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O quadro internacional, no qual se movia a política externa brasileira durante o primeiro

governo Vargas, caracteriza-se pela depressão econômica das sociedades capitalistas e a crise
dos seus modelos e valores políticos, econômicos e ideológicos, assim como pelas tentativas de
alterar decisivamente a distribuição do poder mundial. A guerra decorrente desse processo
modificou radicalmente a composição do poder na ordem internacional.

A partir do momento em que o poder na Alemanhã foi entregue ao partido nazista, reiniciou-se
a projeção germânica no plano internacional. Em relação à América Latina, sua presença
comercial cresceu rapidamente, graças ao tipo de intercâmbio que propunha, com sucesso, aos
países latino-americanos: o comércio de compensação. Outra dimensão da presença germânica
era a influência político-ideológica. Não se deve esquercer também a influência do pensamento
militar alemão na formação dos militares latino-americanos.

A América Latina ocupava naturalmente um lugar de destaque nessa recuperação norte-


americana, como fonte de matérias-primas e como mercado consumidor de manufaturados.
Além da adoção da "política de boa vizinhança" caracterizada pela revogação de métodos
coercitivos e pela adoção de negociações diplomáticas e colaboração econômica e militar.

A Revolução de 30 não mudou radicalmente a estrutura de dominação social e continuava a


excluir as massas do jogo político, porém, ocorriam transformações significativas no plano
econômico-social, com grande diversificação de interesses e a presença de novos atores sociais
no processo decisório. A revolução anscida de uma crise que rompeu a unidade de oligarquia
agroexportadora em torno do sistema político vigente, não resultou em hegemonia de qualquer
setor ou classe, estabelecendo-se, por isso mesmo, um "estado de compromisso" que se
fortalecia e se autonomizava como regulador da economia e das relações sociais, ao mesmo
tempo em que viabilizava a participação dos antigos atores políticos (oligarquias regionais de
extração agrária que dominavam a República Velha), assim como novos (grupos de interesses
vinculados à industrialização, e os beneficiários da urbanização e do crescimento do próprio
Estado).

A relação que o Brasil mantinha nos anos 30 com EUA e Alemanha era muito particular: o
governo Vargas explorava as possibilidades oferecidas por ambos os centros, sem optar por uma
aliança clara com um dos dois.

Nessas circunstâncias, o governo Vargas imprimiu à política externa brasileira uma direção de
colaboração realista e pragmática com os Estados Unidos.

A aliança Brasil-Estados Unidos não era o resultado natural de elos históricos culturais comuns
entre os dois países, nem era um exemplo de boa vontade unilateral. Ela resultou de um
processo de negociações árduas e contínuas entre os dois países

A configuração política àquela altura dava a Vargas uma posição-chave no processo decisório.
Em 1942, o desempenho de Vargas era particularmente importante. Sendo assim, o governo
americano estava então convencido de que era essencial que Vargas permanecesse no poder,
para ficar assegurada a permanência da aliança Brasil-EUA.

Portanto, a FEB não foi criada para responder à demanda dos aliados, mas surgiu como um
resultado de uma exigência brasileira junto aos Estados Unidos. Não foi também uma criação
puramente militar, mas um projeto político-militar de setores digirentes, que buscavam extrair
vários benefícios de sua criação. Esses vários benefícios poderiam ser sintetizados no esforço da
Chancelaria brasileira de obter do governo americano o reconhecimento do Brasil como uma
"potência associada" que exercesse uma "proeminência natural e histórica" nos assuntos da
América do Sul.

O debate econômico durante os anos 30 que se travou sobre o comércio exerior resumia-se na
polêmica livre comércio (com os Estados Unidos) versu comércio protegido (comércio com a
Alemanha) tinha implicações graves, tanto internas como externas. Com o advento da guerra
européia em 1939, a questão foi praticamente solucionada pelo bloqueio naval britânico ao
comércio alemão. As exportações de produtos brasileiros, especialmente matérias-primas
estratégicas, tenderam ao crescimento, mas declinaram as importações, tanto de bens de
consumo e equipamentos, como de certas matérias-primas necessárias à incipiente indústria
nacional. Durante os anos de guerra, reduziram-se as importações e aumentaram os saldos da
balança comercial brasileira.

As lideranças político-diplomáticas estavam interessadas nas conversações de paz do pós-guerra


que dariam uma nova dimensão à política externa do Brasil.

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi, assim, o núcleo de um projeto político destinado a
fortalecer as Forças Armadas brasileiras e dar ao país uma posição de grande importância na
América Latina e no mundo, na qualidade de aliado especial dos EUA.

"Embora tivesse rompido relações com o Eixo em janeiro de 1942 e declarado guerra à
Alemanha e Itália, em agosto do mesmo ano, o governo brasileiro relutava em entrar para as
Nações Unidas. Esta atitude resultava da política anticomunista oficial, que se tradizoa em
hostilidade à União Soviética no plano internacional.

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