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CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (ESTO006-17)

Prof. Jeverson Teodoro Arantes Junior

ENSAIOS MECÂNICOS – ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO

NOMES: Davi Suriano RA:11201720328

Gabriel Simplicio Lopes RA:11201712840

Leonardo Ambrosano Grof RA:11201720618

Lucas Nave Cevoli RA:11201720862

Paolla Tufolo Busto RA:11201721734

Santo André - SP

Abril de 2019
1. INTRODUÇÃO
Dentro da engenharia, os materiais são classificados em quatro tipos: metálicos,
polímeros, cerâmicos e compósitos.

Tabela 1.1: Constituição e características dos principais tipos de materiais

A propriedade mecânica de um dado material é representada pelo seu


comportamento quando submetido a cargas externas, e sua capacidade de resistir e dissipar
esses esforços sem que ocorra sua quebra ou eventos que possam comprometer sua
estrutura. Sabe-se que todo material sólido quando submetido forças externas possuem
capacidade de deformação (CALLISTER, Jr.; 2008).

As propriedades mecânicas estudadas são: elasticidade, plasticidade, tenacidade,


dureza, fluência, resiliência, fadiga, cisalhamento, flexão e torção.

Figura 1.1: Tração Figura 1.2: Compressão Figura 1.3: Cisalhamento Figura 1.4: Torção Figura 1.5: Flexão

1. (2) (3) (4) (5)

Para a determinação dessas propriedades são utilizados equipamentos capazes de


aplicar uma força (tração ou compressão) com taxas (velocidades) controladas e ensaiar
materiais usualmente em tração, compressão ou flexão. Tal método é denominado ensaio
mecânico, em que torna-se necessária a presença de corpos de prova com características
específicas, conforme seu respectivo uso e condições reais de serviço (CALLISTER, Jr.; 2008).
Esses experimentos baseiam-se principalmente na premissa de “causa” e “efeito”, ou
seja, as propriedades mecânicas dos materiais poderiam ser designadas pelo método de
transferência (Mecânica da Fratura, ).

Figura 1.6: Máquina universal de ensaios mecânicos.

Há dois principais tipos dessas máquinas universais que são eletromecânicos e servo-
hidráulicos. Elas se diferem no tipo de mecanismo de aplicação de carga, ou seja, na força
aplicada no material.

Dois acessórios importantes usados nas máquinas de ensaios mecânicos são a célula
de carga (CP) e o extensômetro. São utilizados para medir com precisão a força aplicada no
material e a variação dimensional ou a deformação.

Os principais tipos de ensaios mecânicos são: tração, dureza, impacto e dobramento.


Neste trabalho, foram abordados os ensaios de tração e de flexão. Para o experimento, as
especificações adequadas são previamente determinadas pela correspondente norma técnica.
Deve-se lembrar também que as grandezas avaliadas variam conforme as amostras e
considerar possíveis erros de medição.

No ensaio de tração, o corpo de prova é submetido à ação de forças longitudinais em


suas extremidades, que recebem as garras do equipamento. O esforço sobre o material é feito
de tal forma que alongue seu comprimento, até provocar sua fratura (UNICAMP, ).

Figura 1.7: corpo de prova submetido a um ensaio de tração.


Já o ensaio de tensão, aplicado com maior veemência em materiais frágeis ou de alta
dureza, consiste na aplicação de uma carga com certo peso P sobre uma barra do material a
ser analisado, na qual sua ruptura se dará por tração, começando pelas fibras inferiores (USP,
).

Figura 1.8: Funcionamento do Ensaio de Tensão sobre uma carga de prova

Figura 1.9: Material sendo analisado na máquina durante o momento anterior à fratura

Como visto em Mecânica e Termodinâmica da Fratura (Cap.1), para o entendimento


das propriedades mecânicas, torna-se importante o conhecimento sobre tensão e deformação
dos materiais. A tensão é reconhecida por ser uma “densidade de força”, já que é dada pela
força aplicada pela área transversal do objeto. Já a deformação, como o nome pode
demonstrar, se refere a alteração física de um material ao ser aplicada uma tensão sobre ele.
Esta pode ser elástica, na qual é reversível e a estrutura atômica retorna à sua posição inicial
após a carga ser removida, ou plástica, em que o material é tensionado acima do seu limite de
elasticidade, e provoca deformações irreversíveis em sua estrutura.

