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MPAGRO – 2019

Resumo
Aluna: Lidiane G. Floresta
LIVRO: ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA. AUTOR:
FÁBIO CHADDAD

A agricultura no Brasil nas últimas décadas tornou-se uma mola propulsora da


economia brasileira. Isso foi possível através da disponibilidade de recursos naturais,
políticas públicas, expansão de áreas, desenvolvimento de novas tecnologias e
conhecimento gerado através da iniciativa privada e pública.

No entanto, todo esse crescimento não seria possível sem a força de trabalho
de homens e mulheres que decidiram expandir seus horizontes indo em busca de
investimentos e terras mais baratas que pudessem expressar todo o seu potencial.
Dentre tantas histórias de desbravamento e expansão destaca -se a do produtor
Ferruccio Pinesso que em 1.923, vindo da Itália com sua família tentou a sorte no
Brasil. Através de muito esforço e trabalho a família Pinesso conseguiu adquirir uma
pequena propriedade no Paraná e através do espírito empreendedor de do filho mais
velho, vendeu as áreas no Paraná para comprar terras no MT e MS.

Temos inúmeras histórias que refletem o espírito empreendedor do produtor


rural e como isso desenvolveu o país nas últimas décadas. Porém surgiram inúmeros
desafios na década de 80 e 90 muitos deles relacionados às políticas agrícolas,
mudança de moeda, inflação e clima. Muitos produtores foram impactados por essas
mudanças e os demais tiveram que se adaptar tornando se cada vez mais eficientes.
Consequentemente, o setor passou por um processo radical de modernização e
industrialização, resultando em ganhos de competitividade internacional dinâmica
fundamentada em inovações tecnológicas e organizacionais.

A agricultura no Brasil possui uma grande diversidade de culturas distribuídos


geograficamente por todo território nacional. A macrorregião que se destaca é o sul,
cuja realidade foi diferenciada pelo acesso a informação e crédito e escolaridade
quando comparado ao Nordeste e o papel dominante das cooperativas. O
desenvolvimento bem sucedido da agricultura no Paraná pode ser amplamente
atribuído a força e a organização das cooperativas agrícolas. Com isso surgiu as
parcerias de pesquisa, que através dos trabalhos de campo foi possível aprimorar as
técnicas e alavancar o melhoramento genético no Brasil. Pode-se dizer que a
organização das cadeia de valor na região Sul serviu de base para que outras regiões
pudessem se desenvolver.

Dada a relevância do agronegócio no Brasil, outra região que se destacou foi


a Sudeste pela verticalização de alguns setores como por exemplo a produção de
laranja e cana-de-açúcar. Vale lembrar que a região Sudeste é a mais urbanizada e
possui uma das maiores rendas per capita do Brasil. Destacando se os agricultores
que possuem um nível educacional maior e melhor acesso a assistência técnica; onde
a cana-de açúcar faz uso de 27% da terra agregando 50% de valor de produção ao
estado de São Paulo.

O movimento de internacionalização da agricultura brasileira, a partir do qual o


setor passou a se caracterizar como um dos mais dinâmicos da economia. Ajudou o
processo de verticalização da cana e do suco de laranja que através das
organizações setoriais aumentaram a produção, a adoção de práticas agrícolas e
industriais mais sustentáveis e para menores custos de transação entre os elos da
cadeia de valor. Em 1975, o Brasil criou o Proálcool que impulsionou o programa de
produção de álcool a partir da cana-de-açúcar; a indústria da laranja foi beneficiada
pelas quebras de safra ocorridas na Flórida. Consequentemente essas indústrias
continuaram a ganhar espaço e crescer interno e externamente.

Observamos ao longo da história agrícola do Brasil que até os anos de 1970,


o cerrado estava relativamente “vazio” e era considerado de valor limitado para
produção agrícola a partir daí tornou se palco de grandes mudanças na estrutura
produtiva agrícola. Essas mudanças ocorreram face ao papel do Estado, com o
objetivo de integrar a economia nacional. Esse modelo de ocupação agropecuária
ocorreu por meio de programas, incentivos fiscais, investimentos em infra-estrutura,
e a incorporação de técnicas modernas na produção.

Através do desenvolvimento de novas variedades pela EMBRAPA e FMT e


técnicas de plantio foi possível aumentar a produtividade e expandir as áreas através
do plantio de milho na entressafra. Visando escala, muitos produtores se organizaram
na forma de fazendas corporativas que consequentemente permitiu a gestão
profissional de forma organizada e acesso a capital de investidores externos. Em
comparação a grandes grupos familiares e fazendas corporativas, os fazendeiros
familiares empresariais enfrentam custos maiores na aquisição de insumos, pois,
invariavelmente, caem na mão de revendas, são mais dependentes de fornecedores
e comerciantes de insumos agrícolas para obter crédito e têm desvantagens no
acesso aos mercados. Para poder competir em condição igual à dos grandes grupos,
esses produtores contam cada vez mais com associações de produtores e
cooperativas.

A história de sucesso da agricultura brasileira teve um marco importante, que


foi “o milagre econômico” durante a ditadura militar promovendo assim a expansão
de diversos setores e os bens produzidos por ele. A força de trabalho dos pátios
industriais era decorrente da massa de pessoas que deixou a zona rural. Esse êxodo
causado pelo processo de mecanização da agricultura foi decorrente de postos de
trabalho das novas fazendas, que privilegiavam trabalhadores mais qualificados e
mais produtivos.

Vimos a colonização da região Sul por imigrante que partiram para desenvolver
o Cerrado e na região Sudeste os produtores de cana e suco de laranja, em todos o
casos observamos que a organização das cadeias de valor auxiliou os produtores a
se fortalecerem frente as demandas do mercado e que grande parte das entidades
foi governada por agricultores. É impossível pensar como a agricultura teria se

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desenvolvido sem as cooperativas, as fundações de pesquisa e as associações de
produtores.

Diante do exposto, empreendedorismo e organização da cadeia de valor são dois


processos fundamentais para implementar mudanças e ajustar os desafios do
agronegócio no Brasil.

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