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São Paulo
Setembro de 2019
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Sumário
1. OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA .............................................................................................................. 5
2.1 FERROS E AÇOS.................................................................................................................... 5
2.2 FERRO ..................................................................................................................................... 5
2.3 AÇO ......................................................................................................................................... 5
2.3.1 PRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2.3.2 O EQUILÍBRIO DO FERRO CARBONO .......................................................................... 7
2.3.2 CONSTITUINTES ESTRUTURAIS DE EQUILÍBRIO DOS AÇOS ................................ 10
2.3.3 ALGUNS AÇOS INOXIDÁVEIS ...................................................................................... 12
2.4 TRATAMENTOS TÉRMICOS ................................................................................................ 15
2.4.1 EFEITO DA VELOCIDADE DE RESFRIAMENTO ......................................................... 15
2.4.2 GENERALIDADES ......................................................................................................... 15
2.4.3 RECOZIMENTOS & NORMALIZAÇÃO ......................................................................... 16
2.5 EQUILÍBRIO DAS LIGAS METÁLICAS ................................................................................. 19
2.5.1 CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO ...................................................................................... 19
2.5.2 SISTEMAS ISOMORFOS .............................................................................................. 20
2.5.3 SISTEMAS EUTÉTICOS ................................................................................................ 22
2.5.4 SISTEMAS EUTETÓIDES ............................................................................................. 23
2.6 DUREZA ................................................................................................................................ 24
2.6.1 ESCALA ROCKWELL (HR) ............................................................................................ 24
2.6.2 ESCALA BRINELL (HB) ................................................................................................. 25
2.6.3 ESCALA MOHS .............................................................................................................. 25
2.6.4 ESCALA VICKERS (HV) ................................................................................................ 25
2.6.5 TABELA DE CONVERSÃO de durezas ......................................................................... 26
3. MATERIAIS UTILIZADOS ............................................................................................................ 27
3.1 FORNO MUFLA MICROPROCESSADO - Q318M24 ........................................................... 27
3.2 DURÔMETRO ANALÓGICO DE BANCADA KONTROL – K005 ......................................... 28
3.3 OUTROS MATERIAIS ........................................................................................................... 29
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ....................................................................................... 30
4.1 COMO MEDIR COM O DURÔMETRO ANALÓGICO DE BANCADA .................................. 30
4.2 MEDIÇÕES DE DUREZA ANTES DO TRATAMENTO TÉRMICO ....................................... 32
4.3 MEDIÇÕES DE DUREZA APÓS O TRAMENTO TÉRMICO ................................................ 33
4.4 FORNO MUFLA: COMO OPERAR ....................................................................................... 34
4.4.1 FORNO MUFLA: CURVA DE AQUECIMENTO ............................................................. 36
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 37
6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 38
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TABELA DE IMAGENS
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1. OBJETIVO
Medir a dureza superficial de quatro tarugos metálicos antes e depois de tratados
termicamente em uma mufla à mais de 1000 ºC após cada um dos tarugos serem
resfriados em ambientes diferentes.
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2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Para melhor entendimento do experimento é importante esclarecer alguns
conceitos teóricos sobre os materiais e equipamentos utilizados no processo.
2.2 FERRO
Ferro é o metal mais utilizado pelo homem. A abundância dos minerais, o custo
relativamente baixo de produção e as múltiplas propriedades físico-químicas que
podem ser obtidas com adição de outros elementos de liga são fatores que dão ao
metal uma extensa variedade de aplicações.
Alguns metais, como o cobre por exemplo, podem ser usados no estado
quimicamente quase puro. Entretanto, isso não ocorre com o ferro. No uso prático,
está sempre ligado ao carbono e a outros elementos e, assim, no âmbito da ciência
dos materiais e também na linguagem do dia-a-dia, a palavra "ferro" deve ser
entendida como uma liga dos elementos químicos ferro, carbono e outros.
