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BATERIAS, PILHAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS

Gilmar Ualt Nobre


Prof.ª Sabrina Silva da Silveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Informática (LIN 01600) – Módulo III
29/11/2013
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RESUMO

A humanidade, dentro de seu processo evolutivo, encontra-se atualmente as portas de uma barreira
tecnológica importante, suprir energeticamente os diversos dispositivos eletrônicos desenvolvidos
para, aproximar as pessoas (comunicações) e proporcionar conforto em situações críticas de
trabalho (aquecimento, ventilação, outros) de forma portátil 1. Na busca de entender a célebre
questão “De onde viemos e para onde vamos” o homem desenvolveu inúmeros dispositivos nas
mais diversas áreas da engenharia para simular e diagnosticar os fatos físicos que comprovam os
processos evolutivos e criativos, alguns dos dispositivos foram incorporados em nossa rotina, no
entanto necessitam de combustível para seu funcionamento, o presente documento procura
sintetizar em breves tópicos a evolução da matriz energética nos dispositivos eletrônicos, mais
precisamente na característica portátil da fonte de energia.

Palavras-chave: Dispositivos, portátil, fonte de energia.

1 INTRODUÇÃO

A conservação de energia sempre foi um desafio para o homem, desde os primórdios da


colonização humana no orbe, a redução da “perda” de energia total ou parcial tem sido a tônica dos
estudos por diversas gerações, os alimentos consumidos pelo homem são um exemplo, a rápida
degradação celular faz com que muitas das propriedades nutritivas sejam alteradas, portanto
impróprias para o consumo humano. Com o advento da era industrial, onde o homem concentra-se
em núcleos sedentários e abandona o nomadismo, a necessidade de conservação de alimentos, bem
como outras necessidades de conforto, levou este mesmo homem a pesquisar diversas formas de
atender suas necessidades, sem comprometer a qualidade das mesmas.

A industrialização exigiu da humanidade um esforço criativo nas mais diversas áreas, o uso
de animais para auxiliar nos trabalhos foram decisivos, ao longo dos anos o homem substituiu o
trabalho realizado pelos animais, pelos dispositivos mecânicos e elétricos, comparou a capacidade
do animal em realizar o mesmo serviço e normatizou o resultado sob forma de unidade de medida,
neste caso o cavalo (animal de fácil domesticação) foi um dos parâmetros usados, donde vem à
sigla HP (Horse Power) ou em nosso idioma CV (cavalo vapor).

O progresso tecnológico aliado à especialização humana em diversas áreas da engenharia,


trouxe o refinamento no uso dos materiais, no passado o super dimensionamento dos dispositivos
implicava no uso de áreas grandes para instalação e manutenção dos mesmos, com o conhecimento
consolidado e evoluído o homem utiliza os mesmos dispositivos em áreas menores e com maior
eficiência, porém hoje há necessidade de transportar dispositivos para outros locais e utilizá-los na

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Portátil: de fácil transporte por ter pequeno peso e não ser fixo.
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rotina diária do homem, com isso o próximo desafio é aprimorar ainda mais os dispositivos e
utilizar as energias disponíveis no meio ambiente para “alimentar” as necessidades energéticas
quando em deslocamento dos grandes centros. O advento da eletricidade levou o homem a
desenvolver inúmeros dispositivos elétricos e eletrônicos para auxiliar as suas atividades diárias, do
motor elétrico ao computador houve um progresso enorme na humanidade em um curto espaço do
tempo evolutivo terrestre, a globalização aproximou os seres humanos e tem colocado o homem
frente a desafios evolutivos, os quais atingem diretamente o meio ambiente, a maioria das pessoas
herda a tecnologia desenvolvida para ultrapassar os desafios evolutivos, porém a aceitação de
determinados dispositivos não é de um todo fácil e inconscientemente a humanidade descarta
dispositivos que causam males generalizados. Um exemplo disso são os dispositivos portáteis, os
quais há algum tempo atrás utilizavam fontes de energia com dimensões inadequadas, o telefone
celular inicialmente foi concebido para mobilidade, usava-se o telefone no interior do carro e
quando necessário utilizá-lo fora deste ambiente, o transporte do mesmo era ergonomicamente
inadequado. Em todas as situações do uso de dispositivos portáteis, a fonte de energia necessitava
atender os quesitos conforto e ergonomia, para que isso ocorra algumas condições técnicas devem
ser satisfeitas.

