gularidades e de sinais na interpretação física do mundo; observações e mensurações:
representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis; ferramentas básicas:
PI_EM19_1_FIS_L1
XII
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Orientações Educacionais Complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília,
DF, 2002.
______. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Bra-
sília, 1996.
PI_EM19_1_FIS_L1
XIII
Introdução à Física
Fundamentos da óptica geométrica
Um pouco de história... • Grandezas físicas e unidades
1 Conceitos fundamentais da Óptica • A “cor” dos objetos •
de medida • Divisões da Física • Alguns aspectos mais Princípios da Óptica geométrica
técnicos... • Algarismos significativos
Introdução à Cinemática escalar Reflexão luminosa I
Referencial • Ponto material e corpo extenso • Reflexão da luz • Espelhos planos: formação de imagens •
2
Deslocamento escalar e espaço percorrido • Movimentação de um espelho plano • Campo visual •
Velocidade • Movimento Associações de espelhos
1
Movimento Uniformemente Variado (MUV) Reflexão luminosa II
Aceleração escalar média • Movimento Elementos de um espelho esférico • Espelho esférico
3
uniformemente variado (MUV) • Análise gráfica • Função de Gauss • Formação de imagens • Aumento linear
horária da posição transversal • Equação de Gauss
Cinemática vetorial
Refração luminosa I
Vetor • Operações com vetores • Independência de
4 Refração • Índice de refração • Leis da refração •
movimentos simultâneos • Composição de velocidades •
Dioptro plano • Lâminas de faces paralelas
Decomposição de movimento • Movimento relativo
Movimentos circulares
Refração luminosa II
Posição e deslocamento angular • Velocidade angular •
Reflexão total da luz • Comportamento óptico de prisma •
5 Período e frequência • Polias e engrenagens •
Dispersão luminosa • Efeitos da refração •
Movimento circular uniforme • Movimento circular
Polarização da luz
uniformemente variado
Movimento de projéteis Lentes esféricas – estudo geométrico
6 Campo gravitacional • Queda livre • Lançamento Classificação das lentes • Comportamento óptico •
2 vertical • Lançamento oblíquo • Lançamento horizontal Elementos • Formação de imagens
Introdução à dinâmica Lentes esféricas – estudo analítico
7 O que é Força? • Leis de Newton • Referencial de Gauss • Equação de Gauss e aumento
Forças usuais da Mecânica linear • Vergência (ou convergência)
Força elástica, atrito e aplicações Óptica da Visão
8 Força elástica • Força de atrito • Estrutura do olho humano • Alterações fisiológicas da
Aplicações das Leis de Newton visão • Instrumentos ópticos
Trajetórias curvilíneas Princípios da ondulatória
9 Decomposição de forças • Trajetórias curvilíneas • Movimentos ondulatórios • Pulso ondulatório •
Forças fictícias Estudo sobre as ondas
Trabalho e Potência
Fenômenos Ondulatórios
Trabalho mecânico • Trabalho da força peso •
10 Reflexão de ondas • Refração de ondas • Interferência de
Trabalho da força elástica • Teorema da Energia cinética •
ondas • Difração de ondas
3 Potência e rendimento
Energia Mecânica
Ondas estacionárias
11 Trabalho mecânico e energia • Energia mecânica •
Ondas estacionárias • Equação de Taylor
Sistemas conservativos • Sistemas dissipativos
Gravitação Universal Acústica
12 Modelos planetários • Leis de Kepler • Ondas sonoras • Qualidades fisiológicas do som •
Lei da gravitação universal • Aplicações Fenômenos acústicos
Cordas sonoras
Dinâmica Impulsiva
13 Ondas estacionárias e ressonância • Estudo das cordas
Impulso • Momento Linear • Teorema do impulso
sonoras • Instrumentos de cordas
Tubos sonoros
Colisões
Ondas estacionárias e ressonância •
14 Princípio da conservação do momento linear •
Tubos sonoros fechados • Tubos sonoros abertos •
Tipos de colisões • Energia em colisões
4 Instrumentos de tubos
Introdução à estática
Efeito Doppler
15 Centro de massa e centro de gravidade • Estática de
Efeito Doppler • Aplicações do Efeito Doppler
ponto material • Equilíbrio de forças
PI_EM19_1_FIS_L1
Movimentos oscilatórios
Torque
16 Movimento harmônico simples • Analogia MCU e MHS •
Torque • Condições de equilíbrio • Alavancas
Dinâmica do MHS • Pêndulo simples
XIV
Abertura
A proposta da página de abertura é ativar seus
conhecimentos prévios, ou seja, o que você já sabe ou
observa no seu cotidiano.
Aperte o play!
Essa seção apresenta uma proposta de atividade, lei-
tura ou reflexão que serve de ponto de partida para
novos saberes.
Questões
As questões no final de cada módulo têm como objetivo desenvolver um
conjunto de capacidades e habilidades referente ao assunto do módulo, re-
quisito indispensável nas avaliações de provas oficiais, como as do Enem.
Resolvidos
O objetivo dessa seção é que as questões sirvam como referência/
modelo para que você possa realizar um estudo/resolução das ques-
tões propostas de forma autônoma.
Praticando
Essas questões constituem uma base para você fixar os conceitos
básicos do conteúdo.
Desenvolvendo habilidades
Aqui você encontra exercícios fundamentalmente do Enem e, em ge-
ral, as questões dos últimos anos. Em alguns casos, também há tes-
tes de universidades que preservam a forma de cobrança do Enem.
Complementares
São exercícios que você pode fa-
zer em casa, como tarefa e como
forma de estudo autônomo.
Nesse grupo, as questões estão
classificadas em três categorias:
Conexões, Desafio e Discursiva.
DIGITAIS
PLATAFORMA ADAPTATIVA
ENTENDEU A AULA DE HOJE?
A plataforma adaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados
pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil:
1 3
Após assistir à videoaula, 3 questões
4 deverão ser respondidas para finalizar
a tarefa e verificar seu aprendizado.
Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados
por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao
responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o
exercício é concluído.
SAE QUESTÕES
O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO?
Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões
presentes nas edições da avaliação do ENEM.
TEMAS DA ATUALIDADE
Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz,
semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo
temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação.
No entanto, vale salientar que nessa fase é muito proporcionarão um aproveitamento ideal do seu tempo
bilidades a serem desenvolvidas e os conhecimentos a O local de estudo deve ser tranquilo e silencioso. Para
serem adquiridos e consolidados serão mais facilmente que a sua concentração e a retenção do que se estuda
obtidos com uma metodologia de apoio e uma estratégia sejam maiores. Evite sons, música, televisão ou quais-
de estudo, estabelecidas conforme suas características quer outras distrações. Embora não pareça, essas inter-
de disponibilidade de tempo, preferências por horários, ferências podem atrapalhar, e muito, sua concentração.
entre outras variáveis. Para quaisquer áreas do conhecimento, inicie seu es-
Há diferentes formas de organizar seu tempo para tudo com uma rápida revisão do que foi desenvolvido
estudar além daquele em que você está na sala de em sala de aula, tanto recorrendo ao seu material do sis-
aula com seus professores e colegas. Há quem prefi- tema SAE, quanto às anotações feitas em seu caderno.
ra estudar assim que chega em casa (ou no ambiente Dedique alguns minutos a isso. Em seguida, cumpra as
destinado ao estudo), enquanto outros preferem ocu- atividades passadas pelos professores: as pesquisas da
par-se com outras atividades e iniciar o estudo indivi- seção de fechamento dos capítulos (se houver) e, princi-
dual mais tarde. É uma opção pessoal. palmente, os exercícios propostos. Procure fazer todas
Entretanto, há determinadas atitudes que pode- as questões ou atividades, pois a quantidade deles é
rão ajudá-lo, independente de quaisquer variáveis. programada para que haja a fixação dos conteúdos.
Inicialmente, observe sua postura em sala de aula, du- O tempo de estudo também é muito importante.
rante os trabalhos feitos em classe. Procure destinar ao menos meia hora de estudo em casa
Ao iniciar as aulas, faça um “aquecimento” do conteú- para cada aula dada em sala de aula. Com isso, os con-
do: enquanto o professor prepara o ambiente de traba- teúdos a serem estudados não se acumulam e você evita
lho, realize uma rápida leitura daquilo que será exposto trabalhos mais intensos e desgastantes nas datas que an-
e a sequência de ideias. Além disso, recomenda-se usar Lembre-se de que método de estudo é algo desen-
um caderno de anotações. Anotar os apontamentos volvido individualmente e pode passar por ajustes.
feitos pelo professor é indispensável para seu estudo Contudo nada substitui o trabalho feito pelo aluno so-
posterior. mado àquele desenvolvido na escola.
Bom estudo!
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FÍSICA
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FRENTE A
Introdução à Física ...................................................316
Movimento uniformemente
variado (MUV) .............................................................335
Cinemática vetorial..................................................345
HABILIDADES
• Caracterizar causas e/ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias,
objetos ou corpos celestes.
• Identificar diferentes formas e linguagens para representar movimentos,
como trajetórias, funções e linguagem discursiva.
FRENTE B
• Prever situações cotidianas que envolvam movimentos de velocidade
constante.
Fundamentos da óptica geométrica ...............357
• Classificar movimentos segundo características comuns, como trajetória e
variação de velocidade.
• Analisar um movimento uniformemente variado por meio do gráfico
representativo.
Reflexão luminosa I .................................................369
• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagens
e representações usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como
texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem Reflexão luminosa II ................................................379
simbólica.
• Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso
comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. Refração luminosa I .................................................391
Introdução à Física
científica,
ordem de
grandeza e
algarismos
significativos
APERTE O PLAY
Um dragão em minha garagem
Qual a primeira arma de um cientista? Equipamentos de última geração? Técnicas futuristas?
Não! É o ceticismo e a vontade de descobrir.
Estudar e buscar respostas. Mas, e quando as pessoas lhe apresentam um problema que não querem que
você solucione? E quando você apresenta diversos meios de testar as alegações, mas é impedido? A teoria do
“dragão na garagem” ilustra muito bem isso… [...]
Professor, nesta etapa é interessante deixar
os estudantes trazerem suas concepções
prévias sobre o assunto para poder corrobo-
rar com o que será visto daqui para frente.
(SAGAN, C. Um dragão em minha garagem. In: O mundo assombrado
pelos demônios. Companhia de Bolso, 2010. Fragmento.)
1. Nessa história o autor conta que há um dragão em sua garagem. A fim de comprovar essa afirmação, quais
testes você desenvolveria para visualizá-lo? Lembre-se de que ele é invisível.
No texto há testes como borrifar tinta no dragão, jogar trigo no chão para encontrar pegadas, usar um detector de calor para verificar as chamas
2. O dono da garagem diz que o dragão, além de invisível, possui uma chama sem calor, flutua e é incorpóreo,
ou seja, sem corpo material. Algum outro teste poderia ser executado com essas condições?
Com as soluções dos alunos, separe aquelas que não podem ser testadas com essas novas condições. Depois pode criar argumentos que
3. Para o autor, como podemos classificar algo como científico? Como essa história ilustra o conceito de
pseudociência?
O texto indica que a ciência é um conjunto de conhecimentos passíveis de testes concretos e objetivos. Já na pseudociência é
EM19_1_FIS_A_01
316 FIS A
Nicku/Shutterstock
cientistas que contribuíram para o desen-
dos, é preciso olhar um pouco para a histó- volvimento da Física. É interessante propor
ria. Você já ouviu falar de Aristóteles, Galileu, trabalhos em grupos, com apresentações
Kepler ou Newton? Esses foram alguns dos e seminários sobre os grandes pensadores
da ciência.
grandes nomes que levaram a Física a ser a Nesse momento, poderão ser retomadas
ciência consolidada que é hoje. as questões iniciais e feita uma relação
com as concepções previamente levanta-
Aristóteles. Como seu método de combinar uma vasta comunidade que continua a apri-
teoria, matemática e experiências é muito morar esses conhecimentos, já que o cons- clopédia do Reino Unido, 1837.
semelhante ao usado hoje, Galileu pode ser tante aperfeiçoamento está na essência do
considerado o pai da ciência moderna. método científico.
FIS A 317
Divisões da Física
prias unidades de medida. As mais
conhecidas são as antigas unidades
de medidas inglesas, como o pé, a
polegada e a jarda, que, embora os
ingleses tenham substituído pelo A Física pode ser dividida em diferentes movimento, campo gravitacional, ondulatória e
sistema métrico, ainda são usadas
nos Estados Unidos. campos de estudo. som.
A Mecânica estuda objetos macroscópicos A Termodinâmica estuda a energia em
SAE DIGITAL S/A
A Jarda
a partir de seu estado de movimento ou ausên- trânsito (calor), suas propriedades e suas
cia de movimento por meio da cinemática. As transformações. Alguns conceitos estudados
O Braço O Passo causas do movimento são estudadas com base por essa área são: calor, temperatura, pres-
nos conceitos de dinâmica. A Mecânica também são, volume, energia, entalpia, entropia, ca-
estuda corpos em equilíbrio por meio da estáti- pacidade térmica e calor específico.
ca. Alguns conceitos estudados por essa área O Eletromagnetismo estuda a união da
» Os padrões de medidas eram são: referencial, trajetória, velocidade, eletricidade e do magnetismo. Alguns con-
estabelecidos com base no aceleração, força, trabalho, quantidade de ceitos estudados por essa área são: carga
corpo do rei.
elétrica, corrente elétrica, condutividade elé-
let
romagnetis trica, campo elétrico, permissividade elétrica,
potencial elétrico, resistência elétrica, capa-
m
E
ân
Mec ica Óptica
citância, indução eletromagnética, radiação
eletromagnética, campo magnético e fluxo
magnético. A luz, mesmo sendo uma onda
rmodinâmic Acústica
Te eletromagnética, é alvo de estudo da Óptica.
a
at
éria
Conde
ns
Física Rel
atividad
e
sa área, temos: a Relatividade, que estuda
fenômenos em relação a referenciais iner-
M
ad
d A. S
ica
318 FIS A
N · 10 n (5,0 · 103)2 =
= 5,02 · 10 (3 · 2) =
Em que
= 25,0 · 10 6
N: mantissa ou coeficiente (número entre
Em notação científica: 2,5 · 107
1 e 9,999...)
10 n: termo exponencial (em que n é núme-
ro inteiro) Ordem de grandeza (OG)
Como você pode observar, escrito dessa Ordem de grandeza de um número é o
forma, tudo fica mais simples. valor em potência de dez mais próximo do
Exemplos: valor exato.
241 = 2,41 · 102
Define-se a ordem de grandeza de um
0,057 = 5,7 · 10–2
número M qualquer a partir de sua escrita
em notação científica (M = N · 10n) da se-
Operações com potências de dez guinte maneira:
Se N 10 3,16 ⇒ OG (M) = 10n
Adição e subtração
Se N 10 3,16 ⇒ OG (M) = 10n+1
Para realizar essas operações, deve-se,
primeiramente, deixar os termos em mesma Acompanhe os exemplos.
potência de dez e, posteriormente, realizar a OG (2 900) = OG (2,9 · 103) = 103
soma ou a subtração dos termos dígitos. (pois 2,9 é menor que 3,16)
Acompanhe o exemplo. OG (57 000) = OG (5,7 · 10 4) = 105
EM19_1_FIS_A_01
jiris/Shutterstock
(4,564 · 10 ) + (3,781 · 10 ) =
3 2 (pois 5,7 é maior que 3,16)
FIS A 319
Algarismos significativos
Ao realizar a medida de uma grandeza, Exemplos:
limita-se a precisão do instrumento utilizado. • 0,032 m (2 significativos)
Os algarismos significativos de uma medida
• 20,0s (3 significativos)
são os algarismos corretos mais o primeiro
tock
O número zero não será signifi- rigor absoluto. Deve-se ter bom senso para evi-
cativo quando estiver à esquerda tar perda de tempo com operações envolvendo
de significativos, e as potências algarismos que não tenham nenhum significa-
de dez não são significativas. do físico.