Através de diagramas tensão vs deformação é possível distinguir algumas


características e agrupar os materiais em duas importantes categorias: dúcteis e frágeis. Os
materiais maleáveis apresentam escoamento à temperaturas normais, sendo exemplificados
pelo alumínio e o aço. Já os materiais frágeis, podem ser representados pelo ferro fundido,
cerâmica e vidro, são caracterizados por não apresentarem escoamento. É possível observar
que a deformação até a ruptura do material é menor em materiais frágeis do que em materiais
dúcteis. A ruptura em materiais dúcteis apresenta-se sobre uma superfície cônica, enquanto
materiais frágeis não apresentam notáveis mudanças nos mecanismos de deformação (PUC).

O Diagrama Tensão (σ) vs Deformação (ε) é a representação gráfica que relaciona


essas duas propriedades. Pode variar bastante conforme o material utilizado, como também o
mesmo proporcionar resultados diferentes em vários ensaios, dependendo de fatores como
temperatura do corpo analisado e velocidade de crescimento de carga (PUC).

Figura 1.10: Diagrama tensão vs deformação

Com a máquina de ensaios mecânicos e estes acessórios, são obtidas as curvas tensão
versus deformação do CP. E as propriedades mecânicas são determinadas em testes com
velocidades de carregamento relativamente baixas.

Lei de Hooke

A equação da Lei de Hooke permite a determinação da deformação sofrida por um


corpo elástico através de uma força, e indica que as tensões e deformações são diretamente
proporcionais (PUC, ). A Lei de Hooke é dada por:

σ=E*ε
em que “E” representa uma constante de proporcionalidade.

2. OBJETIVO
Os ensaios mecânicos têm como objetivo o entendimento do comportamento dos
materiais a serem estudados quando sob forças e condições que possam alterar suas
estruturas a níveis atômicos; reconhecer os limites impostos a certos materiais em relação à
carga imposta sobre eles; entender a funcionalidade de diagramas de Tensão vs Deformação;
compreender a importância da análise das propriedades mecânicas dos materiais. Além disso,
é necessário compreender o funcionamento da máquina universal de ensaios mecânicos,
compreender o ensaio de tração e também compreender o método de ensaio de flexão e
determinar a resistência à fratura.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A utilização de materiais em seus diversos estados pode provocar a alteração da
estrutura interna e de suas características. As condições designadas para seu funcionamento e
uso devem ser previamente abordadas para a escolha do material mais adequado para o
“trabalho”. A obra Introdução ao Estudo dos Materiais, da Universidade Estadual de Campinas,
cita ainda que “a modificação da forma geométrica de um material metálico, ou seja, a
conformação plástica do mesmo, acarreta em alterações no estado de tensão da estrutura
atômica, bem como pode modificar a estrutura ao nível atômico”.

É necessário, portanto, que para o correto funcionamento e aplicação de determinado


material para um serviço, de forma que garanta a segurança e o comprometimento da
estrutura de seja qual for o caso, haja a consciência e a apresentação de dados sobre as
características e as propriedades mecânicas previstas para os materiais. Como as condições
fornecidas durante o processamento podem alterar significativamente o arranjo final dos
átomos, são necessárias a experimentação e análise dessas estruturas para agir em
conformidade com seus limites designados pelos valores de tensão e deformação.

Figura 3.1: Estruturas, propriedades e processos de modificação de propriedades dos materiais.

Fonte: UNICAMP

3.1 PROCEDIMENTO REALIZADO


Para os valores apresentados, foram medidas as dimensões do corpo de prova com um
paquímetro e régua, medindo-se também o diâmetro para o corpo de prova cilíndrico e a
espessura para o corpo de prova em forma de chapa. Calcularam-se as médias das dimensões
e das áreas a seguir. Após isso, fixou-se adequadamente o corpo de prova específico nas
garras da máquina de ensaio até que ocorresse sua fratura, ao mesmo tempo que foram
inseridos através de um software adequado os dados necessários, para que também fossem
obtidos os dados de força e deslocamento ao final do processo. Passado o procedimento,
juntaram-se as duas partes fraturadas e foram medidas as distâncias entre os pontos de
referência, em que foram notadas alterações em relação ao valor inicial medido. Ao final,
tendo em vista os valores obtidos, foi possível construir os gráficos de Tensão (σ) vs
Deformação (ε) de cada um dos materiais e obter os resultados dos cálculos solicitados em
relatório.

3.2 MATERIAIS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO


Os materiais utilizados no experimento foram: Metal, Polímero e Cerâmica, cada qual
com seu corpo de prova fornecido durante a aula em laboratório.