2 UNIDADES DE MEDIDA DO TRABALHO

O termo “potência” é utilizado como referência de força tem a seguinte definição:

Conceito físico relacionado a trabalho mecânico com o tempo em que é produzido. Como o
tempo não entra na formula de definição do trabalho (T=Fe), torna-se difícil classificar a
eficiência dos diversos tipos possíveis de força motriz (v.); com tempo suficiente um
operário, um cavalo ou uma locomotiva são capazes de realizar o mesmo trabalho, donde a
necessidade da introdução do conceito de potência.

[...] Um homem, para um trabalho regular de longa duração, é capaz de exercer uma
potência média de 0,1 c.v.; outros valôres (sic) médios: cavalo forte ou boi, 1 c.v.;
motocicleta, até 4 c.v.; caminhões, até 50 c.v.; aviões, até 6.000 c.v.; usinas elétricas, mais
de 100.000 c.v. (POTÊNCIA. In: Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro, São Paulo:
Encyclopaedia Brittanica, 1966. v. 11. p. 195).

O valor de uma unidade de potência cavalo vapor é de 75 kgm/s, ou seja, a força necessária
para suportar 75 Kgf a 1 (um) metro de altura pelo tempo de 1 (um) segundo (s), o equivalente em
Watt é de 746. Watt é a medida de potência comumente utilizada em medições elétricas, o aparelho
de medida é chamado wattímetro e tem a seguinte descrição de funcionamento:

Aparelho destinado a medir em watts, a cada instante, a potência dissipada por um receptor
em um circuito elétrico. Consta de duas bobinas: uma fixa, de pequena resistência interna e
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colocada em série com o circuito; a outra móvel, de grande resistência e colocada em


derivação co o receptor cuja potencia consumida se deseja conhecer.

Esta última é percorrida por uma corrente proporcional a tensão que existe entre os
extremos do receptor. A bobina móvel está ligada a um ponteiro e uma mola espiral que a
obriga a indicar zero se o instrumento estiver desligado. Quando se liga o aparelho ao
circuito, a bobina móvel tende a assumir uma posição tal que a corrente que a percorre
fique paralela à que percorre a outra bobina. Esta corrente, como já se disse, é proporcional
à tensão V. A outra bobina, estando em série com o receptor, é percorrida por uma corrente
I de mesma intensidade que a do receptor. A tendência a ficar em paralelo é portanto
proporcional à voltagem e à corrente, ou seja, à potência(P=VI). Afere-se o instrumento por
tentativas, empregando um voltímetro e um amperômetro (sic). (WATTÍMETRO. In:
Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro, São Paulo: Encyclopaedia Brittanica, 1966. v. 14. p.
141).

Pode-se observar que a medida de potência está associada à circulação de corrente nos
circuitos elétricos, conhecendo a corrente e a tensão pode-se calcular a potência do dispositivo, ou
ainda, sabendo a potência do dispositivo e a tensão de trabalho, calculamos a corrente necessária
para fornecer ao mesmo durante seu ciclo de trabalho.

3 UNIDADE DE MEDIDA DE TENSÃO E CORRENTE

A tensão é uma unidade utilizada para indicar a diferença de potencial entre duas cargas,
conforme descrição abaixo:

Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga elétrica é capaz de realizar
trabalho ao deslocar uma outra carga por atração ou repulsão. A capacidade de uma carga
em realizar trabalho é chamada de potencial. Quando uma carga for diferente da outra,
haverá uma diferença de potencial entre elas.

A soma das diferenças de potencial de todas as cargas do campo eletrostático é conhecida


como força eletromotriz (fem).

A unidade fundamental de diferença de potencial é o volt (V). O símbolo usado para a


diferença de potencial é V, que indica a capacidade de realizar trabalho ao se forçar os
elétrons a se deslocarem. A diferença de potencial é chamada de tensão (alguns usam
inadequadamente a expressão voltagem.) (sic) (Gussow, Milton – p. 7).

A corrente expressa o movimento dos elétrons no condutor, sendo:

O movimento ou fluxo de elétrons é chamado de corrente. Para se produzir a corrente, os


elétrons devem se deslocar pelo efeito de uma diferença de potencial. A corrente é
representada pela letra I. A unidade fundamental com que se mede a corrente é o ampére
(A). Um ampére de corrente é definido como o deslocamento de um Coulomb 2 através de
um ponto qualquer de um condutor durante um intervalo de tempo de um segundo.
(Gussow, Milton – p. 7).

