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ANTONIO SERGIO OBRAS COMPLETAS - ENSAIOS Tomol Classicos Sa da Costa i s EDUCACAO E FILOSOFIA * (PRINCIPIOS DE UMA PEDAGOGIA QUALITATIVA DE ACCAO SOCIAL E RACIONAL) ana oak do amor «da jig. a ped gore wee peace ‘Avreno De Qunr a co remanent coma isi, Poeadome ua ptt st om, endo pPodesme um leitoe que Ihe rorne explicit, em resamo, 0 atca foie floslio dos meus esrtos sobre pedagogia. Visam #ss- tilazer ene desjo as ripidasconsidragies que se vio segie 1 ‘A peequnta liminar —se 0 ensino deve see flosfico— eipoado eaficamente qué tim. Em mex julio, «iden de que Aligoci elucario e filosofia 66 pode ocorter sos indviducs, ox pouco stents, o8 que consideram esta lta sb um aspesto Clemasado abstacto, aio a sia parte mais humans, onde a secvidade filoséfea — da mais viva origem e do mais argo interesse — implica com as necessidades sociais e & uma teoria’ ‘da educagio. H4 problemas filoséficos que menos interessam 2 pedagogo: mas Sio questée, por assim dizer, de cincia geral cou de onrologia*: ni so quertes de filosofia naqueleaspecto catactersico (especulativamente mais retito, mas de mais vaso interese humano) em que se fo esqueceo ser consciente ta woralidade dos seus aspectos:expeculativo, sentimental © sctivo. Tais problemas filosoficos, no significado humano dessa ¢ alavra, aparécem sempre conexos com 08 sociais ¢ os pedags- sion, assert estranho & primeira vist, mas que se ecarece Pevfciamente pela prépriabistéria da filosofia. A flosoia (Gempre na scepgio que aqui dizemos) nasoeu quando a evo ssi0_do_povo grego o havia condusido a uma_sicuacio a, €M qué _o§ seis _principios tradicior itico-reli- fotos, s¢ mostravam inadequados & nova feigio da sociedade; 4 eoras anteriores a essa. época pertencem & hiséria da Géncia © da «filosofia natural», — a da Fisica, digamos: si0 ourrinas e ideias gerais sobre os fenémenos da natureza. A ws ¥ a e «radi politica da Cidade, [Enquanto as crencas tradicionais operam, Plrecendo capazes para a educagio dos homens, nada impulsa do filésof0.} Surge quico *, [instintivista,} ‘dualism anarquista Ge pedagogia de Rousseau. A decomposicio do Estado grego, bem como das ideias que 0 sustentavam (provocada pelo alar- se+-pitento de tod68 05 Vinculos socaisT, pelo contacto com outras 7 entes, com outtas crencas}) produziu, como é natural, a inde- bendéncia do individuo, Quem doutrinow este individualismo? \s Sofistas, Eno foram os Sofistas os primeiros mesites de gu? instrugio superior, um_corpo_docente_no rigor do_térmo, por "21, um lado, ¢, por oatzo lado, os iniciadores do pensame i 127 sifica? O-primeixo corpo de professores foi a_primei yp? & afilésoloss; « primeira falange de «fildsofos» foio primeiro corpo de professores. © anarquismo destes mestres era o resul- tado de uma fermentagio — necessaria, espontinea, — que fizera alargar, rebentar, todos os vinculos sociais, e dela, nfo dos Sofistas, provinha a tendéncia de ngo-conformismo a que se chamava conservadoramente 2 ecorrupgio da juventudes. Quando 2s normas da sociedade—e portanto a velha peda- gogia — aparecerem obsoletas, inevitavelmente se concluiré que € 0 homem ‘dual, € no esses normas que se desmoro- verdadeira emedida de todas as coisas». Mas qual individuo, constitui essa medida de todas as de_nds-em particular, com os seus caprichos i is‘ € os_seus_senti- mentos de ocasiéo? Sim, diziam os Sofistas; ¢ a este individua = meramente vital antitese do conformismo tradiciona-_ ta que 0 antecedera na sociedade © seu pensamento ) de ur EDUCAGAO E FILOSOFIA mesmo social. A medida de todas as coisas — mos- po —— = rark ele” Finalmente — nao é a regra da smpoe esta® sociedade (a sociedade da expe ‘ealizada); mas nao é tlo-pouco o subjectivismo "0 sentimento, \e- 4 sentenca casual de cada cabeca, como pretendiam os Sofisas: ft medida de todas as coisas & 0 pensamento do individuo quando >. | o. individuo_sealmente pense, quando pensa cridcamenee [(ebjectivamente, universalmente, Tazendose espiaroyl, bus ~ 9 cando a coeréucia consigo proprio e descendo & raiz do seu { prSprio Ser, Ora, a taiz de cada um de ngs, segundo Socrates, € gc 4 fonte comum de conclusSes comuns, é uma Razo universil, +P t que por isso nos vincula a todos a uma mesma sociedade 2 versal", —a_uma_sociedade_da Razio de_da Ravio que procuramos coa- ¢yi%* 5 cretizar. A existéncia deste vinculo demonstrava-a Sécrates a |." todos os homens —de qualquer classe que fossem eles, de ~ qualquer terra, de qualquer idade, — submecendo-os &_maigy- tica ou processo pedagégico, que constitui ao mesmo tempo 0 migtodo essencial da filosofia. Se para aprenderdes o que eu ji 2°" sei me basta incitar-vos ao pensar correcto, e 2 dardes & luz 0 que em vés se oculta (tal € método do pedagogo) é que 0 vasso penser, quando coerente, se identifica com 0 meu penser; é que recorrendo & inteligéncia todos obtemos.os-mesmos patt0»,.~P € que hé um Gnico Pensamenro, o gual € comum a s0s.0s,,.syyo-4 homens: € que participanios, todos os homens, de uma mesma’ Tateligéncia [universal], O pensamento, a Razio, é a verde- deira comunidade; a verdadeira cidadania ¢ « cooperagio 0 racional, O método do_pedagogo revela a existéncia da razd0 comum, ¢ a existéncia da razio comum justifica 0 método do pedagogo € dé o vinculo dos seres bumanos, Construit 0 a+ cérce da filosofia, portanto, foi construir o da pedagogia, € mesmo tempo o da soci Z] nio é de estranhar, por isso iGO, que Vejamos © primeiro dos grandes filbsofos conde- nado num tribunal pela tradicao caduca 13 gob a acusagio de se ter arvorado em professor da juventude. Filosofar — é formar » sac edehs. 15 glare fe => pedagogy? nodededs On tt 1 ENSAIOs—79 ; edi © universo uma Sociedade a ‘ | pDUCAGAO E PILOSOFIA ie \. fe | Pedegosia, sio és aspecios de meee Sloot, vidy vent» tart do eit ris al sd so ys I ua a Sal copeculativa SrTepobes em sincéicas unidades, em sistemas =< C ‘ @ que damos o nome de Rarsgn toe Unidade da qual se Goines 25 Peeenes” a ee que a una ea 2 nome de Razao. Conscigticia coerentes gras nen rg cee poe 3 | segunda, & SA, como of de identidade, {de nfo-Jcontradigios “Ip : 22 io exclsso, & fiaalmente, 0 principio da universal d rio _desta_razio_especulativa **,_esten- A js i iat « nio_sai do dominio das_perce Po doutrina do anterior ensaio repousa | Ein ico, 0 : \,fizemos entre a Inteliggncia ea Razio, que ne _yst® & inteligéncia ™ do saber cie Strinca que ai goes”. Com efeito, 0 ‘mundo percepcionado ** — aquilo a que » que, «ndo se limitando somos a Natureza — compéese de variados elementos ONS ypAicéo com clan. Os princiae oti? orém em contra. | _originados dos senridos“*; certos conjuntos desses elementos sr insignia do educador, cujo ios racionais, dissemos nés, sio z | manifestaram-se aos homens com estabilidade relativa, e como i ah ait, rime nar a citnci " : 7 7 Lt Sno deve sera difusai primeiro escopo