Sei sulla pagina 1di 67
Breve introdugao histérica: ‘A origem do notarlado podemos encontré-la na cidade de Roma, numa poca em que 0s notariferam escreventes pablices, os quals prestavam 0 seu servico a0 publica limitando-se a escrever por notas, reigindo os documentos que ihe eram solicitados, nfo estando ainda no dotados de f6 publica (0s tabeliées, que viram a sua fungSo ofcalizada com Constantino, s80 profissionais jé mais préximos dos natarios mademos. Prestavam juramento perante 0 perfeito © dele recebiam um anel, como sinal da sua fungao. A principal fungdo dos tabeliées era dar forma escrita & vontade das partes. Com o Imperador Justiniano, os tabelides passaram a ter uma formagéo Juridica especializada. Aqui comeca 8 ganhar forma a vocagdo do netariado para dar forma legal e auténtica a vontade das partes. Em Italia, nos séculos Vil e Vill, a func3o do notario vé alcangado prestigioe relevo social, 0 que se fol consolidando com o decorrer dos anos @ @ evolugdo das sociedades. No século Xi jé encontramos a figura do Notario Publico, dotado de f6 piblica, que dé forma legal solene aos actos em que Interver, EE assim em Italia, mas também noutros paises como a Franga, onde no ano de 1270 foram criados, em Paris, 60 notiros. EM PORTUGAL: Nas Ordenagées Afonsinas © notariado também terd surgldo no século Xill devido & influéncia do Aireito justnianeu. Fol contudo apenas final do século XIX que o tabelionato foi stubstituido pelo notariado moderno, fungao piblica exercida por juristas especializados, entio profissionas lberai. Portugal fol um dos paises fundadores da Unio Interacional do Notariado, no ano de 1947, com mais 17 paises. Em 1949, 0s notérios portugueses passaram a ser funcionérios pablcos, quer quanto A fungdo quer quanto A relago juridicoaboral. Pasearam a exercer @ sua actividade como funcionérios do Estado sendo por este remunerados, embora em moldes significativamente diferentes da generalidade dos funcionsirios palices. A privatizagio Em 1995 foi aprovado © primelro diploma legistativo que consagrava 8 liberalizage do noteriado pertugués, 0 qual contude fol abjecto da veto presidencial. Tal fundamentouse no facto de 0 Govemo estar em final de mandato, devendo a opgéo por reformas de fundo ser deixada ao executivo que viosse a sair das eleigdes do ontéo. (© Governo seguinte voltou a consagrar a privatizagéo do notariado como uma das reformas a concretizar, tendo sido para o ofelto, consttulda uma comiss8o ad hoc, presidida pelo Prof. Jodo Caupers. Dos trabalhos desta comissdo resultou um pacote legislative que acabou por ser aprovado, na generalidade, pela Assembleia da Repibica, em 1999, no ditimo dia de legislatura, (© Govero que se seguiu, no entanto voiou 20 abandono a reforma do notariado @ qualquer movimento no sentido da liberalizagdo ou da privaizagzo, Finalmente o caminho da privatizagdo @ da moderizacao do notariado fol retomado pelo Govemo Portugués, no ano de“Z004, que conclulu 0 que antes havia sido abortado, por uma ou outa razao. Com 0 pacote legislate publicado em 2004, nomeadamente os Decretos-Lels n°26/2004 e n*27/2004, ambos de 4 de Fevereiro - que aprovam, respectivamente, 0 Estatuto do Notariado @ 0 Estatuto da Ordem dos Notérios - © Estado Portugués deu expressio legal & reforma e & modemizagso do notariado portugués, convidando os notérios a trocar o funcionalismo publica pela iniciativa privada, NOTARIO E A FUNCAO NOTARIAL = © notério & considerado 0 * O juiz da paz’, pela formalizagao de actos Juridicos extrajudiciais, conferindo autenticidade, por via da fé piblica de que {goza © que the 6 conferida polo Estado e da qual resulta a force probatéria materiale formal dos ttuos e documentos por ole exarados. CCaracteristicas € tonicas essencials da sua fungéo: + Asessoria — 0 notirio deve prestar essieténcia as partes ajustando @ vontade dectarada pelas partes as exigéncias legals. = Numerus clausus ~ 0 exercicio da actvidade depende da atrbuigao de uma licenga, Esté prevista a revisdo do mapa de atibuigSo de licengas de 5 em § anos. — artigo 6° do Decroto — Estatuto do Notariado = Competéncia territorial: circunscrigéo temtorial do municipio onde esta Instalado do municipio: artigo 7° do Estatuto do Notarlado @ artigo 4° n° 3 do Cédigo do Notariado. Dentro do concelho onde se encontra domicliado 0 notirio pode praticar todos 0s actos da sua competéncia, nomeadamente actos sobre bens ou com pessoas que no selam desse concelho, © artigo n? 7, n° 3 prevé uma cexcepgdo a esta regra Exemplos: ‘A, notitio em Barcelos vai realizar uma eseritura, em casa de uma senhora que fica numa aldolasita nos limites de Barcelos. B, residente na cidade do Porto veio a Barcelos fazer uma eseritura de compra evenda CC, notario em Braga fez um testamento a uma casa particular sita om Barcalos. (Costa situagio néo é permitida) « Prtica de actos por trabalhadores / Substituigio do notério (© notério pode autorizar os trabalhadores a0 seu servigo a realizarem deteminadas tarefas ~artigo 8° do Estaluto do Notariado ~ contudo deve-se ter ‘em atengSo a questéo do r° 2 do mesmo artigo relativo aos actos vedados aos trabalhadores por conta do notério, Levantou-se @ questéo da clausula geral da parte final deste numero dois sobretudo quanto a questo de elaboracso das procuragdes, tendo Instituto dos Registos © Notatiado fimmado 0 entondimento que nas procuragies efectuadas por instruments pibiico & necessétio interpretar a vontade das partes, pelo que tal acto esta vedado 20s referidos trabalhadores. © notério nas suas auséncias e impedimentos deve ser sempre substtuldo por ‘outro notatlo. No artigo 9° do Estatuto do Notariado encontra-se a forma de substitvigdo, PRINCIPIOS DA ACTIVIDADE NOTARIAL Principio da legalidade: arigo 11° do D.L. n° 26/2004: O notério deve verificar sempre a legitimidade dos interessadosiregularidade formal substancial dos documentos e legalidade substancial do acto, (© notério deve sempre RECUSAR a pritica de acios nulos quer por nao ccaberem na sua competéncla (autorizagbes judicieis), ou por estar impedido de praticar determinado acto. (ver principio da imparcialidade) + Se se levaniar alguma quesio ou dividas sobre as facuidades mentsis 0 notério, ou as partes podem solicitar a intervengio de 2 peritos mécicos = Em casos onde se verifique a existéncia do vicio da anulablidade ou a existéncia de ineficécia 0 notério no se pode recusar a realizar os actos. Contudo, deverd