320 FIS A
1. Qual é a diferença do armazenamento de HD magnético e uma memória do tipo SSD? Quais são as van-
tagens do SSD?
Os HDs magnéticos têm suas informações armazenadas pela ação de campos magnéticos em um disco de estado sólido. Já os SSDs arma-
zenam informações em chips, de forma mais rápida e eficiente. Os HDs não podem sofrer choques ou serem submetidos a outros campos
FIS A 321
Praticando L
5,31 (5,31483)
-se assim o erro associado a ela. Também podem ter ocorrido erros de paralaxe. Outro
3, 21
c) erro associado que deve ser considerado é o do cronômetro, por isso deve-se desco-
4,3 3,21 = 7,5 · 10-1 (0,746511627)
4,3
brir sua resolução mínima e considerar o erro humano associado (tempo de reação).
5. Certo lápis tem uma extensão de 20 cm. Determine a ordem de c) Quais os tipos de erros que podem acontecer em uma medida
grandeza do número de lápis, iguais ao mencionado, necessários qualquer?
para que, enfiIeirados um a um, seja possível alcançar a distância
Terra-Lua (384 mil quilômetros). Podem acontecer erros grosseiros, que envolvem erros de leitura nos instrumentos
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322 FIS A
c) O tempo da prova de 1 500 m do nado livre é de quatorze d) as hemácias são, aproximadamente, 10 vezes maiores do que
minutos, quarenta e um segundos e quinhentos e quarenta os vírus.
centésimos de segundo. e) o diâmetro de um fio de cabelo tem aproximadamente 100 μm.
FIS A 323
324 FIS A
Referencial • Ponto material e corpo extenso • Deslocamento escalar e espaço percorrido • Velocidade • Movimento
APERTE O PLAY
Trem de ferro
Café com pão Oô...
Café com pão Quando me prendero
Café com pão No canaviá
Cada pé de cana
Virge Maria que foi isto maquinista?
Era um oficiá
Agora sim Oô...
Café com pão Menina bonita
Agora sim Do vestido verde » A música se refere ao movimento de
Voa, fumaça Me dá tua boca um trem, como o antigo trem cha-
Corre, cerca Pra matá minha sede mado “maria-fumaça”.
Ai seu foguista Oô...
Junior Braz/Shutterstock
Bota fogo Vou mimbora vou mimbora
Na fornalha
Que eu preciso Não gosto daqui
Muita força Nasci no Sertão
Muita força Sou de Ouricuri
Muita força Oô...
(BANDEIRA, Manuel 1886-1968. Antologia poética. 8. ed. Rio de Janeiro: J. Olympo, 1976.)
• Quais elementos do texto dão a ideia de movimento por parte do trem? Como podemos definir se
algo está em movimento ou não?
Se possível, você pode escutar a música com os alunos durante esta atividade inicial como forma de identificar os elementos de mo-
vimento do texto. A musicalidade e o ritmo seguem um trem em movimento, especialmente pelas frases da terceira estrofe. Depois,
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discuta com eles como podemos caracterizar se algo está em movimento ou não.
FIS A 325
–4 –3 –2 –1
–1
2 3 4
móvel pode ser con- O x
–2 siderada o caminho » A linha tracejada em vermelho indica a trajetória de um móvel.
–3 percorrido ou a ser per- Pode-se localizar cada posição por meio das coordenadas x e y.
–4
corrido pelo móvel, a Nessa figura, a linha tracejada representa
» Exemplo de plano cartesiano, trajetória depende di- a trajetória do móvel e as posições P1, P2 e P3 ,
escalonado com o conjunto dos retamente do referen- algumas posições do móvel ao longo dessa
números reais, dentro de determi- cial adotado. Dado um trajetória. Pode-se localizar o móvel em qual-
nado intervalo.
referencial, a trajetória quer posição de sua trajetória pelas coorde-
é formada por uma nadas cartesianas (x, y).
sucessão de posições. Na Física, é comum uti- A trajetória pode ter diversas formas, no
lizarmos o plano cartesiano como referencial, estudo da cinemática escalar exploraremos
pois a partir dele podemos definir a posição bastante a trajetória retilínea. Outro exemplo
do móvel em cada instante de sua trajetória. de trajetória é a parabólica, que estudaremos
no módulo sobre lançamento de projéteis.
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x x
x+c
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YAKOBCHUKVIACHESLAV/Shutterstock
chaoss/Shutterstock
Ahturner/Shutterstock
Mikael Damkier/Shutterstock
» Figura 1. » Figura 2. » Figura 3. » Figura 4. » Figura 5. Imagem fora de escala e
com cores fantasia.
v v na figura a seguir.
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(início) (fim)
s0 s
FIS A 327
makuromi/Shutterstock
qual o seu deslocamento dentro de certo ter fixo em um va-
Saiba mais intervalo de tempo. Por exemplo, para res- lor, mas assim que
Na cinemática, o símbolo Δ (delta) ponder à questão: “quem é mais rápido para aparece uma curva,
estará sempre associado a uma chegar à escola, você ou seu colega?”, talvez uma lombada ou um
diferença ou variação (final menos
você considere quem mora mais longe ou semáforo o valor vai
inicial), por exemplo:
perto da escola e qual o tempo que demora mudar. A velocidade » O velocímetro do carro mar-
Δs = sf – si = posição – posição
final inicial para percorrer esse percurso. Se você mora a vista no velocímetro ca a velocidade instantânea.
uma distância menor que seu colega e chega não é a velocidade
Δt = tf – ti = instante – instante antes, não significa que seja mais rápido que média, é a chamada velocidade instantânea
final inicial
ele. Para responder a essa questão com mais (v), que o móvel possui instante a instante. Se
propriedade, precisamos saber quem percor- o velocímetro marca 60 km/h, por exemplo,
re um dado espaço em menos tempo. significa que, se fosse possível manter essa ve-
Digamos que seu colega saia de casa às 7h locidade sem alteração, o móvel percorreria 60
da manhã e chegue à escola às 8h, a distância quilômetros em uma hora.
da casa à escola é de 4 km. Então, ele percorre
4 km em uma hora. Você mora mais perto (a Unidades de medida
1,5 km da escola) e faz esse trajeto em 30 minu-
tos. Logo, anda 1,5 km em ½ hora. Em uma hora da velocidade
percorreria 3 km, certo? Se seu colega percorre Uma unidade de medida de velocida-
4 km por hora e você 3 km por hora, ele é mais de bastante usual é o km/h (quilômetro por
rápido que você (mesmo morando mais longe). hora), unidade encontrada em praticamente
Essa grandeza que acabamos de avaliar por qualquer velocímetro de carros e motos, po-
meio de um exemplo é chamada de velocidade. rém no Sistema Internacional, SI, é usado o
m/s (metro por segundo).
328 FIS A
+v
0 t
(Disponível em: <http://www.cienciahoje.org.br/ Nesse caso, o movimento ocorre no senti-
noticia/v/ler/id/2747/n/o_essencial_e_invisivel_aos_ do da trajetória e é chamado de movimento
olhos/Post_page/6>. Acesso em: 11 jul. 2018.)
progressivo.
Texto 2: [...] No dia a dia nos deslocamos ● Para v < 0
de casa para o trabalho, para a escola, para
v
o supermercado, entre outros locais (e vice-
versa). Isso é feito por meio de transporte
coletivo, como ônibus e metrô, ou por meios
individuais, como automóvel, bicicleta ou 0 t
mesmo a pé. Nas grandes cidades, está cada
vez mais difícil se deslocar devido aos grandes –v
engarrafamentos. Há muito mais veículos que
espaço nas ruas e avenidas. Ficamos mais
tempo parados do que em movimento. [...]
Nesse caso, o movimento se dá contra o
(Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/ sentido da trajetória e é denominado movi-
fisica-sem-misterio/movimento-e-repouso>.
mento retrógrado.
Acesso em: 28 ago. 2017.)
FIS A 329
sippakorn/Shutterstock
qualquer instante, visto que é constante.
Para o intervalo de t0 a t, podemos escre-
ver:
Observação
s − s0
Normalmente o sinal positivo ou v=
t − t0
negativo (+ ou –) da velocidade rela-
tiva não é muito usado na resolução Para t 0 = 0:
de problemas, por isso o que nos in-
teressa é o módulo. Assim, pode-se s − s0
pensar em duas regras práticas: v=
t » Em uma corrida, cada carro tem sua velocidade própria
• Móveis se deslocando no
mesmo sentido: v · t = s – s0 (em relação a um referencial como a Terra, por exemplo)
e mantém entre si uma velocidade relativa.
|vrel|=|vA – vB| Isolando a posição final s, obtemos:
• Móveis se deslocando em
Imagine que no instante da foto o velocíme-
sentidos contrários: tro do carro da frente (carro B) marca 100 km/h
s = s0 + v · t
|vrel|=|vA| + |vB| e o do carro de trás (carro A) 90 km/h. Além de
suas velocidades, eles mantêm velocidade re-
A expressão anterior é chamada de fun-
lativa em relação ao outro que, por definição,
ção horária do espaço e serve para qualquer
tem seu módulo dado por:
movimento uniforme.
Note que, na função horária do espaço, as |vrel| = |vA – vB|
grandezas são
s: posição no espaço em tempo t qualquer; Para o exemplo dos carros A e B da figura
s0: posição no espaço em t 0 = 0, ou seja, anterior, temos:
espaço inicial; |vrel| = |90 – 100| = 10 km/h
v: velocidade escalar do móvel. Como a velocidade do carro de trás é me-
Graficamente, a função horária do espaço nor, os carros se afastam um do outro com ve-
tem a representação: locidade relativa de módulo igual a 10 km/h.
Se a velocidade do carro da frente fosse me-
s
nor, eles se aproximariam um do outro com
uma dada velocidade relativa.
Imagine agora uma situação em que dois
móveis estão se deslocando em sentidos
contrários.
Observação
330 FIS A
No Brasil, a média de velocidade é de pouco mais de 6 Mbps. A velocidade de conexão da média global
cresceu 13% em comparação com 2012, ultrapassando pela primeira vez 3 Mbps ao alcançar 3,14 Mbps.
Na rede há alguns testadores de velocidade da internet que informam quanto de rede você está utilizando
e se é compatível com o plano pago pelo usuário. Para isso são medidos os valores de ping, velocidade
de download e upload.
» A tecnologia da internet surgiu
1. Você consegue justificar por que é importante a popularização da internet e do seu acesso com qualidade? como algo que conectou o
Como isso pode alterar a realidade de um local mais afastado de um grande centro urbano? mundo e nos colocou na era da
informação.
Pode-se incentivar os estudantes a discutir sobre a inclusão digital e como ela pode contribuir no desenvolvimento de novos mercados em
regiões mais carentes. Alguns países criaram centro de tecnologia e informação em locais de difícil implantação industrial ou ainda com
2. O que significa a grandeza Mpbs? Pesquise o que significa a palavra ping e como podemos obter uma
expressão para a velocidade de download e upload.
A grandeza Mpbs significa megabytes por segundo, caracterizando uma medida de velocidade. Ping é o tempo que demora para enviar um
arquivo do seu computador até um servidor. Quanto mais rápido for esse processo, melhor é a conexão. Já as medidas de download e upload são
Toria/Shutterstock
feitas com o recebimento e envio, respetivamente, de um arquivo de tamanho determinado dividido pelo tempo necessário para esse processo.
EM19_1_FIS_A_02
FIS A 331
rx x Para trabalhar com a condição de encontro, precisamos trabalhar com a equação horária
de posição de ambos os corpos:
xv = 30vv
Sejam: xa = 40v
Igualando os dois termos:
Δt1 = o tempo gasto na primeira parte xv = xa
Δt2 = o tempo gasto na segunda parte 30vv = 40v
Por definição: 4
vv = v
3
∆s ∆s ∆s rx x
vm = ⇒ ∆t = ⇒ ∆t1 = 1 = e ∆t 2 = 4. (UFMA) A pista do “Castelinho” possui 400 m de comprimento. Se
∆t vm v1 v1 v2
um atleta corre com uma velocidade escalar constante de 10,0 m/s,
O tempo total quantas voltas ele completará em 20 minutos?
x ( rv 2 + v1 ) a) 10 d) 40
Logo: ∆t = e ∆stotal = rx + x ⇒ ∆stotal = x ( r + 1)
v1v 2 b) 20 e) 50
∆s x ( r + 1) ( r + 1)( v1v 2 ) c) 30
Então: v m = total ⇒ v m = ⇒ vm =
∆t x ( rv 2 + v1 ) ( rv 2 + v1 ) 99 Anotações:
v1v 2
Por regra de três: Usando a fórmula:
Obs.: se r = 1, ou seja, se a trajetória for dividida em partes iguais, temos: 20min ⇒ x s = 1 200 · 10 = 12 000 m
1min ⇒ 60s Dividindo pelo tamanho da pista:
2v1v 2 x = 1 200s 12 000/400 = 30 voltas.
vm =
v 2 + v1
5. (UFPB) Um ciclista, ao chegar a um cruzamento com uma rua de
mão dupla, observa, aproximando-se dele, um carro a 40 m de
Praticando distância à sua direita e outro a 30 m de distância à sua esquerda.
O ciclista espera, em segurança e em repouso, que os dois carros
1. Dois carros se movimentam no mesmo sentido em uma rodovia passem por ele. O carro que vem da direita leva 4 segundos para
retilínea. O carro A que está na frente mantém uma velocidade passar, enquanto o carro que vem da esquerda leva 6 segundos.
constante de 60 km/h, enquanto o carro B está atrás com velocidade Com base nesses dados, identifique as afirmativas corretas.
de 65 km/h. Sobre a situação, responda: I. No referencial do ciclista, o carro da direita aproxima-se com
a) Qual a velocidade relativa entre os carros A e B? O que esse velocidade média, em módulo, de 10 m/s.
valor significa? II. No referencial do ciclista, o carro da esquerda aproxima-se com
A velocidade relativa será:
velocidade média, em módulo, de 5 m/s.
|vrel|= |vA – vB| III. No referencial do carro da direita, o carro da esquerda aproxi-
|vrel| = |60 – 65|
ma-se com velocidade média, em módulo, de 15 m/s.
|vrel| = 5 km/h
Esse valor significa que os carros se aproximam com velocidade de 5 km/h. IV. No referencial do carro da esquerda, o ciclista encontra-se em
repouso.
b) Se o sentido de um dos carros fosse invertido, qual seria a
velocidade relativa entre eles? O que esse valor significa? V. No referencial do ciclista, o tempo medido, para que o carro
da direita passe por ele, é o mesmo que o tempo medido, no
|vrel| = |60 – (–65)| referencial do carro da direita, para que o ciclista passe pelo
|vrel| = 125 km/h
Esse valor significa que os carros se afastam com velocidade de 125 km/h.
carro da direita.
99 Anotações:
∆s
I. Verdadeira. vm = ⇒ vm = 40/4 ⇒ vm = 10 m/s
2. Uma partícula percorre 3,0 km durante um tempo de 2min. Deter- ∆t
∆s
mine sua velocidade escalar média, em m/s. II. Verdadeira. vm = ⇒ vm = 30/6 ⇒ vm = 5 m/s
∆t
Temos: Δs = 3,0 km = 3 000 m e Δt = 2min = 120s III. Verdadeira. A velocidade relativa deles é a soma das velocidades de cada um.
EM19_1_FIS_A_02
∆s 3000 vr = 10 + 5 = 15 m/s
Assim: vm = = ⇒ vm = 25 m/s.