ao ensinar a citncia ‘apizes de influenciar — favoravel ou desfavoravelmente — a fico] 01 intelecto {abstrcto}, mas o desenvolvimento da Rasie’ Dek, | ‘pnamos imediatamente ** io. Defi. ‘manutencao da sua vida; assim a mente ™* concebeu as «coisas», relevadas por selecgao no conjunto da experiéncia; a «coisa» of est ic | ; ; “sPolemos dizer; tum frimere whee en @ a sintese relacional ® de uma congérie de sensag6es, uma | Gbncia, diferem pelo gras de gencraliocle maker ce | ligasio objectivada de qualidades:} que, para as necessidades da S04" pendor, —o instinto, » A inveligéncia é0 {nossa} vida, pode ser considerada como estivel e como una, digamos assim, — . Belecer relagées de wi ae had petites ciepesemniee |e resulta sempre de seleccSes operadas pelo nosso interesse, consideradas como indepondentes tar tontader e entimenton, | segend0 8 nacurera do problema que ligado a clas n6s cri a Tarde seria harmon mos *,— problema que tem por objecto garantir o que nos é cato, defender, portanto, o que temos para nés como um valo © conhecimento —originado pela necessidade de defender o _Zp>a Razap_€ 0_mesmo_pendor a estabelecer uma harmonia, Ro=" ordem, uma coeréncia, uma _anidade {de relacdes ente! nio sé nas representacdes, mas em toda.a vida da nossa mente ™: ssa as TEpFeSEHtAGSES, Os actos, 0s sentimentos € as vontades; tima nossos valores — é suscitado ** pela sensacio, tecido pelas rel ordem, nao s6 légica, mas real; dO s6 a «atlireza», mas s6es que 0 intelecto inventa “*, e dominado em diltima instanci tambéaiv nas psighes * Tas Telagbes entre os homens, segundo Pela razao especulativa, A ciéncia é uma elaboracéo do mundo clés as pensam]; no s6_no que sabemos, mas também no-que das_percepgées * [(que jf sdo semelhantes As criagées cienti- fazemos; nfo s6 entre 08 object os, mas também entre 25-20 ficas)}, desligadas de todos os factos sentimentais ¢ voliti tades. Satisfazer essa tendéncia " nas rélacbes entre os quereres, Mas estes factos sio também realidades, e de tal maneira reali- ‘no campo das representagbes sociais ¢ dos sentiments aye Thes dades que é por Tem parte] se determina a narareza ** correspondem, — tal é, prdpriamente, 0 to te are 7 da percepeio; e @ Razad) (no s6 especulativa, mas total, Cespi- ‘Haveria que distinguir, naquilo a que dem ritual,] pratica, ‘ou como melhor Ihe prefirais chamar)_¢_ intelivé: ito e a razdo 7 0 nome de inteligéncia, o intelecto propriamente di a @ mesma tendéncia organizadora, {estruturadora, unificadora,] ——— [estruturadora, unificadora 136 137 ENSA10S—ToMo 1 (como a razdo especulativa) mas abrangendo factos de consciéncia, — aby atta fa €_consciénciz angendo, . timento ¢ a vontade. + POr-consesmtncia, 0 sen eon S Tentemos dissipar algumas dividas, E de comeco: segundo as definicées que se fundamenta 2 moralidade? —Em que o homem tem Razio, em homens, e [em que} desenvolve a sua outros homens, —Nada mais? , —Nada mais, —E para quem nao queita seguir a Razio, em sociedade? —Frzei-lhe o mesmo que a espécie vizinha do seguem a razio especulativa nem os principios da 0s doidos: ponde-os em estado de vos nao danar. eitos contra a moral como os segui 05 cinicos so imorais como os doidos si dos ¢ 03 imorais aberram da Jei da con: =A moral nto ter’, nesse caso, as bases seguras que the desejaria, — tdo seguras como as da ciéacia. —TTem: precisamente as mesmas bases. A diivida hipercri- otica, © pirronismo, € possivel num Gi30-Como no outro. Estio 1°" a ciéncia e a moral suspensas ambas, como ao iiltimo fuzil de a tendéncias indemonstriveis que se impéem 20 (0, que so até 0 nosso espirito [; a0 instinto de werna, de dessubjectivacio, de inteligibilidade]. $q2 _»Porém a ciéncia vem de necessidades que caem fora da prdpria 00” citneia, mas a0 Tora da moral. poi? Mas oF desacordos dos omens quanto a ética.. 4, — Aparentemente—e s6 aparentemente — sio maiores que demos atrés, — gm que vive com outros Pessoa pela ideia dos - nem viver g 5 138 2 BDUCAGAO E FILOSOFIA tratamento, ¢ dois engenheiros para a mesma obra nos apresen- | tamo mesmo plano. Se néo existe uma moral acabada [ — fos- Hobbes, et autres qui one écrit contre Euclide et Archiméde ne jy 8¢ trouveraient poine si pea accompagnés quills le sont... imeiro lugar, 0 conhecimento néo nas- i lidade *, perante — Impossivel. Em ceu de uma atitude d homem pensou_e criou ” cigncia para_resolver defender valores ameacados; os valores —e portanto os valores morais — dominay alho do cientista; depois, notai que a inteligibilidade do universo nfo é uma conclusfo da ciéncia, mas a pressuposigéo que a fez nascer; achamos 0 universo inteligivel porque pattimos do preconceito de que ele o é” 10 do nosso anscio“" de intel de, do. nosso esforgo para a harmonia, da estrutura legalista ‘ da consciéncia, — de suma espécie de edever sero inteligivel “, {que é] paralelo 20 clever set» moral; € 0 saber néo pode fundar * nem contrariar 139 ENSA108_ron © sentimento mo: : . > Moral, nao 36 aquilo que é*, Ihe vy Perae, limitando.se i icat © que deve so. PrOCu eve rar vera citncia produ e728 por % do cabe ind 2 Lunificante,] ordenadota, tae > A ros i je duz_a moralidade, A unidade leget go Ssiadora) que sa S\\5 conseiéncia, € 0 postalado conan mule, eis S¢ cla P lum ie Este parentesco fraterno da citneir Caen Ese par ateino da cinch di moral sc 5 frequentes; 0 abstracto_ intel “Svinteligéncia [(considerada como a 1 >») |Oriente, helenizado, produziu_o Cristia ‘fe 2 i ector, a primeira condicao, do e1 © séu_esquecimento tem como efeito dois vicios intlectualismo, que rele 20 como faa ae da razdo ética, —e o exagerado venti amine) ntimentalismo, nal. Pode dizer. eas para 0 primeiro defeito tendia o espirito dos Gregos¢ € das ideias gerais, ara o segundo, 0 dos Orientais; o sentimento seligi Je barbariza “ sempre que exorbi ace shale hil ones <8 Gays orks Signo seesgesds — Ofsrlote 4 Doutrina intelecwalista, calves, a que vos proponho nesas paginas; Tmas de um intelectualismo que vé n0 > intelecto, no ‘a faculdade de abstrair e 0 depositirio das ideias gerais Sim o_construtor do Universo _concreto, pelas selaies.— ives io cria; ie opuserdes i. giveis que ele proprio cria;] ¢ se m mento € 0 instinto, respondo-vos que 4 ‘Razio, por sua vet insti i mbém uum sensimento ¢ & um instinto {, também aT ingaitiva: : xp ‘um instinto de luz, rompendo @ tev . artes: «Pout ddiz Antero de Quental num dos sonetoss ¢ Desc 140 que fo yor > gpucacao & FILOSOFIA \ moi, je incts; Tun est en nous en tant qui est la lumidre natu- ile ow intuitus mentis, auquel seul je tiens qu’on doit se fiers et en nous en tant qu’animaux, et est une certaine im- pulsion de Ja nature & la conservation de note corps, & la Jouissance des voluptés corporelle, et, Jequel ne doit pas tou- 4 *) > tlie Sima BT ys 5 dizermos que o racional é um instinto de ordenagio no justifica qualquer disputa sobre a validade objectiva da ideia de ordem, Falamos sobre moral, ¢ a moralidad ‘a ordem que ela busca 0 € uma ordem m: uumr-sarisfagho-darconsciéncias “, uma hatmonia_maior_nas representacbes social Jo_individuo,um_preenchimento_mais Completa do T0550 instinto ordenador. A medida de todas as pike coins x famata Conscléncia (sempre individual na sua forma." 