efectuar no acto a necesséria adverténcia da anulabilldade ou Inoficdcia. Exomplos de advertencias: "Advert os outorgantes de que este acto & ineficaz em relagao a0 dono do rnegécio, enquanto por ele ndo forratificado.” - GESTAO DE NEGOCIOS "Advert os outorgantes da anulabildade deste acto nos temos do artigo 1687° do Cédigo Civil por falta de consentimento do cOnjuge da quarta outorgante” Principio da autonomia: artigo 12° do D.L. 26/2004, © notétio deve exercer a sua profisso de forma independente quer a interesse piblicos quer a interesses privados. Principio da imparcialidade: artigo 13° do DL. 24/2008 Ver aqui @ questo dos impedimentos que também se encontram no aitigo §* do Cédigo do Notariado. Atengéo que na extenso dos impedimentos ha divergéncia nas ‘excopg6es que se encontram previstas no n° 2 do artigo 14° do referido decreto-ll e no n* 2do artigo 6° do Cédigo do Notariado. Principio da exclusividade: artigo 15° do DL. n? 26/2004 Principio da livre escolha: artigo 16° do DLL. n? 26/2004: ost vedada a angartagio de clientela © as formas de publicidade s80 apenas as provistas, esse atig. LIVROS /INDICES E ARQUIVOS Os actos notarials podem ser lavrados em Livros, em instrumentos fora do livro de notas ou no préprio documento a que respeitm. Os livros padem dividi-se em dois grupos: os livros de notas ~ livros para escrituras diversas © livtos para testamentos publics © para escrituras do Tevogacao de testamentos © 0s livros espetiais que s80 os que constam nas rastantes alineas do artigo 7° Encademscdio dos los: atigo 21° - 08 livros devem, em principio, ser encadernados antes de seram utlizades. Contudo, s6 08 livros manuscritos & que so previamente encademades. Os outros devem sélo, depois de uilizados, devendo ter um minimo de cem folhas ¢ um maximo de cento © cinguenta folhas, LLeaalizacdo dos livos: Antes da sua utiizagdo todos os livros devem ser legalizados — artigo 22° - que consiste no preenchimento dos termes de abertura e de encerramento, na rubrica das folhas e na numeragdo de todas clas, © termo de abertura deve mencionar 0 numero de ordem, a letra, 0 destino do livro @ o nome do notério e sede do seu cartéro notarial, ¢o termo do encerramento deve indicar © ndmero de folhas do live @ a rubrica ueeda, Magos de documentos ~ artigo 28° - Existem vérios documentos, que para além dos livros, ficam arquivados no cartério em mages distintos © pela ordem eronolégica dos actos 2 que respeltam ou da sua apresentagao, sendo que a organizago dos masmos deve ser a que consta daquete artigo Quanto aos documentos utizados para integrar ou instruir actos notarial, @ regra é a do sou arquivamento, - art? 27 CN (Os documentos sé serdo exibidos quando a lei determine o contrrio ou apenas exja a sua exibigao. Quanto & utllizago de documentos arquivados, rege 0 at® 45° do CCN; & permitdo 0 uso desses documentos, desde que os mesmas néo tenham sofrde alteragées quanto 20 seu contelido © estejam dentro do prazo de validade. Ver excepgao do n’ 2 do art? 49°, quanto as cortdées do registo comercial Segredo profissional e informacées — art? 32° do CN. REGRA: antes do serem lavrados ha segredo, depois os acios tomai-se pablicos. Enquanto 0 acto no for realizado, tudo 0 que the diga respeito & sigioso, incluindo @ propria marcagdo da escrtura Lavrado © acto cessa a obrigacio do siglo, uma vaz que o acto so toma palico, ‘Quanto & consuita de lvras,o notiio néo & obrigado a mostrar os livros existentes no Cartério, senéo nos casos provistos na lel (caso da consulta por advogado ou solictador), porém 6 obrigado @ prestar todas as informacSes, vorbais quanto aos mesmos. Regime de verdadeira confidenecialidade no que se refere a testamentos: salvo ao testador ou a procurador com poderes especials, sé mediante a exibigao de certidéo de Sbito se posers forecer dados quanto & existéncla, @ por maioria de razo quanto a0 contetido. No caso de revogagao de testamentos, ainda que o interessado presente corlidéo de dito, impossbilldade de fomecerinformagdes quanto 20 contetide do testamento revogado, No caso porém, de o testamento revogado conter uma perfhagdo, & uma vez que esta & irevogavel independentemente da ravogagdo do tostamanto (arf 1868 CC), do mesmo podem ser emitdas certddes parciais. ~ At? 363 do CC - Documentos escitos, podem ser: Documentos auténticos REMISSAO 00 ARTIGO 5° DO CN. PARA 08 ARTIGOS 363 E $$ DO CODIGO CIVIL Documentos particulares - podem ser autenticados, se confimados perante 0 notario, ou ter reconhecimento notarial, se a letra @ assinatura ou ‘86 a assinatura forem reconhecidas pelo notario. ‘880 assim auténtices os actos exarados pelos notérios nos livros de notas ou ‘em instrumentos avulsos @ os certficados, certidées e documento anélogos, por ele expedidos; Nos documentos particulares a intervenco do noléri, se exist, & posterior & sua conclusdio, Reconhecimentos de sssinaturas — 6 se considera vordadeias as assinaluras — 0 notério ndo tem que fiscalizar a validade intrinseca de um documento particular ainda que soja para colocar um termo de autenticagéo — excepglo— ver artigo 157° ‘Aei no impo os materiais que devem ser usados na composigo dos actos, desde que sejam de cor preta e confram a escita duragao © Inaterabildade — artigo 30°. E permitiio 0 uso de qualquer processo grifico, escrita A mao ou a maquina, contanto que a eserita seja nitida @ perceptivel, mas enquanto nos testamentos 0 seu processamento informatica 6 a excepeo, devendo o ‘suport informatica ser destruldo logo apés a sua ullizacSo, as escrituras podem e devem ser processadas informaticamente ~ artigo 38°. ‘Atigo 40° n® 3 ~ 08 actos notariais s8o, regra geral escrites por extenso © sem espagos em branco, contudo no artigo referido encontram-so 08 casos taxativos de uso de algarismos e abreviaturas. Artigo 41° - obrigatoriedade de serem ressalvadas as palavras tragadas, ‘emendadas, escritas sobre rasuras ou entrelinhadas, sendo que as palavras do ressalvadas consideram-se ndo escrtas, sem prejuizo do disposto no artigo 371° do Cédigo Civil, © as tragadas, mas legivels, que no forem ressaivadas consideram-se néo eliminadas. — Ver artigo 70° n° 1 alinea c) do CN. sobre a nulidade do acto por viio de forma. Requisitos gerais dos instrumentos notariais ~ ar 45° CN Cinstrumento notarial dvide-se em trés partes: ‘A primeira contém 2 denominagao do acto, 0 dia ¢ lugar da colebracdo, a Identitcago do notério ( ou seu