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DIREITO DAS

OBRIGAÇÕES
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Exame Final // Época de Dezembro// 10


de Dezembro de 2004
Duração: 2.30m

Na Estrada Nacional X, cujo piso se encontrava muito degradado, fora


um letreiro que avisava os automobilistas, onde se lia:«Cuidado com os
buracos». O Instituto Público responsável pela conservação das estradas (Z) já
incumbira o empreiteiro Y de proceder à reparação da mencionada via, mas as
obras avançavam a um ritmo lento, porque Z se atrasava frequentemente a
fazer os pagamentos parciais da obra.
No dia 10 de Setembro, António, conduzindo o seu automóvel, ao
desviar-se de uma máquina de Y que estava que estava a transportar pedra,
caiu num buraco e sofreu avultados danos.

António pretende saber se:


a) Pode pedir uma indemnização ao Instituto Z?
b) Pode pedir uma indemnização ao empreiteiro Y?
c) Na eventualidade de Y ser responsável, pode pedir a indemnização à
seguradora deste?

II

A empresa de camionagem X comprou no Stand Y um camião marca Z.


Tendo a empresa de festas K contratado a empresa de camionagem X para
fazer o transporte das mesas e cadeiras necessárias para a festa de casamento
da filha de Eduardo, o camião comprado no stand Y teve um acidente cuja
causa foi uma deficiência de origem no sistema de travagem. Em razão do
acidente, as mesas e cadeiras ficaram destruídas. Do contrato de transporte
celebrado entre X e K constava uma cláusula de exclusão de responsabilidade
por danos causados na mercadoria transportada não havendo culpa do
transportador.
Sabendo do acidente, a empresa de festas W, concorrente de K,
entregou as mesas e cadeiras necessárias para a festa no local onde o camião
de X deveria fazer a entrega.
A filha de Eduardo, uma hora antes do casamento, fugiu, não se tendo a
carimónia realizado.

a) O stand Y, como X se recusou a pagar as prestações do preço do


camião, exigiu esse pagamento do fiador Francisco. Quid iuris.
b) Pronuncie-se sobre a validade da cláusula de exclusão de
responsabilidade inserta no contrato de transporte.
c) Eduardo exige uma indemnização a K, que se obriga a organizar a
festa, pela não realização da mesma em razão da falta de mesas e
cadeiras. Quid iuris?
d) A empresa W exige de Eduardo e da empresa K (alternativamente) o
pagamento do valor de utilização das cadeiras e mesas fornecidas.
Quid iuris.
e) Como o preço do transporte tinha sido pago antecipadamente, K exige
de X a respectiva devolução, ao que esta se recusa, invocando que não
teve culpa pela não entrega da mercadoria. Quid iuris

Fim

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Exame Final 6
de Setembro de 2004
// //
Duração 2h 30m
( cotação: 3 valores cada alínea e 2 valores de apreciação
geral)

António, Bernardo e Carlos foram passar uma semana de férias no


México, tendo, para o efeito, celebrado um contrato com a Agência de Viagens
X, a qual, por sua vez, contratou a Companhia de Aviação Y e o Hotel K,
respectivamente para a viagem de ida e volta e o alojamento dos três
veraneantes.
Ao chegarem ao destino, no Hotel K perdeu-se a mala de António que
nunca chegou ao quarto deste.
No final das férias, o avião que os devia trazer de regresso avariou, tendo
António e Bernardo ficado retidos no aeroporto quatro dias. Carlos, ao saber da
avaria, entrou subrepticiamente num avião de outra Companhia, com destino a
Madrid. Nesse avião havia vários lugares livres, pelo que a presença de Carlos,
que só foi detectada a meio do voo, não trouxe prejuízos.
A Companhia de Aviação W, sabendo que o avião da Y estava avariado,
ofereceu-se para transportar António e Bernardo para Nova Iorque e, depois,
para Lisboa e estes que já estavam há quatro dias no aeroporto, aceitaram.
O avião da Y tinha sido adquirido com reserva de propriedade à
Construtora H e a Companhia de Aviação Y tinha prometido vender o avião à
companhia de Aviação Z. Quando o avião da Y, depois de reparado, chegou a
Portugal, o Aeroporto de Lisboa, usou o direito de retenção sobre o aparelho
invocando dívidas de estacionamento de aviões daquela companhia.