4-5 pelo Seu Conteddo universal “, © fim da Razio é satisfazer-se, ato é on | nos €dado neste problema paftirmos da natureza da Razio. “a Por isso, sempre que tratarmos de filosofia ética, compreende-S€ oy) que nao saimos da consciéncia do agence fe da actividade inte- Tectual]; a ordem, pois, € a ideia e sentimento da ordem; 9 \n*™ que. se chama o nosso semelhani jdelas_dos_outros homens; @ sociedade ea comunidade.sio_as.ideias correspor- ‘na_medida dentes * Dois espiritos constiuem uma soc * Chamo fam facto natural (€ 0 que suced a il Piamente ditas As de pura base contratual, sem origem as de associagio com base na ideia de a cham sotedades pro- 1 ENSAIOS—tTomo 1 como ideia» [, como sistema de rel, apreende esta doutrina quando s¢-saree Petas_e 85 » SBeeende sta doutina quando se supers completa oe as cousas; € como a formosura e a misica constam de ordem 7 ic etializadoray. ~~ "P¢tamente toda proporcio, por esta sombra do racional deleitam mais a0 @ or aa % hhomem, pois nelas sente oculto parentesco ¢ Ihe sabem & sua consciéncias, uma ordem mental , conchui:se a.ordem nas origem; assim que tudo que deleita é por beneficio da razdon. | , como a dos méveis numa casi, mas dinami Sue no & ests ¥ talvez um defeito na terminologia do Kant’ o identificar ake a formatura de um esquadrio em movimento, ast saxo pritica coma dice: ta a0 que fe me anole, Eom se dados vio a galope sobre um terreno iszegulary ee oot especifico daquela; na indistria, na higiene, etc, [(em todas as om felt, sigritce uma enforce cornet: et format, artes», em todas as técnicas)} manifestase também a razio natingivel, e a vida (como 0s cavalos, como Cea eal pritica [, e uma das misses do nosso tempo consiste em racio- como 0 solo) recoloca nnalizar a actividade econémica, néo para obter luctos para capi- i ‘ides talistas, mas para dar satisfacio as necessidades de todos, para pens $04 is dade | ideal, que assume formas sempre novas 6 bem recfproco e universal]. © age como a ideia da formatura na conscitncia dos cavaleiros, ‘Neste pressuposto, testa saber_em_que circunstincias a razio tentando impor-se reiteradamente a turbuléncia_dos_seus_cor- 4 ————— = ° _turbu pritica é moral, e, para isso, determinar os factos a qué é céis, A Razio_nio_nos faculta ™ um esquema invarivel: é uma EDUCAGAO E PILOSOFIA Se a ordem moral, em iltima insednci eet perenemente o problema da ordenacio, f isto chamar 1 mom At costume aplicar o conceito de moralidade, Esse exame nos leva- ~~ - | tendéncia ordenadora; é [uma tecedora de relacbes reciprocas,] tia ao seguinte “*: os actos de um individuo sao ti _ CoA uma_estratégia unificatriz, [que surge] _no_movimento conti- ais — ow imorais — em virtade da sua relacio com a ideia de gcp* 2 | se i itativo; € a educacio, portan : fim outro, ow de outfos individuos. © proceder de um_homem 7 £5 nuado ® de um dinamismo qualitativo; ¢ a educagio, porranto, ‘im outro, ou de outtos individuos. O proceder de um homem ' tende realmente para 0 infinico. isolado, que se considerasse como tinico — sem relagéo com ou- : FE oh0ao> 9 wie i ‘fos homens, com animais, com «espiritos» ou com deuses, — Ehv oe l nio seria susceptivel de qualificacio de moralidade. Sai_naturalmente**-esta~conclusio~dos-trabalhos-da_escola 6 s a_que se deu_o nome de esocidlogos» *" (Durk- le :), Hoje, portanto, nao é 0 cardcter | sodial da ética que é indispensivel insistir, mas no refutar erros aque de tal verdade tiraram os partidétios des escola. Refer, mo-nos ao mito de uma _psique “* social independente das dos ' po, individuos, superior a elas, ¢ & definigo da moralidadé como oo om im como o estético da morilidade. Chamavarn ry, a Subordinagio dos individuos aos preceitos da sociedade empi- Bee ee formosura da. alma; Malebranche deficit | Tica (la sociedade existente,considerada uma coisa)" oa qual 1 oor de natarez : ace Mi idiiam coda a_origem todas as_noxmas_da_moralided por consideragdes de nacureza estética; ¢ © os be is Mas Se Ee Signo tlns a ) aldde. ' como Mi 7 Vimos que a Razfo se-manifesta em coda espécie de mn i i sentido pelos sae na arte. © caracter racional do belo foi sentido pions Compreende-se que, a existir uma mente " social independente Bernardes, que era oratoriano ‘Nova Flo- es oe ean! mel ‘ter inspirado para escrever este passo da amy das dos individuos, ela se impusesse a estas iiltimas, e que co poderia ter Pe ae msca cers Hineamentes | sistisse nesse facto a esséncia do acto moral, Mas onde reside resta®; ha na formosura a conta. js i é por em sui Tehaxo da razi0, cujo oficio e louvor é PO 7 142 ENSAIOS—TOMO 1 realmente essa psique “ social? E a psique ™ soc; mina a ética sera a expressi i ‘al que da experiéncia? Pressio da sociedade dada, da ecient ‘A esta vao buscar 08 socislo i sios objectivosn. Aconselha Durkheim que eich 588 « et im que eno nos mos A consciéncia moral das sociedadess, que endo woe a pretensio de legiferar em lugar delas. Este principig gen dinacio & sociedade da experiéncia, de procure de en dados da realidade, levou-o a reduzir sucessivameree tt de bem moral & de normalidade", identificands esta ine finalmente, com 0 facto médio (v. Les Régles de la Métbong Sociologique, 2." ed., pp. 69 € seg.). Por isso, achando o cine entre as funcdes mais constantes nas sociedades, teve de adm, tilo como vt. Um médico, se se fosse a guiar por esse critéio, € pedir 20 «normaly o seu ideal, buscaria somente matar proximo: porque a morte, sem diivida, é 0 mais normal de todos os fendmenos, ea «saide perfeitay (0 que cle tem em mira como ideia) precisamente 0 anormal. Comegando pois no terreno dos factos, para de af nos trans- portarmos ao das teorias “, notemos que um dos erros dos socidlogos & 0 estudarem sobretudo as_sociedades primitivas, fandando-se nelas para as conclusdes; ora, nfo ha razi0 para que nos pri i rimitivos se manifestem com mais relevo_os_linea- mentos fundamentais de uma dada_actividade. A lei mozal —dizo socidlogo — € imposta pela sociedade. Qual sociedade? E facilimo responder para 0 caso do primitivo, dada a pequenc? e simplicidade do seu ambito social. ‘Mas_para_mim,_civilizado de hoje {, na complexidade de relagbes da vida de hojel? Qual ? 6 asociedade que me dé a moral? ¥ a sociedade do sin icato? a \= do baisro? a do clube? on a.do Estado? ‘? — Ba da Huet & dade, concluireis. Qual Humanidade?