substitu legal) € do local — outorgantes © seus representantes @ da verificagdo da identidade dos mesmos, ‘A segunda reporta-se ao contetido do acto ou negécio juriico e contém a declaragdo de vontade das partes. Por Giimo, uma terceira onde se dai cumprimento a disposigdes do CN 1ou de outras normas legals © se indicam os documentos arquivados € exibidos, a intervenedo de testemunhas, abonadores, perios e tradutores e se fazom as adverténcias legals, terminando com a leitura © explicagdo do Instrumento, as assinaluras @ a referéncia & estatistica, conta e liquidagao do sale artrio -, dos 4. Identificagéo das outorgantes ~ 46°/1 ¢) CN = Pessoas singuiares: nome completo estado chil - naturaidade; = residéncia ‘Se algum dos outorgantes ndo for portugues, indicar naclonalidade (excepto se interior como representanto, ou doctaranto em esortura de habiltagSo ou |ustiicagao notarial) — 46/4 CN Se 0 acto se destinar a registo, Indicar nome do ebnjuge e regime de bens do outorgante — 47°/1 a) ON. (© ndmero de contribuinte deve ser sempre incicado quando © acto tenha relevancla fiscal Nota: os procuradores $6 t8m de ser identiicados pelo nome, estado cul, naturalidade e residéncia, nunca pelo nome do cBnjuge, regime de bans ou NIF, uma vez que 0 acto no produz efeltos na sua esfera juritica, mas na do seu representado. = Pessoas colectivas: = tipo de sociedade; - firms; sede; - matricula; ~ nas sociedades de capitals, polo montante realizado (que pode ‘no coincidir com capital proprio) - Demais pessoas colectivas: ~ donominagao: -sede. \Verificacao da identidade dos outorgantes — 46%/1 d) © 48° ON 2) conhecimento pessoal b) Bihete de identidade (actualmente 0 seu substituto ~ cartéo de cidadéo), documento equivalente ou carta de condugdo quando emiides pela autoridade competente de um pais da UE; ©) passaporte; 4) declaragéo de dois abonadores, Os documentos referidos nas alineas b) @ c) devem ser mencionados pola sua data de emissio ( no cartéo de cidadao a sua data de validade) © 0 servigo emitente © 0s dados no podem diferir dos fomecidos pelos outorgantes a menos que seja relativamente a residéncia ou estado cil, sendo 0 {que neste ultimo caso se comprove por documento que essa alleracso ocorreu ha menos de seis mesos, Roprosentacdo — 46°/1 «) CN A lei exige que se faga referencia s procuragdes e documentos que jusifiquem 2 qualidade de representante, sendo que em casos de ropresontagdo legal ou orgdnica tom que se veriicar a existéncia de poderos ecessaiios para o acto Representagao legal © poder paternal cate a ambos os pais, ainda que separados, logo so um deles no intervier no acto, deve indicar-se o motivo da sua ausénca. No caso de $6 um doles ser detentor do poder patemal, basta @ sua Intervengao, desde que exlba: certiddo do Acordo ou da Sentenga que regulou © poder paternal ou certo de nascimento do menor com 0 a regulago do poder paternal avorbada Tratando-se de acto para 0 qual seja exigida 2 autorizagao do Ministerio Pblico (1889" © 1990° do CC), 6 necesséria a apresentagao da ceridao de autorizagéo do MP. Representacio de incapazes Existindo tutela ou curatela 6 necosesro fazer prova da qualidade de tutor ou curador. ‘Representagao Voluntéria — 46°/1 6) CN Genericamente sio as situagées de procuracso, Procuragées flcam sempre arquivadas, podendo ser aproveitadas procuragses Jé arquivadas no Carrio ~ 45° CN - desde que néo revogadas, ‘Obviamente que em casos de substabeleclmentos deve-se arquivar nao $6 0s substabelecimentos como as procuragées. Para determinados actos néo é suficlente uma procuragéo genérica: Ex. procuragSes entre cBnjuges tém que especificer © acto; procuragées para doagSo t8m que designar o donataro @ 0 objecto da doacao. Podem ser passadas a pessoas colecivas, como sociedades ou aseociagSes, sendo quo, nesta situaglo & determinaglo das pessoas fisicas ‘que poderdo exercer esses poderes depende do disposto nos respectivos cestatutos , ou por deliberagdo dos érgdos competentes. Representagéo Orgénica Pessoas Colectivas de Dirsito Comum ‘A representagéo cabe a quem os Estatutos designarem. No caso de os mesmos serem missos cabe & Administragao em bloco ou quem por ele for designado, ‘Ap6s consulta aos Estatutos, devemos exigit: - fotocépia da acta de eleigio da Administragio; - fotocbpia da acta de tomada de posse da Administragaio; = eventualmente, fotocépia da acta de deliberagso de designagao de representante Pessoas Colectivas de Utlidade Publica Uma vez que oso sujeltas a registo, a prova dos poderes do representantes faz-se por certo do registo comercial. _Bessoas Colectivas de Direito Canénico AA prova 6 felta por eredencial emitida pele Diocese que refira a paticipagso a0 Govern Civil da pessoa colectiva © certfique quem a representa © quals os poderes do representante, - Concordata ontre 2 Santa Sé @ a Repiblica Portuguesa Pessoas colectivas religiosas ~ Lei 16/2001 de 22 de Junho (Lei da Liberdade Roligiasa) a possibllidade de adquifrem personalidade Juridica pelo registo no ‘competente departamento governamental ~ © Decroto-Lel n° 134/2008 de 28 cde Junho rou o registo de pessoas colectvas religiosas Socledades Comerciais A prova 6 feta pela certidao do registo comercial, valida por um ano — 49° CN. Estando a certidéo arquivada, ainda que fora de validade, poderd ‘ser aceite, desde que os representantes © os sous poderes de geréncia se mantenham Inalterados @ todos os membros da Administragao ou da Geréncia fagam uma 2 doclaragao nesse sentido, sob sua responsablliade, dectaragdo essa que terd de ser feita em documento auténtico ou autenticado © que ‘card também arquivada, - 4993 CN. Porém caso se trate de acto dependente de deliberagio dos sécios, seré exigida também fotooépia da acta da Assemblela-geral da sociedade. A foloctpia da acta poderé ser dispensada desde que todos os sécios, Intervenham @ deliberem na prépria escritura, pols neste caso a deliberacso & tomada em Assemblela Universal Gestéo de Negocios (464° do CC) Trata-se de uma representagso sem poderes © por isso 0 negécio celebrado em nome do gestide (dono do negécio) ¢ ineficaz em relagdo a esta lenguanto por ele no for ratficado. © notario deverd fazer a adverténcia as partes da existéncia do vicio - 17472 0N. Abtigo 11° do Estatuto do Notariado Consequéncias: como ndo sabemos se o dono do negécio o val sor electivamente temos que identficar da mesma maneira o gestor e 0 gestido, © mesmo que este pudesse