Tendo em conta somente o disposto no Código Civil e sem atender,


por isso, a regimes especiais, nomeadamente ao regime do contrato de
viagem organizada do Decreto - Lei nº 207/97, alterado e republicado
pelo Decreto – Lei nº. 12/99, de 11 de Janeiro, responda a seis das
seguintes sete questões:
a) António pode responsabilizar a Agência de Viagens X pela perda da
mala no Hotel K?
b) A Companhia de Aviação que transportou Carlos para Madrid exigiu-lhe
que este pagasse o
Preço de uma viagem normal para a capital espanhola. Quid iuris?
c) A Companhia de Aviação W vem exigir à congénere Y o valor comercial
correspondente a
dois passageiros no trajectos México/Nova Iorque e Nova
Iorque/Lisboa, mas esta recusa-se
afirmando que não contactara a W para tal serviço, pelo que esta
agira por sua conta e risco.
Quid iuris?
d) António exige à Companhia de Aviação Y indemnização pelos prejuízos
decorrentes da espera
de quatro dias no México, mas esta recusa-se a pagar afirmando que
não celebrou nenhum
contrato com António. Quid iuris?
e) Bernardo, cirurgião estético, exige à Agência de Viagens X uma
indemnização correspondente
ao prejuízo decorrente de não ter podido operar uma conhecida
artista de cinema, cuja opera-
ção estava marcada para dois dias após o regresso a Lisboa. Quid
iuris?
f) Apesar de ainda não ter decorrido o prazo para se celebrar o contrato
prometido, a Companhia
de Aviação Z invoca incumprimento do contrato – promessa por parte
de Y pelo facto de o
avião se encontrar registado em nome de H. Quid iuris?
g) O Aeroporto de Lisboa poderia recorrer ao direito de retenção?

Fim

Direito das Obrigações

Exame de Setembro
10 – 09 – 03
Duração: 2h 30m

Em Dezembro de 2002, António, casado em regime de comunhão


de adquiridos com Berta , prometeu vender a Carlos e este prometeu
comprar-lhe, pelo preço de 300.000 euros, um edifício situado em Évora,
que o promitente-vendedor herdara de uma tia. Carlos entregou a
António 50.000 euros a título de sinal. Foi acordado que as partes
celebrariam o contrato definitivo em Abril de 2003.
Responda separadamente às seguintes questões:

a) Qual a forma deste contrato-promessa?

b) Pode Carlota requerer a anulação da promessa com fundamento


no princípio da equiparação?

c) Que direitos assistem ao promitente-comprador, se Carlota não


consentir na venda do edifício?

d) Uma semana depois da celebração do contrato de compra e


venda, parte do edifício ruiu em virtude de um sismo que abalou
a região de Évora. O comprador pretende resolver o contrato.
Quid iuris?

II

Um comboio da CP descarrilou no percurso entre Lisboa e o Porto,


causando ferimentos graves em dois passageiros, Deolinda e Eduardo.

a) O acidente deveu-se a uma falha nos travões da locomotiva. Qual


o fundamento para o pedido de indemnização por danos
patrimoniais e danos não patrimoniais sofridos pelos lesados?
Podem terceiros dirigir contra o responsável semelhante pedido?

b) Suponha agora que o acidente foi causado por excesso de


velocidade. Manteria as respostas dadas às perguntas da alínea
anterior?