2.3 AÇO
Aço é a denominação genérica para ligas de ferro-carbono com teores de carbono
de 0,008 a 2,11%, contendo outros elementos residuais do processo de produção
e podendo conter outros elementos de liga propositalmente adicionados. Se o aço
não contém estes últimos, é chamado especificamente de aço-carbono. Do
contrário, aço-liga. Ferro fundido é a designação genérica para ligas de ferro-
carbono com teores de carbono acima de 2,11%.
2.3.1 PRODUÇÃO
À metalurgia do aço, dá-se o nome de siderurgia. Neste tópico estão algumas
informações resumidas sobre a produção siderúrgica, sem maiores detalhes.
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Figura 1 - Produção do Aço
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Grafita: a variedade alotrópica do carbono (estrutura cristalina hexagonal).
Obs: próximas ao ponto marcado com (*), existem na realidade linhas de equilíbrio
com o ferro delta, mas não são exibidas por razões de clareza e de pouco interesse
prático.
A adição do carbono altera as temperaturas de transição das variedades alotrópicas
em relação ao ferro puro, dependendo do seu teor.
Exemplo: para um aço com cerca de 0,5% C, representado pela linha vertical I no
diagrama, o ferro gama contido na austenita começa a se transformar em alfa na
interseção com a linha A3 e está totalmente transformado no cruzamento com a
linha A1, a 727 °C, inferior aos 912 °C do ferro puro.
Importante lembrar que, abaixo de 727 °C, não pode haver ferro gama. Somente a
variedade alfa está presente.
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Figura 4 - Aspecto granulométrico
Na figura 5 (a), o aspecto típico de um aço hipoeutetóide visto com uma ampliação
menor.
As áreas claras representam a ferrita e as escuras, a perlita. Entretanto, a estrutura
laminar desta não pode ser observada devido à reduzida ampliação.
Um aço hipereutetóide (linha II no diagrama, com cerca de 1,5% C, por exemplo)
tem, na interseção com A1, austenita com o máximo teor de carbono (0,77%) e
cementita. A mudança brusca abaixo de A1 faz a austenita se transformar em
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perlita conforme já visto. E a cementita envolve os grãos de perlita em forma de
uma teia conforme figura 5 (b), fazendo uma espécie de rede de cementita.
Um aço eutetóide, isto é, com 0,77% de carbono, deve apresentar somente perlita
na sua estrutura granular.
O teor de carbono exerce significativa influência nas propriedades mecânicas do
aço. Quanto maior, maiores a dureza e a resistência à tração. Entretanto, aços
com elevados teores de carbono são prejudicados pela maior fragilidade devido à
maior quantidade de cementita, uma substância bastante dura, mas quebradiça.
É comum o uso da expressão aço doce para aços de baixa dureza, com teores de
carbono menores que 0,25%.
2.3.2.2 FERRITA
Este constituinte está formado por uma solução sólida de inserção de carbono em
ferro alfa. É o constituinte mais mole dos aços porém é o mais tenaz, e o mais
maleável, sua resistência a tração é de 28 daN/mm2 e alongamento de 35%. Sua
solubilidade máxima é de 0,008 %. Pode também manter em solução de
substituição a outros elementos tais como Si, P, Ni, Cr, Cu, que aparecem nos aços,
bem como impurezas como elementos de ligação. A ferrita apresenta-se nos aços
como constituinte e misturada com a cementita para formar parte da perlita. Se o
aço é muito pobre em carbono, sua estrutura está formada quase que totalmente
por grãos de ferrita cujos limites podem ser revelados facilmente com o
microscópio, depois de um ataque com ácido nítrico diluído. Os grãos são
equiaxiais.
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2.3.2.3 PERLITA
Formada por uma mistura eutetóide de duas fases, ferrita e cementita, produzida a
723 ºC quando a composição é de 0,8 %. Sua estrutura está constituída por lâminas
alternadas de ferrita e cementita, sendo a espessura das lâminas de ferrita superior
ao das de cementita, estas últimas ficam em relevo depois do ataque com ácido
nítrico. A perlita é mais dura e resistente que a ferrita, porém mais branda e
maleável que a cementita. Apresenta-se em forma laminar, reticular e globular.