usulruir de alguma isengdo, ndo poderd na escritura Isso acontecer. Negitimidades conjuaais A. Caracterizagio dos Regimes de Bens permitdos pelo nosso Gédigo Cw ‘©rnosso CC permite adoptar um dos seguintes regimes de bens: 1. Comunho Geral de Bens 2. Comunhiio de Adquiridos 3. Separagdo de Bens (© regime supletivo 6, desde 07.08.1967, o da comunhio de adquiridos, pelo que no caso de os nubentes quererem estipular um outro regime de bens que nao esse, terdo que: ema omeneno 188700. s614]2——>lazolt 2. Comunhio de Adguirdos ~ 1722° CC ‘S80 bens préprios: - 0s que cada um tiver ao tompo do casamento 08 que vier @ herdar ou he forem doados apbs 0 casamento; 08 que adquiu apés o casamento em vitude de direlto proprio anterior. ‘Sao bens comuns: todos os adquiridos apés 0 casamento néo exciuidos por le. 3. Separacio da Bans - 1735 6c 'N&o existom bens comuns, seja anterior ou posteriormente 20 casamento. © que cada um comprar é seu bem préprio, logo serd necesséria a intervengzo e ambos os cOnjuges se pretenderem ser ambos proprietérios. No funciona aqui @ comunhéo conjugal, mas tio £6 um regime de compropriedade entre os cBnjuges. Este regime 6 imperativo ~ 17289 CC, nos seguintes casos: - casamento celebrado sem processo preliminar de publicagdes; = casamento celebrado por quem tenha mais de 60 anos de idade. 8 — llegitmidades conjugais propriamente ditas 1 ~ Nos regimes das comunhées (comunhéo geral de bens ou comunho de adquiridos) 1 Bens Iméveis Carece do consentimento de ambos os cOnjuges: a allenagdo, a oneragio, © arrendamento ou a constuigéo de outros direitos ppessoais de gozo sobre iméveis proprios ou comuns - 1682° -A nPt/a) CO; ~ a alionagdo, a onerag&o au a locagao de estabelecimento comercial préprio. ‘ou comum = 1882" - A n*t/b) CC; - @alionagéo, a onerago, 0 arrendamento ou a constituigéo de outros direitos pessoais de gozo sobre « casa de morada de famfla- 1682°- A n? 2 CC; = 0 repdidio de heranga ou legado ~ 168392 CC (mas ja néo a aceitagto de doagtes, herancas ou legados ~ 1683%/1 CO) ~ a disposigdo do direto ao arrendamento sobre a casa de morada de familia. carece também do consentimento de ambos os énjuges - 1682 —B CC. 2.No regime da Separagio de Bens ‘A regra 6 @ de que cada um dos conjuges pode dispor livemente dos sous bens. ‘86 soré necessério 0 consentimento de ambos os cOnuges, no caso de: - aalienagso, a oneragdo, o arrendamento ou a constituigso de outros direitos ppessoais de gozo sobre a casa de morada de familia - 1682° - An® 2 CC; - qualquer alteragdo relativamente & casa de morada de familia ~ 1682 -B CC Em qualquer dos regimes a falta de consentimento do oénjuge, quando necesséria, dé lugar & anulabildade do acto ~ 1687° CC. 0 consentimento deve ser prestado antes ou no proprio acto Sendo dado antes, deve ser especial, ou sola, indicar concretamente o acto para o qual estd a ser dado 0 consentimento © dove revestir a forma de procuragéo ou instrumento de consentimento. Postetiormente & outorga do acto e dada a anulabilidade $6 poderd ser sanado ‘mediante confirmagao, pelo que seré exigivel um instrumento de confirmagéo. Na segunda parte do instrumento notarial, encontramos as declaragbes de vontade das partes que integram 0 negécio jurico que as mesmas visam calebrar. 1s ‘Como requisito dos instrumentos sujeltos a registo prodial: ‘Menges relativas ao Registo e & Matriz ~ 54° a 58° CN A inscrigéo matricial (Finangas) ndo confere direitos, o titular inserto na rmattiz no & necessariamente o seu propritéro. Interessa to 86 para efeitos do tributagdo, para saber quem 6 0 suelo passivo dos Impostos, rnomeadamante o IM Difetentemente, 2 inscriggo do prédio no registo atrbul ao seu titular Luma presungo de propriedade, presungdo essa que 86 & eliiveljudicialmente. (© Cédigo do Notariado exige que nos instrumentos om que se descrevam prédios deve indicarse sempre se os mesmos se encontram descritos ou ‘omissos na Conservatérla ~ 84°/1CN, & Indicar o nmero da inscrigdo matricial, ou, no caso de os mesmos se cencontrarem al omissos, comprovar terem sido jé paricipados no Servigo de Finangas ~ 87/1 CN. = Quanto & prova: Da inscrigso Matrcia ~ Cortidao de teor (tanto para os risticos como para os urbanos)iou = Cademeta Predial Urbana (s6 para urbanos), ambas com 0 prazo de validade de um ano ~ 87°/2 CN. ‘Se 0 prédia se encontrar omisso nas Finangas, teré de ser provada por: + Declaragdo para inscrigéo de prédios urbanos na mattiz (Mod. 1), no caso de prédios urbanos: = Duplicado da partcipacao do prédio & matriz, no caso de prédios ristions. A valldade destes documentos ¢ também de um ano, ‘Sendo 0 acto para o qual o valor patrimonial tibutério assuma importéncia (como 6 0 caso das partihas ou doagses), a certidéo de teor ou da caderneta predial urtana tém de estar actualizadas hd menos de sels meses — 63° ON. = como de teor emitida pela Conservatiria do Registo Predial com antecedéncra no superior @ um ano ~ §4°/4 CN. ~ certo de omisso com o prazo de trés meses, no caso de prédios omissos = 54°/5 CN, Nota: no caso particular das esorituras de lustificagses, © prazo de validade das ceridGes da matiz ou da Conservatéria é s6 de trés meses. (© arf? 58° CN, exige a Harmonizago entre os clomentos da Conservatéria e das Finangas. Quanto & divergéncia da drea, on® 3 vem permitr que seja dispensada a harmonizago no caso de a diferenga ent a area fxada na Consonatéria e a fnxada nas Finangas, no exceda, face & maior, 20% no caso de prédios, ristioos (nfo submetidos a0 cadastro geométrico) © 10% no caso de prédios urbanos. Neste caso o interessado tera to $6 que fixar qual a area correcta: se ‘ada Conservatoria, se a das Finangas, Assim, a drea constante da deserigdo predial pode ser actualizada, no limite das percentagens atrés referidas e fixadas no artigo 28.