_A Humanidade rea! {, i. yb ‘tendido 0-conceito em extensio} ? Mas_como, ¢ onde won __ ber_o que exige de mim a seal Humanidade [, 0 conju > homens]? Nunca a Humanidade se concentrou, Part 14h EDUCAGAO B FILOSOFIA nosas, as mais altas... ‘1 lei moral nao tem origem na sociedade empirica dos homens {, sendo que sim na Humanidade,] mas fentendida agora em compreensao, definida pela faculdade de se elevat ao Espirito, @ portanto m0 caricter de universalidade,] nas necessidades estruturais da consciéncia {intelectual (nao da sensivel)\ de cada homem? 'A contraprova desta conclusio esti no antagonismo, tio fre- quente, entre a moralidade ¢ a sociedade empirica; é um caso de todos os dias: — rasgo de tragédia na paistio de Cristo e no julgamento e condenacio de Sécrates, e pungente sob a caraca cémica na personagem do Misantropo, o insociével por mora- lidade, Como_transpor_esta barreica“", senio_dizendo_que a moralidade é com efeito uma socis , ractonal, idade é lidade, ‘ideal, racionadl, e que por isso mé $€ pode opor & sociedade empitica das. caliménes? De 2 qos Sere “Mas entio — direis ainda —1é temos nés cada Misantropo com 0 diteito de opor & sociedade o seu préprio juizo particula- rissimo; caimos na anarquia [,— no subjectivismo do mera- mente biolégico, da consciéncia sensivel, do eu empirico). Qual © critétio por onde escolher entre os ideais dos Misantropos? Do que explandmos até agora se conclui imediatamente que esse ctitério é a(Razio;)por outras palavras: 0 grau em que oS _ juizos sio dominados pelo pendor “" a estabelecer v vuma_verda- deira ordem espiritual ™, Para que neles reconhecamos dor “*, sio_necesséi a atitade objectiva™ na consci que_os exprime {[, pela qual considera 0 seu proprio individuo joldgico) como do mesmo valor que qual- 0, estabelecendo relagdes de reciprocidade a enti a Wa prbpria pessoa e as demais pessoas]; a procura da universalidade das regras_enunciadas, quer_dizer, da_possibill. dade de as mesmas regras serem_ado} tadas por toda agente, 145 ws ENSAIOS—TOMO 1 a genetalidade dos escopos"* em que se inspieam my pieccitos, Satisfeitas estas condigdes [(elevada a mente doing’ 1a do nivel do seu eu restrito)}, podemos ple 0 © direito de contraditar, em nome da a bilidade espiritual ou ideal", a sociedade empirice qe descontenta. me o * aplicadas a todos os homens, sem contradicéo no seu co; ce nj Ay 6 y» 7 yi ; EL oS th morale conse, demos poi, on obits aeneos Pols, a obediéncia A socie. LN Es sdade Concebide como Tein como verdadeira expresso ‘te ‘te racionalidade do individuo [(ou seja da sua espiritualidad@)} » eo" sesté no pensamento como Ideia ; € 0 apie conformemente a esse ideal de sociedade. O vicio dos da escola socolégica, da experiéncia: um facto, {um dado,] € nao uma ideia [; € nio ., um sistema de relagdes que € criado pelo nosso espirito, — pela 1B § consciéncia racional, dessubjectivada, de cada wm de nds]. De , ROS af osuporem a sociedade um algo distinto “* dos individuos, um ee’ Sy organismo superior a eles. —————————— cal” E este—o das relagdes do individuo e da sociedade—o problema basilar nas agitages do nosso tempo: é 9 problema |. Imagine-se um discipulo dos Escolésticos aparecendo no meio de nés, no fito de discutir com os homens de hoje 0 tema escoléstico por exceléncia: a questa -iam a gargalhada; ser-lhe-ia facil, todavia, traduzir n do seu problema as nossas actuais preocupagdes"; pois quando o socidlogo, o positivista, 0 nacionalista, € certos soca listas " dos nossos dias, afirmam ser o individuo wma abstrac- Go, €0 teal supremo a Humanidade (ou a Nacéo™, 00 Sociedade) assemelhamrsea0s"" realists» de Idade_Méd 1, andor 9 ~ Oho de Sousdody, Lads 2 afk condinrn© 0 plook de sevecleol | bt ~W "para quem o mundo era a colecgio das aparéncias fenoménicas of? EDUCAGAO E FILosorta de_certas realidades transcendentes que corresponderiam 20s termos gerais (como seja o term nanidades © conceito em compreensio) "; e"* quando o individualista con- temportinco-opée.o individu", como sendo 0 inico ser rel a sociedade-abstraccio, é [ele] 0 herdeiro moderno dos «nomi nalistas» da Escoldstica, que viamn no mundo” um agregado de jectos_individuais, de acontecimentos individuais, com meras bes exteriores de semelhanca ou dessemelhanca, de coexis- réncia ou de sucessio: € 0 que o Escoléstico redivivo se julgaria —era que a0 discutirmos as relagées do individuo € da sociedade, do cidadao e do Estado, da proprie- , € varios outros do mesmo género, reconhecéssemos que sio_solucGes_metafisicas as que todas as opinides pressupoem (as mais epositivas» as mais «priticas») @ que essas solucées se podem verter, mais ou menos, na lin- guagem do problema dos universais* [, para quem nio veja no ex € nO outro ti0-56 dois termos correlativos no movimento vivo do nosso pensar}. + Chegimos A questio fundamental, de que vio depender todas as outras; ¢ como ha mister de se ser clatissimo para os menos fildsofos dos que me queiram ler, — permitam que gas- temos alguns minutos numas comparacbes apropriadas. Suponde que estais vendo, por exemplo, a chama de uma vela, Que & a chama? Uma combustio, uma accéo entre a substincia da vela e 0 oxigénio da atmosfera, Sem a atmos- fera no haveria chama; no a haveria tio-pouco sem a vela. ‘A chama, portanto, nfo é uma coisa nem é a outra, nao ¢ a atmosfera ¢ no é a vela, mas a tnido das duss coisas; diremos por isso que, se considerarmos shmente” a vela, a chama € tuma abstraccio; e que é também uma abstracgio se s6 conside- derarmos a atmosfera. Nao hé comburente sem combustiel rnio hé combustivel sem comburente; combustivel ¢ combus- tivel para © seu comburente, 0 comburente é comburente Pee © seu combustivel, A realidade da chama é 2 indissolivel unio de chumanidades, entendido ¢ asinalaeas ur ENSAIOS—TOMOT do comburente e do combustvel; ¢ comburente © combustivel oe comoisaspetos complemencares da realidade da combustio, fem sSmente no relacional.] E: ‘som: (Esister Somer eso, Seja a vida. Que é a vida, —a vida Passemos a outro C de qualquer de ads? Um conjunto de fungdes a que aplicamos se ais varios (assimilagio, respiracio, etc.) € onde se observa dima troca entre 0 n0s0 corpo € o ambiente. A assimilacéo, por exemplo, é uma permuca entre os Orgios ¢ o alimento, em fue ambos fornecem e em que recebem ambos. E que faz 0 Sreanismo pelos pulmdes? Respira oxigénio da atmosfera, ao passo que a atmosfera lhe respira (perdoai o termo) algum car- ono que ea dele. Quem fala em vida de um ser isolado enun. da um absurdo; 2 vida consiste nessa troca entre o organismo 0 ambiente, e cada organismo particular é uma manifestagio do universo, Sem o ambiente, 0 «ser vivo» nao é vivo; sem o ser vivo, 0 eambienten nfo é eambienter. A vida é a indisso- livel_unidade_do_ambientec-do-ser_vivo; ambiente orga- nismo so 08 dois aspectos complementares da realidade a que chamamos vida. [Existem sémente no relacional.