Sei sulla pagina 1di 2

A DOUTRINA DE DEUS (Parte I)

1
Por: Leonardo Moraes

I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
A própria Escritura pressupõe a existência de Deus (Gn 1.1). “Ela não somente descreve a Deus como o
Criador de todas as coisas, mas também como o Sustentador de todas as Suas criaturas. E como o
Governador de indivíduos e nações. Ela testifica o fato de que Deus opera todas as coisas de acordo com o
conselho da Sua vontade, e revela a gradativa realização do Seu grandioso propósito de redenção” (Berkhof,
1990:18).

De acordo com Berkhof (1990:34), a existência de Deus é a grande pressuposição da teologia; entretanto, a
pressuposição da teologia cristã é um tipo muito definido: “há um ser pessoal auto-consciente, auto-existente,
que é a origem de todas as coisas e que transcende a criação inteira, mas ao mesmo tempo é imanente em
cada parte da criação.” Berkhof (1990:34) explica, porém, que “o cristão aceita a verdade da existência de
Deus pela fé (Hb 11.6). Mas esta fé não é uma fé cega, mas uma fé baseada em evidências, e as evidências
acham-se, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e, secundariamente, na revelação
de Deus na natureza” (ou revelação geral). Portanto, os crentes não precisam de provas racionais da
2
existência de Deus, mas, sim, da confiante aceitação da auto-revelação de Deus na Escritura.

II. QUEM É DEUS? COMO SE CONHECE A DEUS?


De acordo com o Catecismo Maior de Westminster (Pergunta 7. Quem é Deus?): “Deus é espírito, em si e
por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo - suficiente, eterno, imutável, insondável,
onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de
bondade e verdade (Cf.: Jo 4.24; Ex 3.14; Jó 11.7-9; At 5.2; ITm. 6.15; Mt 5.48; Rm 11.35-36; Sl 90.2 -145:3
e 139:1, 2, 7; Ml 2:6; Ap 4:8; Hb 4:13; Rm 16:27; Is 6:3; Dt 32:4; Ex 34:6)” (Genebra, 2009:1804).

Louis Berkhof (1990:34), assevera que para responder adequadamente essa pergunta, teríamos que ser
capazes de compreender Deus e de oferecer uma explicação satisfatória do Seu Ser Divino, e isto é
completamente impossível; pois o finito não pode compreender o Infinito (Jó 11.7). Wayne Grudem
(1999:103), por outro lado, esclarece que “embora não possamos conhecer exaustivamente a Deus, podemos
conhecer coisas verdadeiras sobre ele. De fato, tudo o que as Escrituras nos falam sobre Deus é verdadeiro.
É verdade dizer que Deus é amor (1Jo 4.8), que Deus é luz (1Jo 1.5), que Deus é espírito (Jo 4.24), que
Deus é justo ou reto (Rm 3.26) e assim por diante. Podemos conhecer alguns pensamentos de Deus — até
muitos deles — com base na Bíblia, e quando os conhecemos, como Davi, os consideramos “preciosos” (Sl
139.17).”

Por fim, é preciso ressaltar que todo o nosso conhecimento de Deus é derivado da Sua auto-revelação na
natureza (revelação imediata) e na Escritura (revelação mediada). Benjamin Breckinridge Warfield, o antigo
3
teólogo de Princeton (de 1887 a 1921), distingue as duas como segue: “A primeira é dirigida de modo geral
a todas as criaturas inteligentes, e, portanto, é acessível a todos os homens; a outra dirige-se a uma classe
especial de pecadores, aos quais Deus quis tornar conhecida a Sua salvação. A primeira tem em vista

1
Trata-se basicamente de um resumo de Loius Berkhof (1990:10-90), articulado pelo autor do site, com o acréscimo de outras fontes
de pesquisa. Portanto, Leonardo Moraes apenas organizou e sintetizou a argumentação dos autores listados nas referências
bibliográficas.
2
Berkhof (1999:17-19) apresenta os argumentos mais comuns da existência de Deus: “(1) O argumento ontológico. O homem tem a
idéia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem
que existir. (2) O argumento cosmológico. Cada coisa existente no mundo tem que ter uma causa adequada; sendo assim, o universo
também tem que ter uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande. (3) O argumento teleológico. Em toda parte o
mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito,
apropriado para a produção de um mundo como este. (4) O argumento moral. O reconhecimento que o homem tem do Sumo Bem
e a sua busca de uma ideal moral exigem e necessitam a existência de um ser santo e justo. (5) O argumento histórico ou etnológico.
Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores. Visto que o fenômeno é
universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só pode
achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem um ser religioso”. Por conseguinte, nenhum destes argumentos pode
transmitir convicção absoluta. Tratam-se de importantes interpretações da revelação geral de Deus capazes de demonstrar o caráter
razoável da fé em um ser divino”.
3
B. B. Warfield (1851-1921), o último grande expoente de Princeton antes das divergências de 1929, onde foram criados
o Seminário de Westminster e a Igreja Presbiteriana Ortodoxa (Matos).
localizar e suprir a necessidade natural das criaturas quanto ao conhecimento do seu Deus; a outra, resgatar
do seu pecado e suas consequências pecadores escravizados e deformados” (Berkhof, 1990:28). Contudo,
em decorrência aos efeitos da queda, o verdadeiro conhecimento de Deus só pode ser adquirido graças à
4
auto-revelação divina, e somente pelo homem que aceita isso com fé .

REFERÊNCIAS:
Berkhof, Louis. 1990. Teologia Sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho, págs. 10-90.
Grudem, Wayne A. 1999. Teologia Sistemática: atual e exaustiva. São Paulo: Vida Nova.
Catecismo Maior de Westminster. (Em Bíblia de Estudo Genebra. 2009. 2º Edição Revisada e Ampliada.
São Paulo: Cultura Cristã.
Sproul, R. C. Os efeitos noéticos do pecado. http://www.ligonier.org/learn/devotionals/noetic-effects-sin/
Data do Acesso: em 05/10/2014.
Matos, Alderi Souza de Matos. O pensamento teológico: origem e desenvolvimento._________________
http://www.mackenzie.com.br/7068.html Data de acesso: 05/10/2014.

4
Efeitos noéticos do pecado. Até mesmo as nossas mentes e pensamentos foram afetados e obscurecidos pelo pecado; porém, a
queda não destruiu a nossa capacidade de raciocinar. “Os incrédulos ainda podem encontrar a verdade (Rm 1.18-23); podem,
inclusive, atingir uma amplitude de conhecimentos em diversas áreas do saber. Ademais, as Escrituras apresentam argumentos lógicos
para fundamentar seus ensinamentos, o suficiente para redimir as mentes e espíritos que ainda estão escravizados pelo pecado” (R. C.
Sproul - tradução).
 

Potrebbero piacerti anche