Sei sulla pagina 1di 61

Prezado Concursando (Aluno),

O material que hora lhe chega as mãos foi elaborado com o único objetivo de facilitar o direcionamento e o aprendizado do Direito
Administrativo cobrado em Concursos Públicos. Procuramos manter este material didático de acordo com o programa do edital do
concurso e rico o suficiente para que você possa estudar e aprender o necessário para sua aprovação.
Gostaríamos de salientar que o seu aprendizado e dedicação (tempo) em sala de aula necessitam da duplamente importante
complementação fora dela. O mundo dos vencedores em concursos públicos é restrito, porém, restrito não a uma elite privilegiada, mas
sim àqueles que se mantêm persistentes aos seus objetivos.
Tenha em mente que, em regra, estudar para concurso público é como estar em uma fila. Se você se mantiver nela, cedo ou
tarde, receberá o que foi buscar, ou se você preferir pense nele como uma partida de futebol, onde mesmo que esteja perdendo de 10 x 0,
basta fazer um único gol para colocar a faixa de campeão.
Por último gostaríamos de lembrar que seus colegas de curso não são seus adversários, mas sim seus companheiros de jornada e
que se Deus quiser serão seus colegas de trabalho.
SUCESSO E BONS ESTUDOS !!!

CURSO BÁSICO de DIREITO ADMINISTRATIVO

Conteúdo Apostila

I. Direito Administrativo: Natureza jurídica, conceito e objeto.


II. Organização da Administração: Entidades políticas, entidades administrativas, órgãos, agentes públicos,
administração direta e indireta, desconcentração, descentralização e centralização.
III. Entidades da Administração Indireta: Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
IV. Entidades Paraestatais: Noções e composição.
V. Órgãos e Agentes Públicos: Teoria, características e classificação.
VI. Princípios Fundamentais: Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, razoabilidade e
proporcionalidade, supremacia, autotutela, indisponibilidade, continuidade e Segurança Jurídica.
VII. Poderes e Deveres do Administrador Público: Deveres, Poderes e Abuso de Poder.
VIII. Responsabilidade Civil do Estado: Conceito, evolução, teorias e ações de reparação.
IX. Atos Administrativos: Conceito, elementos, atributos, classificação, espécies, extinção e convalidação.
X. Improbidade Administrativa: Lei 8.429/92
XI. Artigos 37 ao 41 da CF: Comentados
XII. Processos e Recursos Administrativos: Lei 9.784/99

❖ Exercícios de Fixação

1
I. DIREITO ADMINISTRATIVO
Natureza jurídica: O Direito Público tem por objeto principal a regulação dos interesses estatais e sociais, só alcançando as
condutas individuais de forma indireta. Sua principal característica nas relações jurídicas é a existência de uma desigualdade entre
os pólos dessas relações. Como o Estado representa a tutela dos interesses da coletividade, sempre que houver conflito entre esses e
o de um particular, os primeiros deverão prevalecer, respeitados os direitos e garantias fundamentais constitucionais. O Direito
Privado tem por preocupação a regulação dos interesses individuais, quer seja numa relação indivíduo a indivíduo, quer seja na
relação indivíduo e Estado. Sua maior característica é a igualdade jurídica entre os pólos das relações por ele regidas, mesmo que
seja o Estado um desses pólos. São exemplos de Direito Privado: Direito Comercial e o Direito Civil.

Conceitos: Segundo o Profº Hely Lopes Meirelles o “Direito Administrativo sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado”. Já a Profª Maria Sylvia Di Pietro define “Direito Administrativo como o ramo do direito público que tem
por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza política”.

Objeto: A orientação atual é de que o Direito Administrativo rege todas as funções exercidas pelas autoridades administrativas,
qualquer que seja a natureza destas. Está alcançada por ele toda e qualquer atividade de administração dos três poderes. Embora a
atividade administrativa seja função típica do Executivo, tanto o Legislativo quanto o Judiciário também praticam atos tidos como
objeto do direito Administrativo.

II. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO


1) Entidades Políticas: são aquelas que recebem suas atribuições da própria Constituição, exercendo-as com plena autonomia.
Possuem competência para legislar. São pessoas jurídicas de direito público interno, possuidoras de poderes políticos e
administrativos. Exemplos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

2) Entidades Administrativas: são as que recebem sua competência conforme a lei que as instituiu, ou autorizou sua instituição, e
no seu regulamento. Não possuem poderes políticos ou capacidade de legislar. Possuem somente autonomia administrativa.
Exemplos: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

3) Órgãos: são centros de competência criados para desempenhar funções estatais, através de seus agentes. A atuação dos
agentes é imputada à pessoa jurídica a que pertencem, desde que, esse ato seja realizado em situação, presumidamente,
regular. Não possuem personalidade jurídica, mas possuem funções, cargos e agentes. Exemplos: Ministério da Saúde
(federal), Secretaria de Segurança Pública (estadual) e Secretaria de Abastecimento (municipal).

4) Agentes Públicos: no seu sentido mais amplo e genérico temos que agente público é a pessoa natural pelo qual o Estado se
faz presente. Considera-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente, sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
Exemplos: Policial Federal, Caixa do Banco do Brasil e Mesário Eleitoral (no dia da eleição).

5) Administração Direta: é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado e que possuem competência para
o exercício, de forma centralizada, de atividades administrativas. Ocorre na esfera federal, estadual e municipal. Possui
controle e obediência hierárquicos (subordinação), desde que na mesma esfera.

6) Administração Indireta: é o conjunto de pessoas administrativas que têm a competência para o exercício, de forma
descentralizada, de atividades administrativas. Ocorre na esfera federal, estadual e municipal. Estão vinculados a um órgão
da administração direta e este por sua vez promove, somente, o controle finalístico.

7) Centralização: ocorre quando o Estado desempenha suas funções diretamente através dos seus órgãos e agentes, portanto a
competência encontra-se na própria Administração Direta, ou seja, na União, Estados, Municípios e Distrito Federal dos Três
Poderes.

8) Desconcentração: ocorre quando a administração distribui sua(s) competência(s) no âmbito de sua própria estrutura, tendo
por objetivo agilizar e tornar mais eficiente seus serviços. A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de
uma só pessoa jurídica. Por ser uma simples técnica administrativa, ocorre tanto na administração direta quanto na indireta.
Pode ocorrer em razão da matéria, da hierarquia ou do território. Ocorre por Outorga.

2
9) Descentralização: ocorre quando o Estado desempenha suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. Pressupõe duas
pessoas jurídicas distintas. Pode ocorrer por Outorga ou Delegação.

Outorga: ocorre quando o Estado transfere, por lei, determinado serviço público. O serviço continua sendo executado em nome,
conta e risco do Estado. Normalmente é conferida por prazo indeterminado.
Delegação: ocorre quando Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço. Este serviço passa
a ser prestado, pelo ente delegado, em seu próprio nome e por sua conta e risco, cabendo ao Estado a fiscalização.
Normalmente é conferida por prazo determinado.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

III. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA


1) Autarquias: são criadas por lei específica, para executarem atividades típicas da Administração Pública (exceto as de
natureza econômica e industrial) que necessitem para seu melhor funcionamento de especialização e de gestão administrativa e
financeira descentralizadas e sua extinção também deverá ocorrer por lei específica. Essa lei específica é de iniciativa
privativa dos Chefes do Executivo. Possui personalidade jurídica de direito público que nasce com a vigência da lei que a
instituiu, não necessitando de registro comercial. Seu patrimônio é formado a partir da transferência de bens da entidade
criadora, que pertencerão à nova entidade enquanto esta perdurar. Seus bens são considerados públicos, por isso são
impenhoráveis (não servindo como garantia dos credores) e imprescritíveis (não podendo ser adquiridos por meio de uso
capião), inalienáveis e não-oneráveis. O regime de pessoal pode ser tanto o estatutário quanto o celetista (ou qualquer outro
que a lei estabelecer), contudo é obrigatório o concurso público para acesso aos cargos. Sujeita-se ao controle judiciário. Em
regra os litígios serão de competência federal, porém nas lides trabalhistas a exceção se dará no regime celetista quando será
competente a justiça do Trabalho estadual. Os contratos celebrados devem ser precedidos de licitação. As autarquias gozam
de imunidade tributária (impostos), desde que vinculados a suas finalidades essenciais ou às que delas decorram. Gozam de
privilégios processuais (outorgados à Fazenda Pública), como prazo quádruplo para contestação e em dobro para recorrer,
dispensa de exibição de mandado pelos procuradores, pagamento das custas judiciais só ao final e duplo grau de jurisdição,
obrigatório. Não estão sujeitas a falência, concordata ou inventário para cobrança de seus créditos (salvo entre as três Fazendas
Públicas). Prescrição qüinqüenal (dívidas e direitos contra autarquia prescrevem em cinco anos). Nomeação de seus
dirigentes é privativa do Chefe do Executivo, podendo necessitar de prévia aprovação do Senado Federal (presidente e
diretores do Banco Central, dirigentes de agências reguladoras) ou das Assembléias Legislativas. Exemplos: BACEN, INSS,
INCRA, CVM, IBAMA, CNEN, USP, OAB, ANATEL, ANEEL, ANP.

Fundações: podem ser públicas ou privadas. Em ambos os casos o instituidor separa um determinado patrimônio para destiná-lo
a uma finalidade específica. Esta finalidade deverá ser social e estar voltada para uma atividade de natureza coletiva, de prestação
de serviços de interesse público (educacional, assitencial, etc). Terá de ser de natureza não-lucrativa, não podendo ter objetivos
comerciais de intervenção na atividade econômica. Cabe ressaltar que o controle das fundações privadas é de responsabilidade do
Ministério Público.

2) Fundações Públicas: atualmente a posição mais adotada pela doutrina é admissão da existência de duas espécies distintas de
fundação pública na Administração Indireta. Temos as com personalidade jurídica de direito público e as com personalidade
jurídica de direito privado. Porém é conveniente, em ambos os casos, a utilização do termo “Fundação Pública”, para deixar
bem claro que se trata de entidade da Administração Pública Indireta (ex: FUNAI; IBGE; Fundação Nacional da Saúde; etc)
diferenciando-se das fundações privadas que não possuem ligação com a Administração (ex: Fundação Ayrton Senna;
Fundação Roberto Marinho; Fundação Bradesco, etc).

• Fundações Públicas de Direito Público: também denominadas de fundações autárquicas. São instituídas diretamente por
lei específica e necessitam de lei complementar para estabelecer suas áreas de atuação (assistência social, médica e
hospitalar, educação e ensino, pesquisa, atividades culturais, etc). Possuem as mesmas restrições, prerrogativas e privilégios
que a ordem jurídica confere as Autarquias. Seu patrimônio origina-se do patrimônio público. Regime estatutário e
celetista. Existem nas esferas federal, estadual e municipal.

• Fundações Públicas de Direito Privado: são autorizadas por lei específica e necessitam de lei complementar para
estabelecer suas áreas de atuação (assistência social, médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa, atividades culturais,
3
etc). Dependem do registro de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Sujeitas à licitação, extensão
da imunidade recíproca e vedação à acumulação de cargos públicos. Regime estatutário e celetista. Seu patrimônio origina-
se do patrimônio público. Existem nas esferas federal, estadual e municipal.

3) Empresas Públicas: são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Poder Executivo mediante autorização de lei
específica, sob qualquer forma jurídica (Ltda, S.A., etc). Seu capital é exclusivamente público (de qualquer das esferas).
Explora atividades de natureza econômica ou de execução de serviços públicos. (ex: ECT, SERPRO, CEF, etc). Dependem
do registro de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. A criação de suas subsidiárias, bem como sua
participação em empresa privada também depende de autorização legislativa. A extinção poderá ser feita pelo Poder
Executivo, mas dependerá de lei autorizadora. Não possui quaisquer privilégios administrativos, tributários ou processuais.
Obrigatoriedade de licitação. Regime celetista. Suas causas são julgadas pela justiça federal, exceto as de falência, acidente
de trabalho, justiça eleitoral e justiça do trabalho. Vedada acumulação de cargos. Sujeitam-se ao teto de remuneração, somente
se receberem recursos públicos para pagamento de despesa com pessoal ou custeio em geral. Seus dirigentes são investidos na
forma em que seus estatutos estabelecerem.

4) Sociedades de Economia Mista: são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Poder Executivo mediante
autorização legal, sob a forma jurídica Sociedade Anônima (de capital aberto). Seu capital é majoritariamente público
(50% + 1 das ações com direito a voto deverão ser da esfera a que pertencem). Explora atividades de natureza econômica ou
de execução de serviços públicos. (ex: Banco do Brasil, Petrobrás, Banco da Amazônia, etc). Seu nascimento depende do
registro de seu estatuto em órgão competente. A criação de suas subsidiárias, bem como sua participação em empresa privada
também depende de autorização legislativa. A extinção poderá ser feita pelo Poder Executivo, mas dependerá de lei
autorizadora. Não possui quaisquer privilégios administrativos, tributários ou processuais. Obrigatoriedade de licitação.
Regime celetista. Suas causas são julgadas pela justiça estadual. Sujeitam-se ao teto de remuneração, somente se receberem
recursos públicos para pagamento de despesa com pessoal ou custeio em geral. Seus dirigentes são investidos na forma em que
seus estatutos estabelecerem.

AGÊNCIAS EXECUTIVAS: Não configuram uma nova forma na estrutura da Administração Pública. Na verdade, agência
executiva é uma qualificação que pode ser dada pelo Poder Executivo à autarquia ou fundação pública que celebrar contrato
de gestão com o respectivo Ministério supervisor, com a finalidade de cumprir objetivos e metas com este acertados. Assim,
Agência Executiva é apenas uma qualificação que pode ser dada às autarquias e fundações. Após a celebração do contrato, o
reconhecimento como agência executiva é feito por decreto. Tal qualificação implicará o reconhecimento de um regime jurídico
especial, que confere tratamento diferenciado à fundação ou à autarquia, sobretudo quanto à autonomia de gestão. Os contratos de
gestão das agências executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e
respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos necessários à
avaliação de seu cumprimento.

AGÊNCIAS REGULADORAS: Com a linha adotada pela “Reforma do Estado”, propugna-se a redução, ao máximo, do
tamanho da máquina estatal (Estado mínimo). Reconhece-se, porém, que existem certas atividades que somente podem ser
desenvolvidas pelo Estado, tais como a regulação das atividades consideradas típicas de Estado. Daí surge o estudo das
agências reguladoras, portanto, enquadrado no tema das atividades regulatórias do Estado, ou seja, da intervenção do Estado nas
relações econômicas privadas. As agências reguladoras não são novas entidades jurídicas acrescentadas à estrutura da
Administração Pública. Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: “trata-se de entidades administrativas com alto grau de
especialização técnica, integrantes da estrutura formal da Administração Pública, instituídas sob a forma de autarquias de
regime especial, com a função de regular um setor específico de atividade econômica, ou de intervir de forma geral sobre relações
jurídicas decorrentes dessas atividades, que devem atuar com a maior independência possível perante o Poder Executivo e com
imparcialidade em relação às partes interessadas”.

a) Forma Jurídica: Quanto à natureza jurídica das agências reguladoras, cabe ressaltar que não há obrigatoriedade delas serem
instituídas na forma de autarquia. Elas poderiam ser, simplesmente, órgãos (logo, despersonalizados) especializados, integrantes da
Administração Direta. Na verdade, o legislador procurou dar um maior grau de independência perante o Poder Executivo,
atribuindo às agências reguladoras a forma de autarquias. Também é importante ressaltar que pelo fato de as agências
reguladoras exercerem atividades típicas do Estado, para o Supremo Tribunal Federal, elas só poderiam ser pessoas
jurídicas de direito público, caso contrário, a lei instituidora estaria fadada à inconstitucionalidade. A expressão “agência
reguladora” não encontra base constitucional, pois no texto Constitucional só encontraremos a expressão “órgão regulador”.
Somente os entes reguladores ANATEL e ANP possuem base constitucional expressa, as demais agências reguladoras são criadas
exclusivamente pela lei.

b) Características:
• Exercem função regulatória de determinado setor da atividade econômica, ou concernente a determinadas relações jurídicas
decorrentes das atividades econômicas em geral.

4
• Razoável autonomia em relação ao Poder Executivo
• Possuem Poder Normativo (normas secundárias, regulamentadoras) no que concerne às áreas de sua competência.
• Submetem-se às mesmas regras das demais entidades integrantes da Administração Pública.
• A Lei nº 10.871/04** prevê que os agentes encarregados das atribuições típicas dessas agências devem ser servidores públicos
estatutários, sujeitos ao regime jurídico da Lei nº 8.112/90.
• A mesma Lei atribui a esses servidores públicos, no exercício das atribuições de natureza fiscal ou decorrentes do poder de
polícia, as prerrogativas de promover a interdição de estabelecimentos, instalações ou equipamentos, assim como a apreensão de
bens ou produtos, e de requisitar, quando necessário, o auxílio de força policial federal ou estadual,m em caso de desacato ou
embaraço ao exercício de suas funções.

IV. ENTIDADES PARAESTATAIS ou 3º SETOR


Tradicionalmente, Hely Lopes Meireles, incluía as empresas públicas e sociedades de economia mista em tal conceito. Tal
conceito, modernamente, não é mais aceito, visto que as referidas entidades integram a Administração Indireta. Sendo assim, não
estão “ao lado do Estado”, e sim integrando o próprio Estado. Entidades paraestatais são entes de cooperação com o Poder
Público. São as pessoas privadas que, agindo ao lado do Estado, colaboram com este, no desempenho de atividade de interesse
público, não lucrativa, recebendo, por isso, especial proteção estatal. Assim, são características comuns ao conceito de entidades
paraestatais:

• NÃO INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


• Pessoas Jurídicas de Direito Privado
• Atividade de interesse público, sem fins lucrativos

São quatro as entidades que integram tal conceito:

• Serviços Sociais Autônomos


• Organizações sociais (O.S.)
• Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP)
• Fundação de Apoio

V. ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS


Teoria do Órgão: Essa teoria, amplamente adotada por nossa doutrina e jurisprudência, presume que a pessoa jurídica manifesta
sua vontade por meio dos órgãos, que são partes integrantes da própria estrutura jurídica. Fala-se em imputação (e não
representação). Maria Sylvia Di Pietro explica que essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados por
funcionários de fato, pois considera que é ato do órgão, portanto, imputável à Administração. No entanto é necessário que o ato
revista-se de aparência de ato jurídico legítimo e seja praticado por alguém que se deva presumir ser um agente público.

1. Órgão Público: Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, órgãos públicos são unidades abstratas que sintetizam os vários
círculos de atribuições do Estado. Hely Lopes Meirelles os define como centros de competência instituídos para o desempenho
de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Os órgãos possuem,
necessariamente, funções, cargos e agentes.

1.1. Características: integram a estrutura de uma pessoa jurídica; não possuem personalidade jurídica; são resultado da
desconcentração; alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira; podem firmar contratos de gestão com
outros órgãos ou pessoas jurídicas; não têm capacidade para representar em juízo; alguns têm capacidade processual para
defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; não possuem patrimônio próprio.

1.2. Capacidade Processual: A capacidade processual, de certos órgãos públicos, para defesa de suas prerrogativas está hoje
pacificamente sustentada pela doutrina e aceita pela jurisprudência. A capacidade para impetrar mandato de segurança,
na defesa de sua competência, quando violada por outro órgão, é hoje matéria incontroversa. Porém este benefício só
abrange os órgãos independentes ou autônomos, não alcançando os superiores ou subalternos. Esta capacidade
também é expressamente reconhecida pelo Código de Defesa do Consumidor.

5
1.3. Classificação: A classificação é composta por três parâmetros.

Estrutura:
• Simples ou Unitários: São aqueles constituídos por um só centro de competência, não interessando o número de
cargos.
• Compostos: São os que reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da desconcentração administrativa.

Atuação Funcional:
• Singulares ou Unipessoais: São aqueles em que a atuação ou as decisões são atribuição de um único agente, seu chefe
e representante.
• Colegiados ou Pluripessoais: São caracterizados por atuar e decidir mediante obrigatória manifestação conjunta de
seus membros.

Posição Estatal:
• Independentes: São os diretamente previstos no texto constitucional, são aqueles sem qualquer subordinação
hierárquica ou funcional. As atribuições destes órgãos são exercidas por agentes políticos.
• Autônomos: Situam-se na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes. Possuem ampla
autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos.
• Superiores: São órgãos que possuem atribuições de direção, controle e decisão, mas que estão sujeitos ao controle
hierárquico. Não têm autonomia administrativa nem financeira.
• Subalternos: São todos os órgãos que exercem atribuições de mera execução, são subordinados a vários níveis
hierárquicos. Têm reduzido poder decisório.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

2. Agentes Públicos: Considera-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
pública. O agente público é a pessoa natural mediante a qual o Estado se faz presente. O agente manifesta uma vontade que é
imputada ao próprio Estado. A expressão “agente público” é utilizada em sentido amplo e genérico. Não se deve confundir o
gênero “agentes públicos” com “servidor público” e “empregado público”. Outro conceito, não mais utilizado no Direito
Administrativo, mas sim no Direito penal, é o de “funcionário público”.

• Servidor público: é a expressão utilizada para identificar aqueles que mantêm uma relação permanente com o
Estado, em regime estatutário.
• Empregado público: Esta expressão era utilizada para identificar aqueles agentes públicos que, sob regime celetista,
mantinham vínculo de trabalho permanente com as entidades de natureza privada da Administração indireta – as
empresas públicas e as sociedades de economia mista. Atualmente, com o fim da obrigatoriedade de instituições de
Regime jurídico Único, tornou-se possível a contratação de empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, até mesmo na Administração Direta.
• Funcionário público: A Constituição abandonou a expressão “funcionário público”, no âmbito do Direito
Administrativo. No Direito Penal o conceito ainda tem importância para alcançar aquele agente que, embora
transitoriamente ou sem remuneração, pratique crime contra a Administração pública, no exercício de cargo, emprego
ou função pública. Para fins penais o conceito de funcionário público é equivalente àquele consolidado na doutrina
administrativista para agente público.

Obs: Agente e Órgão são figuras distintas, tanto que o Estado pode suprimir o cargo, a função ou o próprio órgão sem
nenhuma ofensa aos direitos de seus agentes. Pode ocorrer o contrário, o desaparecimento do agente sem nenhuma
interferência na existência do órgão.

2.1. Classificações:
a) Agentes Políticos: São os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, aos quais incubem as funções de
dirigir, orientar e estabelecer diretrizes para o Poder Público. Possuem competência haurida da própria Constituição;
não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral; normalmente investidos em seus cargos
por meio de eleição, nomeação ou designação; não são hierarquizados (com exceção dos auxiliares imediatos dos

6
Chefes do Executivo), sujeitam-se somente às regras constitucionais. Os agentes políticos possuem certas
prerrogativas constitucionais, porém essas prerrogativas não são privilégio pessoal, mas sim garantias necessárias
para o regular exercício de suas relevantes funções. Sem tais prerrogativas não teriam plena liberdade, em face do
temor de serem responsabilizados segundo as regras comuns da culpa civil.

b) Agentes Administrativos: São aqueles que exercem uma função pública de caráter permanente em decorrência de
relação funcional. Sujeitam-se à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pela entidade a qual
pertencem. São eles os concursados em geral, os ocupantes de cargo ou função em comissão, os ocupantes de
emprego público, os servidores contratados temporariamente para atender a necessidade de excepcional interesse
público etc.

c) Agentes Honoríficos: São cidadãos chamados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado na prestação de
serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade
profissional. Não possuem qualquer vínculo profissional e normalmente atuam sem remuneração.

d) Agentes Delegados: São particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou
serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder
delegante, são apenas colaboradores do Poder Público. Sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva, ao mandado de
segurança e à responsabilização nos crimes contra a Administração Pública.

e) Agentes Credenciados: São os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato
ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

VI. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Princípios são idéias centrais de um sistema, são os que estabelecem as diretrizes e conferem um sentido lógico,
harmonioso e racional e ainda determinam o alcance e o sentido das regras de um determinado ordenamento jurídico. Os princípios
fundamentais da Administração Pública encontram-se, explicita ou implicitamente, na Constituição de 1988. dentre os princípios
informadores da atividade administrativa, sobressaem em importância àqueles expressos no caput do art.37 da CF/88. Após a
promulgação da Emenda Constitucional nº 19/88 passaram a ser cinco os princípios explícitos: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. A Lei nº 9.784/99 – que trata dos processos administrativos - possui, em seu art. 2º, os
princípios da eficiência, legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica e interesse público.

1) Princípio da Legalidade: Diferentemente do cidadão comum que pode fazer, ou deixar de fazer, qualquer coisa que não seja
proibido por lei, a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza, ou seja, a Administração além de não poder atuar
contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei.

2) Princípio da Impessoalidade: Na formulação tradicional, a impessoalidade se confunde com o princípio da finalidade da


atuação administrativa. De acordo com este, há somente um fim a ser perseguido pela Administração: o Interesse Público e
mesmo assim deverá estar expresso ou implícito na lei que determina ou autoriza determinado ato. A impessoalidade da
atuação administrativa impede que um ato seja praticado visando interesses do agente ou de terceiros. Impede também
perseguições, favorecimentos ou descriminações.
3) Princípio da Moralidade: Torna jurídica a exigência de atuação ética dos agentes da Administração. O servidor deve decidir
não somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto. É necessário que se atenda à letra e ao espírito da lei, que ao legal junte-se o
ético.

