Saúde e Segurança

Daniel Leal Gomes Falcone Stamford

Curso Técnico em Logística

Educação a Distância
2019
 Saúde e Segurança
Daniel Leal Gomes Falcone Stamford

Curso Técnico em Logística

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | nov. 2019

 Professor(es) Autor(es) Catalogação e Normalização
Débora Silva dos Santos Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Silvana Silva dos Santos
Diagramação
Revisão Jailson Miranda
Débora Silva dos Santos
Silvana Silva dos Santos Coordenação Executiva
Raísa Rení Lima Andrade George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação de Curso Manoel Vanderley dos Santos Neto
Raísa Rení Lima Andrade
Coordenação Geral
Coordenação Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Deisiane Gomes Bazante Maria de Lourdes Cordeiro Marques

Design Educacional Secretaria Executiva de

Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Educação Integral e Profissional
Fernanda Paiva Furtado da Silveira
Izabela Pereira Cavalcanti Escola Técnica Estadual
Jailson Miranda Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Gerência de Educação a distância
Descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

S783s
Stamford, Daniel Leal Gomes Falcone.
Saúde e Segurança: Curso Técnico em Logística: Educação a distância / Daniel Leal Gomes
Falcone Stamford. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa,
2019.
80p.: il.

Inclui referências bibliográficas.

Caderno eletrônico produzido em novembro de 2019 pela Escola Técnica Estadual Professor
Antônio Carlos Gomes da Costa.

1. Segurança e saúde no trabalho. 2. Panorama em Segurança e Saúde do Trabalho. I. Título.

CDU – 613.6

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129

Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 5

1.Competência 01 | Entender os Acidentes de Trabalho sob os Aspectos Legais e Prevencionistas. .. 6

1.1. Apanhado Histórico: Saúde Ocupacional ...................................................................................................6

1.2. Acidente de trabalho..................................................................................................................................8

1.3. Riscos ambientais .................................................................................................................................... 16

2.Competência 02 | Compreender a Importância do SESMT e da CIPA para a Gestão da Segurança e

Saúde no Trabalho................................................................................................................................ 26

2.1 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho - SESMT. .......................................................................................................................................... 27

2.1.1 Dimensionamento do SESMT ................................................................................................................ 27

2.1.2 Atribuições do SESMT ........................................................................................................................... 29

2.2 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. ............................. 30

2.2.1 Organização e dimensionamento da CIPA ............................................................................................ 31

2.2.2 Atribuições da CIPA ............................................................................................................................... 33

2.2.3 Formação para membros da CIPA......................................................................................................... 36

2.2.4 Processo Eleitoral .................................................................................................................................. 36

Conclusão ............................................................................................................................................. 38

Referências ........................................................................................................................................... 39

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 40

Introdução
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina de Saúde e segurança do curso técnico em logística! A partir
de agora iremos apresentar, esclarecer e conduzir algumas das mais relevantes informações em
detrimento da Saúde e Segurança na Logística.
A atividade do profissional da logística requer total atenção na estocagem, nos modais de
transporte, na rota de entrega e distribuição e, principalmente, na entregar eficiente da
mercadoria/serviço. Contudo, além dessas atribuições, o profissional se depara com o gerenciamento
de outro fator determinante para excelência de suas atividades: Acidentes de Trabalho.
Você pode imaginar como e quanto afeta o funcionamento de uma empresa e a
produtividade da equipe ao se depararem com a notícia de um acidente no ambiente de trabalho?
Por isso, se faz necessário estudar a respeito da Saúde e Segurança no trabalho para que
possa desenvolver boas e individuais estratégias de segurança a fim de pormenorizarmos supostas
situações de acidentes.
Reflita sobre essas perspectivas que iremos apresentar a respeito de estudar sobre Saúde
e Segurança em logística:
• Na logística, a segurança é fator elementar;
• Empresas comprometidas com as normas segurança transmite entusiasmo ao
colaborador;
• Despesas com afastamentos são desperdícios, principalmente, acompanhadas de
multas e indenizações.
O dever de propiciar condições seguras para nós e nossos colegas de equipe realizarem
suas funções de transportar, armazenar, distribuir e entregar com seguridade tem que se tornar um
dilema.
Podemos inicia? Sucesso a todo (a)s nesta nova jornada.

Bons estudos!!

5
 Competência 01

1.Competência 01 | Entender os Acidentes de Trabalho sob os Aspectos

Legais e Prevencionistas.
Olá estudante, começaremos nosso assunto realizando um breve apanhado histórico da
saúde ocupacional. Precisamos desse embasamento para que possamos compreender o surgimento
da atenção direcionada a saúde dos trabalhadores, os acidentes de trabalho como também o que a
legislação aborda a respeito. Não podemos deixar de esclarecer os riscos ambientais e quantificar
quais os prejuízos que tais riscos causam ao trabalhador expostos em ambientes de trabalho.

1.1. Apanhado Histórico: Saúde Ocupacional

Você faz ideia desde quando surgiu à preocupação com o tema Saúde Ocupacional? Muito
antes das grandes revoluções que estudamos na escola. Em pensar que o campo de estudo a respeito
da Saúde do Trabalhador (ST) no Brasil é um compilado de ações e procedimentos na esfera da Saúde
Coletiva, com referência direta com a escola italiana - Bernardino Ramazzini, médico italiano
considerado o pai da Medicina do Trabalho (MT) com sua obra “As Doenças dos Trabalhadores”, e
ainda hoje, estudado por todos os entusiastas no assunto.
Descriminado pela classe médica, Bernardino Ramazzini, foi o visionário por suas ações
de visitar o local de trabalho de seus pacientes com o objetivo de encontrar as devidas causas de suas
patologias. Foi o primeiro a escrever a respeito das doenças e lesões pertinente ao trabalho.
Imagine as condições a que os trabalhadores, de forma geral, estavam expostos? E na
atualidade, houve grande mudanças?

6
 Competência 01

Figura 01 - Dr. Bernardino Ramazzini (1633-1714)

Fonte: https://www.britannica.com/biography/Bernardino-Ramazzini
Descrição: Retrato do doutor Bernardino Ramazzini.