} “Suponhamos ag fa acabar, uma operacio de comér- cio: vende-se uma coisa por dez contos. Onde esté 0 negécio: ‘na compra ou na venda? Nos dez contos ou na coisa? Na indissolivel ligagio desses dois termos: comprador vendedor sio os dois aspectos complementares, insepardveis, de uma mes- ma_realidade {relacional]., , teflita-se agora na consciéncia, e na imagem de Ponde-vos a considerar um objecto, — um violino, ¢ € 0 violino? E uma coisa que vds vedes; é icagio de sentires; é, afinal de contas, um vyoss0 estado de consciéncia, $6 podeis imaginar um violino como sintese de impressdes técteis, visuais e auditivas de uma consciéncia, em relacées criadas pela consciéncia “'; os objectos Supine no nsamento como imagem, esto no pensa- ideia [; ou, antes, ‘criam-se no pensamento como Gupte Oby > aye EDUCAGAO B FILOSOFIA imagem, criam-se n0_pensamento como ideia, consoante as felagoes que 0S constituem]. Se suprimi ites = abismai-vos no Coisa Nenhumé: no Nada, © objector sem o sujeito & pois um impossivel, — como 0 comprador sem ‘ vendedor; como 0 «ambiente» sem o ser vivo; como o com- burente sem o combustivel. Mas também, por outro lado, pensais sempre alguma coisa; sem objecto nio ha consciéncia, nio_h4sujeito, nfo ha ex, como-nao-hi-ven- dedor sem comprador, ou um_ser_vivo_sem_um_ambiente;oa sem um comburente um combustivel. Para nds, a consciéncia € uma chama fora da qual no ha nada, ¢ onde 0 nao-eu €0 comburente €.0 en 0 combustivel. Sem o combustivel, foise a chama e 0 comburente; sem 0 comburente, foise a chama 0 combustivel; em ambos casos * — foise tudo. O real é a) unidade ¢ correlatividade do objecto_e do sujeito, do eu e do nfo-eu, {, na actividade de um Eu que os concebe a ambos]: e por isso também 0 individuo e o universo, o particular ¢ o uni- versal, so dois aspectos correlativos de particular € real, mas s6 como manifestacao do universal (como na chama se manifestam as energias da vela e do ambiente); )\wn\'e o universal é real, mas sempre e somente como manifestanc { no particular. A socjedade (voltando enfim ao nosso caso) & oho sempre relativa 4 um ‘sujeito idei numa consciéncia * [, é nela um sistema de relacdes sociais}; mas 0 individio pensa-se"” sempre numa relagio com socie-. cn dades, a mais imediata das quais ¢ a socieda jos Seus_proge- nitores, A co @ implica nao s6 a consciéncia do nao-eu, mas a consci ontro-eu, do esécior, do esemelhanter, do companheiso; ¢ ese ideia do outro-eu néo € um feflexo superficial, mas uma das tendéncias mais profundas, uma das determinagoes essenciais da actividade da nossa psique ". [No existe individuo em sie nilo existe sociedade em si;]_a sociedade eo individuo estio_n0 ‘nto como ideias, sio ideias; formase « primelcy da péfisamento como ic : Roe sncia do ex implica a consciéncia do nao-eut/™ do. ENSAIOS—TOMO I imeira, tecendo-se as duas reclproca. segunda ¢ a segunda. da. pri te; [sio, por assi dialéctica_ do n0ss0 €Sps dade, do particular ¢ do ‘universal, exemp! tnidade [(a lei da unidade legal do méltiplo)] que se mani. festa em cada um de nds naquela tendéncia unificadora a que Sh demos ‘o nome de Razio. O verdadeiro_ceu profundo» € por foe o racional (pois nele aflora o principio profundo que é 0 101) Sade da consciéncia, o da unidade do universo) — e nao, Ea , avers eee no romantismo bergsonista, 0 das tendéncias obscuras, usr’ que sio manifestagses do ne? Um paréntesis. O que fica esbocado nestas paginas ¢ um dinamismo qualitativo € 20 mesmo tempo racionalista; a ieis de um devir irredativel a uma nocio mecinica da causalidade,, deum” desenvolvimento criador_da_psique '**-segundo_uma tendéncia ordenadora, segundo um ideal de harmo ¢ perguntario agora 0s qué nos tm ido: com este racionalismo com outra crenga — a da origem do pensamento experimental — que sustentimos varias vezes em _esctitos anteriores? Gremos que muito naturalmente. O incompati dinamismo e ilidade, a intuigao eo FaCi sigue“ ¢ a imteligéncia™’, 0 esto vital e as ideias clara, 0 instramentalismo do conhecimento € 0 ideal racionalist rece-n0s teimosia muito gratuita de temperamentos se De set pritica a intel figencia *"*-@ de lidar com a mate lidando também com as outras psiques)}; de ser a psique {ee Por outro lado, um evolver continuado de tendéncias que s¢ interpenetrain, win mananclal ininterrupio dé ondalagoes quali- tativas, — no se segue, cremos 6s, que 0d ape EDUCAGAO B FILOSOFIA nijo_seja_essencial ao da nossa psique': porque. e manifesta, desde principio, Razio u ‘ Be jquela lei de unidade de toda-a-vide-consci por isso mesmo com a lei do entendimento pn sua ofigem, tem aplicacio na vida pratica ™*, ¢ o saber expe. imental, nas ™* necessidades da existéncia,—é tese que mio fica contraditada, mas completada, quando Ihe acrescentamos estas foutras: no movimento qualitativo da nossa psique "°, em qual- quer manifestacio que_a_considerardes_(aa_estrnfe-itica, no Ihar_amante, na_intuica inio, no arroubo mistico) h4 um de_unidadecde_ordenagio que é a norma superior da imeligibilidade; 0 pensamento_experiencial" néo_enche a {6 tsfera do pensameato, pois existe, com ele, 0 pensamentos <(& normativo; a ciéncia é condicionada pela satisfagao dos nossos a esejos, mas os desejos, como jé vimos, no se cifram no da ma- fs erty . wd rnutengio™ do nosso organismo como matéria {, do nosso sec“ meramente biolégico}; entre os instintos, os desejos, as paixSes guceer™ da Vida humana (Vida com caixa alta, para agradar aos bergso- aes e nistas), dos quais a ciéncia ¢ um instrumento, avulta o instineo da unidade, a paixéo '* do univers r {a Ansia de subir a0 nivel do palavras: o deter gem aio a tomam estrangeira aos altos ideas e ans altos fins a as nossas preferénclas de natureza moral 40s n0ssos juizos de valor, porque a ciéncia é o produto de uma actividade para- wot lela, como vimos, i Razio valorizadora. A Razio, valor supremo, -—— €0 apice do Geil; do vital; do sentimental reensivel je O que fica acima do deserminismo — esse roteito di : K cia —é precisamente a Razfo, quer dizer, um ideal de harmo“ nia. intima que é a.raiz do entendimento, [que platonicamente se An chamaria 0 Bem,] e de que as normas do entendimento s° $10 gebes ee, “oho do © rumo exacto da liberdade est Suen fe ENSAIOS—TOMO1 Quando os anti-intelectualistas dos nossos sdo que dew A doutrina a psicologia do nosso tempo, 3 tram 0 conhecimento como impulsionado ™* por’ nz da vida prética, prestam um servico valiosiss educadores, a quem demonstram a estreiteza daquele abyp, fntelecrualismo " que se consolidou graniticamente nas excar’ @ no professorado f(a inteligéncia — vi de repetilo — nan para_nés_a faculdade de realizar abstracgbes, extraidas de per. dias, com a preg 106 mo POF necessidades imo sobretado ase ‘cepcoes que nos sejam dadas, mas a de criar as percepsies ¢ as cancepGbes do Universo — do Universo concreto, — por sintese ss6es € de relacdes inteligiveis)]; mas iludem-se os que anunciam com basta salva de artilhatia, com charamelas, oom sacabuchas, terem descoberto um explosivo com que pul- 5 Verizaram 0 racionalismo, Nao hé motivo para algazarra e para ‘| pretenses