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Coulomb: unidade que expressa a quantidade de carga elétrica que um corpo possui, é determinada pela diferença
entre o numero de prótons e o numero de elétrons contidos no corpo.
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4 UNIDADE DE TEMPO

Conforme descrito anteriormente, o tempo é um termo geral que expressa a duração de um


evento, nas aplicações elétricas e eletrônicas o tempo é comumente utilizado, sendo mais comum o
uso das frações da hora como o segundo e o minuto, porém há casos em que a hora é um parâmetro
de medida importante. A capacidade de fornecimento de energia nos sistemas alimentados por
baterias é expressa em Ah, onde a manutenção da corrente (A) no período de tempo (h) classifica o
conjunto de pilhas (baterias).

5 BATERIAS, PILHAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS

A palavra pilha na língua portuguesa refere-se a uma série de coisas colocadas umas sobre
as outras, no caso de sistemas elétricos a pilha refere-se ao dispositivo criado para converter energia
química em energia elétrica, o princípio utiliza alguns elementos químicos, que possuem átomos
carregados negativamente e positivamente, a transição dos átomos através de trocas dos íons em
meio propício (eletrólito3), faz com que haja circulação de corrente (A). As pilhas podem ser
classificadas em primárias e secundárias, sendo as primárias aquelas que não podem ser
recarregadas e as pilhas secundárias recarregáveis. Ao conjunto de pilhas dá-se o nome de baterias,
porém o termo bateria e pilha se confundem, sendo comum o uso dos dois nomes para referir-se ao
dispositivo.

Basicamente as pilhas são constituídas por dois eletrodos (positivo e negativo) e um


eletrólito, este último pode ter constituição pastosa ou liquida (seca ou úmida), em qualquer
situação, nas pilhas secundárias a característica de recarga é o grande diferencial na atualidade, o
desafio é o desenvolvimento de novas pilhas primárias com alto rendimento usando eletrólitos
recicláveis.

6 CAPACIDADE DAS BATERIAS

Segundo Gussow (1997, p. 128) “A capacidade de uma bateria é dada em ampères-hora


(Ah). A capacidade de uma bateria determina o tempo em que ela funcionará com uma dada taxa de
descarga.”, de acordo com o enunciado a capacidade de manter a corrente constante possibilita ao

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Eletrólito: substancia condutora de eletricidade, em que o transporte da carga é feito por meio de íons: os sais
minerais são eletrólitos.
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usuário estimar a duração da fonte de energia e a aplicabilidade do seu dispositivo, após este
período há necessidade de recarga pelo tempo aproximado de descarga.

7 BATERIAS SECUNDÁRIAS – TIPOS MAIS COMUNS

As baterias secundárias permitem recarga, porém alguns materiais utilizados na


composição destas baterias sofrem alguns efeitos químicos previsíveis, seguindo a ordem evolutiva
dos materiais a bateria mais utilizada é a chumbo-ácido, esta possui eletrodos4 de chumbo e
combinações deste material, imersos em solução acida a base de água. Entre as vantagens está a
capacidade de fornecimento de tensão maior que qualquer outra bateria, uma entre várias
desvantagens está o peso aliado ao volume.

Uma alternativa às baterias chumbo-ácido são as bateria de níquel (Ni) Cadmio (Cd), os
eletrodos neste tipo de baterias são de oxido de níquel e cádmio metálico imersos em eletrólito
pastoso. O custo destas baterias é alto devido ao material ser caro e o processo de fabricação exigir
cuidados com a poluição ambiental, entre as vantagens está a operação em baixas temperaturas. A
solução para a desvantagem das baterias NiCd foi combinar o níquel com hidreto metálico, assim as
baterias NiMH (níquel-hidreto metálico) possuem como característica tecnológica a combinação de
vários materiais raros em uma liga que absorve hidrogênio, usam como eletrólito o hidróxido de
potássio (alcalino), a vantagem em relação à liga de NiCd é um aumento da capacidade no
fornecimento de corrente na ordem de 200% a 300%. A desvantagem principal desta liga NiMH é
que a bateria ao ser armazenada sem uso (guardada) perde sua carga em até 20%.

As baterias atuais são compostas de íons de lítio com ligas de carbono e cobalto, o
eletrólito utiliza carbonato de etileno ou carbonato dietílico, inicialmente as baterias utilizavam o
lítio em sua constituição, porém este elemento é instável e volátil evaporando em temperatura
ambiente alta. As ligas com lítio aproveitam as propriedades do lítio sem que a instabilidade seja
herdada do elemento, ou seja, ligas de lítio com cobalto estabilizam a volatilidade do lítio, porém a
manufatura deste tipo de liga LCO (lítio-cobalto) é cara e ecologicamente inviável, pois seu
descarte é complexo.

