Sei sulla pagina 1di 4

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

RESENHA CRÍTICA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


“ARTE EDUCAÇÃO E O PÚBERE: UMA PROPOSTA PARA 6º SERIE (7°ANO) DO
ENSINO FUNDAMENTAL”.

Projeto experimental II
Profº Maria Jose Tavolaro Passos
Aluna: Grace Davino da Silva
RA: 21103321

SÃO PAULO
2019
A presente crítica foi dividida em três momentos para uma melhor
compreensão do trabalho.

Este artigo traz uma reflexão sobre o ensino da Arte na puberdade onde a
sensibilidade é muito aguçada e a mesma precisa ser trabalhada nesta fase, para
que através da arte possamos formar cidadãos com olhar sensível a todas as
manifestações de uma sociedade.
No primeiro momento se faz uma abordagem sobre as mudanças que ocorrem
nesta fase de púberes, tanto no corpo quanto na mente, onde se percebe um
crescimento físico e os questionamentos são mais constantes, esta fase é
importante pois passam por implicações no campo da aprendizagem a todo
momento, e estão sujeitos a mudanças que lhes tragam benefícios próprios.
A família para eles nem sempre é o seu referencial, a vulnerabilidade nesta
fase é o determinante no seu comportamento, pois tudo os atinge de maneira direta,
e é neste momento que se percebe que o Arte-Educador possui um papel
importantíssimo na escola e na vida desses alunos, dando-lhes um norteador
através da expressão em arte, tendo um Arte-Educador atento a estas questões e
comportamentos, e colocando isto ao seu favor, acredita-se que teremos
evoluções, tanto no ensino de arte, quanto na relação professor-aluno.
O que ocorre e que nós educadores muitas vezes não estamos preparados
para estar diante de irrequietos adolescentes, nas mais diversas salas de aula, para
ensinar arte tem sido também um desafio, a seleção de conteúdos acompanhado
com os avanços tecnológicos nos levam a indagação, pois os púberes vivenciam
com intensidade os ritmos acelerados da tecnologia, e não é sempre que os
acompanhamos. Talvez esta seja a crítica principal deste texto.
O segundo momento refere-se ao processo didático e todas as dificuldades
encontradas pelo professor em sala de aula, falta de estrutura, a ausência de
materiais específicos da disciplina, recursos e suportes como data show são
escassos, restando ao Arte- Educador o improviso na hora de elaborar suas aulas,
esta prática torna-se cada vez mais recorrente. O que nos leva a pensar na
qualidade de ensino que está sendo ofertado.
Diante desta situação mostra quão é árdua a atuação eficaz do professor de
Arte na escola pública, tornando a prática política pedagógica quase inatingível.
Porém o Arte-Educador quando consciente de seu papel, sabe que vai muito
além de materiais específicos, estruturas e suportes, diferente das demais
disciplinas temos um campo abrangente para explorar.
Como o artigo se trata em atingir a sensibilidade dos púberes podemos afirmar
que o repertório para isto é amplo e acessível, pois os mesmos estão em contato
com a arte a todo momento, num bombardeio de propagandas de televisão em um
mural grafitado no bairro, ou até mesmo numa música, só não percebem isto por
que não foram induzidos ao estranhamento.
Talvez aí encontra-se boa parte do conteúdo que o Arte-Educador precisa
para se apropriar e usar ao seu favor em sala de aula, tendo em vista que os
púberes se sentirá mais familiarizado com a disciplina, podendo assim atingir o
objetivo maior com esses educandos que é a construção de um olhar mais sensível
que resulta na compreensão de mundo no qual ele vive.
Porém, em uma conversa com alguns professores de arte na escola E.E
Heckel Tavares, sobre desempenho cognitivo de alunos do fundamental 7º ano, os
docentes relatam que muitos desses púberes chegam as salas de aula com muitas
dificuldades de compreensão de conteúdo, onde os professores acabam por
levarem mais tempo trabalhando em cima desse déficit do que desenvolvendo o
conteúdo de sua disciplina, resultando assim em atraso o que torna o seu objetivo
principal de atingir esse púberes através da disciplina de arte mais distante.
No terceiro e último momento o artigo apresenta alguns planos de aulas que
facilmente pode ser trabalhado em sala, como anteriormente citado os conteúdos
são bem acessíveis para a disciplina de arte, pois os alunos estão em contato todos
os dias com este universo que abrange todas as camadas sociais.
Pois bem, analisando os planos com base nos três eixos: produzir, apreciar e
contextualizar.
Através do produzir o aluno tem autonomia para criar sua própria obra de arte
imprimindo ali uma identidade em construção.
Com base nas minhas experiencias em sala de aula, talvez essa etapa seja a
mais produtiva mesmo encontrando por parte de alguns uma certa resistência na
produção de sua obra, por considerar a arte um “dom”, e é neste momento que
entramos com a conscientização da disciplina de que a Arte não se prende as amarras
da técnica, mas é pautada na liberdade de expressão, impedindo assim que esses
não percam o interesse pela matéria.
O processo da apreciação considero o mais intricado pois é nele que está o
objetivo a ser atingido, onde manifesta-se a essência da sensibilidade, o púbere
naquele momento é o protagonista de sua produção, e tem a oportunidade de analisar
a sua obra e a de seus colegas com a mediação do Arte-educador.
Contudo, um ponto de extrema importância a se discutir é que nós não fomos
educados e treinados a refletir diante a uma obra de arte, num país onde a
permanência da disciplina encontra-se ameaçada não é de se espantar tal
defasagem.
A contextualização da obra para os alunos, não é algo que encontramos muitas
dificuldades pois os mesmos estão inseridos num contexto sociocultural. Dentro disso
conseguimos fazer um elo entre sua produção e a realidade percebida por eles,
estabelecendo relações de sua obra com o mundo a seu redor, de modo
que é possível protagonizar sua arte e obter uma evolução positiva no que se quer
atingir no ensino de arte para esse público alvo no presente trabalho.
Enfim, apesar de expor tantas fragilidades, ainda permaneço acreditando que
este artigo sirva de incentivo para os Arte-educares que atuam em escolas em
condições desafiadoras, marcadas pela vulnerabilidade.
E mesmo dentro deste contexto gritante é possível trabalhar arte na vida desses
educandos, despertando-o a sensibilidade, mesmo sendo um processo a longo prazo,
se tivermos perseverança acredito que chegaremos a uma compreensão da arte
como ferramenta de transformação na vida desses alunos.

Potrebbero piacerti anche