dinamitistas: porque a mesma coisa haviam dito, com & aquela serenidade e singeleza de quem enuncia verdades Sbvias, os primeiros heréis e 0s criadores do racionalismo no mundo tmoderno, — um Espinosa como um Malebranche, ¢ um Male- 5 branche como um Descartes. Mas eles acrescentariam, se vives: sem hoje, que a si mesmo se destruiria quem se fundasse ness werdade pata conceber e elevar as nuvens "um «Espisio> divorciado da _Inteligéncia, weislhe 0 carkcter, portanto, de uma forca material (como no ‘dando-lhe o cardcter, portanto, ee ee ‘camulo de inconsequénci de prestidigita que é a filosofia do ser, ‘ou quem, como os Pa tas, sustentasse a legitimi (os valores humanos € a 7 eg ideias contra um abstracto intelectualismo para [oot ¢ | ‘mesmo passo, tomar como critério do valor da ideia 0 ie definido materialisticamente, isto € considerando-a 7 7 mento de uma «utilidade vital» que se reduzisse 20 tinalo © viver orginico. A eficicia da ideia, a sua razio de ser m0 ae a verso, 0 seu poder de modificagao: eis a tese essencial do p' matismo; as ideias agem, as ideias valem, wy verdadeiros acontecimentos no evolver da realidacss © won 152 Fasendo daquele um vii a fergo € | EDUCAGAO E FILOSOFIA se reduzem a fogos-fituos no funcionamento de um mecanismo, uma evolucio s6 determinada pelas um instrumento para se conseguir Tum fim,J um resultado [qual- quer]. Muito bem: assim o cremos; nessa parte da sua tese acom- mos os pragmatistas. Mas se os resultados de que se trata’*” se a ideia no age também para as aspiragbes ideia a sua ut também num sentido spiritual, como vida consciente € lizével, [como vida que satisfaz a psique na sua sede de inteligibilidade,] — sé nos ficard 0 seu valor para 0 éxito material do organismo; mas 0 axito material, se € ele o fim e resultado tinico das aspiragoes € valores ideais, demonstra que estes valores eram ilusérios: diri- giam-se a um porto, e entram noutro; queriam uma coisa, con- seguem outta; ¢ como acreditar, entio, quea matéria precise da ideia para ser matéria ou para ficar matéria? que do mecanismo sobressaia_a ideia para se nfo passar do mecanismo? que ela possua uma eficdcia propria se 6 tem a eficicia da matéria organica? e que os «valores» do pragmatista merecam 0 nome que hes ele da? Procurar no éxito material *** 9 unico critério para valorizar ideais significa 0 mesmo que encarregar o réu.de dar a sentenga aos seus oncedendo-lhe o direito de julgar “é anular a ideia de valor, ¢ destruit, consequentemente, © primeiro alicerce do pragmatismo, Os valores s6 serio valores ple se houver um Valor incondicion nda ™* de todos 05 OUETOs, que nao preste contas no tribunal do Facto, que seja et tle mesito'0 julz supremo, -— que tera Tet Of, quem di vax yw lores € a consciéncia, ¢ a lei basica ™* da consciéncia jd-vimos & ha pouco qual ela seja: a da Unidade legal do mil sada Kot ‘Razio; Valor incondicional € a Razio, Se 0s fins iltimos da ideia nao so verdadeiros fins de ideia, néo sio fins de cons- ciéncia; se o critério supremo de todo valor nio é 0 critério da Razio, valor incondicional, — a afirmagao do valor resulta uum fiasco a existéncia da ideia um perfeito luxo (contra 0 que 133 truir 0 organismo. F o Tuir © organismo. Eo que su ritualismo_intelect6} acabar no materialismo — s quilamento_das_pretensdes ritualista quem quer que d Raziio os seus direitos. O mental, © por isso é a uma mente, — sem desvios — a icidar-se — cone de_que partita, Ny; ética racionalista tese inicial do pragmati 2 ACK Aa tim Superada essa dificuldade, reatemos 0 nosso discurso, ¢ j » © jus- problema das relagdes do individuo e da sociedade ae Dois ou mais seres vivos entre si relagoes psiquicas mente, e sd materialmente, munca uma sociedade; ¢ ainda esta cada um dos individuos tem uma Wdeia do conjanto de que é participante, — cléusula, por i realizam um sociedade quando tém podem constituir um_organismo, 86 a rigor existe quando maioria de fazio, indispensivel sociedade {verdadeiramente] ‘uma patria, uma igreja, "— quando actua em atria, daquela igreja, etc, em ros [, em relagées de reciproci- humana, Um agregado de individuos é um cendculo, um partido, uma «roda», cada um deles a ideia daquela pi que é participe com todos os out dade com todos eles}. Dissemos por isso mesmo qi é uma ideia: ideia que existe nos individuos, .m_eno pensamento como lo, estao tambén : = ‘dos outros mem- ‘Mas estes, por seu lad ideiay, — e como ideia que se construi 2abege > EDUCAGAO & FILOSOFIA a-se, no desenvolvimento psiquico elas a8 varias impress6es de que tém experién- cia segundo as criaturas que thes dio causa, associando a ete ow aquele vulto as maneiras dessemelhantes por que se sentem embaladas, transportadas, etc. Isto é: as suas atitudes mentais em relacio a pessoas diferem das que tomam com respeito a coi- sas, incluem a tendéncia a distinguir os individuos, mais rigo rosamente: as experiéncias havidas grupam-se em constelagies, % das quais cada uma corresponde a uma pessoa. Depois, pouco a 2 ~ pouco, vao imitando os que as rodeiam, e ganhando as nogbes “** 5 e de corpos que se movern, entre as quais a do proprio corpo; a, Sie. esta nogio vém juntar-se os sentimentos dos sens esforgos, mais “BS on menos vitoriosos, no complexo motor da sua vida; e nasce = f. assim o subjective, a face interna do seu viver. A seguir, esta QQ face interna, este subjectivo, é considerado existente nos demais 2 * corpos que se deslocam; as pessoas, para a crianga, passa a set também evs, a poss ividade. Marca isto 0 advento de uma conscigncia jé completa, que nos aparece polarizada: em ele; — © comecam as projecgSes ininterruptas destes dois s entre si: a estrutura™* do ex cresce por imitacio de '* varios eles, de” varios outros; a nocio de cada ele é construida ¢ vitalizada com o sentimento do ex proprio. A crianca poderia dizet, se filosofasse do que nela se passa, que vive_«fazendo-se um para set outro, fazendo-se outro para serum», — frase de Camées que me sugere estes versos '*, também do poeta": transforma-se 0 amador na couse amada ba por virtude do muito imaginar, yan ow [afiemagio de um vaivem criador do intelecto.] Mas nao é preciso imaginar muito, nem muito amar, pata x muito, nem muito amaf, PA que0 e# se transforme no owtro, pata que © ‘oniro se projecte néle: as nossas ideias, fontes de acco, sao essencials & nossa 155 0, 00 2M2E 0 OUttO na at do que dio a enten, amada & criatura nossa, antes falamos num vaivem sa s21).