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O QUE TODO MEMBRO DE IGREJA DEVERIA SABER

Ao contrário do que muitos evangélicos pensam, o ingresso numa igreja bíblica gera
para o crente certos deveres e obrigações diante da irmandade. Isso é tão claro no Novo
Testamento que é de surpreender que, nos tempos atuais, esse aspecto do ensino
apostólico seja tão negligenciado. O triste efeito desse desmazelo é o surgimento de
uma geração de cristãos sem compromisso com a igreja, distantes da sua realidade e
apáticos diante de seus problemas, lutas e ideais.
O crente, pois, que quiser aprender acerca de suas responsabilidades, em face da
comunidade cristã da qual faz parte, descobrirá, nas páginas da Bíblia, que essas
responsabilidades podem ser resumidas em três palavras: comunhão, cooperação e
contribuição.

COMUNHÃO

Por comunhão entende-se a convivência amorosa, pacífica, pura e produtiva que deve
marcar todo ajuntamento cristão. Sendo, a princípio, amorosa e pacífica, a comunhão
cristã revela o sentido da verdadeira unidade e, com isso, mostra ao mundo que a igreja
é uma autêntica comunidade de discípulos de Jesus (Jo 13.35).

Como isso ocorre? É simples: a unidade que caracteriza o convívio cristão revela que os
membros da igreja estão nutrindo “o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus” (Fp 2.5), provando, assim, que são seus verdadeiros seguidores.

O texto que mais ajuda na compreensão disso é Filipenses 2.1-8, passagem que trata do
que os teólogos chamam de “autoesvaziamento” (kenosis) de Cristo. Nesse texto, Paulo
ensina que o Senhor não se apegou aos magníficos privilégios que tinha antes de se
encarnar. Em vez disso, se “esvaziou”, ou seja, deixou para trás o esplendor da sua glória,
fez-se homem, assumiu a forma de servo e humilhou-se até a morte de cruz (vv.5-8)!

Observe-se que essa passagem, talvez a mais rica da carta aos filipenses em termos de
conteúdo doutrinário, foi escrita por Paulo precisamente com a finalidade de ilustrar
como deve ser a disposição do coração dos crentes no convívio entre si.

De fato, após ensinar que os filipenses deveriam ter seu ajuntamento marcado por
amor, compaixão, unidade, humildade e desprendimento (vv.1-4), o apóstolo resumiu
todos esses itens num exemplo magnífico, apontando para o autoesvaziamento do
Senhor. É, pois, como se dissesse: “Irmãos, sejam amorosos e humildes no seu convívio,
ou seja, imitem o Senhor. Assim como ele se esvaziou por amor de nós, abrindo mão de
sua glória real, esvaziem-se vocês também no trato de uns com os outros, abrindo mão
de sua glória imaginária”.

Assim, a base do apelo à comunhão cristã amorosa não é o simples anelo pela paz social
(presente até nos incrédulos), mas sim a cristologia ortodoxa que destaca a disposição
humilde do Filho de Deus, apontando-a como modelo a ser seguido pelos discípulos no
cultivo do relacionamento que têm entre si. Negligenciar, pois, essa santa comunhão,
ou militar contra ela, é, em último caso, desprezar o exemplo dado por Cristo em sua
encarnação, humilhação e morte.
A comunhão cristã, além de amorosa e pacífica, também deve ser produtiva. Não basta
ao membro da igreja ser apenas um “cara legal”, um amigo bonzinho que nunca se
indispõe com os outros. Mais do que isso, sua aproximação dos irmãos deve também
promover crescimento, consolo e correção.

No fundamento desse ensino está, por exemplo, a ordem de Jesus dirigida a Pedro: “E
quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lc 22.32), mostrando que a
restauração da comunhão com Deus deve ser seguida de trabalho em prol da saúde
espiritual da igreja. Há também a verdade ilustrada por Paulo na figura da igreja como
organismo vivo, no qual cada crente deve atuar como membro singular, usando seus
dons e desempenhando suas funções em favor do crescimento do todo (Rm 12.3-8; 1Co
12.12-31; Ef 4.1-16).

