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Primeiros Habitantes do Brasil

Desde a época em que os primeiros europeus chegaram ao continente americano que a pergunta
sobre a origem dos povos aqui encontrados vem desafiando os pesquisadores e muitas hipóteses já
foram levantadas, mas ainda não há uma resposta satisfatória e definitiva.
Há pontos, no entanto, já definidos, como o fato de que o homem não surgiu na América, mas veio
de fora e chegou aqui em época mais recente do que na Europa, por meio de migrações sucessivas
de povos de origem asiática.
Chegaram ao continente principalmente, através do Estreito de Bering que, na época da última
grande glaciação, quase juntava a Ásia com a América do Norte (região do atual estado americano
do Alasca).
Uma vez na América e com o passar do tempo, os novos habitantes foram-se espalhando por todo o
território, de norte a sul e já que o povoamento da América ocorreu há milhares de anos, tanto as
populações asiáticas que lhes deram origem como os diferentes povos que aqui vivem atualmente já
se modificaram muito desde então.
Em terras brasileiras, pelo menos até a década de 1970, os estudos arqueológicos, paleontológicos e
geológicos apontavam os vestígios humanos encontrados na região de Lagoa Santa, Minas Gerais,
como os mais antigos, datando de 8.000 anos atrás.
Entretanto, pesquisas mais recentes, realizadas no Piauí e na Bahia, recuaram ainda mais esta
datação, falando-se em 20.000 e até 40.000 anos de antigüidade do homem em solo brasileiro.
Dizer quantos índios habitavam o Brasil na época do descobrimento é tarefa praticamente
impossível, pois o território brasileiro foi sendo conquistado aos poucos e sua configuração atual é
relativamente recente (do final do século passado).
Por outro lado, os europeus que aqui chegaram não tinham a preocupação de fazer um censo da
população encontrada. Há apenas vagas estimativas (fala-se em cerca de 5 milhões ou mais).
O fato é que, como resultado do contato com os povos que para cá imigraram nos últimos cinco
séculos, a população indígena decresceu muito desde então.
Hoje, o número de sociedades indígenas conhecidas existentes no Brasil é de 215, com uma
população total de 325.652 pessoas (dados de meados de 1997).
Além das mencionadas acima, ainda há sociedades indígenas isoladas, isto é, que não mantêm
contato com a sociedade brasileira, vivendo em regiões de difícil acesso e procurando se manter
afastadas, como forma de autodefesa.
A FUNAI mantêm Frentes de Contato (atualmente, em número de sete) para desenvolver os
trabalhos de aproximação pacífica com os índios isolados e procurar protegê-los do contato
repentino e direto com certas parcelas da população brasileira (como garimpeiros, madeireiros,
etc.), procurando minimizar o efeito pernicioso que este tipo de contato pode trazer para as
populações indígenas em geral, mas especialmente para aquelas que se mantêm isoladas.
Existem informações de 55 possíveis grupos diferentes de índios isolados, a maioria com
localização na região da Amazônia Legal.
Na atualidade, a superfície total de terras indígenas é de 83.507.923 hectares, distribuídos entre 556
áreas diferentes, espalhadas por todo o território nacional (dados de meados de 1997).
Perfazem 9,81% do total do território brasileiro, mas ainda restam terras indígenas por serem
identificadas e regularizadas.
A maior parte da população indígena concentra-se na região amazônica.

Fonte: www.museudoindio.org.br

No dia 19 de abril comemora-se, no Brasil (Decreto Lei n.5540, 2.6.1943), o Dia do Índio. Segundo
estudos antropológicos, a população pré-histórica do Brasil teve início com a chegada de grupos
humanos vindos da Ásia, através do Estreito de Bering e das Ilhas Aleutas, e que ao aportarem no
litoral brasileiro, mais propriamente nas terras da Amazônia, encontraram clima e solo propícios
para seu estilo de vida. Há também uma corrente na qual a origem dos índios da América ou
ameríndios não é só asiática, mas também australiana e malaio-polinésia.

A definição que os antropólogos dão sobre o que vem a ser índio é: ser descendente genealógico de
uma comunidade silvícola de origem pré-histórica, possuir a cor morena, olhos e cabelos pretos e
lisos, estatura mediana baixa e aspectos fisionômicos de mongóis. Essas características fortalecem a
tese dos estudiosos de serem os ameríndios originários de grupos imigrantes asiáticos, australianos
ou malaio-polinésios.

Com a descoberta do Brasil pelos portugueses no século XVI, e em decorrência da colonização