∆t 120 IV. Falsa. A posição relativa entre o ciclista e o carro muda; dessa forma, um não está em
repouso em relação ao outro.
V. Verdadeira. Leva-se em conta que ambos se deslocam um em relação ao outro com a
mesma velocidade.
332 FIS A
a) 20 d) 45 a) 110 km/h. d) 130 km/h.
b) 30 e) 60 b) 80 km/h. e) 95 km/h.
c) 40 c) 120 km/h.
FIS A 333
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
129 km era de 80 km/h.
334 FIS A
variado (MUV)
do MUV
Aceleração escalar média • Movimento uniformemente variado (MUV) • Análise gráfica • Função horária da posição
APERTE O PLAY
Saiba mais
O trânsito de cada dia
Igor Marx/Shutterstock
As questões ligadas ao trânsito têm sido foco de discussões em diferentes esferas políticas,
sociais e até econômicas. O carro, além de um elemento de status social, representa a principal
forma de locomoção em grandes cidades. Assim, essa cultura de consumo serve de base para
toda uma indústria automobilística e ainda para redes de serviços e combustíveis. Porém, al-
guns estudos preveem que em pouco tempo não haverá mais espaço para carros, nem mesmo
para tirá-los das concessionárias. » Radar fixo moderno instalado em
Outro aspecto importante do carro é a segurança oferecida ao condutor e às pessoas exter- estrada federal, na Alemanha.
nas ao veículo. O número de acidentes com vítimas fatais por atropelamentos vem crescendo Policiais eletrônicos
ano a ano, em especial em vias de grande fluxo. Nessa questão, diferentes cidades têm tomado Como funcionam os radares fixos?
caminhos opostos. Por exemplo, Curitiba (Paraná) possui uma região de zona calma na faixa [...] Seu funcionamento é bastante
central, na qual a velocidade dos carros não pode ultrapassar 30 km/h. Em contrapartida, São simples e acontece sem qualquer inter-
venção humana. São três laços detectores
Paulo recebeu um acréscimo de até 20 km/h de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros. em cada faixa de uma via, distantes 3 m
um do outro. Quando um veículo passa,
os laços calculam sua velocidade. Se esti-
ver acima do permitido no local, a câmera
1. O que você pensa sobre o controle de velocidade nas vias de sua cidade? Há algo feito pela prefeitura ou fotográfica é acionada. Para não ofuscar
Estado neste sentido? o motorista durante a noite, o flash nesse
horário é infravermelho. O sistema é
Cada cidade deve apresentar um plano sobre este tema. Caso seja necessário, pode-se trazer reportagens sobre o assunto para que os estu- independente para cada faixa, ou seja, se
dois carros passarem ao mesmo tempo
dantes tenham argumentos de discussão. um do lado do outro em um radar, ele
consegue diferenciar a velocidade.
2. Por que o controle de velocidade é tão importante para a segurança das pessoas?
(SÁ, Alexandre Nogueira. Policiais
Pode-se propor um debate com os estudantes sobre o tema. Ao final conduza os estudantes sobre a questão de precisar alterar a velocidade Eletrônicos. Disponível em:
<http://revistagalileu.globo.com/
Galileu/0,6993,ECT816469-1716-2,00.
com segurança e de que deve existir uma grandeza física relacionada a esta alteração.
html>. Acesso em: 25 ago. 2017.)
Perkons S.A.
EM19_1_FIS_A_03
FIS A 335
Supondo que o automóvel se desloca no Movimento retrógrado retardado (|v0| > |v|)
sentido positivo de sua trajetória, é possível
v v0
calcular a variação da velocidade nos interva-
los de tempo especificados. Observe. +
● De t = 0 a t = 2s – há uma variação da velo- » Se um corpo está se movendo no sentido contrário ao sentido
cidade de 2 m/s em 2s. Sendo assim, positivo da trajetória, com o módulo da velocidade aumentan-
do com o tempo, esse corpo está executando um movimento
retrógrado acelerado. Se o módulo da velocidade está dimi-
2 m/s
=a = 1m/s² nuindo com o tempo, esse corpo está executando um movi-
2s mento retrógrado retardado.
336 FIS A
am = 15
, m/s²
O valor positivo da aceleração não significa que o módulo de sua velocidade esteja aumen-
tando. Ele indica apenas que a variação da velocidade está sendo executada no sentido positi-
vo da trajetória. Nesse caso, o automóvel está diminuindo o módulo de sua velocidade e está
executando um movimento retrógrado retardado.
v (m/s)
v (m/s)
16
15
13
12 10
9 7
4
6
3
3 0 1 2 3 4 t (s)
1
» Gráfico da velocidade do corpo em função do tempo no MUV,
0 1 2 3 4 5 t (s) quando esse corpo tem velocidade inicial v0 diferente de zero.
» Gráfico da velocidade do corpo em função do tempo no MUV. Observe que a taxa de variação continua
sendo 3 m/s². No entanto, para cada valor de t,
Observe que o gráfico da velocidade em
há um acréscimo da velocidade de 4 m/s. Dessa
função do tempo é uma linha reta, e isso sig-
forma, podemos escrever a equação que rela-
EM19_1_FIS_A_03
FIS A 337
Análise gráfica
Importante Se tivermos um gráfico da velocidade em sua vez, é equivalente à área de um retângulo
Cálculo da área de um trapézio. função do tempo (v × t), é possível obter seu de base 1 e altura 1.
A b2 B
deslocamento (∆s) por meio da área compreen- v (m/s) v (m/s)
dida entre o segmento de reta que representa
a função horária da velocidade e o eixo das abs-
h 2 2
cissas, de acordo com a figura a seguir.
v (m/s)
C b1 D 1 1
16
Considerando b1 e b2 as medidas
das bases maior e menor do trapé- 12
16
zio e h a altura, concluímos que: 12
1 0 1 t (s) 0 1 t (s)
Área = (b1 + b2 ) h
2
Podemos dizer que a área do trapé-
» O deslocamento de um corpo em MUV pode ser calculado ao
zio é a metade do produto do com- 8 se obter o valor da área abaixo do gráfico.
primento de sua altura pela soma 0 8 t (s)
Entre os instantes 0s e 1s, o corpo se des-
do comprimento de suas bases.
» O valor da área abaixo do gráfico v x t representa, numerica- locou 1 m. A velocidade era nula em t = 0 e
Resolvido
mente, o deslocamento percorrido pelo corpo.
Podemos exemplo apresentado: 2 m/s em t = 1s . De acordo com a parte B da
b1 = 16 m
O deslocamento (∆s) é numericamen- figura anterior, é possível calcular a área do
b2 =12 m
te igual à área abaixo do gráfico. Observe triângulo como se fosse um retângulo com
h=8m
que essa área tem a forma de um trapézio, base de largura t e altura vm , que é a média
Portanto:
o qual está “deitado” e suas bases menor e das velocidades entre os instantes t = 0 e
maior estão na vertical e medem 12 m e 16 m, t = 1s. Essa forma de pensar também é válida
(para gráfico v x t)
respectivamente. para se obter o deslocamento (∆s) do corpo
1
∆s = (16 + 12) 8 = 112 m
2 A aceleração está intimamente relacio- entre os instantes t = 0 e t = 2s, como mostra-
nada ao deslocamento efetuado pelo corpo. do na figura a seguir.
Quanto mais o móvel acelerar durante um A B
v (m/s) v (m/s)
intervalo de tempo, mais deslocamento ele
efetuará nesse mesmo intervalo. 4 4
até, aproximadamente, 450 m/s2 lando a área abaixo do gráfico que, nesse
por um tempo de duração que caso, corresponde a um triângulo, que, por derando as velocidades inicial, final e média
varia entre 0,2s e 0,4s (imagem entre eles.
meramente ilustrativa).
338 FIS A
∆s = vm ⋅ ∆t = 5 ⋅ 5 ∆s v1 + v 2
vm = = a>0
∆t 2
∆s = 25 m v0
t
FIS A 339
de MUV não for pedida a variável Quando um corpo está em MU, seu gráfico
tempo e ela também não estiver
nos dados, há grande possibilidade
da posição em função do tempo (s x t) é uma
de se resolvê-lo usando a equação reta, assim como um gráfico v x t no MUV. O
de Torricelli. Por isso, na Física, é gráfico s x t no MUV não é uma reta, pois a
comum o ditado: quem não tem
tempo usa Torricelli. equação que rege o movimento é de 2.º grau.
a<o
Vamos analisar, por exemplo, o movimen-
to de um automóvel que está inicialmente a t
0
21 m/s no sentido positivo de sua trajetória
e passa a frear com uma aceleração negativa
de –3 m/s².
A função horária da velocidade desse corpo é:
Equação de Torricelli
v = 21− 3 t É possível encontrar uma equação no
MUV que não envolva o tempo (t), mas apenas
e a função horária da posição no MUV, supon- o deslocamento (∆s), a velocidade inicial (v0), a
do que a posição inicial (s 0) seja zero, é: velocidade (v) e a aceleração (a).
s = 21t − 15, t²
Considere
Vamos elaborar uma tabela da posição e
v = v 0 + at
da velocidade desse automóvel com o passar
do tempo. e
Tempo (s) 0 1 2 3 4 5 at ²
s = s0 + v 0 t +
Velocidade 2
21 18 15 12 9 6
(m/s) Vamos combinar as duas equações para
Posição (m) 0 19,5 36 49,5 60 67,5 encontrar outra que seja independente do
tempo. Para isso, isole t na equação da velo-
Observe que as distâncias percorridas cidade e substitua a expressão encontrada na
a cada segundo diminuem com o passar do função horária da posição no MUV.
tempo. Isso era esperado, já que a velocidade v = v 0 + at
do automóvel está diminuindo com o tempo.
Se a aceleração se mantiver constante v − v0
t=
após t = 5s, chegará um instante em que o a
automóvel terá velocidade nula e, a partir de
então, passará a seguir no sentido negativo Substituindo:
de sua trajetória. Podemos, então, elaborar os at ²
gráficos na v x t e s x t para esse automóvel. s = s0 + v 0 t +
2
v (m/s) s (m)
smáx 2
v − v0
20 a
v − v0
∆s = v 0 a
+
a 2
v v − v 20 v ² − 2 v v 0 + v 02
∆s = 0 +
0 t (s) 0 t (s) a 2a
» O gráfico v x t de um corpo em MUV sempre é uma reta, ao passo 2 v v 0 − 2 v 20 + v ² − 2 v v 0 + v 02
que o gráfico s x t de um corpo em MUV sempre é uma parábola. ∆s =
2a
O gráfico da posição de um corpo em fun-
ção do tempo em MUV é uma parábola. A v ² − v 20
posição e o formato da parábola dependerão ∆s =
2a
das características do movimento.
s 2a∆s = v 2 − v 20
a>o
v 2 = v 20 + 2a∆s
EM19_1_FIS_A_03
340 FIS A
Taquicardia
Cardiologista Mauricio Scanavacca explica por que o coração pode bater descompassado
O que é?
• É a aceleração da frequência cardíaca. • Quando ocorre sem que o corpo necessite
• O coração ultrapassa 100 batidas por minuto. (numa atividade física ou situação de
estresse), é considerada arritmia.
• Se o coração bate mais lento que o
normal, acontece a bradicardia.
1. Você consegue medir o batimento do seu coração? Primeiro faça enquanto estiver tranquilo. Depois faça
uma série de movimentos agitados e repita a medida. Por que existe esta diferença?
A forma mais fácil de realizar este teste é posicionar o indicador sobre a parte inferior do pulso. A diferença de valores deve ocorrer pela ação
2. A taquicardia em determinados momentos é benéfica e em outras é ruim. Identifique estes dois momentos.
» O eletrocardiograma é um exame
No texto é apresentado um aspecto ruim da taquicardia, que é a possibilidade de aparecer um coágulo na região cerebral levando ao AVC. Um
médico que mantém um registro do
que acontece no coração por meio
aspecto positivo é a atividade física, pois o estado de taquicardia eleva o gasto calórico. de um gráfico, como o da imagem.
3. A alteração da velocidade de pulsação está associada ao movimento de qual órgão do nosso corpo?
Nesta questão é importante a percepção sobre relação entre a força executada pelo coração para alterar a velocidade do sangue. Isto é ótimo
para entender o conceito de aceleração e será importante no estudo do conceito de força e leis de Newton.
IhorL/Shutterstock
EM19_1_FIS_A_03
FIS A 341
0 34 t (s)
342 FIS A
2. C5:H18 (IFCE-2016) Um veículo parte do repouso em movimento Considere um guepardo que, partindo do repouso com aceleração
retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual a constante, atinge 108 km/h após três segundos de corrida, man-
2,0 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade escalar e a distância tendo essa velocidade nos oito segundos subsequentes. Nesses
percorrida após 3,0 segundos, valem, respectivamente, onze segundos de movimento, a distância total percorrida pelo
guepardo foi de
a) 6,0 m/s e 9,0 m. d) 12 m/s e 35 m.
a) 180 m. c) 240 m. e) 305 m.
b) 6,0 m/s e 18 m. e) 2,0 m/s e 12 m.
b) 215 m. d) 285 m.
c) 3,0 m/s e 12 m.
6. C5:H17 (UFJF-2014) A velocidade de um objeto em função do
3. C5:H17 (PUCRS-2016) Analise o gráfico a seguir. Ele representa as
tempo é registrada em um gráfico. Analisando o gráfico a seguir,
posições x em função do tempo t de uma partícula que está em
determine o módulo da velocidade inicial v0, o módulo da ace-
movimento, em relação a um referencial inercial, sobre uma traje-
leração a e a distância percorrida d entre os instantes t = 3s e 5s.
tória retilínea. A aceleração medida para ela permanece constante
durante todo o trecho do movimento. 28
x 24
velocidade (m/s)
20
16
12
8
0 t 4
t1 t2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
tempo (s)
a) v0 = 4 m/s; a = 4 m/s²; d = 4 m.
EM19_1_FIS_A_03
Considerando o intervalo de tempo entre 0 e t2, qual das afirmações b) v0 = 4 m/s; a = 0 m/s²; d = 8 m.
está correta? c) v0 = 0 m/s; a = 4 m/s²; d = 32 m.
a) A partícula partiu de uma posição inicial positiva. d) v0 = 0 m/s; a = 0 m/s²; d = 8 m.
b) No instante t1, a partícula muda o sentido do seu movimento. e) v0 = 4 m/s; a = 4 m/s²; d = 32 m.
FIS A 343
c) 15.
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
d) 20.
344 FIS A
APERTE O PLAY
La Niña em 2018 poderia favorecer safra do Nordeste
Depois de cinco anos com safras frustradas por causa da estiagem, 2017 foi bem melhor para
os produtores do Nordeste do Brasil. O cenário ainda está bem longe do ideal, mas os volumes
acumulados de chuva permitiram maior produtividade, principalmente no oeste da Bahia. O episódio de La
Niña, mesmo fraco, contribuiu para o regime de chuvas na região, o que deixou muito produtor esperançoso.
Neste momento, estamos vivendo um momento de neutralidade climática do oceano Pacífico equatorial,
sem El Niño e nem La Niña. No entanto, projeções indicam um ligeiro resfriamento do Pacífico para o pró-
ximo verão, o que pode caracterizar um La Niña para 2018. Se o fenômeno for comprovado, será mais uma
safra de chuvas melhores para o Nordeste.
Os fenômenos El Niño e La Niña ocorrem nas águas do pacífico Sul, alterando a região de
chuvas de todo o planeta. Observe o esquema a seguir sobre o El Niño.