2.3.2.4 CEMENTITA
É o constituinte que aparece em fundições e aços. É o carboneto de ferro, de
fórmula Fe3C. É muito frágil e duro, apresentando mais de 840 Vickers, e é muito
resistente ao cisalhamento. Em baixas temperaturas é ferromagnético e perde esta
propriedade a 212 ºC (ponto de Curie). O ponto de fundição acima de 1950 ºC, e é
termodinamicamente instável a temperaturas inferiores a 1200 ºC.
2.3.2.5 BAINITA
É o constituinte que se obtém na transformação isotérmica da austenita quando a
temperatura do banho de resfriamento é de 250 a 500 °C. Apresenta 2 tipos de
estrutura: a bainita superior de aspecto arborescente formada a 500 – 580 °C,
composta por uma matriz ferrítica contendo carbonetos e a bainita inferior, formada
a 250 – 400 °C, tem um aspecto similar a martensita e está constituída por agulhas
alargadas de ferrita que contém placas finas de carboneto. A bainita tem dureza
que vai de 40 a 60 HRc.
2.3.2.6 SORBITA
É obtida com um revenimento depois da têmpera. Ao realizar o aquecimento a
martensita experimenta uma série de transformações e no intervalo compreendido
entre 400 e 650 °C a antiga martensita perdeu tanto carbono, que se converteu em
ferrita. A estrutura aí obtida é conhecida como sorbita.
2.3.2.7 MARTENSITA
É uma solução sólida, intersticial, supersaturada de carbono em ferro alfa. É o
constituinte estrutural da têmpera dos aços e sua microestrutura apresenta-se na
forma de agulhas cruzadas. Os átomos de ferro estão como na ferrita, nos vértices.
Os átomos de carbono estão nas faces e nas arestas, apresenta por isso uma rede
distorcida. Esta distorção da rede é a responsável pela dureza da martensita.
Apresenta uma rede tetragonal. Suas características mecânicas são resistência a
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tração entre 170 – 250 kg/mm2, dureza HRC entre 50 – 60, alongamento de 0,5 %
e é magnética.
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2.3.3.1 AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS
O níquel junto com o cromo forma aços austeníticos e, portanto, os dois elementos
estão presentes neste grupo. São provavelmente os aços inoxidáveis mais usados.
As propriedades comuns do grupo são: não magnéticos, não temperáveis, a
dureza aumenta significativamente com a deformação a frio. Na tabela abaixo,
alguns tipos de acordo com a classificação AISI (American Iron and Steel
Institute).
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2.3.3.2 AÇOS INOXIDÁVEIS MARTENSÍTICOS
São aços com cromo, em teores na faixa de 11 a 18%. São magnéticos e podem
ser endurecidos por têmpera (a dureza pode chegar até cerca de 57 HRC).
Alguns podem conter níquel, mas o teor é baixo em comparação com os
austeníticos. Na tabela abaixo, alguns tipos de acordo com a classificação AISI.
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2.3.3.3 AÇOS INOXIDÁVEIS FERRÍTICOS
Em relação aos martensíticos, o teor de cromo é em geral maior e o de carbono,
menor. Isso faz as estruturas sempre ferríticas e, portanto, não são endurecidos
por têmpera. A tabela abaixo dá informações sobre alguns tipos, conforme
classificação AISI
2.4.2 GENERALIDADES
A têmpera, rapidamente comentada no tópico anterior, é apenas um dos possíveis
tratamentos térmicos. De forma genérica, podemos dizer que os tratamentos
térmicos de aços (e também de outros metais) têm o objetivo de proporcionar
alterações de propriedades mecânicas, térmicas, químicas, elétricas ou magnéticas
para atender os processos de fabricação ou as especificações finais do produto.
Há uma variedade de tratamentos para, por exemplo, aumentar dureza e
tenacidade, melhorar ductilidade e facilidade de trabalho, remover tensões
residuais, refinar estrutura de grãos, aumentar resistência ao desgaste, melhorar
resistência à corrosão, etc. A tabela abaixo dá um resumo dos principais tipos de
tratamento para aços.