-2-

III

Resolva as seguintes hipóteses:

a) Fernando vendeu a Gustavo um cavalo de competição. As


partes acordaram que a entrega do animal seria efectuada uma
semana depois da celebração do contrato e o pagamento do preço
nos quinze dias posteriores à recepção da coisa. Suponha que
Fernando não cumpriu a sua obrigação com fundamento na
insolvência, entretanto conhecida, do comprador. Quid iuris?

b) Heitor emprestou a Inácio um computador. Na data prevista


para a sua restituição, o comodatário não cumpriu a obrigação.
Uma semana depois desse inadimplemento, um incêndio ocorrido
em casa de Inácio destruiu o computador. Heitor pretende saber
que direitos lhe assistem.

Fim

EXAME FINAL DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Época de Setembro
Duração: 2h e 30m
Data: 10/09/2002

Alberto comprometeu-se a dar preferência a Bernardo na venda do


solar de que é proprietário; comprometeu-se ainda a vender a Bernardo ,
no prazo de dois meses, um automóvel antigo guardado nos anexos do
solar, pelo preço de 10.000 euros.
Passados dois meses Alberto recusa-se a vender a Bernardo o
automóvel, a não ser que este esteja disposto a comprar o solar por
500.000 euros. Bernardo considera este preço excessivamente elevado
pelo que não aceita comprar o solar.
Entretanto, Alberto vende ambos os bens a Carlos : o automóvel
por 12.000 euros e o solar por 500.000 euros.
Poderá Bernardo exercer algum direito contra Alberto?

II

Duarte é proprietário de vários cães de caça que se encontram


num canil à guarda de Eduardo. Certa noite, um desses cães morde
Francisco que se introduzira furtivamente no canil, causando-lhe
ferimentos graves. Dias depois, um dos outros cães de Duarte foge do
canil e ataca o galinheiro de Gertrudes, matando todos os animais nele
existentes.
Que direitos poderão Francisco e Gertrudes exercer contra Duarte
e Eduardo?

III

Hugo e Idalina celebraram um contrato de compra e venda de dois


aparelhos de ar condicionado, tendo Idalina pago o preço na loja de Hugo
e comprometendo-se este a transportar os aparelhos para a residência
daquela uma semana depois.
Considere sucessivamente as seguintes questões:

a) Decorrida uma semana Hugo não efectua a entrega dos aparelhos


de ar condicionado. Que direitos assistem a Idalina? Poderá ela
designadamente resolver o contrato?
b) Quando, no prazo previsto, Hugo pretende entregar os aparelhos na
residência de Idalina , a empregada desta recusa-se a recebê-los por não
ter instruções da patroa nesse sentido. Quid iuris?
c) Se durante o transporte ocorrer um acidente e os aparelhos de ar
condicionado forem destruídos, poderá Hugo considerar-se exonerado da
sua obrigação?
Fim

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Época de Setembro
07-09-00

Duração: 2h 30m

António e Bento celebraram um contrato – promessa bilateral de


compra e venda de um automóvel de que o primeiro é proprietário, por
4.000 contos, sem que tivesse sido atribuída eficácia real. Houve entrega
de um sinal de 1.000 contos e tradição antecipada do veículo para o
promitente-adquirente, Bento comprometeu-se a pagar no dia 30 dos três
meses seguintes a quantia de 1.000 contos, vencendo-se a última
prestação na data da celebração do contrato definitivo.

Responda autonomamente às seguintes questões:

a) Que forma deveria ter revestido este contrato-promessa?


b) Se, antes da celebração do contrato definitivo, António vender o
veículo a Carlos que
direitos assistem ao promitente – comprador?
c) Na data prevista para o cumprimento da segunda prestação,
Bento não entregou os
1.000 contos devidos a António. Quid iuris?
d) Duarte obrigou-se perante Bento ao pagamento dos 3.000 contos
e, em correspon-
dência, tornou-se credor de uma jóia valiosa de Bento. Pode
António exigir a Duarte o cumprimento desta dívida de Bento?
e) Suponha que, em virtude do rebentamento de um pneu do
automóvel de António,
Bento sofreu um acidente do qual resultou a morte do seu amigo
Eduardo, transpor-
Tado «à boleia». Que direitos assistem à mulher e ao filho de
Eduardo?
f) Se as partes celebrarem o contrato definitivo sem que Bento
pague a última prestação a
que está vinculado, aprecie as consequências jurídicas que
emergem da destruição do
automóvel por um incêndio. Distinga, na sua resposta,consoante
este incêndio seja imputável ao alienante ou a terceiro.
II

Pronuncie-se sobre as seguintes hipóteses:

1 – Fernando, comproprietário de um terreno situado em Lisboa,


declarou aos demais consortes que renunciava ao exercício futuro do seu
direito de preferência. Se um comproprietário quiser vender a quota de
que é titular, está obrigado a notificar Fernando. Se estiver, que
consequências emergem do incumprimento desse dever?