EL NIÑO
Ano normal Ano de EL NIÑO
Ventos Inverno mais
equatoriais quente
perdem força
Ventos Oceano Pacífico e a água Oceano Pacífico
equatoriais mais quente
sopram acumula-se
sobre a água próxima à
aquecida América América do Sul América
em direção a do Sul do Sul
oeste Austrália Água fria Austrália
acumulada ao
longo da costa
na América
do Sul
Pode-se procurar por matérias/reportagens que ajudem a facilitar essa compreensão, em especial as que tratem sobre o deslocamento das
das setas para indicar o caminho e que essas “setas” são na verdade entes matemáticos chamados de vetores que carregam informações im-
EM19_1_FIS_A_04
portantes sobre a grandeza física que representam, como veremos neste módulo.
FIS A 345
Vetor
Três automóveis estão representados na Na escrita, uma grandeza vetorial é caracte-
figura a seguir e têm a mesma velocidade rizada por uma pequena seta orientada para
escalar, igual a 40 km/h. Perceba que, embora direita acima da representação gráfica dessa
tenham os mesmos valores de velocidades, grandeza, como visto na figura a seguir.
os carros estão seguindo em direções e senti-
dos diferentes. Para que seja completamente
determinada, além de seu valor numérico, a a
b d
velocidade necessita do sentido e da direção m
nos quais o movimento ocorre. r
c t
n
40 km/h » Quando dois ou mais vetores se baseiam em retas paralelas ou
sobre a mesma reta, têm a mesma direção.
→ →
a v
A
346 FIS A
A
» A direção do vetorA deslocamento resultante é determinada
O L
pelo ângulo α.
» Representação gráfica das cidades A, B e C, sem escala.
S
da desta forma:
decomposição de vetores
No campo da engenharia civil
muitas são as aplicações das gran-
D = 500 + 650 = 1150 km dezas vetoriais. A análise vetorial é
A caixa da figura a seguir está sendo arras- fundamental para que o estudante
Essa soma foi possível porque utilizamos tada por duas forças que têm direções dife- saiba a base da engenharia civil.
Para saber de maneira detalhada
grandezas escalares (deslocamento escalar). rentes. É a resultante dessas forças que deter- o funcionamento de estruturas, o
Para grandezas vetoriais, além de se levar em minará a direção e o sentido do movimento conhecimento vetorial é indispensá-
conta os valores numéricos, também devem vel. Encontraremos essas aplicações
da caixa. Esse movimento ocorrerá sobre no dimensionamento de vigas, em
ser levados em consideração a direção e o uma
linha reta entre as direções
das forças F1 pontes, elevadores, guindastes,
sentido de cada vetor envolvido na soma. e F2 . A força resultante FR pode ser represen- carregamentos etc.
Para o caso do avião, vamos analisar seu des- tada como a diagonal de um paralelogramo,
locamento de uma forma vetorial. Entre a cidade em que os vetores força são os lados não pa-
A e B, o avião efetuou um deslocamento vetorial ralelos desse paralelogramo.
→
∆s1 com módulo 500 km, direção vertical e→ senti-
F1
do norte, e outro deslocamento vetorial ∆s2, com
F1
módulo de 650 km, direção horizontal e sentido FR
leste. Qual o módulo, direção e sentido do vetor
deslocamento resultante ∆s?
→
F2
∆s = ∆s1 + ∆s2 F2
» A regra do paralelogramo pode ser aplicada para se deter-
De acordo com a figura seguinte, o des- minar o vetor força resultante.
locamento resultante ∆s é um terceiro vetor,
→
bd
∆s1 e+f d
∆s c+d
e+f
EM19_1_FIS_A_04
c
o
O L
A e f
» O vetor resultante pode ser encontradoe utilizando a regra
f do
» Deslocamentos efetuados pelo avião d
paralelogramo, desde que os vetores não sejam nulos e te-
S entre as cidades A, B, e C. nham direçõesediferentes.
+f
FIS A 347
e f
PG19LP311SDF0_MIOLO_EM19_1_FIS.indb 347 10/09/2018 13:42:21
Saiba mais O deslocamento poderia ter sido produzi-
Qualquer vetor v pode ser a resultante de
do por dois deslocamentos consecutivos, um
A resultante de três ou mais vetores dois outros vetores ( v x e v y ), sendo que um deles
também pode ser obtida pela regra
está na direção horizontal e outro na direção horizontal e outro vertical, como mostra a fi-
do polígono. No caso, basta enfi- gura a seguir. O vetor deslocamento na hori-
leirar todos os vetores envolvidos, vertical. v x e v y são as componentes retangu-
sempre colocando o início de um →
zontal ∆sx e o vetor deslocamento na vertical
lares ou projeções ortogonais do vetor v. →
vetor no final de outro, respeitan- ∆sy têm módulo de acordo com os seguintes
do o comprimento, a direção e o
sentido. O vetor resultante será cálculos:
aquele que tem começo no início do
V V
primeiro vetor e término no fim do Vy
último vetor.
∆sy
A B C
vx
A ∆sx
V = V x + Vy
S=A+B+C
» O vetor v é a resultante dos vetores v x e v y.
B ∆s
As projeções de um vetor podem eventual- ∆sy
C
A mente substituí-lo, mantendo-se as condições
iniciais. Por exemplo: na figura a seguir, há um 30º
vetor deslocamento ∆s, de módulo 40 m, cuja
→
S
direção é indicada pelo ângulo que faz com a A ∆sx
horizontal.
∆s = 40 m ∆sx 3 ∆sx
cos 30° = → = → ∆sx = 20 3 m
∆s 2 40
∆s ∆s y 1 ∆s y
sen 30° = → = → ∆s y = 20 m
∆s 2 40
Observação
Podemos calcular o módulo do vetor
resultante pela Lei dos Cossenos: 30º
FR2 = F12 + F22 + 2F1 · F2 cos θ A
Extremidade do vetor
f
g
b f
e h
a d f=g+h
Origem do vetor
c
f=d+e
c=a+b
348 FIS A
» Em A, o barco move-se para direita sobre a água parada em relação ao solo a uma velocidade de 5 m/s. Em B, o barco move-se a Saiba mais
favor da correnteza e, em relação ao solo, o barco move-se a 7 m/s. Em C, o barco move-se contra a correnteza e sua velocidade
em relação ao solo é de 3 m/s. Em um triângulo qualquer, ao se
conhecer a medida de dois lados
Suponha que agora a lancha navegue sobre o rio em uma direção perpendicular ao movi- e a do ângulo formado entre eles,
mento da correnteza, conforme a figura a seguir. é possível determinar a medida do
terceiro lado utilizando a Lei dos
v2 Cossenos. Sendo c a medida do
v2 terceiro lado, então, temos:
c² = a² + b² − 2ab cos θ
» O barco, com uma ve-
locidade v1 em relação v1 v1 v
às águas, movimen- v
ta-se perpendicular à
direção da corrente, v1
que tem velocidade v2.
v2
» Um mergulhador poderá nadar para
v = v1 + v2 frente, mas ser arrastado pela água
para trás.
Para um observador que está na margem do rio, a velocidade do barco será uma composi-
ção da velocidade do barco sobre a água e da própria correnteza.
v = v1 + v 2
Rich Carey/Shutterstock
Como a velocidade da água faz um ângulo de 90° com a velocidade do barco, podemos ana-
lisar os vetores como um triângulo retângulo e utilizar o Teorema de Pitágoras para encontrar
o módulo do vetor resultante.
v ² = v12 + v 22
v 2 = 52 + 22 = 29 v = 29 ≅ 5, 4 m/s
EM19_1_FIS_A_04
FIS A 349
B. Franklin/Shutterstock
NORTE
OESTE LESTE
SUDESTE
SUL
» O deslocamento no sentido sudeste pode ser decomposto nas direções Leste e Sul.
→ →
Na representação vetorial da figura a seguir, os tamanhos dos vetores ∆s1 e ∆s2 represen-
tam o módulo dos deslocamentos nos sentidos Leste e Sul, respectivamente. Esses módulos
dependem da velocidade com que o barco se move e do ângulo α entre a direção de movimen-
to e a linha horizontal (Leste-Oeste).
» Um balão de ar quente subindo ao » O vetor deslocamento resultante Ds pode ser visto
sabor do vento. ∆s1 como a composição do vetor deslocamento para Leste
D s1 e do vetor deslocamento para Sul D s2 .
α
12
∆s = ∆s1 + ∆s2
15
Ao lado, supondo-se que o barco tenha um 18
movimento retilíneo uniforme, está represen-
Sul (m) Deslocamento
tado seu deslocamento a cada segundo. do barco
Observe que o deslocamento de Oeste
EM19_1_FIS_A_04
para Leste é uniforme, assim como o deslocamento de Norte para Sul. Por exemplo: sabendo
350 FIS A
9y
t2 = 2s
vy v 5y
16y
t3 = 3s
3 9y
4 16y
Movimento relativo
Considere dois observadores, A e B, ao longo de uma reta numérica, como mostra a figura
a seguir.
a) b)
B A P A P B P
xA xA xB
–5 0 +5 –5 0 +5 0 +5 +10
EM19_1_FIS_A_04
» Diversos observadores realizam diferentes medidas. Em a), o observador A está na origem e o observador B, na posição –5. Ambos
os observadores medem a posição da partícula em P. Em b), se ambos veem a si próprios na origem de sistema de coordenadas, não
estarão em acordo com o valor da posição da partícula em P.
FIS A 351
352 FIS A
Caça ao tesouro! O L
Nesta atividade você irá desenvolver um “mapa do tesouro” simples utili-
zando os conceitos sobre vetores estudados neste módulo. Para isso, você irá orien-
tar quem deseja encontrar seu tesouro com o uso da rosa dos ventos (ilustrada na
SO SE
figura ao lado). A rosa dos ventos indica as posições dos pontos cardeais: Norte, Sul,
Leste e Oeste. E os colaterais: Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste. Caso tenha
dificuldades, o(a) professor(a) de Geografia poderá auxiliar sobre a utilização desta
orientação.
Em um papel quadriculado, você irá indicar a posição inicial e final da pessoa e alguns
pontos de referência importantes. Depois você dará algumas coordenadas como: 5 quadra-
S
dinhos ao Norte, 7 a Noroeste, e assim por diante. Quando estiver pronto, troque com seu
colega e veja se consegue chegar até o “tesouro”.
FIS A 353
No tempo determinado acima, a água arrasta o barco por uma distância ΔsA/M (des-
O módulo do vetor resultante é o comprimento da diagonal do quadrado:
∆s = 5 2 locamento da água em relação à margem).
354 FIS A
60° 60°
60° 60°
a) 1/3. d) 3/2.
b) 2/3. e) 2.
c) 1.
2. C5:H17 (PUC-Rio-2012) O vetor posição de um objeto em relação
à origem do sistema de coordenadas pode ser desenhado como
mostra a figura.
Pode-se afirmar que, mantidos os mesmos rumos e velocidades
Y (m) a) haverá abalroamento (colisão), 1 minuto e 40 segundos após
12 se avistarem.
b) não haverá abalroamento e o navio A cortará (cruzará) a proa
10 do navio B.
c) não haverá abalroamento e o navio B cortará a proa do navio A.
8
d) a velocidade relativa entre as duas embarcações é decrescente
em módulo.
6
e) são corretas as afirmativas C e D.
4
Complementares
2
1. (PUC Minas) Você e seu amigo resolvem ir ao último andar de um
0 X (m) edifício. Vocês partem juntos do primeiro andar. Entretanto, você
0 2 4 6
vai pelas escadas e seu amigo, pelo elevador.
Calcule o módulo em metros deste vetor. Depois de se encontrarem na porta do elevador, descem juntos
a) 5,0 d) 11,2 pelo elevador até o primeiro andar. É correto afirmar que:
b) 7,5 e) 15 a) o seu deslocamento foi maior que o de seu amigo.
c) 10,0 b) o deslocamento foi igual para você e para seu amigo.
c) o deslocamento de seu amigo foi maior que o seu.
3. C5:H18 (Fuvest) Num vagão ferroviário, que se move com veloci-
dade v0 = 3 m/s com relação aos trilhos, estão dois meninos A e d) a distância que seu amigo percorreu foi maior que a sua.
B que correm um em direção ao outro, cada um com velocidade 2. (Osec) Um móvel percorre uma trajetória circular de 1,0 m de raio
v = 3 m/s com relação ao vagão. As velocidades dos meninos A e B com velocidade escalar constante. Após um quarto de volta, o vetor
com relação aos trilhos serão, respectivamente, deslocamento do móvel tem módulo aproximadamente igual a
a) 1,00 m. d) 3,14 m.
b) 1,41 m. e) 0,25 m.
c) 6,28 m.
3. (Mackenzie) Num mesmo plano vertical, perpendicular à rua, temos
os segmentos de reta AB e PQ, paralelos entre si. Um ônibus se
desloca com velocidade constante de módulo v1, em relação à rua,
ao longo de AB, no sentido de A para B, enquanto um passageiro se
desloca no interior do ônibus, com velocidade constante de módu-
a) 6 m/s e 0 m/s. d) 9 m/s e 0 m/s. lo v2, em relação ao veículo, ao longo de PQ no sentido de P para Q.
b) 3 m/s e 3 m/s. e) 0 m/s e 6 m/s.
c) 0 m/s e 9 m/s.
4. C5:H18 (Mackenzie-2012) Um avião, após deslocar-se 120 km para
Nordeste (NE), desloca-se 160 km para Sudeste (SE). Sendo um quar-
to de hora o tempo total dessa viagem, o módulo da velocidade Q P
vetorial média do avião, nesse tempo, foi de
EM19_1_FIS_A_04
FIS A 355
d
a
P4
P1
c
D v
A partir dessas informações, responda aos itens a seguir.
a) Desenhe a trajetória descrita no mapa, usando um diagrama
de vetores.
A
b) Se um caçador de tesouro caminhasse em linha reta, desde
B
o ponto de partida até o ponto de chegada, quantos passos
ele daria?
Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos
na resolução deste item.
6. (FMIT) Um barco atravessa um rio seguindo a menor distância entre
as margens, que são paralelas. Sabendo que a largura do rio é de
2,0 km, a travessia é feita em 15min e a velocidade da correnteza é
6,0 km/h, podemos afirmar que o módulo da velocidade do barco
em relação à água é
a) 2 km/h.
b) 6 km/h. GABARITO
GABARITO EONLINE
SOLUCIONÁRIO ONLINE
1. Faça
1. Façaoodownload
download dodo aplicativo
aplicativo SAE Questões
SAE Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
c) 8 km/h. de leituradeQR
aplicativo Code.
leitura QR Code.
EM19_1_FIS_A_04
2. Abra
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte parapara o QR
um dos QRCode
Codesaoaolado.
lado para
d) 10 km/h.
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
e) 14 km/h.
356 FIS A
wa
ng
fundamentais
/S
hu
da Óptica
tte
rst
oc
k
Fundamentos da óptica geométrica Princípios
da óptica
geométrica
APERTE O PLAY
Professor, neste momento é interessante
levantar as concepções dos estudantes a
O livro da Óptica respeito do assunto. Pergunte o que eles
entendem sobre luz e de que maneira eles
Isaac Newton, que publicou em 1704 o livro que inaugurou a óptica moderna (Opticks), em percebem a interação dela com a matéria.
Isso poderá ajudar a guiar o trabalho daqui
que discutia, entre outros tópicos, a natureza da luz e da cor, disse: “Se enxerguei tão longe, foi para frente. Explore a ideia da luz como
por estar sobre o ombro de gigantes”. Um desses “gigantes” é Alhazen (Ibn Al-Haitham), que nasceu no onda e também como partícula; explique
ano de 965 em Basra, na Pérsia Antiga, no período conhecido como época de ouro do mundo islâmico. Ele que a cor de um objeto depende dos pig-
mentos que o formam, que vemos as cores
estudou Matemática, Física, Astronomia, Engenharia, religião e Filosofia. Poucas coisas não interessavam a por causa da luz refletida, maiores detalhes
esse espírito inquieto. serão construídos ao longo do módulo.