4) Princípio da Publicidade: Este também possui dupla acepção. O primeiro entendimento refere-se à publicação oficial dos
atos administrativos a fim de que eles possam produzir efeitos externos. A exigência de publicação oficial dos atos externos da
administração não é um requisito de validade, mas sim pressuposto de sua eficácia. O outro aspecto diz respeito à exigência de
transparência da atividade administrativa como um todo. Estão ressalvados os atos cujo sigilo seja imprescindível à segurança
da sociedade e do Estado.
7
5) Princípio da Eficiência: É aquele que impõe a todo agente público a obrigação de realizar suas atribuições com presteza,
perfeição e rendimento funcional. A função administrativa exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros. O objetivo principal é assegurar que os serviços públicos
sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade que os custeia.

6) Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade: Não se encontram expressos no texto constitucional, porém são tidos
como princípios gerais de Direito, aplicáveis a praticamente todos os ramos da ciência jurídica. No âmbito do Direito
Administrativo encontram aplicação especialmente no que concerne à prática de atos discricionários que impliquem restrição
ou condicionamento a direitos dos administrados ou imposição de sanções administrativas. São apontados pela doutrina como
os maiores limitadores impostos à discricionariedade da Administração, ou seja, à arbitrariedade. Trata-se da aferição da
adequação da conduta escolhida pelo agente público à finalidade que a lei expressa.

• Razoabilidade: Também denominado de “Princípio da Proibição de Excesso”, tem por fim auferir a compatibilidade
entre os meios e os fins de um ato administrativo. Trata-se da adequação da conduta escolhida, pelo agente, à finalidade
que a lei expressa. A razoabilidade funciona como limitação à discricionaridade incidente sobre os elementos motivo e
objeto e fundamenta-se nos princípios da legalidade (art. 5º/II, 37 e 84) e da finalidade (art. 5º/II e LXIX, 37 e 84).
• Proporcionalidade: Representa uma das vertentes do princípio da razoabilidade, exige que haja proporcionalidade entre a
sanção aplicada e a proteção ao interesse ou bem públicos alcançado. Se o ato administrativo não guarda uma proporção
adequada, será um ato excessivo. Segundo esse princípio, a Administração não deve restringir os direitos do particular
além do que caberia, pois impor medidas desnecessárias induz à ilegalidade por abuso de poder.

7) Princípio da Supremacia do Interesse Público: Embora não esteja expressamente enunciado no texto constitucional, ele é
decorrente natural das instituições adotadas em nosso país. Por força do regime democrático e do sistema representativo,
presume-se que a atuação do Estado tenha por finalidade o interesse público. Esse princípio informa a todos os ramos do
Direito Público que, nas relações jurídicas nas quais o Estado figure como representante da sociedade, seus interesses
prevaleçam contra os interesses particulares.

8) Princípio da Autotutela: Este princípio proporciona a Administração a revisar seus próprios atos, assegurando um meio
adicional de controle de sua atuação, reduzindo o congestionamento do Poder Judiciário. É um princípio implícito e difere do
controle judicial por proporcionar sua execução por parte da Administração sem a necessidade de provocação, pois é um
Poder-Dever. A autotutela autoriza o controle, pela administração, sob dois aspectos: o da legalidade, onde “poderá” anular
seus atos ilegais e o de mérito, onde “poderá” revogar seus atos inoportunos ou inconvenientes.

9) Princípio da Indisponibilidade: Os bens e interesses públicos são indisponíveis, ou seja, não pertencem à Administração ou a
seus agentes, cabendo aos mesmos somente sua gestão em prol da coletividade. Veda ao administrador quaisquer atos que
impliquem em renúncia de direitos da Administração ou que, injustificadamente, onerem a sociedade. Também é um princípio
implícito.

10) Princípio da Continuidade dos serviços Públicos: Os serviços públicos por serem prestados no interesse da coletividade
devem ser adequados e seu fornecimento não deve sofrer interrupções. A aplicação deste princípio implica restrição a
determinados direitos dos prestadores de serviços públicos e dos agentes envolvidos em sua prestação. Porém devemos
ressaltar que isto não se aplica as interrupções por situações de emergência ou após aviso prévio – nos casos de segurança,
ordem técnica ou inadimplência do usuário.

11) Princípio da Segurança Jurídica: Veda aplicação retroativa de nova interpretação, nos casos em que já houver decorrido
decisão definitiva ou sentença transitada em julgado.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

8
VII. PODERES E DEVERES DO ADMINISTRADOR PÚBLICO
A ordem jurídica confere aos agentes públicos certas prerrogativas para que estes, em nome do Estado, persigam a
consecução dos fins públicos. As prerrogativas são outorgadas por lei, exigem a observância dos princípios administrativos –
LIMPE etc – e destinam-se a satisfação do interesse público. Essas prerrogativas são os poderes do administrador. Por outro
lado a lei impõe alguns deveres específicos e peculiares. São os chamados deveres administrativos. Os poderes e deveres são
atribuídos à autoridade para que possa remover, por ato próprio, as resistências particulares à satisfação do interesse público.

1. DEVERES:
a) Poder-Dever de Agir: É pacificamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência. Significa dizer que representa um
dever de agir. Enquanto no Direito Privado o poder de agir é uma faculdade, no Direito Administrativo é uma imposição.
Na lição do Profº Hely Lopes Meirelles, “se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador
público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da coletividade”. Os
poderes administrativos são irrenunciáveis, devendo ser obrigatoriamente exercidos pelos titulares. A omissão do agente
caracteriza abuso de poder, que poderá ensejar a responsabilidade civil da administração.

b) Dever de Eficiência: Mostra-se presente na necessidade de tornar cada vez mais qualitativa a atividade administrativa. É
um dever imposto a todos os níveis da Administração Pública. A Emenda Constitucional nº 19/1998 erigiu esse dever à
categoria de princípio constitucional da Administração Pública (expresso no art.37, caput) manifestando preocupação com
a produtividade do servidor e com o aperfeiçoamento da máquina administrativa. Como corolários podemos citar:
possibilidade de perda de cargo do servidor estável, por insuficiência de desempenho; para aquisição da estabilidade,
avaliação especial de desempenho; celebração de contratos de gestão; etc.

c) Dever de Prestar Contas: É um dever inerente a qualquer agente que atue em nome do interesse público, alcançando
toda e qualquer pessoa responsável por bens e valores públicos. Nas palavras do Profº Hely Lopes, “A regra é universal:
quem gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade deve prestar contas ao órgão competente para
a fiscalização”.

d) Dever de Probidade: Exige consonância com os princípios da moralidade e honestidade administrativas. É dever
constitucional de todo administrador público (art. 37, §4º da Carta Política). Regulamentando esse importante dispositivo
constitucional foi editada a Lei nº 8.429/1992, que dividiu os atos de improbidade em três grupos: enriquecimento ilícito,
prejuízo ao erário e ofensa aos princípios.

2. PODERES: Os poderes administrativos representam instrumentos que permitem à Administração cumprir suas finalidades,
sendo por isso denominados de poderes instrumentais, que por sua vez diferem dos poderes políticos – Legislativo, Judiciário
e Executivo – que denominamos de poderes estruturais (hauridos pela Constituição).
a) Poder Vinculado: É aquele de que dispõe a Administração para a prática de atos administrativos em que é mínima ou
inexistente sua liberdade de atuação. Devemos lembrar que todos os atos administrativos são vinculados quanto aos
requisitos competência, finalidade e forma. Os atos vinculados também o são quanto aos requisitos motivo e objeto. O ato
que se desvie minimamente dos requisitos previstos na lei será nulo e caberá à Administração ou ao Poder Judiciário
declarar sua nulidade.

b) Poder Discricionário: É aquele em que a Administração dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar
a oportunidade e conveniência da prática do ato. Conveniência e oportunidade formam o núcleo do chamado poder
discricionário. Esses elementos é que permitem ao administrador público eleger, entre as várias condutas previstas na lei,
a que se traduz como mais conveniente e oportuna para o interesse público. Jamais é permitida atuação arbitrária, sob
qualquer circunstância. O ato discricionário implica liberdade de atuação administrativa, sempre dentro dos limites
previstos na lei. Cabe salientar que o ato discricionário ilegal poderá ser anulado tanto pela Administração quanto pelo
Poder Judiciário, pois o que não pode ser apreciado pelo Judiciário é o mérito administrativo. Da mesma forma,
entendendo a Administração serem inoportunos ou inconvenientes poderá revogá-los. A doutrina e a jurisprudência
modernas enfatizam a tendência de limitação ao poder discricionário da Administração. Assumem relevância os princípios
implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade como as maiores limitações impostas ao poder discricionário da
Administração.
c) Poder Hierárquico: Caracteriza-se pela existência de graus de subordinação entre os diversos órgãos e agentes. Como
resultado do poder hierárquico, a Administração é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades de seus órgãos e agentes no seu âmbito interno. Do seu exercício decorrem as prerrogativas, do superior para o
subordinado, de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar. Os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as
ordens de seus superiores, salvo quando manifestamente ilegais. Pelo poder-dever de fiscalização, compete ao superior
estar atento aos atos praticados pelos subordinados, a fim de corrigi-los sempre que se desviem da legalidade.

9
• Revisão hierárquica: É a prerrogativa conferida ao superior para apreciar todos os aspectos de um ato de seu
subordinado. Somente é possível enquanto o ato não tenha se tornado definitivo para a Administração.
• Delegação: Significa atribuir ao subordinado competência para a prática de ato que originariamente pertencia ao
superior. Somente podem ser delegados atos administrativos, não os atos políticos. Também não se admite a
delegação de atribuições de um Poder a outro, salvo nos casos expressamente previstos na Constituição.
• Avocação: Consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas a seus
subordinados. É uma medida excepcional e a doutrina é unânime em afirmar que ela deve ser evitada. A avocação
desonera o subordinado de qualquer responsabilidade relativa ao ato praticado pelo superior hierárquico. Não se deve
confundir subordinação com vinculação. A subordinação tem caráter interno, é entre órgãos de uma mesma entidade.
A vinculação tem caráter externo e resulta do controle que as entidades políticas exercem sobre as suas entidades
administrativas.

d) Poder Disciplinar: Está intimamente relacionado ao poder hierárquico e traduz-se na faculdade (mais correto é poder-
dever) que possui a Administração de punir internamente as infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas
sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A doutrina aponta o poder disciplinar como exercício
caracteristicamente discricionário.

e) Poder Regulamentar: Decorre de competência diretamente extraída da constituição federal e confere ao Poder Executivo
a prerrogativa de editar atos normativos gerais e abstratos. Consubstancia-se na autorização, ao Chefe do Executivo, para
edição de decretos e regulamentos. A doutrina costuma classificar os decretos e regulamentações em: de execução,
autônomo e autorizado.

f) Poder de Polícia: O Profº Hely Lopes Meirelles conceitua que “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a
Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício
da coletividade ou do próprio Estado”. A Administração exerce o poder de polícia sobre todas as atividades que possam,
direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade, sendo exercido por todas as esferas da Federação. Segundo o
mesmo professor, “em face do princípio da predominância do interesse, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos
à regulamentação e policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual; e
os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo municipal”. Os
atos de polícia administrativa não deixam de ser atos administrativos e, portanto, submetem-se à possibilidade de
apreciação pelo Poder Judiciário quanto à legalidade de sua edição e execução. Devemos distinguir a polícia judiciária
(polícia de manutenção da ordem pública) da polícia administrativa.

POLÍCIA JUDICIÁRIA: Atua sobre pessoas; prepara a atuação da função jurisdicional penal; executada por órgãos de
segurança (polícia civil ou militar); pode agir preventivamente ou repressivamente.

POLÍCIA ADMINISTRATIVA: Incide sobre bens, interesses e atividades; esgota-se no âmbito da função
administrativa; exercida por órgãos administrativos de caráter fiscalizador; pode agir preventivamente (alvarás) ou
repressivamente (fiscalização).
Meios de atuação: A doutrina tem dividido os meios de atuação da polícia administrativa em dois grupos: poder de
polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado e poder de polícia delegado é aquele
executado pelas pessoas administrativas do Estado. Diz-se delegado porque é recebido, por delegação (outorga), da
entidade estatal a qual pertence. A doutrina não admite a outorga do poder de polícia a pessoas da iniciativa privada,
ainda que prestadoras de serviço ao Estado, pois o poder de império é próprio e privativo do Poder Público.

• Preventiva (alvará-licença): É ato administrativo vinculado e definitivo, dizem respeito a direitos individuais
(exercício profissional, construção urbana etc), não podem ser negadas quando o requerente satisfaça os requisitos
legais para sua obtenção.
• Preventiva (alvará-autorização): É ato administrativo discricionário em que predomina o interesse do particular
(uso especial de bem público, trânsito por determinados locais etc), é ato precário não subsistindo direito subjetivo,
podem ser negado ou revogado a qualquer tempo.
• Repressiva (fiscalização): Verificando a existência de infração, a autoridade fiscalizadora deverá lavrar o auto de
infração e cientificar o particular da sanção a ser aplicada.

Limites: A atuação só será legítima se realizada nos estritos termos jurídicos; se respeitados os direitos do cidadão,
suas prerrogativas individuais e as liberdades asseguradas na Constituição e nas leis. Deve-se conciliar o interesse
social com os direitos individuais. Se a Administração agir além desses mandamentos sua atuação será arbitrária,
configurando abuso de poder, corrigível pelo Poder Judiciário. O princípio da proporcionalidade também
consubstancia os limites do poder de polícia administrativo.

10
Sanções e condições de validade: Multa; interdição de atividade; fechamento de estabelecimento; demolição de
construção irregular; embargo administrativo de obra; inutilização de materiais; apreensão e destruição de objetos etc.

Atributos:

• Discricionariedade: A Administração pode determinar, dentro dos critérios de oportunidade e conveniência,


quais as atividades irá fiscalizar num determinado momento e, dentro dos limites estabelecidos na lei, quais
sanções deverão ser aplicadas e como deverá ser a graduação destas sanções. Embora a discricionariedade seja a
regra no exercício do poder de polícia, nada impede que a lei, estabeleça total vinculação da atuação
administrativa a seus preceitos.
• Auto-Executoriedade: É atributo inerente ao poder de polícia, sem o qual este sequer faria sentido. A
Administração precisa possuir a prerrogativa de impor diretamente, sem necessidade de prévia autorização
judicial, as medidas ou sanções necessárias à repressão da atividade lesiva à coletividade. A obtenção de prévia
autorização judicial para a prática de determinados atos é uma faculdade da Administração. Ela costuma recorrer
ao judiciário quando tenciona praticar atos em que seja previsível forte resistência dos particulares envolvidos.
Porém sempre que o administrado entender ter havido arbítrio, desvio ou excesso de poder, pode exercer seu
direito de provocar a tutela jurisdicional, a qual poderá decretar a nulidade dos atos praticados (embora,
posteriormente à sua prática). A aplicação de sanção sumária, sem defesa prévia, é hipótese excepcional e
somente se justifica em casos urgentes que ponham em risco iminente a segurança ou a saúde pública. Ocorre na
apreensão ou destruição de alimentos contaminados ou impróprios para consumo, na interdição de atividades que
ameacem a segurança das pessoas etc.
• Coercibilidade: É para que as medidas adotadas pela Administração possam ser impostas coativamente ao
administrado, ou seja, sua observância é obrigatória para o particular. Quando este resistir ao ato de polícia, a
Administração poderá valer-se da força pública para garantir seu cumprimento. Também independe de prévia
autorização judicial, estando sujeita à verificação posterior quanto à legalidade e a indenização ou reparação, ao
particular, que comprove ter ocorrido abuso de poder.

3. Abuso de Poder: Os poderes são prerrogativas conferidas ao administrador público. Não são regalias ou privilégios, mas sim
atributos daquele que exerce função pública, para que possa bem desempenhá-la, em prol da coletividade. A utilização desses
poderes – respeitados os termos e limites da lei, assim como a moral, a finalidade e as exigências públicas – constitui
atuação normal e legítima do administrador público. Nem sempre o poder é utilizado de forma adequada, o seu emprego pode
ser desproporcional, sem amparo legal ou sem utilidade pública. A atuação nessas condições deverá ser declarada, pela
Administração (autotutela) ou pelo Poder Judiciário (controle judicial), ilícita ou nula. Essa atuação ilegítima caracteriza o
chamado abuso de poder. O abuso de poder pode assumir tanto a forma comissiva (uma ação positiva) quanto a omissiva
(uma omissão ilegal), quer o ato seja doloso ou culposo.

• Excesso de Poder: Ocorre quando o agente age fora dos limites de sua competência administrativa, invadindo a
competência de outros agentes ou praticando atividades que a lei não lhe conferiu. A autoridade, embora competente
para o ato, vai além do que a lei lhe permitiu. Essa modalidade decorre de vício no requisito competência.
• Desvio de Poder: Ocorre quando o administrador pratica o ato buscando alcançar fim diverso daquele que lhe foi
determinado pela lei. Embora atue nos limites da sua competência, o agente pratica o ato por motivos ou fins diversos
do estabelecido legalmente ou exigidos pelo interesse público. Essa modalidade decorre de vício no requisito
finalidade.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

11
VIII. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
A responsabilidade civil tem sua origem no Direito Civil e pauta-se na obrigação de indenizar um dano patrimonial
decorrente de um fato lesivo voluntário e, para que ocorra, são necessários os seguintes elementos:
• A ocorrência de um dano patrimonial ou moral;
• O nexo de casualidade entre o dano havido e o comportamento do agente, ou seja, que o dano efetivamente haja decorrido, direta
ou indiretamente, da ação ou omissão do agente.
• Que o fato lesivo, causado pelo agente, seja em decorrência de dolo (intenção) ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia);
No Direito Público, temos que a responsabilidade civil da Administração evidencia-se na obrigação que tem o Estado de
indenizar os danos patrimoniais ou morais que seus agentes, na qualidade de agentes públicos, causem a particulares e com tal
reparação se exaure.

1) Evolução
a) Irresponsabilidade do Estado: A teoria de não responsabilização do Estado assumiu sua maior notoriedade sob os
regimes absolutistas. Baseava-se essa teoria na idéia de que não era possível ao Estado (o Rei) lesar seus súditos, uma vez
que o Rei não cometia erros. Os agentes públicos, como representantes do próprio Rei, não poderiam ser
responsabilizados por seus atos, ou melhor, seus atos não poderiam ser considerados lesivos aos súditos. Esta doutrina
somente possui valor histórico, encontrando-se inteiramente superada.

b) Responsabilidade Subjetiva do Estado (Culpa Civil Comum): Esta doutrina, influenciada pelo liberalismo, pretendeu
equiparar o Estado ao indivíduo, sendo obrigado a indenizar os danos causados aos particulares nas mesmas hipóteses em
que existe tal obrigação para os indivíduos. Assim, o Estado, somente terá obrigação de indenizar quando, os agentes,
tivessem agido com culpa ou dolo, cabendo ao particular o ônus da prova desses elementos subjetivos.

c) Teoria da Culpa Administrativa: Esta teoria representou a transição entre a doutrina subjetiva e a responsabilidade
objetiva atualmente adotada pela maioria dos países ocidentais. Segundo a Teoria da Culpa Administrativa, o dever de o
Estado indenizar o particular somente existe caso seja comprovada a existência de falta do serviço. Não se trata de
questionar da culpa do agente, mas da ocorrência de falta na prestação do serviço. A tese é que somente o dano decorrente
de irregularidade na execução da atividade ensejaria indenização ao particular, ou seja, exige-se uma culpa, mas não culpa
subjetiva do agente, e sim uma culpa especial da Administração (Culpa Administrativa). A culpa Administrativa pode
decorrer de inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou retardamento do serviço. Cabe ao particular
comprovar sua ocorrência para fazer jus à indenização.

d) Teoria do Risco Administrativo: Por esta teoria surge a obrigação de reparar o dano sofrido injustamente pelo particular,
independentemente da existência de falta de serviço ou de culpa do agente. Basta que exista o dano, sem que para ele
tenha concorrido o particular. Resumidamente, existindo o fato do serviço e o nexo causal entre o fato e o dano,
presume-se a culpa da Administração. Compete a esta, para eximir-se da obrigação de indenizar, comprovar culpa
exclusiva do particular ou, se comprovar culpa concorrente, atenuar sua obrigação. Cabe a Administração o ônus da
prova.

e) Teoria do Risco Integral: Esta teoria representa uma exacerbação da responsabilidade civil da Administração. Basta a
existência do evento danoso e do nexo causal para que surja a obrigação de indenizar para a Administração, mesmo que o
dano decorra de culpa exclusiva do particular.

2) Atos Legislativos: Em regra, não geram responsabilidade do Estado. O Poder Legislativo atua com soberania, somente
ficando sujeito as limitações constitucionais. Portanto, desde que aja em estrita conformidade com os mandamentos
constitucionais, o Estado não pode ser responsabilizado por sua função legislativa. Porém a doutrina e a jurisprudência
firmaram orientação no sentido de se responsabilizar civilmente o Estado por ato legislativo em duas situações distintas:
• Edições de Leis Inconstitucionais: a premissa é de que o Poder Legislativo tem o dever de respeitar as regras
constitucionais. Furtando-se a tal dever e caso a norma venha efetivamente causar dano ao particular, surge a
responsabilidade do Estado. Essa hipótese depende da declaração da inconstitucionalidade da lei pelo STF.
• Edição de Leis de Efeito Concreto: são aquelas leis que não possem caráter normativo, que não são dotadas de
generalidade, impessoalidade e abstração. São leis que possuem destinatários certos, determinados. A edição destas leis, se
causarem danos ao particular, gera a responsabilidade do Estado.

3) Atos Jurisdicionais: A jurisprudência brasileira não admite a responsabilidade civil do Estado em face dos atos jurisdicionais
praticados pelo Juiz, na sua função típica que é dizer o Direito, sentenciando. A regra é a irresponsabilidade do Estado. Porém
a própria CF estabeleceu a regra de que “o Estado indenizará o condenado por erros judiciários, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença” (art. 5º, LXXV). Nessa hipótese se o indivíduo é condenado (na esfera penal) em

12
virtude de sentença que contenha erro judiciário, tem direito à reparação do prejuízo em face do Estado. Esse dispositivo não
alcança a esfera cível.

4) Ação de Reparação de Dano


a) Particular X Administração (Indenização): O particular que sofreu dano praticado pelo agente deverá intentar ação de
indenização contra a Administração. Embora essa seja a regra geral, o STF firmou entendimento no sentido de que é
facultado ao particular a propositura de ação contra o Estado e o agente público conjuntamente.

b) Administração X Agente Público (Ação Regressiva): O §6º do art. 37 da CF autoriza a ação regressiva do Estado
contra o agente causador do dano no caso de dolo ou culpa deste, ressaltados:
• A entidade pública deverá comprovar já ter indenizado a vítima, pois seu direito nasce a partir do pagamento;
• Que tenha havido dolo ou culpa por parte do agente por ocasião do ato danoso;
• Os efeitos da ação regressiva transmitem-se aos herdeiros e sucessores do culpado, respeitado o limite do valor do
patrimônio transferido (art, 5º, XLV);
• Tal ação pode ser intentada mesmo depois de terminado o vínculo entre o servidor e a Administração, ainda que aposentado,
em disponibilidade etc;
• As ações de ressarcimento são imprescritíveis;
• É inaplicável a denunciação da lide pela Administração a seus agentes, no caso de reparação do dano.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

IX. ATOS ADMINISTRATIVOS


O Estado manifesta sua vontade através de seus agentes. Quando estes, no exercício regular de suas atribuições, fazem
surgir os atos administrativos. Segundo o Profº Hely Lopes Meirelles “Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de
vontade da administração pública que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. A definição é muito próxima daquela dada para o ato jurídico, e
não poderia ser diferente, pois o ato administrativo nada mais é do que uma espécie de ato jurídico.

1. Conceito: Conceituamos ato administrativo como uma manifestação de vontade unilateral da Administração Pública, sob
estrita observância da lei, capaz de produzir efeitos jurídicos concretos e imediatos, com uma finalidade pública.

2. Elementos (Requisitos de Validade): Para que um ato seja válido e insuscetível de anulação é necessário que sejam isentos
de vício (defeitos) os cinco elementos que o compõem: Competência, Forma, Motivo, Finalidade e Objeto (CoFiFoMOb).

a) Competência: É o poder conferido pela lei ao agente público para o exercício de suas funções. O ato administrativo, para
ser válido, requer que seja praticado por quem detenha, pela lei, a incumbência de praticá-lo. Desta forma, é nulo o ato
praticado por agente incompetente. Na delegação de competência, uma autoridade atribui a um agente o exercício de
competências que lhe são próprias e na avocação ela assume a responsabilidade por atribuições de seus subordinados. A
delegação e a avocação não são permitidas quando se tratar de competência atribuída com exclusividade a determinado
órgão ou agente. Os vícios que atingem o elemento “competência” são:

• Excesso de Poder: uma das modalidades do abuso de poder, quando a competência é exercida pelo agente público além
dos limites traçados pele lei.
• Função de Fato: é quando a pessoa que pratica o ato está irregularmente investida no cargo, emprego ou função, mas a
sua situação tem toda a aparência de legalidade.
• Usurpação de Função: ocorre quando a pessoa praticante do ato se apossa do exercício das atribuições de um agente
público, sem ter essa qualidade.

b) Finalidade: É o resultado a que o ato administrativo visa alcançar, qual seja a satisfação do interesse público. Dentre os
vícios que promovem a nulidade do ato administrativo, aquele que atinge o elemento “finalidade” é o de mais difícil
aferição. No desvio de finalidade o interesse público é sobrepujado pela vontade particular do agente, seja para prejudicar
seus desafetos, seja para atender interesses próprios ou de terceiros. Porém também haverá vício quando o agente, mesmo
visando satisfazer uma finalidade pública, utiliza-se de um ato cuja finalidade, segundo previsão legal, destina-se ao
atendimento de outra finalidade pública.

