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EDUCAÇÃO CONTINUADA DO CONTABILISTA

CURSO ELABORAÇÃO DE CONTRATOS MERCANTIS


Autor: PORTAL TRIBUTÁRIO EDITORA www.portaltributario.com.br

INTRODUÇÃO

A Constituição brasileira adota a livre iniciativa (art. 170) para a ordem econômica, gerando com
isso a liberdade de contratar.

Toda liberdade tem como limites a ordem pública e os bons costumes. É para conhecer estes limites
que tentamos, neste curso, orientar aqueles que tem a responsabilidade de efetuar a formalização
escrita dos contratos, para que se pautem nos princípios da justiça, equidade e legalidade.

Naturalmente, só a prática contínua e o constante estudo permitira o aprimoramento desta técnica, a


de “escrever contratos”.

No início, poderá parecer um tanto trabalhoso, mas, com o constante praticar, você poderá se sair
muito bem e redigir seus próprios contratos com desenvoltura.

Na primeira lição, será necessário estudar alguns aspectos teóricos. Isto facilitará nossa
compreensão sobre a parte prática, e nos dará noções que nortearão a redação equilibrada e
responsável de contratos.

Desejamos a você um ótimo aproveitamento!

MÓDULO 1 – ASPECTOS TEÓRICOS

O QUE É UM CONTRATO?

Através do contrato, duas ou mais pessoas expressam sua vontade sobre determinado objeto,
defendendo seus interesses, criando direitos e assumindo obrigações.

Satisfazem assim suas necessidades, no constante movimento e interação de atos que é a vida
social.

CONTRATOS ESCRITOS OU VERBAIS?

Para maior segurança jurídica entre as partes, recomenda-se que todos os contratos que envolvam
direitos e obrigações recíprocas sejam estabelecidos por escrito. Alguns exemplos de utilização de
contratos escritos:

1) Os que envolvam valores superiores a 10 salários mínimos


2) Contratos de compra e venda de imóveis
3) Termos de confissão de dívida
4) Contratos com normas definidas em lei, como fiança, alienação fiduciária,
representação comercial, etc.

Os contratos ditos “verbais” devem-se restringir a eventos rápidos e momentâneos, como por
exemplo uma permuta (troca) de objetos de pequeno valor, a prestação de serviços de pequena
monta – como a troca imediata de uma fechadura por empresa especializada, um conserto de pneu,
etc. Regra geral, recomenda-se que todo tipo de conserto, revisão ou seja precedida do orçamento,
por escrito (que é uma forma simplificada de contrato).

Nos casos dos orçamentos, a cópia dos mesmos, devidamente assinada pela pessoa que
encomendou o conserto e entregou o objeto, é uma forma escrita de contrato.

REQUISITOS DO ATO DE CONTRATAR

O artigo 104 do Novo Código Civil brasileiro prescreve:

A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Como ato jurídico, o contrato deve preencher tais requisitos de validade. Vejamos, em detalhes, os
requisitos:

1) CAPACIDADE

Somente as pessoas civilmente capazes são autorizadas a fazer um contrato.

Quanto à capacidade, define-a o Novo Código Civil em seus artigos 3º, 4º e 5º.

São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o


discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;


IV - os pródigos.

A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos
os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

2) OBJETO LÍCITO

A licitude do objeto decorre do fato de ter suporte legal. Não podem ser objeto de um contrato
prestações proibidas por lei ou violadores dos princípios de ordem pública ou dos bons costumes.

Exemplo: um traficante não pode requerer em juízo o pagamento pelo fornecimento de drogas a um
consumidor.

3) FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA (PROIBIDA) POR LEI:

Em relação à forma, a regra é a liberdade (forma livre), conforme art. 107 do Novo Código Civil
Brasileiro.

Às vezes, porém, a forma é imposta como condição de validade de alguns contratos, tal como a
venda de imóveis que deve, obrigatoriamente, ser feita mediante escritura pública, quando de valor
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país (art. 108 do Novo Código Civil).

Assim, embora o elemento substancial do contrato seja o acordo de vontades, nem sempre isto
basta.