Com o avançar dos anos e guiados pela obra de Ramazzini, vários foram os estudos
relacionados a saúde ocupacional e melhores formas de executar uma atividade ou tarefas voltadas
para o âmbito laboral. Estavamos chegando na era da otimização das atividades laborais.
Em sua introdução a respeito do processo de saúde-doença articulado com o trabalho,
Gomez nos traz a seguinte ideia “... Essa nova forma de apreender a relação trabalho-saúde e de
intervir no mundo do trabalho introduz, na Saúde, práticas de atenção à saúde dos trabalhadores, no
bojo das propostas da Reforma Sanitária Brasileira” (2018, p. 1963-1970).
Falando em Brasil, por volta dos anos 70 surgem as primeiras intenções no que diz
respeito à regulamentação da jornada de trabalho como também ações voltadas para a saúde e pela
melhoria das condições de trabalho.
Interessante não é mesmo? Em seguida, toda essa inquietação trouxe a necessidade de
criar os Programas de Saúde do Trabalhador (PST), contando com a participação dos trabalhadores,
inclusive na atuação de vigilância em outras empresas. Pois bem, antes de evoluirmos o assunto, você
saberia dizer, com suas próprias palavras, o que é Saúde do Trabalhador?

Saúde do Trabalhador configura-se como um campo de práticas e de conhecimentos

estratégicos interdisciplinares - técnicos, sociais, políticos, humanos -,
multiprofissionais e interinstitucionais, voltados para analisar e intervir nas relações
de trabalho que provocam doenças e agravos (GOMEZ, 2019).

Agora reflita: Se não fosse realizado todas essas premissas em prestar atenção especial
aos problemas da saúde dos trabalhadores como seria nosso ambiente de trabalho? E as legislações
pertinentes a proteger o empregado em caso de acidentes de trabalho e ao empregador quanto a
suas obrigações, também?
Lembre-se que uma das atenções das empresas é como farão para diminuir custos com
indenizações relacionadas a acidentes de trabalho. Lembra que alertamos na introdução?
Você já pensou sobre os acidentes a que os trabalhadores estão susceptíveis em seus mais
variados ambientes de trabalho? Vamos discutir no próximo tópico, tudo bem!?

7
 Competência 01

1.2. Acidente de trabalho

A porção de acidentes habituais e substanciais que acontecem diariamente, a quantidade

de patologias desenvolvidas em virtude das ações de trabalho e qual o grau de preocupação em sanar
e pormenorizar o número de acidentes e doenças laborais é de responsabilidade do empregador.
Cabe um questionamento bastante pertinente: você acredita que o empregador põe a disposição um
ambiente e situação de trabalho apropriado para seus colaboradores?

Figura 02 - Armazém Logístico

Fonte: https://www.treasy.com.br/blog/controle-de-estoque/
Descrição: Um armazém logístico com características de desordem e inapropriado para a gestão e movimentação
representado um risco ao trabalhador.

Figura 03 - Armazém Logístico

Fonte: https://mantran.com.br/blog/saiba-o-que-e-picking-e-quais-os-beneficios-para-a-logistica/
Descrição: Um armazém logístico ao contrário à figura 1 onde não demonstra risco de acidentes ao trabalhador.

8
 Competência 01

Indo de acordo com o que abordamos no início da competência, a saúde, como direito
universal e dever do Estado, é uma conquista da população brasileira, apresentada na Constituição
Federal e regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde. E é através desse direito conquistado que se
encontra a saúde do trabalhador. Nossas atividades diárias laborais devem ser o mais adequado e
estável possível. Pense, vivemos uma significativa parcela de nosso tempo em um ambiente de
trabalho, portanto deve ser assegurado qualquer estrago físico que possa ocorrer conosco.
Concorda?!
Passado esse primeiro momento de você refletir sobre acidente de trabalho,
apresentaremos alguns conceitos para esclarecer e aprofundar o seu conhecimento. Vamos lá?!
De acordo com o art. 19 da Lei nº 8.213/91, disciplina neste termo:

"acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou

pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".

Ou seja, o acidente de trabalho deve ser entendido como qualquer ocorrência súbita, não
pensada, tão pouco esperada, que afeta e até mesmo chega a suspender a atividade habitual,
acarretando como efeito individualizado, danos materiais e/ou ferimentos.

Lesão corporal - É o dano anatômico, tal como a ferida, a fratura, o

esmagamento ou a perda de um pé. Em termos legais, conforme o Art. 129 do
Código Penal – Lei 2.848/40 onde “Ofender a integridade corporal ou a saúde de
outrem”.
Perturbação funcional - É o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou
sentido, tal como a perda da visão ou da movimentação de um braço.

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 Competência 01

Figura 04: EPI – Bota

Fonte: http://blog.gaveteiro.com.br/2018/07/26/o-que-configura-um-acidente-de-trabalho/
Descrição: Objetivo perfurocortante, parafuso, penetrando o EPI – Bota – do trabalhador.

Figura 05 - Tombo da Empilhadeira

Fonte: https://www.portalmaritimo.com/2011/10/14/sobre-incidentes-e-acidentes/
Descrição: Empilhadeira tombada em seu manuseio.

Em nosso país, um número considerável de empresas não tomam, as devidas ações

prevencionistas para garantir a segurança do seu time de colaboradores. O que faz com que o número
de acidentes, às vezes fatais, não pare de crescer. Na hipótese da empresa deixar de efetuar as
normas de segurança e higiene do trabalho ou negligenciar a devida atenção, será punida com multas.
Mais a frente, no subtítulo “Risco Ambientais”, apresentaremos informações detalhadas sobre os
riscos das atividades realizadas e produtos susceptíveis encontrados nos diversos ambientes de
trabalho.

10
 Competência 01

Vamos listar alguns eventos que podem fazer parte do nosso cotidiano laboral:

• Acidentes em percurso de viagens a trabalho;

• Doenças provenientes de contaminação no local de trabalho;
• Incêndios, Desabamentos, Cortes;
• Lesões por esforço repetitivo.

Visto isso, precisaremos aprender os três tipos de acidente de trabalho caracterizado pela
lei 8.213/91:

Figura 06 - Acidente de Trajeto

Fonte: https://www.rp10.com.br/2019/03/acidente-entre-carro-e-onibus-interdita-parcialmente-a-avenida-brasilia/
Descrição: Exemplo de acidente de trajeto envolvendo um ônibus de passageiros e um veículo particular que seguia
para o trabalho.