Finalmente, existe a firme exortação dirigida aos cristãos hebreus, ordenando que eles
não deixem de se congregar. O que chama a atenção nessa ordem é que o autor bíblico
não diz que a conduta oposta ao abandono da congregação é apenas voltar a reunir-se.
Em vez disso, ele diz: “... mas procuremos encorajar-nos uns aos outros...” (Hb 10.25),
dando a entender que o contrário de abandonar a igreja é mais do que frequentá-la. É
frequentá-la realizando um trabalho de aconselhamento, correção, admoestação e
consolo.

COOPERAÇÃO

Cooperação é termo usado para se referir ao trabalho conjunto. Cooperar, pois, com
alguém é labutar ao seu lado, empenhando-se por alcançar seus mesmos objetivos.
Assim, quando se diz que o crente deve cooperar com sua igreja, isso significa que ele
deve empreender esforços ao lado de seus irmãos para fazer com que a comunidade
eclesiástica de que faz parte realize seus ideais da maneira mais célere e da melhor
forma possível.

Quais seriam os ideais da igreja pelos quais os seus membros deveriam juntos lutar? O
Novo Testamento aponta pelo menos três: a promoção e defesa da fé evangélica; a
edificação do corpo de Cristo; e a pureza da comunidade dos santos.

Que os crentes devem trabalhar unidos pela promoção e defesa da fé cristã está claro
na expectativa de Paulo em relação aos irmãos de Filipos, sobre de quem ele anelava
ouvir que permaneciam “firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica”
(Fp 1.27).

Quanto ao empenho conjunto visando à edificação do corpo de Cristo, sua base mais
nítida encontra-se em Efésios 4.16 que diz que o corpo de Cristo, isto é, a igreja, edifica-
se em amor, “segundo a justa cooperação de cada parte”. Aliás, conforme foi destacado
no subtítulo anterior, esse deve ser um dos objetivos da comunhão cristã verdadeira.

Já no tocante à cooperação dos crentes entre si tendo em vista a pureza da igreja, o


fundamento desse ideal pode ser verificado em 1Coríntios 5.7, texto em que Paulo
ordena que a igreja como um todo tome sobre si a tarefa de lançar fora o velho fermento
do pecado. Note-se que os coríntios deveriam fazer isso quando estivessem reunidos
(1Co 5.4), de maneira que o trabalho de purificação da igreja fosse coletivo.

Na prática, a colaboração do crente na busca desses alvos tão importantes do povo de


Deus pode assumir os mais diferentes contornos. Ministrar uma aula ou apagar uma
lousa para que essa mesma aula possa ser ministrada são igualmente formas de
cooperar com o ideal de defesa e expansão da fé. De forma semelhante, o irmão que
recebe com simpatia um visitante e o irmão que varre o salão de cultos em que esse
mesmo visitante é recebido estão cooperando com o ideal sagrado de promover a
verdade que liberta. Também o crente que exorta um irmão em particular dentro de
uma sala e o crente que troca a lâmpada queimada dessa mesma sala em que a
exortação é feita laboram lado a lado em prol da pureza da igreja, sendo colegas de
serviço no Reino, desfrutando do mesmo status diante do Senhor para quem trabalham.

Infelizmente, porém, o quadro evangélico atual mostra um grande distanciamento


dessa visão. De fato, poucos crentes cooperam com intensa dedicação na realização dos
alvos santos da igreja, sendo imenso o número de membros de comunidades locais que
não fazem absolutamente nada, mantendo-se distantes e apáticos, muitas vezes até
murmurando contra quem obedece a ordem bíblica de cooperar. Crentes assim devem
avaliar onde realmente está seu coração e trazer à superfície de sua memória o ensino
de Paulo acerca do alvo sublime que devem perseguir nesta vida, conforme registrado
em 2Coríntios 5.15: “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.

CONTRIBUIÇÃO

Uma forma branda de legalismo controla a prática de muitas igrejas evangélicas. Esse
legalismo leve se expressa especialmente na obrigação imposta aos crentes de “pagar”
o dízimo, tomando como base a lei mosaica.