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Figura 9 - Tipos de tratamentos para aços
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O alívio de tensões é um processo geralmente feito sob temperaturas acima de
500ºC e inferiores à da transformação da austenita e resfriamento ao ar. É usado
para eliminar tensões resultantes de operações como deformações a frio e soldas.
A normalização é um procedimento similar ao recozimento, mas com resfriamento
ao ar. Isso significa uma maior velocidade de resfriamento. A curva verde da figura
11 dá uma ideia aproximada.
A normalização pode ser usada para obter uma boa ductilidade sem redução
significativa da dureza e resistência à tração. Também para facilitar a usinagem e
refinar a estrutura dos grãos. É um tratamento comum para aços-liga, antes da
usinagem e posteriores tratamentos como têmpera e revenido.
Devido à maior velocidade de resfriamento, aços normalizados tendem a ser menos
dúcteis e mais duros que os plenamente recozidos, mas as diferenças são
significativas para teores acima de 0,5% de carbono.
Figura 12 – Esferoidização
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2.5 EQUILÍBRIO DAS LIGAS METÁLICAS
O perfeito conhecimento dos diagramas de equilíbrio das ligas metálicas é de vital
importância, por proporcionar conhecimentos de várias transformações, escolha
das ligas, noções sobre as propriedades e, principalmente, o bom êxito dos
tratamentos térmicos.
O diagrama fornece informações de qualquer liga, tais como início e fim de
solidificação ou fusão, fases em equilíbrio a determinadas temperaturas,
composição química destas fases, variação das quantidades relativas das fases
com a temperatura, constituintes, etc. É, portanto, um resumo dos históricos
térmicos de todas as ligas dos mesmos componentes.
A construção dos diagramas consiste, simplesmente, em determinar pontos críticos
das várias ligas dos mesmos componentes, localizá-los num único gráfico, e uni-
los adequadamente por linhas. O gráfico resultante sintetiza o comportamento
térmico no resfriamento ou aquecimento lento de qualquer liga e é conhecido como
diagrama de equilíbrio físico-químico, térmico, constitucional ou de fases. É
comumente referido simplesmente como diagrama de equilíbrio.
Os diagramas de equilíbrio se classificam em unários (de um componente)
binários e de ordem superior (ternários, quaternários, etc.). Dentre os vários
tipos, os diagramas binários são os mais usados e, frequentemente, são
subdivididos em várias classes, de acordo com a transformação invariante de fase
que contenham.
Quanto menor for a energia livre de um sistema, maior é a sua estabilidade. Então,
a condição de equilíbrio é a de mínima energia livre. A satisfação dessa condição
é que determina as fases que podem existir a uma dada temperatura e a uma dada
composição.
Para uma dada composição podem ocorrer reações causadas por variação de
temperatura de maneira a existirem sempre as fases mais estáveis. A energia de
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ativação dessas reações é obtida da diminuição de energia livre do material cedida
ao passar ao estado mais estável.
Por definição, a energia livre, F, de uma substância pura é.
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Figura 14 - Diagrama Isomorfo
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Em B tem-se sólido a de composição Ca em equilíbrio com líquido de composição
CL. Continuando o resfriamento até o ponto 3, tem-se que a última porção de líquido
presente terá a composição 3a e a composição global do sólido a coincidirá com a
da liga.
Em qualquer temperatura inferior ao ponto 3 (ponto 4, p. ex.), o material estará
completamente solidificado na forma a, de composição C0.
A figura abaixo apresenta, de forma esquemática, a microestrutura resultante do
resfriamento de uma liga contendo 65% Cu + 35% Ni.
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Figura 18 - Sistema eutetóide (a) completo e (b) dividido em dois diagramas simples, um isomorfo e um
eutético.
2.6 DUREZA
Dureza é uma medida que estima o quanto um material sólido resiste a
deformações permanentes quando uma força é aplicada nele. Existem diferentes
modos de se avaliar a dureza dos materiais e com isso criaram-se diferentes
escalas de dureza.