°-A do Cédigo do registo Predial, se 0 propretéri inscrito declarar que a res correcta & a que consta da matriz, sendo que 0 recurso a esta faculdade para proceder & actualizagdo da doscrigdo ou mesmo & sua abertura, apenas pode ser ‘2fectuado uma inica vez, ficando o exercicio desta faculdade mencionado na descrgto predial Porém, se a diferenga de éreas for superior & tolerada, haveré que proceder do seguinte modo: = sendo a rea correcta a do Registo, junta um padido de recticagéo matricial da area; + sendo a érea correcta a do Servigo de Finangas, terd que pedir a rectiicago da descrigéo predial e para tanto, feré que al juntar uma planta nos termos previstos no artigo 28° C do Cédigo do Registo Predial: Planta do prédo elaborada por técnico habiltado @ declaracdo do titular de que no ocorreu ” alteragdo na configuragée do prédio; ou planta do prédio e deciaragso dos confinantes de que néo ocorreu aiterago na configuragéo do prédio Obrigatoriedade do Registo ou Dispensa do Registo Prévio — art's 54/2 © 3 © 65° CN Regra: obrigatoriedade do registo prévio ~ 64°72. CN. Este artigo estabeleceu uma obrigatoriedade indirecta do registo (embora o registo soja actuaimente directamente obrigatério), na medida em que exige que: para a transmisso ou oneragéo de um bem, ele esteja registades a favor do alienante ou onerante; ara a partiha de um bem, ele osteja registado a favor do autor da herange Excoocées: Dispensa de Registo Prévio nas situagSes do 54°73 a) eb) & 58° a) e). ~ 54°19 a) Refere-se a prédios descritos na Conservatéria Permite que alguém edquira um imével no mesmo dia o transmita a outrém 040 onere sem que previamente tenha que o registar a seu favor. Os pressupostos desta excepeao 880, por um lado, que as transmissbes se verifiquem no mesmo dia, por outro, que o notério tenha conhecimento dolas, seje porque ambas as escrituras foram realizadas no seu Cartéio, seja porque © Interessado exibe certidao da escnitura de aquisigao lavrada noutro cartrio. (© conhecimento pessoal do notério terd que ser mencionado na escritura ~ 54913 b) - Casos de urgéncia, (© perigo de vida terd que ser comprovade por pertos médieas, devendo rmencionar-se na eseritura 0 modo como fol comprovada a urgéncia ~ 56" a) = 55° a) Diferencia-se da excepgao do 5473 a), na medida em que se aplica a prédios omiseos ou desentos na Conservatérla, mas sem inserigao em vigor. Permite 20s herdelros de uma determinada pessoa partiharem ou transmitirem (0s bans da heranga, sem que os mosmos 6a encontram rogistados a favor do falecido ou em comunhéo hereditéria a favor dos herdeiros. Para tanto terdo {Ho 86 que invocar a qualidade de herdeiros, mediante escritura de *Habiltagso de Herdeitos" que efectuardo ou exibirdo, caso ja tenha sido felt, = 85° b) ~ A primelra parte do artigo faculta aos interessados a possibiidade de transmitir bens sem que os mesmos estejam registados a seu favor, desde que cexiba um titulo de aquisigdo valido, anterior a 1 de Outubro de 1984, Titulo valido para o efeito, sera uma esertura, um Inventério ou qualquer outra sentenca judicial que comprove validamente a ttularidade do transmitente, ‘A imposigdo da anterioridade @ 1 de Outubro de 1984, justifica-se pela entrada fem vigor do Cédigo do Registo Predial nesta data @ a obrigatoriedade indirecta de registo que ele veio exigi. Esta facuidade aplica-se quer a prédios omissos, quer a prédios desertos na Conservatéria, incluindo sltuagdes em que os prédios se tencontrem registados ainda a favor de antigos transmitentes. Neste cltimo caso, se bem que para efeitos de escritura bastard apresentar o titulo, para efeitos de registo, o adquirente teré que reconstituir as transmissdes desde 0 titular inserto até a sua (reconsttuir otrato Sucessivo). ‘A parte final do atigo reporta'se as situagdes de justiicagéo simultanea de direitos, facultando aquele que invoca a posse, mediante escritura de justificagao, transmit na mesma escritura o prédio outrem (ex. “Justiicagio Compra e Venda. Por fim, na terceia parte do instrumento notarial, encontramos: Arquivamento e exibigao de documentos — 40%/1f) ¢g) @ 27° CN ‘Quanto aos documentos, a regra é a do seu arquivamento, ‘A excepgao reporta-se aos casos em que a lei mencione soments 3 sua exbigdo (ex. certifcado de admissibdade de firma - 479/3 CN; certdéo de 19 omissdo de prédios ou do nlimara das descrieBes - 54°14 @ § CN; titulos anteriores 2 1 de Outubro de 1984 ~ 55° b); certicdo matricial, modelo 11 ou 8 participagdo para inscigdo dos prédios na matriz- 57°12 6 3), (ou quando a lei determine que nao fiquem arquivados (ex. certidao do bito para averbar 0 falecimento do testador, 20 testamento ~ 138° CN), Na divide 0 documento deve fear arquivad. |A meng dos documentos arquivados 6 feta nos termos do 46¢1 fe a dos exibidos nos termos do 461 g) Integram 08 proprios actos os documentos complementares nos termos previstos no artigo 64° do CN e por este facto qualquer certidéo ou fotocépla de tor integral deve reproduzir nfo s6 0 teor do instrumentos como também do préprio documento complementar. Adverténcas| Entre outras, 6 necessitio fazor a adverténcia aos intoressados: no caso de os actos serem anuléveis ou inefcazes; - de que Incorre no crime de falsas declaragées, o cabega de casal que em cesortura de Hablitagdo de Herdairos preste declaracées falsas, Intervenientes Acidentais No instrumento notarial, além das partes, podem Interv 1. Abonadores — para identificarem os outorgantes; 2. _Interpretes e Leitores — para, respectivamente, transmitrem © conteddo os actos aqueles que no percebam a lingua portuguesa ou sejam surdos, rmudos ou surdos - mudos; 3. Petes médicos ~ para garantrem a sanidade mental dos outorgantes; 4. Testemunhas ~ caso a lei as exia (ex. testamento), ou as partes ou 0 notério as requeiram. 20 ‘A Identificagdo dos intorveniontes acidentals 6 felta nos termos do 46°/1 h), @a -erifcagdo da sua identidede nos termos do 48°. Nos actos om que hala a intervengao de surdos, mudos ou de surdos- mudos, havera que actuar em conformidade com 0 art” 66", {A incapacidade ou inabiidade dos intervenientes acidentais determina a rnulidade do acto ~ 7192, dal que seja importante ter em atengdo 0 art? 68° que determina quem no pode ser interveniente, (© an 69° exige ainda 0 juramento legal aos intérpretes, peritos © leltores. Nao convém esquecer que a falta de declaragdo do cumprimento de todas as formalidades referentes intervengo de leitores ¢ intérpretes acarreta a nulidade dos instrumentos nas tarmos do artigo 70° r° 1 alinea b). LLeitura @ explicagio do acto ~ 46°/1 |) © 50° CN E obrigatéria a letra do acto, a menos que a8 partes a dispenser, por conhecerem 0 sau contotd. No caso de documentos complementares a sua letura é também obrigatri, podendo ser dispensada nos mesmos termos pelos interessados: artigo 50° & aD [ApS a litura, 0 not toré que fazer uma explicagdo sucinta do contaido do acto. Assinaturas ~ 40°/1 n) 851° ‘So feitas em seguida a0 contexto do acto. Em caso de actos lavrades fora do Livto de Notas, como eejam os documentos complementares