2 – Gustavo, credor de Horácio da quantia de 10.000 contos,


pretende saber se pode reagir à decisão do devedor de repudiar a
herança de uma tia no valor de 15.000 contos.

Fim
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Exame final (2ª chamada)


Duração: 2h 30m
09/06/00

Em 1 de Outubro de 1999, António celebrou com Bento um contrato de


compra e venda de um edifício, propriedade deste último, localizado na Baixa
de Lisboa. Foi acordado o preço de 400.000 contos, cujo pagamento devia ser
realizado no dia 8 do mês seguinte. O vendedor obrigou-se a entregar as
chaves do prédio no dia 15 desse mês de Novembro.

Pergunta-se ( analise as questões em separado):

a) Pode Bento, antes da data acordada, exigir a António o pagamento do


preço?
b) Suponha que, no dia 8 de Novembro, António não pagou o preço
convencionado por não dispor de meios para o fazer. Que direitos
assistem ao credor? A sua resposta seria diferente se a entrega do
prédio já tivesse ocorrido?
c) Para garantia do cumprimento da dívida de António, foi prestada uma
fiança por Carlos e, simultaneamente, Daniel constituiu uma hipoteca
sobre um terreno de que é proprietário. Em virtude do não
cumprimento atempado da dívida, Bento demanda o devedor e o fiador.
Quid iuris?
d) Se Eduardo tiver prometido a António o cumprimento da dívioda deste
perante Bento a quem pode o credor exigir o pagamento do preço?
e) Se António for credor natural de Bento de uma dívida de 10.000 contos
pode invocar a extinção da obrigação na parte correspondente?
f) Imagine que Filipe pagou a Bento os 400.000 contos devidos e que,
depois do pagamento, António declarou ao terceiro que o substituiu a
Bento no crédito deste. Com que fundamento pode Filipe exigir o
pagamento a António?
g) No dia 15 de Novembro de 1999, António dirigiu-se , à hora combinada,
a casa de Bento para receber as chaves do prédio. Bento, contudo,
supunha que a entrega das chaves devia ser feita no edifício vendido.
Após três horas de espera, impacientemente, foi-se embora e deixou
cair no chão a ponta acesa de um dos muitos cigarros que fumara
nesse dia, destruindo, pelo fogo, o edifício. António pretende, agora, ser
indemnizado dos danos que sofreu. Aprecie a responsabilidade de
Bento. A sua resposta seria diferente se tivesse sido acordado que a
entrega das chaves seria feita no prédio transmitido?

II
Responda , sucintamente, às questões seguintes:

1. Gustavo celebrou com Heitor um contrato-promessa de compra e


venda de um aparta-
mento de que o primeiro é proprietário. Foi constituído um sinal de
5.000 contos e
houve tradição da coisa objecto do contrato prometido. Na data
convencionada para a
celebração do contrato celebrado com Gustavo, exigia a este o
pagamento de 10.000
contos e informava que se recusava a entregar o apartamento enquanto
não recebesse a
quantia devida. Gustavo, por seu turno, respondeu que estava disposto
a celebrar o
contrato definitivo daí a 5 dias. A quem assiste razão? Aprecie ainda a
situação de Hei-
tor se sobre o mesmo apartamento recair um privilégio creditório.

2. Inês tem um crédito de 10.000 contos sobre Inácio. Cedeu


parcialmente esse crédito no
valor de 7.000 contos, a João e sub-rogou Luisa no montante restante. Se
o devedor apenas possuir 5.000 contos para cumprimento da dívida,
como se opera a satisfação dos créditos?