Acidente de Trajeto – sofrido pelo empregado, no caminho entre sua residência e o local
de trabalho ou no retorno do trabalho para sua casa, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo do empregado, em horário e trajetos compatíveis.
Embora não esteja previsto em legislação, o empregador poderá pedir provas no caso de
um acidente de trajeto, por isso quem for vítima, deverá trazer um comprovante de atendimento
hospitalar, ou um Boletim de Ocorrência policial, ou comprovante de atendimento do SAMU, ou
outros. Assim o funcionário evitará chateações.

11
 Competência 01

Figura 07: Acidente Típico

Fonte: https://segurancadotrabalhonet.com.br/operacao-correta-de-empilhadeiras/
Descrição: O operador de empilhadeira perde o controle, deixando cair algumas caixas, causando um acidente em seu
colega de trabalho.

Acidente Típico – Sofrido pelo empregado, enquanto o empregado desempenha suas

atividades normais do dia a dia. Pode ocorrer de forma violenta, imprevista, imediata acarretando
um dano corporal, como uma fratura, contusão, queimadura.
Doença Ocupacional – São aquelas relacionadas ao ambiente ou exercício de trabalho
que causam alterações na saúde e, consequentemente, nas atividades do trabalhador. Isto é, aquelas
doenças diretamente ligadas ou as condições de trabalho as quais este trabalhador é submetido.
Comumente, obtidas ao longo de exposição contínua e prolongada do trabalhador a agentes nocivos
(químicos, físicos, biológicos), esforço repetitivo ou esforço além da capacidade que o sujeito pode
suportar ou empregar. As doenças ocupacionais fraccionam-se em: Doenças Profissionais e Doenças
do Trabalho.
Doenças Profissionais – aquelas produzida ou provocada pela profissão em si, ou seja,
originada por fatores específicos da atividade laboral.

Doenças Profissionais mais comuns

LER/DORT (Lesão por Esforços Provocada por movimentos repetitivos ou por posturas
Repetitivos/ Distúrbios inadequadas de trabalhadores administrativos, chamadas de
Osteomusculares Relacionados ao posturas anti-ergonômicas;
Trabalho):

12
 Competência 01

Antracose Lesão pulmonar ocasionada por diferentes agentes que são

adquiridos por operadores de maquinas nas áreas de
carvoarias e/ou gesseira;

A título de explicação mencionamos decreto nº 76/2007 que regula as doenças profissionais.

Doenças do Trabalho – aquelas adquiridas pela exposição do trabalhador em seu local de
trabalho, contudo não obrigatoriamente faz parte de suas atividades profissionais. Nesta situação, a
atividade laboral não é a causadora da doença, contudo podemos dizer que o ambiente influencia.

Doenças do Trabalho mais comuns

Surdez temporária ou definitiva
Bissinose
Quando o trabalhador está exposto em uma área ruídos
constante mais não é seu ambiente de trabalho. Exemplo:
transporte de carga para uma obra em construção;
Doença causada pela poeira das fibras de tecido no
carregamento e transporte de carga.

Vale destacar que a utilização de equipamentos de proteção individual é um item

indispensável para a ação das atividades de trabalho.
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/curiosidades/importancia-do-epi/

E ai, o que está achando do assunto? Interessante e bastante pertinente para sua
formação e área de trabalho, não é?
Classificamos, também, como acidente de trabalho aqueles ocorridos em local e horário de
trabalho, proveniente de: agressão, sabotagem ou ato terrorista praticado por terceiros ou colegas
de trabalho; ofensas físicas intencionais; ação imprudente, negligente ou de imperícia;
desabamentos, inundações e incêndios. Tocamos em um assunto importante: Você sabe a diferença
de Imprudência, Negligência e Imperícia? Vejamos:

13
 Competência 01

Definição Exemplo
Imprudência Pressupõe uma ação precipitada e sem Passar o sinal Vermelho. Não utilizar o
cautela; EPI quando solicitado.
Negligência É deixar de tomar uma atitude ou não Operador de empilhadeira não respeita
apresentar conduta esperada para a a sinalização de velocidade.
situação;
Imperícia Inaptidão, falta de qualificação técnica, ou Médico dentista realizar uma cirurgia
seja, praticar um ato sem conhecimento plástica. Operador de empilhadeira
adequado. conduzir um navio e atraca-lo no porto.

Equipara-se também ao acidente de trabalho, segundo o artigo 21 da Lei 8.213, o acidente

ligado ao trabalho que, embora não seja causa única, tenha contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação e doença proveniente de contaminação acidental do
empregado no exercício de sua atividade.
Você já deve ter ouvido o ditado popular de que diz “acidentes acontecem” não é
mesmo? Claro que imprevisto acontecem, mas devem ser considerados como exceção. De que forma
podemos evitar ou minimizar essas exceções? Simples, a empresa presta um ciclo constante de
treinamentos para os motoristas e orientando-os sempre quanto aos cuidados na direção, o uso de
celular, excesso de velocidade, freadas bruscas e outras ações esclarecedoras. Essas medidas em si,
sanam o problema? Como dissemos, não, mas traz a responsabilidade a todos que a prevenção deve
ser coletiva.

14
 Competência 01

FOCO NA PRÁTICA

Um acidente entre um carro e um

trem na empresa de Logística ABC deixou e
complicou o trânsito nesta manhã. O acidente
ocorreu em um cruzamento.
Por meio de nota, a empresa ABC
Logística, informou que o “abalroamento
ocorreu devido à desatenção do motorista que
tentou cruzar a ferrovia no momento em que o
trem se aproximava”.
Não podemos esquecer que conforme ao Código de Trânsito Brasileiro a linha férrea é
sempre preferencial e que decorre a obrigatoriedade que os veículos parem e se
certifiquem de que não há trens se aproximando antes de efetuar o cruzamento.

Figura 08 - Acidente de Trânsito

Fonte: http://setran.pa.gov.br/site/
Descrição: Trem, na cor azul, colidido com um carro preto.

Convido você a refletir e, em seguida, apresentar sua opinião no Fórum 01:

Como você classificaria o exemplo acima: Imprudência, Imperícia ou
Negligência? Justifique.

Não podem ser consideradas como doença de trabalho as enfermidades degenerativas e

as doenças endêmicas – aquelas que afetam simultaneamente um grande número de pessoas ou que
se dissemina rapidamente num segmento demográfico da população humana. Uma observação
pertinente a essa última é que se for comprovado que o trabalhador, resultante da exposição ou

15
 Competência 01

contato direto pela atividade do trabalho, desenvolveu a malária e/ou febre amarela (características
da região Norte do Brasil) esse se faz um caso especial e será analisado pelos órgãos cabíveis.