da escritura, todas as paginas, com a excepgao da altima, tem de ser nibricadas, Embora nao seja obrigatirio na lei, por razdes metodotbgicas e de controto os Interveniantes costumam assinar pola ordem que foram nomeados, sendo a do notirio, ou se substituo a itima, Caso 0 interessado ngo saiba ou no possa assinar deve indicarse o motivo pelo quel no faz, apondo depots o outorgante a sua impressdo digital & margem do documento ~ 51°11, no sendo necessério ninguém assinar a seu r0g0. ‘As impressdes digitals s80 apostas pela ordem de identiicagdo dos ‘outorgantes e no final do instrumento, na margem oposta & lombada do lio. ‘Se forimpossivel a impresséo digital deve mencionar-se a existéncia e a causa dessa impossibiidade ‘A aposigo da impressdo digital pode sor substtuida pela intervencdo de duas testemunhas, excepto nos testamentos 6173. Outras mencées: As referéncias & estatistica, nos casos em que ela exista, a0 nimero da conta, 20 selo cobrado, sfo langados fora do contexto do acto, logo a seguir 8s assinaturas © rubricadas pelo notério ou sou substituto. Se algum acto beneficiar de isengio de selo ou de redugso ou for um acto gratuito deve ‘anotar-se no contexto do acto também o respective fundamento legal- (© Cédigo do Imposto do selo determina que nos documentos sujetos a imposto devem ser mencionados o seu valor e data da lquidayso Nulidades © Revalidagdo dos Actos Notarials ~ 70° a 79" CN ‘Annulidade em causa 6 a nulidade formal, a nulidade do préprio acto, nao @ nulidade substantiva, a nuidade do conteido, que por si sé leva a recusa do Causas de nulidade - as previstas no at? 70°/1 @ 71°/1 @ 2, vigorando aqui o Principio da Tipicidade. Algumas nulidades sao sandveis nos termos do 7072 € 71°/3, porém a lel considera insandvels, a nulidade resultante de: Incompaténcta do notario em razBo da matéra; - impesimento legal do funcionario - 5° CN (por intervengéo do natario, do seu cBriuge, ou de qualquer parente ou afim na linha recta ou em segundo rau da linha colateral), muito embora a nulidade soja restta as disposigoes a favor dessas pessoas ~ 72° CN, No podendo ser sanadas nos termos do 70%2 € 71/3 podem ser revalidadas por decieéo do notirlo, mediante requerimento do inlerassado nos termas do 73° a 79" (Os notérios néo ficam eximidos da responsabiidade disciplinar que thes possa aber. OTESTAMENTO Nocdo: art® 2.178. CC E um acto pessoal ~ 2.182 CC. ~ néo admite representagéio, ou ‘icar dependente do arbitro de outrem e tem de ser feito pelo proprio testador. um acto indi ular - © 2.181% CC proibe os testamentos de mio comum, logo no podem testar num mesmo testamento duas pessoas ou mais. um acto revogavel (2:311° CC) ~ admite sempre revogagso,, com excepgto das dlsposigtes perfhatcias. ‘A revogagao pode ser expressa ~ 2.312° CC: quando o testador expressamente declara que revoga no todo ou em parte um testamento anterior, ou téelta - 2.313" CC: quando em testamento posterior, 0 testador faga uma disposigéo incompativel com @ jé feita num outro testament, No entanto 0 testamento anterior revogado pode recuperar a sua {orga se o testamento revogatério posterior for por sua vez revogado € 0 testador deciare ser sua vontade que revivam as disposigles do primeira ~ artigo 2314° r° 2.do CC. No caso dos testamentos carrados @ sem prejulzo de poderem ser revogados por testamento ou escritura, 0 modo mais facil @ 2 econémico de 0 testador 0 revogar € Inutlizé-to rasgando-o ou queimando-. E um negécio juridico mortis - causa - 36 produz efeitos apés ‘a morte do testador - 2.178°/1 CC. Tem carkcteressencialmente patrimonial, admitindo disposigées de cardcter pessoal - 2.179°/2 CC. Capacidade para testar Regra 6 a de que todos os individuos podem testar ~ 2.188" CC, ‘A\leis6 excepelona o caso dos menores no emancipads @ dos interdtos por anomatia psiquica. - 2.189° CC. Quanto aqueles que nde saibam ou ndo possam ler (anallabetos ‘cegos), 0 art? 2.208" CC € 0 1084/3 CN parte final dizem que estes no podem dispor através de testamento cerrado, $6 0 poderio fazer através de testamento piblico, pols s6 assim 0 notario se poderd certiicar que eles sabem qual o conteddo do testament. Formas do Testamento 0s testamentos poclom ser comuns ou especiais. ‘So Comuns: os testamentos pablicos (2.205° CC) ~ aqueles que sie lavrados pelo notirio no seu Livro de Notas: 08 testamentos cerrados (2.206" CC} os escritos © assinados pelo testador ou por outra pessoa a seu rogo, ou escritos por outra pessoa e assinados pelo testador, os testamentos internacionais — quando claborados nos termos da Canvengao de Washington de 26 de Outubro de 1978, que uniformiza procedimentos e permite o reconhecimento nos paises aderentes. 4 ‘Sdo especiais: os testamentos militares - 2.210° CC; (0 testamentos a bordo de navio ~ 2.214" CC; ( testamentos a bordo de aeronave ~ 2.219° CC; Testamentos cerrados - 2.206° CC e 106° CN © testamento cerrado tem de ser manuserio (néo sendo possivel aprovévo se ele se encontra dactlografado ou elaborado noutro sistema ‘gréfico), as palavras rasuradas, emendadas, trancadas ou entrelinhadas {0m de sor ressalvadas antes da assinatura do testadore todas as folhas que no a titima tém de estar rubricadas, Para que produza efeitos necessita de ser aprovado pelo notério através de um Instrument de Aprovagio — 2.206°'5 CC. & este Instrumento que lhe vai conferir autenlicidade, pelo que a data do testamento serd a data da sua aprovagdo ~ 2.207" CC. (© notério ndo poderd ler 0 testamento a menos que © testador © autorize ~ 107° CN. Lavrard o instrumento de aprovacéo de seguida & assinatura do testador, devendo © mesmo conter as declaragbes previstas no 108°2 CN. Todas as folhas serdo rubricadas pelo notério ‘com aposigao do selo branco. A pedide do testador 0 notério poder ainda coser © lacrar 0 testamento, com aposigio do sinate do notério sobre o lacre Uma vez aprovado 0 testamento, 0 testador podert deposité-lo no Carrio ou leva-lo consigo. COptando por depesité-o @ netétlo terd que lavrar um Instrument de Depésito (10911 CN), em duplicado, sendo um deles entregue 20 festador. Para que fique dopositado, 0 testamento teré que estar obrigatoriamente selato e lacrado ~ 109°/2 CN. ‘A qualquer momento 0 testador ou um procurador com poderes lespeciais poderé levanté-lo (110° CN), caso em que se averba a rastituigo a0 duplicado do instrumento de depésto arquivada no Cartério, com indicagio da pessoa a quem foi entregue, 