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AVALIAÇÃO DO TORNOZELO E DO PÉ
ANAMNESE
Início da queixa, duração, velocidade da progressão, relação com traumas, localização da dor,
irradiação, fatores de melhora ou piora, características da dor, edema, eritema, rigidez articular,
etc. Lembrar de perguntar sobre o uso de salto alto.
ANATOMIA DO PÉ
Lindemberg Costa de Albuquerque
Lindemberg Costa de Albuquerque
MOVIMENTOS
Lindemberg Costa de Albuquerque
EXAME FÍSICO
Pé desnudo;
Paciente sobre a maca, com as pernas pendentes para fora. Nessa posição, com o membro
relaxado, o pé normal assume um discreto equinismo e ligeira inversão. Devem ser avaliadas as
relações dos vários segmentos do pé entre si e do conjunto com a perna (especialmente joelho
e tornozelo).
Paciente em decúbito ventral , com o pé a ser examinado pendente da borda da maca. Para
evitar as rotações do membro inferior, o membro contralateral deve ser fletido e abduzido, de
forma que o maléolo medial se apóie na região poplítea do membro que estaremos examinando.
Suprimento sanguíneo: palpação dos pulsos e valiação da perfusão dos leitos subungueais.
Anexos:
TORNOZELO
Verificar edemas, maléolo medial mais alto e anteriorizado que o lateral, alinhamento do ponto
médio intermaleolar que, com relação a perna, deve estar no eixo longitudinal que sobe até a
tuberosidade anterior da tíbia, e, com relação ao pé, deve estar em linha com o segundo
metatarsiano e “olhar” para o segundo interdígito.
Geralmente realiza 45° de flexão plantar e 25° de dorsiflexão (verificar com os joelhos fletidos e
estendidos).
Palpar todo as saliências ósseas e ligamentos, procurando pontos dolorosos, aumento global de
volume, roturas e processos inflamatórios.
Palpar os tendões de Aquiles, os tibiais posterior e anterior, o flexor longo do hálux e os fibulares.
COMPLEXO SUBTALAR
Avaliar o grau de convexidade da borda interna do pé que reflete varismo e valgismo do retropé.
Observar se há equinismo.
ARTICULAÇÕES METATARSOFALÂNGICAS
ARTICULAÇÕES INTERFALÂNGICAS
Deformidades clássicas dos dedos: martelo, garra e “taco de golfe”. Avaliar redutibilidade.
Lindemberg Costa de Albuquerque
MUSCULATURA
Estabiliza-se a bacia com uma das mãos e com a outrra realizam-se as rotações interna
e externa do quadril.
Palpa-se os maléolos tibial e fibular. Entre os dedos do examinador, imagina-se um eixo
bimaleolar que normalmente se encontra rodado externamente ao redor de 10°.
Observando-se o paciente por cima, tracam-se os eixos imaginérios da imagem plantar
e da coxa, sendo que o eixo da planta encontra-se rodado externamente em relação ao
eixo da coxa.
O eixo médio plantar corta ao meio a imagem oval do calcanhar e atinge o segundo
interdígito ou a terceira polpa digital. Mais lateral indica adução, mais medial, abdução.
Lindemberg Costa de Albuquerque
ESTÁTICO
Verificar as principais deformidades na silhueta do pé, nas saliências ósseas do calcâneo, dos
maléolos, da cabeça do talus, da tuberosidade do V metatarsal e das articulações
metatarsofalângicas e interafalângicas. Buscar zonas de hiperqueratose e dolorimento.
Notar como se distribui o peso do corpo, se há áreas de hiperpressão que aparecem como
pontos mais claros e isquêmicos na imagem plantar e qual a forma da superfície plantar,
diferenciando pés planos de pés cavos.
Podograma normal: o retropé imprime uma imagem oval cujo maior eixo, quando projetado,
atinge o segundo interdígito ou a teceira polpa digital.
Manobra da “ponta dos pés”: avalia o grau de motilidade da articulação subtalar, a pot~enciia
muscular e a integridade de alguns tendões. Prova positiva: varização do retropé quando na
ponta do pé e valgismo quando volta a posição normal.
DINÂMICO
Observar durante a marcha o modo com que o calcanhar toca o solo, as reações do médio e
antepé quando o passo se desenvolve e a relação dos dedos com o solo durante os últimos
estágios do passo.
TESTE DE THOMPSON
Paciente em decúbito ventral e com os joelhos fletidos (ou decúbito ventral com os joelhos
estendidos e os pés fora da maca), aplica-se uma compressão vigorosa na massa muscular da
panturrilhaonde se situam os ventres dos gêmeos e o múculo solear. Essa compressão produz o
encurtamento da massa muscular que se transmite pelo tendão calcâneo até o pé, o qual sofre
flexão plantar quando todas as estruturas estão íntegras – Teste de Thompson positivo!
Lindemberg Costa de Albuquerque
O examinador apoia uma das mãos sobre a face anterior da tíbia, logo acima do tornozelo e,
com a outra, envolve o calcanhar do membro a ser examinado. Nessa posição, aplica força no
sentido de deslocar o pé, enquanto a perna permanece fixa.
Quando tem lesão nas estruturas avaliadas, ocorre o deslocamento anterior do talo no interior
da pinça bimaleolar e surge uma zona de depressão na face ântero-lateral do tornozelo – sinal
do vácuo -, resultante da pressão negativa que se forma no interior da articulação em função da
subluxação que acabamos de produzir com o teste.
O examinador aplica, com uma das mãos, força varizante na região do calcanhar do examinado,
mantendo a extremidade distal da perna fixa com a outra mão.
Lindemberg Costa de Albuquerque
O examinador aplica, com uma das mãos, força valgizante na região do calcanhar do examinado,
mantendo a extremidade distal da perna fixa com a outra mão.