Vamos conhecer a Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 por inteiro? Acesse o link
abaixo:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm

Precisamos apresentar outros tipos concretos que podem ser considerados acidente de
trabalho:
• Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
• Ofensa física intencional, mesmo que de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao trabalho;
• Ato de pessoa privada do uso da razão;
• Em casos de viagem a trabalho, inclusive para estudos financiados pela empresa por
esta dentro de seus planos de capacitação da mão de obra. Independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do colaborador.

Portanto, se faz necessário sempre seguir as exigências da lei pois compreender quais são
os seus direitos como trabalhador é fundamental.

1.3. Riscos ambientais

Você tem a impressão que, quando estudamos o conceito de segurança no ambiente de

trabalho, comumente, concentramos nossos esforços a pensar em um número restrito de profissões
que estariam expostas a algum determinado tipo de risco? Profissionais da construção, civil, áreas
hospitalares e eletricidade costumam atrair os holofotes das principais questões que encaminham
esse tema.

16
 Competência 01

É por isso que muitos outros profissionais não relacionados com esses segmentos citados
acima terminam, na melhor das hipóteses, convivendo com ocorrências de perigo, diariamente, sem
sequer ter noção dos riscos que estão correndo. Portanto, a expressão que explica toda e qualquer
ação que possa vir a prejudicar o estado de saúde de todos os profissionais é conhecida como Risco
Ambiental.

Você já ouviu falar em PPRA? O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

ou simplesmente PPRA é exigido pela Norma Regulamentadora (NR 9).
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09.pdf

Conforme a Norma Reguladora 9, são considerados com Riscos Ambientais: “os agentes
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador”. Veja que interessante: se fez necessário estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho.
Convido você a continuar essa leitura, pois se faz importante esclarecer a classificação
desses agentes que podem colocar em risco a segurança e saúde dos trabalhadores.
Você já deve ter compreendido que a prevenção e o treinamento são ações fundamentais
para os trabalhadores que atuam em suas mais variadas áreas, não é mesmo? Estas ações devem ser
programadas constantemente e repetidas incansavelmente, pois fica evidente que a prevenção
evitará problemas futuros e, para que isso ocorra, algumas medidas deverão ser tomadas, como os
treinamentos para que a função do trabalhador seja exercida de maneira correta e o reconhecimento
dos riscos por parte do empregador para poder tomar atitudes preventivas.

17
 Competência 01

Sempre que houver antecipação dos riscos que envolvem as atividades, além de
observação cautelosa das condições de trabalho, atividades, além da adoção de
medidas de controle e constante fundamentação em pesquisas recentes na área
de saúde do trabalhador, haverá grande possibilidade de êxito nos cuidados.

Vamos à prática?

Descrição da situação-problema
Supondo que você esteja se preparando para o início do turno de trabalho, quando
enxerga uma situação diferente do normal na fábrica que você trabalha e, logo fica sabendo que
ocorreu um acidente. Direcionado a enfermaria, o envolvido recebe o diagnóstico médico e inicia o
tratamento de primeiros socorros e logo em seguida é encaminhado ao hospital. O mesmo teve um
ferimento nos olhos e por não está com a proteção (EPI). Como deve ser corrigida essa falha?
Resolução da situação-problema
Vamos deixar claro: acidentes podem ocorrer, apesar de todo treinamento e precaução.
Muitos desses riscos se dão com recém-contratados, pois ainda não se habituaram as atividades
laborais. Essa informação é suficiente para você refletir o que enfatizamos como antecipação de
riscos: a questão de treinamentos repetidos e periódicos. Por tanto, concorda que no problema
acima, podemos sugerir uma nova programação de treinamento com todos os EPIs, para demonstrar
a forma correta de usar cada um deles e as possíveis lesões decorrentes do mau uso ou consequências
de acidentes na falta deles, por negligência ou esquecimento?

Físico

São aqueles decorrentes de processos e equipamentos produtivos e podem ser: Ruído e

vibrações; Radiações ionizantes e não ionizantes; Temperaturas extremas (altas e baixas); Pressões
anormais e umidade.

• Ruído

18
 Competência 01

Som desagradável, chato ou irritante, consequência das atividades laborais diárias.

Para os trabalhadores que estão frequentemente expostos ao ruído, se faz
importante estimar a intensidade do som e o tempo de exposição em decibéis.

Figura 09 - Exposição ao Ruído e Perigo para os ouvidos

Fonte: https://decibeisdobem.com.br/blog/escala-de-decibels/
Descrição: Tabela contendo a intensidade ou volume dos sons em medida de unidade chamadas decibéis, abreviadas
para dB.

Este conjunto de parâmetros decidirá como usar o equipamento de proteção individual

para minimizar futuras deficiências auditivas.
Além da chance de surdez temporária ou definitiva, existem outros danos à saúde que o
risco físico ruído é capaz de gerar: Fadiga Nervosa, irritabilidade, dificuldades de coordenar ideias,
memoria, entre outras. Na avaliação do ruído ocupacional podemos utilizar dois instrumentos de

19
 Competência 01

medição: Decibelímetro mede quantidade de ruído em um determinado local num ponto e momento
específico e o Dosímetro calcula exposição de um trabalhador a determinados ruídos durante um
determinado período de tempo. Isso nos faz compreender que com a utilização do Decibelímetro,
medindo a quantidade de ruído em um determinado local, é possível ter noção se o ambiente é
ruidoso ou não. Ou seja, para a comprovação da existência do risco, devem ser levados em
consideração dois fatores: tempo de exposição e intensidade do agente (ruído), de posse dessas duas
informações podemos calcular a dose diária que o trabalhador estará exposto ao desenvolver sua
atividade, que é exatamente obtida a partir da dosimetria.

• Vibração:
Atingem partes mais abrangentes ou totalmente o corpo humano. São movimentos
que se repetem, regular ou irregularmente dentro de um intervalo de tempo.

VAMOS À PRÁTICA?