Explique que as cores complementares
Segundo o historiador Ibn al-Qifti, Alhazen foi contratado pelo califa Al-Hakim para controlar o fluxo são aquelas que mais oferecem contrastes
do Nilo, mas ao perceber que a obra era tecnicamente inviável, fingiu-se de louco para escapar da punição entre si.
certa por contrariar o califa. Foi no isolamento da prisão domiciliar, em que permaneceu por 10 anos
até a morte de Al-Hakim, que escreveu sua obra mais importante – “O livro da Óptica” – que
teve enorme impacto na Europa. Muitas das informações e experimentos que você vai estudar
nas próximas páginas já estavam descritos nesse livro. A curiosidade e tenacidade de cientistas
ons
como Alhazen foram fundamentais para o desenvolvimento de várias invenções que criaram o
c/W.Comm
mundo moderno, como os óculos, o microscópio e o telescópio. Observe a ilustração ao lado.
De uma página de “Os Tesouros da Óptica”, que inclui a primeira tradução para o latim do
ArtMechani
“Livro da Óptica”, de Alhazen,, essa ilustração mostra um feito atribuído a Arquimedes: com
ajuda de espelhos esféricos, ele consegue colocar fogo nos barcos romanos que se aproximavam
para atacar Siracusa. A ilustração mostra vários exemplos de fenômenos ópticos, por exemplo o
arco-íris. Consegue listar outros?
k
ykh/Shutterstoc
vez os intriguem, como ilusões de óptica e miragens.
Alexander Tolst
pensar em objetos que usem a luz no seu funcionamento, como: óculos, lu-
» A luz é essencial ao padrão de vida moderna. (Imagem: cidade de Amsterdã, Holanda, artifi-
EM19_1_FIS_B_01
FIS B 357
o que é luz? Essa discussão durou séculos e cos que vamos estudar. Durante os módulos
fez os cientistas mais influentes da história será dada ênfase à óptica geométrica, por ter
desenvolverem modelos complexos para ex- maior aplicação nesse nível, mas sem perder a
plicar sua natureza e seu comportamento. Tal ligação com a óptica física.
358 FIS B
Propagação da luz
Para representar graficamente o caminho da luz, utilizamos o artifício dos raios de luz que
apresentam sua direção e sentido de propagação.
Fontes de luz
São variadas as formas de se obter luz, algumas são oriundas de fenômenos químicos, Observação
outras de fenômenos físicos. Raios de luz são retas orientadas,
A vela, por exemplo, produz luz por meio da combustão da cera; o Sol, por meio da fusão com origem na fonte, que indicam a
direção e o sentido de propagação
de hidrogênio; enquanto lâmpadas incandescentes geram luz pela alta temperatura de um da luz.
filamento de Tungstênio, quando submetido a uma corrente elétrica. Nesses casos, a fonte é
chamada de corpo luminoso, já que estes produzem a luz que emitem.
Existem os corpos que podemos ver apesar de não emitirem luz. Esses são denominados
corpos iluminados, como a Lua, os planetas e os objetos em geral. Nesse caso, é possível vê-
Quaoar/Shutterstock
-los porque refletem a luz que chega até eles de outras fontes.
Característica da luz
AlinaMD/Shutterstock
Goryhater/Shutterstock
niente do Sol.
FIS B 359
somchaij/Shutterstock
yuyangc/Shutterstock
Podemos observar alguns dos fenômenos
que acontecem com a luz em objetos do co-
tidiano, como o espelho. Talvez você já tenha
reparado que quando potes ou copos de vidro
contém líquidos, acabam distorcendo a luz que
passa por eles. Sair com aquela sua camisa pre-
ta em um dia ensolarado não é uma boa ideia;
» A luz branca (à esquerda) é considerada uma luz policromática você sabe dizer o por quê?
por ser uma combinação de todas as cores. A luz do laser (à Os fenômenos mencionados nos exem-
direita) é monocromática.
plos são chamados de reflexão, refração e
absorção. Na absorção, ocorre o aquecimen-
Característica do to do meio.
meio de propagação
que é a passagem da
que não há a formação de imagem nítida, são luz de um meio para
outro, e a absorção, que
caracterizados como meios translúcidos. é o bloqueio da luz pela
Nesses meios, a passagem da luz é parcial e superfície.
as trajetórias são irregulares.
Na óptica geométrica são estudados os
Os meios que impedem totalmente a pas- fenômenos de reflexão e refração por meio
sagem da luz são chamados de opacos. São da trajetória da luz, definidos como:
exemplos de meios opacos o metal e a ma-
Reflexão é o fenômeno característico de
deira, desde que se apresentem com espes-
Ao girarmos o disco de Newton, que ondas que incidem em uma superfície e retor-
contém as sete cores do arco-íris, o suras consideráveis.
vemos na cor branca.
nam ao meio de origem.
Construa seu disco Refração é o fenômeno ondulatório rela-
SAE DIGITAL S/A
a luz branca é uma composição das sete co- luz branca é a composição de todas as cores, o
res principais: vermelho, alaranjado, ama- objeto absorverá todas as cores, mas refletirá
relo, verde, azul, anil e violeta. Assim, ao apenas a cor verde.
360 FIS B
lynea/Shutterstock
Dos princípios apresentados, o que apresenta maior aplicabilidade a problemas reais é o
da propagação retilínea da luz. Primeiro, veremos o conceito de sombra e penumbra, depois a
variação do ângulo de visão e, por fim, a câmera escura de orifício.
Sombra e penumbra
Ao iluminarmos um objeto extenso com uma fonte pontual de luz, veremos projetada uma
região escura, que não recebe luz, denominada sombra. Em especial, quando temos um ob-
É possível projetar várias formas de
sombras apenas configurando as jeto de forma definida, sua sombra será mais nítida quanto mais próximo estiver o objeto do
mãos em diferentes posições, como anteparo.
é exemplificado na imagem.
Quando a fonte de luz pontual é trocada por uma fonte extensa, aparecem duas regiões de
interesse: a primeira, fruto do bloqueio da luz pelo objeto, a sombra, e a segunda, de transição
Curiosidade entre a região escura e a região clara, chamada de penumbra, como ilustra a figura seguinte.
» Ao iluminar um
corpo opaco
» Exemplo de formação de objeto com uma
fonte de luz
sombra e penumbra. A som- pontual, tem-se
bra é a região mais escura e a a formação da
penumbra parte de transição sombra. Quando a
entre o claro e o escuro. fonte for extensa,
tem-se a forma-
Sombra Sombra e penumbra ção da penumbra.
» Ilustração com tamanhos e dimensões fora de escala e cores fantasia. projeta um dos astros sobre o outro. Quando
um ponto está sobre a região de sombra, te-
mos um eclipse total, e na região de penum-
bra, temos um eclipse parcial.
362 FIS B
SL-Photography/Shutterstock
tos dependem diretamente do ângulo que os
vemos. Essa dependência resulta em ilusões
de óptica como a da imagem ao lado. A no-
ção de perspectiva, ou seja, de que os tama-
nhos variam e as imagens se distorcem com
a distância, foi descoberta pelos pintores no
renascimento e usada para criar a sensação
de profundidade em seus quadros.
Quanto mais distante estiver um objeto
do observador, menor será o ângulo de visão,
o que implica uma menor distinção entre dois
pontos.
O menor ângulo de visão, que permite a se-
paração de dois pontos diferentes, é chamado
de limite de acuidade visual. Para um olho nor- » O ângulo de visão nos permite ter a noção de distância e
mal, esse valor é da ordem de 1 minuto de grau. tamanho dos objetos.
o 0 i
A’
B Exemplo
Um método eficiente para descobrir
o tamanho de uma árvore é medir o
p p’ tamanho de sua sombra e comparar
» Os elementos básicos de uma câmara escura. Observe os dois com o tamanho e a sombra de um
bastão, como uma régua. No desenho
triângulos semelhantes que permitem obter a relação entre o a seguir, temos os valores obtidos
tamanho do objeto e o da imagem. nesse experimento. Qual será o valor
do tamanho da árvore?
Da semelhança de triângulo observada na figura e conhecendo-se a distância do objeto
ao orifício (p), o tamanho do objeto (o) e a profundidade da caixa (p’), é possível determinar o
tamanho da imagem (i) pela relação:
30 cm H
10 cm 1,5 m
i p′
=
o p Solução:
As câmeras fotográficas antigas são uma aplicação de câmaras escuras que tinham a mes- Por semelhança de triângulos, temos:
H 0,3
ma configuração. Porém, as câmeras fotográficas tinham, no fundo da caixa, um filme fotográ- =
1,5 0,1
fico virgem, que seria impressionado pela luz.
Isolando H:
A razão entre tamanhos da imagem e do objeto é também chamada de aumento
linear (A). H = 3 · 1,5
i H = 4,5 m
A=
o
EM19_1_FIS_B_01
FIS B 363
1. Pesquise outros exemplos de problemas tecnológicos resolvidos por cientistas no campo da Óptica. Que
tal tentar encontrar algum pesquisador brasileiro?
Atualmente, com auxílio das ferramentas de busca, é fácil encontrar informações na internet. Mas em pesquisas de respostas não tão diretas,
como é o caso dessa pergunta, é necessário conhecer um pouco melhor como fazer esse tipo de pesquisa através dessas ferramentas. Outro
fator importante é saber se a fonte é confiável. O interessante é dar algumas poucas dicas básicas, deixar que os alunos cometam erros e, a partir
2. Alhazen provou que a luz se propaga em linha reta ao realizar um experimento: a câmara escura. Pesquise
como se faz e refaça esse experimento.
A câmara escura é um experimento fácil de ser feito e o resultado é muito interessante de se observar. Seus resultados foram estudados neste
EM19_1_FIS_B_01
364 FIS B
1,8 m
1,25 m
a) Represente os raios de luz que saem dos extremos da pessoa
e a projeção da imagem na parede da câmara.
b) Qual será o valor do tamanho da imagem? 3. Um objeto de 5 cm é posicionado em frente a uma câmara escura,
c) Calcule o aumento da imagem. a uma distância de 30 cm. Considerando que a câmara tem 10 cm
de profundidade, qual será a altura da imagem obtida?
Solução:
Esse é um problema de câmara escura, em que podemos aplicar a equação:
a) Os raios de luz envolvidos na questão estão apresentados
i p′
na figura: =
o p
25 cm
Fazendo um pequeno esboço da situação, para identificar os elementos básicos, temos:
5 cm
30 cm 10 cm
1,8 m
i 10 cm cm⋅ 0 cm
= →i= → =,
166
5 cm 30 cm 30 cm
AB BC H 15 m
= → = → 15 2 5 → =
37 5 m
Praticando DF FE 2, 5 m 1 m
1. Durante as atividades diárias, observamos os princípios da óptica 5. Um objeto em forma de disco é iluminado por uma fonte de luz
geométrica constantemente. Relacione as situações a seguir com pontual, localizado a 10 cm de altura do seu centro. O disco apre-
os princípios estudados neste módulo. senta raio de 5 cm, e sua sombra é projetada em um anteparo
a) O motorista que observa os passageiros do banco de trás pelo localizado a 30 cm do disco. Calcule o raio da imagem projetada.
espelho retrovisor. A figura a seguir mostra a possível configuração do experimento em questão. Boa parte
dos exercícios de Óptica é resolvida por meio de semelhança de triângulo, por isso é
Nessa situação, os raios de luz que chegam aos olhos do motorista são os mesmos
importante procurar esse elemento nas montagens.
que vão dos olhos até os passageiros. Esse é o princípio da reversibilidade dos raios
A
de luz. A
10 cm
b) O fato de os faróis de dois carros, um passando diante do outro, Fonte de luz 10 cm A
B C
não se interferirem. Disco r
C
5 cm
B 40 cm
Esse fato é explicado pela independência dos raios de luz, permitindo propagações Sombra 30 cm
R
D R E
sem interferências. D E
EM19_1_FIS_B_01
c) Formação de sombras pelos objetos. Na figura, temos dois triângulos importantes: ∆ABC e ∆ADE. Usando as relações de seme-
lhança de triângulo, obtemos:
A formação das sombras é uma evidência direta da propagação retilínea da luz.
AB BC 10 cm 5 cm ( 40 cm ⋅ 5 cm)
= → = →R = → R = 20 cm
AD DE 40 cm R 10 cm
FIS B 365
B
6 cm
A
C E
70 cm
100 m
366 FIS B
Complementares
FIS B 367
orifício
objeto
imagem
d) 3,6 2. Abra
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte parapara o QR
um dos QRCode
Codesaoaolado.
lado para
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
e) 1,1
368 FIS B
in
g/
luminosa
Sh
ut
te
rst
oc
k
Reflexão luminosa I
Reflexão da luz • Espelhos planos: formação de imagens •
Movimentação de um espelho plano • Campo visual • Associações de espelhos
APERTE O PLAY
Curiosidade
Narciso, do artista Michelangelo Merisi da Caravaggio, retrata um belo jovem observando seu
littlesam/Shutterstock
reflexo na água. A lenda grega diz que Narciso, filho do deus Cephisus e da ninfa Liriope, era
um jovem muito belo. Apaixonado por sua imagem, o belo jovem, ao ver sua imagem refletida
na água, ficou tomado por um encantamento que deixou de se alimentar até morrer.
O termo narcisismo, que deriva de Narciso, é utilizado pela psicologia para designar aquela pessoa que
tem um amor excessivo por si próprio.
FIS B 369
370 FIS B
joshya/Shutterstock
Ponto Músculo Ciliar Retina
imagem Íris
Observando os triângulos ∆PAB e ∆P’AB, Córnea
Retina
em um espelho plano. Observe o ponto conjugado P’.
A terceira característica importante de um Íris
Córnea
Observamos na figura alguns elementos espelho é sua capacidade de ser estigmáti- Humor
comuns na formação de imagens por espe- co, ou seja, conjugar um ponto objeto com aquoso
Lente Humor
vítreo
apenas um ponto imagem. Existem outros
irregular
lhos. Primeiro é a representação de espelho,
que é feita por uma linha com um dos lados sistemas ópticos que conjugam mais de um
com hachuras, indicando o lado opaco do es- ponto e, em vez de se formar uma imagem,
pelho, ou seja, aquele que não reflete a luz. forma-se uma mancha. Esses são sistemas Curiosidade
Na prática, esse lado é a parte de trás de um astigmáticos.
• Antigamente muitos atribuíam
espelho. Enquanto a parte lisa é a parte refle- A discussão até o momento foi concentra- poderes mágicos aos espelhos,
tora da luz. da em pontos de luz. Mas e se fossem obje- pois não é difícil sentir-se to-
mado pelo mesmo sentimento
tos maiores? Como seria a formação de suas
O raio de luz incidente parte do ponto P, de espanto ao ver imagens
imagens? como a de um “espelho infini-
chamado de ponto objeto. O ponto P’ é o cor- to”, exemplo da figura a seguir.
respondente ao ponto P, denominado ima- Para objetos extensos, a reflexão é pon-
Aspargos/W.Commons
gem. Os pontos P e P’ são ditos conjugados, tual e a junção de todos os pontos conjugados
por estarem conectados pela ação do espe- dará origem à imagem do corpo. Essa relação
lho. Existem pontos ditos reais, aqueles que faz com que o sistema objeto-imagem tenha
as mesmas dimensões, além do sistema ser
são encontros efetivos de raios de luz, e os
equidistante.
pontos virtuais, aqueles criados pelo encon-
tro dos prolongamentos dos raios de luz. Na A A’ • A imagem a seguir é de um
figura, o ponto P é um objeto real e o ponto P’ D
espelho de bronze encontrado
D’ no Egito (Novo Império, 8.ª
é uma imagem virtual. Essa é uma das carac- dinastia, 1540–1296 a.C.).
terísticas mais importantes do espelho plano: A peça encontra-se exposta no
os pontos objeto e imagem são de naturezas Física acisíF museu de arte de Cleveland
(Ohio, EUA).
diferentes – um ponto objeto real resulta em
Daderot/W.Commons
B B’
um ponto imagem virtual e vice-versa.