Em determinados casos, a lei exige que a exteriorização desse acordo se dê por meio de formas
especiais, por ela estabelecida, sem as quais o negócio jurídico não é válido.

Exemplo: fiança, doação, pacto antenupcial, etc.

O CONSENTIMENTO DAS PARTES NO CONTRATO


As duas ou mais partes que estão efetivando um contrato devem estabelecer suas vontades sobre os
detalhes, e isto deve ser claro para todos os contratantes.

O consentimento é a concordância entre as partes sobre o teor do que está no contrato.

Como já foi dito, o ato jurídico formador do contrato é a legítima expressão de duas vontades. O
consentimento nada mais é do que a integração dessas vontades. Deve ser voluntário, sem qualquer
mácula decorrente dos denominados vícios de consentimento.

NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

É nulo o negócio jurídico quando (artigos 166 e 167 do NCC):

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;


II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e
na forma.

Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se


conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico


simulado.

Os vícios descritos na lei, que anulam o ato jurídico, são (art 171 do NCC):

Erro substancial (art. 138 e seguintes do Novo Código Civil - NCC)


Dolo (art. 145 e seguintes NCC)
Coação (art. 151 e seguintes NCC)
Estado de perigo (art. 156 do NCC)
Lesão (art. 157 do NCC)
Fraude (art. 158 e seguintes NCC)

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS

As principais classificações dos contratos são:

a) Unilaterais e Bilaterais:
Unilateral é o contrato em função do qual decorrem obrigações para uma só das partes. Exemplo:
doação simples.

Bilateral é aquele que produz obrigações para ambas as partes. Cada qual tem direitos e obrigações.
Exemplo: compra e venda, locação, prestação de serviços, etc.

b) Gratuitos e Onerosos:

Gratuitos: aqueles em que só uma das partes obtém uma vantagem, sem prestação correspondente.
Somente uma das partes tira proveito ou alguma vantagem puramente gratuita. Exemplo: mandato, o
depósito, doação, etc.

Onerosos: aqueles em que cada uma das partes suporta um sacrifício patrimonial a fim de obter uma
vantagem patrimonial equivalente. Exemplo: compra e venda, locação, parceria, doação com
encargo, etc.

c) Reais e Consensuais:

Reais são aqueles que se perfazem pela tradição (entrega) da coisa, objeto do contrato. A vontade,
por si só, é insuficiente para formá-los.

Exemplo: comodato; permuta.

Consensuais os que, para sua perfeição, basta o consenso das partes, manifestado pela forma escrita,
ou simplesmente de modo verbal.

Exemplo: fiança (sempre na forma escrita).

d) Solenes e Não Solenes:

Solenes os que exigem certos requisitos ou formalidades obrigatórias. A forma é de sua substância.

Exemplo: contrato social, alienação fiduciária.

Os contratos não solenes não possuem uma forma pré-estabelecida ou exigida pela lei.

Exemplo: contrato de prestação de serviços simples.

e) Comutativos e Aleatórios:

Comutativos, a relação entre vantagem e sacrifício é equivalente, havendo certeza quanto às


prestações.

Exemplo: compra de um veículo, em prestações fixas.

Nos contratos aleatórios, há incerteza para as duas partes sobre a vantagem esperada será
proporcional ao sacrifício. Os contratos aleatórios expõem os contraentes à alternativa de ganho ou
perda.
Exemplo: contratos de “hedge” (proteção) cambial e outras operações financeiras sujeitas a risco de
mercados.

f) Principais e Acessórios:

Os contratos denominados principais são aqueles que "têm vida por si mesmos, não dependendo de
outros. Constituem figuras típicas, consagradas por leis, e se expressam soberanamente em relação
aos outros”. (Arnaldo Rizzardo, CONTRATOS, AIDE Editora, Vol. I, 1ª edição, pág. 17).

Os contratos acessórios são sempre dependentes de um contrato principal. Têm por função
predominante garantir o cumprimento da obrigação assumida no contrato principal. Exemplo típico
é a fiança.

g) Nominados (ou típicos) e Inominados (ou atípicos):

Nominados são aqueles que receberam uma designação, uma denominação especial dada pela lei.

Exemplo: contrato de locação, contrato social, etc.

