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RESUMO
O presente trabalho tem como tema central a participação dos pais no contexto da escola, bem
como, a relação entre escola e família e sua importância para a educação e desenvolvimento
humano. Através de pesquisa bibliográfica, buscou-se analisar os aspectos positivos que o
envolvimento dos pais podem gerar diretamente na aprendizagem e quais suas formas de
participação no ambiente escolar. Também serão apresentadas reflexões a respeito das
implicações negativas da ausência paterna causados pela falta de interação entre família e
escola. Esta pesquisa foi realizada em uma escola da rede pública do Município de Igarapé
Miri/PA e dispôs como ferramenta para coleta de dados: entrevista com professores,
pedagogos da instituição e com pais de alguns alunos, seguindo posteriormente por texto
discursivo sobre as análises e comparação de dados com a literatura. O Objetivo deste
trabalho tem como fim, verificar a troca de experiências feitas com os pais, e os resultados
que isso pode acarretar na aprendizagem do educando, buscando facilitar a relação família e
escola na medida que busca estratégias que venham proporcionar essa relação baseada no
diálogo e na participação.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Rego (2003), a família e a escola dividem funções sociais, políticas e
educacionais, conforme colaboram e influenciam a formação do indivíduo.
Cada vez mais são atribuídas novas exigências às escolas, novos desafios. Essa
instituição não pode ser pensada fora do contexto social, ela reflete o que está acontecendo em
sociedade, e o que ela faz também reflete na sociedade. Uma das contribuições positivas que a
escola promove é uma educação para a democracia. (Heineck, 2016)
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sendo este um estudo que se propõe a analisar a relação família e escola, não poderia
deixar de conceituar o termo participação e família para que possamos ter claro com que
núcleo de pessoas envolvidas com os alunos queremos estabelecer relação.
Castro (2010) afirma que “[...] de um modo bem geral, por participação pode-se
entender qualquer ação humana que se lança na direção de um contexto mais amplo, com
motivações variadas, em lugares e circunstâncias diversas” (CASTRO, 2010, p. 15).
No entanto, durante os últimos anos vários fatores fizeram com que a família se
reagrupasse e tivesse uma organização bastante heterogênea. Portanto, não podemos
caracterizar as famílias de nossos alunos de acordo com o modelo tradicional formado por pai,
mãe e irmãos. “Embora não seja apropriado conceber um modelo único de família e/ou
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escola, é possível considerar que cada uma dessas instituições pauta-se por propósitos e
princípios distintos. ” (Setton 2002 p. 3).
A criança ao nascer é inserida na sociedade pela influência das famílias, e assim acaba
por incorporar a cultura que a cerca, a qual engloba modelos de valores, morais, crenças,
religião e ideias, que lhe serve como base de comportamento. É através destas relações que a
família exerce grande influência na criança, sendo a maneira de se comportar a mais evidente.
A criança é dessa forma diretamente influenciada pelos seus familiares na forma de pensar e
na de agir. (ALMEIDA, 2014)
Estevão (2003) afirma que a participação dos pais nas escolas não deve ser encarada
como sendo debilidade, último recurso quando as coisas não andam bem (mau
comportamento ou notas baixas), ou como necessária apenas nos eventos festivos promovidos
pela escola.
Para que haja uma relação de confiança entre pais e escola, é necessário um trabalho
em conjunto de ambas as partes, para que a comunicação seja estabelecida de maneira eficaz.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica apontou que nas escolas que
contam com a participação dos pais, onde existe troca de informações com o educador e os
professores, os alunos aprendem melhor. Diversos educadores brasileiros também defendem
que a família faça um acompanhamento da escola, verifique se seus objetivos estão sendo
devidamente alcançados. (Silva, Silva, & Souza, 2013)
Reflete a participação afetiva dos pais na tomada de decisão quanto às metas e aos
projetos da escola. Retrata os diferentes tipos de organização, desde o estabelecimento do
colegiado e da associação de pais e mestres até intervenções na política local e regional.
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Defende-se, portanto, que, quando estabelecida uma relação entre a escola e os pais, os
resultados são satisfatórios, demonstrando uma melhora no desempenho social e escolar dos
alunos.
Paro (2003), argumenta que a ausência da comunidade na escola pública torna mais
difícil a avaliação do ensino oferecido. Os pais e os alunos, como usuários da escola, são
capazes de apontar problemas e dar sugestões para a resolução deles. Embora o autor
considere que a simples execução de tarefas (participar na organização de festas, rifas, etc.)
possa ser o início de um processo de participação mais crítica na escola, argumenta que é
necessário efetivar a partilha do poder, possibilitando à comunidade participar na tomada de
decisões
Desta forma é preciso levar os sujeitos a refletir sobre o verdadeiro papel da escola,
rompendo com conceitos ultrapassados que há tempos não tem mais coerência com a
realidade escolar. Refletindo em conjunto sobre o papel da escola e da família é possível
chegar a um denominador comum que possa melhorar a qualidade da educação bem como das
relações vivenciadas no cotidiano educacional. (Brendler, 2013)
A escola deve estar organizada para receber os pais a qualquer momento sempre que
estes sintam necessidade de falar, reclamar ou trocar ideias. Por outro lado, esse esquema
ajuda a perceber que ali há uma organização e pessoas trabalhando de forma técnica, que os
receberá amistosa e abertamente. É preciso transparecer que quem os ouve são profissionais,
que, como tal, só farão o que realmente for útil e viável para os alunos como um todo. Um
aspecto a ressalvar é que a família deve ser recebida, ouvida e deve participar. Porém isso não
significa nem pode ser confundido com direito de tomar decisões por ou pela escola. Cada
uma dessas duas instituições fundamentais tem um papel pelo qual é responsável (Silva,
Silva, & Souza, 2013).
3. MATERIAIS E METODOS
No dia 14/112019, houve o primeiro contato com o local de estudo e com o ambiente escolar,
e foi constado que a escola possui cerca de 530 alunos, distribuídos entre os turnos manhã e tarde. A
diretora responsável chama-se Edoane Paiva e a coordenadora pedagógica, Doralice Vasconcelos, que
após pergunta direta a respeito da participação dos pais na escola, informou que a instituição não
apresenta projeto ou mesmo meios participativos dos familiares dos escolares com o ambiente escolar.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário que haja uma parceria efetiva entre escola e família, e cabe a escola
estimular essa parceria, pois a família tem a responsabilidade de participar da vida escolar do
aluno, participando das reuniões escolares, ajudando nas lições de casa.
5. REFERENCIAS
ESTEVÃO, C. Escola e Participação: o lugar dos pais e a escola como lugar do cuidado.
Ensaio, v. 11, nº 41, 2003.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LÜCK, Heloísa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 8ed. Petrópolis - Rio
de Janeiro: Vozes, 2010.
PARO, Vítor. Gestão Democrática da escola Pública. São Paulo: Ática, 2003.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. Ed. São Paulo:
Atlas S.A., 1999. 24 p
SETTON, Maria da Graça Jacintho. Família, escola e mídia: um campo com novas
configurações. Educ. Pesqui. [online]. 2002, vol.28, n.1, pp. 107-116. ISSN 1517-9702.