Os materiais sólidos tem normalmente 3 respostas a aplicação de uma força neles,
dependendo da intensidade e do material:
Elasticidade: é a capacidade de temporariamente mudar de formato, mas
retornar ao formato original quando a força é removida.
Maleabilidade: é a capacidade de permanentemente mudar de formato, mas
continuar em um pedaço só. O limite da maleabilidade é o resultado das escalas
de dureza que iremos ver nesse post.
Ruptura: é a divisão entre 2 ou mais pedaços após a aplicação da força.
A importância da dureza nas esferas de aço é relevante principalmente em
aplicações que demandam alto desempenho mecânico, como rolamentos e
moagem de materiais. No entanto a elasticidade e maleabilidade do material
também devem ser levadas em conta. Como exemplo podemos falar das esferas
de aço carbono que são cementadas que possuem uma dureza superficial similar
às esferas de aço cromo. No entanto o aço cromo possui uma maior elasticidade e
maleabilidade que o aço carbono, tornando-o mais resistente.
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térmico, a escala mais utilizada é a a Rockwell C. Já a dureza de esferas de carbeto
de tungstênio é medida através da escala Rockwell A.
2.6.2 ESCALA BRINELL (HB)
A escala de dureza Brinell é medida através da penetração de uma esfera de
carbeto de tungstênio de diversas medidas na superfície dos materiais a serem
testados. Foi a primeira escala de dureza utilizada amplamente no mercado
siderúrgico.
2.6.3 ESCALA MOHS
A escala de Mohs é utilizada principalmente com minerais, porém é também
utilizada para medir a dureza de vidros. Nessa escala de 1 a 10, o número 10 é o
diamante, mineral que consegue riscar todos os outros. O número 9 é a safira, o
mineral que risca todos menos o diamante e assim por diante. O vidro está no nível
6 da escala Mohs.
2.6.4 ESCALA VICKERS (HV)
A escala Vickers também utiliza uma ponta de diamante como penetrador com uma
grande vantagem: um único penetrador realiza a medição de qualquer material. Por
esse motivo a escala Vickers é aplicada em metais, cerâmicas, medições de nano
dureza entre outros.
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2.6.5 TABELA DE CONVERSÃO DE DUREZAS
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3. MATERIAIS UTILIZADOS
o Marca: Quimis
o Modelo: Q318M24
o Faixa inicial de trabalho em 300ºC;
o Temperatura máxima de trabalho:
1200ºC;
o Construído em chapa de aço
tratada, revestida com epóxi
eletrostático;
o Isolação térmica evitando alto
aquecimento da parte exterior;
o Painel de comando lateral para
melhor visualização;
Figura 20 - FORNO MUFLA MICROPROCESSADO - o Resistências fio Kanthal®,
Q318M
embutidas em refratários;
o Porta com contrapeso e abertura
tipo bandeja para proteger o operador;
o Respiros frontais e superior para eventual saída de gases e
descompressão;
o Controlador de temperatura microcontrolado com duplo display
multiconfigurável, auto sintonia e PID;
o Sensor de temperatura tipo K;
o Cabo de força com dupla isolação sem plugue;
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3.2 DURÔMETRO ANALÓGICO DE BANCADA KONTROL – K005
o Corpo robusto fabricado em ferro fundido
o Seleção de cargas automática (através de chave
de seleção)
o Fácil operação, com zeragem automática do
relógio
o Graduação do relógio de 1 HR
o Pré-carga de 10 Kgf
o Cargas de 60 - 100 - 150
o Capacidade vertical (abertura máxima) de 215
mm (sem a proteção de borracha do fuso)
o Capacidade horizontal (profundidade máxima da
peça) de 132 mm
o Mesa plana de Ø 50 mm
o Mesa prismática de Ø 39 mm, com abertura de
25 mm, em 120º, para peças cilíndricas de Ø 6 -45
mm
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3.3 OUTROS MATERIAIS
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4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
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Passo 4 – Alinhar os dois sets de medição.
Passo 5 – Liberar a carga (alavanca lateral), aguardar o ponteiro parar e 5
segundos depois retirar a carga novamente.