Fim

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Exame de frequência
06 – 04 – 00
Duração: 2h e 15 m

I
A sociedade de transporte de mercadorias “ Sobre Rodas”
celebrou com Belmiro um contrato – promessa bilateral de constituição
de um direito de superfície sob um terreno deste a fim de permitir o
parqueamento de viaturas comerciais em garagem subterrânea. As obras
iniciaram-se de imediato e convencionou-se que o contrato definitivo, com
uma prestação única de 10.000 contos, seria celebrado no prazo de seis
meses. Foi entregue um sinal de 1.000 contos.
Para a execução da empreitada, a sociedade “ Sobre Rodas”
contratou a empresa “ Construção e Desenvolvimento”. Competia a
Carlos , motorista da empresa de construção , fazer o transporte diário de
cimento para a obra. Num desses dias, uma mancha de óleo na estrada
provocou a colisão entre a sua viatura e a motocicleta de Duarte ,
adquirida a Eduardo a prestações e com reserva de propriedade. Do
acidente resultaram danos materiais no veículo da empresa no valor de
400 contos e a destruição parcial da motocicleta, causando um prejuízo de
200 contos. Também Fernando , que era transportado “ à boleia” por
Duarte, sofreu danos materiais e pessoais.

Responda às questões seguintes:

a) Que forma deveria ter revestido o contrato-promessa entre a


sociedade “Sobre Rodas” e Belmiro?

b) Imagine que o contrato definitivo não foi celebrado porque


Belmiro constituiu, entretanto, um direito de superfície sob o mesmo solo
em benefício de Gustavo, por 15.000 contos. Quid iuris?

Fim

Exame Final de Direito das Obrigações


1ª Chamada
29.05.2000
I

Em 10.01.1999, António celebrou com Bento um contrato de compra e venda de


um iate pertencente a este último, sujeito às condições seguintes:

O preço era de 200.000.000$00, a pagar em 10 prestações mensais e


iguais, vencendo-se a primeira no dia 1 de Fevereiro de 1999, contra a
entrega do iate, e as seguintes no primeiro dia de cada um dos meses
subsequentes;

Para assegurar o cumprimento, António constituiu hipoteca a favor de


Bento, sobre uma vivenda que possuía no Algarve e que estava avaliada em
250.000.000$00;

Caso o comprador deixasse de pagar tempestivamente qualquer das


prestações, Bento, teria o direito de resolver o contrato, conservando todas
as prestações já pagas a título de cláusula penal.

Pergunta-se:

a) Se as partes nada tiverem estipulado a esse respeito, onde deverá ser


entregue o iate?

b) E onde devem ser pagas as prestações do preço?

c) Caso Bento fosse menor e o contrato tivesse sido celebrado pelo seu
representante legal, seria válida a entrega do barco feita por Bento, na data
aprazada?

d) Se, após terem sido pagas as duas primeiras prestações do preço, António
causar inadvertidamente um incêndio na vivenda que hipotecou, provocando
uma diminuição do seu valor em Esc. 30.000.000$00, poderá Bento fazer alguma
coisa? E se o incêndio tiver sido intencionalmente causado por Cardoso,
conhecido piromaníaco que fugira do hospital psiquiátrico onde se encontrava
internado?

e) Imagine agora que Bento se reservou a propriedade do iate até ao


pagamento integral do preço e que, após ter liquidado as primeiras oito
prestações, António falha o pagamento da nona (vencida em 1 de Outubro de
1999). Em consequência disso, Bento enviou a António uma carta a resolver o
contrato, exigindo a imediata restituição do iate. Como António o não tivesse
feito, Bento recusou o recebimento das prestações de Outubro ( que António
pretendeu pagar no dia 20 desse mês) e de Novembro, afirmando ter direito, não
só a conservar tudo o que já recebeu, a título de indemnização, como ainda a ser
indemnizado pela mora na devolução do iate. Tem razão?

f) Dada a recusa de Bento em receber as prestações de Outubro e Novembro,


António depositou-as num banco, em conta à ordem daquele. Terá ficado assim
liberado da dívida?

g) Suponha que, em Setembro de 1999, o iate foi destruído por um incêndio


que deflagrou na marina onde estava atracado, ateado por um raio numa noite
de trovoada. Aprecie a pretensão de António de não pagar qualquer das
prestações vincendas, bem como de reaver todas as já pagas, alegando que o
risco do perecimento do bem corria por conta do seu proprietário.