De fato, a lei de Moisés exigia que os israelitas entregassem o dízimo de tudo ao Senhor
(Lv 27.30-32; Dt 14.22-26; Hb 7.5), sendo certo que nos dias de Jesus essa norma ainda
vigorava, já que ele nasceu sob a Lei (Gl 4.4) e, por isso, até aprovou a obediência a essa
regra (Mt 23.23).

Porém, com a morte do Senhor, uma nova fase começou. A Nova Aliança, diferente da
mosaica, apontando Cristo como o novo sumo sacerdote diante de Deus, trouxe
mudança de lei (Hb 7.12), livrando o crente das exigências do código imposto a Israel no
deserto (2Co 3.7-11; Gl 3.19,23-25; Ef 2.14,15; Cl 2.13,14; Hb 7.18,19; 8.6,7,13).

Isso faz, entre outras coisas, com que os dízimos dos cristãos sejam semelhantes aos de
Abraão e Jacó, homens que viveram antes da entrega da Lei a Moisés e que, assim,
deram seus dízimos não por obrigação legal, mas voluntariamente, como demonstração
de gratidão, compromisso e devoção (Gn 14.20; 28.22).
Com efeito, sob a Nova Aliança, o crente é estimulado pelo Espírito Santo que nele
habita a cumprir espontaneamente a justiça que há na Lei (Rm 7.4-6; 8.3,4; Hb 8.10-12).
Por isso, todo crente genuíno se vê impelido por Deus a honrá-lo com recursos materiais
a fim de que a causa do Senhor seja mantida neste mundo. E o bom cristão deve atender
a esses impulsos livremente, cheio de alegria no coração, sem barganhar com Deus e
sem ser ameaçado ou forçado por seus líderes.

Surge, então, a pergunta: que necessidades e deveres recaem sobre a igreja local para
que seus membros sejam sensíveis ao estímulo do Espírito Santo e contribuam
financeiramente com ela?

A resposta a isso é muito simples. O Novo Testamento ensina que sobre a igreja pesa o
dever de enviar recursos para obreiros que estão passando por dificuldades no trabalho
que realizam (2Co 11.8-9; 12.13). Paulo diz que dádivas assim apresentadas são como
“uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus” (Fp 4.14-18).

É ainda claro no Novo Testamento o costume de a igreja auxiliar nas despesas de quem
viaja como missionário aprovado por ela (Rm 15.24; 3Jo 5-8). O socorro material de
irmãos que são verdadeiramente carentes é também responsabilidade da igreja de que
fazem parte, caso não tenham família (1Tm 5.3-6,16). Além disso, a igreja tem o dever
de sustentar os pastores que a governam e ensinam bem, sendo esse tipo de obreiro
“digno do seu salário” (1Tm 5.17,18). Aliás, o ensino de que os ministros de Deus devem
receber recursos materiais da igreja se constitui num dos princípios defendidos por
Paulo com mais vigor e veemência (1Co 9.4-14).

Ora, pesando todos esses deveres sobre a igreja local, além das despesas comuns
próprias de qualquer organização, de onde devem vir os recursos para sua realização?
Do Estado? Dos incrédulos? De empresas ou entidades simpatizantes do evangelho? É
certo que não. Os crentes individuais é que devem ser a fonte de todos esses recursos.
O Novo Testamento mostra que mesmo os cristãos mais pobres se dispõem a assumir
esse papel quando atendem ao impulso do Espírito que habita neles e são agraciados
por Deus com o desejo de contribuir (2Co 8.1-5).

Comunhão, cooperação e contribuição. Conforme visto nesta série, essas três palavras
encerram praticamente a totalidade dos deveres do crente em relação à igreja local de
que é membro. À luz do exposto, todos esses deveres têm sólido fundamento nas
Escrituras, o que faz com que não sejam opcionais para o crente. Sendo assim, cada
cristão em particular deve levá-los muito a sério e ajustar sua vida a eles. Com certeza,
isso fará muita diferença na construção de igrejas fortes nesta era de fraquezas.

Pr. Marcos Granconato


Soli Deo gloria

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