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GOIÂNIA
2016
1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2 METODOLOGIA.......................................................................................................4
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA....................................................................4
2.1.1 Parâmetros geométricos......................................................................................6
2.1.2 Parâmetros de relevo e drenagem......................................................................9
2.2 LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS PLUVIOMÉTRICOS...............................11
2.3 PREENCHIMENTO DE FALHAS E ANÁLISE ESTATÍSTICA…...........11
2.4 POLÍGONOS DE THIESSEN E ÁREAS DE INFLUÊNCIA.......................12
2.5 PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS DIÁRIAS......................................................13
3 RESULTADOS.........................................................................................................18
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA..................................................................18
3.2 LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS PLUVIOMÉTRICOS E SUAS ÁREAS DE
INFLUÊNCIA NA BACIA (POLÍGONOS DE THIESSEN).....................................19
3.3 PREENCHIMENTO DE FALHAS E ANÁLISE ESTATÍSTICA...............21
3.4 PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS DIÁRIAS......................................................22
4 CONCLUSÃO...........................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................26
2
RESUMO
Este trabalho apresenta uma análise da bacia do rio Meia Ponte, utilizando
ferramentas disponibilizados pelo professor, assim como critérios preestabelecidos pelo
mesmo para a escolha da bacia. Foi feito um estudo das características da bacia,
localização dos postos pluviométricos que exercem influência sobre a área da bacia por
meio dos polígonos de Thiessen, preenchimento de falhas mensal, análise estatística para
cálculo da média e desvio padrão mensal e anual, cálculo das precipitações médias
mensais e anuais e, por último, as probabilidades de ocorrência de máximas diárias
considerando a Análise de Frequência, o método de Normal, Log-Normal, Gumbel, Log-
Pearson Tipo III.
3
1 INTRODUÇÃO
Segundo uma antiga definição, hidrologia é a ciência que trata da água na terra,
sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua
reação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas (CHOW, 1959,
apud TUCCI, 2000).
2 METODOLOGIA
Os principais afluentes do Rio Meia Ponte, pela margem direita, são o Rio
Dourados e os ribeirões Santa Bárbara, Paraíso e Boa Vista; pela margem esquerda, são
5
os ribeirões João Leite, Formiga, Boa Vereda e Rio Caldas. Seu curso tem direção norte-
sul na maioria de sua extensão, sendo responsável pelo abastecimento de cerca de 70%
da capital goiana, Em função disso, é considerado o mais importante de Goiás (COUTO,
2010).
A área (A) da bacia é a área em projeção horizontal inclusa entre seus divisores
topográficos e o elemento básico para o cálculo das outras características físicas. É
determinada por planimetria em cartas topográficas, onde os divisores da área são pontos
de máxima altimetria na região, e é usualmente expressa em km2 ou ha. Para a delimitação
da bacia e obtenção da área da mesma foi utilizado a ferramenta HidroWeb da Agência
Nacional de Águas (ANA), no qual foram empregados dados da SRTM (Shuttle Radar
Topography Mission), com resolução espacial de 90 m e o módulo ArcHydro Tools 1.4,
do sistema ArcGis 9.3 (HIDROWEB, 2016).
2
= = =
2
Logo:
= 0,28
√
=
²
E ainda:
4
=
O índice de alongamento (KL) trata-se da razão entre os lados (LE o lado maior; lE
o lado menor) de um retângulo equivalente à bacia. Um retângulo equivalente é aquele
que possui mesmo perímetro e mesma área da bacia, onde:
,
= + −
4 16
,
= −[ − ]
4 16
=
9
que atinge a região mais remota da bacia leva para atingir o exutório (COLLISCHONN
& TASSI, 2010).
Para o cálculo dos tempos de concentração (tC), foram utilizadas cinco equações
obtidas no Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem, do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sendo elas compatíveis com a bacia
hidrográfica delimitada.
a) Fórmula de Kirpich:
,
= 0,95
c) Fórmula de Pasini:
√
= 0,107
√
d) Fórmula de Ventura:
= 0,127
e) Fórmula de Giandotti:
4√ + 1,5
=
0,8√
Sendo, para todos os casos anteriores:
tC - tempo de concentração, em h;
H - desnível máximo, em m;
S - declividade, em m/m.