A representação dos raios de luz na figura é C C’
proveniente da 2.ª Lei da Reflexão. A igualdade Espelho
Plano
entre os ângulos de incidência e reflexão nos » Para a formação de imagens de objetos extensos, existe a
permite obter outra conclusão importante so- formação de pares objeto-imagem pontuais. A união de todos
bre os espelhos planos. Considere um ponto P os pontos gera a imagem do objeto.
com dois raios incidentes sobre o espelho E,
Assim, a imagem conjugada pelo espelho
sendo um deles de incidência perpendicular e é virtual, de mesmo tamanho que o objeto e
EM19_1_FIS_B_02
o outro com um ângulo de incidência qualquer. direita. Na Óptica existe a separação entre a
O prolongamento dos raios conjuga o ponto P’ imagem conjugada de ponta-cabeça, chama-
virtual, representado na figura a seguir. da de invertida, e a de orientação igual à do
FIS B 371
372 FIS B
espelho
defensiva. Apesar de existirem três espelhos B
B
E automotivos, boa parte da visão dos motoris- Solução:
tas fica restrita a uma pequena área, aumen- Para obter a região de campo visual
precisamos encontrar o ponto ima-
tando os chamados pontos cegos (pontos
gem O’. Com isso, traçamos retas que
sem visibilidade). Grande parte dos acidentes partem do ponto O’ e tangenciam
ocorre quando os condutores efetuam mano- as extremidades do espelho, como
A mostra a figura.
bras bruscas em pontos cegos. Para veículos
O maiores, como caminhões e ônibus, o núme-
Observador O O’
» O campo visual do espelho é a região delimitada pelas retas que ro de pontos cegos é ainda maior.
d
ligam o ponto imagem O’ com qualquer ponto pertencente ao es-
SAE DIGITAL S/A
Associações de espelhos
SAE DIGITAL S/A
Um recurso comum aplicado por designers Essa equação não é de simples dedução
de interiores é distribuir uma série de espe- e apresenta algumas limitações importantes: 90º
lhos em ambientes pequenos com a finalida- ● Quando a relação
360° for par, o objeto
de de torná-los aparentemente maiores. Além α
de promover uma aparente profundidade de pode estar localizado em qualquer posi-
espaço é possível observar a formação de ção, dentro do campo visual.
» Quando associamos dois espelhos
múltiplas imagens. A formação de múltiplas 360°
● Se a relação for ímpar, o objeto com certo ângulo entre eles, ocorre
imagens é um efeito de associação de espe- α a formação de múltiplas imagens.
lhos. Considere os dois espelhos como na fi- precisa estar no plano bissetor do ân-
gura ao lado. gulo a. Na prática, deverá estar alinha-
do com o encontro dos espelhos. Exemplo
A formação de múltiplas imagens é devido
às várias reflexões possíveis, de acordo com Outro resultado muito interessante é Considere dois espelhos planos
o ângulo entre os espelhos. Quanto maior for quando diminuímos o ângulo a para valores colocados com um ângulo de 60°,
depois colocados a 30°. Qual é a
o ângulo a entre os espelhos (abertura), me- próximos de zero. Diminuir o ângulo impli-
diferença no número de imagens
nos reflexões ocorrem e, por consequência, ca em aumentar cada vez mais o número de formadas?
menos imagens são formadas. O contrário imagens. Quando o ângulo a é igual a zero, os Solução:
também é verdade: ao diminuir a abertura, espelhos estão paralelos, e haverá a forma- No caso 1, o ângulo vale 60°,
aumenta o número de imagens. ção de infinitas imagens. No filme Inception temos:
FIS B 373
Eugenio Marongiu/Shutterstock
Tinxi/Shutterstock
» Obras feitas com espelhos do Pavilhão Italiano, na feira mundial de Milão, em 2015.
Como você pode perceber, a ciência e a arte são excelentes parceiras. Um outro bom exemplo é o calei-
doscópio, cujo funcionamento é resultado de múltiplas reflexões em espelhos.
Billwhittaker/W.Commons
Marina Leontyeva/Shutterstock
» À esquerda o “CalifórniaScope”, obra de arte na forma de um gigante caleidoscópio, em San Diego, Califórnia. À direita,
imagem produzida por um caleidoscópio.
1. Pesquise sobre outras obras de arte que usem conceitos de Óptica e as liste aqui. Compare sua lista e
troque ideias com um colega sobre suas listas.
Importante é identificar uma obra e tentar entendê-la. Se a explicação está em algum conceito que vem adiante, tudo bem, já que pode ser
2. Faça uma obra de arte usando algum conceito de Óptica. Dica: você pode construir um caleidoscópio,
existe vasto material na internet, inclusive vídeos, mostrando como fazer um.
A ideia é aprender os conceitos de forma divertida, por isso os alunos devem ter a maior liberdade possível na parte artística. E deve ser algo
374 FIS B
Desenvolvendo Habilidades
1,5 m x
Logo x = 6,0 m.
a 90 km/h, a velocidade da imagem será de 180 km/h. c) virtual, direita e do mesmo tamanho do objeto.
d) real, invertida lateralmente e do mesmo tamanho do objeto.
e) real, direita e menor que o objeto.
FIS B 375
Complementares
4. C5:H17 (Mackenzie-2016) Um objeto extenso de altura h está fixo, 2. (CEFET-MG-2013) Diversos tipos de espelhos podem ser utilizados
disposto frontalmente diante de uma superfície refletora de um em aparelhos tais como telescópio, binóculos e microscópios.
espelho plano, a uma distância de 120,0 cm. Aproximando-se o A figura a seguir representa um objeto puntiforme em frente a
espelho do objeto de uma distância de 20,0 cm, a imagem conju- um espelho plano.
gada, nessa condição, encontra-se distante do objeto de
Espelho 1
a) 100,0 cm.
plano
b) 120,0 cm. Objeto
c) 200,0 cm. 3 4
d) 240,0 cm.
EM19_1_FIS_B_02
e) 300,0 cm. 2
5. C5:H17 (Unifor-2014) O ângulo entre dois espelhos planos é de
20º. Um objeto de dimensões desprezíveis é colocado em uma
376 FIS B
6
Com relação a essa figura, considere:
•• A altura da torre é de 100 m. E
4
•• A distância percorrida pela luz do espelho até o topo da torre
é de 200 m.
2 B
•• A luz do sol incide verticalmente sobre a área plana.
•• As dimensões do espelho E devem ser desprezadas. O
0 A
Nessa situação, conclui-se que o ângulo de incidência de um feixe 0 2 4 6 8 10 12 14 16
de luz solar sobre o espelho E é de X(m)
a) 90º.
O observador O, localizado em Xo = 7 m sobre o eixo X, vê a imagem
b) 60º.
A’B’ do objeto AB formada pelo espelho plano E da figura.
c) 45º. a) Quais são as coordenadas das extremidades A’ e B’ da imagem
d) 30º. A’B’?
e) 0º. b) Quais as extremidades, X1 e X2, do intervalo dentro do qual
6. (PUC-SP-2012) Um aluno colocou um objeto “O” entre as superfícies deve se posicionar o observador O, sobre o eixo X, para ver a
refletoras de dois espelhos planos associados e que formavam en- imagem A’B’ em toda sua extensão?
tre si um ângulo θ obtendo n imagens. Quando reduziu o ângulo 9. (Unesp-2015) Uma pessoa de 1,8 m de altura está parada diante de
EM19_1_FIS_B_02
entre os espelhos para θ/4 passou a obter m imagens. A relação um espelho plano apoiado no solo e preso em uma parede vertical.
entre m e n é Como o espelho está mal posicionado, a pessoa não consegue ver a
FIS B 377
GABARITO
GABARITO EONLINE
SOLUCIONÁRIO ONLINE
1. Faça
1. Façaoodownload
download dodo aplicativo
aplicativo SAE Questões
SAE Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
EM19_1_FIS_B_02
de leituradeQR
aplicativo Code.
leitura QR Code.
2. Abra o aplicativo e aponte para o QR Code ao lado.
2. Abra o aplicativo e aponte para um dos QR Codes ao lado para
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
378 FIS B
ah
bz
esféricos
yg
/S
– estudo
hu
matemático
tte
rst
oc
k
Reflexão luminosa II
Elementos de um espelho esférico • Espelhos esféricos de Gauss • Formação de imagens • Aumento linear transversal • Equação de Gauss
APERTE O PLAY
Refletores esféricos e seu uso
Durante a batalha da Grã-Bretanha, na segunda Guerra Mundial, mesmo lutando praticamente
sozinhos e sendo duramente castigados pelos bombardeios da Luftwaffe (a força aérea nazista),
os ingleses resistiram bravamente. Duas tecnologias que usam refletores esféricos foram importantes nessa
batalha. Um deles é o holofote, usados para ver os bombardeiros se aproximando à noite, e outro é o radar, im-
portante instrumento de detecção e desenvolvido secretamente por diversos países durante a Segunda Guerra.
• Espelhos esférico são usados em muitos objetos de seu cotidiano. Se pensar um pouco vai encontrar
vários exemplos. Enumere o maior número possível.
Existe uma lista extensa e pode-se estimular os alunos a procurem o maior número de resposta possíveis, já que é algo que eles já viram
em muitas situações, e relacioná-los com o tipo de espelho. (Exs.: espelho de maquiagem (côncavo); espelho de loja/ônibus (convexo);
Bukvoed/
r/
Tanne
W.Comm
ons
FIS B 379
Aaron Amat/Shutterstock
colocamos os alimentos) e outra externa. Na imagens? A diferença entre os espelhos pla-
superfície refletora interna, a imagem fica pe- nos e os esféricos é que esses últimos têm
quena. Já na superfície refletora externa, ape- uma curvatura. Quando esses espelhos cur-
sar de a imagem continuar pequena, ela fica vos apresentam arcos de circunferência, são
invertida. Também é possível verificar que, chamados de esféricos, os quais são utiliza-
à medida que a colher é afastada ou aproxi- dos para produzir imagens aumentadas ou
mada do rosto, a imagem pode mudar de ta- ampliar o campo visual em determinadas
manho e até de orientação. Esses fenômenos situações.
Pegue uma colher de aço e observe
sua imagem formada nos dois são bem diferentes daqueles observados em
lados e anote suas conclusões.
Yurevich Margarita/Shutterstock
um espelho convexo. Essa atividade dará (a) (b)
uma noção inicial aos estudantes sobre as
características das imagens formadas nes-
» Esquema de espelho côncavo (a); espelho convexo (b).
ses espelhos.
As colheres de aço inoxidável, embora não
Saiba mais sejam espelhos esféricos, têm comportamen-
to semelhante a esses. A superfície interna, na
Outras aplicações dos espelhos
qual os alimentos são colocados, é um espelho
esféricos vão desde os espelhos de
aumento, contido, por exemplo, côncavo, e a externa é um espelho convexo.
nos estojos de maquiagem, até
objetivas de telescópios. Considere um espelho côncavo, conforme
a figura a seguir.
R
» Superfície esférica refletora.
Eixo principal
Espelhos esféricos são calotas esfé- V α C
ricas, polidas, em que uma de suas su-
Eixo secundário
perfícies é refletora. R
dem ser espelhadas. Se a superfície refletora • Ângulo de abertura (α): ângulo forma-
for a interna, tem-se um espelho côncavo. Se do pelo centro de curvatura C e pelos
a superfície refletora for a externa, tem-se um lados que passam pelas extremidades
espelho convexo. opostas da calota.
380 FIS B
Nicku/Shutterstock
ainda, próximos dele. Dessa maneira, o situados atrás dele, na abscissa negativa.
ângulo de abertura do espelho deve ser
pequeno (α ≤ 10°).
y E y
luz incidente luz incidente
X X
V F C C F V
De origem humilde, Gauss viveu em
uma cidade da Alemanha chamada
Brunswick. Foi um menino prodígio
que teve os estudos custeados
» Referencial gaussiano para espelhos convexos. » Referencial gaussiano para espelhos côncavos. pelo Duque de Brunswick, na
Universidade de Göttingen, de 1795
a 1798. Desenvolveu trabalhos em
Formação de imagens
álgebra, cartografia e em outras
áreas da Matemática, da Física e
da Astronomia. Foi o criador do
Método dos Mínimos Quadrados –
Você já observou que em aplicações de se- ponto F sobre o eixo principal. Esse ponto é usado para o tratamento de erros
de uma medida.
gurança e monitoramento, em alguns pontos denominado foco principal real.
de garagens ou dentro de ônibus, são utili-
zados espelhos esféricos convexos? Eles têm
a finalidade de ampliar o campo visual dos
motoristas. É possível que também já tenha C F
observado os espelhos esféricos côncavos, f
utilizados como espelhos de aumento em fa-
róis, lanternas e projetores. » Foco principal real em um espelho esférico côncavo.
As imagens formadas pelos espelhos esféri- Agora considere o espelho convexo mos-
cos são diferentes das formadas pelos espelhos trado na figura a seguir. Os raios luminosos
planos. Para localizar a imagem de um objeto que incidem no espelho são paralelos ao eixo
formada em um espelho esférico é preciso lo- principal e os raios refletidos são divergentes.
calizar a imagem formada por cada um de seus Os prolongamentos dos raios refletidos pas-
pontos. Para isso algumas informações impor- sam pelo mesmo ponto F sobre o eixo princi-
tantes devem ser esclarecidas, como veremos pal. Nesse caso, o ponto é denominado foco
nos tópicos seguintes. principal virtual.
FIS B 381
Raios notáveis
Alguns raios luminosos têm um comporta-
mento muito particular. Esses raios de luz são » O raio de luz que incidir no vértice do espelho refletirá com
Saiba mais denominados raios notáveis e com apenas dois
o mesmo ângulo.
Espelhos convexos são comumente deles é possível determinar geometricamente a Para construir geometricamente a imagem
utilizados como espelhos retrovi- imagem formada. Vejamos, geometricamente, de um objeto serão necessários apenas dois
sores de diversos tipos de veículos como eles se comportam. raios de luz incidentes entre os três notáveis.
e também em partes estratégicas
no interior de lojas (para que a ● Todo raio de luz que incide passando Com dois desses raios, determina-se a posi-
segurança tenha maior visibilidade
pelo centro de curvatura, ou seja, per- ção, a característica e o tamanho da imagem
do ambiente). formada.
pendicular à superfície, refletirá sobre si
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F Objeto
C V C F V Imagem
A' A
B
F B'
» O raio de luz em direção ao foco reflete na direção paralela
ao eixo principal e vice-versa.
» Formação de imagem em um espelho convexo.
382 FIS B
chriss73/Shutterstock
nar as características das imagens, considere o
as seguintes posições. v F B C B'
i
● Objeto antes do centro de curvatura
Considere um objeto colocado diante
A'
de um espelho côncavo, conforme figu-
ra a seguir. O raio de luz que passa pelo
Observe que a imagem é real, inverti-
ponto A do objeto e incide no espelho
refletirá passando pelo foco. Outro raio da e maior que o objeto.
A superfície côncava refletora con-
que passa pelo ponto A e incide no vér- ● Objeto sobre o foco centra a energia refletida no local
tice do espelho refletirá com um ângulo Quando um objeto é colocado exata- da área de cozinhar. Com intuito
igual ao ângulo de incidência. A imagem de retenção de calor suficiente
mente sobre o foco do espelho cônca- para cozinhar o alimento, pode ser
do ponto A está no cruzamento dos adotada uma cobertura transpa-
vo, os dois raios incidentes refletirão
dois raios refletidos. rente na montagem do aparelho.
paralelamente entre si, e a imagem se Isso cria um ambiente de estufa. O
formará no infinito, chamada, assim, de efeito é melhor se a panela estiver
A posicionada no foco (ou próximo)
imagem imprópria. da superfície côncava.