13
c) Forma: É a maneira pela qual se dá a exteriorização do ato administrativo. Em geral, os atos administrativos possuem à
forma escrita (decretos, portarias, circulares, regulamentos etc), mas são admitidas outras formas de exteriorização
(visuais, sonoras etc), sempre aquela prevista em lei.

d) Motivo: É a situação de fato ou de direito que justifica a edição do ato administrativo. Ao contrário do que ocorre com os
elementos competência, finalidade e forma, os quais são sempre elementos vinculados à lei, pode o elemento “motivo”
ser vinculado (a lei explicita a situação determinante do ato) ou discricionário (quando a lei deixa para o agente a análise
quanto à existência do motivo e a valoração quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato. O elemento motivo
não se confunde com a motivação do ato. Este último é a explicitação, pela Administração, das razões que a levaram à
prática do ato. A teoria dos motivos determinantes vincula aos motivos indicados pelo agente o fundamento desse ato,
de maneira que se o primeiro for nulo o ato todo é nulo).

e) Objeto: É o efeito jurídico imediato resultante da edição do ato. Assim como ocorre com o elemento motivo, pode a lei
fixar precisamente o efeito jurídico a ser produzido pelo ato (vinculado) ou , por outro lado, abrir um leque de opções para
que a Administração escolha dentre elas (conveniência ou oportunidade) o objeto que melhor atenda ao interesse público
(discricionário).

3. Atributos (Características): Para que se cumpra a supremacia do interesse público em relação ao particular é necessário que
os atos administrativos sejam dotados de certas características (atributos), que não são encontradas nos demais atos jurídicos.

a) Presunção de legitimidade: Deve-se sempre presumir que o ato administrativo foi editado com observância à lei.
Cabendo a quem se sentir lesado, com a atuação do Estado, o ônus da prova de que este agiu fora da lei. Enquanto a
ilegalidade não for verificada o ato administrativo, ainda que ilegal, continuará produzindo seus efeitos normalmente.
Essa presunção é relativa (e não absoluta), pois poderá ser desconstituído administrativamente ou judicialmente, assim
que se prove sua ilegalidade.

b) Imperatividade: É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem aos terceiros, criando para estes uma obrigação
(dever), independentemente de sua concordância. Decorre do denominado “poder extroverso”, que permite ao poder
público praticar certos atos que, extrapolando a sua esfera jurídica, são capazes de interferir na esfera jurídica de outras
pessoas, impondo-lhes obrigações. A imperatividade não está presente nos atos administrativos negociais e enunciativos.

c) Auto-executoriedade: É o atributo que permite à própria Administração executar o ato administrativo, por ela editado,
sem necessidade de prévia autorização do Poder Judiciário. Não está presente em todos os atos administrativos, como por
exemplo, na execução forçada de multa administrativa e na desapropriação de imóveis, quando o proprietário não
concorda com o valor da indenização oferecida pelo Poder Público.

4. Classificações:

a) Quanto ao alcance

• Atos Internos: são os atos que produzem efeitos somente no âmbito da Administração Pública, não atingindo terceiros.
• Atos Externos: são aqueles cujos efeitos alcançam os administrados em geral, não estando seu campo de incidência
restrito à Administração.

b) Quanto às prerrogativas

• Atos de império: são aqueles em que a Administração atua com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade, são
impostos unilateralmente.
• Atos de gestão: são praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares, são acordados
bilateralmente.
• Atos de expediente: são os atos internos da Administração, visam dar andamento aos serviços desenvolvidos por uma
repartição, órgão ou entidade.

c) Quanto à formação de vontade

• Simples: acontece pela manifestação de vontade de um único órgão (simples ou colegiado).


• Complexo: é formado pela manifestação de vontade de mais de um órgão.
• Composto: ocorre pela manifestação de vontade de um único órgão, mas depende da verificação por parte de um outro
órgão, para se tornar eficaz.
14
d) Quanto aos destinatários

• Gerais: são os que contêm comandos gerais e abstratos, Não possuem destinatários certos, pois alcançam todos os que
se encontrem na mesma situação jurídica descrita no ato.
• Individuais: são os que se dirigem a destinatários certos, constituindo ou declarando uma situação jurídica particular.

e) Quanto aos efeitos

• Constitutivo: cria, modifica ou extingue uma situação jurídica do administrado.


• Declaratório: apenas reconhece um direito ou situação jurídica que já existia antes do ato.
• Enunciativo: apenas atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de direito.

f) Quanto à liberdade de atuação do agente

• Vinculado: a lei já estabeleceu os requisitos e as condições para sua realização.


• Discricionário: permite uma análise de oportunidade e conveniência (mérito administrativo) quanto ao motivo e/ou
objeto do ato.

5. Espécies
a) Atos Normativos: Objetivam a aplicação da lei, detalhando e explicando seu funcionamento.

• Decretos: são resultantes da vontade dos Chefes do Executivo (Pres. República, Governador e Prefeito), não se
confundem com o decreto legislativo. Podem ser gerais ou individuais.
• Regulamentos: são postos em vigência por meio de decreto, para especificar os mandamentos da lei. Por serem
inferiores à lei, não podem contrariá-la ou ir além.
• Instruções Normativas: são expedidos pelos Ministros de Estado para execução das leis, decretos ou regulamentos.
• Regimentos: são os de atuação interna, pois se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de
corporações legislativas.
• Resoluções: são expedidos por altas autoridades do Poder Executivo (menos Pres. República), por presidente de
Tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos e visam disciplinar matéria de sua competência específica.
• Deliberações: originam-se, em regra, de órgãos colegiados (conselhos, comissões, tribunais administrativos etc).
Normalmente representam a vontade majoritária de seus componentes.

b) Atos Ordinatórios: Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São
provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos servidores públicos a fim de orienta-los no desempenho
de suas atribuições.

• Instruções: ordens escritas e gerais a respeito do modo e da forma de execução de determinado serviço, expedidas por
superior hierárquico.
• Circulares: ordens escritas de caráter uniforme e de menor generalidade do que as instruções, expedidas a funcionários
que possuam determinadas atribuições ou incumbências.
• Avisos: são atos dos Ministros de Estado a respeito de assuntos ligados aos seus ministérios.
• Portarias: são atos internos pelos quais os Chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou
especiais a seus subordinados; designam servidores para funções e cargos secundários; inicia-se sindicâncias e
processos administrativos.
• Ordem de Serviço: é o meio utilizado pelos superiores para transmitir a seus subordinados a maneira de ser conduzido
certo e determinado serviço, no que tange os aspectos administrativos e técnicos. Também é utilizada para liberar o
início de obra, fornecimento ou serviço contratado pela Administração.
• Ofícios: são comunicações escritas de caráter oficial, que as autoridades trocam entre si; entre subalternos e superiores;
entre Administração e particulares.
• Despacho: é ato que contém decisão das autoridades administrativas sobre assunto, de interesse individual ou coletivo,
submetido à sua apreciação.

c) Atos Negociais: São aqueles em que se mostram coincidentes a pretensão do particular e a declaração de vontade da
Administração.

• Licença: é ato unilateral e vinculado, no qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o
desempenho de uma atividade.

15
• Permissão: é ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração faculta ao
particular a utilização privativa de um bem público.
• Autorização: é ato unilateral, discricionário e precário pelo qual é facultado ao particular o uso privativo de bem
público ou desempenho de atividade ou prática de ato que sem esse consentimento seriam ilegais.
• Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que preencha os requisitos
legais, o direito à prestação de um serviço público.
• Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle prévio ou posterior do ato administrativo.
• Homologação: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece a legalidade de um ato jurídico. Se
realiza sempre a posteriori e examina somente o aspecto da legalidade, no que se distingue da aprovação.

d) Atos Enunciativos: São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma
opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

• Certidão: documento público, resumido ou de inteiro teor, que retrata o conteúdo do ato, fato ou comportamento
certificado e que seja do conhecimento da Administração ou que esteja nos seus arquivos.
• Atestado: servem para que a Administração comprove um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus
órgãos competentes.
• Parecer: utilizados pelos órgãos consultivos da Administração para emitirem opinião sobre assuntos técnicos ou
jurídicos de sua competência.
• Apostila: utilizados para corrigir ou modificar um ato, ou parte de um ato, pré-existente.

e) Atos Punitivos: São os que contêm uma sanção, imposta pela Administração, àqueles que infringem disposições legais,
regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos.

• Multa: é a imposição pecuniária a que se sujeita o administrado a título de indenização do dano cometido na infração.
• Interdição: é a proibição pelo qual a Administração proíbe que uma pessoa pratique atos sujeitos ao seu controle ou
que incidam sobre seus bens.
• Destruição de coisas: é ato sumário pelo qual a Administração inutiliza alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos
que são nocivos ao uso ou consumo ou proibidos por lei.
• De atuação interna: são os praticados visando disciplinar seus servidores, segundo ao regime estatutário a que estão
sujeitos.

6. Extinção

a) Anulação: ocorre em virtude de sua ilegalidade. Pode ser realizada pela própria Administração (não necessitando de
provocação) ou pelo Poder Judiciário (necessita provocação), nos dois casos o efeito é retroativo (ex tunc).

b) Revogação: ocorre quando, apesar de legítimo, o ato não se mostra mais conveniente ou oportuno. Só é realizada pela
Administração, de ofício ou provocada.Seus efeitos não retroagem (ex nunc).

c) Caducidade: ocorre em virtude de norma jurídica superveniente que impede a permanência da situação anteriormente
permitida.

d) Cassação: ocorre em virtude do não cumprimento, pelo beneficiário do ato, das condições que permitiam a manutenção
dos efeitos desse ato.

7. Convalidação: É a possibilidade (discricionariedade) da Administração sanar vício existente em um ato ilegal, terá efeitos
retroativos. A convalidação só será possível quando os vícios forem sanáveis e seus efeitos não causarem lesão ao interesse
público ou a terceiros.

8. Perfeição, Validade e Eficácia: O ato é dito perfeito quando seu ciclo de formação está completo. Ciclo, é o conjunto de
requisitos de validade (CoFiFoMOb), juntamente com qualquer outro requisito necessário para a existência do ato
(Publicidade etc). Estando perfeito o ato, é possível analisar sua validade e eficácia. O ato é valido quando os elementos que
compõem seu ciclo de formação estão em conformidade com o ordenamento jurídico. O ato é eficaz quando está apto a
produzir efeitos jurídicos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

16
X. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI 8.429/92)
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de dos bens do indiciado.
mandato, cargo, emprego ou função na administração
direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Parágrafo único: A indisponibilidade a que se refere o caput
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito.
CÁPÍTULO I
Das Disposições Gerais Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer cominações desta lei até o limite do valor da herança.
agente público, servidor ou não, contra a administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da CÁPÍTULO II
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Dos Atos de Improbidade Administrativa
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou Seção I
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do Enriquecimento Ilícito
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa
lei. importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
Parágrafo único: Estão também sujeitos às penalidades cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
desta lei os atos de improbidade praticados contra o mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a decorrente das atribuições do agente público;
contribuição dos cofres públicos. II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
remuneração, por eleição, nomeação, designação, III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
mencionadas no artigo anterior. valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos,
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza,
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades;
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de
de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
trato dos assuntos que lhe são afetos. ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se- direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição
á o integral ressarcimento do dano. ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
público ou terceiro beneficiário os bens ou valores mencionadas no art. 1º desta lei;
acrescidos ao seu patrimônio. VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá do patrimônio ou à renda do agente público;
a autoridade administrativa responsável pelo inquérito
17
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de XI - liberar verba pública sem a estrita observância das
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado aplicação irregular;
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se
público, durante a atividade; enriqueça ilicitamente;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer
natureza; natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
declaração a que esteja obrigado; contratados por essas entidades.
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as
mencionadas no art. 1° desta lei. formalidades previstas na lei.
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Seção III
Prejuízo ao Erário Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que Contra os Princípios da Administração Pública
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, atenta contra os princípios da administração pública qualquer
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a notadamente:
incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do ou diverso daquele previsto, na regra de competência;
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
desta lei; ofício;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º - negar publicidade aos atos oficiais;
desta lei, sem a observância das formalidades legais ou V - frustrar a licitude de concurso público;
regulamentares aplicáveis à espécie; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente lo;
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
sem observância das formalidades legais e regulamentares mercadoria, bem ou serviço.
aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de Capítulo III
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades Das Penas
referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e
por parte delas, por preço inferior ao de mercado; administrativas, previstas na legislação específica, está o
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
bem ou serviço por preço superior ao de mercado; cominações:
VI - realizar operação financeira sem observância das I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores
normas legais e regulamentares ou aceitar garantia acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral
insuficiente ou inidônea; do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa
observância das formalidades legais ou regulamentares civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e
aplicáveis à espécie; proibição de contratar com o Poder Público ou receber
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá- benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
lo indevidamente; indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
autorizadas em lei ou regulamento; II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano,
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
público; pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos,

18
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação,
proibição de contratar com o Poder Público ou receber em despacho fundamentado, se esta não contiver as
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica não impede a representação ao Ministério Público, nos
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; termos do art. 22 desta lei.
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade
políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de determinará a imediata apuração dos fatos que, em se
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente tratando de servidores federais, será processada na forma
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao
juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da
como o proveito patrimonial obtido pelo agente. existência de procedimento administrativo para apurar a
prática de ato de improbidade.
Capítulo IV
Da Declaração de Bens Parágrafo único: O Ministério Público ou Tribunal ou
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar
condicionados à apresentação de declaração dos bens e representante para acompanhar o procedimento
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser administrativo.
arquivada no serviço de pessoal competente.
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a
semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie comissão representará ao Ministério Público ou à
de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente
exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que
patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do patrimônio público.
declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso
doméstico. § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o
disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na
data em que o agente público deixar o exercício do mandato, § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o
cargo, emprego ou função. exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações
financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço da lei e dos tratados internacionais.
público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente
público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será
do prazo determinado, ou que a prestar falsa. proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica
interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da cautelar.
declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita
Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações
Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias de que trata o caput.
atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no §
2° deste artigo. § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as
ações necessárias à complementação do ressarcimento do
Capítulo V patrimônio público.
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo
administrativa competente para que seja instaurada Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no §
investigação destinada a apurar a prática de ato de 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.
improbidade.
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena
assinada, conterá a qualificação do representante, as de nulidade.
informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das
provas de que tenha conhecimento.

19
§ 5º A propositura da Ação prevenirá a jurisdição do juízo Art. 19. Constitui crime a representação por ato de
para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.” quando o autor da denúncia o sabe inocente.
§ 6º A ação será instruída com documentos ou justificação Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
que contenham indícios suficientes da existência do ato de Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está
improbidade ou com razões fundamentadas da sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais,
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, morais ou à imagem que houver provocado.
observada a legislação vigente, inclusive as disposições
inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos
direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará sentença condenatória.
autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer
manifestação por escrito, que poderá ser instruída com Parágrafo único: A autoridade judicial ou administrativa
documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. competente poderá determinar o afastamento do agente
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz no prazo de trinta dias, prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da necessária à instrução processual.
inexistência do ato de improbidade, da improcedência da
ação ou da inadequação da via eleita. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei
independe:
§ 9º Recebida a petição inicial, será o réu citado para I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;
apresentar contestação. II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
§ 10º Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo
de instrumento. Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o
§ 11º Em qualquer fase do processo, reconhecida a Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade
inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o administrativa ou mediante representação formulada de
processo sem julgamento do mérito. acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedimento
§ 12º Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas administrativo.
nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221,
caput e § 1º, do Código de Processo Penal. Capítulo VII
Das Prescrição
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções
reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos previstas nesta lei podem ser propostas:
ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de
bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica cargo em comissão ou de função de confiança;
prejudicada pelo ilícito. II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do
Capítulo VI serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
Das Disposições Penais emprego.

XI. CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Arts. 37 ao 41 - COMENTADOS)


Artigo 37,caput
Adm. Direta: Compete a prestação de serviços públicos essenciais, indispensáveis e indelegáveis.
− Executivo: zelar, fomentar, promover e guardar bens, valores e interesses da coletividade;
− Legislativo: criar o direito objetivo, produzindo as leis;
− Judiciário: solucionar os conflitos intersubjetivos, pacificando a sociedade e distribuindo justiça;
− Ministério Público e Tribunal de Contas: fiscalizar e controlar a fiel aplicação das leis e dos recursos financeiros,
orçamentários, operacionais e patrimoniais de natureza pública.

20
Adm. Indireta: São instituições que reúnem uma característica fundamental, a de assessorar a Adm. Pública na
disponibilização de serviços de utilidade ou necessidade públicas, nas áreas de educação, finanças, pesquisas, cultura,
entretenimento etc
A elevação do princípio da Eficiência a “dogma constitucional, pela EC 19/98, não foi nenhum avanço. A Lei de Defesa
do Consumidor além de já tratar o Estado como “fornecedor” de serviços públicos, dita ,em seu art. 4º, VIII, a “racionalização
e melhoria dos serviços públicos”.

37, I
Cargo público é instituto jurídico-administrativo definido como “um lugar na administração”. Emprego público representa
a incidência de regime jurídico privado (CLT) no âmbito da Adm. Pública, pois a CF admite a presença de “celetistas” tanto na
Adm. Direta como na Indireta.
Ao tornar acessível aos “brasileiros”, que preencham os requisitos da lei, referiu-se aos “natos, naturalizados e aos
portugueses equiparados”. E o mesmo se aplica aos estrangeiros, que preencham os requisitos na “forma da lei”.
Requisitos da lei # requisitos na forma da lei
Obs: Lembremos que alguns cargos (art. 12 § 3º e art. 89,XII CF) só são acessíveis aos brasileiros natos.

37, II
Investidura: é a inserção da pessoa física no corpo da Adm. Pública e a sua fusão a parcela de Poder Público necessária ao
desempenho das atribuições do cargo.
Nomeação posse # investidura
É a lei do cargo que estabelece as condições para investidura no cargo, define suas atribuições e responsabilidades,
confere sua denominação e fixa sua remuneração.
Mantém obrigatório o concurso público de provas ou provas e títulos, salvo os cargos em “comissão” que são de livre
nomeação e exoneração.

37, III
A prorrogação do prazo é uma faculdade da Adm. (discricionário), mas se utilizada não pode ser revogada. A prorrogação
só pode ser pelo mesmo período da validade.
Validade e prorrogação convocação (nomeação)

37, IV
É facultativo a Adm. A realização de novo concurso público durante o prazo “improrrogável” do concurso anterior, porém
é obrigatório que a Adm., durante o prazo de validade, convoque os aprovados no concurso anterior antes de convocar os novos
aprovados.
Para a União não é possível a realização de novo concurso (lei 8.112/90, art. 12 § 2º).
Obs: Não existe conflito de leis porque é uma faculdade e não uma obrigação.

37, V
Com o advento da CF/88 o Nepotismo começou a ser mais fortemente coibido nos âmbitos do cargo efetivo e emprego
público e com a EC 19/98 teve-se a nova iniciativa de coibir a pratica do nepotismo nos cargos em comissão e nas funções de
confiança.

Função de confiança → natureza estratégica (direção, chefia e assessoramento)


→ exclusivamente servidores efetivos

Cargos em comissão → natureza estratégica (direção, chefia e assessoramento


→ percentual mínimo(?) servidor de carreira

37, VI
É um complemento ao art. 5º, XVII (plena liberdade de associação para fins lícitos), a exceção está no servidor militar, em
função do art. 142, IV (proibidas a sindicalização e a greve).

37, VII
É uma norma de eficácia limitada, ou seja, são aquelas que necessitam de outra norma que viabilize a produção dos efeitos
almejados.
Lei específica (maioria simples) lei complementar (maioria absoluta)
Obs: A lei ainda não foi editada.

21
37, VIII
A CF/88 é impregnada de regras de cunho social. Esse inciso determina que a reserva seja feita também nos cargos
efetivos. A grande novidade é que a reserva é de cargos e empregos e não de pessoas. É necessário haja compatibilidade entre a
função e a deficiência. O valor percentual não é definido pela CF, ficando a critério de cada Adm.
Obs: A União (Lei 8.112) estabelece percentual mínimo de 20%.

37, IX
São contratos de prestação de serviço temporário, para suprir necessidade eventual e efêmera. A simples temporalidade
de uma admissão não é causa de dispensa de processo seletivo e sempre que ocorrer a dispensa esta deverá ser motivada. A
dispensabilidade de processo seletivo, ainda que simplificado, somente se justifica quando da imprevisibilidade absoluta.
Calamidade pública (sem processo seletivo); recenseamento (processo simplificado); admissão de professor
estrangeiro(processo simplificado)
Obs: A ligação não é estatutária nem celetista, apenas contratual e o prazo de contratação é de até 180 dias, prorrogável uma única
vez por igual período.

37, X
A remuneração dos servidores e o subsídio dos membros do Poder só poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
que por sua vez só poderão ser encaminhadas pelo titular de cada Poder (Pres. Rep.; Pres. Cam. etc). A periodicidade é anual,
porém não implica em necessário aumento.

37, XI
Diz respeito ao teto remuneratório, dos agentes políticos ou administrativos, da Administração Direta dos três poderes de
todas as esferas da Federação. O valor referência passa a ser o dos Ministros do STF. Não esqueça que esse valor engloba todos os
títulos remuneratórios, ou seja, o somatório de todos os valores recebidos pelo agente (vantagens pessoais, acumulação legal etc).
As exceções são: gratificação natalina, adicional noturno, férias e indenizações.

37, XII
Vencimento (singular): retribuição pecuniária paga em razão do desempenho das atribuições correspondentes ao cargo
público.
Remuneração: é o pagamento correspondente ao vencimento, mais as vantagens pecuniárias de caráter permanente.
Vantagens: são valores pecuniários pagos ao servidor a título de indenização, gratificação ou adicionais (ajuda de custo,
diárias, gratificação natalina, adicional de insalubridade etc).
Subsídio: termo utilizado, em regra, para pagamento de agentes políticos.
Vencimentos (plural): conjunto total de valores pagos ao servidor, ou seja, vencimento mais acréscimos (cotas de
participação dos fiscais na autuação de sonegadores etc).
A regra desse inciso se refere a “vencimento” e não a “subsídio” e entre cargos assemelhados.

37, XIII
O aumento dado a uma categoria não vincula obrigatoriedade de aumento em qualquer outra categoria e o percentual de
aumentos também não está vinculado, nem entre si nem a nenhum índice, e isso vale para todas as espécies remuneratórias.

37, XIV
Coíbe o denominado efeito “cascata”, ou seja, acréscimos incidentes sobre outros acréscimos anteriores de mesma rubrica
(adicional). Por exemplo, aumento de 10% a cada 5 anos de serviço:
- após os 5 primeiros anos (salário base de R$100,00) 100,00 + 10% de 100,00 = R$110,00
- após mais 5 anos 110,00 + 10% de 100,00 = R$120,00

37, XV
Esse dispositivo funciona como limitador ao exercício do poder do Estado (plena supremacia), em face da relação jurídica
que ele mantém com seus agentes públicos. Não fosse essa garantia constitucional o servidor estaria sujeito a surpresas de redução
salarial, sem que pudesse defender seus interesses. A exceção é o teto remuneratório.
37, XVI
A regra é: vedada acumulação de cargos remunerados. Essa regra se aplica aos cargos efetivos na Administração Direta e
Indireta. As exceções exigem o preenchimento de dois requisitos, um objetivo e outro subjetivo. O objetivo por sua vez necessita
de satisfazer dois aspectos, um de ordem natural e outro de ordem jurídica.

- Natural Compatibilidade de horários


- Objetivo
Acumulação - Jurídico Espécies de cargos
- Subjetivo

22
Cargos:
a) 2 de professor;
b) 1 de professor + 1 técnico ou científico;
c) 2 de profissional de saúde, regulamentado;

Obs: Aplica-se para acumulação de agente adm. + ag. adm. e não de ag. adm. + ag. político.

37, XVII
A pretensão desse inciso é atingir as pessoas que mantenham com a Administração Pública Indireta uma relação jurídica
de prestação de serviço em caráter permanente (estatutário ou celetista), sendo seu maior objetivo evitar a burla à vedação à regra
de proibição de acumulação remunerada de cargos e empregos públicos.

37, XVIII
A precedência representa um direito de prioridade à administração fiscal perante os demais órgãos interessados no fato
administrativo. Exemplo: numa ocorrência em que são cabíveis procedimentos policiais, militares, administrativos, fiscais etc, a
primeira atividade estatal pertinente pertencerá aos agentes fiscais.

37, XIX
Esse inciso retrata que as Autarquias são “criadas” pelo Legislativo (Lei específica) e concretizadas por atos
administrativos. Enquanto que as FP. EP e as S.E.M. são “autorizadas” por Lei Específica (Legislativo) e a efetiva instituição por
Decreto do Executivo.

37, XX
Esse inciso cria impedimento constitucional para uma entidade administrativa da Administração Indireta criar outro
organismo dotado de personalidade jurídica para prestar serviços públicos em nome da Administração Direta, reforçando a idéia de
que tal criação não advém apenas de autonomia administrativa, mas sobretudo da autonomia política.

37, XXI
Ressalvadas as hipóteses de “dispensa” e “inexigibilidade” (Lei 8.666/93) – guerra externa, calamidade pública,
singularidade na produção, alta especialização, produção artística etc, sempre motivada e fundamentada - é obrigatória a aplicação
do princípio da Licitação para compras, serviços e alienações de bens pela Administração Pública (princípios da Igualdade e
Moralidade).
Obs: Não há necessária vinculação entre o processo seletivo e a efetiva celebração do contrato.

§ 1º
Serve para disciplinar o exercício da atividade administrativa, visando conferir aos seus atos a necessária e apropriada
divulgação. Mas não permitindo, ao administrador, que se utilize do princípio da Publicidade para autopromoção, ferindo com
isso o princípio da Impessoalidade.

§ 2º
A nomeação de qualquer pessoa para provimento de cargo efetivo, sem que tenha participado de concurso público,
implica em nulidade do ato de provimento e punição da autoridade responsável.

§ 3º
Em virtude do princípio da Eficiência e do controle da administração, a lei terá um conteúdo mais amplo.

§ 4º
Podemos dizer que “ímprobo” é a pessoa que age movido por más intenções ou animado por propósito malicioso, ou seja,
aquele que age em desacordo com o ordenamento normativo (moral ou jurídico). A improbidade configura atividade infracional. A
Lei 8.429/92 disciplina a responsabilização dos Atos de Improbidade Administrativa e os classifica em:

- Enriquecimento ilícito
Modalidades - Prejuízo ao erário
- Atentam contra os Princípios

- Suspensão dos direitos políticos (administrativa)


- Perda da função pública (administrativa)
Punições - Indisponibilidade dos bens (civil)
- Ressarcimento ao erário (civil)
- Ação Penal, quando crime (penal)

23
§ 5º
A lei disporá sobre os prazos de prescrição do ilícito, porém aqueles que causarem prejuízo ao erário público poderão ser
ressarcidos a qualquer tempo (imprescritível).

§ 6º
O Estado figura como parte nas relações jurídicas, sendo assim desfruta do poder de invocar direitos e fica submetido a
responder por seus atos e omissões. Propicia ao “terceiro” o direito de ressarcimento de prejuízos, por parte do Estado, cometidos
por agentes públicos (Teoria do Risco Administrativo). A indenização paga pelo Estado, aos credores, não isenta o agente,
envolvido no fato, de eventual responsabilidade (Direito de Regresso).

- Ocorrência do dano
Risco Administrativo - Ação ou omissão administrativa
- Nexo causal
- Ausência de causa excludente

- Dolo
Ação de Regresso
- Culpa

§ 7º
Essa novidade dispõe que a lei disciplinará os requisitos e as restrições aos agentes ocupantes de cargos ou funções que
lhes proporcione acesso a informações privilegiadas, tanto na Administração Direta quando na Indireta. Comumente chamada de
“Quarentena” a que ficam sujeitos, por exemplo, os ex-presidentes e ex-diretores do Banco Central, antes de retornarem à atividade
privada.

§ 8º
Diz respeito aos denominados Contratos de Gestão, que visam a implementação de “acordos” que agregam interesses
comuns das entidades da Administração Pública com o único objetivo de aumentar a eficiência na prestação de serviços.

§ 9º
Reforça o comando relativo ao teto remuneratório na Administração Pública.

§ 10
Impede que uma mesma pessoa receba dos cofres públicos, por mais de uma vez, pelo exercício de mais de um cargo,
emprego ou função na Administração, salvo nas hipóteses constitucionalmente admitidas.

Artigo 38
São destinatários da presente regra os servidores da Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas. Caso um
servidor público (federal, estadual, distrital ou municipal) for eleito para um cargo político (Executivo ou Legislativo) deverá
afastar-se de suas funções administrativas. A exceção é a Vereança, desde que ocorra compatibilidade de horário. No caso de
Prefeito, poderá o agente optar pela remuneração. Sendo Vereador poderá acumular as remunerações (compatibilidade) ou optar
(incompatibilidade).

Artigo 39
A nova redação revogou a obrigatoriedade de um regime jurídico único para os servidores civis da administração Direta,
Autarquias e fundações Públicas. A administração passa a poder contratar tanto pelo regime celetista quanto pelo estatutário.
Além disso, a União, Estados, DF e Municípios deverão ter um “conselho de política de administração e remuneração de
pessoal”, que deverá ser integrado por servidores designados pelos respectivos poderes. As EP e as SEM continuam só podendo
contratar por regime celetista.
Obs: A conduta de política, administração e remuneração não poderá fixar padrões de vencimento com diferenciações
em razão de sexo, religião, raça etc.

§ 1º
A grande diferenciação deste parágrafo passou a ser o de determinar os padrões de vencimentos e remuneração de acordo
com as características (natureza, grau de responsabilidade, complexidade, requisitos para investidura e peculariedades do cargo) e
não mais em função de atribuições iguais ou assemelhadas, do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes.

24
§ 2º
Vem coroar a elevação do Princípio da Eficiência à categoria de dogma constitucional. A qualificação dos servidores é
preocupação primordial das administrações.
Obs: Somente os municípios não possuem obrigatoriedade de manutenção de escolas de governo.

§ 3º
O objetivo da Lei é estabelecer requisitos diferenciados de admissão, quando a natureza do cargo assim o exigir (teste
psicotécnico, investigação social, provas físicas etc).

§ 4º
O subsídio trata-se de um valor fixado em parcela única, não sendo permitido o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, e sempre respeitando o Teto Remuneratório. São
obrigatórios para: agentes políticos (chefes do Executivo, senadores, deputados, vereadores, ministros de Estado, secretários
estaduais e municipais, magistrados, promotores e procuradores da Justiça etc) e para algumas carreiras (AGU, defensoria pública,
PF, PC etc). São facultativos aos servidores organizados em carreira (auditor fiscal etc), na forma da Lei.

§ 5º
Visa criar meios de harmonização e adequação na política de pagamentos nos diversos setores da Administração Pública,
permitindo que se estabeleça uma relação entre a maior e a menor remuneração.

§ 6º
Potencializa a dimensão do Princípio da Publicidade, que se associa à noção do “bom administrador” no qual está o dever
de prestar contas.

§ 7º
Este parágrafo prevê lei que regulamentará a instituição de adicionais, prêmios ou bonificações a serem pagos ao servidor
ou aplicados em projetos de melhoria de gestão (programas de qualidade e produtividade, treinamento, modernização,
reaparelhamento e racionalização). A verba destinada a isto deverá vir da economia feita na redução de custos ou aumento de
produtividade do próprio órgão ou entidade beneficiado.

§ 8º
Entenda-se que o subsídio é espécie remuneratória obrigatória para agentes políticos e facultativa para servidores de
carreira.

Artigo 40
1º) Os aposentados não sofrerão conseqüências com a reforma;
2º) Os que têm direito a aposentadoria, mas não se aposentaram, poderão optar entre a regra anterior ou a regra”de
transição” (não a regra atual);
3º) Quem já está trabalhando, mas não tem tempo de aposentadoria, terá de seguir a regra de transição;
4º) Quem ingressar na Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, após 16/12/98, terá de seguir a regra
atual.

§ 1º
Explicita as regras gerais de aposentadoria e indica os requisitos essenciais para aposentadoria de servidor público.

§ 2º
Proventos da aposentadoria ≤ remuneração do cargo efetivo.

§ 3º
Proventos da aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo efetivo.

§ 4º
Não poderá haver critérios diferenciados, salvo os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais,
definidas em Lei complementar.

§ 5º
Os requisitos de idade e tempo de contribuição serão diminuídos de 5 anos, para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e/ou no ensino fundamental e médio.

25
§ 6º
É vedada a acumulação de mais de uma aposentadoria, ressalvados as decorrentes de cargos acumuláveis
constitucionalmente.

§ 7º
Em caso de pensão por morte, tanto para o servidor da ativa quanto para o aposentado, a regra é a de receber até o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral da previdência social, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite.

§ 8º
Os proventos de aposentadoria e pensão serão revistos na mesma proporção e data dos servidores em atividade. Sendo
também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
atividade, inclusive os decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 9º
O tempo de contribuição, em qualquer das esferas, será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço para
efeito de disponibilidade.

§ 10
Não existirá nenhum tipo de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11
Aplica-se o limite do Teto Remuneratório à soma total de proventos de inatividade, inclusive os decorrentes de
acumulação de cargos ou empregos públicos.

§ 12
O regime previdenciário dos servidores públicos titulares de cargo efetivo respeitará o disposto neste artigo e, no que
couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13
Ao ocupante, exclusivo, de cargo em comissão, cargo temporário ou emprego público aplica-se o regime geral de
previdência social.

§ 14
A adoção do sistema previdenciário complementar é facultativa. As entidades mencionadas não estão obrigadas a
implantar o referido sistema.

§ 15
O disposto neste parágrafo obriga a que, se for formada a previdência complementar, uma lei complementar disponha
sobre suas normas gerais (custeio, manutenção, estrutura, fiscalização etc).

§ 16
Este parágrafo para ser aplicado depende do preenchimento de duas condições: uma objetiva e outra subjetiva. A objetiva
funciona como condição, para adoção do sistema, a existência de uma lei complementar (que já existe – LC 108/01). A subjetiva
vem expressa na regra contida no § 14, ou seja, que a entidade interessada na aplicação desse sistema deverá manifestar-se
expressamente.

§ 17
As atualizações dos valores de remuneração só poderão ser feitas na forma da lei.

§ 18
O percentual de contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime, de que trata este
artigo, e que superem o limite máximo estabelecido pelo regime geral da previdência, será igual ao estabelecido para os servidores
titulares de cargos efetivos.
§ 19
O servidor que já tenha os requisitos para aposentadoria voluntária, e que opte por permanecer na ativa, fará jus a um
abono equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria compulsória.

§ 20
É vedada a existência de mais de um regime de previdência social, para os servidores titulares de cargos efetivos, assim
como mais de uma unidade gestora em cada ente estatal, ressalvados os servidores militares.

26
Artigo 41
A estabilidade é adquirida, após três anos de efetivo exercício, pelo servidor nomeado para ocupar cargo efetivo em
virtude de concurso público.

§ 1º
Com essa nova disposição o servidor passou a ter, além das duas tradicionais, mais uma forma de perda do cargo: a)
sentença judicial, transitada em julgado; b) processo administrativo, com direito a ampla defesa e contraditório; c) mediante
procedimento de avaliação periódico de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º
No caso de invalidada a demissão, por sentença judicial, o servidor será reintegrado no cargo de origem, com direito de
receber todos os direitos do tempo que permaneceu fora do cargo. O eventual ocupante de seu cargo, se for estável, será
reconduzido ao cargo de origem ou aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, sem direito a indenização.

§ 3º
Se o cargo for extinto o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 4º
Para aquisição de estabilidade será obrigatória a avaliação do servidor, por uma comissão constituída para esta finalidade.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS (Lei 9.784/99)


Regula o processo administrativo no âmbito da razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
Administração Pública Federal. contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o observados, entre outros, os critérios de:
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a
CAPÍTULO I renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS autorização em lei;
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o III - objetividade no atendimento do interesse público,
processo administrativo no âmbito da Administração Federal vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos IV - atuação segundo padrões éticos de probidade,
direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins decoro e boa-fé;
da Administração. V - divulgação oficial dos atos administrativos,
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição
quando no desempenho de função administrativa. de obrigações, restrições e sanções em medida superior
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura público;
da Administração direta e da estrutura da Administração VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
indireta; determinarem a decisão;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de VIII – observância das formalidades essenciais à
personalidade jurídica; garantia dos direitos dos administrados;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de IX - adoção de formas simples, suficientes para
poder de decisão. propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre direitos dos administrados;
outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,

27
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
de alegações finais, à produção de provas e à interposição de eventuais falhas.
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão
situações de litígio; elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, que importem pretensões equivalentes.
ressalvadas as previstas em lei; Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos,
sem prejuízo da atuação dos interessados; poderão ser formulados em um único requerimento, salvo
XIII - interpretação da norma administrativa da forma preceito legal em contrário.
que melhor garanta o atendimento do fim público a que se
dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
CAPÍTULO II Art. 9o São legitimados como interessados no processo
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS administrativo:
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como
perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício
sejam assegurados: do direito de representação;
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a
e o cumprimento de suas obrigações; ser adotada;
II - ter ciência da tramitação dos processos III - as organizações e associações representativas, no
administrativos em que tenha a condição de interessado, ter tocante a direitos e interesses coletivos;
vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e IV - as pessoas ou as associações legalmente
conhecer as decisões proferidas; constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.
III - formular alegações e apresentar documentos antes Art. 10. São capazes, para fins de processo
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada
competente; previsão especial em ato normativo próprio.
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,
salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
CAPÍTULO III Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,
Art. 4o São deveres do administrado perante a salvo os casos de delegação e avocação legalmente
Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato admitidos.
normativo: Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão,
I - expor os fatos conforme a verdade; se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não
III - não agir de modo temerário; lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
colaborar para o esclarecimento dos fatos. social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
CAPÍTULO IV aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados
DO INÍCIO DO PROCESSO aos respectivos presidentes.
Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
ofício ou a pedido de interessado. I - a edição de atos de caráter normativo;
Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo II - a decisão de recursos administrativos;
casos em que for admitida solicitação oral, deve ser III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
formulado por escrito e conter os seguintes dados: autoridade.
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser
II - identificação do interessado ou de quem o publicados no meio oficial.
represente; § 1o O ato de delegação especificará as matérias e
III - domicílio do requerente ou local para recebimento poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a
de comunicações; duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
de seus fundamentos; § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
V - data e assinatura do requerente ou de seu pela autoridade delegante.
representante. § 3o As decisões adotadas por delegação devem
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
imotivada de recebimento de documentos, devendo o editadas pelo delegado.

28
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por administrados que dele participem devem ser praticados no
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
temporária de competência atribuída a órgão Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser
hierarquicamente inferior. dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se
divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o
quando conveniente, a unidade fundacional competente em interessado se outro for o local de realização.
matéria de interesse especial.
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o CAPÍTULO IX
processo administrativo deverá ser iniciado perante a DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
autoridade de menor grau hierárquico para decidir. Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o
processo administrativo determinará a intimação do
CAPÍTULO VII interessado para ciência de decisão ou a efetivação de
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO diligências.
Art. 18. É impedido de atuar em processo § 1o A intimação deverá conter:
administrativo o servidor ou autoridade que: I - identificação do intimado e nome do órgão ou
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; entidade administrativa;
II - tenha participado ou venha a participar como perito, II - finalidade da intimação;
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem III - data, hora e local em que deve comparecer;
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou
terceiro grau; fazer-se representar;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente V - informação da continuidade do processo
com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. independentemente do seu comparecimento;
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em VI - indicação dos fatos e fundamentos legais
impedimento deve comunicar o fato à autoridade pertinentes.
competente, abstendo-se de atuar. § 2o A intimação observará a antecedência mínima de
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o três dias úteis quanto à data de comparecimento.
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou processo, por via postal com aviso de recebimento, por
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, interessado.
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. § 4o No caso de interessados indeterminados,
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação
poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem
CAPÍTULO VIII observância das prescrições legais, mas o comparecimento
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO do administrado supre sua falta ou irregularidade.
PROCESSO Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o
Art. 22. Os atos do processo administrativo não reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
dependem de forma determinada senão quando a lei direito pelo administrado.
expressamente a exigir. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por garantido direito de ampla defesa ao interessado.
escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do
e a assinatura da autoridade responsável. processo que resultem para o interessado em imposição de
§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
somente será exigido quando houver dúvida de atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
autenticidade.
§ 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia CAPÍTULO X
poderá ser feita pelo órgão administrativo. DA INSTRUÇÃO
§ 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas Art. 29. As atividades de instrução destinadas a
seqüencialmente e rubricadas. averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos
qual tramitar o processo. interessados de propor atuações probatórias.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário § 1o O órgão competente para a instrução fará constar
normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o dos autos os dados necessários à decisão do processo.
curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos
ou à Administração. interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do estes.
órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos

29
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a
as provas obtidas por meios ilícitos. decisão.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos
de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de
despacho motivado, abrir período de consulta pública para pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela
manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não Administração para a respectiva apresentação implicará
houver prejuízo para a parte interessada. arquivamento do processo.
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou
divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias
ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
para oferecimento de alegações escritas. Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um
§ 2o O comparecimento à consulta pública não confere, órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo
por si, a condição de interessado do processo, mas confere o máximo de quinze dias, salvo norma especial ou
direito de obter da Administração resposta fundamentada, comprovada necessidade de maior prazo.
que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de
iguais. ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der
autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser causa ao atraso.
realizada audiência pública para debates sobre a matéria do § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar
processo. de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no
participação de administrados, diretamente ou por meio de atendimento.
organizações e associações legalmente reconhecidas. Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos
de outros meios de participação de administrados deverão ser administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo
apresentados com a indicação do procedimento adotado. assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação
audiência de outros órgãos ou entidades administrativas e capacidade técnica equivalentes.
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o
de titulares ou representantes dos órgãos competentes, direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo
lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. se outro prazo for legalmente fixado.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração
alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão Pública poderá motivadamente adotar providências
competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
Lei. Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e
dados estão registrados em documentos existentes na própria documentos que o integram, ressalvados os dados e
Administração responsável pelo processo ou em outro órgão documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito
administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, à privacidade, à honra e à imagem.
de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas Art. 47. O órgão de instrução que não for competente
cópias. para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e
da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, formulará proposta de decisão, objetivamente justificada,
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações encaminhando o processo à autoridade competente.
referentes à matéria objeto do processo.
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados CAPÍTULO XI
na motivação do relatório e da decisão. DO DEVER DE DECIDIR
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente
fundamentada, as provas propostas pelos interessados emitir decisão nos processos administrativos e sobre
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
protelatórias. Art. 49. Concluída a instrução de processo
Art. 39. Quando for necessária a prestação de administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta
informações ou a apresentação de provas pelos interessados dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, expressamente motivada.
mencionando-se data, prazo, forma e condições de
atendimento. CAPÍTULO XII
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, DA MOTIVAÇÃO
poderá o órgão competente, se entender relevante a matéria,

30
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, § 2o Considera-se exercício do direito de anular
com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, qualquer medida de autoridade administrativa que importe
quando: impugnação à validade do ato.
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
sanções; terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
III - decidam processos administrativos de concurso ou ser convalidados pela própria Administração.
seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de CAPÍTULO XV
processo licitatório; DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
V - decidam recursos administrativos; Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em
VI - decorram de reexame de ofício; face de razões de legalidade e de mérito.
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias,
relatórios oficiais; o encaminhará à autoridade superior.
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso
convalidação de ato administrativo. administrativo independe de caução.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, § 3o Se o recorrente alegar que a decisão
podendo consistir em declaração de concordância com administrativa contraria enunciado da súmula vinculante,
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a
ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou
pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela
fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito Lei nº 11.417, de 2006).
ou garantia dos interessados. Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e por três instâncias administrativas, salvo disposição legal
comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou diversa.
de termo escrito. Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso
administrativo:
CAPÍTULO XIII I - os titulares de direitos e interesses que forem parte
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE no processo;
EXTINÇÃO DO PROCESSO II - aqueles cujos direitos ou interesses forem
Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação indiretamente afetados pela decisão recorrida;
escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado III - as organizações e associações representativas, no
ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. tocante a direitos e interesses coletivos;
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou
renúncia atinge somente quem a tenha formulado. interesses difusos.
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias
conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do o prazo para interposição de recurso administrativo, contado
processo, se a Administração considerar que o interesse a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
público assim o exige. § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de
processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão
decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato competente.
superveniente. § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá
ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.
CAPÍTULO XIV Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá- convenientes.
los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso
os direitos adquiridos. não tem efeito suspensivo.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de
foram praticados, salvo comprovada má-fé. ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para
de decadência contar-se-á da percepção do primeiro dele conhecer deverá intimar os demais interessados para
pagamento. que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.

31
Art. 63. O recurso não será conhecido quando relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
interposto: aplicada.
I - fora do prazo; Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
II - perante órgão incompetente; resultar agravamento da sanção.
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa. CAPÍTULO XVI
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao DOS PRAZOS
recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da
prazo para recurso. cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a começo e incluindo-se o do vencimento.
Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia
ocorrida preclusão administrativa. útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua contínuo.
competência. § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia
artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o
deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes último dia do mês.
da decisão. Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o
recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou CAPÍTULO XVII
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela DAS SANÇÕES
Lei nº 11.417, de 2006). Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em
reclamação fundada em violação de enunciado da súmula obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o
vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão direito de defesa.
competente para o julgamento do recurso, que deverão
adequar as futuras decisões administrativas em casos CAPÍTULO XVIII
semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº Art. 69. Os processos administrativos específicos
11.417, de 2006). continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua
de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias publicação.

32
5) A distribuição interna de competências administrativas
EXERCÍCIOS DE ORG. ADM. PÚB. entre os diversos órgãos que integram a estrutura de um
dos entes estatais denomina-se:
1) Sobre as entidades da Administração Pública Indireta, a) desconcentração;
analise as afirmativas: b) descentralização;
I. A empresa pública será criada, mediante autorização c) desmembramento;
do Poder Legislativo, para desempenhar atividade d) desdobramento;
considerada típica do Estado. e) especialização.
II. As entidades da Administração Indireta estão sujeitas
ao controle hierárquico próprio do ente estatal a que 6) Na Administração Pública, a vontade do Estado
estão vinculadas. exterioriza-se através dos agentes públicos que atuam
III. A empresa pública integra a Administração Indireta e em seus órgãos. Essa distribuição interna de
tem personalidade jurídica de Direito Privado. competência entre diversos órgãos que integram a
É/são verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s): estrutura da Administração denomina-se:
a) I; a) desconcentração administrativa;
b) II; b) descentralização administrativa;
c) III; c) parcerias administrativas;
d) I e III; d) administração indireta;
e) nenhuma. e) delegação.

2) Sobre a noção de Administração Pública, analise as 7) A agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos
afirmativas a seguir: Delegados do Estado de Mato Grosso _ AGER/MT
I. A função administrativa do Estado será organiza-se na forma de:
desempenhada por órgãos e agentes de todos os a) empresa pública;
poderes, ainda que predominantemente pelo Poder b) sociedade de economia mista;
Executivo. c) autarquia;
II. No sentido material, considera-se Administração d) fundação pública;
Pública o desempenho da função administrativa, e) órgão público.
como por exemplo, a gestão de bens e de serviços
públicos. 8) Com relação aos órgãos públicos, analise as afirmativas:
III. Através da desconcentração administrativa é possível I. Os órgãos públicos classificados como independentes
atribuir a particulares, por ato administrativo, ou por podem ter personalidade jurídica própria.
contrato, a execução de serviços públicos. II. A doutrina e a jurisprudência reconhecem que alguns
São verdadeiras somente as afirmativas: órgãos públicos têm capacidade processual para
a) I e II; impetrar mandado de segurança.
b) I e III; III. De acordo com a classificação dos órgãos públicos
c) II e III; quanto a sua posição estatal, adotada por Hely Lopes
d) I, II e III; Meirelles, as Secretarias de Estado são consideradas
e) nenhuma. órgãos autônomos.
São verdadeiras somente as afirmativas:
3) De acordo com a classificação que divide os órgãos a) I e II
públicos conforme a sua posição estatal, as Secretarias b) I e III
de Estado são consideradas órgãos: c) II e III
a) independentes; d) I, II e III
b) colegiados; e) nenhuma
c) autônomos;
d) superiores; 9) Com relação às entidades da Administração Indireta,
e) coletivos. assinale a alternativa INCORRETA:
a) Os bens pertencentes às autarquias são considerados
4) A entidade da Administração Indireta, com bens públicos.
personalidade jurídica de direito privado, capital b) A sociedade de economia mista e a empresa pública
exclusivamente público, criada para desempenhar podem se submeter a procedimentos especiais de
atividades econômicas de interesse do Estado ou para licitação diferentes daqueles adotados para a
prestar serviços públicos, denomina-se: Administração Direta.
a) autarquia; c) As autarquias são criadas por lei.
b) fundação pública; d) A empresa pública, como pessoa jurídica de direito
c) sociedade de economia mista; privado, necessariamente vai se organizar na forma de
d) empresa pública; sociedade anônima.
e) agência executiva.

33
e) De acordo com o conceito previsto na Constituição do c) III
Estado do Rio de Janeiro, as fundações públicas são d) I e II
pessoas jurídicas de direito privado. e) II e III

10) A Administração Pública pode descentralizar suas 7) De acordo com a classificação tradicional dos agentes
atividades, criando pessoas jurídicas que integrarão a públicos, os servidores públicos são considerados
Administração Indireta. Uma das entidades da agentes:
Administração Indireta será criada por lei para a) honoríficos;
desempenhar atividades consideradas típicas do Estado. b) administrativos;
Trata-se da seguinte entidade: c) políticos;
a) autarquia; d) delegados;
b) empresa pública; e) credenciados.
c) sociedade de economia mista;
d) fundação pública;
e) órgão público.
EXERCÍCIOS DE PRINCÍPIOS

1) A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao tratar


EXERCÍCIOS DE ORG. ADM. / AG. PUB. do Poder de Polícia, afirma: “o poder de polícia não
deve ir além do necessário para satisfação do interesse
1) O DPF integra o governo federal e, portanto, os público que visa proteger; a sua finalidade não é destruir
ocupantes de cargos comissionados nele lotados são os direitos individuais, mas, ao contrário, assegurar o
considerados agentes políticos. seu exercício, condicionando-o ao bem estar social; só
poderá reduzi-los quando em conflito com interesses
Acerca do Direito Administrativo, julgue os itens a seguir: maiores da coletividade e na medida estritamente
2) Os empregados de empresas públicas federais não necessária à consecução dos fins estatais.” O texto se
ocupam cargo público refere ao seguinte princípio, aplicável aos atos de poder
de polícia:
3) Os agentes de polícia federal ocupam cargos públicos e a) legalidade;
exercem funções definidas em lei. Contudo, ao contrário b) moralidade;
dos ministros de Estado, juízes e promotores de justiça, c) impessoalidade;
eles são agentes públicos e não agentes políticos. d) proporcionalidade;
e) segurança jurídica.
4) Entende-se por agentes públicos, para os fins legais,
além dos servidores investidos em cargos ou empregos, 2) Com relação aos princípios aplicáveis à Administração
também aqueles que, transitoriamente, com ou sem Pública, analise as afirmativas a seguir:
remuneração, exerçam funções em entidades da I. O princípio da motivação somente é exigido para as
administração direta ou indireta decisões administrativas dos tribunais.
II. A lesão ao princípio da moralidade administrativa
5) De acordo com a classificação dos agentes públicos em justifica a propositura da ação popular.
razão das suas atribuições e responsabilidades, os III. Como regra, o princípio da segurança jurídica veda,
servidores públicos são considerados agentes: nos processos administrativos, a aplicação retroativa
a) honoríficos; por parte da Administração Pública de nova
b) políticos; interpretação.
c) credenciados; A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
d) administrativos; a) I e II
e) delegados. b) I e III
c) II e III
6) Com relação aos agentes públicos, analise as d) I, II e III
afirmativas: e) III
I. Os agentes políticos, como regra, não se submetem ao
mesmo regime jurídico aplicado aos servidores 3) O princípio que tem por propósito aferir a
públicos. compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a
II. Os mesários do serviço eleitoral são considerados evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da
agentes políticos. Administração Publica, com lesão aos direitos
III. O ocupante de cargo público comissionado não é fundamentais, recebe a denominação de:
considerado agente público. a) razoabilidade;
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: b) moralidade;
a) I c) legalidade;
b) II d) impessoalidade;

34
e) eficiência. ( ) prestigia o entendimento do homem médio
( ) preocupa-se com a governabilidade
4) “O conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina ( ) relaciona-se com os costumes
interior da Administração“. O conceito de ”Maurice ( ) interessa-se pelo permanente atendimento do bem comum
Hauriou, citado por quase todos os doutrinadores de
Direito Administrativo, refere-se ao seguinte princípio a) 4/1/5/2/3
da Administração Pública: b) 5/2/4/1/3
a) impessoalidade; c) 3/2/5/1/4
b) moralidade; d) 5/3/4/2/1
c) legalidade; e) 1/2/3/5/4
d) razoabilidade;
e) proporcionalidade. 10) Entre os seguintes princípios constitucionais da
Administração Pública, assinale aquele que é mais
5) Assinale a alternativa que NÃO indica um dos diretamente vinculado aos costumes, reconhecidos
princípios constitucionais aplicáveis à Administração também como fonte de Direito:
Pública: a) moralidade
a) legalidade; b) eficiência
b) impessoalidade; c) publicidade
c) liberdade das formas; d) legalidade
d) publicidade; e) impessoalidade
e) eficiência.
11) O princípio constitucional da legalidade significa:
6) O princípio básico que objetiva aferir a compatibilidade a) que tudo que não estiver proibido por lei é lícito ao
entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições administrador público fazer.
desnecessárias ou abusivas por parte da Administração b) que os atos praticados pelos servidores públicos devem
Pública, com lesões aos direitos fundamentais, estar de acordo com o que estabelece a lei.
denomina-se c) que, se determinada tarefa operacional não estiver
a) motivação. especificamente descrita em lei, o servidor não deve
b) razoabilidade. fazê-la, ainda que se inclua no rol geral de suas
c) impessoalidade. atribuições.
d) coercibilidade. d) que todos os atos dos servidores públicos devem ser
e) imperatividade. públicos.
e) que o servidor público não deve agir de modo
7) O regime jurídico-administrativo abrange diversos impessoal.
princípios. Entre os princípios abaixo, assinale aquele
que se vincula à limitação da discricionariedade 12) Entre os princípios básicos da Administração Pública,
administrativa. conquanto todos devam ser observados em conjunto, o
a) impessoalidade que se aplica, particular e apropriadamente, à exigência
b) presunção de legitimidade de o administrador, ao realizar uma obra pública,
c) razoabilidade autorizada por lei, mediante procedimento licitatório, na
d) hierarquia modalidade de menor preço global, no exercício do seu
e) segurança jurídica poder discricionário, ao escolher determinados fatores,
dever orientar-se para o de melhor atendimento do
8) O mais recente princípio constitucional da interesse público, seria o da:
Administração Pública, introduzido pela Emenda a) eficiência
Constitucional no 19/98, é o da: b) impessoalidade
a) razoabilidade c) legalidade
b) impessoalidade d) moralidade
c) motivação e) publicidade
d) legalidade
e) eficiência 13) A Constituição Federal, no seu art. 37, impõe à
Administração Pública, direta e indireta, a
9) Correlacione as duas colunas, quanto aos princípios da obrigatoriedade de obediência a vários princípios
Administração Pública, e aponte a ordem correta.: básicos, mas entre os quais não se inclui a observância
1- Razoabilidade da:
2- Moralidade a) eficiência.
3- Finalidade b) imprescritibilidade.
4- Economicidade c) impessoalidade.
5- Eficiência d) legalidade.
( ) avalia a relação custo/benefício e) moralidade.

35
d) Modalidade administrativa, embora previsto de forma
14) No que tange aos princípios da Administração Pública, individualizada na Constituição Federal, somente é
considere: aplicável à Administração Pública quando o ato
I. Os atos e provimentos administrativos são imputáveis praticado revestir-se de ilegalidade.
não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou e) Eficiência autoriza a mitigação do princípio da
entidade da Administração Pública, que é o autor legalidade sempre que houver necessidade de privilegiar
institucional do ato. o alcance de melhores resultados na prestação de
II. A Constituição Federal exige, como condição para a serviços públicos.
aquisição da estabilidade, a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa 18) A busca pela obtenção da qualidade total da prestação
finalidade. do serviço administrativo, com a criação de
As proposições citadas referem-se, respectivamente, aos organogramas destacando as funções gerenciais e
princípios da: estabelecendo as exatas competências de cada servidor
a) impessoalidade e eficiência. administrativo, denota o princípio administrativo:
b) hierarquia e finalidade pública. a) da publicidade;
c) impessoalidade e moralidade. b) da oportunidade;
d) razoabilidade e eficiência. c) da moralidade;
e) eficiência e impessoalidade. d) da eficiência;
e) da impessoalidade.
15) No que se refere aos princípios Administrativos,
considere: 19) O princípio aplicável para a Administração Pública e
I. Como condição para a aquisição da estabilidade, é que tem por finalidade verificar a compatibilidade entre
obrigatória a avaliação especial de desempenho por os meios e os fins, evitando restrições desnecessárias a
comissão instituída para essa finalidade. direitos, denomina-se:
II. A Administração Pública, no exercício de faculdades a) legalidade;
discricionárias, deve atuar em plena conformidade b) impessoalidade;
com critérios racionais, sensatos e coerentes, c) moralidade;
fundamentados nas concepções sociais dominantes. d) razoabilidade;
As proposições I e II dizem respeito, respectivamente, aos e) eficiência.
princípios da:
a) Eficiência e Razoabilidade. 20) São Princípios Administrativos expressos no caput do
b) Moralidade e Eficiência. art. 37 da Constituição Federal de 1988:
c) Eficiência e Impessoalidade. a) legalidade, impessoalidade, isonomia e finalidade;
d) Imperatividade e razoabilidade. b) oportunidade, conveniência, publicidade e
e) Publicidade e Motivação. razoabilidade;
c) moralidade, proporcionalidade, integralidade e
16) O princípios que exige objetividade no atendimento do realidade;
interesse público, vedando a promoção pessoal de d) poder de polícia, adequação, eficiência, conveniência e
agentes ou autoridades; e aquele que impõe a todo oportunidade;
agente público a realização a realização de suas e) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
atribuições com presteza, perfeição e rendimento eficiência
funcional denominam-se, respectivamente:
a) Impessoalidade e eficiência.
b) Publicidade e impessoalidade.
c) Impessoalidade e moralidade. EXERCÍCIOS DE PODERES e DEVERES
d) Eficiência e legalidade.
e) Publicidade e eficiência.
1) Lúcia foi exonerada do cargo que ocupava na
17) Em relação aos princípios constitucionais aplicáveis à administração direta federal por ter sido reprovada no
Administração Pública é correto afirmar que o princípio estágio probatório. O ato de exoneração de Lúcia não
da: constitui exercício de poder administrativo disciplinar.
a) Supremacia do interesse público é hierarquicamente
superior aos demais, devendo ser aplicado sempre que 2) Sobre o poder de polícia, analise as afirmativas a seguir:
houver embate entre direito público e direito privado. I. O poder de polícia não se confunde com a polícia
b) Publicidade dispensa publicação no Diário Oficial do judiciária. A polícia administrativa tem finalidade
Estado, desde que o particular interessado tenha sido preventiva e a policia judiciária atua de forma
notificado sobre o ato administrativo que lhe seja repressiva.
pertinente. II. Todos os entes estatais são competentes para exercer
c) Autotutela abrange a faculdade que possui a o poder de polícia sobre as atividades submetidas ao
Administração Pública de rever seus próprios atos. seu controle.

36
III. A licença é exemplo de ato administrativo que pode III. O poder de polícia pode ser exercido no âmbito de
refletir o exercício do poder de polícia. cada ente estatal de acordo com suas atribuições
São verdadeiras somente as afirmativas: constitucionais.
a) I e II; A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
b) I e III; a) I e II
c) II e III; b) I e III
d) I, II e III; c) II e III
e) nenhuma. d) I, II e III
e) III
3) Em razão do poder hierárquico existente no âmbito da
Administração Pública, analise as afirmativas: 7) Com relação aos serviços públicos, analise as
I. Uma autoridade pode controlar o mérito e a legalidade afirmativas a seguir:
dos atos praticados por seus subordinados. I. Os serviços públicos individuais obrigatórios são
II. Haverá hierarquia no Poder Judiciário e no Poder remunerados por tarifa, sempre fixada pelo Poder
Legislativo quando eles estiverem desempenhando a Público.
função administrativa. II. Atualmente não existem distinções entre permissão e
III. Um agente público pode deixar de cumprir a ordem concessão de serviço público.
de seu superior hierárquico quando constatar que a III. A concessão de serviço público só pode ser
mesma é manifestamente ilegal. formalizada com pessoas jurídicas ou consórcio de
São verdadeiras somente as afirmativas: empresas.
a) I e II; A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
b) I e III; a) I
c) II e III; b) II
d) I, II e III; c) III
e) nenhuma. d) I e II
e) II e III
4) Um dos tributos que podem ser cobrados no Brasil tem
como fato gerador o exercício do poder de polícia. 8) Com relação à Administração Pública e ao poder de
Assinale a alternativa que indica essa modalidade polícia, analise as afirmativas a seguir:
tributária: I. O Poder Judiciário e o Poder Legislativo não exercem
a) imposto; atividades administrativas.
b) contribuição de melhoria; II. A Administração Pública, em razão do poder de
c) taxa; polícia, pode aplicar punições aos particulares que não
d) pedágio; observam os limites de atuação definidos pelo
e) preço público. legislador.
III. Como regra, os atos praticados pela Administração
5) Sobre os poderes administrativos, analise as afirmativas Pública têm o atributo da imperatividade.
a seguir: A (s) afirmativa (s) correta (s) é/são somente:
I. No exercício do poder de polícia a Administração a) I
Pública, em princípio, pode lançar mão do atributo da b) I e II
autoexecutoriedade. c) I e III
II. Através do poder regulamentar, o chefe do Poder d) II e III
Executivo vai explicar o conteúdo de uma lei e) I, II e III
viabilizando a sua aplicação.
III. No exercício do poder hierárquico, uma autoridade 9) Em relação à hierarquia na atividade administrativa do
pode controlar os atos praticados por seus Estado, analise as afirmativas a seguir:
subordinados no aspecto de mérito e de legalidade. I. Não existe hierarquia no Poder Judiciário e no Poder
São verdadeiras somente as afirmativas: Legislativo, quando eles desempenham suas funções
a) I e II; típicas.
b) I e III; II. Uma autoridade pode controlar a legalidade e o mérito
c) II e III; dos atos praticados por agentes públicos a ela
d) I, II e III; subordinados.
e) nenhuma. III. Um agente público pode deixar de cumprir a ordem
manifestamente ilegal emanada de seu superior
6) Com relação ao poder de polícia, analise as afirmativas hierárquico.
a seguir enumeradas: As afirmativas verdadeiras são somente:
I. Uma das características do poder de polícia é a a) I e II
autoexecutoriedade. b) I e III
II. A licença é ato discricionário que reflete o exercício c) II e III
do poder de polícia. d) I, II e III

37
e) nenhuma 12) Com relação ao poder de polícia, analise as seguintes
afirmativas:
10) Com relação ao poder hierárquico, analise as seguintes I. O poder de polícia permite ao Estado limitar o
afirmativas: exercício de direitos individuais em nome do interesse
I. Uma autoridade administrativa só pode rever os atos público.
de seus subordinados no aspecto de legalidade, não II. Os atos do poder de polícia têm como característica a
podendo invadir o mérito do ato. auto-executoriedade.
II. Uma autoridade pode avocar competências de seus III. O Estado pode aplicar aos administrados punições
subordinados, assumindo a responsabilidade por administrativas em razão da não observância de atos
determinados atos. relativos ao poder de polícia.
III. Um agente público pode deixar de cumprir a ordem As afirmativas verdadeiras são somente:
manifestamente ilegal de seu superior hierárquico. a) I e II
A (s) afirmativa (s) correta (s) é/são somente: b) I e III
a) I c) I , II e III
b) I e II d) II e III
c) I e III e) nenhuma
d) I, II e III
e) II e III 13) Hierarquia, segundo leciona José dos Santos Carvalho
Filho, “é o escalonamento em plano vertical dos órgãos
11) De acordo com o ensinamento de Marcelo Caetano, o e agentes da Administração, que tem como objetivo a
Poder de Polícia “é o modo de atuar da autoridade organização da função administrativa”: Do sistema
administrativa que consiste em intervir no exercício das hierárquico decorrem alguns efeitos específicos. Acerca
atividades individuais suscetíveis de fazer perigar do tema, aprecie as proposições abaixo:
interesses gerais, tendo por objetivo evitar que se I. Constitui decorrência da hierarquia o poder de revisão
produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais dos atos praticados por agente de nível hierárquico
que a lei procura prevenir”. Sobre o tema destacado, inferior, havendo o dever de anulá-los se maculados
aprecie as seguintes proposições: por vício de ilegalidade.
I. O exercício do Poder de Polícia pode expressar-se II. Derivam do escalonamento hierárquico a delegação e
através de consentimentos dispensados aos indivíduos a avocação, podendo-se definir delegação como a
interessados em exercer determinada atividade, do transferência de atribuições de um órgão a outro no
que são exemplos as licenças e as autorizações aparelho administrativo.
administrativas. III. A hierarquia é cabível apenas no âmbito da função
II. A competência para exercer o Poder de Polícia é, em administrativa, não se podendo, contudo, restringi-la
princípio, da pessoa federativa à qual a Constituição ao Poder Executivo.
Federal conferiu o poder de regular a matéria. IV. O poder de comando dos agentes hierarquicamente
III. No exercício da atividade de polícia, a Administração superiores encontra correspondência no dever de
pode editar atos normativos e atos concretos, estes obediência por parte dos agentes hierarquicamente
direcionados a indivíduos plenamente identificados, inferiores, cabendo-lhes executar as tarefas em
como são, por exemplo, os atos sancionatórios, como conformidade com as determinações recebidas, desde
a multa. que não sejam manifestamente ilegais.
IV. Nos termos do parágrafo único do art. 78 do Código V. A disciplina funcional resulta do sistema hierárquico,
Tributário Nacional, considera-se regular o exercício cabendo ao agente hierarquicamente superior, de
do Poder de Polícia quando desempenhado pelo órgão ofício e a despeito de prévio processo em que haja
competente nos limites da lei aplicável, com contraditório, a aplicação das sanções legalmente
observância do processo legal e, tratando-se de cominadas ao agente que lhe é subordinado.
atividade que a lei tenha como discricionária, sem Julgando as assertivas apresentadas, assinale:
abuso ou desvio de poder. a) se as cinco estiverem corretas;
V. A aplicação de multa, a inutilização de bens privados, b) se quatro estiverem corretas;
a interdição de atividades e o embargo de obra c) se três estiverem corretas;
constituem exemplos de sanções de polícia, d) se duas estiverem corretas;
espelhando atividade administrativa decorrente do e) se uma estiver correta.
poder de polícia.
Julgando as assertivas apresentadas, assinale: 14) Acerca do poder de polícia, pode-se afirmar que:
a) se uma estiver correta; a) o poder de polícia que o Estado exerce pode incidir em
b) se duas estiverem corretas; duas áreas de atuação estatal, quais sejam, a
c) se três estiverem corretas; administrativa e a judiciária, sendo certo que a atividade
d) se quatro estiverem corretas; de polícia judiciária reveste-se de caráter preventivo, ao
e) se cinco estiverem corretas. passo que a atividade de polícia administrativa possui
caráter predominantemente repressivo;

38
b) o poder de polícia é exercido por meio de atividades I. Não se aplica mais a responsabilidade subjetiva
concretas como as de polícia judiciária e administrativa, do Estado, mas tão somente a responsabilidade
eis porque atos de cunho normativo como decretos, objetiva com fundamento na teoria do risco
resoluções e portarias não são aptos ao exercício deste administrativo.
poder; II. A culpa administrativa, também chamada de
c) no ordenamento jurídico pátrio compete privativamente culpa anônima, prevê a responsabilidade do
às polícias civis o exercício da função de polícia Estado independentemente da identificação do
judiciária; agente causador do dano.
d) são características em regra verificadas no exercício do III. As empresas públicas e sociedades de economia
poder de polícia a coercibilidade e a autoexecutoriedade; mista criadas para desempenho de atividade
e) as medidas de polícia, dado seu caráter especial, não econômica ou para prestação de serviços públicos
estão, em princípio, sujeitas às limitações impostas pela responderão objetivamente pelos danos causados
lei relativamente aos demais atos administrativos no que por seus agentes, na forma prevista na
concerne à forma, ao objeto, aos fins e aos motivos. Constituição.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
a) I
b) II
EXERCÍCIOS DE RESPONSABILIDADE c) III
d) I e II
1) Levando-se em consideração a teoria do risco e) II e III
administrativo, usada para disciplinar a responsabilidade
patrimonial do Estado, analise as afirmativas a seguir: 4) Sobre a responsabilidade do Estado, analise as
I. A responsabilidade do Estado é subjetiva, estando afirmativas a seguir:
condicionada a demonstração de culpa ou dolo do I. A culpa concorrente da vítima, de acordo com as
agente público. regras atuais, exclui a responsabilidade do Estado.
II. A culpa exclusiva e a concorrente da vítima são II. Aplica-se a teoria do risco administrativo para definir
causas excludentes da responsabilidade do Estado. a responsabilidade do Estado por dano resultante da
III. As autarquias estão sujeitas a normas constitucionais atividade administrativa desenvolvida pelo Poder
relativas à responsabilidade patrimonial do Estado. Judiciário.
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: III. A ação indenizatória contra o Estado é imprescritível.
a) I; É/são verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s):
b) II; a) I;
c) III; b) II;
d) I e III; c) III;
e) II e III. d) I e II;
e) I e III.
2) Em relação aos diversos tipos de responsabilidade do
servidor público, analise as afirmativas a seguir: 5) Com relação aos diversos tipos de responsabilidade do
I. A sentença penal absolutória que concluir pela servidor, não È correto afirmar que:
insuficiência de provas não afasta a responsabilidade a) a sentença penal absolutória que conclui pela
civil do servidor, mas impede a sua punição inexistência do fato ou pela negativa de autoria exclui a
administrativa. responsabilidade administrativa do servidor;
II. A lei expressamente prevê que o servidor público b) a responsabilidade civil do servidor público È subjetiva,
somente responderá civilmente perante o Estado. Não dependendo da comprovação de sua culpa ou dolo;
se admite propositura de ação indenizatória c) a responsabilidade administrativa do servidor público
diretamente contra o servidor público. federal não pode ser apurada mediante sindicância;
III. A instauração de processo administrativo disciplinar d) a sentença penal absolutória com fundamento na falta de
poderá ser dispensada se a autoridade competente prova não interfere na apuração da responsabilidade
para punir presenciar a prática da infração. administrativa do servidor;
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: e) a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores
a) I; e contra eles ser· executada, mas somente até o limite do
b) II; valor da herança recebida.
c) III;
d) I e II;
e) nenhuma.
EXERCÍCIOS DE ATOS ADM.
3) A respeito das regras atuais aplicáveis à
responsabilidade patrimonial do Estado, analise as 1) O Prefeito Municipal de São Tomé baixa Decreto
afirmativas a seguir: declarando um imóvel urbano de utilidade pública, para
fins de desapropriação, para a construção de uma escola

39
pública, por necessidade de vagas na rede municipal de 8) A auto-executoriedade dos atos administrativos consiste
ensino. Identifique os elementos desse ato, na possibilidade de os mesmos serem imediata e
correlacionando as duas colunas e assinale a opção diretamente executados pela própria Administração,
correspondente. independentemente de ordem judicial.
1 – Prefeito Municipal
2 – Decreto 9) O ato administrativo que resulta da manifestação de dois
3 – Interesse Público ou mais órgãos, cujas vontades se unem para formar um
4 – Necessidade de vagas na rede pública ato único, denomina-se:
5 – Declaração de utilidade pública a) Ato singular
( ) finalidade b) Ato procedimental
( ) objeto c) Ato duplo
( ) motivo d) Ato complexo
( ) forma e) Ato composto
(x)competência
10) Os atos administrativos são agrupados em razão de
a) 3 / 5/ 4/ 2/ 1 características comuns, formando as espécies. A licença
b) 4/ 1/ 3/ 2/ 5 é considerada um ato administrativo:
c) 4/ 3/ 5/ 1/ 2 a) Negocial
d) 5/ 4/ 3/ 2/ 1 b) Ordinatório
e) 3/ 4/ 5/ 2/ 1 c) Enunciativo
d) Complexo
2) Em relação aos requisitos de validade dos atos e) Normativo
administrativos, assinale a alternativa incorreta. 11) Sob o ponto de vista doutrinário e considerando o fim
a) O princípio da legalidade está associado à competência do agente imediato a que se destinam e o objeto que encerram,
para a prática de atos administrativos. certidões, licenças, circulares e regulamentos são
b) A competência administrativa é intransferível e improrrogável espécies de atos administrativos classificados,
pela vontade dos interessados, entretanto, poderá ser delegada e respectivamente, como:
avocada nos termos da lei. a) Ordinatórios, negociais, enunciativos e normativos.
c) A alteração da finalidade de interesse público caracteriza desvio b) Enunciativos, ordinatórios, normativos e ordinatórios.
de poder, e o ato administrativo que não atinge o interessec) Enunciativos, negociais, normativos e ordinatórios.
público poderá ser invalidado. d) Enunciativos, negociais, ordinatórios e normativos.
d) A forma usual do ato administrativo é a forma escrita, não e) n.d.a.
admitindo outras formas.
e) Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou 12) Com relação à extinção do ato administrativo, analise as
autoriza a realização do ato administrativo. afirmativas:
I. A revogação tem como fundamento a reavaliação de
3) O pressuposto de fato e de direito que serve de critérios de conveniência e oportunidade, produzindo
fundamento ao ato administrativo denomina-se: efeito em nunc.
a) Motivação II. O Poder Judiciário não pode revogar atos praticados
b) Objeto por outro poder.
c) Finalidade III. A mesma autoridade que praticou um ato
d) Motivo administrativo não pode promover sua revogação.
e) Conveniência A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
a) I
4) A presunção de legitimidade dos atos administrativos b) I e II
autoriza sua imediata execução, mesmo que argüido de c) I e III
vício. d) II e III
e) I, II e III
5) A imperatividade e a auto-executoriedade são atributos
presentes em todos os atos administrativos. 13) Assinale a alternativa correta:
a) A revogação é a supressão de um ato administrativo
6) Caso o agente público explicite os motivos de um ato ilegítimo e ineficaz, realizada pela administração, e
discricionário, tais motivos passarão a ser determinantes somente pela Administração, por não mais lhe convir
no exame da validade e eficácia do ato, vinculando a sua existência.
Administração à existência e veracidade dos motivos b) Toda revogação pressupõe, portanto, um ato legal,
nele declarados. perfeito e conveniente ao interesse público.
c) A anulação é a declaração de invalidação de um ato
7) A presunção de legitimidade transfere o ônus da prova administrativo ilegítimo ou ilegal feita somente pela
de invalidade do ato administrativo para quem a invoca. própria Administração, no uso do atributo da auto-
executoriedade dos atos administrativos.

40
d) Na anulação, reconhecida e declarada a nulidade do ato, correto afirmar, então que o Poder Judiciário jamais
o pronunciamento de invalidade opera ex tunc. poderá revogar um ato administrativo.
e) A anulação é a supressão de um ato administrativo
ilegítimo e ineficaz, realizada pela Administração ou No âmbito da administração pública, a lei regula
pelo Poder judiciário, por não mais lhe convir a determinadas situações de maneira tal que não resta para o
existência. administrador qualquer margem de liberdade na escolha do
conteúdo do ato administrativo a ser praticado. Ao contrário,
14) Mesmo nos atos administrativos discricionários, há em outras situações, o administrador goza de certa liberdade
certos aspectos ou elementos do ato que são vinculados. na escolha do conteúdo, da conveniência e da oportunidade
do ato que poderá ser praticado. A cerca deste importante
15) O ato administrativo discricionário é imune ao controle tema para o direito administrativo – discricionariedade ou
judicial. vinculação administrativa e possibilidade de invalidação ou
revogação do ato administrativo -, julgue os seguintes itens.
16) Em face da teoria dos motivos determinantes, o ato 23) O ato discricionário não escapa do controle efetuado
administrativo cujos motivos tenham sido declinados pelo Poder Judiciário.
pela autoridade administrativa, ainda que seja um ato
discricionário, tem a sua validade vinculada à existência 24) A discricionariedade administrativa decorre da ausência
e veracidade dos motivos declarados. de legislação que discipline o ato. Assim, não existindo
proibição legal, poderá o administrador praticar o ato
17) O Poder Judiciário tem controle total sobre os atos discricionário.
administrativos discricionários.
25) Um ato discricionário deverá ser anulado quando
18) A revogação do ato administrativo é ato privativo da praticado por agente incompetente.
Administração Pública, haja vista decorrer de motivos
de conveniência ou oportunidade. Como corolário, é 26) Ao Poder Judiciário somente é dado revogar o ato
correto afirmar, então, que o poder Judiciário jamais vinculado.
poderá revogar um ato administrativo.
27) O ato revocatório desconstitui o ato revogado com
19) A convalidação de ato administrativo decorre de certos eficácia ex nunc.
pressupostos. Não se inclui entre esses pressupostos:
a) Não acarretar lesão ao interesse público. 28) Os atos administrativos são dotados de presunção de
b) Não causar prejuízo a terceiros. legitimidade e veracidade, o que significa que há
c) O defeito ter natureza sanável. presunção relativa de que foram emitidos com
d) Juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente. observância da lei e de que os fatos alegados pela
e) Autorização judicial quando se tratar de matéria patrimonial. administração são verdadeiros.

20) Conforme a doutrina, o ato administrativo quando 29) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos
concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos administrativos se impõem a terceiros,
requisitos de legitimidade, ainda não se encontra independentemente de sua concordância.
disponível para eclosão de seus efeitos típicos, por
depender de um termo inicial ou de uma condição 30) Os atos administrativos só são dotados de auto-
suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, executoriedade nas hipóteses previstas expressamente
a serem manifestados por uma autoridade controladora, em lei.
classifica-se como:
a) Perfeito, válido e eficaz. 31) A motivação de um ato administrativo deve contemplar
b) Perfeito, válido e ineficaz. a exposição dos motivos de fato e de direito, ou seja, a
c) Perfeito, inválido e eficaz. regra de direito habilitante e os fatos em que o agente se
d) Perfeito, inválido e ineficaz. estribou para decidir.
e) Imperfeito, inválido e ineficaz.
32) A administração deve anular seus próprios atos quando
21) Para as partes envolvidas, os efeitos da anulação de um eivados de vício de legalidade e pode revogá-los por
ato administrativo retroagem à pratica do ato ilegal. motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
Apesar da anulação , porém, admite-se a produção de direitos adquiridos.
efeitos válidos em relação a terceiro de boa-fé, podendo
o ato anulado ensejar, por exemplo, uma ação de 33) O ato administrativo pode ser invalidado sempre que a
reparação de dano. matéria de fato ou de direito em que se fundamentar o
ato for materialmente inexistente ou juridicamente
22) A revogação do ato administrativo é ato privativo da inadequada ao resultado obtido.
administração pública, haja vista decorrer de motivos de
conveniência ou oportunidade. Como corolário, é

41
34) O direito da administração de anular os atos b) aqueles praticados usando as normas de Direito
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para Internacional Público;
os destinatários decai em cinco anos, contados da data c) os que viabilizam os contratos de concessão celebrados
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. pelo Poder Público;
d) aqueles celebrados pela Administração Pública sem usar
35) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser de sua supremacia em relação aos administrados;
convalidados pela própria administração em decisão na e) aqueles praticados de acordo com as normas de Direito
qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse Privado.
público nem prejuízo a terceiros.
43) De acordo com a divisão dos atos administrativos em
36) Quando a lei admite que a autoridade administrativa espécies, a permissão de uso de bem público é
pratique ato administrativo com base no poder considerada ato:
discricionário, a autoridade poderá estabelecer a a) enunciativo;
competência para a prática do ato. b) ordinatório;
c) negocial;
37) Uma autoridade administrativa despachou em um d) normativo;
procedimento administrativo, concedendo determinada e) punitivo.
vantagem a um servidor. Pouco depois, no entanto,
reexaminando os autos, constatou que as circunstâncias 44) São atributos do ato administrativo:
de fato motivadoras de sua decisão na verdade não a) motivo, objeto e impenhorabilidade;
existiam, de maneira que houvera erro de sua parte ao b) presunção de legitimidade, discricionariedade e
conceder a vantagem. Em conseqüência, a autoridade impenhorabilidade;
tornou sem efeito o despacho e proferiu outro, c) competência, finalidade e forma;
indeferindo o pleito do agente público. Nessa situação, o d) presunção de legitimidade, imperatividade e
segundo despacho constitui, juridicamente, revogação executoriedade (auto-executoriedade);
do primeiro. e) discricionariedade, imperatividade e coercibilidade.

38) Nem todos os atos do Poder Executivo são atos 45) O ato administrativo possui elementos constitutivos ou
administrativos; fatos da administração podem gerar requisitos que integram a sua estrutura. Sobre a matéria,
direitos para os particulares; até os atos administrativos é INCORRETO afirmar que:
praticados no exercício do poder discricionário não a) o elemento capacidade significa que o agente público
prescidem de motivação. deve ter atribuição legal para praticar o ato
administrativo;
39) É factível, por ato judicial, a convalidação de ato b) a alteração da finalidade expressa na norma legal ou
administrativo que apresente vício sanável, desde que implícita no ordenamento caracteriza desvio de poder,
não ocorra lesão ao interesse público nem prejuízo a causa de nulidade do ato;
terceiros. c) a forma é um dos elementos necessariamente vinculados
do ato administrativo;
40) Decreto e regulamento são expressões sinônimas: d) não são todos os atos administrativos que devem ser
nomeiam duas espécies de ato administrativo que têm a motivados;
mesma natureza e o mesmo significado. e) os elementos motivo e objeto podem ser vinculados ou
discricionários.
41) Sobre a extinção dos atos administrativos, analise as
afirmativas a seguir: 46) Sobre os atos administrativos, analise as afirmativas a
I. A revogação é ato discricionário da Administração seguir:
Pública. I. Os atos de gestão são aqueles em que a Administração
II. Em princípio, somente os atos discricionários podem Pública usa de sua supremacia em relação ao
ser revogados. particular.
III. O Poder Judiciário pode revogar e anular atos II. Os atos administrativos complexos são aqueles que se
administrativos praticados por órgãos de outro poder. formam pela reunião de vontades de mais de um
São verdadeiras somente as afirmativas: órgão administrativo.
a) I e II; III. No confronto entre um ato administrativo geral e um
b) I e III; ato administrativo individual, prevalecerá a
c) II e III; determinação contida no primeiro.
d) I, II e III; São verdadeiras somente as afirmativas:
e) nenhuma. a) I e II;
b) I e III;
42) São atos administrativos de gestão: c) II e III;
a) aqueles praticados pela Administração Pública usando d) I, II e III;
de sua supremacia em relação aos administrados; e) nenhuma.

42
47) Considera-se vinculado o ato administrativo no qual a
lei já indica o objeto que necessariamente será adotado 52) A modalidade de extinção do ato administrativo que
pela Administração Pública. Esse tipo de ato incide sobre o ato considerado válido no momento em
administrativo também é chamado de: que foi editado, mas ilegal na sua execução, é
a) legal; denominada:
b) regrado; a) revogação;
c) legítimo; b) encampação;
d) vinculante; c) caducidade;
e) originário. d) cassação;
e) contraposição.
48) Sobre as diversas espécies dos atos administrativos,
analise as afirmativas a seguir: 53) Em relação aos elementos constitutivos do ato
I. A autorização é ato enunciativo que pode ser administrativo, é correto afirmar que:
praticado com fundamento no poder de polícia. a) a competência é o elemento do ato administrativo em
II. Como regra, a portaria é ato ordinatório, produzindo que pode ser encontrado maior discricionariedade para a
efeitos internos no âmbito da Administração Pública. Administração Pública;
III. O atestado é exemplo de ato administrativo negocial. b) o elemento motivo também é chamado de motivação;
É/são verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s): c) os atos administrativos, como regra, podem ser
a) I; praticados de uma forma livre, desde que a lei não exija
b) II; determinada solenidade como sendo essencial;
c) III; d) o elemento motivo corresponde às razões de fato e de
d) I e II; direito que servem de fundamento para o ato
e) II e III. administrativo;
e) o vício de competência não admite qualquer tipo de
49) A Administração Pública pode impor ao administrado sanatória.
cumprimento ou execução dos atos administrativos.
Esse atributo do ato administrativo denomina-se: 54) O ato administrativo motivado poderá ser controlado
a) imperatividade; através da verificação da compatibilidade das razões de
b) presunção de legitimidade; fato apresentadas pela Administração Pública com a
c) auto-executoriedade; realidade e das razões de direito com a lei. O
d) eficiência; fundamento para o controle do ato administrativo na
e) discricionariedade. hipótese acima retratada é:
a) teoria dos motivos determinantes;
50) Os atos administrativos são agrupados em espécies, de b) principio da razoabilidade;
acordo com suas características. A licença é considerada c) principio da discricionariedade;
espécie de ato administrativo: d) conceitos legais indeterminados;
a) negocial; e) desvio de poder.
b) enunciativo;
c) normativo; 55) Sobre as diversas formas de extinção e controle de um
d) discricionário; ato administrativo, analise as afirmativas:
e) ordinatório. I. Denomina-se contraposição a extinção de um ato
administrativo em razão da prática de um novo ato
51) Em relação aos atos administrativos, analise as com efeitos opostos ao ato anterior.
afirmativas a seguir: II. Como regra, todos os tipos de atos administrativos,
I. O ato administrativo discricionário é aquele em que a vinculados ou discricionários, admitem revogação por
Administração Pública não tem liberdade para valorar critérios de conveniência e oportunidade.
critérios de conveniência e oportunidade, devendo III. O Tribunal de Contas, no âmbito de sua atuação, pode
adotar o único objeto previsto na lei. controlar atos administrativos praticados por outro
II. Os atos de gestão são aqueles em que a Administração Poder.
Pública não precisa usar de sua supremacia em É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente:
relação ao particular. a) I e II;
III. Os atos gerais são aqueles expedidos sem b) I e III;
destinatários determinados, como por exemplo, o c) II e III;
regulamento. d) I, II e III;
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: e) nenhuma.
a) I;
b) II; 56) Sobre a extinção dos atos administrativos, analise as
c) III; afirmativas:
d) I e II; I. O Poder Judiciário pode anular e revogar atos
e) II e III. administrativos praticados por outros poderes.

43
II. A revogação do ato administrativo não produz efeito 60) Os atos administrativos têm diferentes funções. O ato
retroativo. administrativo usado pelo chefe do Poder Executivo
III. Em princípio, somente os atos administrativos para regulamentar uma lei é:
discricionários podem ser revogados. a) o decreto;
São verdadeiras somente as afirmativas: b) a resolução;
a) I e II; c) a portaria;
b) I e III; d) o aviso;
c) II e III; e) o provimento.
d) I, II e III;
e) nenhuma. 61) O ato administrativo que pode ser usado para a
instauração de processo administrativo disciplinar e
57) Com relação aos atos praticados pela Administração sindicâncias é:
Pública, assinale a alternativa INCORRETA: a) a certidão;
a) Os atos administrativos podem ser praticados por b) a portaria;
autoridades de todos os poderes. c) o provimento;
b) O elemento motivo, também chamado de motivação, d) o decreto;
consiste na exteriorização por parte da Administração e) a ordem de serviço.
Pública das razões de fato e de direito que justificam a
prática do ato administrativo. 62) O ato administrativo normativo expedido pelas altas
c) A Administração Pública pode controlar a legalidade e o autoridades do executivo, pelos tribunais, pelos órgãos
mérito de seus atos administrativos. legislativos e pelos colegiados administrativos, para
d) A certidão e o atestado, expedidos pela Administração disciplinar matérias de sua competência específica, é:
Pública, são considerados atos enunciativos. a) resolução;
e) Os atos discricionários podem suportar controle de b) decretos;
mérito e de legalidade. c) ordens de serviço;
d) decretos legislativos;
58) Com relação à extinção de um ato administrativo, e) parecer normativo.
analise as afirmativas a seguir:
I. A extinção de um ato administrativo que se torna 63) A modalidade de extinção do ato administrativo que tem
incompatível com a lei posterior é denominada como fundamento a reavaliação de critérios de
contraposição. conveniência e oportunidade é denominada:
II. Na anulação do ato administrativo, de acordo com a a) retificação;
jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal b) revogação;
Federal, é indispensável o respeito ao direito c) anulação;
adquirido dos destinatários do ato. d) caducidade;
III. Como regra, somente os atos administrativos e) sanatória.
discricionários podem ser revogados.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: 64) Assinale a alternativa que NÃO indica um dos
a) I elementos do ato administrativo:
b) II a) competência;
c) III b) finalidade;
d) I e II c) objeto;
e) II e III d) capacidade;
e) forma.
59) Com relação aos atos administrativos, analise as
afirmativas: 65) O artigo 84, IV da Constituição da República atribui ao
I. Ato complexo é o que se forma pela conjugação de Presidente da República a competência para
vontade de mais de um órgão administrativo. regulamentar uma lei. O regulamento, que é um ato
II. Os atos de gestão são os que a Administração pratica administrativo normativo, será exteriorizado através
sem usar de sua supremacia em relação aos da/do:
destinatários. a) resolução;
III. O regulamento de uma lei é classificado como um ato b) portaria;
geral. c) decreto;
São verdadeiras somente as afirmativas: d) ordem de serviço;
a) I e II e) parecer.
b) I e III
c) II e III 66) Na divisão dos atos administrativos em espécies, a
d) I, II e III certidão administrativa é considerada um ato:
e) nenhuma a) enunciativo;
b) negocial;

44
c) normativo; 71) De acordo com as diversas espécies de atos
d) ordinatório; administrativos, os avisos e portarias devem ser
e) punitivo. considerados atos:
a) enunciativos;
67) Levando-se em consideração os elementos do ato b) negociais;
administrativo, analise as afirmativas a seguir: c) normativos;
I. Os atos administrativos, como regra, podem ser d) punitivos;
praticados de forma livre, desde que a lei não exija e) ordinatórios.
determinada solenidade como sendo essencial.
II. A Administração Pública sempre poderá valorar os 72) Assinale a alternativa que indica características e efeitos
critérios de conveniência e oportunidade na escolha da anulação de um ato administrativo como forma de
do objeto do ato administrativo. Controle da Administração Pública:
III. Denomina-se motivo o elemento do ato administrativo a) a anulação pode ser feita pela Administração e pelo
que corresponde ao pressuposto de fato e de direito Poder Judiciário, incide, em princípio, somente sobre
que justificam a prática do ato. atos discricionários e seus efeitos vão retroagir à data
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: em que o ato foi praticado;
a) I b) a anulação pode ser feita somente pela Administração,
b) II incide, como regra, sobre atos discricionários e
c) III vinculados e seus efeitos não retroagem ex nunc;
d) I E II c) a anulação pode ser feita somente pela Administração
e) II E III Pública, incide, em princípio, sobre atos administrativos
discricionários e seus efeitos não retroagem;
68) Os atos administrativos praticados pela Administração d) a anulação pode ser feita pela Administração e pelo
Pública sem a necessidade do uso da supremacia estatal Poder Judiciário, incide sobre atos vinculados e
são denominados: discricionários e retroage à data da prática do ato;
a) atos de gestão; e) a anulação pode ser feita somente pela Administração,
b) atos de expediente; incide sobre atos vinculados e discricionários e seus
c) atos gerais; efeitos vão retroagir à data em que o ato foi praticado.
d) atos individuais;
e) atos vinculados. 73) A competência, no ‚âmbito da Administração, Pública,
para aplicar a penalidade de demissão, a um servidor do
69) Sobre as formas de extinção do ato administrativo, Tribunal Regional Eleitoral é do:
analise as afirmativas a seguir: a) Presidente da República;
I. A revogação não produz efeitos retroativos. b) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral;
II. O Poder Judiciário pode revogar e anular atos c) Presidente do Tribunal Regional Eleitoral;
administrativos praticados por órgãos de outro poder. d) Corregedor do Tribunal Superior Eleitoral;
III. A Administração Pública, ao promover a anulação de e) Procurador Regional Eleitoral.
um ato administrativo, deve respeitar os direitos dele
decorrentes. 74) Em razão de características comuns, os atos
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: administrativos são agrupados em espécie. Pode-se
a) I afirmar que admissão È exemplo de ato:
b) II a) negocial;
c) III b) enunciativo;
d) I E II c) normativo;
e) I E III d) ordinatório;
e) punitivo.
70) Os atos administrativos são agrupados em espécies, de
acordo com suas características. Através da autorização, 75) Através dos meios de invalidação, a Administração
a Administração Pública torna possível, ao particular, a Pública pode promover a extinção dos seus atos
realização de certa atividade ou serviço. De acordo com administrativos.
as diversas espécies de atos administrativos, a Assinale, sobre este tema, a alternativa falsa:
autorização é considerada ato: a) O Poder Judiciário, quando provocado, pode anular ato
a) enunciativo com vício praticado pela Administração Pública.
b) negocial b) A Teoria dos Motivos Determinantes permite a
c) ordinatório verificação da adequação das raízes de fato apresentadas
d) geral pela Administração Pública com a realidade e das raízes
e) normativo de direito com a lei.
c) A cassação„o do ato administrativo tem como
fundamento a ocorrência de vicio no momento da
elaboração do ato.

45
d) A revogação È a forma de extinção do ato 82) Com relação aos atos administrativos, assinale a
administrativo que leva em consideração aspectos de alternativa incorreta:
conveniência e oportunidade. a) Os atos administrativos vinculados são aqueles em que a
e) A Administração Pública pode anular seus próprios atos Administração Pública n„o tem liberdade para valorar
administrativos, atuando de ofício ou mediante critérios de conveniência e oportunidade na escolha do
provocação. objeto.
b) Os órgãos do Poder Judiciário também podem expedir
76) A espécie de ato administrativo que tem por finalidade atos administrativos.
disciplinar o funcionamento da administração e a c) Os atos administrativos, de um modo geral, podem ser
conduta de seus agentes È denominado: executados pela Administração Publica,
a) ato ordinatório; independentemente do auxilio de outro Poder.
b) ato negocial; d) A Administração Pública pode rever seus atos
c) ato disciplinar; administrativos somente por motivo de mérito; a revisão
d) ato enunciativo; da legalidade poder· ser feita somente pelo Poder
e) ato punitivo. Judiciário.
e) A Administração Pública pode praticar atos regidos
77) A realização material da Administração Pública em predominantemente pelo Direito Privado.
cumprimento de alguma decisão administrativa recebe o
nome de: 83) Com relação aos atos administrativos, analise as
a) procedimento administrativo; afirmativas :
b) ato administrativo; I. A Administração Pública, de oficio, tem competência
c) fato administrativo; para revogar e anular seus atos.
d) fato do príncipe; II. O Poder Judiciário, quando provocado, pode revogar
e) ato de governo. e anular atos administrativos praticados por qualquer
poder.
78) De acordo com o agrupamento dos atos administrativos III. A anulação do ato administrativo produz efeitos ex
em espécies, “apostilas” são atos administrativos: tunc, retroagindo à data de elaboração do ato.
a) negociais; São verdadeiras somente as afirmativas:
b) ordinatórios; a) I e II;
c) enunciativos; b) I e III;
d) normativos; c) II e III;
e) gerais. d) I, II e III;
e) nenhuma.
79) O ato administrativo usado pelo chefe do Poder
Executivo para explicar o conteúdo de uma lei, 84) A exteriorização por parte da Administração Pública das
viabilizando a sua aplicação, denomina-se: razões de fato e de direito que justificaram a prática de
a) decreto autônomo; um ato administrativo é denominada:
b) decreto lei; a) motivação;
c) regulamento; b) motivo;
d) regimento; c) teoria dos motivos determinantes;
e) deliberação. d) razoabilidade;
e) proporcionalidade.
80) O elemento ou requisito do ato administrativo que exige
do agente público atribuição decorrente da lei para a 85) De acordo com Hely Lopes Meirelles, o ato
prática daquele tipo de ato È: administrativo que "resulta da vontade única de um
a) capacidade; órgão, mas depende da verificação por parte de outro,
b) legalidade; para se tornar exeqüível", é denominado:
c) impessoalidade; a) complexo;
d) finalidade; b) composto;
e) competência. c) constitutivo;
d) abdicativo;
81) Assinale a alternativa que não reflete uma das formas de e) suspensível.
extinção dos atos administrativos:
a) revogação; 86) A espécie de ato administrativo compatível com a
b) anulação; licença é:
c) cassação; a) ato enunciativo;
d) caducidade; b) ato negocial;
e) teoria dos motivos determinantes. c) ato ordinatório;
d) ato discricionário;
e) ato normativo.

46
87) O atributo do ato administrativo que permite à 2) Os atos de improbidade administrativa podem ensejar,
Administração Pública aplicar os seus atos, entre outras conseqüências, a cassação dos direitos
independentemente da manifestação de outro Poder, é políticos do servidor reconhecido como responsável pela
denominado: prática do ato viciado.
a) imperatividade;
b) auto-executoriedade; 3) Um agente de polícia federal pode ter seus direitos
c) relatividade; políticos suspensos e perder o cargo público que ocupa
d) presunção de legalidade; em decorrência da prática de ato de improbidade
e) legitimidade. administrativa que importe enriquecimento ilícito.

88) Considerando as noções doutrinariamente fixadas acerca 4) Comete ato de improbidade administrativa servidor
dos atos administrativos em espécie, identifique a público que revela fato de que tem ciência em razão de
alternativa INCORRETA: suas atribuições e sobre os quais deveria permanecer em
a) autorização é ato administrativo discricionário baseado segredo, mesmo quando essa revelação não causa
no Poder de Polícia do Estado sobre a atividade privada; prejuízos aos cofres públicos
b) aprovação é o ato unilateral e vinculado pelo qual se
exerce o exame a priori ou a posteriori de um outro ato 5) Se um cidadão não-integrante da administração pública
administrativo; auferir benefício em razão de ato de improbidade
c) homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a perpetrado por dirigente de autarquia, aquele poderá
Administração Pública reconhece a legalidade de um ato figurar no pólo passivo do processo derivado da
jurídico; improbidade, mesmo em face da condição sua de
d) admissão é ato administrativo vinculado que confere ao particular.
indivíduo, desde que preenchidos os requisitos legais, o
direito de receber um serviço público; 6) O agente público somente poderá ser responsabilizado
e) através de um ato administrativo de permissão a judicialmente por ato de improbidade se houver
Administração pode delegar a um particular, sempre completa tipificação do ato no Código Penal e na
através de prévia licitação, a prestação de um serviço legislação penal especial.
público.
7) O MP pode efetuar transação ou acordo com o réu,
89) Consoante a doutrina e a orientação fixada na(s) desde que não dispense a integral reparação do dano.
súmula(s) da jurisprudência predominante no STF
acerca da revogação dos atos administrativos, é 8) Entre as sanções abstratamente cominadas aos agentes
INCORRETO afirmar que: condenados por improbidade administrativa, estão a
a) não podem ser revogados os atos administrativos perda da função pública e a suspensão dos direitos
vinculados; políticos.
b) a revogação do ato administrativo produz efeitos ex
nunc, razão pela qual não se tem como cabível a 9) A cassação de direitos políticos poderá dar-se nos casos
revogação de atos que já exauriram seus efeitos; de improbidade administrativa, na forma e gradação
c) não se admite a revogação de atos administrativos previstas em lei.
eivados de vícios que os tornem ilegais;
d) a revogação de uma licença administrativa (stricto 10) Assinale a opção que indica a prescrição para as ações
sensu) ou de um ato administrativo que integre um de ressarcimento decorrentes dos ilícitos praticados por
procedimento pode ser determinada pela autoridade que qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos
praticou o ato ou por aquela que tenha poderes para dele ao erário:
conhecer de ofício ou por via de recurso; a) Cinco anos
e) a revogação de ato administrativo é privativa da b) não ocorre prescrição
Administração Pública, sendo vedada tal iniciativa ao c) trinta anos
Poder Judiciário. d) dois anos
e) dez anos

11) Os atos de improbidade administrativa importarão, para


EXERCÍCIOS DE IMPROBIDADE ADM. o servidor público, as seguintes conseqüências, exceto:
a) Perda dos direitos políticos
1) A improbidade administrativa se caracteriza por conduta b) responder à ação penal cabível
praticada por agente público, comissiva ou c) indisponibilidade dos bens
omissivamente, com efeitos jurídicos involuntários, que d) perda da função pública
se mostra ofensiva aos princípios constitucionais da e) ressarcimento do erário
administração pública, com ou sem participação,
favorecimento, auxílio ou indução de terceira pessoa.