européia, dos conflitos e das doenças adquiridas pelo contato com os homens brancos, muitos índios
foram desagregados do seu habitat natural. Inclusive, grande parte da população indígena foi
reduzida em mais da metade, as tribos que resistiram a estas transformações estão integradas direta
ou indiretamente à sociedade, e outra parte ainda vive isolada em regiões da Amazônia.
As tribos ou sociedades indígenas são classificadas através de afinidades lingüísticas, como Tupi,
Macro-Jê, Aruak, Karib, Tukâno, Pomo, Guaykuru, formando assim tribos de determinados grupos
lingüísticos, pertencentes ao mesmo tronco genealógico. Outra forma de identificação das tribos se
dá através dos aspectos culturais ou homogeneidade de costumes existentes entre os grupos que
habitam as diversas regiões geográficas do Norte da Amazônia, Juruá-Purus, Guaporé, Tapajós,
Madeira, Alto Xingu, Tocantins, Xingu, Pindoré-Gurupi, Paraguai, Paraná, Tietê-Uruguai e as do
Nordeste do Brasil.
Para garantir sua sobrevivência, os índios utilizam-se de recursos naturais bastante rústicos como: a
caça, a pesca, a agricultura rudimentar e as queimadas como forma de fertilização do solo.
A sociedade indígena se organiza em aldeias que se diferenciam umas das outras pelo formato das
habitações: em formas circulares, estacas fincadas cobertas com folhas de palmeiras e taperas de
barro cobertas com palhas.
A expressividade cultural das comunidades indígenas, a crença e suas raízes ancestrais são vistas
através das práticas artesanais e rituais.
A arte indígena mistura-se à vida cotidiana das comunidades e suas práticas são visualizadas através
dos objetos utilitários, da cerâmica, dos trabalhos em madeira, da pintura, da cestaria, da arte
plumária, da pintura ritual dos corpos e dos adornos.
A mitologia e as lendas estão relacionadas aos seres encantados e sobrenaturais que habitam as
matas, os rios, igarapés, igapós, e protegem os animais. São histórias narradas no seio da sociedade
indígena que servem de doutrina para os membros da comunidade. Dentre estas histórias de
encantamento e lendas as mais conhecidas são: Anhangá, O Boitatá, O Boto, O Caipora, O Cairara,
A Cidade Encantada, O Curupira, A Galinha Grande, O Guaraná, A Iara ou Uiara, O Lobisomem, A
Mandioca, A Princesa do Lago, O Saci Pererê, O Uirapuru, O Velho e o Bacurau, O Velho da Praia,
A Vitória-Régia, entre outras.
As manifestações folclóricas indígenas compreendem inúmeros rituais, sendo que o toré e os
toantes são festejos realizados com mais freqüência entre os índios, como motivo de agradecimento,
em casamentos, batizados, celebrações solenes aos visitantes da tribo e personalidades importantes,
e também quando eles querem reivindicar às autoridades governamentais benefícios para sua tribo.
Esses folguedos duram a noite toda, neles tomando parte os homenageados, as mulheres
"cantadeiras" e os "praiás", que são dançadores que se fantasiam com máscaras, totens, colares e se
pintam com tintas coloridas. O Kaurup é também uma das festas mais tradiconais de algumas tribos
do Alto Xingu.

O TORÉ

É uma manifestação sociocultural comum a vários grupos indígenas das regiões Norte e Nordeste
do Brasil.
É dançado ao ar livre por homens e mulheres que, aos pares, formam um grande círculo que gira em
torno do centro. Cada par, ao acompanhar os movimentos, gira em torno de si próprio, pisando
fortemente o solo, marcando o ritmo da dança, acompanhado por maracás, gaitas, totens e amuletos
e pelo coro de vozes dos dançarinos, que declamam versos de difícil compreensão, puxados pelo
guia do grupo, no idioma da tribo.
É um ritual que expressa contentamento, sobre diferentes aspectos como: festas religiosas, louvação
aos encantados, recepção a personalidades ilustres, confraternização, casamentos, batizados e
outros. É uma forma de manter viva não apenas a cultura, a magia e a mística da tribo, mas também
da conquista do seu espaço e a preservação de seus costumes e de sua identidade diante de muitas
lutas durante toda a história do Brasil.

O KAURUP
É uma das maiores festas tradicionais indígenas. Trata-se de uma reverência aos mortos,
representados por troncos de uma árvore sagrada chamada Kam´ywá. É uma cerimônia dos índios
do Alto Xingu, em Mato Grosso.
O Kaurup se incia sempre no sábado pela manhã. Os índios, com muita dança e canto, colocam os
troncos em frente ao local onde os corpos dos homenageados estão enterrados. Os filhos, filhas,
esposas e irmãos choram o ente perdido e enfeitam o tronco que simboliza o espírito que se foi.
O tronco é pintado com tinta de jenipanpo e envolvido com faixas de linhas amarelas e vermelhas.
Sobre o tronco enfeitado são colocados objetos pessoais do homenageado como: o cocar de penas
de gavião, o colar feito de conchas, a faixa de miçangas usada na cintura e outros objetos. Cada
morto é representado por um tronco de árvore.
A cerimônia do Kaurup realiza-se, tradicionalmente, nos meses de agosto e setembro, os mais secos
do ano e que antecedem as grandes chuvas.

OS TOANTES

São as músicas sagradas dos índios cantadas durante os cerimoniais para invocar a presença de um
ou mais seres encantados. Possui uma alucinante monotonia que hipnotiza e empolga os
participantes.
São entoadas pelos cantadores ou cantadeiras e dançadas pelos praiás, índios dançadores
profissionais, que usam máscaras, roupas e pinturas rituais.
Estão presentes em todos os cerimoniais das tribos, sejam cerimoniais abertos, rituais fechados ou
particulares.
Existem diversos tipos de toantes: toantes das festas, que não possuem letra e os índios apenas
emitem sons vocalizados; toantes particulares, que possuem letras e falam a respeito do encantado a
que pertence e não podem ser assistido por estranhos; toantes de cura, um tipo de música utilizada
pelos pajés benzedeiros, quando são solicitados para a cura de uma pessoa doente; são executados
durante os rituais para invocar a presença de um ou mais seres encantados que tenham o poder de
cura.

FONTES CONSULTADAS:
ANDRADE, Heitor. A música encantada Pankararu. Recife: Ed. do Autor, 1999. 177 f.
BEZERRA, Ararê Marrocos; PAULA, Ana Maria T. Lendas e mitos da Amazônia. Rio de Janeiro: Demec, 1985. 102 p.
CÂMARA CASCUDO, Luís da. Lendas brasileiras. Rio de Janeiro: Ed. de Ouro, 1984. 166 p.
PANKARARU, Maria Edna. Contando e escrevendo suas histórias: professores indígenas de Pernambuco. Recife: Secretaria de Educação e Esportes de
Pernambuco, 1997. 51 p.
PERET, João Américo. População indígena do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1975. 91 p.

Fonte: www.fundaj.gov.br

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