Em seguida calculou-se a média dos valores encontrados para cada uma dessas
equações, obtendo-se assim o tempo de concentração médio.
11
Sendo assim, foi possível gerar uma planilha no programa Excel com uma série
de dados desses postos pluviométricos. Contudo, para esse trabalho, a análise ficou
restrita apenas às precipitações máximas e totais em cada mês. Também foi realizada uma
filtragem dos dados dessa planilha, uma vez que se tinha interesse apenas nos dados com
nível de consistência 2, sendo aqueles com nível de consistência 1, descartados.
∑ ∑
²= ( − ) +( − )²
( , )=
1 1
∑ ∑
² ( − ) +( − )²
ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise estatística foi realizada a partir dos dados retirados dos Vetores-Colunas
determinados anteriormente, sendo calculadas a média e o desvio padrão, tanto anual
quanto mensal, de cada estação pluviométrica.
Ao utilizar esse método na bacia do Rio Meia Ponte, o que se realizou foi a seleção
de apenas dez postos pluviométricos escolhidos estrategicamente de modo que eles
fossem suficientes para coletar os dados referentes à precipitação ao longo do tempo
daquela bacia a partir da área de influência de cada um dos postos.
Com isso, por meio do programa AutoCAD, foi possível obter os dez polígonos e
suas respectivas áreas que somadas formam a área total da bacia em estudo.
Análise de Frequência:
1
=
Distribuição Normal
−
=
Em que:
µ - média da amostra
Sendo que a relação entre “z” e a probabilidade de ocorrência pode ser obtida
através da seguinte tabela:
Distribuição Log-Normal
Distribuição de Gumbel
= − . 0,45 + 0,7797. ln ln
−1
Em que:
x - probabilidade desejada
μ - média da amostra
TR - tempo de retorno
O modelo de Log – Pearson Tipo III baseia-se em três parâmetros: média, desvio
padrão e assimetria. Sendo, primeiramente, necessário definir a assimetria através da
seguinte fórmula:
1
= . ( − )³
( − 1)( − 2)
Onde:
G - Grau de Assimetria
- média da amostra
log( ) = log( ̅ ) + . ( )
Sendo:
K - valor tabelado
Caso a interpolação seja inviável (TR superior a 200 anos), para se obter o valor
de K, utiliza-se a fórmula abaixo. Para os dados em questão, admiti-se G= 0,6.
2
= 1− . +1 ³−1
6 6
= √2 ln
Onde:
G - coeficiente de assimetria.
Após todos esses passos é necessário apenas calcular a exponencial, assim como
o caso da distribuição Log-Normal para se obter a “verdadeira probabilidade”.
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3 RESULTADOS
Com base nos dados coletados por meio dos programas Google Earth, AutoCAD,
site HidroWeb e demais pesquisas em internet e livros acadêmicos, segue abaixo os
resultados referentes à bacia do Rio Meia Ponte.
Tabela 2 – Características físicas e de relevo da bacia do Rio Meia Ponte com relação
aos dados obtidos.
Característica Valor
Área (km²) 12300
Comprimento da bacia (km) 296,1
Comprimento do rio principal (km) 337,6
Comprimento do rio principal sinuoso (km) 471,6
Perímetro (km) 768
Declividade baseada nos extremos (m/km) 1,74
Declividade 5-95 (m/km) 1,24
Declividade 15-85 (m/km) 0,79
Índice de compacidade 1,94
Fator de forma 0,14
Índice de circuncidade 0,42
Índice de alongamento 9,89
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Tabela 4 – Postos pluviométricos escolhidos para análise da bacia do Rio Meia Ponte.