B' o
v F i B
C A
A' o
B
V F
Observe que a imagem é formada entre
o centro de curvatura e o foco do espe- paralelos
lho. A imagem é real e invertida (de ca-
beça para baixo) em relação ao objeto.
imagem imprópria
O tamanho da imagem é menor que o (no infinito)
do objeto real. A imagem é real, inver-
tida e menor. ● Objeto entre o vértice e o foco
● Objeto sobre o centro de curvatura Considere o objeto colocado diante de
Considere um objeto colocado diante um espelho côncavo, localizado entre o
de um espelho côncavo, exatamente foco e o vértice. A imagem será forma-
no centro de curvatura do espelho. Os da no cruzamento dos prolongamentos
raios incidentes paralelos ao eixo prin- dos raios refletidos.
cipal e sobre o vértice refletirão. A ima-
gem do ponto A está localizada no cru-
zamento dos raios refletidos. A'
A
o
A
o
C B
v F B' B' V B F
A'
i
FIS B 383
c F B'
Denomina-se aumento linear transver-
sal o quociente entre o tamanho da imagem e
p p'
o tamanho do objeto.
Equação de Gauss
Conhecendo a distância focal e a posição de
um objeto diante de espelhos esféricos, é possí- y
vel determinar analiticamente as características
das imagens produzidas em tais espelhos. luz incidente
Considere o sistema cartesiano de coor-
denadas em que o vértice V do espelho é a ori- x
gem dos eixos orientados. O eixo das abscis-
sas tem a direção do eixo principal e sentido
EM19_1_FIS_B_03
384 FIS B
FIS B 385
Arne Nordmann/W.Commons
Os caçadores de ETs
Afinal, estamos sós ou acompanhados? A pergunta é quase tão antiga quanto
a humanidade. Agora a ciência está procurando uma resposta. É o Projeto
SETI, que rastreia o Cosmo em busca de sinais de vida inteligente.
Tão altos quanto um edifício de trinta andares, alguns deles lembram gigantescas tigelas de alumínio.
Funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Com suas antenas parabólicas voltadas para o céu, os
radiotelescópios são a peça essencial da busca da vida fora da Terra. Há mais de trinta anos, uma confraria
muito especial de astrônomos rastreia minuciosamente o Cosmo, na expectativa de encontrar uma men-
sagem, um ruído que seja – qualquer coisa que prove a existência de outros seres inteligentes além de nós.
São os cientistas engajados no Projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que mobiliza 450
pesquisadores, em mais de trinta países. Nada menos que 134 sinais, que podem ter sido emitidos por algum
tipo de inteligência fora do nosso planeta, já foram captados. Um deles era tão convincente que o operador,
eufórico, anotou na folha do computador a expressão “uau!”. Como esses sinais não se repetiram, continua-
mos sem uma prova de que eles vieram de uma civilização extraterrestre. [...]
A ciência se interessou pela busca de inteligência em outros planetas em 1959. Naquele ano, os pesqui-
sadores Philip Morrison e Giuseppe Cocconi afirmaram que os sinais de rádio seriam o meio mais lógico
de comunicação entre civilizações desenvolvidas. As ondas de rádio, argumentaram, viajam à velocidade da
luz, estão disponíveis no Universo inteiro e não são distorcidas pela atmosfera dos planetas. [...]
2. Nos filmes Contato e A Chegada, com o intuito de se comunicar com os alienígenas, usam-se informações
científicas. Por quê?
Porque é uma linguagem universal, o que torna fácil perceber que se trata de uma mensagem (com algum significado) e ponto de partida para
» Rádio telescópio de Arecibo, localiza-
que culturas tão diferentes possam começar a se entender.
do em Porto Rico. Os rádios teles-
cópios, como esse, são importantes
Não é preciso conhecer ou assistir aos filmes para dar a resposta, mas é interessante estimular os alunos a assistirem e conversarem a respeito,
instrumentos de estudo do Universo.
porque são filmes que certamente vão resultar em boas discussões.
Dennis van de Water/Shutterstock
EM19_1_FIS_B_03
386 FIS B
B'
C B F V p = 0,6
A
O
B'
C B F f = 0,45 V
A' i
A imagem é real, invertida e maior. A'
Praticando
c) dê as características da imagem formada.
1. Usando um espelho esférico côncavo, onde deve estar localizado o A imagem é real, invertida e maior.
objeto no eixo principal para que a imagem formada seja virtual?
Em espelhos côncavos a imagem é virtual somente quando o objeto estiver entre o vér-
Um farol de carro é um exemplo de espelho côncavo. A lâmpada deve estar sobre o foco A abscissa do objeto é p = 30 cm. Assim, podemos determinar a distância da imagem ao
do espelho, para que os raios refletidos saiam paralelos uns aos outros, como mostra a espelho pela expressão:
figura.
1 1 1
= +
f p p′
1 1 1
= +
10 30 p ’
1 1 1
− =
10 30 p ’
3 −1 1
=
30 p ’
2 1
=
30 p ’
C F V p ’ = 15 cm
= +
f 30 −90
1 3 −1
=
f 90
1 2
=
f 90
f = 45 cm
FIS B 387
p’
Da expressão para o aumento linear transversal, A = − , temos:
p
p′
2 = − → p′=− 2p
p
Da equação de Gauss:
1 1 1 1 1
= + → =
f p ( −2p ) f 2p
f (Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=RtZYfTr7D_o>.
p=
2 Acesso em: 25 out. 2016.)
Como f = R , então,
2 É correto afirmar que o efeito mostrado na ilustração não ocorre na
R
p= 2 →p=
R realidade, pois a bola de Natal formaria uma imagem
2 4 a) virtual ampliada.
b) virtual reduzida.
c) real ampliada.
8. Para fazer a barba de maneira mais eficiente, um homem compra d) real reduzida.
um espelho esférico que, ao se colocar 50 cm distante, aumenta
e) imprópria.
duas vezes a imagem do seu rosto. Qual é o tipo de espelho e o
raio de curvatura? 2. C1:H3 (Enem-2010) Os espelhos retrovisores, que de-
veriam auxiliar os motoristas na hora de estacionar ou
O espelho utilizado para obter uma imagem ampliada é o côncavo, pois o convexo sem-
pre produz imagem menor.
mudar de pista, muitas vezes causam problemas. É que
A abscissa do objeto é p = 0, 5 m. O aumento linear transversal é dado por: o espelho retrovisor do lado direito, em alguns modelos,
p′ distorce a imagem, dando a impressão de que o veículo está a uma
A=−
p distância maior do que a real.
p′
Este tipo de espelho, chamado convexo, é utilizado com o objetivo
2=− de ampliar o campo visual do motorista, já que no Brasil se adota a
0, 5
p′ = −1m direção do lado esquerdo e, assim, o espelho da direita fica muito
mais distante dos olhos do condutor.
Da equação de Gauss, temos:
1 1 1 (Disponível em:<http://noticias.vrum.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2010.
= + Adaptado.)
f p p′
1 1
= +
1 1
→ = 2 −1
Sabe-se que, em um espelho convexo, a imagem formada está mais
f 0, 5 ( −1) f próxima do espelho do que este está do objeto, o que parece estar
1
em conflito com a informação apresentada na reportagem. Essa
= 1→ f = 1m aparente contradição é explicada pelo fato de
f
O foco do espelho é dado por f = R , assim: a) a imagem projetada na retina do motorista ser menor do que
2 o objeto.
R = 2f →R = 2 m
b) a velocidade do automóvel afetar a percepção da distância.
c) o cérebro humano interpretar como distante uma imagem
9. O raio de curvatura de um espelho côncavo mede 60 cm. Um objeto pequena.
luminoso linear, de comprimento 2 cm, está disposto perpendicu-
larmente ao seu eixo principal e a uma distância de 90 cm do seu d) o espelho convexo ser capaz de aumentar o campo visual do
vértice. Determine o aumento linear transversal. motorista.
Dados: R = 60 cm; o = 2 cm; p = 90 cm. e) o motorista perceber a luz vinda do espelho com a parte
lateral do olho.
O aumento linear transversal é dado por: A = − p′
p
3. C1:H3 (Fatec-2014) Como foi que um arranha-céus “derreteu” um
É possível determinar p′ pela equação de Gauss: 1 = 1 + 1 carro?
f p p′
R 60 “É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvilíneo e tem
Como f = , então, = f = 30 cm. Desse modo:
2 2 várias janelas planas, que funcionam como espelhos, os reflexos se
1
= +
1 1 convergem em um ponto” diz Chris Shepherd, do Instituto de Física
30 90 p′ de Londres. O edifício de 37 andares, ainda em construção, é de
1 1 1 1 2 fato um prédio curvilíneo e o carro, um Jaguar, estava estacionado
= − → =
p′ 30 90 p′ 90 em uma rua próxima ao prédio, exatamente no ponto atingido por
p′ = 45 cm luzes refletidas e não foi o único que sofreu estrago. O fenômeno é
EM19_1_FIS_B_03
45
Assim, o aumento linear transversal é: A = − = −
1 consequência da posição do Sol em um determinado período do
. 90 2 ano e permanece nessa posição por duas horas por dia. Assim, seus
O sinal negativo indica que objeto e imagem têm a mesma natureza, ou seja, ambos são reais. raios incidem de maneira oblíqua às janelas do edifício.
388 FIS B
A'
B V B' F C
B F C
V
imagem
Filamento
Com base no esquema da figura, assinale a alternativa que Quando o filamento de lâmpada emite luz na direção do espelho,
representa corretamente o gráfico da imagem do objeto AB, uma imagem real de 3 cm de tamanho é formada em um anteparo
colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho a uma certa distância do vértice do espelho.
esférico convexo. Com base no exposto, é correto afirmar que a distância focal desse
a) espelho, em cm, é de
A a) 3,0. b) 3,5. c) 4,0. d) 4,5. e) 5,0.
6. C5:H18 (Cesgranrio-2011) Um espelho esférico côncavo tem distân-
B cia focal (f ) igual a 20 cm. Um objeto de 5 cm de altura é colocado
B' F V de frente para a superfície refletora desse espelho, sobre o eixo
A' principal, formando uma imagem real invertida e com 4 cm de
altura. A distância, em centímetros, entre o objeto e a imagem é de
a) 9. b) 12. c) 25. d) 45. e) 75.
b)
Complementares
A
1. (UFTM-2012) Sobre o comportamento dos espelhos esféricos,
assinale a alternativa correta.
B' C B F V
a) Se um objeto real estiver no centro de curvatura de um espelho
esférico, sua imagem será real, direita e de mesmo tamanho
A' que a do objeto.
b) Os raios de luz que incidem, fora do eixo principal, sobre o
vértice de um espelho esférico refletem-se passando pelo
foco desse espelho.
c)
c) Os espelhos esféricos côncavos só formam imagens virtuais,
A A' sendo utilizados, por exemplo, em portas de garagens para
aumentar o campo visual.
d) Os espelhos convexos, por produzirem imagens ampliadas e
C F B V B' reais, são bastante utilizados por dentistas em seu trabalho
EM19_1_FIS_B_03
de inspeção dental.
e) Os espelhos utilizados em telescópios são côncavos e as ima-
gens por eles formadas são reais e se localizam, aproximada-
mente, no foco desses espelhos.
FIS B 389
Pequeno
espelho
C F
21 17 13
a) c) e) 1. Faça
1. Façaoodownload
download dodo aplicativo
aplicativo SAE Questões
SAE Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
4 4 4 de leituradeQR
aplicativo Code.
leitura QR Code.
2. Abra
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte parapara o QR
um dos QRCode
Codesaoaolado.
lado para
19 15 3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
b) d)
4 4
390 FIS B
ck
/S
hu
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rst
oc
k
Refração luminosa I
Dioptro plano
e lâminas de
faces paralelas
Refração • Índice de refração • Leis da refração • Dioptro plano • Lâminas de faces paralelas
APERTE O PLAY
Desvios causados pela refração dos raios de luz
Os raios de luz, provenientes do espaço interestelar, mudam de direção quando
penetram na atmosfera, em consequência do aumento da densidade.
Quando penetram na atmosfera terrestre em direção à superfície, os raios luminosos que vêm do espa-
ço interestelar mudam de direção e são parcialmente decompostos, dispersos e absorvidos pelas camadas
atmosféricas. Supõe-se que a atmosfera se compõe de finas camadas, cuja densidade aumenta à medida que
se aproxima do solo. Em consequência desse aumento de densidade, um raio de luz, ao penetrar obliqua-
mente na atmosfera, é sempre desviado ligeiramente em direção vertical ao passar de uma camada à outra.
Considerando que a densidade do ar aumenta progressivamente, de tal modo que o raio luminoso descreve
uma trajetória curva com concavidade voltada para baixo.
Ao atingir o observador situado na superfície terrestre, este enxergará a fonte de luz na direção em que o
raio parece ter tido origem. Em consequência, o astro parece mais alto no horizonte do que está na realidade.
Esse desvio é conhecido como refração astronômica. Quando a luz passa de um meio menos denso para
outro mais denso ou vice-versa, a refração se produzirá obliquamente sobre a superfície que separa os dois
meios. Assim, não haverá desvio se o raio penetrar verticalmente na atmosfera: os astros situados no zênite
não sofrem desvios, pois a refração ali é nula.
Ao nos afastarmos desta posição em direção ao horizonte, o desvio aumentará. De início lentamente e,
em seguida, rapidamente. A 80 graus de altura, o desvio será de 10 segundos; a 65 graus, de 0,5 minutos; e
a 45 graus atingirá 1 minuto. O desvio máximo vai ocorrer no horizonte, onde a refração astronômica é de
aproximadamente 35 minutos. [...] » O Sol se encontra abaixo do
horizonte, mas devido à refração
atmosférica somos capazes de
ver sua luz – fenômeno que
(Disponível em: <https://super.abril.com.br/ você pode observar tanto no
nascer quanto no pôr do Sol.
k
tecnologia/desvios-causados-pela-refracao-dos-
oc
hn/Shutterst
FIS B 391
Observação
Todas as ondas eletromagnéticas,
como o infravermelho e o ultravio-
Índice de refração
leta, propagam-se no vácuo com
velocidade c.
Experimentalmente, verifica-se que, ao
mudar de meio, a velocidade de propagação Índice de refração relativo
da luz se altera. Em meios materiais, a velo-
cidade é sempre menor que a velocidade da
entre dois meios
luz no vácuo. A grandeza que relaciona a velo- O índice de refração relativo entre dois
cidade de propagação da luz no vácuo com a meios (meios 1 e 2) é a razão entre os índi-
velocidade em outro meio material é o índice ces de refração absolutos de cada um desses
de refração absoluto n, definido por: meios (n1 e n2).
Saiba mais
Como a velocidade da luz no vácuo (c) é c c
Como n1 = e n2 = , temos:
maior que a velocidade de propagação em v1 v2
A luz se propaga em um meio outros meios materiais (c > v), o índice de re-
material, mas, diferentemente do fração é maior que um (n > 1). Se o meio con- c
que acontece com a propagação da v1 v 2
onda sonora ou das ondas na super- siderado for o vácuo, tem-se n = 1. n= =
fície da água, as partículas do meio O índice de refração expressa o quanto a
1,2
c v1
não oscilam quando a luz passa v2
através do meio. No caso das ondas velocidade da luz em um meio material é me-
luminosas, é o campo eletromagné- nor que a velocidade da luz no vácuo.
tico que oscila.