Descrição da situação-problema
O condutor que está realizando o procedimento de carga e/ou descarga,
comum em operações logísticas, e se expõe a vibração em um galpão a céu
aberto onde funciona uma máquina que gera ruído. O que podemos fazer a
respeito para diminuir os efeitos dessa exposição?
Resolução da situação-problema
Podemos propor o sistema de rodizio para que o trabalhador não fique exposto,
por longos períodos, a determinadas vibrações.

• Radiações ionizantes:
Ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com alta velocidade e
portando energia, eventualmente carga elétrica e magnética, e que, ao interagirem
podem produzir variados efeitos sobre a matéria. Muito comum, no ambiente de

20
 Competência 01

trabalho, a exposição por radiação em hospitais, consultórios odontológicos, e até

em fábricas de alimentos. Infravermelho, ultravioleta, raio-x, laser, são exemplo de
expositores ionizantes.

• Radiações não ionizantes:

O inverso a radiação anterior, não tem poder de ionização. Unicamente, pode ativar
todo o conjunto de átomos que recebem esta carga de energia.
Conforme a sua frequência pode ser apenas refletida, absorvidas sem consequências, à
medida que aumentam fazem contrações cardíacas, debilitação do sistema nervoso central e como
efeitos agudos causam catarata ou até mesmo a morte. Fator determinante é o tempo de exposição.

• Temperaturas extremas:
A depender da atividade do trabalhador, este se encontrará em condições de
temperaturas consideradas extremas, sendo em espaços externos ou ambientes
internos.
o Calor: as principais alterações fisiológicas são alterações no batimento
cardíaco, aumento da temperatura do corpo, síncope do calor e
desequilíbrio hídrico e de eletrólitos.
Exemplo: Trabalhadores que realizam atividades na produção de
vergalhões de aço.
o Frio: Opostos ao exemplo anterior, na condição de frio, as principais
consequências agudas são problemas dermatológicos, problemas nas
extremidades dos membros superiores e inferiores e hipotermia, mas
também poderão ocorrer problemas crônicos.
Exemplo: Trabalhadores que realizam atividades em câmaras frigoríficas
ou operações portuárias.

• Pressões anormais:
Situações de trabalho a que o homem está sujeito a pressões menores (Hipobárica)
ou maiores (Hiperbárica) que a pressão atmosférica.

21
 Competência 01

• Umidade:
Situações de trabalho a que o homem está sujeito correspondente a umidades
relativas entre 45 a 60% do ar.

Químico

São aqueles agentes relacionados às substâncias, os compostos ou produtos que sejam

capazes de penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória e, dependendo da natureza
da atividade e da exposição, eles podem ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da
pele ou por ingestão. Podem ser manifestadas como: poeiras, fumos, gases, neblinas, nevoas ou
vapores.
Precisamos entender que a logística de produtos químicos merece cautela de todos os
setores relacionados, desde o armazenamento, até o transporte e sua destinação final. É fundamental
que os profissionais relacionados direta e indiretamente nestes processos sejam capacitados,
treinados e atualizados da mesma maneira e adquirir um conhecimento consistente da legislação e
procedimentos operacionais na manipulação, armazenagem e distribuição.

Biológico

São aqueles agentes relacionados com microrganismos que, em contato com o homem,
acarretarão em numerosas doenças. Uma grande quantidade de atividades profissionais pode
proporcionar o contato com tais riscos. Casos como as indústrias de alimentação, hospitais, coleta de
lixo, laboratórios, etc. Podemos citar algumas operações de carga e descarga que exigem a inspeção
de urnas, silos e tanques. São apontados como ambientes confinados sendo capaz de apresentar um
risco a partir do que estiver estocado. Exemplo: inflamáveis, ácidos ou bases, explosivos, material
biológico etc.
São vistos como riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e
bacilos.

Ergonômico

22
 Competência 01

São aqueles agentes envolvidos com posições inadequadas no ambiente de trabalho,

repetitividade dos movimentos, monotonia, estresse, iluminação inadequada, levantamento de carga
e longa jornada de trabalho. Podemos avalia-los por meio de um laudo ergonômico, documento este
que pode especificar os riscos e como também sugerir medidas preventivas de conforto e bem-estar
para os trabalhadores.
Trazendo para nossa realidade o transporte e a manutenção de carga podem causar
alguns desses problemas informados acima. Por isso, é tão importante que apliquemos a ergonomia.

Acidentes

São aqueles agentes relacionados a circunstâncias que podem causar acidentes, como
fios expostos, iluminação inadequada, maquinas e equipamentos não calibrados, ferramentas
inadequadas, piso desnivelado, entre outras situações de perigo que podem causar acidentes no
ambiente de trabalho. Devemos está ciente que, em todos esses casos, é necessário agir com medidas
corretivas e preventivas, além do treinamento contínuo.
Devido a um elevado número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais causados
pelos riscos ergonômicos, foi necessário elaborar a NR-17, uma norma regulamentadora
especialmente para a ergonomia no trabalho.

Considerações Finais:
Você consegue perceber, agora, a quantidade de informações que precisamos estudar
para que estejamos aptos a resolvermos ou auxiliarmos situações de risco no ambiente de trabalho
ou nos posicionarmos de forma correta em um acidente de trabalho? Temos um papel importante
na preservação de ambiente seguro que não comprometa a nossa integridade como também a dos
nossos colegas de trabalho. Medidas preventivas devem ser eficazes para garantir a saúde mental e
física no ambiente de trabalho.
Abaixo ilustramos algumas das diretrizes que você, como futuro funcionário do setor
logístico ou já atuante, atento e precavido pode auxiliar na antecipação, reconhecimento e avaliação
da segurança ocupacional da sua empresa:

23
 Competência 01

CUIDAR da saúde do trabalhador.

OTIMIZAR os procedimentos de proteção.

MINIMIZAR os riscos no ambiente de trabalho.

PRESERVAR a integridade física, metal e social do trabalhador.

PROTEGER a saúde do trabalhador.

PLANEJAR ações de conscientização sobre a importância desses cuidados.

Quadro 01 - Diretrizes da Saúde Ocupacional na Empresa

Fonte: O Autor

Antes de seguirmos à segunda competência queremos instigar você a duas situações

importantes para construção do seu conhecimento:
Iremos entrevistar um profissional atuante em uma empresa do ramo logístico de
Pernambuco, responsável pela saúde e segurança.