1) Valores medidos em laboratório para o seguinte material: AÇO SAE 1015 (METAL)

COMPRIMENTO TOTAL (CT) 180 mm


COMPRIMENTO INICIAL (LI) 80 mm
COMPRIMENTO APÓS A RUPTURA (LF) 90 mm
DIAMETRO INICIAL (DI) 6,38 mm
DIAMETRO APÓS A RUPTURA (DF) 3,50 mm
VELOCIDADE 15 mm/min
Figura 3.2: Representação do corpo de prova utilizado no experimento. A forma cônica nos pontos de ruptura indica que é um
material dúctil.
2) Valores medidos em laboratório para o seguinte material: ABS (ACRILONITRILA -
BUTADIENO - ESTIRENO) (POLÍMERO)

COMPRIMENTO TOTAL (CT) 168 mm


COMPRIMENTO INICIAL (LI) 60 mm
COMPRIMENTO APÓS A RUPTURA (LF) 62 mm
LARGURA INICIAL (Width) 149 mm
ESPESSURA INICIAL (Thickness) 3,2 mm
ESPESSURA APÓS A RUPTURA (EF) 3,60 mm
LARGURA APÓS RUPTURA 2 (LF) 12,56 mm
VELOCIDADE 15 mm/min

3) Valores medidos em laboratório para o seguinte material: PORCELANA BRANCA


(CERÂMICA)

DISTÂNCIA ENTRE APOIOS (DEA) 40 mm


BASE 16,9 mm
ALTURA 9,1 mm
VELOCIDADE 0,5 mm/min
Tipo de material conforme a ruptura analisada = FRÁGIL

3.3 GRÁFICOS DE TENSÃO VS. DEFORMAÇÃO REFERENTES AOS


ENSAIOS MECÂNICOS DOS CORPOS DE PROVA ABORDADOS
Nos tópicos a seguir são mostrados os gráficos Tensão (σ) vs Deformação (ε) referentes
a cada um dos corpos de prova abordados em laboratório, e as características dos dados
apresentados.
3.3.1 ENSAIO MECÂNICO DO AÇO (METAL)*
Gráfico 3.3.1: tensão vs deformação referente ao Aço

F-Alongamento Total

M-Alongamento Uniforme

*Aço com alto teor de carbono e alta deformabilidade.


3.3.2 ENSAIO MECÂNICO DO ABS (POLÍMERO)**
Gráfico 3.3.2: tensão vs deformação referente ao Polímero

F-Alongamento Total

lM- Alongamento Uniforme

**Polímero plástico

3.3.3 ENSAIO MECÂNICO DA PORCELANA BRANCA (CERÂMICA)***


Gráfico 3.3.3: tensão vs deformação referente à Cerâmica

***material do tipo frágil


4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Módulo de Elasticidade - A análise de cada gráfico permite que seja calculado o módulo de
elasticidade a partir do coeficiente angular das partes lineares (y1-y0/x1-x0) A partir disso
temos para o Aço SAE 1015 um módulo de 957,902 N/mm2 , para o Polímero 117,758 N/mm2 e
para a Cerâmica 7,994 N/mm2

Redução percentual de área (RA%)- Calculamos a redução do percentual de área a partir da


fórmula RA% = ((Ao-Af)/Ao) e dos dados da tabela do Aço SAE 1015. Com isso, após a ruptura
identificamos um percentual de 69%. Para o polímero e a cerâmica não houveram redução
considerável de área.

Curva tensão versus deformação real- Sabendo que a deformação real é dada por , onde Ԑ é a
deformação de engenharia e tensão real, , onde é a deformação de engenharia, calculamos
todos os valores apresentados na planilha proposta a partir dessas fórmulas pelo excel.

Com esses dados, é possível construir a seguinte curva tensão vs deformação real

Para o Aço SAE 1015

Tensão(σ (Mpa))XDeformação(mm)

Para a Cerâmica
Tensão(σ (Mpa))XDeformação(mm)

Para o Polímero

Tensão(σ (Mpa))XDeformação(mm)

Cálculo da resistência à flexão em 3-pontos (média, desvio-padrão e coeficiente de


variação)

O Cálculo pedido foi realizado a partir de 3 pontos de cada gráfico e pelas formulas de Média:
; Desvio padrão: ; e Coeficiente de variação: , no

qual S é o desvio padrão e X a média Aritmética.