Tipo de
Nº Código Nome Município Lat Long Alt (m)
Coleta
1 1649006 INHUMAS Inhumas -16.3767 -49.4950 814 Convencional
OURO VERDE Ouro Verde
2 1649009 -16.2186 -49.1978 1077 Convencional
DE GOIÁS de Goiás
3 1649004 GOIANÁPOLIS Goianápolis -16.5164 -49.0203 1007 Convencional
Convencional/
4 1649013 GOIÂNIA Goiânia -16.6736 -49.2640 751
Telemétrica
5 1749005 PIRACANJUBA Piracanjuba -17.2894 -49.0272 780 Convencional
6 1649001 ARAGOIÂNIA Aragoiânia -16.9119 -49.4522 876 Convencional
Convencional/
7 1749003 MORRINHOS Morrinhos -17.7328 -49.1153 806
Telemétrica
8 1749004 PONTALINA Pontalina -17.5169 -49.4417 651 Convencional
9 1749002 JOVIÂNIA Joviânia -17.8094 -49.6264 843 Convencional
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Tabela 5 – Áreas de influências dos postos pluviométricos da bacia do Rio Meia Ponte.
Número dos postos Nome dos postos Área (km²)
1 Inhumas 964,56
2 Ouro Verde de Goiás 650,78
3 Goianápolis 1593,03
4 Goiânia 1650,69
5 Piracanjuba 1495,17
6 Aragoiânia 1117,41
7 Morrinhos 842,59
8 Pontalina 1367,55
9 Joviânia 1044,23
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Não foi possível fazer as correções, visto que todos os postos pluviométricos
apresentavam falhas no mesmo ano, exceto o posto de Goiânia (Nº 4). Por conta dessas
falhas, nos anos de 2000, 2001, 2006 e alguns meses de 2002, que não tinham registros,
a correção se tornou inviável por qualquer modelo de preenchimento de falhas.
Com isso, a partir das informações obtidas no site da ANA, em todos os postos,
com exceção do da capital do estado, utilizou-se apenas os registros dos anos de 1973 a
1999, para fins de coletas de dados. Em Goiânia, obteve-se informações de 1973 a 2006.
Análise estatística
JOVIÂNIA MÉDIA 300,1 205,2 204,7 91,8 33,9 10,4 6,1 14,7 53,5 117,7 204,0 296,1
DESVIO 139,5 97,3 94,1 66,7 39,1 18,7 11,9 22,1 38,5 72,3 98,6 153,1
MORRINHOS MÉDIA 264,0 187,9 203,1 89,0 37,6 9,1 5,4 17,0 57,5 120,1 205,7 282,0
DESVIO 136,1 107,3 82,0 54,0 36,0 16,2 6,9 25,0 40,7 61,0 79,3 110,2
PONTALINA MÉDIA 257,8 175,2 192,7 104,0 39,3 8,1 5,2 11,3 46,2 115,8 186,6 262,0
DESVIO 132,6 87,4 88,2 59,8 42,8 12,7 9,6 20,2 34,5 63,7 74,1 100,2
PIRACANJUBA MÉDIA 366,0 252,7 288,2 131,7 40,5 6,6 8,4 24,7 65,7 163,2 266,0 381,7
DESVIO 141,6 132,4 141,8 95,0 30,5 15,3 16,0 55,1 50,0 81,5 82,1 150,3
Média Mensal - 268,8 198,2 221,3 104,4 35,6 9,0 6,0 15,1 51,1 133,5 208,2 276,2
(Fonte: Agência Nacional de Águas – ANA).
Através dos métodos utilizados para a análise dos dados levantados, obtiveram-se
os seguintes resultados, dispostos nas Tabelas 7 a 11, a seguir. Foram consideradas, na
resolução desses métodos, as máximas precipitações anuais para o posto de Goianópolis
(Nº 3), no período de 1973 a 1999.
200 -
1000 -
10000 -
(Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA).
Esse primeiro método não permite obter a precipitação para tempos de retorno
superiores a 26 anos, uma vez que os dados coletados são referentes apenas a esse período
máximo, de 1973 a 1999.
O método de distribuição Normal, por sua vez, permite obter a precipitação para
um tempo de retorno superior ao período de coleta de dados pelos postos pluviométricos,
como se nota na Tabela 8, acima. Da mesma maneira, os modelos de distribuição Log-
Normal, Gumbel e Log-Pearson Tipo III, a seguir, também não se restringem quanto à
obtenção da precipitação para tempos de retornos superiores a 26 anos. As tabelas 9, 10
e 11, conteem os dados obtidos por meio desses 3 últimos métodos.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS