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Evasão da faculdade na gravidez

Engravidar durante a faculdade pode levar muitas mulheres a abandonar o


curso, seja por questões relacionadas à saúde ou a dificuldade de conciliar os
estudos com as novas demandas da gravidez. De acordo com uma pesquisa
feita pela ONG Todos Pela Educação, com dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), aponta que mais de 10% das meninas brasileiras
abandonaram os estudos e o motivo foi uma gravidez. Em outra faixa de gráfico,
25% relataram que deixaram de estudar porque tinham que cuidar dos filhos em
casa.

Entretanto, é possível continuar estudando mesmo durante a gestação. Ao entrar


em vigor, a licença-maternidade para alunas gestantes representou um avanço
na luta das mulheres por igualdade. Porém, esse direito ainda é pouco difundido,
fazendo com que muitas estudantes tranquem a faculdade por causa da
gravidez.

O decreto-lei (DL) 1.044/69 foi criado para possibilitar o regime de exercícios


domiciliares às pessoas doentes que ficam impossibilitas de frequentar a escola.
Em 1975, a lei nº 6.202 estendeu esse direito para as mulheres grávidas,
garantido que a partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a
estudante em estado de gravidez pode estudar em casa e realizar seus
exercícios de forma domiciliar.

Em março de 2018 a Câmara aprovou a ampliação desse período de


afastamento de três meses para seis meses. Atualmente, a mulher pode fazer
os seus exercícios, trabalhos e provas em casa. No entanto, em caso de estágio
obrigatório, é necessário cumprir a carga horária estabelecida. Isso também é
válido para aulas práticas no laboratório.

Apesar da legislação favorável, a prática mostra uma realidade diferente e cheia


de desafios. Ter a oportunidade por lei de continuar a estudar durante a gravidez
pode ser algo louvável pela gestante, porém, nem tudo são flores. São muitas
as queixas sobre o não cumprimento da lei em instituições de ensino brasileiras.

Em sua maioria, as reclamações são sobre cobranças indevidas, faltas injustas,


o não acatamento do atestado que dá direito à licença, falta de informação nas
secretarias das instituições e informações erradas. Além de ser comum o
preconceito das pessoas com as estudantes grávidas. Ou seja, a falta de
infraestrutura das instituições contribui para as alunas optarem por trancar o
curso a tentarem outras possibilidades.

Isso é evidenciado pelos dados da pesquisa do Ministério da Educação junto


com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência
e a Cultura (OEI) e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
De acordo com o levantamento, a evasão escolar ocasionada por uma gestação
atinge cerca de 18,1% das mulheres entre 18 a 29 anos contra 1,3 dos homens.
A própria legislação não garante a licença-paternidade para estudantes homens,
confirmando a ideia retrógrada da total responsabilidade feminina para os
cuidados com a criança.

Como conciliar os estudos e a gravidez

Para conseguir conciliar a gravidez com os estudos, é importante que a


estudante avalie diferentes quesitos, como, por exemplo, o apoio familiar, a
participação do pai no processo, questões financeiras e a saúde psicológica.
Caso opte por levar a gestação em conjunto com a faculdade, a aluna pode
entrar em um acordo com os professores e a coordenação do curso a
possibilidade de antecipar provas e trabalhos.

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