Os contratos inominados são aqueles que não se enquadram em qualquer das figuras (contratos)
típicas previstos pelo legislador.

Exemplo: contrato de serviços especiais ou técnicos.

h) Instantâneos e Sucessivos:

Contrato instantâneo ou de execução única designam-se os contratos cujas prestações podem ser
realizadas em um só instante. Cumprida a obrigação, exaure-se, pouco importando seja imediata à
formação do vínculo ou se dê algum tempo depois. Em qualquer das hipóteses, o contrato será
instantâneo, dado que na segunda sua execução também ocorre em um só momento.

Exemplo: contrato de compra e venda, com entrega imediata e pagamento á vista do bem.

Os contratos sucessivos são aqueles cuja execução é diferida. Ou seja, as obrigações são elencadas
para momento futuro da contratação.

Exemplo: contrato de representação comercial com prazo indeterminado e sucessivo.

i) Pessoais (ou "intuitu personae") e Impessoais:

Pessoais aqueles em que a pessoa de um ou ambos os contratantes é elemento determinante de sua


celebração.

Exemplo: um contrato de empréstimo bancário sempre presumirá que o ofertante do crédito é um


Banco (instituição financeira), por ser característico destas pessoas jurídicas tais transações.

Impessoais aqueles nos quais é indiferente a pessoa com quem se contrata.

PRINCÍPIOS
A doutrina destaca alguns princípios sobre os quais fundamenta o direito contratual:

1) Princípio da autonomia da vontade:

Fundamenta a liberdade das partes na estipulação do que melhor lhes convenha, liberdade esta que
encontra limites na lei, nos princípios de ordem pública e sujeita ao intervencionismo estatal visando
coibir abusos e defender os anseios comuns.

2) Princípio da supremacia da ordem pública:

Significa que a vontade das partes pode amplamente determinar o surgimento do contrato e definir o
seu conteúdo, seus termos e condições, mas não pode fazê-lo contrariando aquilo que o legislador
disciplinou como matéria de ordem pública, que está em nível superior aos interesses privados.

Quanto aos bons costumes, estes podem ser considerados como barreiras éticas impostas
independentemente de prévia e expressa previsão em lei.

3) Princípio da obrigatoriedade do contrato:

O contrato é lei entre as partes. Visa conferir segurança às relações contratuais.

Assim, do princípio da autonomia da vontade decorre em conseqüência o princípio da força


obrigatória daquilo que o consenso dos contratantes estipulou.

De forma geral, o direito civil reconhece que os contratos, desde o momento em que adquirem
existência jurídica, são definitivos, quanto ao seu conteúdo, e têm, a respeito desse a mesma força
obrigatória que uma lei.

Por tal princípio, os contratos são intangíveis, e não podem ser nem modificados, nem revogados,
salvo por consentimento mútuo dos que o concluíram - isto é, em virtude de um novo acordo de
vontades - ou pelas causas que a lei autoriza.

Com a ressalva das exceções acima mencionadas, o contrato é ato jurídico perfeito, protegido por
garantia constitucional (Constituição Federal de 1988, artigo 5º, XXXVI) e imune de
modificações, seja pela vontade unilateral de qualquer dos contratantes, seja do juiz e até mesmo
do legislador.

Dessa força de lei atribuída ao contrato e de sua conseqüente intangibilidade, decorrem as


seguintes conseqüências:

I) nenhuma consideração de equidade autoriza o juiz a modificar o conteúdo do contrato, a


não ser naquelas hipóteses em que previamente ao ato jurídico perfeito, o legislador já
havia instituído o procedimento excepcional de revisão judicial (ex: Lei de Luvas, Lei do
Inquilinato etc.).

II) se ocorre alguma causa legal de nulidade ou de revogação, o poder do juiz é apenas o de
pronunciar a nulidade ou de decretar a resolução, não lhe assistindo o poder de substituir as
partes para alterar cláusulas do contrato, nem para refazê-lo ou readaptá-lo. Somente a lei
pode, extraordinariamente, autorizar ditas revisões.