Passo 6 – Observar a medição, caso o relógio não faça uma medição
acurada (dureza fora da escala preta, entre 20 e 70), refazer os passos na escala
HRB (carga em 100, resultado na escala vermelha) e caso aconteça novamente,
na escala HRF (escala entre 70 a 116).
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4.2 MEDIÇÕES DE DUREZA ANTES DO TRATAMENTO TÉRMICO
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4.3 MEDIÇÕES DE DUREZA APÓS O TRAMENTO TÉRMICO
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4.4 FORNO MUFLA: COMO OPERAR
O forno mufla utilizado possui um display que mostra duas temperaturas, a
temperatura da resistência e a temperatura ambiente interna atingida. Abaixo
veremos os passos para preparação do forno e mais informações sobre a curva de
aquecimento do mesmo.
Passo 1 – Ligar o forno e ajustar para a temperatura de 400 ºC.
Passo 2 – Aguardar até que os dois campos do display constem a
temperatura desejada.
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Passo 4 – Ajustar a temperatura do forno para 1200 ºC e aguardar o
aquecimento completo do material.
Passo 5 – Ao atingir 1191 ºC, o forno foi aberto após 124 minutos de
aquecimento para retirada dos tarugos.
Passo 6 – Resfriar cada um dos tarugos em um meio diferente de acordo
com as tabelas dos mesmos (Ar, Cal, Água, Óleo). No óleo é necessário segurar
o tarugo suspenso fazendo movimento em oito, por dois minutos dentro do óleo,
antes de encostar o mesmo no fundo da lata, para evitar distorções.
Passo 7 – Medir novamente as durezas dos tarugos no durômetro.
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4.4.1 FORNO MUFLA: CURVA DE AQUECIMENTO
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5. CONCLUSÃO
Sobre a mufla:
Na curva de aquecimento mostrada é possível verificar que a curva de
inclinação de temperatura do forno não é linear, e tende a ter uma queda na taxa
de aquecimento, conforme mostram as medições da tabela também. Nos primeiros
20 minutos subimos a temperatura em cerca de 200 ºC, mesmo com as perdas da
abertura do forno. Já nos próximos 20 minutos acrescemos cerca de 165 ºC apenas
à temperatura anterior, e nos outros 20 minutos que se seguiram, apenas metade.
Logo, é facilmente validado de que o aquecimento não é linear, e que o poder
calorífico deste forno cai conforme a temperatura. Outro indicativo interessante é a
temperatura da resistência que se manteve em 1200 ºC desde os 76 minutos até
os 124 minutos de aquecimento.
Sobre a têmpera:
Foi possível comprovar através deste experimento laboratorial que é
possível alterar a estrutura do aço 1045 através do aquecimento de forma a ganhar
mais dureza, e ainda, que a forma de resfriamento do metal impacta na dureza que
será atingida. Respectivamente a dureza atingida é crescente segundo os meios:
óleo, ar, cal e água. Onde neste último se obteve a maior dureza. No óleo
conseguimos obter um tarugo mais dúctil do que no início. No cal conseguimos
aumentar a dureza do tarugo, mas ainda na escala HRB, já na água obtivemos uma
dureza HRC, o que demonstra que o choque térmico sofrido na água é, dentre os
meios testados, a melhor forma de se obter um metal duro.
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6. BIBLIOGRAFIA
ARTIGO: AÇOS INOXIDÁVEIS: TIPOS, PROPRIEDADES,
MICROESTRUTURAS, Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2367976&usg=AOvVaw14
8N-QSUGAhrqMRXe-Yjf3> Acesso em: 08/09/2019
ARTIGO: FERRO E AÇO - CONCEITOS, Disponível em:
<http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/processoscorte_arquivos/FerroAcoCo
nceitos.pdf> Acesso em: 08/09/2019
ARTIGO: MATERIAL DIDÁTICO > MATERIAIS - FUNDAMENTOS, Disponível
em: <https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6406#.XXV8HGbQ-Uk>
Acesso em: 08/09/2019
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