} Quem quer que pensa, gine, rrensforma-se por esse facto naquile {fou} na lefeura {de novelas, ou) no we digamos a nés mesmos que fremnos ou exultamos com as aven, paagens, Pensarmos uma coisa ¢ transformarmo. infantil, em sivuagdes de relacionamento € intercurso social. Nelas, ora o instru. mento principal é @ projeccio do oxtra no pélo eu, ora a do polo ex 9 pélo ouiro, Suponhamos esta situacéo: brincar aos ‘oldados com 0 mano mais novo, ou até * com bonecos. Isto pressuptec duas atirudes: uma imitativa, receptiva, em relagdo & Heia dos militares que a crianca jé viu nalguma parte (accéo do outro — o militar — sobre 0 ew); uma segunda, remissiva, em relagio 40 mano ov aos bonecos (projeccio do ex no pélo outro), Conforma-se 0 pequenino chefe & ideia do militar, e ‘quer, 2 mesmo tempo, que o irmaozito se conforme & s uumas vezes, di-se uma absorcio na ideia do outro; outras vezes, uma projeccio sobre essa ideia, Qual é, naquele tecido indes- tramével do pensamento do muchacho (do seu imo, da. sua ') 0 eu verdadeiro ¢ préprio dele: 0 que jtado? aquele que se pensa como ontro fou aquele que se afirma como eu? 0 que se faz A imagem do soldado ou 0 que faz 0 itmao & sua imagem? o que é um para ser 0 outro ou 0 que outro para ser um? Ambos: 0 oxtro € 0 eu s20 duas atitudes do mesmo espitito {, sio momentos insepa- riveis na dialéctica do seu pensar]. Pénso 0 ontro, comeco a set OuttO; € 0 ew esta cheio, dig im, de deposigoes “de vé- oS outros. A realidade, pois, € a unio das duas atitudes um calmas, da sua psique imita ou 0 que se quei 156 EDUCAGAO B FILOSOFIA inico_processo de vida social, — las, essencial- sient, sf0 ativide’ socials, ambas inclucm a idcia do cairo; Gs companbéiro, d0 Scio: 8 ca80, € que © recebe, no segundo, — que € que no segundo é discipal Até depois “* de j4 adulto, realiza 0 mento (referimo-nos 20 espiritual) por tivas de capacidades;atieudes. de agir de varios outros. Em certa época, suponhamos, ndoefaziam pare de deter- minado ew as capacidades de tocar piano, nadar, sustentar con- versacées em inglés € discutir problemas de filosofia; e se ji hoje tudo isso so propriedades da sua pessoa, quais foram para tal resultado os instrumentos de transformagio? Diversos as- pectos do pélo outro, — as diferentes duos que possuiam as qu: iades que 0 en desejava para si prdprio, e que logrou adquirir — caminha outro — pelas veredas da imitacio, ie valor social da imitacip, que a psicolo; = a limpo, fez suport a muitos espiritos (Tarde, Baldwin, etc.) que © «facto social fundamental» era o costume de imitar; a 6s par rece-nos que a imitacio deve ser antes considerada o mais im portante instrumento do desenvolver da_vida_psiqui processo de relacdes ‘um sicio que dé 0 modelo, no primeizo € mestre no primeizo iquicas que é a realidade social, Ha mui- tas espécies de imitagao: entre elas, a que nao possui finalidade, a que se resume no mero impulso *** de fazer 0 que os outros (7 fazem, Essa € 0 facto fundamental dos processos em que ela ~ 5 € se a no devemos desprezar, porque produz um confor ~ mismo conveniente a sociedade, é indispensivel reconhecer que os menos fecundos ¢ importantes dos processos sociais so 0s de puro conformismo, em que s6 por impulso de imitar "se faz 0 homem imitador, Até nesse caso, todavia“ Ee quase sempre uma outra espécie de imitagio: a que é um veiculo ou um método para organizar uma actividade, — a das criangas, por exemplo, que vos imitam a escrever, a jogar, a comandar, 157 eee | wy & arn ecreverem, ogarem, ou comandarem clas PrSprias. Quen : are segundo & moda nao faz isso sO" para que imite, oy S por pendor inconsiderado, mas para evitar os inconvenienees {ou gozar as consideragdes) que no viver em sociedade andass Iigados 20 vestdrio:¢ se 0 pretensor & chaute gommey imiea s. ‘naneiras da egente chic», é porque deseja participar da jodal do mundanismo. O facto bésico, portanto, nao é ai a > Nem, 5 Teno imi. t ‘acto, como pretendem aqueles psicdlogos: é a tendéncia-a par, agio, como pretendem aqueles PS nc pa t ipar num intercimbio de vida p da qual a ines, , vcipar norm invercl 2s ual a imi ) __y Por outra banda“, como também vimos, 0 instinto de racio- usm halizagao € um esforco para a harmonia, para a adequacio das 4 partes ‘a0 todo" para essa reciprocidade de relagdes *** que ake. 0 elemento essencial da ideia do justo; a racionalidade de um mo penisamento, a moralidade de uma accao, define-se*** pelo seu todP Tags uma mu iplicidade que queremos una; o todo, ou a ideia ¢ lo todo, é 0 fim de cada uma das partes, Uma nota de um ins- nyc vw \\ Sumento € pelo seu Ingar dentro do trecho, num conjunto ual i ee iver de sonoridede, que desentoa ou soa acorde. E vimos ™* as a ni0 nos faculta “"* um esquema estdtico, [um mo- SAS proceder moral, mas [que] é uma tendéncia 160 EDUCAGAO F FILOSoFIA unificadora dentro de uma evolugio con ao” do movir Poderemos nista para organ conjunto — a execu: ele ambiciona se real [dentro de um plano de ordenacio so © verdadeiro treino na ordenacio m Es bilder cin Talent si Sich ein Charakter in der Strom di ial.) que podemes itos bons; hébitos * exercicio depende de / rar, Seno uns 20s ou- 110s?» proprio se aperfeicoar — de [a si] se organizar para” {uma maior] Justica — mas sob 0 mesmo condicionamento da savie- dade real adulta {e que dé consciéncia' dos problemas reais de que depende a-reforma da sociedade piano num vi jeta numa embarcacio). Isto se consegue, naturalmente, introduzindo os estudos por acti vidades sociais (agricultura, construcfo, etc.) considerando a es- cola uma sociedade, ¢ até” organizando-a em_sociedades: sindicatos, cooperativas ™*, escri ici balho andam ligados os nossos deveres essenciais, podemos ex- primir-nos por esta forma: organizar a escola futuea por comuni- dades de trabalho, ¢ segundo a ideia de uma economia_justa. ‘A &COla, por estes principios, faria absorver,pouce matéria; mas a organizacao justiceira da vida econdmica ™” seria dos seus 161 wa —y pros dn dx 0 duende? jidade pa numa activide ses, ¢ de que fade social que nos leva a entender que 10 aS suas cone. se constituem instrumentos, todos os estudos a Zeralidade se rornam factores de educasi0 sera, ¢ qualquer Sele de disciplina assume carécter humanists. Investigacio, ‘observacio, consulta de livros, surgem como instrumen. aten¢ao, raat ee ir ios de fins hamanos, espiiwais, morais'™, que interessam o jn. dividuo e a comunidade, O professor deve ver no aluno, nunca _yejotiin cate de fom vivo, mas sempre wie consciéncia sok era se Ae teolares procutatiam, reproduzindo 0 condi pamento das comemporiness, antecipat nO sew exeinplo as o. jSGedades do futuro, — moralmente mais perfeitas ¢ econdmica. i i Lembrando-nos agora de que queria Kant, .p na sua teria do simbolismo, que nos fingissémos num mundo oP de racdo pura quando procurissemos uma determinagio moral, podemos dizer que, pela sua maior simplicidade ¢ pureza de Condigées, sera no ambiente escolar menos dificil esse fingi- mento, e que 0 ideal da escola, quanto a nés, é ser um conjunto de sociedades inspiradas pela razao pura {, pela ideia da coopera- cio para o bem comuml. Fafemos notar mais uma vez que se io diminul por este processo a autonomia individual, pois nfo sajeitamos 0 individuo a uma sociedade realizada, se nzo que Ihe proporcionamos 0 exerciter-se_na racionalizagzo