III) os prejuízos acaso sofridos por um dos contratantes em virtude do contrato não são
motivos para se desvencilhar à sua força obrigatória. As flutuações de mercado e as falhas
de cálculo são riscos normais nas atividades econômicas, que as partes assumem quando se
dispõem a contratar. Nem mesmo as considerações de eqüidade podem ser feitas para se
enfraquecer a certeza jurídica do contrato. Nessa matéria, o direito se estrutura muito mais
à base de segurança do que de eqüidade.

4) Princípio da boa-fé: por ele, as partes devem eliminar a astúcia e deslealdade na manifestação de
vontade por ocasião da celebração do contrato, bem como na execução do mesmo.

Exercícios – Módulo 1:

1. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:

a.( ) Os contratos podem ser assinados por qualquer pessoa para ter validade jurídica
b.( ) Os contratos sujeitam-se á existência de objeto lícito
c.( ) Não existem limites para a contratação
d.( ) Todo o contrato precisa ser registrado em cartório, para ter validade
e.( ) A lei pode estabelecer certas formalidades para o conteúdo de contratos específicos

2. Relacione a primeira coluna (princípios dos contratos) com a segunda:

a. autonomia da vontade a. O contrato torna-se lei para as partes


b. supremacia da ordem b. pressupõe que as partes contrataram sem a intenção de fraude,
pública dolo ou excessos
c. obrigatoriedade do contrato c. as partes contratantes concordaram com os termos do contrato
d. boa-fé d. o contrato respeita as leis vigentes

3. Complete: “Os contratos ditos bilaterais são os que...”.

Respostas dos Exercícios do Módulo 1:

1.
a. F
b. V
c. F
d. F
e. V

2.
a c
b d
c a
d b
3. Produzem obrigações para ambas as partes contratantes.

MÓDULO 2 - ESCREVENDO UM CONTRATO

Escrever um contrato requer atenção e determinadas orientações básicas. Nesta lição, estaremos
explanando a parte prática da redação de contratos.

Vamos analisar, um por um, as questões mais relevantes:

1) EXPRESSÕES:

Faça uma redação simples: não inclua termos complicados, ou em latim, ou de difícil interpretação.

2) CLÁUSULAS

Numere as cláusulas, para facilitar as consultas e referências. Não é necessário colocar "cláusula 1",
"cláusula 2", etc. Simplesmente, coloque: 1)... 2)... Simplifique!

3) TEXTOS LONGOS

Se alguma cláusula está extensa (mais que dez linhas) faça uma subdivisão, para torná-la mais
inteligível. É preferível colocar um parágrafo, explicando a cláusula.

4) FAÇA SEMPRE POR ESCRITO

Os acertos contratuais devem ser expressos. Evite o "fio de bigode", pois na hipótese de um dos
contratantes faltar (por exemplo, por doença ou morte), poderão surgir dúvidas sobre as condições
contratuais que não estejam previstas.

5) ANTES DE CONTRATAR, CHEQUE AS INFORMAÇÕES:

Não adianta elaborar um contrato "perfeito" se a outra parte não tem condições de cumprir com suas
obrigações contratuais. Cheque as informações diretamente (referências comerciais, cadastro,
número de telefone, etc.).

6) CONFIRA O TEXTO

Um bom texto deve ser simples e inteligível á primeira leitura. Se alguma cláusula está nebulosa,
tente redigí-la de uma forma mais simples e direta.

7) ASSINATURAS

Cheque se a pessoa que está assinando tem poderes para tal. No caso de contrato de compra e venda
de bens que envolvam pessoas casadas, por exemplo, recomenda-se que o casal assine em conjunto.
Se for representante da empresa, verifique a validade da procuração ou a estipulação no contrato
social ou estatuto que dá poderes para tal.

8) RESCISÃO
Inclua uma cláusula que estipule como as partes podem fazer a rescisão contratual. Um contrato não
é um casamento, por isso você precisa estabelecer critérios simples para que cada uma das partes
possa deixar o negócio.

Normalmente, estabelecem-se punições para rescisões contratuais, como um % sobre o pagamento


mensal, ou um aviso prévio para que outra parte possa ressarcir-se dos prejuízos que terá pela
rescisão contratual. É bom fixar com antecedência os valores envolvidos por ocasião da rescisão,
para que não haja dúvidas e questionamentos posteriores.