Não se esqueça de assistir a vídeo aula da competência 01

Em um segundo momento, assistir ao vídeo abaixo e apresenta sua analise crítica em

relação ao vídeo, respondendo o seguinte questionamento: Quais os possíveis acidentes você
conseguiu detectar como sendo prováveis e quais os possíveis riscos o trabalhador está exposto na
situação problema? Entre em seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), na aba Encontro
Presencial e poste seu comentário.

24
Competência 01

“Desafio Logístico - Organizando o depósito”

https://www.youtube.com/watch?v=QmOfdZuLVdA

25
 Competência 02

2.Competência 02 | Compreender a Importância do SESMT e da CIPA para

a Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho.
Olá Caro Estudante,
Na segunda semana de nossa disciplina iremos abordar duas Normas Regulamentadoras
de extrema importância para a promoção da Saúde e Segurança do trabalhador no ambiente laboral.
Trata-se das NR 04 e NR 05, as quais devem se fazer presentes em todas as organizações,
independentemente do segmento de atividade.
A NR 04, que trata dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina Do Trabalho - SESMT tem por objetivo a promoção da saúde e proteção da integridade do
trabalhador no local de trabalho.
Já a NR 05 objetiva a prevenção de acidentes e doenças decorrentes da atividade
desenvolvida, as chamadas doenças ocupacionais (as quais foram apresentadas na primeira
competência desta disciplina) de modo a tornar compatível de maneira permanente o trabalho com
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Como você pode observar, estes conceitos se completam não é mesmo? Porém não
apenas estes apresentam ligação. Para que seja dado o cumprimento das referidas Normas
regulamentadoras é necessário que haja uma interação de forma efetiva entre estes 02 grupos de
profissionais.
Sigamos adiante em nossos estudos para melhor entendimento desta afirmação.

Vamos lá!

26
 Competência 02

2.1 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança

e em Medicina do Trabalho - SESMT.

A NR 4 tem sua publicação através da Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 e até
então passou por algumas atualizações (14 ao todo), sendo a última delas no ano de 2016. A partir
desta informação vale salientar a importância de nos mantermos atualizados, sempre atentos a essas
mudanças.
Mas qual o objetivo, se eu não sou um profissional da área de segurança?

As NR’s são guias de trabalho para o profissional de segurança e ao mesmo

tempo garantia da integridade física de TODO trabalhador.

Agora que você sabe da importância e do objetivo de se constituir o SESMT nas

organizações, vamos nos aprofundar sobre a prática e atribuições deste serviço.
Primeiramente vale salientar que empresas privadas e públicas, órgãos públicos da
administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT deverão manter, obrigatoriamente, Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

2.1.1 Dimensionamento do SESMT

O dimensionamento do SESMT, ou seja, o número de profissionais que irá compor a

equipe, não é realizado de forma aleatória, este deve estar vinculado ao grau de risco da atividade
principal e ao número total de empregados que atuam na empresa. De posse dessas informações,
para a determinação do número de profissionais, utilizaremos os Quadros I e II desta NR, que pode
ser vista na íntegra e atualizada a partir do link apresentado a seguir:

27
 Competência 02

NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf

No quadro I da NR 04 está contida a relação da Classificação Nacional de Atividades

Econômicas - CNAE, ou seja, uma lista de todas as atividades exercidas em uma organização, com
correspondente Grau de Risco - GR para fins de dimensionamento do SESMT, o qual deve ser
composto por: Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do
Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho, obedecido o
Quadro II desta NR, conforme apresentado a seguir:

Figura 10 - Quadro de Dimensionamento dos SESMT

Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf
Descrição da Imagem: A imagem apresenta um quadro informativo composto por 4 linhas e 10 colunas. Na primeira
coluna estão apresentados os graus de risco (Intervalo de 1 a 4), na segunda coluna está apresentado o quantitativo de
profissionais que irão compor o SESMT a partir do grau de risco e número de funcionários. Da terceira coluna em diante
estão apresentados os intervalos de números de trabalhadores atuantes na empresa. Abaixo do referido quadro,
encontram-se informativos (legendas) referentes as particularidades apresentadas por asteriscos no quadro.

28
 Competência 02

Não se esqueça de assistir a vídeo aula da competência 02

Vale salientar que os profissionais que irão compor o SESMT, devem possuir formação e
registro profissional de acordo com o disposto na regulamentação da profissão, bem como em seus
instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional.

2.1.2 Atribuições do SESMT

Você sabe de que forma essa equipe de profissionais irá atuar, a fim de cumprir com o
objetivo estabelecido na NR 04? Será exercendo suas atribuições com responsabilidade, as quais
estão apresentadas a seguir:

• Executar os conhecimentos de engenharia, de segurança e de medicina do trabalho

ao ambiente de laboral, bem como a todos os seus componentes (máquinas e
equipamentos) de modo a minimizar e até mesmo eliminar os riscos;
• Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do
risco, o uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que
estabelece a NR 6, desde que este se aplique as condições locais;
• Contribuir, com projetos e implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da
empresa;
• Inteirar-se de forma permanente com a CIPA, apoiando, treinando e atendendo no
que for possível, conforme dispõe a NR 5, atuando como agente multiplicador,
estudando suas observações e solicitações, e propondo soluções preventivas e
corretivas;
• Realizar atividades de conscientização, educação e orientação aos trabalhadores a
fim de prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;

29
 Competência 02

• Orientar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, a fim

de ter o apoio destes em favor da prevenção;
• Analisar e registrar os acidentes ocorridos na empresa, e todos os casos de doença
ocupacional, descrevendo as características do acidente, ou da doença ocupacional,
e todos os fatores referentes a eles;
• Manter os dados atualizados (mensalmente) de acidentes do trabalho, doenças
ocupacionais e agentes de insalubridade;

As atividades desenvolvidas pelos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente

prevencionistas, porém o atendimento de emergência deve ser realizado, quando necessário.

2.2 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

Conforme apresentado na competência 1, a prevenção de acidentes e doenças

ocupacionais é uma ação de grande importância desenvolvida pelas empresas em prol da proteção
dos trabalhadores. Em virtude dessa necessidade, foi criada a NR 5, norma regulamentadora que trata
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
Você, em algum momento já deve ter ouvido falar na CIPA, mas, você sabe quais são suas
atribuições? Ou mesmo que tipo de empresa deve instituir esta comissão?
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como principal objetivo a
prevenção de doenças e acidentes no trabalho assim como a promoção da saúde e integridade física
dos trabalhadores.
Tem sua regulamentação dada a partir da legislação brasileira, tanto pela CLT –
Consolidação das Leis de Trabalho quanto pela NR 5, a qual teve sua publicação no ano de 1978. A
NR 05 passou por algumas alterações/ atualizações, 9 ao todo, sendo a última no ano de 2011. Esta
comissão tem papel fundamental nos programas de saúde e segurança do trabalho, visto que é
responsável por algumas atribuições desenvolvidas nas organizações, que serão apresentadas
adiante.