A partir dessas informações:

Aço SAE 1015: Pegando os pontos de tensão (41.258,742; 51.546,78; 62.200,333) teremos

Média: 5.166862e+4; desvio padrão: 8.549,802 e coeficiente de variação: 0,165474

Cerâmica: Pegando os pontos de Tensão (15.055,459; 20.232,078; 24.291,668) teremos

Média: 1.985974e+4; desvio padrão: 3.779,847 e coeficiente de variação : 0,190327

Polímero: Pegando os pontos de Tensão (9.759,309; 13.396,835; 21.131,204) teremos

Média: 1.476245e+4; desvio padrão: 4.741,917 e coeficiente de variação : 0,321215

Curvas tensão-extensão de todos os CPs em um gráfico

Tensão(σ (Mpa))XDeformação(mm) (Engenharia)


Tensão(σ (Mpa))XDeformação(mm) (Real)

Aspecto da Fratura:

As fraturas dos corpos de prova se distinguem, a do aço tem aspectos bem visíveis(comprovado
pela porcentagem de área reduzida) sendo também não lineares. Já na cerâmica e no polímero,
seus desníveis na ruptura são quase imperceptíveis, visto também que não tiveram redução de
área relevante.

5. CONCLUSÃO

A partir da realização desses ensaios de tração e flexão podemos analisar e comprovar


as diferenças entre os materiais metálicos, cerâmicos e poliméricos. Com isso, tivemos
condições necessárias para compreender a importância de conhecer as características, para a
partir delas conseguir escolher o material mais adequado para uma finalidade específica.
Também tendo consciência que há outras variáveis que influenciam nessa escolha, como: a
vida útil desse material, a disponibilidade que temos para achá-lo e o gasto que teremos ao
fazer esta aplicação.
Sobre o funcionamento do extensômetro (máquina usada para fazer ensaios
mecânicos), podemos verificar e entender o seu funcionamento. Este equipamento tem por
funcionamento: fixar o corpo de prova através de garras específicas para a fixação; submeter o
material ao ensaio proposto e, quando a ruptura acontece os sinais captados pelos sensores
são enviados para que sejam transformados em grandezas que nos permite ter conhecimento
do momento exato da ruptura, sendo este um ensaio destrutivo.
Também tivemos a capacidade de compreender o ensaio de tração, no qual, um
material é colocado para sofrer esforços que irão esticá-lo ou alongá-lo até ocasionar uma
ruptura. Seguindo alguns procedimentos e normas, o material pode ter dimensões que são
padronizadas, isso pode acontecer para que depois do ensaio realizado o material possa ser
comparado ou reproduzido.

6. REFERÊNCIAS
PUC-GO. Resistências dos Materiais. Cap. 4. Disponível:
<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17430/material/PUC%
20-%20REMA%20I%20-%2004%20-%20Prop%20Mec%C3%A2nica%20dos%20Materiais.pdf>.
Acesso em 15 de Abril de 2019.

Info Escola. Propriedades Mecânicas. Disponível:


<https://www.infoescola.com/fisica/propriedades-mecanicas/>. Acesso em 15 de Abril de
2019.

FEM/UNICAMP. Introdução aos Estudos dos Materiais. Cap.1. Disponível:


<http://www.fem.unicamp.br/~caram/capitulo1.pdf>. Acesso em 15 de Abril de 2019.

Callister, W. D. Jr. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. Editora LTC, 7ª Edição;
2008.

MECÂNICA DA FRATURA. Propriedades mecânicas dos materiais. Cap. 1. Disponível em:


<http://mecanicadafratura.wordpress.com/>. Acesso em 15 de Abril de 2019.

DRB ASSESSORIA EDUCACIONAL. Propriedades dos materiais. Disponível em:


<http://www.drb-assessoria.com.br/>.

FEM/UNICAMP. Análise das Propriedades Mecânicas de Materiais Poliméricos.


<http://www.fem.unicamp.br/~assump/Projetos/2010/g5.pdf>. Acesso em 15 de Abril de
2019.

MENDES, A.M. et al. Relatório de ensaio de tração com materiais poliméricos. Faculdade de
Engenharia Mecânica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Disponível em:
<http://www.fem.unicamp.br/~assump/Projetos/2007/Relat_Ensaio_Polimero.pdf>. Acesso
em 15 de Abril de 2019.

CORRÊA, B.M. Ensaios de Tração. Departamento de Engenharia Mecânica - Universidade


Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis: 2010. Disponível em:
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAu78AL/relatorio-testes-tracao >. Acesso em 15
de Abril de 2019.

USP. Ensaios de Flexão. Escola de Engenharia de Lorena. Disponível:


<https://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/471420/LOM3011/EM_cap4_Flexao.pdf>.
Acesso em 18 de Abril de 2019.

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