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1. O Romantismo
O termo romantismo é de origem inglesa seiscentista (romantic) e deriva do
substantivo francês romaunt, que designava os romances medievais de aventuras.
No final do século XVIII, Letourneur e Rousseau, filósofo da revolução francesa,
adoptaram este termo, fazendo a distinção entre romantique (romântico) e
romanesque (romance). A palavra rapidamente se difundiu pelas restantes culturas
europeias, originando a oposição entre romântico e clássico.
O Romantismo é um movimento literário e artístico que surgiu na cultura europeia
nos finais do século XVIII, num contexto de grande insegurança e de necessidade
de exaltação dos valores nacionais, devido às Invasões Francesas. A tentativa de
hegemonia do poder napoleónico fez a Europa despertar para os valores nacionais
e procurar a liberdade plena: política, religiosa, cultural e literária.
Em Inglaterra, este movimento literário difundiu-se através de nomes como William
Blake, William Wordsworth, Lord Byron ou o escocês Walter Scott. Em França, o
Romantismo impôs-se no final da década de 1820 com Victor Hugo, Chateaubriand
e o importante contributo de Madame de Staël. Na Alemanha, a publicação da peça
dramática Sturm und Drang de Klinger e a incontornável obra de Goethe lançaram
as bases deste movimento estético-literário.
O ideário romântico teve expressão nas várias demonstrações artísticas, onde
imperavam temas dramático-sentimentais: na poesia, no teatro, no romance histórico,
na pintura (Delacroix, Goya e Constable), na escultura e na música (Shubert,
Mendelssohn, Wagner e Chopin). Na arte romântica, a paisagem já não era um
cenário, mas um meio de expressão.
O Romantismo manifestou-se também na sociedade civil, dando eco aos ideais
revolucionários burgueses que advogavam uma maior intervenção do povo no plano
político. Ao exaltarem os valores populares e a cultura de raízes nacionais, os
românticos colocaram a burguesia num estatuto privilegiado.
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2. O Romantismo em Portugal
Com a morte de D. João VI (em 1826), D. Miguel fez-se aclamar Rei segundo
o antigo regime absolutista.
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Assim, em Maio de 1834, na convenção de Évora-Monte, os absolutistas
renderam-se e D. Miguel partiu definitivamente para o exílio.
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mais simples, clara e acessível e revelava interesse pela paisagem, pelo pitoresco
e pelo sentimentalismo.
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