de uma sociedude — ¢ & nisto precisamente que consiste @ auronom Tivre é aquele a quem é dado, pelas condicdes da sua existén o’set um agente de racionalizacao, contribuindo por sua parte param progresso na legalidade, para o advento de uma maior ee neste sentido se deve ineerpretar o espléndido verso de Vigay: (psi ts nan ¢ i : 2" mente mais rendoss vous mappelez la Loi, je suis la Liberté; Li 162 dwt. ongposte a manaokirae = EDUCAGAO E FILOSOFIA & Lei moral, e organizada com vista a0 [e a economia sula indispensivel da liberdade auténtica bem de todos, é de cada um.) Seriam estas, pata a escola, as disciplinas de «humanidades»; estas as condigées verdadeiras de participagio na vida real, Por Se afastar delas enormemente & que 0 ensino, tal como existe, inos dé a impressio de ser um, cadaver: i = da accdo humana, da estética humana, do apresentam af como instramentos, mas como fins ™, — quando se nfo vai ao absurdo de tomar como fim, nio s6 0 meio, mas aeé os meios dos préprios meios, os instrumentos de segundo igrau: assim o abe, um dos instrumentos de adquitir saber — que & por sua vez um instrumento — se rornou um fim da insteu- trucio priméria naqueles paises imprevidentes para quem 0 es- Seneial, nesse ponto, é «extinguir 0 analfabetismon. £ esse cada- Yerismo, também, que transforma a ciéncia numa coisa inerte para ser metida nos "'* nossos cérebros, € que, como tal, sb den- tro das aulas se pode encontrar: na rios 0 que se encontra é o trabalho * ‘menos € as ideias séo determinados pelos problemas. U para a escola velha, é um frasquinho cheio de sabenca livro, para 0 laborat6rio, € como um estojo com instrumentos; ppor isso ele é decorado dentro da aula ¢ por isso no Iaboratério dle € usado. As ideias, para o cientista, séo ferramentas ¢ sO bissolas; para os estudantes séo ainda como pandplias de mu- seu Que é a linguagem na realidade? Um de Port-Royal, con se sett de ls ie les sciences, et Yon se devtit ut perfectionnet diem HE ener om Fis Fa SE SS 163 a pensar ¢ agit, uma moeda de uso diario no intercambio soc; : ig ec it mas nos programas @ nee aw é oe instrumento de in. ' mir pelas palavras préprias uma tealidade bem obser tercimbio: é uma pega de numismética; observa-se e revolve. uum pensamento bem conduzid Observada ou. chata, e recoloca-se na vitrina de . EDUCAGAO E FiLosopia A € para isso, como ¢ 7 fs de lidade, abrir 1. int € obvio, pae-se a pino e poese chats, ¢ re Luis ai observar bem a realidade, abrir largas e luminosas as alarm Perjoes ou de Anténio Vieira; nfo se estuda pelo seu uso, coms - da inteleccto, Antes da correccio gramatical da frase, dee Frecrumenco de bem: pensar {: considera-se como curiosidade hig Gierar-se a do pensamento que com essa frase se aus neo rien, como objecto de erudicao glotoldgica, ou como exemple ‘hs lig6es de iingua serio de inteligéncia "*, de obser nee 5 a i ae esilagio abstract; 0 estudo escolar da lingua materns AS fica, —e de probidade, le observacio, de Gam sacrificio de gente moca «aos pés de um idolozinho com ‘56 assim se resolveré, em nosso entender, o problema de Sapa de carneira, chamado por cortesia a gramética» *. A cigncia educat pela _instrugio. A célebre douttina herbartiana da ias- a linguagem, 2 ica, 0 desenho, na escola do futuro, serag trugio educativa (@ de que pela cultura do intelecto se assenta a Gonsiderados como instrumentos de uma actividade social, ¢ Subordinados, como tis, aos fins superiores da accio humana — 4 humanizacio de todos os homens [, numa sociedade organi. zada para o bem comum]. base do cardcter) necessita, quanto a nés, de ser transformada na seguinte: a cultura do intelecto, quando for feita segundo os moldes da organizacao do saber cientifico, quando for activa e |. racional, ter efeitos educadores, — sem satisfazer, no entanto, * ct Subordinar_o_ensino —¢ todo_o ensino — aos_fins supe. a todas as exigéncias da educacio. O proprio Herbart recone. por riorés da acgao humana, € subordinar a escola inteira & acti cen algures que existem instrucdes que no educam, ¢ em nossa ‘opiniao a da pedagogia dele nao deixa de softer da mesma du dade de Razio, Para que se exerca essa actividade ha-de ensj > nar-se cada_ciéncia segundo processos investigadores | balda, porque, ao substituir a antiga «alma» por um jogo de re- Ge x Processos investigadores (onde as ses, Ih jalt a 7 jd@las so sugeridas pelos problemas a resolver) e definit no presentagbes, Ihe passou inicialmente despercebida a estudo da linguagem o objecto do seu ensino como o de «falar dade da mente na representacio "*, aquela energia unificadora correctamenter, mas no s6, como até aqui, no ponto de vista ane é a PE Serre apinanapainph hd hemaan oe sivel a experiéncia s 5 ier guy og win rime nero | Son fo gm wet csi om a observacao e entendimento claro ***, procurando expri- a : : is At » Procurando expti- Herbart no era; se o sentimento nao radicasse numa actividade criadora original ™°, e se se reduzisse a uma mera resulta” das problems (aio de um principio, nfo de uma lei, no de um conhecimentol) reacgGes entre as ideias, [concebidas como dtomos independen- oun ae ode liao, Precise a escola de compreendes: 1.° ai i ‘tes na quimica mental da consciéncia, e nao como aspectos de a experiéacia no : Ani ja uni i —o espirito, Shes aartlnds nio é a armazenagem dos golpes recebidos do exter uum todo orginico a cuja unidade se subordinasm,] “~ espit ee rs cnr com efeito, seria a soma do que Ihe impingissem “, ¢ as repre- ‘rd un human gue em ee sentagdes recebidas*? determinariam as decisoes: a simples eum Irabelbo 94 a id acl ¥ nee : ; ; Genter clone oh ca etiagio do dinamismo mental,] em € pa sabenca ** ordenaria 0 querer, e navegariam 0s Herbartianos * Palavras de um n ‘ao verdadeiro rumo da pedagogia. Mas as sensagoes, as tepre- Castilho, fa mestre da lingua escrit \iores énio dé oe + q i: ic Taran cited « tespeito de ou grande mes (Beanarde) Seems da sentacées, os sentimentos, existem organizados numa unidade psiquica, que é determinada “* por um interese, segundo uma 164 165 ENSAIOS—TOMOT + dominadora € uina apetitiva finalidade, erm fangge, oi espeifcas de urn set Viv0 no seu armbiente e num enfee amento de energias que procuram coordenagio ”*, A vontade, air ao eonititio ao” que pensava {0] Herbart, € urn sures , anterior [e superior] as representaciey, tia subordinadas a0 seu dinamistno *” se lamento das tanto ura cultura propria, com que ento, ignificado, fal acgio [0 act [atio poiguico ™ fa} racion poréin em cont a amor do unic versil, que « 166 ANOTACOES *# [A (p. 132), Ao que julgamos, 0 segundo verso no deve sex iote- (ado como afirmando que a vieode prealece em abslut, ra Huma’ Pifade om getal, pelo evoluir das sociedades, pelo decorzer do Mundo: se deve ao racional, — iquilo que no individao descoberta por Sbcrates, (Nota da 2° edi 167

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