25 Falecido 0 testador, 0 testamento cerrado, quer esteja deposiiad 1o Cartério, quer esteja na posse de outra pessoa, tera sempre de ser legalizado através de um Instrumento de Abertura ~ 111° 6 114° CN, No referido instrumento de abertura ficam consignadas as ormalidades previstas no artigo 113° ainda a data do dbito ou a data {da decisdo judicial que mandou proceder & sua abertura no caso de se tratar de jusficagdo de ausSncia do testador. Para tanto, 0 interessado teré que juntar uma certido de dtito do testador ou de uma decisdo judicial a ordenar a abertura do testamento 112° ON, ‘Se porém, © notéro tiver conhecimento do falecimento de algum testador culo testamento esteja depositado no Cartério, deve requerer oficiosamente & Conservatéria do Registo Cli cetid’o de dbito e lavrar © Instrumento de Abertura, De seguida notifica os herdeitos ou os beneficitles, © que caracteriza 0 testamento piiblico € 0 facto de ser ‘exarado pelo notirio nos livros de notas, enquanto o testamento cerrado ou internacional ¢ executado pessoalmente pelo testador ou por outra pessoa a seu pedido, intervindo notério em momento posterior para a sua aprovagio, ou seja, para Ihe dar autentlcidade e consequentemente ele possa produzir os seus efeitos. Requisitos ou Mengdes Especiais dos Testamentos Os testamentos publicos © os instrumontos de aprovagéo, depésito © abertura obedecem aos requistos gerais dos instrumentos notariais, Para além destes hé alguns requisites especiais: ~ a mengio da data é aqui multe importante, pois como referido, 6 ‘a data de aprovagdo que 6 a data do testamento ~ 2.207° CC. 26 + tanto os testamentos piblicos come os instrumentos devem ser manuscftes a preto @ com grafia de fécllleltura — 38° @ 30° CN. A excepgéo ¢ feita quando © notério esteja em exercicio, em que os rmesmos podem ser processados informeticamente, desde que seja destruido © suporte informatio. = nas testamentos, contrarlamente ao resto dos instrumentos otaiais, nfo é necessério fazer mengdo da descricso na Conservatéria nem a inscrigéo dos prédios na mati, tal como no caso de consttuigéo de propriedade horizontal, em que néo & necessério juntar certo ccamaréria ou projecto de construcao ~ 61° CN. = 0 testamento pilblico @ o Instrumento de aprovagao tero que ‘mencionar obrigatoriamente a data de nascmento do festador 6 o nome ‘completo dos pals - 4744 CN = 6 sompre obrigatoria @ intervengdo de duas testemunhas, que sé poderéio ser dispensadas em caso de urgéncia, @ em tal situago o notaro tera que fazer meng expressa dessa clrcunstancia no texto do acto ~ 67°/1 a), n°2 0 3. indices e fichas Tanto os testamentos como os instrumentos dao lugar a realizagio de um ficheiro pessoal, privativo,sujeito a siglo profissional Os notérios so obrigados @ enviar mensalmente uma ficha a Conservatéria dos Registos Centrals, com os elementos relatives testamentos lavrados ~ 187° a) CN, Avorbamentos e Participagses ‘Aa testamento so averbados: o ébito do testador (131° a) ¢ a modificagao ou revogagso do testamento (131° g) CN). Relativamente as participagies, 0 notério & obrigado e partcipar 20 ordindrio da diocese a que pertenga o lugar da abertura da heranga (dima residéncia do falecido), certiddas de testamentos que contenham 2 legados pos, e a0 Presidente da Camara Municipal, certidées de testamentos que contenham legados de interesse piiblico ~ 204°CN, Disposigdes Testamentarias Tendo herdeiros legitimarios (cdnjuge, descendentes ou ascendantas),o testador 86 padaré dispor de uma parte dos sous bans. Essa parte chama-se Quota Disponivel » é de: - Um tergo, se falecer: com cbruge efihos: com cBriuge e pais vivos; no detxando conjuge, se debkar mais de um fh. - Dols tercos, se falecer: $6 com 0 cdnjuge: ‘86 com um ho; 6 com pais vivos, Nao tendo herdeiros legitimarios, pode dispor de todos os seus bens. Porém, neste caso, se néo fizer testament, herdalias serdo sucessivamente as pessoas indicadas no att? 2.133° CC: imaos & sobrinhos; primos; Estado, Se 0 testador fizer @ disposigo de um bem certo e determinado do seu patriménio, diz-se que faz um legado ¢ institui alguém legatério; se deb a totaldade ou uma quota parte do seu patriménio a alguém, diz-se que insttui essa pessoa seu herdelro. ~ 2.030° CC. Alguns exemplos de disposicdes testaments = disposigSes a favor do tutor, do médico, enfermeiro @ sacerdote, do notério ou do cbnjuge adtitero ~ 2.192" a 2.187° do CC; - disposi¢do feta com a condigdo de a pessoa casar ou no casar ~ 2.289 06; + disposigdes conisérias & lel, previstas no art® 2.232" CC, ACTOS SUJEITOS A ESCRITURA PUBLICA 28 Compra e Venda Nogao: 874°CC ~ € 0 paradigma dos contratos onerosos e um contrato tipico ou nominado pols tem @ sua regulamentagéo no referido artigo seguintes. ‘Atala de forma da lugar & nuldade da venda - 220°CC. Efeitos: 879°0C a compra e venda resulta: a transmissdo da propriedade da coisa; 2 obrigagao de entregar a coisa; 2 obrigagdo de pagar o prego; imitagées A celebracio do contrat ‘A= Proibi¢ao de compra @ venda entre cénjuges, excepto se ‘separados judicialmente de pessoas @ bens ~ 1.714° CC. B - SituagSes de necessidade de autorizagéo do Ministério Pablico, para allenago de bens de menores ~ 1.880° 6 1.892 CC, C- Proibigio de venda a filhos ou netos sem o consentimento dos outros filhos ou netos - 877° CC, Na venda a filhos é necessérlo 0 consentimento dos restantes fihos ou dos seus descendentes, caso tenham ja falecido; Na venda a netos & necessério o consentimento dos filhos © dos Irmios dos netos benaficiados, Isto para se evitar que se fagam compras @ vendas simuladas com prejuizo das legtimas. D - Prolbigao de fraccionamento de terrenos aptos para cultura ~1376° CC inferior a uma unidade de cultura ~ no Norte ‘Abrange: @prolbigéo de fraccionamento de terrenos em parcelas de rea 0.000 m2; » 2 proibigso de fracclonamento se do mesmo resultar 0 encrave de qualquer das parcelas, ainda que respeitads a unidade de cutura para a regido; abrange ainda a proibigéo de venda de terreno contigue pertencente 20 mesmo proprietrio, ‘A consequéncia do desrespeito por esta norma é a anulabilidade do acto, E—Rogime Juridico da Edificagio e Urbanizagao ~ Loteamento DL n® §55199 do 16 de Dezembro, com as alteragées do DL 272/201 do 4 de Junho e Lei 60/2007 de 4 de Setembro ‘As operagées de loteamento para serem validas necesita de ser ttuladas por um Alvard de Loteamento. O art 2° n) deste DL define operagdo