47
12) A prática de ato de improbidade administrativa pode autorizadas em lei ou regulamento.
gerar: c) frustrar a ilicitude do concurso público.
a) O dever de ressarcimento ao Poder Público pelos d) deixar de prestar contas quando estiver obrigado a fazê-
prejuízos causados, desde que não tenha sido cometido lo.
ilícito penal, pois este pela gravidade, absorve o ilícito e) negar publicidade a atos oficiais.
civil.
b) A suspensão dos direitos políticos e indisponibilidade 16) O cometimento de atos de improbidade administrativa
dos bens, garantindo ao titular do mandato eletivo em que importem em enriquecimento ilícito,
curso que o conclua, somente após o quê poderá ser independentemente das sanções penais, civis e
iniciado o processo para apuração das infrações. administrativas, previstas na legislação específica,
c) A responsabilidade civil do titular de mandato eletivo sujeita o seu autor também a outras comi nações legais,
pelos atos praticados por seus subordinados, na esteira da segundo a lei de improbidade administrativa,
responsabilidade do empregador por ato de seus abrangendo nesse caso, somente as de natureza:
empregados. a) político-administrativa, administrativa, civil e fiscal
d) Sanção independente nas instâncias administrativa, civil b) política, administrativa, civil e fiscal
e criminal, sem prejuízo da sanção específica pela prática c) política, político-administrativa, administrativa e civil
do ato. d) político-administrativa, administrativa, civil e comercial
e) O dever de ressarcir o erário pelos danos e) política, político-administrativa, civil e comercial.
cometidos,desde que não se trate de servidor público,
este que somente poderá ser processado por ilícito penal 17) É elemento característico do regime da ação de
e administrativo. improbidade administrativa estabelecido pela Lei nº
8.429/92
13) A suspensão dos direitos políticos, para os fins da Lei de a) a competência privativa do Ministério Público para seu
Improbidade Administrativa, Lei nº 8.429/92, só se ajuizamento.
efetiva: b) a possibilidade de resultar na aplicação de pena privativa
a) No momento da representação de terceiros junto ao de liberdade, desde que o mesmo fato já não tenha
Judiciário. gerado condenação em processo penal.
b) Quando a medida for necessária à instrução processual. c) a extensão de sua tutela a atos praticados por qualquer
c) Na data em foi proposta a ação judicial. agente público, servidor ou não.
d) Com a instauração do inquérito civil pelo Ministério d) a possibilidade de resultar na aplicação de pena de perda
Público. de direitos políticos.
e) Trânsito em julgado da sentença condenatória e) a transmissão das comi nações da Lei ao sucessor causa
mortis do réu, independentemente do valor da herança.
14) Com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Com relação à Lei de Improbidade Administrativa, Lei 18) A sanção de suspensão dos direitos políticos é aplicável
nº 8.429/92, considere as seguintes assertivas: aos atos de improbidade administrativa que:
I. As disposições da lei de improbidade administrativa a) importam enriquecimento ilícito, apenas.
são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não b) causam prejuízo ao erário, apenas.
sendo agente público, induza ou concorra para a c) atentam contra os princípios da administração pública,
prática do ato de improbidade. apenas.
II. Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou d) importam enriquecimento ilícito e que causam prejuízo
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, ao erário, apenas.
dar-se-á o integral ressarcimento do dano. e) importam enriquecimento ilícito, que causam prejuízo ao
III. No caso de enriquecimento ilícito, o agente público erário ou que atentam contra os princípios de
perderá os bens ou valores acrescidos ao seu administração pública.
patrimônio, mas o terceiro beneficiário não.
Está correto o que se afirma APENAS em: 19) As ações de improbidade administrativa, seja qual for a
a) I e II. espécie de ato de improbidade praticado,
b) I e III. a) acarretam, em caso de procedência, suspensão dos
c) II. direitos políticos do administrador ímprobo.
d) II e III. b) devem ser propostas pelo Ministério Público.
e) III. c) admitem transação, desde que homologada
judicialmente.
15) Assinale, entre os seguintes atos, aquele que não se d) instauram juízo universal, atraindo todas as ações penais
insere no rol de atos de improbidade administrativa que e civis com o mesmo objeto.
atentem contra os princípios da Administração Pública, e) dependem exclusivamente de representação de
nos termos da Lei Federal nº 8.429/92: autoridade competente.
a) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício. 20) Configura ato de improbidade administrativa no
b) ordenar ou permitir a realização de despesas não exercício da função pública:

48
I. o servidor adquirir bens cujo montante seja V. podem ser graduadas pelo juiz, em face da extensão
incompatível com a sua renda se não conseguir do dano ou do proveito patrimonial obtido pelo
comprovar a origem lícita dos mesmos. agente.
II. o funcionário do Ministério da Saúde que, fora do Assinale a opção correta:
horário normal de expediente, presta serviços de a) Apenas a afirmativa V está correta.
informática a uma empresa que não é fornecedora de b) Todas as afirmativas estão erradas.
bens ou serviços para esse Ministério. c) Estão corretas apenas as afirmativas III, IV e V.
III. o servidor do setor de fiscalização de uma agência d) Estão corretas apenas as afirmativas I e V.
reguladora que, nos períodos de férias, presta e) Todas as afirmativas estão corretas.
consultoria para empresa da área de regulação dessa
agência. 23) No que tange aos atos de improbidade administrativa, a
IV. o servidor que, por negligência, atesta a realização de Lei 8.429/92dispõe que:
serviço que não foi realizado. a) o Ministério Público atuará sempre como parte e o órgão
V. o chefe do setor de compras que recebe passagem público lesionado como fiscal da lei.
aérea e estadia em hotel, pagas por um fornecedor b) a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas
interessado em fazer demonstração de novos respectivo é requisito indispensável para sua
produtos. caracterização.
Estão corretas: c) os particulares que concorrerem para sua prática somente
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. serão responsabilizados na esfera penal e mediante
b) apenas as afirmativas II, IV e V. comprovação de dolo ou culpa.
c) apenas as afirmativas I, III, IV e V. d) a constatação de sua prática gera a responsabilidade
d) apenas as afirmativas I, IV e V. objetiva do agente.
e) apenas as afirmativas I, III e V. e) a aplicação das sanções independe da efetiva ocorrência
de dano ao erário
21) Sobre a Lei da Improbidade Administrativa é correto
afirmar: 24) Assinale a alternativa correta sobre o tema Improbidade
I. as sanções nela previstas aplicam-se, também, àquele Administrativa.
que, mesmo não sendo agente público, induza ou a) As hipóteses ensejadoras de sanção previstas na Lei no
concorra para a prática do ato de improbidade. 8.429/92 são taxativas.
II. a indisponibilidade dos bens, para fi ns de garantir o b) Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo
ressarcimento do dano, pode ser requerida antes de constitui ato de improbidade atentatório contra os
transitar em julgado a sentença condenatória. princípios da Administração Pública.
III. reputa-se agente público a pessoa que exercer um c) A comprovação do “prejuízo ao Erário” é requisito
cargo público, ainda que sem remuneração essencial e obrigatório para o enquadramento de conduta
IV. o Ministério Público deve ser informado da existência do agente público em quaisquer das hipóteses de
de procedimento administrativo instaurado para improbidade previstas na Lei no 8.429/92.
apurar a prática de ato de improbidade, antes mesmo d) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
da sua conclusão. público não está sujeito às cominações da Lei no
V. havendo fundados indícios de enriquecimento ilícito, 8.429/92.
pode ser requerido o seqüestro dos bens do e) Deflagrada apuração de ato de improbidade em sede de
beneficiário, antes mesmo de concluído o controle interno, é facultado, à Administração, dar
procedimento administrativo. conhecimento ao Tribunal de Contas do respectivo
Estão corretas: procedimento administrativo apurativo.
a) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
b) as afirmativas I, II, III, IV e V. 25) Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo
c) apenas as afirmativas I, II, IV e V. indevidamente constitui, nos termos da Lei no 8.429, de
d) apenas as afirmativas II, III, IV e V. 02.06.1992, ato de improbidade administrativa que:
e) apenas as afirmativas I, II, III e V. a) causa prejuízo ao erário, sujeitando o agente ao
ressarcimento equivalente até quatro vezes o valor do
22) As sanções previstas na Lei da Improbidade dano, perda dos bens, perda da função pública, perda dos
Administrativa: direitos políticos de três a cinco anos, além de outras.
I. dependem, para aplicação, da efetiva ocorrência de b) atenta contra os princípios da administração pública,
dano ao patrimônio público. sujeitando o agente à suspensão da função pública, perda
II. não se aplicam, se as contas do responsável tiverem dos direitos políticos de três a oito anos, proibição de
sido aprovadas pelo Tribunal de Contas. contratar com o Poder Público, pelo prazo de sete anos,
III. prescrevem em cinco anos, contados da data da além de outras.
prática do ato, nos casos de agente público que não
seja titular de cargo ou emprego efetivo. c) importa enriquecimento ilícito, sujeitando o agente ao
IV. prescrevem em cinco anos, contados da data da ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou
prática do ato, em qualquer hipótese. valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão

49
da função pública, perda dos direitos políticos, além de percebida por ele e proibição de contratar com o
outras. Poder Público, pelo prazo de dez anos.
d) causa prejuízo ao erário, sujeitando o agente ao III. Aquele que causar lesão ao erário, ainda que
ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou culposamente, permitindo a aquisição, permuta ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se locação de bem ou serviço por preço superior ao de
concorrer esta circunstância, perda da função pública, mercado, estará sujeito, dentre outras cominações, à
suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, perda da função pública e suspensão dos direitos
além de outras. políticos de cinco a oito anos.
e) atenta contra os princípios da administração pública, IV. Aquele que perceber vantagem econômica para
sujeitando o agente à suspensão da função pública, intermediar a liberação de verba pública de qualquer
suspensão dos direitos políticos de quatro a oito anos, natureza estará sujeito, dentre outras cominações, à
proibição de receber incentivos fiscais ou creditícios do suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos e
Poder Público, pelo prazo máximo de dois anos, além de pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
outras. acréscimo patrimonial.
É correto o que consta APENAS em:
26) Com relação à lei de improbidade administrativa, é a) I e III.
INCORRETO afirmar: b) II e III.
a) É irrelevante a aprovação das contas pelo Tribunal de c) I e IV.
Contas competente para a caracterização do ato de d) I, II e III.
improbidade administrativa. e) II, III e IV.
b) O Ministério Público, se não intervier no processo como
parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob 29) No que concerne às disposições penais da Lei de
pena de nulidade. Improbidade Administrativa, considere:
c) As sanções previstas na Lei de Improbidade I. A perda da função pública e a suspensão dos
Administrativa (Lei no 8.429/92) não são direitos políticos só se efetivam com o trânsito em
obrigatoriamente cumulativas. julgado da sentença condenatória.
d) É pressuposto necessário, para a tipificação dos atos de II. A aplicação das sanções depende da efetiva
improbidade administrativa que causam prejuízo ao ocorrência de dano ao patrimônio público.
erário, a obtenção de vantagem patrimonial pelo agente. III. A autoridade judicial ou administrativa competente
e) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente poderá determinar o afastamento do agente público
público ou terceiro beneficiário os bens ou valores do exercício do cargo, emprego ou função, sem
acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio. prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual.
27) O prazo prescricional para as ações que visam aplicar IV. A aplicação das sanções depende da aprovação ou
sanções da Lei 8.429/92 (lei de improbidade rejeição das contas pelo órgão de controle interno
administrativa) ao agente público que exerce função de ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
confiança é: É INCORRETO o que consta APENAS em:
a) de até três anos após o término do exercício da função de a) II e III
confiança. b) II e IV.
b) de até três anos, contados a partir da data do ato de c) I e II.
improbidade. d) I, II e III.
c) de até cinco anos, contados a partir da data do ato de e) II, III e IV.
improbidade.
d) de até cinco anos após o término do exercício da função 30) A aplicação de uma sanção por ato de improbidade
de confiança. administrativa
e) imprescritível, em razão do interesse público. a) resta prejudicada somente ante a aplicação de sanção
penal pelo mesmo ato.
28) Tendo em vista o que dispõe a Lei de Improbidade b) resta prejudicada somente ante a aplicação de sanção
Administrativa, em relação à responsabilização do civil pelo mesmo ato.
agente público que praticou ato de improbidade, c) resta prejudicada somente ante a aplicação de sanção
considere. administrativa pelo mesmo ato.
I. Aquele que retardar ou deixar de praticar, d) resta prejudicada ante a aplicação de sanção penal, civil,
indevidamente, ato de ofício, estará sujeito, dentre ou administrativa pelo mesmo ato.
outras cominações, à perda da função pública e e) aplica-se independentemente das sanções penais, civis e
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos. administrativas pelo mesmo ato.
II. Aquele que revelar teor de medida política ou
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria 31) De acordo com o disposto na Lei de Improbidade
antes da respectiva divulgação oficial estará sujeito, Administrativa, é correto afirmar que:
dentre outras cominações, ao pagamento de multa a) o ato de improbidade administrativa que importe em
civil de até três vezes o valor da remuneração enriquecimento ilícito pressupõe, necessariamente, a

50
comprovação de efetivo dano econômico ao erário 6) Qualquer acumulação de cargos, empregos ou funções
público. públicos será tida como inconstitucional. Essa
b) o agente público, que dolosamente auferir vantagem impossibilidade total de acumulação de cargos na
patrimonial indevida em razão do exercício do cargo atividade estende-se à acumulação na inatividade.
responde de forma objetiva por ato de improbidade
administrativa. Para julgar os itens a seguir, considere que Manoel é um
c) é irrelevante a aprovação das contas pelo Tribunal de agente da polícia federal.
Contas para a caracterização do ato de improbidade
7) A Constituição da República não permite que Manoel
administrativa.
receba remuneração com valor superior ao subsídio
d) o funcionário público que, conduzindo veículo oficial,
pago aos Ministros do STF, mesmo que a parcela que
em atividade oficial, por imprudência, acabe gerando
exceda essa quantia seja recebida a título de vantagem
uma colisão com um particular, responde por ato de
pessoal.
improbidade lesivo ao patrimônio público.
e) há a necessidade da ocorrência de qualquer vantagem por
parte do agente que dolosamente gerar prejuízo concreto 8) Manoel não pode ser remunerado mediante subsídio,
ao erário público. pois essa forma de remuneração é reservada aos
ocupantes de cargos eletivos e de cargos
comissionados.
EXERCÍCIOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL
9) Antônio ocupa cargo de psicólogo clínico no DPF.
Nesse caso, Antônio pode acumular esse cargo com o
1) Considere a seguinte situação hipotética. Determinado de professor universitário em uma fundação pública
servidor público trabalhou durante 35 anos e contribuiu federal, desde que haja compatibilidade de horários
nas esferas públicas municipais, estaduais e federais,
aposentando-se em cargo pertencente a essa última 10) Um edital de concurso público para provimento de
esfera. Ao pedir informação sobre sua aposentadoria no cargo de delegado de polícia federal estabeleceu, como
INSS, foi-lhe dito que o tempo de serviço a ser contado requisito para ingresso no cargo, a comprovação de
se restringiria àquele no qual trabalhou no serviço exercício de cargo de agente de polícia federal pelo
público federal. Nesse caso, a informação dada ao prazo mínimo de dois anos. Nessa situação, o referido
servidor está equivocada. requisito é inconstitucional.
2) O servidor que contar tempo de serviço para 11) É entendimento assente na doutrina e na jurisprudência
aposentadoria com provento integral será aposentado que os empregados de sociedades de economia mista
com a remuneração do padrão da classe imediatamente não precisam prestar concurso público de provas ou de
superior àquela em que se encontra posicionado. provas e títulos para ingressar em empresas estatais
porque estas se submetem a regime jurídico próprio das
3) É inconstitucional lei que fixe idade mínima para o empresas privadas.
acesso a determinados cargos públicos em patamar
superior a 18 anos. 12) Os salários de empregados de empresas públicas e
sociedades de economia mista que não recebam
4) Apenas os servidores da União e das autarquias recursos orçamentários dos entes federados para
federais passam a ser regidos pelos RJU; os pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
empregados de empresa pública, sociedades de geral não se submetem ao teto de remuneração
economia mista e de fundações públicas serão regidos constitucional fixado pela EC nº. 20/98.
pelo regime celetista.
13) A EC nº. 20/98 prevê a impossibilidade de acumulação
João da Silva ocupava o cargo de procurador autárquico do de proventos de aposentadoria de servidor público civil
INSS. Em face de profundas alterações que a CF tem sofrido ou militar com remuneração decorrente da ocupação de
no capítulo concernente à Administração Pública, João cargo, emprego ou função pública, ressalvadas as
requereu, e foi-lhe deferida, a concessão de aposentadoria hipóteses de cargos acumuláveis na forma da
proporcional. Insatisfeito com sua nova situação de Constituição, os cargos eletivos e os cargos em
aposentado, João prestou concurso para o cargo de fiscal do comissão declarados em lei de livre nomeação e
INSS. Considerando as regras constantes na legislação exoneração, devendo todos os que estiverem em
pertinente e a orientação jurisprudencial firmada pelo STF desacordo com essa regra optar pelos proventos de
sobre acumulação de cargos, julgue os seguintes itens: aposentadoria ou pela remuneração do cargo.
5) A acumulação dos proventos do cargo de procurador 14) Os estrangeiros podem ocupar função ou emprego
com os vencimentos do cargo de fiscal será considerada público no Brasil.
indevida.

51
15) A CF de 1988 prevê, em caráter obrigatório, o regime certame, e será de até um ano, podendo ser prorrogado
de remuneração na forma de subsídio para todos os uma única vez, por igual período.
policiais federais.
24) O servidor vinculado ao regime da lei mencionada, que
No que concerne a CF/88 e suas alterações, julgue os itens acumular licitamente dois cargos efetivos, quando
seguintes. investido em cargo de provimento em comissão, ficará
16) Um médico, em face do permissivo constitucional, afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese
pode acumular os cargos de médico-perito do Instituto em que houver compatibilidade de horário e local com
Nacional do Seguro Social e o de médico nos prontos- o exercício de um deles, declarada pelas autoridades
socorros do Hospital das Forças Armadas e do Hospital máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
de Base, sendo este subordinado à Secretaria de Saúde
do Distrito Federal. 25) Havendo compatibilidade de horários, é possível a
acumulação remunerada do exercício do cargo público
17) Considere a seguinte situação hipotética. com o desempenho do seguinte mandato eletivo:
Beatriz exerce o cargo de agente administrativo de uma a) Prefeito Municipal
autarquia federal e, recentemente, foi aprovada em b) Deputado Estadual
concurso para o cargo de professora da Secretaria de c) Juiz de Paz
Educação do estado de Mato Grosso do Sul. Nessa d) Vereador
situação, caso haja compatibilidade dos horários e a e) Secretário Municipal
remuneração não exceda o subsídio dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, Beatriz poderá, após ser 26) O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
nomeada, tomar posse e entrar em exercício, em virtude de concurso público adquire estabilidade:
acumulando os dois cargos. a) Após dois anos de exercício.
b) Após três anos de exercício.
18) Conquanto a remuneração dos servidores públicos c) Após cinco anos de exercício.
federais deva ser fixada por lei, observada a iniciativa d) Quando toma posse.
privativa em cada caso, não há direito à revisão geral e) Quando entra em exercício.
anual, pois o regime estatutário submete os servidores à
vontade unilateral da União, que tem discricionariedade 27) O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
nessa matéria. em virtude de concurso público adquire estabilidade:
a) Após dois anos de exercício.
19) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por b) Após três anos de exercício.
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em c) Após cinco anos de exercício.
comissão, a serem preenchidos por servidores de d) Quando toma posse.
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos e) Quando entra em exercício.
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento. 28) A declaração de desnecessidade de cargo público,
prevista no parágrafo 3º do artigo 41 da Constituição
20) A Constituição Federal proíbe que a União, os estados, Federal, implica:
o DF e os municípios, no âmbito de sua competência e a) Disponibilidade do servidor, estável ou não.
mediante lei, elejam o regime celetista para a b) Demissão do servidor não estável.
contratação de empregados públicos na administração c) Disponibilidade remunerada proporcionalmente ao
pública direta, nas autarquias e nas fundações públicas. tempo de contribuição.
d) Extinção do cargo público.
21) Caso o servidor público a quem se imputou o dever de e) Eventual aproveitamento do servidor colocado em
indenizar prejuízo causado ao erário venha a falecer, disponibilidade em outro cargo.
essa obrigação de reparar o dano poderá ser estendida
aos sucessores. 29) A mais recente Emenda Constitucional ao artigo 37 da
Constituição Federal, datada de 2001, alterou uma regra
22) Maria ocupa cargo público comissionado em uma relativa à exceção ao princípio de não-acumulação
autarquia federal e será nomeada amanhã para cargo remunerada de cargos públicos. Esta alteração referiu-
público de professora em uma fundação pública se à possibilidade da seguinte acumulação lícita:
federal. Nessa situação, para entrar em exercício no a) Dois cargos de professor.
novo cargo, Maria deverá exonerar-se do seu cargo b) Um cargo técnico e outro de provimento em comissão.
comissionado, pois a legislação administrativa somente c) Um cargo de professor e outro técnico ou científico.
permite a acumulação de cargos de provimento efetivo. d) Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas.
23) O prazo de validade de concurso público deve ser e) Um cargo de provimento em comissão, de recrutamento
objeto da norma editalícia, que regulamentará o amplo, e os proventos de servidor aposentado.

52
30) A rejeição à figura do nepotismo no serviço público 1) No âmbito do processo administrativo, o princípio que
tem seu amparo original no princípio constitucional da: autoriza a instituição do processo por iniciativa da
a) moralidade Administração, sem necessidade de provocação,
b) legalidade denomina-se princípio:
c) impessoalidade a) Da gratuidade
d) razoabilidade b) Do contraditório
e) eficiência c) Da oficialidade
d) Da legalidade
31) Não se inclui entre as possíveis conseqüências do ato e) Da observância à forma
de improbidade administrativa, constitucionalmente
previstas: 2) Julgue a assertiva abaixo e assinale a opção
a) Perda da função pública correspondente.
b) Suspensão dos direitos políticos “De acordo com disposição expressa da Lei nº 9.784/99,
c) Confisco de bens que regula o processo administrativo no âmbito da
d) Ressarcimento ao erário Administração Pública Federal, não podem ser objeto de
e) Ação penal cabível delegação a edição de atos de caráter normativo, a
decisão de recurso administrativo e as matérias de
32) Considerando-se o regime previdenciário do servidor competência exclusiva de órgão ou autoridade.”
público, previsto na Constituição Federal, assinale a a) Correta a assertiva.
afirmativa falsa. b) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a edição
a) O servidor ocupante exclusivamente de cargo de ato normativo.
temporário será vinculado ao regime geral de c) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a decisão
previdência social. em recurso administrativo.
b) A redução dos requisitos gerais de idade e tempo de d) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a matéria
contribuição, previstos para os servidores públicos em de competência exclusiva de órgão ou autoridade.
geral, serão reduzidos em cinco anos para o servidor e) Incorreta a assertiva, porque podem ser delegadas
professor do ensino fundamental, médio e superior. quaisquer das hipóteses previstas.
c) É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício.
d) É possível a adoção, em lei complementar, de requisitos 3) A recente Lei Federal relativa aos processos
e critérios diferenciados para a concessão de administrativos adotou diversos princípios da
aposentadoria a servidores que exerçam atividades que Administração Pública entre os seus comandos.O inciso
prejudiquem a saúde. XIII do art. 2o desta Lei tem a seguinte redação:
e) A aposentadoria compulsória se dá aos setenta anos de “XIII- interpretação da norma administrativa da forma
idade, com proventos proporcionais ao tempo de que melhor garanta o atendimento do fim público a que
contribuição. se dirige,vedada aplicação retroativa de nova
interpretação” . Este comando alude ao seguinte
33) O servidor que se aposenta por invalidez permanente faz princípio:
jus à percepção de proventos integrais. a) finalidade
b) proporcionalidade
c) hermenêutica
34) Sobre a remuneração dos servidores públicos, analise
d) segurança jurídica
as afirmativas a seguir:
e) legalidade
I. De acordo com a Constituição Federal, o servidor
público policial deverá ser remunerado através de
4) Inexistindo competência legal específica, o processo
subsídio.
administrativo deverá ser iniciado perante:
II. O teto remuneratório no serviço público não será
a) a autoridade com menor grau hierárquico para decidir.
aplicado aos servidores aposentados.
b) qualquer autoridade.
III. O teto remuneratório no serviço público
c) a autoridade com competência mais próxima e similar
corresponderá ao subsídio pago mensalmente ao
d) a autoridade com maior grau hierárquico para decidir.
ministro do Superior Tribunal de Justiça.
e) a autoridade com grau hierárquico intermediário para
É/são verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s):
decidir.
a) I;
b) II;
5) As normas básicas sobre o processo administrativo,
c) III;
estabelecidas na Lei nº 9.784/99, inclusive no que se
d) I, II e III;
refere à motivação dos atos administrativos e sua
e) nenhuma.
anulação ou revogação :
a) são de aplicação no âmbito de toda Administração
Federal Direta e Indireta.
EXERCÍCIO DA LEI 9.784/99 b) não se aplicam aos órgãos do Poder Legislativo.
c) não se aplicam aos órgãos do Poder Judiciário.