30
 Competência 02

2.2.1 Organização e dimensionamento da CIPA

Quanto a organização da CIPA, esta deverá contar com representantes do empregador e

representantes dos empregados, e este dimensionamento será de acordo com o previsto no Quadro
I desta Norma Regulamentadora, no qual estão distribuídos os grupos que devemos ter por
referência, assim como o quantitativo de trabalhadores que atuam na empresa.
Estes grupos são na verdade agrupamento de setores econômicos pela Classificação
Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, que varia de C-1 a C-35 e está apresentado no quadro II.
Já o quadro III traz a Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com
correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA.

Ficou com dúvidas?

O que você acha de colocar em prática esse aprendizado relativo ao
dimensionamento da CIPA?

Você irá entender melhor a importância de conhecer para assim poder utilizar este
Quadros dispostos na referida norma, respondendo o exemplo apresentado a seguir.
Uma empresa que atua na área de Extração de minério de ferro, composta por 115
funcionários, deseja instituir a CIPA em seu estabelecimento, e para isso o empregador utiliza a
Norma Regulamentadora 05 como material de consulta. Para que não haja erro neste
dimensionamento, será utilizada especificamente parte dos quadros I e III conforme pode ser visto
abaixo:

31
 Competência 02

Figura 11 - Quadro 1 da NR 05.

Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
Descrição da Imagem: A imagem apresenta parte do Quadro I da NR 05, onde na primeira coluna estão especificados os
Grupos de alguns setores econômicos, na segunda coluna os membros efetivos e suplentes necessários para a
composição da CIPA e nas demais colunas os números de membros necessários com relação ao intervalo de números de
trabalhadores.

Figura 12 - Quadro III da NR 05

Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
Descrição da Imagem: A imagem apresenta parte do Quadro III da NR 05, onde na primeira coluna está disposto o
CNAE, na segunda coluna o segmento da empresa e na terceira coluna o grupo a qual faz parte.

Com base nas informações cedidas responda como será composta essa comissão.

O que acha de compartilhar sua resposta no fórum desta competência?

Estamos aguardando você para o esclarecimento de possíveis dúvidas!

A própria norma estabelece que os representantes dos empregadores, tanto os titulares

quanto os suplentes, serão por eles designados. Já os representantes dos empregados, titulares e

32
 Competência 02

suplentes, serão eleitos através de processo eleitoral, sendo livre a participação dos empregados
interessados. A duração do mandato dos membros eleitos da CIPA será de um ano, sendo permitida
uma reeleição.

Vale ressaltar que o quantitativo de membros disposto no Quadro I é referente

aos membros eleitos pelo empregador! Não devemos esquecer-nos de
considerar o número de membros indicados que é de igual quantidade.
Fique atento (a)!

Em casos em que o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, ou seja, ser composta

por menos de 20 trabalhadores, o empregador irá designar um responsável pelo cumprimento dos
objetivos da NR 05.
O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, já o vice-
presidente será escolhido entre os representantes dos empregados, ou seja, entre os membros
eleitos, os quais serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
Já o um secretário e seu substituto, serão indicados, de comum acordo com os membros
da CIPA, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do
empregador.
Vale ressaltar que toda documentação referente ao processo eleitoral da CIPA (atas de
eleição e de posse, calendário anual das reuniões ordinárias, entre outros) deve permanecer no
estabelecimento à disposição de possíveis fiscalizações.

2.2.2 Atribuições da CIPA

A importância desta comissão para os empregados dentro de uma organização é,

basicamente, na identificação dos problemas em relação à saúde, segurança e qualidade de vida nas
rotinas de trabalho, tendo assim por atribuição:

• A identificação dos riscos do processo de trabalho, bem como na elaboração do mapa

de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com auxílio do
SESMT, quando se aplica;

33
 Competência 02

• A elaboração de um plano de trabalho que permita a ação preventiva em solução de

possíveis problemas relativos a segurança e saúde no trabalho;
• A participação na implementação e no controle da qualidade nas medidas de
prevenção necessárias, assim como da avaliação das prioridades de ação no
ambiente laboral;
• A realização de inspeções periódicas no ambiente de trabalho a fim de verificar as
condições laborais, com intuito de identificar situações que possam trazer riscos para
a segurança e saúde dos trabalhadores;
• A realização de avaliação do cumprimento das metas estabelecidas no plano de
trabalho e debater sobre as situações de riscos identificadas;
• Informar aos trabalhadores dados relativos à segurança e saúde no trabalho;
• Participação ativa em parceria com o SESMT, sobre as discussões realizadas pelo
empregador, com o intuito de avaliar as possíveis alterações no ambiente e processo
de trabalho;
• Solicitação de paralisação de máquina ou setor de trabalho que apresente risco grave
e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaboração no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA, bem como de
outros programas relativos à segurança e saúde no trabalho;
• Divulgação e promoção do cumprimento das Normas Regulamentadoras, assim
como acordos e convenções coletivas de trabalho, relacionados à segurança e saúde
no trabalho;
• Participação, em parceria com o SESMT, da análise das causas das doenças e
acidentes de trabalho além de propor medidas de solução para os problemas
identificados;
• Atuar de forma efetiva em conjunto com o SESMT, na Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho – SIPAT, bem como em Campanhas anuais de Prevenção
da AIDS.