9) LOCAL E DATA

Inclua o local (cidade) e a data do contrato. Um contrato sem data pode gerar dúvidas futuras sobre
prazo de validade, início de sua vigência, cálculos de indenizações por rescisões, etc.

10) FORO

Se os contratantes são de diferentes cidades, é importante estabelecer em qual das cidades será
estabelecido o foro, na hipótese de haver uma discussão judicial sobre o contrato estipulado.

11) CONSULTE UM PROFISSIONAL DA ÁREA

Nos casos de contratos complexos, que envolvam extensas obrigações e compromissos recíprocos, é
melhor consultar um advogado especialista. Um contador, dependendo da área, também pode ajudar.

12) EQUIDADE

Cuidado para não tornar o contrato uma fonte de atritos futuros. Elabore-o de tal forma que ambas
as partes tenham proveito eqüitativo (igual).

Os contratos em que uma das partes estabelece cláusulas desproporcionais para o outro contratante
são denominados “leoninos” (de leão) e podem gerar uma nulidade de ato jurídico.

Na dúvida, pergunte a si mesmo: se eu fosse a outra parte, assinaria este contrato? Se sua resposta
for não, provavelmente o contrato se encontra com desequilíbrio econômico. Revise-o!

13) CLÁUSULAS SUSPENSIVAS:

Se o fechamento do negócio depende de um evento futuro, é necessário incluir uma cláusula


suspensiva ou condicionante.

Exemplo: se você comprar uma casa com pagamento parcelado, e for empregado, é interessante
exigir a inclusão de uma cláusula em que, caso comprovar que ficar desempregado poderá realizar o
pagamento das parcelas relativas ao período em que estiver desempregado ao final do contrato, sem
juros ou multa (somente com a correção monetária).

14) ASSINATURA DE 2 TESTEMUNHAS:

Para maior segurança, é importante que os contratos sejam assinados também por pelo menos 2
testemunhas presentes no negócio e que não tenham interesses diretos ou indiretos. Assim, caso
houver alguma discordância sobre a interpretação de qualquer cláusula, as testemunhas poderão ser
um meio rápido e eficaz para elucidar a questão, em juízo ou fora dele.

15) MODELOS DE CONTRATOS

Uma boa forma é você utilizar modelos de contratos já prontos. Foi por isso que surgiu o PORTAL
DOS CONTRATOS (www.portaldoscontratos.com.br), para facilitar a redação, de acordo com
modelos usuais e corriqueiros.

Exercícios - Módulo 2:

1. Elabore uma cláusula fixando um preço, num contrato de compra e venda, no valor de R$
5.000,00.

2. Agora, com base no que você redigiu no exercício anterior, complemente a cláusula, fixando:

a) Pagamento á vista
b) Pagamento á prazo, sendo R$ 1.000,00 de sinal e saldo em 4 parcelas mensais e
sucessivas de R$ 1.000,00 cada, vencíveis cada dia 5.

3. Escolha as opções mais adequadas para numeração de seu contrato:

a ( ) Cláusula Décima quarta


b( ) Décima quarta cláusula
c( ) 14)
d( ) 14a. cláusula

4. Escreva uma cláusula simples (livremente, á sua escolha) para rescisão de um contrato.

5. Elabore uma cláusula de efeito suspensivo, num contrato de compra e venda de veículo, caso
venha se comprovar que o mesmo tenha defeito no motor no prazo de 30 dias da entrega do
mesmo.

Respostas dos Exercícios do Módulo 2:

1. “O preço do objeto é de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)”


2. a) “...., pagos á vista, neste ato.”
b) “...., pagos da seguinte forma: como sinal, neste ato, R$ 1.000,00 (um mil reais) e o saldo
em 4 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas de R$ 1.000,00 cada, vencíveis a cada dia
5 (cinco) do mês.
3. c (simplifique!)
4. “Este contrato poderá ser rescindido por qualquer uma das partes, mediante simples
aviso prévio por escrito de 30 (trinta) dias”.
5. “Este contrato será suspenso caso o comprador constatar, no prazo de 30 dias da
entrega do veículo, que o motor do mesmo tenha defeito que prejudique o seu bom
desempenho”.

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