C o lítio em ligas com outros elementos, chegaram à liga LFP, esta liga utiliza Ferro
(LiFePO4) na constituição do cátodo5·, formando uma liga mais estável termicamente, com isso há

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Eletrodo: condutor metálico utilizado para o estabelecimento de um circuito elétrico.
5
Cátodo: eletrodo negativo
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um aumento na vida útil da bateria, o ânodo6 neste tipo de bateria é de composição simples de
carbono. Pesquisadores utilizaram manganês na liga formadora do cátodo, o óxido de lítio-
manganês torna a bateria ainda mais estável evitando as medidas de segurança, necessárias com o
uso de células a base de cobalto. A desvantagem neste tipo de bateria LiMn é a capacidade de
descarga que fica abaixo das baterias LCO em media 40% do valor nominal.

8 O FUTURO DAS BATERIAS

A próxima geração de baterias ainda utilizará o lítio em sua composição, novas pesquisas
com a propriedade expansiva do ânodo, que atualmente é constituído de grafite e expande
modestamente quando abriga íons, poderá ser substituída por ânodos de CSi (carbono silício) os
quais podem armazenar 10 vezes mais íons. O desafio está na propriedade expansiva, pois a liga
carbono silício aumenta em mais de três vezes o seu tamanho durante o processo de carga.

Há pesquisas utilizando o eletrodo de lítio em eletrólito (meio) aquoso e ou ar, as


perspectivas são ótimas, porém o processo de fabricação ainda está em evolução e deverá atingir a
popularização em breve, a necessidade de isolamento do eletrodo de lítio no meio aquoso é um dos
desafios de viabilidade da nova bateria.

Pesquisadores da Tailândia anunciaram a criação de baterias com eletrólito formado por


polímero de clorofila, a descrição do processo não informa detalhes maiores, comenta que ao
umedecer o polímero com água o efeito oxidação-redução gera movimentação de elétrons orgânicos
entre os eletrodos positivo e negativo (ânodo e cátodo). A solução aquosa (eletrólito) poderá ser
formada por varias substancias, como soda, leite de soja, vinagre e até urina humana, os
pesquisadores informam que a bateria gera uma voltagem de 1,3 V e produz uma corrente de
150mA.

Pesquisadores da universidade de Rice desenvolveram uma bateria em spray, onde as


camadas de eletrodos e eletrólitos são dispostas sobre uma superfície qualquer, ao final o ânodo e
cátodo são conectados a fonte geradora elétrica, armazenamento a carga na superfície pintada. As
camadas são um composto de materiais em cada etapa, utilizam carbono, oxido de lítio-cobalto,
dióxido de silício, oxido de titânio e outros materiais para fixar a composição em cada etapa.

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Ânodo: eletrodo positivo
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dispositivos criados pelo homem visando atender suas atividades laborais de forma
segura e confortável necessitam de uma fonte energética para seu perfeito funcionamento, dentre
todos os dispositivos há os portáteis que conforme especificado devem atender algumas
determinações para conservar esta característica. A humanidade em seu processo evolutivo
incorporou conceitos e normas que viabilizam tecnicamente a produção de dispositivos confiáveis e
seguros, atualmente as ferramentas portáteis, os meios de transporte, meios de comunicação e
inúmeros meios coletivos de suporte a vida humana no orbe, usam e transformam energias nos seus
processos, energia solar, energia mecânica, energia térmica, energia eólica e outras fontes
energéticas são estudadas e compreendidas, buscando a excelência e melhor aproveitamento de
cada uma delas (menor perda da energia). Os saltos tecnológicos da humanidade são motivados por
desafios pontuais, os quais ultrapassados geram resultados em beneficio de todos, atualmente
encontramos desafios na diminuição das fontes energéticas aliada ao rendimento, ou seja, manter o
rendimento energético com menor volume físico dos materiais, ainda há muita pesquisa e
desenvolvimento a realizar, mas a humanidade está aproximando-se do que chamamos era
tecnológica, onde dispositivos elétricos e eletrônicos serão inúmeros e uteis na manutenção da vida
humana no planeta.

REFERÊNCIAS

POTÊNCIA. In: Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro, São Paulo: Encyclopaedia Britannica, 1996. v.
11. p. 195.
WATTÍMETRO. In: Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro, São Paulo: Encyclopaedia Britannica,
1996. v. 14. p. 141.
GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. São Paulo: Pearson Makron Books, 1997. p. 7.
GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. São Paulo: Pearson Makron Books, 1997. p. 128.
TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do trabalho acadêmico. Indaial:
UNIASSELVI, 2011.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário escolar da língua portuguesa. 2 ed. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2008.

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