de loteamento como as acydes, que tenham por efeto a constituigéo de um ou mais lotes destinados imediata ou subsequentemente & ediicaggo urbana @ que resute da diviséo de um ou varie prédios ou do seu roparcelamento, © artigo 49° n? 1 deste DL vem exigir que nas escrituras das quais resultem directa ou indirectamente a constiuigso de lotes ou a sua ‘ransmisséo, sofa mencionado o ndmero de Alvaré ou da comunicagao prévia, a dat dda sua emissdo ou admissio pola Camara Municipal a data da sua caducidade © a cartidao do registo predial da qual conste o regste de autorizagdo de loleamento. (© n® 2 deste artigo vem ainda exigir que nos actos de. primel transmisséo de iméveis ou de fracgées auténomas de lméveis, construidos em lotes, se oxia corti comprovativa da recepedo provisérla das obras de urbaniza¢ao, ou de que ‘a caugio apresentada para a realizagao das referidas obras 6 suficiente, Estando as obras concluldas, ¢ sufciente uma certido comprovativa de emitida pela Camara Municipal tal facto. Nas transmissSes subsequentes tals corliddes jé no séo 30 As exigéncias do art? 49° ndo s8o porém aplicévels aos casos em que os Alvards de Loteamento tenham sido emitidos ao abrigo do: DL. r® 289/73 de 6 de Junho DL n? 400184 de 31 de Dezembro. ‘Ainda relativamente as situagdes de loteamento importa atentar no art? 6° deste DL, relativo as situagdes de isengdo de Alvara de Loteamento. & 0 caso do Destaque de parcela de prédio com descrigao predial provisto nos n’s 4 @ 5, om que 6 suflelente a apresentagdo de uma certidée camaréria ~ n° 9 do art° 6. ‘Tem de ser preenchidos determinados requisitos cumulativos: 1. Se 0 prédio se situar em perimetro urbano — n°4 necessério que as parcelas resultantes do destaque contontem ‘com arruamantos piblicos; 2. Seo prédio 60 situar fora do perimetro urbano — n° 5: a) ~ na parcela destacada teré que ser construdo eaificio que se dstine exclusivamente a habitaedo, com no mais de dois fogos; b) — na parte restante seja respeltada a drea minima fixada no projecto de intervenggo em espago rural em vigor ou quando aquele néo exista, a unidade de cultura prevista para a regio. A nivel registral o destaque tem tradugdo, na medida em que é ns 67 do art” 6° = 0 de ndo permissdo de novo destaque no prazo de dez anos; ~ 0 do condicionamento da construgio no caso destaque acorrer fora do porimetro urbano. necesséria a inscri¢ao de dois énus no registo predi documentos necessérios: ~ nas situagies em que se verifique @ transmiss’io de um lot necessaria a certidéo do registo predial da qual conste 0 registo de autorizagdo de loteamento, o nimero de Alvard, data de emissdo e CAmara emitente, Caso tals dados ndo constem da certidéo é que sord exigida o réprio Alvard, - na primeira transmissao de Imével ou de fracgao auténoma que faca parte de um Imével construide num lote de terreno, & necesséria certidde camariria comprovatva da recepe8o proviséria das obras de 31 Uurbanizagio, da suficéncia da caugdo, ou de as referidas obras jé foram realizades, = nas situagGes de destaque 20 abrigo dos rs 4 © 5 do ari 6%, basta cortidéo camaréria a autorizar o destaque. F ~LICENGA DE UTILIZAGAO (DL n° 281/99 de 26 de Jutho) © artigo 1° deste DL vem exigir nas escrturas de transmissdo de prédios urbanos ou de fracgoes auténomas dos mesmos. exibigéo da licenga de utilizago ‘Ando exibipdo desta oenga acarreia a nulidade da escritura. © artigo 2 vor permitir que a licenga de utlizag3o possa ser substiuida pela licenga de construgao: = no caso de prédios jé concluldos, mas sem licenca de utllzacdo, desde que preenchidos os requisites do art? 271 para a primeira transmissa0 © 60 22 para as transmissbes subsequentes. = no caso de prédios no concluldos, basta a licenga de construgso fm vigor, ou tratando-se da situagao de faléncia, ndependentemente do prazo do validade, Esta permisséo facuitada aos prédios no concluldos nao é, porém, aplicavel & transmisséo de fracgées auténomas ou de moradias familiares. A sulpigdo ou nao a escritura publica é também avaliada tendo em conta 2 data de entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificagdes Urbanas ~7 de Agosto de 1951. A partir desta data a licenga de utlizagao & exigivel Porém Regulamento Geral das Edificag vigor em todos os concelhos ao mesmo tempo. ‘A Cémara Muniipal é que tora de certiiar qual a data de entrada em vigor para a frequesia de situagéo do prédio urbana, 8 Urbanes no entrou em [A prova de que 0 prédio no esté sujeito & exibiglo da licenga de utilizagio 6 feta « através da Caderneta Predial Urbana ou da certidéo da ma qual consta a data de inser ta do prédio na matriz; ~ ou por certiddo camararia a indicar que o prédio 2 apresentacdo da licenca de utllizagdo na data de constru estava sujeito G - Proibigao de transmissio de fracgées auténomas de prédios em regime de propriedade horizontal, sem quo previamente esteja registada a constituigéo da propriedade horizontal, na Conservatéria ~ 62°11 CN [A excepedo do ropisto prévio reporta-se aos casos em que sejam realizadas no mesmo dia © com conhecimento pessoal do notério (que tem do ser exarado na escritura) as escrituras de consttuicdo de propriedads horizontal e de venda do fracgées auténomas. H - Proibigdo relativa & constituico de compropriedade nos termos do art® ‘54° AUGI (Regime Legal das Areas Urbanas de Génese llegal) Profee a celebragdo de eseritura piblica om que se verifique a constituiggo de compropriedade ou o aumento do nimero de comproprietaios, ‘sem que se exiba um parecer favoravel da Camara Municipal © antigo 54°13 determina a nulldade dos actos celebrados sem o parecer. Ficha Técnica da Habltacdo ~ DL n° 68/2004 de 25 de Marco. Determina a obrigatorladade de entrega perante 0 notéro, da Ficha ‘Técnica da Habliagto, a0 comprador. Nao 6 exigvel: no caso de prédios jé edificados ou para os quals foi emitida ou requerida licenga de utlizago, anterior a 30 de Margo de 2004. = no caso de prédios construidos antes da entrada em vigor do Regulamento Geral das Edifleagdes Urbanas. Para além de todas limitagies & celebraglo do contrato de compra ¢ venda, © nolaro ter ainda que contiolar nesta escritura jo DL n® 2112004, ‘Aintervenglo ou néo de Mediador Imobil ( art? 50° deste DL exige que a escrtura mencione se houve ou no Intervengo de Mediador Imobildrio. A declaracio é feita pelas partes, que em caso afirmativo devem indicar 0 niimero da licenga bem como a

Potrebbero piacerti anche