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Questões

1. Criticar a expressão “extinção do crédito tributário”. É correta a tradicional


separação das causas de extinção prescritas no art. 156 do CTN em modalidades
de fato e modalidades de direito? Justifique.

Consoante os ensinamentos do professor Paulo de Barros em sua obra Linguagem


e Método, compreendendo que a expressão “extinção do crédito tributário”, não
seria a mais adequada para denominar e, até mesmo se mencionar, o fim da
relação jurídica entre fisco e contribuinte. “O crédito tributário é apenas um dos
aspectos da relação jurídica obrigacional”, ou seja, existem outros elementos que
integram a chamada obrigação tributária. Logo inexiste vínculo obrigacional caso
se verifique a ausência de uma delas e, não apenas o crédito tributário.
Exemplificando, decompõe-se a figura obrigacional com o desaparecimento do
sujeito passivo ou ativo. Da mesma forma, caso desapareça o objeto ou o direito
subjetivo do titular da relação. Por meio da tradicional separação das causa de
extinção do crédito tributário, em de fato e de direito, não é adequada pois as
onze causas são acontecimentos restritos que o direito regulou, não havendo
como distingui-las em causas de direito e de fato, são, portanto, são modalidades
jurídicas.

2. Quem tem legitimidade ativa para pleitear a repetição do indébito tributário? E


em caso de substituição tributária? E na hipótese prevista no art. 166 do CTN, há
alguma alteração do sujeito legitimado? Responda as perguntas analisando
criticamente os anexos I e II.

Conforme reza o art. 165 do CTN que o contribuinte que pagar tributo a maior ou
quando o pagamento for realizado diante de relação jurídica tributária inexistente,
poderá pleitear a repetição do indébito. Entretanto, em algumas hipóteses o
contribuinte do tributo não é o contribuinte de fato (aquele que efetivamente
pagou o encargo financeiro) - mas sim o contribuinte de direito, aquele que em
razão da natureza do tributo, foi escolhido para recolhê-lo. Assim, o contribuinte
de direto tem a obrigação de realizar o pagamento, embora não arque com o ônus
financeiro. Nessas situações, conforme prevê o art. 166 do CTN. Há possibilidade
do contribuinte de direito requerer o ressarcimento do indébito, desde que
autorizado expressamente pelo contribuinte de fato, ou ainda quando aquele
comprovar que não repassou o imposto ao contribuinte de fato.

3. A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do


crédito tributário altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação tributária
qualificar-se como estritamente pecuniária? Justifique. As previsões de extinção
do crédito tributário por dação em pagamento de bens imóveis em legislações
municipais e estaduais antes da Lei Complementar n. 104/01 são válidas? Têm
aplicação jurídica? (Vide anexos III e IV).

Detendo-nos isoladamente na modalidade de extinção do crédito tributário


“dação em pagamento” em detrimento do disposto no art. 3º do CTN, poderíamos
concluir não ser possível é aplicação de tal modalidade. Isso porque, o referido
artigo prevê que as prestações tributárias seriam adimplidas em pecúnia, ou seja,
dinheiro. Todavia, o mesmo diploma legal, assevera “ou em valor que se possa
exprimir”.
Logo, nos é permitido compreender que a dação em pagamento não contraria o
disposto no art. 3º do CTN, justamente porque bens imóveis podem ser
exprimidos em valor pecuniário. No que se refere as previsões legislativas
municipais e estaduais antes da LC 104/01, compreendo ser válidas as extinções
do crédito tributário operadas por dações em pagamento, já que os entes
tributantes poderiam, mediante lei ordinária, legislarem sobre a dação em
pagamento como forma de extinção do crédito tributário. Por óbvio a dação em
pagamento não contraria o previsto no art. 3º do CTN, justamente porque bens
imóveis podem ser exprimidos em valor. No que se refere as previsões legislativas
municipais e estaduais antes da LC 104/01, concluo serem válidas as extinções do
crédito tributário operadas por dações em pagamento, já que os entes tributantes
poderiam, mediante lei ordinária, legislarem sobre a dação em pagamento como
forma de extinção do crédito tributário.