O índice de refração do ar é ligeiramente n1 v 2
maior que um. Entretanto, consideraremos n1=
,2
=
n2 v1
igual a um, caso contrário, será especificado
seu valor.
Nessa expressão, é possível observar que
nar ≅ 1 os índices de refração absolutos de dois meios
materiais são inversamente proporcionais às
velocidades de propagação nesses meios. O
EM19_1_FIS_B_04
392 FIS B
Leis da refração Ar
Gelo
1
1,31
Considere um raio luminoso que inicial- A relação entre as grandezas envolvidas Água 1,33
mente se propaga no meio 1 de índice de re- no fenômeno de refração luminosa (ângulos Glicerina 1,47
fração n1 e, ao encontrar o meio 2, de índice de incidência e de refração e os índices de re- Acrílico 1,49
de refração n2 , é refratado, passando a se fração) é dada pela segunda lei.
Vidro 1,50
propagar nesse meio. As velocidades de pro- ● 2.ª Lei da Refração – o produto do ín- Diamante 2,42
pagação da luz nesses meios são v1 e v 2 , res- dice de refração (do meio no qual o raio
pectivamente. Ao traçar uma reta normal N de luz se propaga) com o seno do ângu- » Meios materiais e seus respectivos
à superfície de separação entre os meios, lo que ele faz com a reta normal é cons- índices de refração.
definem-se os ângulos de incidência e de re- tante. Essa lei, que relaciona os ângulos
fração. O ângulo de incidência θ1 é formado de incidência e de refração com os índi-
pelo raio incidente (R I) e pela reta normal e o ces de refração dos meios, é chamada
ângulo de refração θ2 é formado pelo raio re- de Lei de Snell-Descartes. Observação
fratado (R R) e pela reta normal. Os elementos
Matematicamente, a Lei de Snell-Descartes Para a análise do fenômeno de
necessários para o estudo da refração estão
apresenta-se como: refração da luz, siga estes passos:
mostrados na figura a seguir.
Desenhe a superfície de sepa-
RI ração entre os dois meios.
N n1senθ1 = n2 senθ2
Desenhe um diagrama de
raios, representando o feixe de
Podemos escrever a Lei de Snell-Descartes luz com um raio.
θ1
como: Desenhe a reta normal à
superfície.
senθ1 n2 Represente o raio refratado
1 n1 = = n2 ,1 se desviando no sentido
io senθ2 n1
Me correto (se aproximando ou
io 2 n2 se afastando da reta normal).
Me θ2 Verifica-se experimentalmente que, caso
Lembre-se de que o ângulo é
o raio de luz incida obliquamente na superfí- maior no meio em que o índice
cie, o raio refratado se aproxima ou se afasta de refração é menor.
da reta normal à superfície, dependendo dos Indique os ângulos de incidên-
RR cia e de refração. Os ângulos
índices de refração dos meios. Se o meio 1 são medidos a partir da reta
» Refração da luz. for menos refringente que o meio 2 (n1 < n2), normal.
o raio refratado se aproximará da reta nor- Utilize a Lei de Snell-Descartes
Sendo assim, as duas leis que regem o fe- para determinar o índice de
mal (a). Se o meio 1 for mais refringente que
nômeno da refração podem ser enunciadas refração de um dos meios ou o
o meio 2 (n1 > n2) o raio refratado se afastará ângulo que for desconhecido.
desta forma:
da reta normal (b). O raio refratado manterá Atenção!
● 1.a Lei da Refração – o raio de luz inci- a direção de propagação (c) se os índices de É importante observar que a
dente, o raio refratado e a reta normal refração forem iguais (n1 = n2). refração nunca ocorre sozinha, uma
pelo ponto de incidência são coplana- parte da luz incidente na superfície
de separação dos meios sofre
res. reflexão.
N θ1
RI
n1
Meio 1 n1
n2
Meio 2 n2
θ2
n1 < n2
Plano da luz
RR refratada θ1 > θ2
EM19_1_FIS_B_04
(a)
FIS B 393
R. Koot/W.Commons
fratado para quaisquer n1 e n2 .
N
n1
n2
RI
n1
n1 > n2 Meio 1
Experimentalmente, a refração foi θ2
estudada pelo cientista árabe Abu θ1 < θ2
Meio 2 n2
Ali al-Hasan Ibn Al-Haitham por
volta do ano 1 000. Quinhentos (b) RR
anos depois, seu trabalho chegou
à Europa e influenciou o cientista N
Willebrord Snell, holandês que RI
enunciou a Lei da Refração em n1 = n2
1621. Filho de um professor de
Matemática, Snell sucedeu seu pai
na Universidade de Leyden, em
1613. Meio 1 » Raio de luz perpendicular à superfície: não ocorre desvio do
raio refratado.
René Descartes (1596-1650) Meio 2
Se os sentidos dos raios forem invertidos,
Georgios Kollidas/Shutterstock
Dioptro plano
Um exemplo muito intrigante que pode ou seja, um observador (fora da água) vê a
ser observado é o de uma colher parcialmen- imagem a uma profundidade p' menor que a
te dentro de um copo com água. Ela parece profundidade p do objeto.
Nasceu na França, foi filósofo, físico
e matemático. Criou a geometria ser torta, ou seja, parece existir uma dobra na
analítica e desenvolveu o sistema superfície de separação dos meios. A colher é
de coordenadas, conhecido como
plano cartesiano.
vista em uma posição diferente da que real-
mente está. Isso ocorre porque um observa- N
dor não vê o objeto, mas a imagem conjugada
pelo dioptro.
Dioptro plano é um conjunto de dois
Kukhmar/Shutterstock
n' ar
meios transparentes e homogêneos separa-
dos por uma superfície regular. Por exemplo, n água S
p'
a água de uma piscina e o ar constituem um
dioptro plano. P'
p
Considere um observador posicionado
no ar (meio menos refringente) e o dioptro
plano formado pelo ar e pela água. Na repre- P
sentação a seguir, você vai analisar o caso da
imagem P' de um ponto P (P está no meio 2,
na água, a uma profundidade P em relação à » Observador no ar e objeto real na água. O meio de incidência é
superfície). De P partem dois raios luminosos, a água, e a imagem virtual é formada pelo prolongamento dos
um que incide perpendicularmente à super- raios refratados.
fície de separação entre os meios e o outro
» Fenômeno de refração luminosa: parte obliquamente. O raio de luz que inci-
Quando estamos no ar e observamos um
a colher parece ter uma dobra na peixe dentro da água, na verdade a profundi-
superfície da água. dir perpendicular à superfície não terá sua dade real do peixe é maior do que vemos.
direção alterada, mas o outro terá. Os dois
Agora considere que o observador está
raios refratados divergirão, ou seja, não se
dentro da água (meio mais refringente) e es-
encontrarão.
teja olhando para o ponto P, localizado no ar,
Observe que o prolongamento de um dos a uma altura p em relação à superfície da água.
raios refratados se encontra com o outro no A imagem é localizada em P' no cruzamento
EM19_1_FIS_B_04
ponto P'. Como a imagem em P' é formada dos prolongamentos dos raios refratados.
pelo prolongamento de raios refratados, ela é Nesse caso, a imagem está afastada da super-
virtual. Dessa maneira, um objeto real na água fície da água, ou seja, o observador vê a ima-
terá sua imagem mais próxima da superfície, gem em uma altura p' acima da altura p real.
394 FIS B
Zhukov Oleg/Shutterstock
aparente);
● n é o índice de refração do meio de in-
» Observador na água e objeto no ar. O meio de incidência é o cidência (é o meio em que se encontra
ar e a imagem virtual é formada no cruzamento dos prolonga-
o objeto);
mentos dos raios refratados.
Quando se está dentro da água e se vê um ● n' é o índice de refração do meio de re-
pássaro em um poste, por exemplo, ele esta- fração (é o meio em que se encontra o
rá, na realidade, em uma posição abaixo do observador).
que é visto.
Ar Meio 1 d e
=
Raio emergente sen( i − r ) cos r
FIS B 395
O estranho objeto avistado há uma semana em Im- estavam baixas ao amanhecer e ao longo do perío-
bituba, na Praia da Vila e em Laguna, no Mar Grosso, do se elevaram, chegando próximo aos 30°C. “Cada
pode ser explicado pelas leis da Física. O mais provável camada de ar, com temperatura diferente, tem ín-
é que tenha ocorrido uma miragem da ilha Itacami, dice de refração diferente. A elevação de tempera-
localizada na divisa dos dois municípios. tura ocorrida pela manhã pode ter formado essas
Segundo o professor de Física e mestrando em camadas de ar. Esse tipo de miragem é chamado de
Educação, Cléder Schulter, de Braço do Norte, a re- miragem superior, não é muito comum e ocorre em
fração explica as imagens vistas nas duas praias. “A locais frios. Outro tipo de miragem, chamada mi-
refração é o fenômeno onde um raio de luz muda ragem inferior, é bem mais comum, e é aquela que
de direção ao passar de um meio para o outro. Isso ocorre em dias muito quentes, quando vemos uma
ocorre porque a luz apresenta velocidade diferente poça d’água no asfalto alguns metros à frente e que,
em diferentes meios. No caso da imagem formada quando chegamos mais próximo, percebemos que o
no mar, o raio de luz não passou de um meio para asfalto está seco”, esclarece o professor.
outro, mas ali a refração pode ter sido causada de- No caso da miragem superior, o raio de luz sofre
vido à formação de “camadas” de ar de diferentes uma curvatura descendente provocada pela refra-
temperaturas, sendo que a temperatura do ar deve ção. “Isso faz com que a imagem seja vista acima da
crescer com o aumento da altura em relação à su- superfície. Ela (refração) também torna os objetos
perfície do mar”, explica Cléder. maiores e mais alongados. Talvez por isso a ilha te-
As condições climáticas do dia teriam sido favorá- nha ficado mais visível e, aparentemente, mais pró-
veis à ocorrência da miragem, pois as temperaturas xima da praia”, afirma Cléder.
2. É possível ver um astro no céu apesar de este já estar abaixo da linha do horizonte?
Um astro abaixo da linha do horizonte pode ser visto por um observador. Na realidade, o observador vê uma imagem do astro pelo dioptro
constituído pelas camadas do ar atmosférico. O astro é visto em uma posição aparente e não na sua posição real.
» Devido ao fenômeno de refração, o
Sol está numa posição abaixo da que 3. Em que época do ano a turbulência atmosférica é mais intensa? Explique por quê.
o enxergamos.
A turbulência atmosférica é mais intensa no verão, quando as temperaturas próximas da superfície terrestre são mais intensas.
EvgenySHCH/Shutterstock
EM19_1_FIS_B_04
396 FIS B
B
5. Na figura, o olho de certa pessoa está a 50 cm da superfície S e
um ponto P está localizado a 20 cm também da superfície S. Con-
siderando que há pouca inclinação dos raios de luz em relação à
vertical, determine em que posição a pessoa verá um objeto que
esteja localizado em P.
(Dados: nar = 1 e nágua = 4/3)
99 Solução:
O índice de refração do meio B é maior que o do meio A, pois ao
passar do meio A para o B a luz se aproxima da normal. Desse modo,
temos: nA < nB.
AR
Praticando
ÁGUA
nvidro 1
menor velocidade. E o meio em que a luz se propaga com menor velocidade é aquele =
EM19_1_FIS_B_04
nar 2
que tem maior índice de refração – no caso, o diamante.
FIS B 397
m
O ângulo de incidência é sempre definido em relação à reta normal à superfície. Desse 60°
6c
modo, tem-se: θ1 = 60° . Da mesma maneira, o ângulo de refração é definido em relação
1, 1
à reta normal à superfície e seu valor é θ2 = 30°. Da Lei de Snell-Descartes, temos:
30°
n1 sen 60° = n2 sen 30° 2 cm 30°
1 sen 60° = 3
Lembre-se de que sen 30° = e , então:
2 2
60°
3 1 N N
2⋅ = n2 ⋅
2 2
n2 = 2 3
398 FIS B
ar ar
25º
gerador de
luz incidente luz incidente micro-ondas onda incidente
onda 15º
emerg
ente de
micrtetor de
bloco de o-on
das
poliestireno
Complementares
luz incidente
o índice de refração de um material sintético chamado poliestireno. em pé, fora da piscina, e outra em pé, dentro da piscina, imersa
Nessa experiência, radiação eletromagnética, proveniente de um na água. A figura 1 corresponde ao objeto real, enquanto as pos-
gerador de micro-ondas, propaga-se no ar e incide perpendicular- síveis imagens das garrafas estão numeradas de 2 a 6, conforme
mente em um dos lados de um bloco de poliestireno, cuja seção apresentado a seguir.
FIS B 399
e tgβ ≅ senβ.
P
A 60º
α
C
V
Ar GABARITO
GABARITO EONLINE
SOLUCIONÁRIO ONLINE
EM19_1_FIS_B_04
Vidro
1. Faça
1. Façaoodownload
download dodo aplicativo
aplicativo SAE Questões
SAE Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
de leituradeQR
aplicativo Code.
leitura QR Code.
2. Abra
2. Abraooaplicativo
aplicativo e aponte
e aponte parapara o QR
um dos QRCode
Codesaoaolado.
lado para
3. acessar o gabarito
O gabarito desteou o solucionário
módulo deste módulo.
será exibido em sua tela.
400 FIS B
Eixo: I, III e IV
líquido (LCD)
Competências: 1
Habilidades: 1, 3 thanongsakkongtong/Shutterstock
Nas atividades diárias nos acostumamos cada vez mais com visores, Uma das justificativas para esta miniaturi-
desde placas de informações dos aeroportos até na tela dos nossos ce- zação foi a criação das telas de cristal líquido,
lulares, como forma de obtermos rapidamente as informações digitais popularmente conhecidas como LCD (Liquid
de que precisamos. Porém, se você perguntar às pessoas de mais idade, Cristal Display), que são aplicadas em visores de
pensar em uma tela fina como temos hoje parecia algo impossível, já relógios digitais, painéis eletrônicos e televiso-
que as primeiras telas eram de grande tamanho. res. Mas o que são cristais líquidos?
O cristal líquido é uma das fases da matéria,
intermediária entre o sólido e o líquido. O es-
tado sólido é caracterizado pela grande orga-
nização da sua estrutura, e em casos extremos
de alta regularidade é chamado de cristal. Já o
líquido possui uma organização limitada, em
GaudiLab/Shutterstock
401
art-sonik/Shutterstock
líquido – ou LCD (Liquid Crystal Display)
– é um sanduíche de finas fatias de vidro
transparente, com recheio de cristal, fecha-
do hermeticamente. Uma camada metálica
transparente, com minúsculos eletrodos,
fornece energia, iluminando as partes dese-
jadas. Utilizado em vários aparelhos eletrô-
nicos, o cristal líquido foi descoberto nos
Estados Unidos em 1971, mas sua compo-
sição até hoje é um segredo industrial.
| Cada traço dos números é uma célula de LCD cuja com-
posição de aceso e apagado é determinada pela ação do
campo elétrico nas moléculas de cristal líquido.
(Disponível em: <https://mundoestranho.
abril.com.br/tecnologia/como-funciona-a-tela-de-
cristal-liquido/> Acesso em: 18 set. 2017.) VOCÊ JÁ
SABE
O esquema a seguir é uma representação
do LCD, conforme descrita no texto anterior. 1. Se num dia de Sol forte você utiliza óculos de Sol polarizado
para passear, deveria perceber alguma dificuldade ao obser-
Cristal líquido
Vidro vador o visor de LCD do relógio? Explique esta situação.
Vidro
Comentário: Como os óculos é uma lente polarizadora, poderá haver um
Entrada
de luz cruzamento entre as direções de oscilações da luz que sai do LCD e passa
EM19_1_FIS_B_CC
402