34
 Competência 02

O empregador deverá possibilitar que os membros da CIPA tenham os meios necessários

ao desempenho destas, a fim de garantir que haja tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes em seu plano de trabalho.
Vale salientar que os trabalhadores também possuem atribuições, as quais irão contribuir
com o desenvolvimento do trabalho dos membros da CIPA, dentre estas podemos citar:
• A participação na eleição de seus representantes;
• Colaborar com a gestão da CIPA;
• Informar à CIPA, ao SESMT e ao empregador as situações de riscos identificadas e
apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;
• Seguir as recomendações relativas à prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho.
A CIPA deverá se reunir mensalmente, de acordo com o calendário preestabelecido, essas
são chamadas de Reuniões Ordinárias, as quais deverão ser realizadas durante o expediente normal
da empresa e em local apropriado. Há também a possibilidade de ocorrência de reuniões em caráter
emergencial, as chamadas Reuniões Extraordinárias.
As reuniões extraordinárias ocorrem em casos onde houver denúncia de situação de risco
grave e iminente; na ocorrência de acidente do trabalho grave ou fatal; ou mesmo quando houver
solicitação expressa de uma das representações.

Você sabia que o membro titular perderá o mandato, e será substituído por
suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa?
Fique atento (a) a esses detalhes!

Quanto às decisões tomadas, estas serão preferencialmente por consenso. Caso não haja
acordo, será instalado um processo de votação, desde que esta ocorrência seja registrada na ata da
reunião.

35
 Competência 02

2.2.3 Formação para membros da CIPA

Outro ponto de grande importância está relacionado ao treinamento que os membros da

CIPA deverão participar, o qual deve ser promovido pela empresa antes da posse. Este treinamento
deve contemplar temas de grande relevância que estão estabelecidos na própria NR 05, tais como:

• Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do
processo produtivo;
• Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
• Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos
existentes na empresa;
• Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de
prevenção;
• Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciária relativas à segurança e
saúde no trabalho;
• Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
• Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da
Comissão.

Este treinamento terá carga horária de vinte horas, devendo ser distribuídas em no
máximo oito horas diárias a ser realizado durante o expediente normal de trabalho.

2.2.4 Processo Eleitoral

Quanto ao processo eleitoral, podemos dizer que é iniciado a partir da publicação e

divulgação de edital, o mesmo deve ser posto em locais de fácil acesso e visualização, no prazo
mínimo de 45 dias antes do término do mandato em curso. Vale salientar que deve haver liberdade
de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais
de trabalho, sendo o empregador obrigado a fornecer o comprovante de inscrição e garantir emprego
para todos os inscritos até a eleição.

36
 Competência 02

O processo eleitoral deve ser realizado em dia normal de trabalho, respeitando os

horários de turnos a fim de promover a participação da maioria dos empregados com a garantia de
voto secreto. Já a etapa de apuração dos votos, deve ocorrer em horário normal de trabalho, sendo
acompanhado por representante do empregador e representante dos empregados.

Você sabia que o empregador deverá manter arquivados todos os documentos

relativos à ao processo eleitoral, por um período mínimo de cinco anos? Pois
bem... Essa é uma exigência estabelecida no artigo 11 da CLT, relacionada ao
período máximo que dá direito a uma ação judicial por parte do trabalhador.

Agora você sabe sobre a importância desta NR, onde a CIPA não se trata de uma comissão
fictícia, apenas para cumprir uma demanda da legislação vigente, mas uma poderosa ferramenta
utilizada na redução dos riscos e melhoria das condições de trabalho nas organizações. Isto porque,
acidentes e doenças ocupacionais acarretam grandes danos ao trabalhador, além de prejuízos
financeiros bem como operacionais para a empresa.
Que este conhecimento adquirido, contribua efetivamente na sua atuação profissional,
despertando uma visão mais crítica, a qual possibilitará a identificação de situações de emergência
no ambiente laboral, e a partir da comunicação destas ao empregador ou responsável, certamente
ocorrerão melhorias nas condições de trabalho.
TODOS nós, por meio de nossas ações, somos responsáveis em proporcionar um
ambiente de trabalho salubre. Façamos nossa parte!

Até breve!

37
Conclusão
Chegamos ao final da disciplina saúde e segurança, no decorrer das duas semanas, você
obteve os esclarecimentos no que tange o surgimento da saúde ocupacional, enfatizamos os
acidentes de trabalho e suas variáveis, descrevemos os riscos ambientais, dimensionamos o Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, seu proposito e
definição assim como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
Você, futuro técnico em logística, a depender da esfera a que venha exercer sua atividade
laboral, pode se defrontar com algum dos agentes de risco ambientais abordados na disciplina,
podendo até lidar com vários deles, como também presenciar ou até mesmo passar por situações de
acidentes de trabalho. Você concorda que é mais simples, descomplicado e fácil se conscientizar de
possíveis riscos e ameaças quando se tem um conhecimento prévio dos problemas no ambiente de
trabalho? E da necessidade de prevenção?
A postura que devemos adotar, após essa disciplina, será a de priorizar a promoção a
saúde e segurança dos nossos colegas de trabalho e a nossa. Agora, você está munido de informações
para auxiliar na promoção a saúde e segurança.
Torcemos que os conhecimentos desenvolvidos ao longo da disciplina tenham esclarecido
sua dúvida e que possa contribuir para a sua atividade de trabalho como futuro técnico em logística.

38
Referências
Brasil. Norma Regulamentadora. NR 04 – Serviços Especializados Em Engenharia De Segurança e em
Medicina do Trabalho. Disponível em:<
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf> Acesso em: 23 de
outubro de 2019.
Brasil. Norma Regulamentadora. NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Disponível
em:< https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf> Acesso em: 23
de outubro de 2019.
GOMEZ, Carlos Minayo; VASCONCELLOS, Luiz Carlos Fadel de; MACHADO, Jorge Mesquita Huet.
Saúde do trabalhador: aspectos históricos, avanços e desafios no Sistema Único de Saúde. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 23, p. 1963-1970, 2018.

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Minicurrículo do Professor

Daniel Leal Gomes Falcone Stamford

Administrador de Empresa e analista de comércio exterior com especialidade em
desenvolvimento sustentável pela ESTÁCIO de SÁ. Tenho dez anos de experiência profissional na área
de Logística, trabalhando na área de logística internacional: Pernod Ricard e como analista e consultor
de orçamento em condomínios comerciais. Na área docente, leciono disciplinas de Fundamentos do
Comércio Exterior e Empreendedorismo em instituição de ensino superior, pós-graduação e cursos
técnicos, presencial e a distância desde 2013.
Além de tudo mencionado anteriormente, sou um entusiasta da Logística e o Comércio
Exterior. Nesta disciplina procurei trazer todo meu conhecimento teórico e prático para a nossa
viagem ao universo da saúde e segurança no ambiente de trabalho logístico.

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