4. Que é compensação tributária? Quando nasce o direito subjetivo à


compensação tributária? Determinada lei editada em momento posterior ao do
nascimento do “direito subjetivo” à compensação estabelece limites ao seu
exercício, como por exemplo, limitando o crédito a compensar a determinado
valor por mês, impedindo a incidência de juros de mora ao crédito. Essas novas
regras que limitam a compensação se comparadas à legislação até então vigente
impactam o exercício do direito de compensar consagrado anteriormente à
vigência dessa lei? Há direito adquirido à compensação? (Vide anexos V).

Consoante os ensinamentos de Paulo de Barros Carvalho, compensação tributária


é o “acerto de contas” entre o fisco e o contribuinte; sendo assim, uma hipótese
legal onde ocorre a compensação de débitos do contribuinte com créditos que ele
detém perante o Fisco, é por óbvio, a extinção da obrigação entre dois sujeitos os
quais são reciprocamente credores e devedores entre si.

O direito subjetivo à compensação tem início com a edição e entrada em vigor, da


lei autorizadora. Logo criam-se duas normas individuais e concretas: uma constitui
o débito do fisco e a outra o crédito do contribuinte. Desta forma compreendo
que a lei editada em momento posterior ao nascimento do direito subjetivo à
compensação não poderá limitar o exercício do direito à compensação,
justamente em razão do direito adquirido, sendo que tal matéria ainda encontra
divergências nos tribunais. Dessa forma, não se pode admitir que lei posterior
prejudique situações já consolidadas.
5. Considerando o artigo 170-A do CTN, o artigo 489, §1°, inciso VI, 926 e seguintes
do CPC responda: é possível a compensação de indébito discutido em ação judicial
antes do trânsito em julgado da mesma?

Entendo não ser possível. Não obstante o CTN, em seu art. 156 II não prevê
impedimento para que compensações tributárias fossem realizadas com base em
tutelas judiciais de caráter precário, i.e., com base em tutelas antecipadas, vários
contribuintes promoveram ações judiciais onde vindicaram as tutelas precárias
que, uma vez concedidas, implicavam a extinção do crédito tributário
compensado, o que, por sua vez, poderia geraram problemas de difícil solução,
em especial na hipótese da tutela provisória concedida ser ulteriormente
revertida, já que a compensação perpetrada não poderia mais ser desfeita,
competindo ao fisco promover as medidas judiciais cabíveis para a perseguição do
débito tributário extinto por indevida compensação.
Ante a esses eventos o legislador por meio da lei complementar n. 104/2001,
inseriu no CTN o seu art. 170-A, que passou a vedar a compensação de tributos
com base em créditos discutidos judicialmente e pendentes de trânsito em
julgado. Em sintonia com tal dispositivo, a lei n. 11.051/04 inseriu a alínea “d” ao
inciso II do § 12 do seu art. 74, que passou a tratar eventuais compensações
embasadas em créditos decorrentes de decisões judiciais não transitadas em
julgado como não declaradas.
A discussão quanto ao caráter vinculante e erga omnes de decisões judiciais
ficavam praticamente restritas às hipóteses de controle concentrado de
constitucionalidade, com uma discussão ainda preliminar quanto à possibilidade
tais efeitos também incidirem na hipótese de controle difuso independentemente
de resolução do Senado Federal.
Hodiernamente vários contribuintes pleitearam compensações de créditos ainda
discutidos judicialmente de forma individual e sem trânsito em julgado, mas com
sintonia com o que fora decidido em casos tratados como precedentes
vinculantes.
Segundo tal precedente, a análise quanto à incidência do art. 170-A do CTN não
pode mais ser feita de forma divorciada do atual contexto histórico do sistema
jurídico nacional, i.e., de valorização de precedentes como fonte material de
direito e, por conseguinte, como fomentador de expectativas jurídicas. Ademais,
também foi ponderado que a aplicação automática do art. 170-A do CTN neste
caso específico redundaria em uma provável judicialização da controvérsia, o que
se contrapõe a ideia do processo administrativo tributário: a de evitar a
judicialização de demandas.

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


(...).
II - a compensação;
(...).
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo,
objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado
da respectiva decisão judicial.
[ Art. 74 (...)
§ 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses
(...).
II - em que o crédito:
(...).
d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou
(...)