Justifique, devidamente, as suas respostas.

II

Responda, sucintamente, às seguintes questões:

1. Daniel celebrou um contrato com Eduardo pelo quel se obrigava a


instalar, na quinta deste, um sofisticado sistema de rega indicado para a
cultura do milho, na medida em que Eduardo se propunha iniciar a cultura
deste cereal em larga escala. Supondo que, já depois de concluída a
instalação, a União Europeia estabeleceu restrições à cultura do referido
cereal no nosso país, poderá Eduardo recusar-se legitimamente a pagar o
respectivo preço?

2. Francisco, credor de Gustavo por 5.000.000$00, cedeu o seu crédito a


Heitor. Gustavo, apesar de lhe ter sido notificada a cessão, por engano,
pagou a dívida a Francisco. Que direitos assistem a Gustavo a Heitor, tendo
em conta que já decorreu um ano sobre a data do pagamento?

Fim
Direito das Obrigações

Exame de frequência

08-05-00 (época especial)


Duração: 2h 15m

António e Bento celebraram um contrato-promessa bilateral de compra e


venda de um apartamento de que o primeiro é proprietário por 40.000 contos.
Foi convencionado que a escritura pública seria realizada no prazo de seis
meses, tendo Bento antecipado ao promitente – vendedor a quantia de 5.000
contos.
Dois meses depois da celebração do contrato – promessa, António e
Carlos , que se apresentou como representante de Duarte, acordaram no
arrendamento daquela fracção e aluguer da respectiva mobília por 150.000$00
mensais. Carlos pagou as prestações correspondentes aos primeiros três meses.
Finalmente, António, um mês antes da realização do contrato definitivo de
compra e venda com Bento, constituiu um direito de usufruto oneroso sobre o
mesmo apartamento em beneficio de Eduardo.
Do contarto constava uma cláusula que permitia a Eduardo nomear terceira
pessoa que o substituísse nos seus direitos e obrigações.

Responda às questões seguintes:

Imagine que António invoca a nulidade do contrato – promessa de compra e


venda do apartamento. Em que termos isso é possível e qual o seu reflexo para
Bento?

Se o contrato – promessa não sofrer de vício que afecte a vinculação do


promitente – vendedor, quais os direitos de Bento em face da conduta ulterior
de António?
Qualifique o contrato celebrado entre António e Carlos e esclareça o regime
aplicável.

Suponha que Carlos contratou o arrendamento e aluguer em nome de Duarte ,


embora sem poderes para tanto, de modo a satisfazer o interesse deste seu
amigo, de regresso a Portugal após longa ausência no estrangeiro. Carlos
pretende agora recuperar, junto de Duarte , as rendas antecipadamente pagas
ao locador. Quid iuris quanto a essas prestações futuras?

No pressuposto de que Duarte assumiu a posição de locatório perante António,


aprecie a responsabilidade civil emergente das graves lesões corporais sofridas
pela mulher de Duarte , em virtude da queda de parte do tecto do apartamento,
apesar das obras de conservação realizadas por empreitada contratada pelo
locador.

Julga procedente um pedido de indemnização de Fernando, obrigado a preferir


Eduardo na constituição de um direito de usufruto oneroso sobre um
apartamento de que é proprietário, devido ao contrato que o titular da
preferência celebrou com António? Na justificação da sua resposta, refira-se ao
princípio da liberdade contratual.

Como qualifica o contrato celebrado entre António e Eduardo?

Fim

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