53
d) não se aplicam às entidades da Administração Indireta. 11)
e) são de aplicação forçosa, também nos órgãos estaduais e A Lei Federal nº 9.784 de1999, que cuida do processo
municipais, bem como nas suas entidades paraestatais. administrativo, dispõe sobre diversos princípios da
Administração Pública. Todavia, existem outros
6) Salvo disposição legal específica em sentido contrário, o princípios reconhecidos pela doutrina que não se incluem
prazo normal para a interposição de recurso neste rol. Assinale, na lista abaixo, aquele princípio da
administrativo, quanto aos processos autuados no âmbito Administração Pública que não é mencionado pela
da Administração Pública Federal Direta, conforme referida norma legal:
previsto na Lei nº 9.784/99, é de: a) boa-fé
a) cinco dias. b) proporcionalidade
b) dez dias. c) interesse público
c) quinze dias. d) segurança jurídica
d) vinte dias. e) contraditório
e) trinta dias.
12) Um dos elementos do ato administrativo é o motivo.
7) A avocação é um fenômeno, inerente ao poder Recente norma federal ( Lei nº 9.784/99) arrolou os casos
hierárquico, aplicável ao processo administrativo, pelo em que o ato administrativo tem de ser motivado.
qual a autoridade pode em certos casos, como assim Assinale, no rol abaixo, a situação na qual não se impõe a
previsto na Lei nº 9.784/99: motivação.
a) delegar competência a órgão inferior. a) Decisão de recurso administrativo.
b) rever decisão em instância recursal. b) Decisão de processo administrativo de seleção pública.
c) exercer delegação de órgão superior. c) Dispensa de processo licitatório.
d) exercer competência atribuída a órgão inferior. d) Revogação de ato administrativo.
e) rever suas próprias decisões. e) Homologação de processo licitatório.

8) O princípio da motivação, a que a Administração Pública 13) Um dos elementos essenciais à validade, dos atos
Federal está obrigada a obedecer, de acordo com o que administrativos, é a motivação, que consiste na indicação
dispõem os artigos 2º e 5º da Lei nº 9.784, de dos seus pressupostos fáticos e jurídicos, o que porém é
29/01/1999, consiste em ter de indicar nos seus atos preterível,naqueles que:
administrativos os respectivos pressupostos fáticos e a) importem anulação ou revogação de outro anterior.
jurídicos, sendo isso dispensável, porém, nos casos em b) dispensem ou declarem inexigível licitação.
que a autoridade decide: c) apliquem jurisprudência indicada em parecer
a) processo administrativo de concurso público. adotado.
b) dispensa de procedimento licitatório. d) importem ou agravem encargos ou sanções.
c) recurso administrativo. e) neguem, limitem ou afetem direitos.
d) em decorrência de reexame de ofício.
e) caso concreto aplicando jurisprudência sobre ele já 14) Quem tiver direito ou interesse seu afetado por um
firmada. determinado ato administrativo, pode dele recorrer,
administrativamente,objetivando a sua invalidação e o
9) De acordo com o estabelecido na Lei nº 9.784/99, que restabelecimento da situação anterior, que, quando não
regula o processo administrativo no âmbito da houver norma legal específica, em sentido contrário, far-
Administração Pública Federal,deve esta anular seus se-á mediante pedido de reexames interposto no prazo
próprios atos, quando eivados de vícios insanáveis de máximo de:
legalidade, direito esse que decai,quanto àqueles dos a) 5 dias.
quais decorram efeitos favoráveis para seus destinatários, b) 8 dias.
no prazo de: c) 15 dias.
a) 1 ano d) 10 dias.
b) 2 anos e) 30 dias.
c) 3 anos
d) 5 anos 15) No âmbito do processo administrativo, regido pela Lei
e) 10 anos Federal n.9784/99, assinale a opção incorreta quanto aos
direitos dos administrados.
10) No âmbito da Lei Federal nº 9.784/99, que cuida do a) O administrado deve ser tratado com respeito pelas
processo administrativo, tem-se que o recurso será autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício
conhecido ainda que interposto: de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.
a) fora do prazo. b) O administrado tem direito a formular alegações e
b) por quem não seja legitimado. apresentar documentos antes da decisão, os quais serão
c) na pendência de manifestação judicial. objeto de consideração pelo órgão competente.
d) após exaurida a esfera administrativa. c) O administrado pode ter ciência da tramitação do
e) perante órgão incompetente. processo em que tenha a condição de interessado.

54
d) O administrado tem direito a ter vista dos autos, obter
cópias de documentos antes da decisão final, nos 21) No âmbito do processo administrativo, nos termos da Lei
processos em que tenha a condição de interessado. Federal nº 9.784/99, o dever da Administração em
e) O administrado deve se fazer representar por advogado, impulsionar o procedimento de forma automática, sem
para a defesa de seus interesses perante a Administração. prejuízo da atuação dos interessados, denomina-se
princípio da(o):
16) De acordo com a Lei de Processo Administrativo(Lei nº a) segurança jurídica
9.784/99), pode haver a delegação de competência, b) oficialidade
quando conveniente em razão de circunstâncias c) contraditório
diversas.No rol normativo não se inclui a circunstância d) motivação
da seguinte índole: e) proporcionalidade
a) social
b) moral 22) A Lei nº 9.784, de 29/01/1999, que regula o processo
c) econômica administrativo no âmbito da Administração Pública
d) jurídica Federal, impôs a observância de alguns princípios já
e) territorial previstos expressamente na Constituição então vigente,
tais como os de:
17) Os atos administrativos, como exige a Lei nº9.784/99, a) legalidade, moralidade, eficiência e ampla defesa.
que regula o processo no âmbito da Administração b) legalidade, razoabilidade, publicidade e economicidade.
Pública Federal, devem ser motivados, com a indicação c) legitimidade, segurança jurídica, economicidade e
dos fatos e fundamentos jurídicos, exceto quando: publicidade.
a) agravem encargos ou sanções. d) eficiência, eficácia, impessoalidade e proporcionalidade.
b) decidam processo de concurso. e) impessoalidade, publicidade, motivação e eficácia.
c) declarem inexigibilidade de licitação.
d) decorram de reexame de ofício. 23) Nos processos administrativos, de que possam resultar
e) apliquem jurisprudência pertinente. sanções, conforme expressa previsão contida na Lei nº
9.784/99, quando ela for aplicável ao caso, não é de rigor
18) De acordo com disposição expressa na Lei nº9.784/99, a necessária observância, em relação ao administrado, do
que regula o processo administrativo no âmbito da critério de garantia dos direitos à:
Administração Federal, se não houver disposição legal a) apresentação de alegações finais.
específica, em sentido diverso, o prazo: b) comunicação das decisões proferidas.
a) para interpor recurso administrativo é de cinco dias. c) interposição de recursos.
b) para interpor recurso administrativo é de dez dias. d) produção de provas.
c) para interpor recurso administrativo é de trinta dias. e) interpretação a ele mais favorável.
d) para decidir recurso administrativo é de dez dias.
e) para decidir recurso administrativo é de quinze 24) Não é aplicável aos processos administrativos o
dias. princípio:
a) Do contraditório.
19) No âmbito da Lei Federal que regula o processo b) Da ampla defesa.
administrativo (Lei nº 9.784/99), assinale a exigência c) Da instrumentalidade das formas.
desnecessária para a formulação do requerimento inicial d) Do impulso oficial.
do interessado. e) Da inércia jurisdicional.
a) Identificação do interessado ou de quem o represente.
b) Formulação do pedido, com exposição dos fatos e seus
fundamentos. 25) Por decorrência do poder hierárquico da Administração
c) Domicílio do requerente ou local para recebimento de Pública, surge o instituto da delegação de competências.
comunicações. Assinale, entre as atividades abaixo, aquela que não pode
d) Comprovação do pagamento das custas administrativas ser delegada:
devidas. a) matéria de competência concorrente de órgão ou entidade
e) Órgão ou entidade a que se dirige. b) edição de atos de nomeação de servidores
c) decisão de recursos administrativos
20) Concluída a instrução do processo administrativo, a d) homologação de processo licitatório
Administração, nos termos da Lei Federal nº 9.784/99, e) aplicação de pena disciplinar a servidor
tem o seguinte prazo para decidir, admitida a prorrogação
por igual período: 26) Têm legitimidade para interpor recurso administrativo,
a) 10 dias nos termos da Lei 9784/99, exceto:
b) 10 dias úteis a) os titulares de direitos e interesses que forem parte no
c) 30 dias processo
d) 30 dias úteis b) aqueles cujos direitos forem indiretamente afetados pela
e) 15 dias decisão
c) os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou
55
interesses difusos do princípio da legalidade.
d) o Ministério Público da União
e) As organizações representativas, em se tratando de 32) De acordo com a legislação federal vigente sobre a
direitos e interesses coletivos matéria, a convalidação de um ato administrativo que
apresente defeitos
27) Na Lei 9784/99, que trata sobre o processo a) não é possível.
administrativo, estão previstos os deveres do b) é possível em caso de defeitos sanáveis,
administrado perante a Administração. Assinale, no rol desde que não gere prejuízos a terceiros ou
abaixo, aquele que não consta na norma acima ao interesse público.
mencionada: c) somente é possível se desse ato não
a) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé advierem direi tos adquiridos.
b) não agir de modo temerário d) é possível em qualquer circunstância,
c) prestar as informações que lhe forem solicitadas desde que respeitado o prazo decadencial
d) atuar de forma a impulsionar o processo de 5 (cinco) anos.
e) expor os fatos conforme a verdade e) depende da manifestação de vontade de
todos os particulares a quem o ato
28) Um dos elementos do ato administrativo é o motivo. aproveitou.
Recente norma federal (Lei 9784/99) arrolou os casos em
que o ato administrativo tem de ser motivado. Assinale, 33) A Lei nº 9784 que trata do Processo Administrativo
no rol abaixo, a situação na qual não se impõe a Federal conceitua órgão público, entidade pública e
motivação. autoridade. Sobre os conceitos, analise as seguintes
a) decisão de recurso administrativo afirmativas:
b) decisão de processo administrativo de seleção pública I. A entidade se caracteriza por ter personalidade jurídica
c) dispensa de processo licitatório própria.
d) revogação de ato administrativo II. Existem órgãos públicos na estrutura da Administração
e) homologação de processo licitatório Indireta.
III. Somente são consideradas autoridades os ocupantes de
29) É nota peculiar do processo administrativo a: cargos de direção, chefia e assessoramento.
a) ampla incidência do princípio da oficialidade. É/São verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s):
b) ocorrência apenas da coisa julgada material. a) I;
c) ausência do contraditório. b) II;
d) ausência da defesa técnica. c) III;
e) não previsão de tipicidade e de prazos recursais. d) I e II;
e) I e III.
30) É legalmente vedada, como regra, a delegação de
competência em se tratando da prática de ato: 34) O processo administrativo, em sentido amplo, designa o
a) administrativo vinculado conjunto de atos coordenados para a solução de
b) administrativo discricionário controvérsia no âmbito administrativo. Existem alguns
c) integrante de processo administrativo princípios próprios do processo administrativo, dentre os
d) de decisão de recurso administrativo quais o que assegura a possibilidade de instauração do
e) que importe exercício de poder disciplinar. processo por iniciativa da Administração Pública,
independentemente de provocação do administrado e,
31) Nos termos da lei geral de processo administrativo ainda, a possibilidade de impulsionar o processo
federal, a convalidação de um ato administrativo pela adotando todas as medidas necessárias a sua adequada
própria Administração instrução. Trata-se do seguinte princípio:
a) é admitida como regra geral, a) publicidade;
em decorrência da auto-tutela b) atipicidade;
administrativa. c) oficialidade;
b) não é admitida, em decorrência d) obediência à forma e aos procedimentos;
do princípio da inércia da e) gratuidade.
Administração.
c) é admitida apenas quanto a 35) Sobre a legislação de processo administrativo federal,
aspectos do mérito do ato. analise as afirmativas a seguir:
d) é admitida quanto a defeitos I. É necessária a motivação dos atos praticados nos
sanáveis, desde que se processos administrativos que neguem, limitem ou
evidencie não serem afetem direitos.
acarretados lesão ao interesse II. Uma vez deflagrado o processo administrativo por
público nem prejuízo a iniciativa do interessado, não será cabível o pedido de
terceiros. desistência.
e) não é admitida, em decorrência

56
III. Os recursos administrativos poderão tramitar em, no
máximo, três instâncias administrativas. 39) Aristóteles Júnior teve reconhecido determinado direito
São verdadeiras somente as afirmativas: com base em interpretação de certa norma administrativa,
a) I e II; adotada em caráter uniforme para toda a
b) I e III; Administração. Posteriormente, visando melhor
c) II e III; atendimento de sua finalidade, o Poder Público
d) I, II e III; modificou referida interpretação, em caráter normativo,
e) nenhuma. de forma retroativa, afetando a situação de Aristóteles,
que já se encontrava consolidada na vigência da anterior
36) No caso da matéria do processo administrativo, no orientação. A situação narrada afrontou o princípio
âmbito da Administração Federal, envolver assunto de denominado:
interesse geral, pode-se abrir período de consulta pública a) eficiência.
para manifestação: b) impessoalidade.
a) de entidades e associações legalmente c) publicidade.
organizadas, antes da decisão do pedido, d) razoabilidade.
mesmo que implique prejuízo para a parte e) segurança jurídica.
interessada.
b) das partes e de um representante do Poder 40) Com relação às normas que regulam o processo
Legislativo, desde que no início do administrativo no âmbito da Administração Federal
procedimento e antes do recebimento do direta e indireta, considere:
pedido. I. A competência é irrenunciável, mas o órgão ou
c) popular, antes ou após a decisão do pedido, autoridade competente poderá delegá-la, nos casos
desde que este não tenha transitado em previstos em lei.
julgado. II. O interessado poderá, mediante manifestação escrita,
d) de terceiros, antes da decisão do pedido, se desistir total ou parcialmente do pedido formulado e,
não houver prejuízo para a parte nessa hipótese, ao órgão ou à autoridade competente
interessada. caberá, tão somente, extinguir o processo
e) do Ministério Público, até o trânsito em administrativo.
julgado da decisão do pedido, mesmo que III. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
implique prejuízo para a parte interessada. decisão, a qual deverá, no prazo máximo de 05 dias,
encaminhá-lo à autoridade hierarquicamente superior,
37) NÃO está impedido de atuar em processo administrativo não cabendo reconsideração.
o servidor ou autoridade que: IV. O prazo para interposição de recurso administrativo é,
a) tenha participado como perito ou em regra, de 10 dias, contados a partir da ciência ou
representante. divulgação da decisão recorrida e, não havendo
b) venha a participar como disposição legal em contrário, o recurso deverá ser
testemunha. decidido no prazo máximo de 30 dias.
c) seja considerado sem interesse na É correto o que se contém APENAS em:
matéria objeto do processo. a) I e III.
d) esteja litigando judicialmente b) I e IV.
com o cônjuge do interessado. c) II e III.
e) esteja litigando d) II e IV.
administrativamente com a e) III e IV.
companheira do interessado.
41) De acordo com a Lei no 9.784/99, com relação à
38) Em um processo administrativo, sujeito à Lei no competência nos processos administrativos, é correto
9.784/99, a situação em que a autoridade responsável afirmar:
pelo processo seja amigo íntimo de parente de terceiro a) É vedada a delegação de
grau de algum dos interessados: competência a órgãos
a) é típica de impedimento, que deve ser argüido pela parte que não sejam
interessada. hierarquicamente
b) é típica de impedimento, que deve ser apontado pela subordinados ao titular
autoridade superior do órgão público em questão. da competência.
c) é típica de argüição de suspeição, cujo deferimento ou b) A edição de atos de
não caracteriza ato discricionário da autoridade caráter normativo pode
superior, portanto, irrecorrível. ser objeto de delegação
d) é típica de argüição de suspeição, a qual, se indeferida, de competência, por
é passível de recurso sem efeito suspensivo. expressa permissão
e) não se caracteriza como hipótese nem de impedimento, legal.
nem de suspeição. c) Inexistindo competência

57
legal específica, o administrativo, no âmbito da Administração Pública
processo administrativo Federal, envolver assunto de interesse geral, poderá ser
deverá ser iniciado aberto período de consulta pública para manifestação:
perante a autoridade de a) popular, antes ou após a decisão
menor grau hierárquico do pedido, desde que esta não
para decidir. tenha transitado em julgado.
d) O ato de delegação de b) da Advocacia-Geral da União, até
competência não pode o trânsito em julgado da decisão,
ser revogado pela ainda que implique em prejuízo
autoridade delegante para a parte interessada.
tratando-se de ato c) de terceiros, antes da decisão do
formalmente perfeito. pedido, se não houver prejuízo
e) A competência pode ser para a parte interessada.
renunciada pelos órgãos d) de qualquer representante do
administrativos a que foi Poder Legislativo, desde que no
atribuída como própria. início do procedimento e antes do
recebimento do pedido.
42) No que concerne ao processo administrativo estabelecido e) de entidades legalmente
pela Lei no 9.784/99, é INCORRETO afirmar: organizadas, antes da decisão do
a) Devem ser objeto de intimação os atos pedido, ainda que possa acarretar
do processo que resultem para o algum prejuízo para a parte
interessado em imposição de deveres, interessada.
ônus, sanções ou restrição ao
exercício de direitos e atividades e os 44) Analise:
atos de outra natureza, de seu I. O Executivo, Legislativo e Judiciário da União são
interesse. considerados autoridades.
b) Inexistindo disposição específica, os II. A unidade de atuação dotada de personalidade jurídica
atos do órgão ou autoridade é considerada entidade.
responsável pelo processo e dos III. Considera-se órgão a unidade de atuação integrante da
administrados que dele participem estrutura da Administração direta e da estrutura da
devem ser praticados no prazo de Administração indireta.
cinco dias, salvo motivo de força Para os fins da Lei no 9.784/99, que regulamenta o processo
maior, podendo ser dilatado até o administrativo no âmbito da Administração Pública Federal,
dobro, mediante comprovada está correta APENAS as afirmações de:
justificação. a) I.
c) Havendo pluralidade de interessados b) I e II.
na abertura de processo c) I e III.
administrativo, ainda que tiverem d) II.
conteúdo e fundamentos idênticos, e) II e III.
deverão ser formulados,
obrigatoriamente e em qualquer caso, 45) Segundo o disposto na Lei 9.784/99, a decisão
pedidos individuais e diversos. administrativa ilegal poderá ser impugnada por meio de
d) Quando a matéria do processo recurso que:
envolver assunto de interesse geral, o a) deverá ser interposto,
órgão competente poderá, mediante salvo disposição legal
despacho motivado, abrir período de em contrário, no prazo
consulta pública para manifestação de de 15 (quinze) dias,
terceiros, antes da decisão do pedido, contado a partir da
se não houver prejuízo para a parte ciência ou divulgação
interessada. oficial da decisão
e) O interessado poderá, mediante recorrida.
manifestação escrita, desistir total ou b) terá, como regra, efeito
parcialmente do pedido formulado ou, suspensivo e dependerá
ainda, renunciar a direitos disponíveis, de caução em dinheiro.
sendo que, havendo vários c) deverá ser decidido no
interessados, a desistência ou renúncia prazo máximo de 120
atinge somente quem a tenha (cento e vinte) dias, a
formulado. partir do recebimento
dos autos pelo órgão
43) Nas hipóteses em que a matéria do processo competente.

58
d) será dirigido à autoridade processos
que proferiu a decisão, a administrativos e sobre
qual, se não a solicitações ou
reconsiderar no prazo de reclamações, em matéria
5 (cinco) dias, o de sua competência.
encaminhará à d) os atos administrativos
autoridade superior. que imponham ou
e) tramitará no máximo por agravem deveres,
duas instâncias encargos ou sanções,
administrativas, salvo devem ser motivados,
disposição legal diversa. com indicação dos fatos
e dos fundamentos
46) Com relação à Lei que regula o processo administrativo jurídicos.
no âmbito da Administração Pública Federal, é e) a Administração deve
INCORRETO afirmar que: revogar seus próprios
a) o direito da Administração Pública de atos, quando eivados de
anular as atos administrativos de que vícios de legalidade, e
decorram efeitos favoráveis para os pode anulá-los por
destinatários decai em cinco anos, motivo de conveniência
contados da data em que forem praticados, e oportunidade.
salvo comprovada má-fé.
b) será permitida, em caráter excepcional e 48) Para fins da Lei 9.784/99, que regulamenta o processo
por motivos relevantes devidamente administrativo no âmbito da Administração Pública
justificados, a avocação temporária de Federal, considera-se órgão
competência atribuída a órgão a) superior a União, os Estados, o Distrito Federal e os
hierarquicamente inferior. Municípios quando atuam no aspecto político
c) a delegação de atos de caráter normativo é administrativo.
revogável a qualquer tempo pela b) o Executivo, assim como o Legislativo e o Judiciário da
autoridade delegante. União, quando no desempenho de suas funções.
d) o recurso administrativo interposto fora do c) a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica
prazo não impede a Administração de própria e vinculada à Administração direta e indireta.
rever de ofício o ato ilegal, desde que não d) a unidade de atuação integrante da estrutura da
ocorrida a preclusão administrativa. Administração direta e da Administração indireta.
e) em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem 49) O particular que requereu a instauração de processo
prejuízo a terceiros, os atos que administrativo
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser a) não pode desistir do processo.
convalidados pela própria Administração. b) pode desistir do processo, gerando necessariamente sua
extinção.
47) Em conformidade com a Lei que dispõe sobre o processo c) pode desistir do processo, competindo à autoridade
administrativo no âmbito da Administração Pública processante a faculdade discricionária de aceitar a
Federal, é INCORRETO afirmar que: desistência ou não, por seu livre convencimento.
a) os atos do processo d) pode desistir do processo, o qual no entanto poderá
administrativo não prosseguir se o interesse público assim o justificar.
dependem de forma e) apenas poderá desistir do processo se obtiver autorização
determinada senão judicial.
quando a lei
expressamente exigir. 50) O diploma legal de regência do processo administrativo,
b) a competência é no âmbito da Administração Pública Federal, ao impor
irrenunciável e se exerce que seja observado, entre outros, o critério de adequação
pelos órgãos entre meios e fins, vedando a imposição de obrigações,
administrativos a que foi restrições e sanções em medida superior àquelas estrita-
atribuída como própria, mente necessárias ao atendimento do interesse público,
salvo os casos de refere-se ao princípio da:
delegação e avocação a) segurança jurídica.
legalmente admitidos. b) moralidade.
c) a Administração tem o c) eficiência.
dever de explicitamente d) razoabilidade.
emitir decisão nos e) finalidade.

59
GABARITO ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1) C 3) C 5) A 7) C 9) D
2) A 4) D 6) A 8) C 10) A

GABARITO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / AGENTES PÚBLICOS

1) E 2) E 3) E 4) C 5) D 6) A 7) B

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

1) D 4) B 7) C 10) A 13) B 16) A 19) D


2) C 5) C 8) E 11) B 14) A 17) C 20) E
3) A 6) B 9) A 12) B 15) A 18) D

GABARITOS ATOS ADMINISTRATIVOS

1) A 9) D 17) E 25) C 33) C 41) A 49) A


2) D 10) A 18) E 26) E 34) C 42) D 50) A
3) D 11) D 19) E 27) C 35) C 43) C 51) E
4) C 12) B 20) B 28) C 36) E 44) D 52) D
5) E 13) D 21) C 29) C 37) E 45) A 53) D
6) C 14) C 22) E 30) E 38) E 46) C 54) A
7) C 15) E 23) C 31) C 39) E 47) B 55) B
8) C 16) C 24) E 32) C 40) E 48) B 56) D

60
57) B 62) A 67) C 72) D 77) C 82) D 87) B
58) C 63) B 68) A 73) C 78) C 83) B 88) B
59) D 64) D 69) A 74) A 79) C 84) A 89) D
60) A 65) C 70) B 75) C 80) E 85) B
61) B 66) A 71) E 76) A 81) E 86) B

GABARITO CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Arts. 37 ao 41)

1) C 6) E 11) E 16) C 21) C 26) B 31) C


2) E 7) C 12) C 17) E 22) E 27) B 32) B
3) E 8) E 13) C 18) E 23) E 28) D 33) E
4) E 9) E 14) C 19) C 24) C 29) D 34) A
5) C 10) C 15) C 20) E 25) D 30) C

GABARITO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / PODERES E DEVERES

1) C 4) C 7) C 10) E 13) B
2) D 5) E 8) D 11) E 14) D
3) D 6) B 9) D 12) C

RESPONSABILIDADE CIVIL

1) C 2) E 3) B 4) B 5) C

GABARITO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

1) C 6) E 11) A 16) C 21) B 26) D


2) E 7) C 12) D 17) C 22) A 27) D
3) C 8) C 13) E 18) E 23) E 28) A
4) E 9) E 14) A 19) A 24) B 29) B
5) C 10) B 15) B 20) C 25) D 30) E

GABARITO LEI 9.784/99

1 C 2 A 3 D 4 A 5 A 6 B 7 D 8 E 9 D 10 C
11 A 12 E 13 C 14 D 15 E 16 B 17 E 18 B 19 D 20 C
21 B 22 A 23 E 24 E 25 C 26 D 27 D 28 E 29 A 30 D
31 D 32 B 33 D 34 C 35 B 36 D 37 C 38 D 39 E 40 B
41 C 42 C 43 C 44 E 45 D 46 C 47 E 48 D 49 D 50 D

61

Potrebbero piacerti anche