6. Em razão da não homologação da compensação e a consequente aplicação da


multa isolada nos termos do art. 74, §17 da Lei n. 9.430/96 (com redação dada
pela Lei n. 13.097/15). Pergunta-se: a) A compensação não homologada equivale
a não pagamento de tributo? b) Que se entende por falsidade da declaração? E
qual a multa aplicada no caso de falsidade da declaração? c) A aplicação da
penalidade na hipótese de não homologação ou de falsidade da declaração
ofendem algum princípio jurídico tributário? Padece de algum vicio de
inconstitucionalidade a lei 13.670/2018 que em seu artigo 6° alterou o artigo 74
da lei 9430/96 que regula a compensação no âmbito da União? Justifique.

a) Sim, a compensação só acontece quando feita por meio de linguagem


competente e quando realizada pelo contribuinte depende de posterior
homologação, que é condição resolutiva do ato. Logo, se não for homologada,
subsiste a norma individual e concreta de incidência. Porém não equivale ao não
pagamento pois tem como efeito a suspensão da exigibilidade do crédito,
conforme Medida Provisória 135/2003;
b) Falsidade da declaração é o ato de agir sonegando ou deturpando informações.
Nestes casos, aplica-se a multa isolada agravada prevista no art. 18, § 16 da Lei
9.430/96 (com redação dada pela Lei 12.249/2010);

c) Nos casos de aplicação da penalidade na hipótese de não homologação ou de


falsidade da declaração o percentual estipulado na lei retro citada fere os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade já que é estipulado em percentual
extremamente elevado. Logo, como efeito indireto, esta penalidade inibe o
contribuinte de questionar perante o Fisco, contrariando o direito de petição,
princípio constitucional garantido.

7. Diante da sistemática implementada pelo CPC/15 relativamente aos


julgamentos de casos repetitivos, pergunta-se: é possível falar em direito subjetivo
à repetição/compensação do indébito a partir do momento em que proferida
decisão em recurso especial e/ou recurso extraordinário repetitivos (vide art. 928
do CPC/15), ainda que o contribuinte não tenha ajuizado ação de
repetição/compensação do indébito cujo fundamento seja objeto do recurso
repetitivo?

A previsão da sistemática dos julgamentos de recursos repetitivos, é feita no art.


928 do CPC visando maior celeridade processual, garantindo a segurança jurídica
nas decisões e, de certo modo, funcionando como “filtro para barrar” demandas
repetitivas de casos análogos que ocupavam parcela considerável da pauta de
julgamento dos tribunais.

Essa sistemática visa eleger um ou mais recursos como representativos da


controvérsia para julga-los, resolvendo o mérito da questão, não apenas para
estes, mas para todos os demais recursos que versem sobre o mesmo assunto.
Ante a esses casos, compreendo como direito subjetivo “aquele em que o titular
de um direito, imbuído pela faculdade de outro direito, o potestativo, retrata a
pretensão que entende ser passível de apreciação pelo poder judiciário, ainda que
ela posteriormente não venha ser reconhecida. Assim, entendo que o contribuinte
tem sim o direito de ajuizar a ação de repetição/compensação do indébito cujo
fundamento seja objeto do recurso repetitivo, no entanto, não significa que a
medida será eficiente/procedente. Como retro mencionado, o direito subjetivo
para pleitear a tutela jurisdicional sempre será possível, mas nem sempre será
Concedido.

8. Considerando os elementos da obrigação tributária (sujeito ativo e passivo,


objeto, direito, crédito, dever e débito) e o conteúdo do artigo 156 do CTN.
1. Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
Identifique para cada uma das hipótese de extinção nele elencadas e a seguir
reproduzidas qual elemento da obrigação tributária é diretamente afetado:
Elementos da obrigação tributária:
a) pagamento
b) compensação
c) transação
d) remissão
e) prescrição
f) decadência
g) conversão do depósito em renda
h) pagamento antecipado e homologação do “lançamento” nos termos do art.
150, §§ 1º a 4º do CTN
i) consignação em pagamento
j) decisão administrativa irreformável
h) decisão judicial transitada em julgado
i) dação em pagamento de bens imóveis

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